Produto 2 - Relatório Técnico 1 PDF
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Básico
11 de abril de 2018
FICHA TÉCNICA
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O Anexo Único apresenta a compilação das reuniões realizadas bem como um registro fotográfico,
quando das visitas técnicas da equipe da FGV para a elaboração do presente diagnóstico.
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Na Figura 1.1.1 pode-se visualizar o mapa com a localização do município de Cuiabá no Brasil e
na Figura 1.1.2 no estado de Mato Grosso.
Figura 1.1.1
Localização do município no Brasil
Figura 1.1.2
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Figura 1.1.3
Microrregião de Cuiabá
MUNICÍPIOS LIMÍTROFES
Conforme pode ser visualizado na Figura 1.1.5 a seguir, o município de Cuiabá faz divisa com os
seguintes municípios:
Figura 1.1.5
Municípios Limítrofes de Cuiabá
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Atualmente, conforme pode ser verificado no Plano de Desenvolvimento Integrado para 2017, existe
uma conurbação entre os municípios de Cuiabá e Várzea Grande.
ACESSOS
Observando a imagem a seguir (Figura 1.1.6) cabe ressaltar que os principais acessos ao
município de Cuiabá são:
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A área total do município de Cuiabá é de 3.538,17 km², constituindo-se em 254,57 km² (7,19 %)
na área urbana, conforme a Lei Municipal n° 4.791/2004 e 3.283,60 km² (92,81 %) na área rural
(PMC/SMDU, 2012).
Conforme PMC/SMDU (2013), atualmente, o município está dividido territorialmente em 118 (cento
e dezoito) bairros, que integram as quatro regiões administrativas: Norte, Sul, Leste e Oeste.
A Lei Municipal nº 3.262/1994 criou as administrações regionais, que dividiu o município de Cuiabá
em quatro regiões administrativas. A Tabela 1.2.1 a seguir apresenta as áreas das regiões
administrativas, definidas pela Lei Municipal nº 3.723/1997, sendo que a Lei nº 4.719/2004 alterou
a área da região oeste (PMC/SMDU, 2012).
Tabela 1.2.1
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A Figura 1.2.1 consiste em um mapa que apresenta a divisão dos bairros para o município de
Cuiabá.
Figura 1.2.1
Divisão de bairros do Município de Cuiabá
Além disso, possui sua divisão territorial datada em 2011 por distritos, a saber: distrito sede de
Cuiabá, distrito do Coxipó da Ponte, distrito do Coxipó do Ouro e distrito da Guia, Nova Esperança
– Pequizeiro, conforme pode ser visualizado na Figura 1.2.2.
Figura 1.2.2
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A Tabela 1.2.2 apresenta a área por distritos e a distância do distrito sede com relação aos outros
distritos.
Tabela 1.2.2
Área dos distritos
Distritos Área (km²) Distância da sede
Cuiabá (Sede) 283,91 -
Guia 1.333,52 30
Coxipó do Ouro 458,67 27
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1.3 Demografia
O último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2010), concluiu que o
município de Cuiabá apresenta uma densidade demográfica de 157,66 hab./km² e uma taxa de
urbanização em torno de 98,13%.
A Tabela 1.3.1.1 apresenta uma análise retrospectiva da população de Cuiabá com a evolução
populacional no período de 1970 a 2010.
Tabela 1.3.1.1
População, Urbanização e Taxas de Crescimento (1970-2010)
Taxa de Taxa de Taxa de
População População População
Urbanização Crescimento Crescimento Crescimento
Urbana Rural Total
ANO (%) a.a (%) a.a (%) a.a (%)
(Habitantes) (Habitantes) (Habitantes)
Pop. Total Pop. Urbana Pop. Rural
1970 88.361 12.499 100.860 87,61 - - -
1980 197.970 15.010 212.980 92,95 7,76 8,40 1,85
1991 395.662 7.151 402.813 98,22 5,96 6,50 -6,52
2000 476.532 6.814 483.346 98,59 2,05 2,09 -0,53
2010 540.814 10.284 551.098 98,13 1,32 1,27 4,20
Fonte: IBGE, 2010.
Na Tabela 1.3.1.1 pode ser observado que as taxas de crescimento da população total declinaram
de 7,76 % a.a (1980/1970) para 1,32 % a.a (2010/2000).
O município de Cuiabá, a exemplo da grande maioria dos municípios brasileiros, apresenta
população majoritariamente concentrada nas áreas urbanas. Em 2010, a população total era
551.098 habitantes, sendo 540.814 referentes à população residente urbana, e 10.284 à população
residente rural.
