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(Solution) Cap 3

(i) Fornece as soluções para o potencial entre duas cascas condutoras esféricas carregadas. O potencial depende do raio r e das constantes determinadas pelas condições de contorno nos raios internos e externos. (ii) A solução para o potencial fora da casca externa decai proporcionalmente ao inverso do raio. (iii) Fornece a equação de Laplace em coordenadas cilíndricas para duas cascas cilíndricas carregadas e anuncia que a solução será determinada

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(i) Fornece as soluções para o potencial entre duas cascas condutoras esféricas carregadas. O potencial depende do raio r e das constantes determinadas pelas condições de contorno nos raios internos e externos. (ii) A solução para o potencial fora da casca externa decai proporcionalmente ao inverso do raio. (iii) Fornece a equação de Laplace em coordenadas cilíndricas para duas cascas cilíndricas carregadas e anuncia que a solução será determinada

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Lista 2 de CF368 - Eletromagnetismo I

Fabio Iareke <fi07@fisica.ufpr.br>


28 de setembro de 2013

Exercı́cios propostos pelo prof. Ricardo Luiz Viana <viana@fisica.ufpr.br>, retirados de [1].

Capı́tulo 3
3-1 Duas cascas condutoras esféricas de raios ra e rb estão dispostas concentricamente e carregadas
de tal forma que possuem potenciais ϕa e ϕb , respectivamente. Se rb > ra , determine o
potencial nos pontos entre as cascas e nos pontos r > rb .

Solução: Seja o Laplaciano em coordenadas esféricas dado por,

1 ∂2 ∂2
 
1 ∂ ∂ 1
∇2 = 2 2 r 2 + 2

sin θ + 2 2
r ∂r r sin θ ∂θ ∂θ r sin θ ∂φ2

temos que, a equação de Laplace para um potencial ϕ = ϕ(r, θ, φ), em esféricas é

1 ∂2 ∂2ϕ
 
1 ∂ ∂ϕ 1
∇2 ϕ = 0 ⇒ 2 2 r 2 ϕ + 2

sin θ + 2 2 =0
r ∂r r sin θ ∂θ ∂θ r sin θ ∂φ2
cuja solução, independente de φ,
∞ h
X i
ϕ(r, θ) = An rn + Bn r−(n+1) Pn (cos θ)
n=0

Devido à simetria esférica, a dependência do potencial ϕ = ϕ(r, θ, φ) é relativa apenas a r.


Logo, a equação de Laplace em coordenadas esféricas fica

2
   
2 1 ∂ 2 ∂ϕ 1 ∂ ∂ϕ 1 ∂ ϕ
∇ ϕ= 2 r + 2  sin θ + 2 2 =0
r ∂r ∂r r
 sin
 θ ∂θ ∂θ r sin θ 2
  ∂φ
ou,  
1 ∂ ∂ϕ
∇2 ϕ = r2 =0
r2 ∂r ∂r
então,
 
1 ∂ 2 ∂ϕ
r = 0
r2 ∂r ∂r
 
∂ ∂ϕ
r2 = (r2 )0
∂r ∂r

tal que,
ϕ = ϕ(r, θ, φ) = ϕ(r)

1
e podemos trocar a derivada parcial por uma total,
 
d dϕ
r2 =0
dr dr

A igualdade é válida se,



r2 = A = cte
dr
assim,

r2 = A
dr
dϕ A
=
dr r2
A
dϕ = dr
r2
integrando,
Z Z
A dr
dϕ =
r2
Z
dr
ϕ = A
r2
então, a solução é
A
ϕ(r) = +B
r

Determinando em cada caso as constantes A e B pelas as condições de contorno:



ϕ(r = a) = ϕa

ϕ(r = b) = ϕb

ϕ(r = ∞) = 0

(i) ra < r < rb


A
ϕ(r = a) = ϕa = +B
ra
A
ϕ(r = b) = ϕb = +B
rb
isolando B:
A A
B = ϕa − = ϕb −
ra rb
isolando A:
A A
− = ϕa − ϕb
ra rb
A(rb − ra )
= ϕa − ϕb
ra rb
(ϕa − ϕb )ra rb
A =
(rb − ra )

