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Reitz Cap2 PDF

1) O documento discute conceitos de eletrostática, incluindo forças elétricas entre partículas carregadas, campo elétrico gerado por fios e objetos com distribuição de carga superficial. 2) É mostrado como calcular o campo elétrico produzido por um disco carregado uniformemente e um cilindro com densidade de carga linear variável. 3) As equações derivadas para o campo elétrico dependem de parâmetros como raio, distância e densidade superficial ou linear de carga.
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1) O documento discute conceitos de eletrostática, incluindo forças elétricas entre partículas carregadas, campo elétrico gerado por fios e objetos com distribuição de carga superficial. 2) É mostrado como calcular o campo elétrico produzido por um disco carregado uniformemente e um cilindro com densidade de carga linear variável. 3) As equações derivadas para o campo elétrico dependem de parâmetros como raio, distância e densidade superficial ou linear de carga.
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Capı́tulo 1

Eletrostática

1.1

Pelas condições de equilı́brio T~ = P~ + F~E , ou seja:

T · sin θ = FE
T · cos θ = P

Se l é o comprimento de cada linha, então a distância d entre as duas


¡1¢
~ = q2
partı́culas é dada por d = 2 · l · sin θ, de modo que F~E = q · E 4π²0 d2
A partir das equações acima, obtem-se que:
FE
tan θ =
P
Rearranjando a expressão de modo a isolar θ:

q2
tan θ sin2 θ =
16π²0 mgl2
Lembrando que csc2 θ = 1 + cot2 θ, obtem-se:

tan3 θ q2
=
1 + tan2 θ 16π²0 mgl2

1.2
Inicialmente q1 = 2, 0 · 10−9 C e q2 = −0, 5 · 10−9 C:
q1 q2
a) F12 = 4π²0 d2 = −5, 62 · 10−6 N ⇒ Força Atrativa

1
2 CAPÍTULO 1. ELETROSTÁTICA

Quando as duas esferas são postas em contato elas atingem o equilı́brio


eletrostático, de modo que suas cargas lı́quidas ficam iguais, com q1 = q2 =
1, 5 · 10−9 C:
q1 q2
b) F12 = 4π²0 d2 = 1, 26 · 10−5 N ⇒ Força Repulsiva

1.3
As cargas são todas iguais, com q = 3, 0 · 10−9 C, e o lado do quadrado é
d = 15 cm. Calculando o campo:

µ ¶ µ ¶ µ ¶
~ = q 1 q 1 q 1
E ı̂ + ̂ + (ı̂ + ̂)
4π²0 d2 4π²0 d2 4π²0 2d2
= 1622 (ı̂ + ̂) N/C

1.4
Seja um fio uniformemente carregado, com uma densidade linear λ de carga
elétrica e comprimento L.

O campo elétrico calculado no plano z = 0 é, por simetria, radial, ou seja,


as contribuições das duas metades do fio em qualquer outra direção anulam-
se. Tomando um elemento de comprimento dz do fio, é fácil verificar que sua
contribuição no
√ campo elétrico em um ponto à uma distância perpendicular r
do fio e D = r2 + z 2 do elemento é dada por:
dq
z}|{
−→ λdz cos θ
dE = r̂
4π²0 D2
Fazendo uma transformação de variável

z = r tan θ ⇒ dz = r sec2 θdθ

e lembrando que sec2 θ = 1 + tan2 θ obtem-se:

−→ λdz
dE = cos θdθ r̂
4π²0 r
¡L¢
Definindo θ0 = arctan 2r e integrando, agora, sobre todo o fio:
1.5. 3

Z +θ0
~r = λ
E · cos θdθ r̂
4π²0 r −θ0
λ
= sin θ0 r̂
2π²0 r

Para o caso de um fio “infinitamente” longo pode-se verificar que quando


L → ∞, θ0 → π/2, de modo que:

~r = λ
E r̂
2π²0 r
Portanto, o campo elétrico de um fio muito longo com uma densidade linear
λ de carga elétrica é radial e inversamente proporconal à distância até ele.

1.5
a) Para calcular o campo elétrico produzido por um disco de densidade su-
perficial de carga σ e raio R, localizado em z0 , em um ponto z sobre seu
eixo, à uma distância z − z0 , basta calcular a contribuição de cada anel de
espessura
q dr e raio r ≤ R, no qual todas as cargas estão à uma distância
2
D= r2 + (z − z0 ) do ponto em questão.

Por simetria, o campo elétrico é não nulo apenas na direção do eixo do


disco, devido à contribuição oposta das cargas.
Então, um elemento anular de área ds = 2πrdr contribui para o campo
elétrico com:

dq
z }| {
−→ 2πσrdr cos θ
dE z = k̂
4π²0 D2

Integrando sobre todos os anéis de r = 0 até r = R (raio do disco):

Z R
~ z = σ (z − z0 ) ·
E ³
r
´3/2 dr k̂
2²0 0 2
r2 + (z − z0 )
¯R
¯
σ (z − z0 ) −2 ¯
= · q ¯ k̂
4²0 ¯

2
r + (z − z0 )
r=0
4 CAPÍTULO 1. ELETROSTÁTICA

Portanto:
 
~z = σ (z − z0 ) 1 1
E · −q  k̂
2²0 |z − z0 | 2
R2 + (z − z0 )

Verifica-se também que conforme L → ∞, E~ z → σ/2²0 , que é o campo de


um plano carregado de densidade superficial de carga elétrica σ.
b) O campo elétrico de um cilindro carregado é obtido através da soma das
contribuições de cada disco de espessura dz, raio R e volume πR2 dz.