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Figura 1.3.1.1
Evolução da população total do município de Cuiabá (1970-2010)
Segundo a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE para o ano de 2017,
a população total estaria em 590.118 habitantes. A
Tabela 1.3.1.2 apresenta as estimativas populacionais relativas a população total do município de
Cuiabá, no período de 2011 a 2017.
Tabela 1.3.1.2
Estimativas população total – Cuiabá (2011 / 2017)
População Taxa de
Ano
(hab) Crescimento (%aa)
2010 551.098 -
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A Figura 1.3.1.2 mostra um mapa ilustrativo com a evolução populacional do município de Cuiabá.
Figura 1.3.1.2
Evolução Populacional do município de Cuiabá
Não há grandes disparidades entre homens e mulheres, porém registra-se um maior número de
mulheres, correspondendo a 51,15% para o ano de 2010.
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Tabela 1.3.2.1
População Total e por Gênero – Cuiabá - MT
Segundo os dados do IBGE (2010), em relação à pirâmide etária, pode ser observado que a base
da pirâmide concentra a maior parte da população até os 29 anos, com significância para a
população entre 20 e 29 anos. Esta condição pode ser observada na Figura 1.3.2.1.
Figura 1.3.2.1
Pirâmide Etária de Cuiabá, ano de 2010
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Ainda de acordo com os dados do IBGE de distribuição da população por sexo, segundo os grupos
de idade, utilizando como referência o ano 2010 e considerando ainda somente a população
economicamente ativa (15 a 64 anos), pode-se observar que as mulheres representavam 38,00 %
da população, enquanto os homens configuravam 34,80 %.
Conforme pode-se visualizar na Tabela 1.3.2.2, referenciada no estudo realizado pelo IBGE (2010),
que demonstra a demografia da população urbana por faixa etária, é possível verificar que a
população economicamente ativa representa 71,88 %, ou seja, o maior contingente populacional
residente no município de Cuiabá encontra-se apto para o mercado de trabalho. Neste mesmo
período a população de jovens, de 0 a 14 anos, representava 22,94 %.
Tabela 1.3.2.2
População por faixa etária em Cuiabá-MT
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Tabela 1.3.2.3
Estrutura Etária da População – Cuiabá-MT
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O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD (2013), considera razão de
dependência a população inativa (crianças de 0 a 14 anos e idosos de 65 anos e mais), com um
percentual de 28,11 % para o ano de 2010. Em relação à taxa de envelhecimento, houve um
acréscimo (3,67 % para 5,17 %) entre os censos de 2000 e 2010.
De acordo com dados do PNUD (2013), a mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos
de um ano) em Cuiabá passou de 23,6 por mil nascidos vivos em 2000 para 15,5 por mil nascidos
vivos em 2010. As Nações Unidas, através de um estudo denominado Objetivo de Desenvolvimento
do Milênio, realizado em 2010, estimou que a mortalidade infantil para o Brasil deve estar abaixo
de 17,9 óbitos por mil em 2015. Em 2010, as taxas de mortalidade infantil do estado e do país eram
16,8 e 16,7 por mil nascidos vivos, respectivamente.
A
Tabela 1.3.3.1 a seguir, apresenta uma série histórica da longevidade, mortalidade e fecundidade
de Cuiabá.
Tabela 1.3.3.1
Série histórica da longevidade, mortalidade e fecundidade.
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Tabela 1.3.3.2
Indicadores - Brasil – Mato Grosso – Cuiabá
Brasil Mato Grosso Cuiabá
Indicadores
(%) (%) (%)
Esperança de vida ao nascer (2010) 73,94 74,30 75,00
Mortalidade infantil (2010) 16,70 16,80 15,50
Mortalidade até 5 anos de idade (2010) 18,83 20,30 18,80
Taxa de fecundidade total (2010) 1,89 2,10 1,80
Taxa de envelhecimento (2010) 7,36 5,12 5,17
Fonte: PNUD, 2013.
ECONOMIA
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Figura 1.4.1
Atividades econômicas em Cuiabá (2012)
INDÚSTRIA
Conforme dados da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (FIEMT), no âmbito da
indústria da construção, em 2017, “o mercado imobiliário na grande Cuiabá apresentou até outubro
de 2017 um aumento do número de unidades lançamentos na ordem de 280 % em relação ao
mesmo período de 2016”.
COMÉRCIO
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O resultado para as famílias que disseram não ter condições de pagar as contas, a retração foi de
3,4 pontos percentuais, registrando 13,6% em outubro (26.145 famílias), contra 17% verificado em
setembro (32.706 famílias). O patamar atual se aproxima do registrado em outubro de 2016, quando
apenas 11,5% das famílias alegaram não ter condições de pagar as contas (21.853 famílias).