2
então,

(ϕa − ϕb ) a rb 1
r
B = ϕa −
(rb − ra )  r
a
ϕa (rb − ra ) − (ϕa − ϕb )rb
=
(rb − ra )
ϕa rb − ϕa ra − 
 ϕarb + ϕb rb

=

(rb − ra )
ϕb rb − ϕa ra
B =
(rb − ra )


(ϕa − ϕb )ra rb 1 ϕb rb − ϕa ra
ϕ(r) = +
(rb − ra ) r (rb − ra )

(ii) r > rb
A
ϕ(r = b) = ϕb = +B
rb
0
A 

ϕ(r = ∞) = 0 =  + B ⇒ B=0
r
então
A = ϕb rb


ϕb rb
ϕ(r) =
r
3-2 Duas cascas cilı́ndricas longas de raios ra e rb estão dispostas coaxialmente e estão carregadas
de tal forma que possuem potenciais ϕa e ϕb , respectivamente. Determine o potencial nos
pontos entre as cascas cilı́ndricas.

Solução: Seja o Laplaciano em coordenadas cilı́ndricas, dado por

1 ∂2 ∂2
 
1 ∂ ∂
∇2 = ρ + 2 2+ 2
ρ ∂ρ ∂ρ ρ ∂θ ∂z

temos que, a equação de Laplace para um potencial ϕ = ϕ(ρ, θ, z), em cilı́ndricas é

1 ∂2ϕ ∂2ϕ
 
1 ∂ ∂ϕ
∇2 ϕ = 0 ⇒ ρ + 2 2 + =0
ρ ∂ρ ∂ρ ρ ∂θ ∂z 2

Devido à simetria e como as cascas estão dispostas coaxialmente e são longas (z  ρ), a
dependência do potencial ϕ = ϕ(ρ, θ, z) é relativa apenas a ρ ⇒ ϕ = ϕ(ρ). Então, a equação
de Laplace em coordenadas cilı́ndricas fica
2
ϕ ∂2ϕ
 
1 ∂ ∂ϕ 1 ∂
∇2 ϕ = ρ + 2 2 + =0
ρ ∂ρ ∂ρ ρ ∂θ ∂z 2
ou,  
1 ∂ ∂ϕ
∇2 ϕ = ρ =0
ρ ∂ρ ∂ρ

3
Como temos apenas uma variável independente podemos trocar a derivada parcial por uma
total,    
1 d dϕ d dϕ
ρ = ⇒ ρ =0
ρ dρ dρ dρ dρ
A igualdade é válida se,

ρ = A = cte

assim,
dϕ dϕ A A
ρ =A ⇒ = ⇒ dϕ = dρ
dρ dρ ρ ρ
integrando,
Z Z
A dρ
dϕ =
ρ
Z

ϕ = A
ρ
então, a solução é
ϕ(ρ) = A ln ρ + B

Determinando as constantes A e B pelas as condições de contorno:


(
ϕ(ρ = ra ) = ϕa
ϕ(ρ = rb ) = ϕb

ϕ(ρ = ra ) = ϕa = A ln ra + B
ϕ(ρ = rb ) = ϕb = A ln rb + B
isolando B:
B = ϕa − A ln ra = ϕb − A ln rb
isolando A:
A ln rb − A ln ra = ϕb − ϕa
A(ln rb − ln rb ) = ϕb − ϕa
ϕb − ϕa ϕb − ϕa
A = =
ln rb − ln ra ln(rb /ra )
então,
ϕb − ϕa
B = ϕa − ln ra
ln(rb /ra )
ϕa ln(rb /ra ) − (ϕb − ϕa ) ln ra
=
ln(rb /ra )
ϕa ln rb − 
ϕa ln ra − ϕb ln ra + 
ϕa
ln
r
a
=
ln(rb /ra )
ϕa ln rb − ϕb ln ra
B =
ln(rb /ra )