Por simetria, o campo elétrico em qualquer ponto sobre o eixo do cilindro


tem a direção do eixo. Analisando o resultado obtido em a, percebe-se que
a variável agora é z0 e que z = 0, já que o objetivo é calcular o campo no
centro do cilindro. Tendo isso em mente, a contribuição de um elemento
de disco do cilindro para o campo elétrico é:
à !
−→ ρ (z0 ) z0 1 1
dE = − · −p k̂
2²0 |z0 | R + z02
2

Por conveniência, subsitui-se z0 por z. Resta, então, realizar a integração.


Sabe-se que ρ (z) = ρ0 + βz, então:

Z 0 µ ¶ µ ¶
~ = ρ0 + βz z
E · 1+ √ dz k̂
−L/2 2²0 R2 + z 2
Z L/2 µ ¶ µ ¶
ρ0 + βz z
− · 1− √ dz k̂
0 2²0 R2 + z 2

Analisando a paridade das funções dos integrandos, a expressão acima


pode ser simplificada para:
Z L/2 µ ¶
~ = β z2
E √ − z dz k̂
²0 0 R2 + z 2
Substituindo z por R tan θ e dz por R sec2 θdθ, obtem-se:

Z arctan L
βL2 βR2 2r ¡ ¢
E=− + sec θ tan2 θ dθ
8²0 ²0 0

Como já foi visto, sec2 θ = 1 + tan2 θ. Assim, uma integral da forma
Z
¡ ¢
sec θ tan2 θ dθ
1.5. 5

pode ser dividida em duas integrais:


Z Z
3
sec θ dθ − sec θ dθ

Integrando por partes:

Z Z Z
¡ ¢
sec θ tan2 θ dθ = sec θ d (tan θ) − sec θ dθ
Z
¡ ¢
= sec θ tan θ − ln |sec θ + tan θ| − sec θ tan2 θ dθ

Ou seja:

Z
¡ ¢ sec θ tan θ − ln |sec θ + tan θ|
sec θ tan2 θ dθ =
2

~
Substituindo em E:

" µ ¶ L #
¯arctan 2r
~ βL2 βR2 sec θ tan θ − ln |sec θ + tan θ| ¯¯
E= − + · ¯ k̂
8²0 ²0 2 0

 s ¯s ¯ 
µ ¶ µ ¶2 ¯ µ ¶2 ¯
2 2 ¯ L ¯¯
~ = − βL +
E
βR
· 1+
L L
− ln ¯¯ 1 +
L
+ k̂
8²0 2²0 2R 2R ¯ 2R 2R ¯¯

  s  s 
µ ¶2 µ ¶2
~ =− β L L
  −R 1+ L  + R2 ln  1 + L L  k̂
E +
2²0 2 2 2R 2R 2R

Analisando, agora, o resultado obtido, conclui-se que:

- Quando β = 0, o cilindro possui uma densidade de carga unfiorme,


de modo que não há campo elétrico resultante sobre o eixo em z = 0.
- É possı́vel mostrar que, na expressão final, o termo entre colchetes é
sempre maior do que zero. Isso é evidente se for levado em conta que
para β > 0 a densidade de carga para z > 0 é maior que em z < 0 e,
consequentemente, o campo é dirigido para z < 0 e vice-versa.
- Quando L → 0, no caso em que não há mais cilindro carregado,
~ → 0.
E
~ → − βL2 k̂.
- Quando R → ∞, o campo elétrico E 8²0
6 CAPÍTULO 1. ELETROSTÁTICA

1.6
Seja uma casca esférica de densidade superficial de carga elétrica σ e raio R.

O objetivo do problema é calcular o campo elétrico à uma distância D do


centro da esfera, que, por simetria, é radial. Dividindo a esfera em anéis de
largura Rdθ e raio R sin θ, ver considerações do exercı́cio 2.5, a contribuição de
cada um dos anéis é dada por:
dq
z }| {
−−→ 2σπR2 sin θdθ cos φ
dEr = r̂
4π²0 d2
2 2 D−R cos θ
Em que d2 = (R sin θ) + (D − R cos θ) e cos φ = d .
Rearranjando os termos, obtem-se:

à !
−−→ σR2 D sin θ R sin θ cos θ
dEr = · 3/2
− 3/2
dθ r̂
2²0 (R2 + D2 − 2DR cos θ) (R2 + D2 − 2DR cos θ)

A integração deve ser feita sobre toda a casca esférica, desde θ = 0 até θ = π:

I1
z à }| ! {
Z π
~ r = σR
E
2DR sin θ
dθ r̂
4²0 3/2
(R2 + D2 − 2DR cos θ)
0
Z πà !
σR2 2DR sin θ cos θ
− 3/2
dθ r̂
4²0 D 0 (R2 + D2 − 2DR cos θ)
| {z }
I2

A integral I1 é imediata. Basta verificar que através da substituição de


variáveis

u = R2 + D2 − 2DR cos θ
du = 2DR sin θdθ

obtem-se:
Z (R+D)2 µ ¶
1 1
I1 = u−3/2 du = 2 −
(R−D)2 |R − D| |R + D|
1.6. 7

A integral I2 pode ser resolvida por partes. Utilizando a mesma substituição


de I1 :

¯0 Z (R+D)2
2 cos θ ¯ 1
I2 = √ ¯ − u−1/2 du
R2 + D2 − 2DR cos θ ¯π DR (R−D)2
µ ¶
1 1 2
= 2 + − (|R + D| − |R − D|)
|R − D| |R + D| DR
~ r , obtem-se:
Substituindo na expressão para E
a) Para D < R, |R − D| = R − D, assim:

µ ¶
~ r = σR
E
1

1

2²0 (R − D) (R + D)
·µ ¶ ¸
σR2 1 1 1
− + − ((R + D) − (R − D)) r̂
2²0 D (R − D) (R + D) DR

Desenvolvendo a equação:

·µ ¶ µ ¶ ¸
~ σR2 D/R R/D 1
Er = · − + r̂
²0 R2 − D 2 R2 − D 2 DR
µ ¶
σR2 D 2 − R2 + R2 − D 2
= · r̂ = 0
²0 (R2 − D2 ) DR

~ r interno à esfera é nulo.


Como era esperado, o campo elétrico E
b) Para D < R, |R − D| = D − R, assim:

µ ¶
~ σR 1 1
Er = − r̂
2²0 (D − R) (R + D)
·µ ¶ ¸
σR2 1 1 1
− + − ((R + D) − (D − R)) r̂
2²0 D (D − R) (R + D) DR

Desenvolvendo a equação, obtem-se:

2
~ r = σR r̂
E
²0 D2
Q
Como σ = 4πR2 , a expressão pode ser reescrita da seguinte forma:

~r = Q
E

4π²0 D2
Ou seja, o campo elétrico de uma casca esférica carregada eletricamente
é igual ao campo elétrico produzido por uma carga pontual de mesma
magnitude Q localizada no centro da esfera.
8 CAPÍTULO 1. ELETROSTÁTICA

1.7
O potencial elétrico ϕ (x, y, z) da distribuição é dado por:
 
q 1/2 1
ϕ (x, y, z) = · q −p 
4π²0 2 x2 + y 2 + z 2
(x − a) + y2 + z2

Ao longo do eixo x (y = 0 e z = 0):


µ ¶
q 1/2 1
ϕ (x, 0, 0) = · −
4π²0 |x − a| |x|

~ = −∇ϕ,
Sabe-se que E ~ de modo que:
à !
~ = q ·
E
x−a

x
ı̂
4π²0 3 3
2 |x − a| |x|

~ = 0:
Para E

x−a x
3 − 3
2 |x = a| |x|
¡ √ ¢
Isto é, em x = a 2 ± 2 sobre o eixo, o campo elétrico se anula.
¡ √ ¢
A superfı́cie equipotencial que passa por x = a 2 + 2 é obtida substi-
tuindo seu valor na expressão do potencial:
à √ !
³ √ ´ q 2 2−3
ϕ 2a + 2a, 0, 0 = ·
4π²0 2a

Assim, para obter a curva equipotencial no plano xy basta obter todos os


pontos que satisfazem à relação acima:
  Ã √ !
q 1/2 1
= q · 2 2−3
· q −p
4π²0 2 2
x +y 2 4π²0 2a
(x − a) + y 2

Ou seja, essa equação define a curva y =


¡ y (x).
√ ¢
Resta agora descobrir se o ponto P = 2a + 2a, 0, 0 está situado em um
mı́nimo de potencial. Analisando ∇ϕ ~ e as derivadas parciais ∂ 2 ϕ2 , ∂ 2 ϕ2 e ∂ 2 ϕ2 no
∂x ∂y ∂z
ponto P :

~ = 0. Isto indica que P é um ponto de mı́nimo, máximo ou ponto de


• ∇ϕ
sela da função potencial ϕ (x, y, z).

∂2ϕ 2 2
• ∂x2 < 0, ∂∂yϕ2 > 0 e ∂∂zϕ2 > 0. Isto indica que P é um ponto de sela da
função potencial ϕ (x, y, z).
1.8. 9

1.8
 
q 1/2 1
ϕ (x, y, z) = · q −p =0
4π²0 2 x2 + y 2 + z 2
(x − a) + y 2 + z 2
Desenvolvendo a equação acima obtem-se:

3x2 + 3y 2 + 3z 2 − 8ax + 4a2 = 0


2a
¡ 4a ¢
Essa é a equação de uma esfera de raio R = 3 e centro C = 3 , 0, 0 .