Entretanto, o percentual das famílias endividadas, ou seja, que possuem compras parceladas, teve
um pequeno aumento de 0,3 pontos percentuais em outubro (59,7%) e atinge 114.592 famílias,
contra 59,4% registrado em setembro. Isso se deve ao poder de compra da população, que nos
últimos meses tem observado a retomada da economia e a facilitação do acesso ao crédito.
A Figura 1.4.2 a seguir apresenta a evolução da série histórica, segundo o IBGE, do cadastro central
de empresas, no período de 2006 a 2015.
Figura 1.4.2
Cadastro Geral de Empresas (Unidades Locais) – Cuiabá
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A Figura 1.4.3 apresenta a evolução da série histórica, segundo o IBGE, do número de empresas
atuantes, no período de 2008 a 2015.
Figura 1.4.3
Empresas atuantes (Unidades) – Cuiabá
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O PIB per capita é utilizado como indicador-síntese do nível de desenvolvimento de um país, região
ou município. No entanto, este indicador observado isoladamente é insuficiente para expressar o
grau de bem-estar da população, especialmente em circunstâncias nas quais estejam ocorrendo
forte desigualdade na distribuição da renda. O PIB leva em conta três grupos principais:
Tabela 1.4.1.1
Produto Interno Bruto de Cuiabá
Produto Interno Bruto de Cuiabá – Série Revisada
Produto Valor (R$)
Valor adicionado bruto da agropecuária a preços correntes 39.680,43 (x 1000)
Valor adicionado bruto da indústria a preços correntes 3.618.949,56 (x 1000)
Valor adicionado bruto dos serviços a preços correntes – exclusive
11.799.885,92 (x 1000)
administração, saúde e educação públicas e seguridade social
Valor adicionado bruto da Administração, saúde, educação pública e
3.014.736,41 (x 1000)
seguridade social, a preços correntes
Impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos, a preços correntes 2.747.334,79 (x 1000)
PIB a preços correntes 21.220.587,11 (x 1000)
PIB per capita 36.556,40
Fonte: IBGE, 2015.
Figura 1.4.1.1
Série histórica do PIB
A Tabela 1.4.1.2 apresenta um comparativo do PIB per capta para as atividades de agropecuária,
indústria e serviços com o município de Cuiabá, estado de Mato Grosso e o Brasil, no período de
2010 a 2013.
Tabela 1.4.1.2
Produto Interno Bruto de Cuiabá, Mato Grosso e Brasil (R$)
Produto Interno Bruto (Valor Adicionado)
Variável Cuiabá Mato Grosso Brasil
Agropecuária 44.367 10.743.851 105.163.000
Indústria 3.668.952 6.229.481 539.315.998
Serviços 11.064.912 16.418.854 1.197.774.001
*Os dados da série revisada (2010 a 2014) têm como referência o ano de 2010, seguindo a nova referência das Contas Nacionais.
Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona
Franca de Manaus - SUFRAMA.
Conforme pode ser observado na Tabela 1.4.1.2, para o município de Cuiabá, o setor terciário de
serviços corresponde pela maior participação no volume do PIB, seguido da indústria e
agropecuária. Já para o estado de Mato Grosso, ganha destaque o setor agropecuário.
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Figura 1.4.1.2
Produto Interno Bruto per capita de Cuiabá, Mato Grosso e Brasil, 2010-2013
A Figura 1.4.1.3 ilustra a quantidade de pessoas ocupadas por setor, com destaque para o setor de
serviços.
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Quadro 1.4.1.1
Pecuária no Município de Cuiabá
Aquicultura
Alevinos 50 milheiros
Jatuarana, piabanha e piracanjuba 1050 kg
Matrinxã 1000 kg
Piau, piapara, piauçu, piava 100 kg
Pintado, cachara, cachapira e pintachara, surubim 38650 kg
Pirarucu 480 kg
Tambacu, tambatinga 822375 kg
Tambaqui 101140 kg
Bovino
Efetivo do rebanho 110442 cabeças
Vaca ordenhada 933 cabeças
Leite de vaca 914 litros
Bubalino 919 cabeças
Caprino 608 cabeças
Equino 4485 cabeças
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O Quadro 1.4.1.2 apresenta a produção agrícola no município de Cuiabá para o ano de 2015,
segundo dados do IBGE.