ϕb − ϕa ϕa ln rb − ϕb ln ra
ϕ(ρ) = ln ρ +
ln(rb /ra ) ln(rb /ra )

4
3-4 Suponha que ϕ satisfaça a equação de Laplace em toda a região V0 . Prove que o valor de ϕ
em qualquer ponto O é a média de seus valores numa superfı́cie de qualquer esfera centrada
em O que se situa inteiramente em V0 :
I
1
ϕ(O) = ϕ da
4πR2

onde R é o raio da esfera. [Sugestão: Seja ψ = 1/r na Eq. (1-57).] Demonstre que ϕ,
conseqüentemente, não tem nenhum máximo ou mı́nimo no interior de V0 .

Z I
ψ∇2 ϕ − ϕ∇2 ψ dv =

Eq. (1-57): (ψ∇ϕ − ϕ∇ψ) · n̂ da
V S

3-5 Expanda a função


F (u) = (1 − 2xu + u2 )−1/2
em série de Taylor até o termo em u3 . Observe que os coeficientes são os quatro primeiros
polinômios de Legendre Pn (x). Na realidade, F (u) é uma função geradora para todos os
polinômios de Legendre:

X
F (u) = Pn (x)un
n=0

3-6 Demonstre que metade dos harmônicos zonais são gerados através da derivação sucessiva de
r−1 em relação à coordenada retangular z(z = r cos θ).
3-7 Obtenha ∇2 ϕ em coordenadas cilı́ndricas:

1 ∂2ϕ ∂2ϕ
 
1 ∂ ∂ϕ
∇2 ϕ ≡ ρ + 2 2 +
ρ ∂ρ ∂ρ ρ ∂θ ∂z 2

a partir da forma retangular:

∂2ϕ ∂2ϕ ∂2ϕ


∇2 ϕ ≡ + +
∂x2 ∂y 2 ∂z 2

por substituição direta: x = ρ cos(θ), y = ρ sin(θ).

3-9 Suponha que um dipolo puntual esteja localizado no centro de uma casca esférica condutora
conectada à terra. Determine o potencial no interior da casca. (Sugestão: Use harmônicos
zonais que sejam regulares na origem para satisfazer as condições de contorno na casca.)

Solução: Potencial da esfera


Q
ϕ(r) =
4π0 r
Potencial do dipolo  
1 q q
ϕ(r) = −
4π0 r+ r−
α≈θ
r− − r+ = d cos θ
r+ r− = r2
1 p cos θ
ϕ(r) =
4π0 r2
Bn = 0 ∀ n ≥ 2 , B0 = 0

5
p
B1 =
4π0
p cos θ
ϕ(a, θ) = 0 = A0 + A1 r cos θ + · · · + An + =0
4π0 r2
 
p
ϕ(a, θ) = A0 + A1 r + cos θ + · · ·
4π0 r2
p
A1 a + =0
4π0 a2
p
A1 =
4π0 a3
A0 = 0
An = 0 ∀ n ≥ 2
r3 p cos θ
 
1
ϕ(r, θ) = 1− 3
4π0 a r2

3-10 Demonstre que, para uma esfera condutora não carregada, situada num campo elétrico inicial-
mente uniforme, o potencial devido à esfera é o de um dipolo puntual e determine o momento
de dipolo induzido.
3-11 Uma esfera condutora de raio a, possuindo uma carga total Q, está situada num campo elétrico
~ 0 . Determine o potencial em todos os pontos exteriores à esfera.
inicialmente uniforme, E

Solução: Considerando que o campo elétrico esteja alinhado com o eixo z.