1.9
Seja um cilindro circular reto, de raio R, comprimento L e densidade volumétrica
de carga elétrica ρ, com o centro na origem. O objetivo do exercı́cio é calcular
o potencial elétrico devido à essa distribuição em um ponto fora do cilindro e
sobre seu eixo.

Uma forma alternativa de resolução àquela do exercı́cio 2.5 é calcular o


potencial do cilindro dividindo-o diretamente em anéis de raio r, largura dz e
espessura dr. Assim:
dq 1
dϕ (z0 ) = ·q
4π²0 2
r2 + (z0 − z)
Em que dq = ρdv = 2πρrdrdz e z0 > L/2 é a distância do ponto em o
potencial será calculado até a origem.
Integrando sobre todo o cilindro:
Z R Z +L/2
ρ rdrdz
ϕ (z0 ) = q
2²0 0 −L/2 2
r2 + (z0 − z)
A integral em r é imediata. Assim a expressão pode ser reescrita da seguinte
forma:
Z +L/2 µq ¶
ρ 2
ϕ (z0 ) = R2 + (z0 − z) − (z0 − z) dz
2²0 −L/2

Fazendo a substituição de variáveis

z0 − z = R tan θ
−dz = R sec2 θdθ
10 CAPÍTULO 1. ELETROSTÁTICA

obtem-se:
 ³ ´ 
Z arctan z0 +L/2
ρ  R

ϕ (z0 ) = − z0 L + R 2 ³
3
´ sec θdθ
2²0 z −L/2
arctan 0 R

Como foi visto no exercı́cio 2.5


Z Z
sec3 θdθ = sec θ tan θ − sec θ tan2 θdθ
Z
¡ ¢
= sec θ tan θ − sec θ sec2 θ − 1 dθ
Z
= sec θ tan θ − sec3 θdθ + ln |sec θ + tan θ|

Ou seja:
Z
1
sec3 θdθ = (sec θ tan θ + ln |sec θ + tan θ|)
2

Substituindo na expressão do potencial obtem-se:

 ³ ´
¯arctan z0 +L/2
ρ  R2 ¯ R

ϕ (z0 ) = − z0 L + (sec θ tan θ + ln |sec θ + tan θ|)¯¯ ³ ´



2²0 2 arctan 0
z −L/2
R

Como
µ µ ¶¶ s µ ¶2
z0 − L/2 z0 − L/2
sec arctan = 1+
R R
e
µ µ ¶¶ s µ ¶2
z0 + L/2 z0 + L/2
sec arctan = 1+
R R

então:

 
µ ¶ sµ ¶2
ρ  L L
ϕ (z0 ) = · z0 + z0 + + R2 
4²0 2 2
 
µ ¶ sµ ¶2
ρ  L L
− · z0 − z0 − + R2 
4²0 2 2
¡
L
¢ q¡ ¢2 
ρR2  z0 + 2 + z0 + L2 + R2
+ ln ¡ q¡  − ρz0 L
4²0 ¢ ¢ 2 2²0
z0 − L2 + z0 − L2 + R2
1.10. 11

1.10

~ (~r) = E (~r)ı̂
E
Sabe-se que
µ ¶
∂ϕ ∂ϕ ∂ϕ
E (~r)ı̂ = − ı̂ + ̂ + k̂ .
∂x ∂y ∂z
Como ∂ϕ ∂ϕ
∂y = ∂z = 0, então ϕ = ϕ (x). Consequentemente, E = E (x),
independente de y e z.
Aplaicando a Lei de Gauss, obtem-se que:

~ = ρ (~r) = ∂E
~ ·E

²0 ∂x
Portanto, quando ρ = 0, ∂E
∂x = 0, ou seja, E não depende de x.

1.11
O potencial elétrico ϕ (r) de um condutor esférico de raio R, carga Q e centro
na origem é dado por:
Q 1
ϕ (r) =
4π²0 r
a)
~ (r) = dϕ r̂
~ = −∇ϕ
E
dr
~ =
Nesse caso, E ϕ
r̂. Como o condutor tem um raio R de 10 cm, tem-se
r
que:

E ≤ 3 · 106 V /m → ϕ ≤ 3 · 105 V
b)
Q 1
E= ≤ 3 · 106 V /m
4π²0 r
Para uma carga Q = 1C, obtem-se r ≥ 54, 7 m.

1.12

Como o campo elétrico dentro do condutor é


nulo, o fluxo através da superfı́cie que limita a cavi-
dade também é nulo. Ou seja:
ZZ
~ ·−
E
→ Qint
dA = =0
S ²
A carga interna Qint deve, então, ser igual a
zero. Havendo, então, uma carga pontual +q den-
tro da cavidade, deve haver uma carga −q distribuı́da pela sua superfı́cie interna.
12 CAPÍTULO 1. ELETROSTÁTICA

1.13

~ =ρ
~ ·E

²
Supondo ρ constante, obtem-se que:

∂E ρ
= = constante
∂h ²
Considerando ² ≈ ²0 , obtem-se:

E (0 m) − E (1400 m) ρ
=
1400 m ²0

Ou seja, ρ ≈ 1, 1 · 10−12 C/m3 . Como o campo elétrico na superfı́cie é


dirigido para baixo (em direção à superfı́cie), ρ consiste, predominantemente,
de ı́ons positivos.