Quadro 1.4.1.2
Produção Agrícola Municipal - Lavoura Temporária
Abacaxi
Abacaxi - Quantidade produzida 880 mil frutos
Abacaxi - Valor da produção 2.024 mil reais
Abacaxi - Área plantada 40 hectares
Abacaxi - Área colhida 40 hectares
Abacaxi - Rendimento médio 22.000 frutos por hectare
Cana-de-açúcar
Cana-de-açúcar - Quantidade produzida 3.750 toneladas
Cana-de-açúcar - Valor da produção 154 mil reais
Cana-de-açúcar - Área plantada 150 hectares
Cana-de-açúcar - Área colhida 150 hectares
Cana-de-açúcar - Rendimento médio 25.000 quilogramas por hectare
Mandioca
Mandioca - Quantidade produzida 3.600 toneladas
Mandioca - Valor da produção 6.480 mil reais
Mandioca - Área plantada 300 hectares
Mandioca - Área colhida 300 hectares
Mandioca - Rendimento médio 12.000 quilogramas por hectare
Melancia
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O Quadro 1.4.1.3 apresenta a produção agrícola municipal para o ano de 2007, segundo dados do
IBGE.
Quadro 1.4.1.3
Produção Agrícola Municipal – Cereais, Leguminosas e Oleaginosas
Milho
Milho (em grão) - Quantidade produzida 616 Tonelada
Milho (em grão) - Valor da produção 160 Mil Reais
Milho (em grão) - Área plantada 280 Hectare
Milho (em grão) - Área colhida 280 Hectare
Milho (em grão) - Rendimento médio da produção 2.200 Quilogramas por Hectare
Fonte: IBGE, 2007.
TRABALHO
Dados do IBGE (2015) informam que a proporção de pessoas ocupadas em relação à população
total era de 45,6%. A Figura 1.4.2.1 apresenta a evolução - série histórica segundo o IBGE, do
pessoal ocupado, no período de 2006 a 2015.
Figura 1.4.2.1
Pessoal Ocupado (Unidade: Pessoas) – Cuiabá
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Segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD (2013), entre
2000 e 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos ou mais (pessoas que eram consideradas
economicamente ativas) passou de 71,76% em 2000 para 73,62% em 2010. Ao mesmo tempo, sua
taxa de desocupação (população economicamente ativa que estava desocupada) passou de
14,32% em 2000 para 6,02% em 2010, conforme apresentado na Tabela 1.4.2.1.
Tabela 1.4.2.1
Ocupação da população de 18 anos ou mais – Cuiabá - MT
Indicadores (%) 2000 2010
Taxa de atividade 71,76 73,62
Taxa de desocupação 14,32 6,02
Grau de formalização dos ocupados 58,30 65,63
Nível educacional dos ocupados
ocupados com fundamental completo 63,19 75,13
ocupados com médio completo 45,83 57,68
Rendimento médio
ocupados com rendimento de até 1 s.m. 31,53 9,55
dos ocupados com rendimento de até 2 s.m. 62,87 58,66
dos ocupados com rendimento de até 5 s.m. 85,32 84,37
Fonte: PNUD, 2013.
A Figura 1.4.2.2 ilustra a taxa de atividade e desocupação de pessoas que possuem 18 anos ou
mais no ano de 2010.
Figura 1.4.2.2
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RENDA
Ainda segundo informações do PNUD (2013), no ano de 1991 o município de Cuiabá tinha uma
renda per capita de R$ 615,55. No ano de 2000 essa renda apresentou um aumento, ficando em
torno de R$ 882,97, chegando a R$ 1.161,49 em 2010.
A extrema pobreza (medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a
R$ 140,00, em reais de agosto de 2010) passou de 20,89% em 1991 para 14,11% em 2000 e para
5,31% em 2010.
A desigualdade diminuiu na medida que pelo Índice de Gini passou de 0,59 em 1991 para 0,63 em
2000 e para 0,59 em 2010 (Tabela 1.4.2.2).
O Índice de Gini mede o grau de concentração de renda. Ele aponta a diferença entre os
rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente, varia de 0 a 1, sendo que 0
representa a situação de total igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda, e o valor 1 significa
completa desigualdade de renda, ou seja, se uma só pessoa detém toda a renda do lugar.
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De acordo com dados do IBGE (2015), o salário médio mensal dos trabalhadores formais era de
3,8 salários mínimos e, comparando com os outros municípios do estado, ocupava a posição dois
de 141 municípios e com cidades do país todo, ficava na posição 58 de 5.570.
A Figura 1.4.2.3, apresenta a evolução - série histórica segundo o IBGE, do salário médio mensal,
no período de 2006 a 2015.
Figura 1.4.2.3
Salário Médio Mensal (Unidade: Salário Mínimo) – Cuiabá
Segundo os dados IBGE (2010), o total de domicílios particulares era de 165.685. A Tabela 1.4.2.3
e a Tabela 1.4.2.4 apresentam a distribuição de renda familiar mensal por faixas de salários
mínimos, por domicílios e número de habitantes de 10 anos ou mais idade com classes de
rendimento mensal, nos intervalos de 0 a 30 salários mínimos.