E0= E0ẑ


z = r cos 

~0
Figura 1: Esfera no campo elétrico uniforme E

Seja o potencial na superfı́cie da esfera


1 Q
ϕ(a, θ) = (1)
4π0 a
e as condições de contorno:
(
ϕ(r = a, θ) = ϕ(a, θ) (i)
~ ~
E(r → ∞, θ) = E0 = −∇ϕ (ii)
E

tal que, pela c.c. (ii), temos


~ 0 = E0ẑ = −∇ϕ = − ∂ϕ ẑ
E
∂z
que implica em
ϕ(r → ∞, θ) = −E0 z = −E0 r cos θ (2)

Temos que o potencial:

ϕ(r, θ) = A1 r0 P0 + C1 r−1 P0 + A2 r1 P1 + C2 r−2 P1 + A3 r2 P2 + C3 r−3 P2 + · · · (3)

6
assim, com r → ∞,
:0 :0 :0
A 1 r 0 P0 +  r−1 1
r−2 2
r−3

 
 

ϕ(r → ∞, θ) = C1 P 0 + A 2 r P1 + 
C2P 1 + A 3 r P2 + 
C3 P 2 + ···
= A 1 r 0 P0 + A 2 r 1 P1 + A 3 r 2 P 2 + · · ·
1
ϕ(r → ∞, θ) = A1 + A2 r cos θ + A3 r2 3 cos θ2 + 1 + · · ·

(4)
2
Tal que, (2) = (4), então, por inspeção,
(
A2 = −E0
A1 = A3 = A4 = A5 = · · · = 0
Substituindo em (3):
C1 C2 C3 1
3 cos θ2 + 1 + · · ·

ϕ(r, θ) = − E0 r cos θ + 2 cos θ + 3 (5)
r r r 2
Usando a c.c. (i) em (5):
C1 C2 C3 1
3 cos θ2 + 1 + · · ·

ϕ(a, θ) = − E0 a cos θ + 2 cos θ + 3 (6)
a a a 2
como (1) = (6), logo, por inspeção,
Q


 C1 =

 4π0
C3 = C4 = C5 = · · · = 0
−E a + C2 cos θ = 0 ⇒ C = E a3



0 2 o
a2
substituindo novamente em (5) temos
1 Q a3
ϕ(r, θ) = − E0 r cos θ + E0 2 cos θ
4π0 a r

a3
 
1 Q
ϕ(r, θ) = − E0 r − 2 cos θ
4π0 a r

3-17 Uma carga puntual q se localiza a uma distância d de um plano condutor de extensão infinita,
conectado à terra. Obtenha a carga total induzida no plano por integração direta da densidade
superficial de carga.
3-19 Determine a força entre uma carga puntual q e uma esfera condutora não carregada de raio
a. A carga puntual se localiza a uma distância r do centro da esfera, onde r > a. Encontre
uma expressão aproximada válida para r  a.
3-20 Uma carga puntual q está localizada a uma distância r do centro de uma casca esférica con-
dutora, no interior desta. O raio interno da casca é a. Demonstre que se pode solucionar
este problema por meio da técnica das imagens e determine a densidade de carga a induzida
na superfı́cie interna da camada. (O potencial da casca esférica não pode ser especificado
completamente em termos de q e sua imagem porque cargas exteriores fixas podem também
contribuir. Todavia, estas cargas exteriores adicionarão apenas um termo constante ao po-
tenciai.) Determine a carga total induzida na superfı́cie interna da camada (a) mediante
argumentos fı́sicos e (b) mediante a integração de o sobre a superfı́cie.
3-21 Um longo cilindro condutor, que possui uma carga λ por unidade de comprimento, está ori-
entado paralelamente a um plano condutor de extensão infinita, conectado à terra. O eixo do
cilindro está a uma distância x0 do plano e o raio do cilindro é a. Localize a imagem linear e
determine também a constante M (que determina o potencial do cilindro) em função de a e
x0 .

7
Referências
[1] John R. Reitz, Frederick J. Milford, Robert W. Christy Fundamentos da Teoria Eletro-
magnética 3a edição, Editora Campus Ltda. Rio de Janeiro
[2] K. D. Machado, Eletromagnetismo, Vol. 1, Editora UEPG, Ponta Grossa, 2012.

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