1.14
O campo elétrico de uma plano carregado eletricamente com uma densidade
superficial de carga σ pode ser calculado de duas formas:

• Aplicando a lei de Gauss no plano:

ZZ
~→
E

ds = 2EA =
Q
S ²0

• Tomando o resultado obtido para o campo elétrico do disco e fazendo


R → ∞.

Em ambos os casos, obtem-se:

~ = σ ŝ
E
2²0
Em que σ é a densidade superficial de cargas e ŝ é o versor perpendicular ao
plano, “saindo” dele.
No exercı́cio, supondo que os planos não interfiram um na distribuição de
cargas do outro, obtem-se:

E = 0 , na região exterior às placas


σ
= , na região entre as duas placas
²0

A direção de E é perpendicular aos planos e o sentido é da placa com σ < 0


até a placa com σ > 0.
1.15. 13

1.15
~ = ρ (~r) .
~ ·E
Lei de Gauss: ∇
²0
Em coordenadas esféricas:
¡ ¢
~ = 1 ∂ r 2 Er + 1
~ ·E


(sin θEθ ) +
1 ∂Eφ
r2 ∂r r sin θ ∂θ r sin θ ∂φ
Como as funções de distribuição dependem apenas de r, as soluções são
facilmente obtidas a partir da resolução da equação:

1 ∂ ¡ 2 ¢ ρ (r)
r Er =
r2 ∂r ²0
a) ½ A
0≤r≤R
ρ (r) = r
0 r>R

Resolvendo a equação obtida pela Lei de Gauss:

– Para 0 ≤ r ≤ R

∂ ¡ 2 ¢ Ar
r Er =
∂r ²0
Assim obtem-se:

A c1
Er = + 2
2²0 r
O segundo termo do campo elétrico é nulo. Isso é justificado da
seguinte forma. No limite quando r → 0, demonstra-se que a carga
contida na origem é nula através da integração direta da densidade
de cargas. Como esse termo é equivalente ao campo elétrico de uma
carga contida na origem e, pela condição acima, ϕ (r) → 0 quando
r → 0, então c1 = 0.
Para o cálculo do potencial eletrostático ϕ (r), basta lembrar que
~ = −∇ϕ
E ~ e, em coordenadas esféricas, E~ = − ∂ϕ r̂, para dependência
∂r
apenas em r, de modo que:

Ar
ϕ (r) = − + ϕ0
2²0
– Para r > R

∂ ¡ 2 ¢
r Er = 0
∂r
Integrando, obtem-se:
c2
Er =
r2
Integrando novamente, obtem-se:
14 CAPÍTULO 1. ELETROSTÁTICA

c2
ϕ (r) = − + c3
r
Pelas condições do exercı́cio, ϕ → 0 quando r → ∞. Assim c3 = 0.
Pela condição de continuidade da função do potencial eletrostático

lim ϕ (r) = lim+ ϕ (r)


r→R− r→R

ou seja:
( ¡ ¢
A
²0 R − 2r 0≤r≤R
ϕ (r) = AR2
2²0 r r>R

Como a distribuição tem simetria radial e está contida em uma esfera


de raio R, o potencial eletrostático para r > R deveria ser igual ao
potencial de uma carga q na origem, dada por:
Z R µ ¶
A
q= 4πr2 dr = 2πAR2
0 r

Assim, para r > R:

q
ϕ (r) =
4π²0 r

b)
½
ρ0 0≤r≤R
ρ (r) =
0 r>R

Utilizando os mesmos procedimentos do exercı́cio anterior, obtem-se:

( ρ0 r
3²0 0≤r≤R
Er = ρ0 R3
3²0 r 2 r>R

Através das condições de continuidade do potencial eletrostático e lim ϕ (r) =


r→∞
0, obtem-se que:

( ³ ´
ρ0 r2
2²0 R2 − 3 0≤r≤R
ϕ (r) =
ρ0 R 3
3²0 r r>R

1.16
Por simetria, o campo elétrico de um cilindro muito longo é radial. Tomando
uma superfı́cia cilı́ndrica S de raio r do comprimento do cilindro eletricamente
carregado (raio R, densidade volumétrica de carga elétrica ρ e comprimento L)
e coaxial à ele, e aplicando a lei de Gauss à essa superfı́cie, obtem-se:
1.17. 15

• 0≤r≤R
ZZ Z r
~−
E

ds =
1
ρ4πr02 dr0
S ²0 0
| {z }
carga interna

ρ 2
E · 2πrL = πr L
²0
~ interno ao cilindro é dado por:
Assim, o campo elétrico E

~ (r) = ρr r̂
E
2²0
• r>R
ZZ Z R
~−
E

ds =
1
ρ4πr02 dr0
S ²0 0

ρ
E · 2πrL = πR2 L
²0
O campo elétrico externo ao cilindro é, então, dado por:

2
~ (r) = ρR r̂
E
2²0 r

1.17
• Divergente
à !
~ · xı̂ + y̂ + z k̂ ∂ ³x´ ∂ ³y ´ ∂ ³z ´
∇ = + +
rα ∂x rα ∂y rα ∂z rα
¡ ¢1/2
Como r = x2 + y 2 + z 2 , derivando o produto obtem-se:
à !
~ · ~r 3−α
∇ =
(x2 + y 2 + z2)
α/2 rα

• Rotacional

µ ¶ · ¸
~ × ~r ∂ ³z ´ ∂ ³y ´
∇ = − ı̂
rα ∂y rα ∂z rα
· ¸
∂ ³x´ ∂ ³z ´
− ̂
∂z rα ∂x rα
· ¸
∂ ³y ´ ∂ ³x´
− k̂
∂x rα ∂y rα
16 CAPÍTULO 1. ELETROSTÁTICA

Derivando os termos entre colchetes, obtem-se:


µ ¶
~ × ~r = 0

Esse resultado é, na verdade, um caso particular da seguinte equação:

~ × [~rF (r)] = 0

Desenvolvendo:

· ¸
~ × [~rF (r)] ∂F (r) ∂F (r)
∇ = z −y ı̂
∂y ∂z
· ¸
∂F (r) ∂F (r)
x −z ̂
∂y ∂z
· ¸
∂F (r) ∂F (r)
y −x k̂
∂y ∂z

∂F (r) dF (r) xi
Substituindo ∂xi = dr · r na expressão acima:

~ × [~rF (r)] = dF (r) h y zi


∇ z − y ı̂
dr r r
dF (r) h z xi
x − z ̂
dr r r
dF (r) h x yi
y − x k̂
dr r r
= 0
~ =
Para um campo elétrico E q ~
r
obtem-se, por aplicação direta da lei
4π²0 r α
de Gauss, que:
µ ¶ µ ¶
q ~ ~r q 3−α
ρ (r) = ∇· =
4π rα 4π rα
Para obter o potencial eletrostático ϕ (r), basta lembrar que E~ = −∇ϕ:
~
µ ¶
~ = q ~r = ~r ∂ϕ
E
4π²0 rα r ∂r
Integrando a expressão:
Z Z r0 h i
q q (2−α)
dϕ = r0(1−α) dr0 = r0 − r(2−α)
4π²0 r (2 − α) 4π²0
Ou seja, para α 6= 2
µ ¶
q 1 1
ϕ (r) = − α−2 + ϕ (r0 )
(2 − α) 4π²0 r0α−2 r
É bom lembrar que o ponto r0 é arbitrário devido ao caráter geral da solução.
Sem o conhecimento de α não é possı́vel determinar que r0 = ∞, por exemplo,
já que no caso α < 2 a solução seria divergente.
1.18. 17

1.18
Tomando a origem do sistema sobre a carga q, pelo teorema do divergente
obtem-se:
ZZZ ZZ
~ ·E
∇ ~ dv = E~ −

ds
V S
Para
~ = q ~r
E
4π²0 r3−δ
obtem-se:
ZZZ
~ dv = q rδ
~ ·E

V ²0
Nota-se que, conforme δ → 0, a equação recai na Lei de Gauss, como esper-
ado.

1.19

q e−r/λ
ϕ (r) =
4π²0 r
~ basta tomar o gradiente da função potencial:
Para obter o campo elétrico E
µ ¶
~ ~ q ~ e−r/λ
E = −∇ϕ = ∇
4π²0 r
~ (r) =
Como ∇F dF ~
r
dr r , a expressão acima pode ser reescrita como:
µ −r/λ ¶
E~ = q d e ~r
4π²0 dr r r
Derivando o termo entre parênteses obtem-se:
µ ¶
E~ = q e−r/λ 1
+
1
~r
4π²0 λr2 r3
Pela lei de Gauss sabe-se que ∇~ ·E~ = ρ/²0 . Assim:
· µ ¶ ¸
q ~ 1 1
ρ (r) = ∇ · e−r/λ + ~r
4π λr2 r3
³ ´ ³ ´
As propriedades ∇ ~ · ψ F~ = ∇ψ ~ F~ + ψ ∇~ · F~ e ∇~ · F~ (r) = ~r dF~ podem
r dr
¡1 ¢
ser bastante úteis aqui. Identificando ψ = e −r/λ ~ 1
e F = ~r r3 + λr2 , então a
expressão acima pode ser reescrita da seguinte forma:

½ µ ¶ · ³ ´ µ ~r ¶¸¾
q −r/λ ~ ~r ~r ~ −r/λ ~r
ρ (r) = e ∇· 3
+ 2 + ∇ e · + 2
4π r λr r3 λr

Analisando cada termo separadamente, obtem-se:


18 CAPÍTULO 1. ELETROSTÁTICA
³ ´
~ ·
• ∇ ~
r
= 3
− ~r · ∇~ 13
r3 r3 r

Aparentemente a expressão é identicamente nula. Mas é necessário avaliá-


la em todos o espaço. Em r = 0, o resultado é indeterminado. Uma forma
de contornar esse problema é integrar a expressão sobre todo o espaço, de
modo que, através do teorema do divergente, obtem-se:
ZZZ µ ¶ ZZ µ ¶
~ · ~r ~r −

∇ dv = ds = 4π
V r3 S r3

Ou seja, a expressão tem a propriedade de filtragem equivalente a função


delta de Dirac, de modo que:

~ · ~r = 4πδ (~r)

r3
³ ´
~ ·
• ∇ ~
r
= 3
− ~r · ∇~ 12
λr 2 λr 2 λr

Desenvolvendo a expressão obtem-se:

~ · ~r = 1

λr2 λr2
¡ ¢ ¡ ¢ −r/λ
~ e−r/λ =
• ∇ ~
r d
e−r/λ = − ~re λr
r dr

Substituindo as expressões acima no cálculo da distribuição de cargas:


µ ¶
−r/λ 1
ρ (r) = q e δ (~r) −
4πλr2

1.20
Seja um dipólo de momento p~ = px ı̂ + py ̂ + pz k̂ localizado na origem do sistema
coordenado. A expressão para o potencial eletrostático devido ao dipólo é dada
por:

1 p~ · ~r
ϕ (~r) =
4π²0 r3
Desenvolvendo a expressão:
µ ¶
1 px x + py y + pz z
ϕ (~r) =
4π²0 r3
As curvas equipotenciais localizadas, por exemplo, sobre o plano z = 0, são
tais que ϕ (x, y, 0) = k, onde k é uma constante. Assim:
n ¡ ¢3/2 o
ϕk = k −→ k x2 + y 2 = px x + py y
| {z }
define as curvas de nı́vel y(x)

Qualquer superfı́cie de nı́vel é obtida da mesma forma, fazendo ϕ (x, y, z) =


k.
1.21. 19

1.21
Antes de entrar na resolução propriamente dita, é importante mostrar como são
feitas as expansões utilizadas.
Sejam dois pontos no espaço localizados em ~r e ~r + ~l, e uma função G(~
~ r) =
~ ~ ~
Gx ı̂ + Gy ̂ + Gz k̂. O objetivo é determinar a diferença G(~r + l) − G(~r) para
o caso em que |~l| << |~r|. Utilizando uma expansão em série de Taylor para o
primeiro termo G(~ ~ r + ~l), obtem-se, componente à componente:

∂Gi ∂Gi ∂Gi


Gi (x + lx , y + ly , z + lz ) = Gi (x, y, z) + lx + ly + lz + ...
∂x ∂y ∂z

Desprezando os termos de ordem superior à primeira, obtem-se que:


³ ´
~ r + ~l) − G(~
G(~ ~ r) ≈ ~l · ∇
~ G(~
~ r)

..........................................................................

Sejam duas cargas elétricas puntuais +q e −q ligadas, localizadas, em relação


à origem do sistema, em ~r + ~l e ~r, respectivamente. O momento de dipólo desse
par de cargas é dado por p~ = q~l. As cargas são imersas em um campo elétrico
E~ ext (~r). Obtem-se, então, para esse sistema:

a) Força F~ sobre o dipólo

h i
F~ = q E~ ext (~r + ~l) − E
~ ext (~r)

No caso de um dipólo puntual, em que l << r, o resultado obtido acima


pode ser utilizado, de modo que:

³ ´ ³ ´
F~ ≈ q ~l · ∇
~ E ~ ext = p~ · ∇
~ E ~ ext

b) Torque ~τ sobre o dipólo

h³ ´ i
~τ = q ~r + ~l × E(~
~ r + ~l) − ~r × E(~
~ r)

Rearranjando os termos:

³ ´
~ r + ~l) − E(~
~τ = q~r × E(~ ~ r + ~l)
~ r) + p~ × E(~

Fazendo a expansão e desprezando termos de ordem superior, obtem-se:

h ³ ´ i
~ E
~τ ≈ ~r × p~ · ∇ ~ + p~ × E(~
~ r)
20 CAPÍTULO 1. ELETROSTÁTICA

1.22
O potencial eletrostático ϕ (x, y, z) da distribuição é facilmente obtido:
à !
q 1 1 2
ϕ (~r) = + −
4π²0 |~r − ~l| |~r + ~l| |~r|

Para simplificar a expressão acima no caso em que |~l| << |~r| a seguinte
aproximação pode ser utilizada:

n n (n − 1) 2
(1 + e) = 1 + ne + e + ...
2
Rearranjando as expressões entre parênteses no potencial:

1 1
= q
|~r − ~l| 2
r 1 + l −2zl
r2

1 1
= q
|~r + ~l| 2
r 1 + l +2zl
r2

l2 +2zl l2 −2zl
Denotando e+ = r2 e e− = r2 , obtem-se:

1 1 −1/2
= (1 + e− )
|~r − ~l| r

1 1 −1/2
= (1 + e+ )
|~r + ~l| r
A princı́pio, se for considerado, em cada aproximação, apenas o termo de
primeira ordem em e, obtem-se um potencial esfericamente simétrico, com sime-
tria radial. Esse resultado é uma simplificação um tanto grosseira para esse
sistema de dipólos, já que não leva em conta sua orientação. Para contornar
esse problema, são desprezados apenas os termos de ordem superior à segunda
em e na expansão, de forma que:
· ¸
1 1 e− 3e2
≈ 1− + −
|~r − ~l| r 2 8
· ¸
1 1 e+ 3e2
≈ 1− + +
|~r + ~l| r 2 8
Substituindo o resultado na expressão do potencial ϕ, obtem-se:
µ ¶
ql2 3z 2 3l2
ϕ (~r) = + −1
4π²0 r3 r2 4r2
Em coordenadas esféricas z = r cos θ. Assim:
µ ¶
ql2 3l2
ϕ (r, θ) = 3 cos2 θ + 2 − 1
4π²0 r3 4r
1.23. 21

1.23
Definição da componente Qij do tensor momento de quadrupolo:
ZZZ
¡ 0 0 ¢
Qij = 3xi xj − δij r02 ρ(~r0 )dv 0
V

Nesse caso, a densidade ρ de carga elétrica é dada por:


³ ´
ρ(~r) = q δ(~r − lk̂) + δ(~r + lk̂) − 2δ(~r)

Substituindo a densidade ρ na expressão para Qij obtem-se:

h¡ ¢¯ ¡ ¢¯ ¡ ¢¯ i
Qij = q 3xi xj − δij r2 ¯~r=lk̂ + 3xi xj − δij r2 ¯~r=−lk̂ − 2 3xi xj − δij r2 ¯~r=0

O último termo da expressão é nulo para todo par (i.j) por ser avaliado em
~r = 0. Assim, a expressão é simplificada para:
h¡ ¢¯ ¡ ¢¯ i
Qij = q 3xi xj − δij r2 ¯ + 3xi xj − δij r2 ¯
~
r =lk̂ ~
r =−lk̂

Analisando a expressão acima verifica-se, diretamente, que para i 6= j,


Qij = 0. Assim, resta analisar os casos em que i = j:

Q11 = −2ql2 Q22 = −2ql2 Q33 = 4ql2

Portanto, o tensor momento de quadrupolo Q é dado por:


 
−1 0 0
Q = 2ql2  0 −1 0 
0 0 2

1.24
ZZZ
p~ = ~r0 ρ(~r0 )dv 0
V

Em um dipólo elétrico, a densidade de cargas é dada por:


³ ´
ρ(~r) = q δ(~r + ~l) − δ(~r)

Pela definição de momento de dipólo acima, obtem-se:


ZZZ ³ ´
p~ = q ~r0 δ(~r + ~l) − δ(~r) dv 0
V

utilizando a propriedade de filtragem da função delta de Dirac:


³ ´
p~ = q ~r + ~l − ~r = q~l
22 CAPÍTULO 1. ELETROSTÁTICA

1.25
Há uma carga de magnitude −2q localizada
¯ ¯ ¯ ¯ na origem e outras duas de magni-
¯ ¯ ¯ ¯
tude q localizadas em ~l1 e ~l2 , com ¯~l1 ¯ = ¯~l2 ¯ = l

a) Esse sistema pode ser representado por dois dipólos p~1 = −q~l1 e p~2 = −q~l2 ,
de modo que o momento de dipólo elétrico total p~ é dado por:
³ ´
p~ = −q ~l1 + ~l2

b) Denotando como θ o ângulo formado entre ~l1 e ~l2 , obtem-se que:

θ
p~ = 2ql cos ŝ
2
~ ~
l1 + l2
Em que ŝ = .
|~l1 +~l2 |
Para a molécula de água, H2 O: θ = 105◦ ; l = 0, 958 · 10−10 m; |~
p| =
6, 14 · 10−30 C.m. Assim:

q = 0, 329e
Parece contraditório que q seja menor que a carga e de um elétron. Porém
é importante lembrar que o cálculo foi baseado em uma derivação clássica
do momento de dipólo elétrico, representando apenas uma carga efetiva.
Para uma previsão teórica precisa, o tratamento quântico é necessário.

1.26

1 p~ · ~r
ϕ (~r) =
4π²0 r3
Desenvolvendo a expressão:
µ ¶
1 px x + py y + pz z
ϕ (~r) =
4π²0 r3
~ = −∇ϕ.
Sabe-se que E ~ Ou seja:

~ = − ∂ϕ ı̂ − ∂ϕ ̂ − ∂ϕ k̂
E
∂x ∂y ∂z
Derivando os termos da equação, obtem-se:
· µ ¶¸
∂ϕ q p~ · ~r
= pi − 3xi
∂xi 4π²0 r3 r2
~ pode ser escrito como:
Assim, E

3 · µ ¶¸ · µ ¶ ¸
~ =− 1 X p~ · ~r 1 p~ · ~r
E pi − 3xi x̂i = 3~r − p~
4π²0 r3 i=1 r2 4π²0 r3 r2

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