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Figura 1.4.2.4
Domicílios particulares permanentes com classes de rendimento nominal mensal domiciliar
De acordo com o IBGE (2010), a maioria da população de Cuiabá está sem rendimento ou recebe
cerca de 1 a 2 salários mínimos, conforme apresenta a Tabela 1.4.2.4.
Tabela 1.4.2.4
Pessoas de 10 anos ou mais de idade com Classes de rendimento nominal mensal
Salário mínimo Habitantes
Sem rendimento 160.691
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Figura 1.4.2.5
Pessoas de 10 anos ou mais de idade com Classes de rendimento nominal mensal
A Figura 1.4.2.6 apresenta um mapa ilustrativo com a classe de renda por bairro, no município de
Cuiabá.
Figura 1.4.2.6
Classe de renda por bairro
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O saneamento básico apresenta quatro vertentes principais: água, esgoto, resíduos sólidos e
drenagem.
Com base nos dados fornecidos pelas prestadoras de serviço e também nos resultados gerais do
SNIS (2016), no que se refere aos dados relacionados à infraestrutura disponível dos serviços de
saneamento básico que os domicílios e a população urbana do município de Cuiabá dispõem,
destaca-se o elevado percentual (100%) de domicílios atendidos por rede geral de abastecimento
de água. Apresentando um percentual menor, apenas 52,26% dos domicílios contavam com rede
geral de esgotamento sanitário com tratamento.
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Segundo dados do SNIS, em 2016, o índice atendimento urbano de água no município alcançou
100,00%, conforme pode ser visualizado na Tabela 1.5.1.1.1 abaixo.
Tabela 1.5.1.1.1
Índice de atendimento urbano de água
IN023 - Índice de
Ano atendimento urbano de
água (%)
2010 100,00
2011 99,7
2012 97,2
2013 94,8
2014 100,00
2015 100,00
2016 100,00
Fonte: SNIS
Tabela 1.5.1.1.2
Proporção de domicílios por tipo de abastecimento de água
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Segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento - SNIS, em 2016, o índice
de atendimento urbano de esgotos referidos aos municípios atendidos com água alcançou
aproximadamente 52,26%, conforme pode ser visualizado na Tabela 1.5.1.2.1.
Tabela 1.5.1.2.1
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Conforme dados do censo do IBGE (2010), o tipo de sistema de coleta esgoto no município de
Cuiabá é apresentado na Tabela 1.5.1.2.2, identificando o total de domicílios para os anos de 1991,
2000 e 2010. Essa tabela é atualizada pelo IBGE na ocasião da elaboração dos censos.
Tabela 1.5.1.2.2
Proporção de domicílios por tipo de instalação sanitária
Instalação Sanitária 1991 2000 2010
Rede geral de esgoto ou pluvial 15.325 65.420 95.340
Fossa séptica 48.206 28.249 38.654
Fossa rudimentar 22.442 28.633 28.279
Vala 1.309 946 972
Rio, lago ou mar - 1.146 1.209
Outro escoadouro 728 536 769
Não sabe o tipo de escoadouro 808 - -
Não tem instalação sanitária 4.841 2.203 462
Total 93.659 127.133 165.685
Fonte: IBGE, 2010.
Segundo dados do SNIS (2015) apresentados pelo Instituto Trata Brasil (2017), sobre o
levantamento das condições de água e esgoto das 100 maiores cidades do país, Cuiabá não tem
posição privilegiada, estando posicionado na 67º posição.
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Ao consultar o Anuário Estatístico de Mato Grosso (2011 - 2016), obteve-se os dados referentes ao
número de consumidores e o consumo de energia elétrica (kWh) por classe, no período de 2010 a
2015, como pode ser visualizado nas Tabelas 1.5.1.3.1 e 1.5.1.3.2, a seguir.
Tabela 1.5.1.3.1
Consumidores de energia elétrica por classe de consumidores
Classes de Consumidores
Ano Poder Iluminação Serviço
Residencial Industrial Comercial Rural Serviços Total
Público Pública Público
2010 171.668 1.955 18.404 4.214 1.157 16 177 37 197.628
2011 179.061 2.056 19.604 4.303 1.176 16 184 38 206.438
2012 192.894 2.131 20.199 4.481 1.207 17 204 38 221.171
2013 205.842 2.237 21.233 4.595 1.178 18 190 38 235.331
2014 213.983 2.218 21.804 4.581 1.222 20 197 40 244.065
2015 217.185 2.163 21.662 4.821 1.194 20 186 41 247.272
Fonte: SEPLAN-MT, 2011 – 2016.
Tabela 1.5.1.3.2
Consumo de energia elétrica (kWh) por classe de consumidores
Poder Iluminação Serviço
Ano Residencial Industrial Comercial Rural Serviços Total
Público Pública Público
2010 511.189.239 168.256.945 378.472.360 10.338.951 106.737.698 36.545.021 53.368.144 4.513.702 1.269.422.060
2011 527.368.410 161.818.756 395.818.017 10.365.589 107.611.702 37.010.027 55.948.678 4.514.186 1.300.455.365
2012 569.967.172 215.857.638 470.918.046 11.386.842 113.011.421 40.162.712 55.695.775 4.329.826 1.481.329.432
2013 632.153.762 264.539.180 499.397.023 12.077.024 115.684.061 46.302.373 63.391.718 4.421.864 1.637.967.005
2014 684.210.124 272.802.775 525.237.346 12.177.613 126.133.060 50.151.585 62.842.073 4.309.710 1.737.864.285
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A tabela 1.5.1.3.3 apresenta o consumo de energia elétrica por tipo de consumidor, indicando o
número de unidades consumidoras, o consumo total e a representatividade do tipo consumidor para
o ano de 2013.
Tabela 1.5.1.3.3
Consumo de energia elétrica por tipo de consumidor (2015)
Número de Consumo Representatividade
Tipo de Consumidor Unidades Total do Consumo
Consumidoras (kW/h) (%)
Residencial 217.185 729.132.799 41,53
Industrial 2.163 235.760.217 13,43
Comercial 21.662 534.077.842 30,42
Rural 4.821 14.759.982 0,84
Poder Público 1.194 132.324.857 7,54
Iluminação Pública 20 46.816.998 2,67
Serviço Público 186 58.706.371 3,34
Serviços 41 3.996.201 0,23
Total 247.272 1.755.575.268 100,00
Fonte: Adaptado SEPLAN-MT, 2016.
Estes dados informam que em 2015 havia 247.272 consumidores de energia elétrica no Município,
e destes, 87,83% se enquadravam na classe residencial. Avaliando-se o consumo para o mesmo
período, as informações levantadas demonstram um consumo total de 1.755.575.268 kWh e
41,53% deste foi realizado por economias residenciais.
Figura 1.5.1.3.1
Representatividade do Consumo de Energia em Cuiabá (2015)
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USINA TERMELÉTRICA
Com relação à geração de energia elétrica, localiza-se em Cuiabá a Usina Termelétrica Mario
Covas (UTE/480 mW), conforme detalhado a seguir:
Localizada próximo ao Distrito Industrial, Cuiabá gera boa parte da energia elétrica consumida pelo
estado.
Conforme a Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso (AGER-MT,
2017), a usina é abastecida por meio de uma ramificação junto a linha Gasbol (Gasoduto Brasil-
Bolívia), que iniciou sua operação em agosto de 2001.
Figura 1.5.1.3.2
Imagem da UTE de Cuiabá
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1.5.2 Pavimentação
De acordo com os dados mapeados pelo PMC/SMDU (2012), têm-se em Cuiabá, 1.824,32 km de
vias oficiais abertas sendo que destas, 1.192,15 km (65,35 %) possuem pavimentação e 632,17 km
(34,65%) não possuem.
Tabela 1.5.2.1
Vias pavimentadas e não pavimentadas, anos 2009 e 2010
Pavimentada Não Pavimentada Total
Extensão Área Extensão Área Extensão Área
Região
(Km) (km²) (Km) (Km²) (Km) (Km²)
Norte 187,18 1.554,01 107,57 751,50 294,75 2.305,51
Sul 259,33 2.163,29 294,35 2.065,65 553,68 4.228,94
Oeste 355,61 2.731,48 71,43 486,55 427,04 3.218,04
Leste 390,03 2.909,23 158,82 1.108,10 548,85 4.017,32
Total 1.192,15 9.358,01 632,17 4.411,80 1.824,32 13.769,81
Fonte: Adaptado PMC/SMDU, 2012.
1.5.3 Transporte
47 / 368
O município possui quatro terminais urbanos, que permitem o deslocamento da população para os
mais diversos locais, sendo eles: Terminal Antártica – Cuiabá; Terminal CPA I – Cuiabá; Terminal
CPA III – Cuiabá; Terminal Pedra 90 – Cuiabá.
O município conta, ainda, com uma frota de veículos utilizados como táxis, que segundo
PMC/SMDU (2012), é composta atualmente por aproximadamente 90 carros. Além disso, possui
micro-ônibus e moto-taxis, já regulamentados pela Câmara Municipal.
MOBILIDADE URBANA
A Figura 1.5.3.1, apresenta a evolução - série histórica segundo o IBGE, do número de veículos no
período de 2010 a 2016, para o município de Cuiabá.
Figura 1.5.3.1
Frota de veículos Cuiabá (2010 – 2016)
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AEROPORTOS
1.5.4 Comunicação
Quadro 1.5.4.1
Principais meios de comunicação do Município
Meio de
Empresa
Comunicação
Diária: A Gazeta; Diário de Cuiabá; Folha do Estado; Página Única.
49 / 368
Quadro 1.5.4.2
Disponibilidade de serviços de telefonia fixa, móvel e internet móvel de Cuiabá –MT
50 / 368
1.5.5 Habitação
Tabela 1.5.5.1
Domicílios particulares permanentes por situação e número de moradores
Situação do Ano
Domicílio
1991 2000 2010
Urbana 91.929 125.496 162.528
Rural 1.730 1.637 3.157
Total 93.659 127.133 165.685
Fonte: IBGE, 2010.
O Censo Demográfico de 2010 do IBGE informa que, no referido ano, o total de domicílios no
município de Cuiabá era de 165.685 domicílios. A Tabela 1.5.5.2 apresenta o número de domicílios
segundo o seu uso, próprio, alugado, cedido.
Tabela 1.5.5.2
Total de domicílios particulares permanentes
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Tabela 1.5.5.3
Indicadores de Habitação
Indicadores de Habitação 1991 2000 2010
% da população em domicílios com água encanada 80,25 83,86 97,04
% da população em domicílios com energia elétrica 97,53 99,70 99,92
% da população em domicílios com coleta de lixo.
87,70 93,19 98,28
*Somente para população urbana
Fonte: PNUD, 2013.
1.5.6 Educação
O sistema educacional no município de Cuiabá será guiado, durante os próximos 10 anos, pelo
Plano Municipal de Educação. Segundo o site da PMC (2017), o plano conta com 133 estratégias
e 20 metas que trazem ações com aplicabilidade em todo o sistema educacional municipal, incluindo
instituições públicas e privadas, bem como as modalidades que contemplam a educação básica e
superior.
Dentre as metas relacionadas, há itens como a garantia à educação infantil, que visa alcançar 50%
da demanda das crianças da faixa etária de 0 a 3 anos de idade em creches até o final de 2020, e
100 % das crianças de 4 a 5 anos na pré-escola, até 2016. Também existe o comprometimento de
alfabetizar todos os alunos até, no máximo, o 3º ano do ensino fundamental. Na mesma linha,
52 / 368
Além dessas metas citadas acima, o Plano Municipal de Educação trata de forma relevante as
políticas da educação inclusiva nas unidades educacionais, mantendo e melhorando o que já existe.
Objetiva-se erradicar, até 2023, todo o analfabetismo dentro da faixa etária de 15 a 39 anos.
Também se espera estreitar os laços colaborativos entre município, estado e união, aplicando os
recursos necessários destinados à educação pública.
E, para garantir que o Plano Municipal de Educação seja colocado em prática e executado da melhor
forma possível, suas metas deverão ser avaliadas a cada dois anos. Esse monitoramento será
realizado em conjunto pela Secretaria Municipal de Educação, Comissão de Educação da Câmara
dos Vereadores, Conselho Municipal de Educação e Fórum Municipal de Educação.
Tabela 1.5.6.1
Frequência de crianças na escola
Frequência de Crianças na Escola 1991 2000 2010
% de crianças de 5 a 6 anos na escola 41,27 72,66 90,09
% de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino
48,69 70,94 86,65
fundamental
Fonte: PNUD, 2013.
A proporção de jovens entre 15 e 17 anos com ensino fundamental completo cresceu 83,27% no
período de 1991 a 2000 e 31,47% no período de 2000 a 2010. E a proporção de jovens entre 18 e
20 anos com ensino médio completo cresceu 111,86% entre 1991 e 2000 e 40,26% entre 2000 e
2010, conforme pode ser observado na Tabela 1.5.6.2.
Tabela 1.5.6.2
Frequência de crianças na escola
Frequência de crianças na escola 1991 2000 2010
53 / 368
A Figura 1.5.6.1 demonstra o fluxo escolar por faixa etária no período de 1991 a 2010 para o
município de Cuiabá.
Figura 1.5.6.1
Fluxo escolar por faixa etária
Nas outras faixas etárias, os levantamentos dos dados informados pelo PNUD para o município
de Cuiabá indicaram resultados com proporções superiores, com destaque para o percentual de
jovens de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo e 18 a 20 anos com ensino médio
54 / 368
A Figura 1.5.6.2 ilustra o fluxo escolar por faixa etária no ano de 2010 para o Município, estado e
País.
Figura 1.5.6.2
Fluxo escolar por faixa etária
A Figura 1.5.6.3 mostra ainda que, para o ano de 2010, 5,31% da população com 25 anos ou mais
de idade era analfabeta, 51,40% possuíam o ensino médio completo (representando a soma dos
itens médio completo e superior completo) e 19,90% o superior completo.
Figura 1.5.6.3
Escolaridade da população
55 / 368
A educação também contribui na formação de cidadãos mais conscientes e críticos, que busquem
decisões sustentáveis para a preservação do meio ambiente, respeitando aos diretos humanos e
demais condicionantes necessárias à sociedade para manutenção da qualidade de vida.
ANALFABETISMO
56 / 368
Tabela 1.5.6.3
Taxa de Analfabetismo da população com 15 ou mais do Município de Cuiabá
Taxa de Analfabetismo da população
1991 2000 2010
com 15 ou mais
Alfabetizadas 228.354 321.290 402.691
Não alfabetizadas 25.135 18.647 18.803
Total de pessoas com 15 anos ou mais 253.489 339.937 421.494
Taxa de analfabetismo (%) 9,9 5,5 4,5
Fonte: IBGE, Censo Demográfico, 2010.
Em Cuiabá, a taxa de analfabetismo está caindo gradualmente, assim como demonstra a Figura
1.5.6.4, com o valor de 4,46% para o ano de 2010, se colocando abaixo da média nacional para o
mesmo índice.
Figura 1.5.6.4
Taxa de analfabetismo em Cuiabá
Fonte: IBGE.
A Tabela 1.5.6.4 apresenta as taxas de analfabetismo por faixa etária para os anos de 1991, 2000
e 2010, conforme valores apresentados nos censos do IBGE.
Tabela 1.5.6.4
Taxa de Analfabetismo do Município de Cuiabá (%)
57 / 368
Com base nos dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
(INEP) verificado no QEdu1 (2016), o município contava no referido ano com 250 (duzentos e
cinquenta) escolas do ensino pré-escolar, 239 (duzentos e trinta e nove) do ensino fundamental e
72 (setenta e duas) do ensino médio, entre escolas federais, estaduais, municipais e privadas,
conforme a Tabela 1.5.6.5.
1 O QEdu é um portal aberto e gratuito, com todas as informações públicas sobre a qualidade do aprendizado em cada escola, município
e estado do Brasil.
58 / 368
Com relação ao número de escolas, a Figura 1.5.6.5, apresenta a evolução - série histórica segundo
o IBGE, do número de escolas de ensino pré-escolar, no período de 2005 a 2015.
Figura 1.5.6.5
Escolas/Ensino pré-escolar (Unidade: escolas)
A Figura 1.5.6.6 apresenta a evolução - série histórica segundo o IBGE, do número de escolas de
ensino fundamental, no período de 2005 a 2015.
59 / 368
A Figura 1.5.6.7 apresenta a evolução - série histórica segundo o IBGE, do número de escolas de
ensino fundamental, no período de 2005 a 2015.
Figura 1.5.6.7
Escolas/Ensino médio (Unidade: escolas)
A Figura 1.5.6.8 apresenta a evolução - série histórica segundo o IBGE, do número de matrículas
para o ensino pré-escolar, no período de 2005 a 2015.
Figura 1.5.6.8
Matrícula/Ensino pré-escolar (Unidade: matrículas)
A Figura 1.5.6.9 apresenta a evolução - série histórica segundo o IBGE, do número de matrículas
para o ensino fundamental, no período de 2005 a 2015.
Figura 1.5.6.9
Matrícula/Ensino fundamental (Unidade: matrículas)
61 / 368
A Figura 1.5.6.10 apresenta a evolução - série histórica segundo o IBGE, do número de matrículas
para o ensino médio, no período de 2005 a 2015.
Figura 1.5.6.10
Matrícula/Ensino médio (Unidade: matrículas)
Com relação ao número de docentes, a Figura 1.5.6.11 apresenta a evolução - série histórica
segundo o IBGE, do número de docentes no ensino pré-escolar, no período de 2005 a 2015.
Figura 1.5.6.11
Docentes/Ensino pré-escolar (Unidade: docentes)
62 / 368
A Figura 1.5.6.12 apresenta a evolução - série histórica segundo o IBGE, do número de docentes
no ensino fundamental, no período de 2005 a 2015.
Figura 1.5.6.12
Docentes/Ensino fundamental (Unidade: docentes)
A Figura 1.5.6.13 apresenta a evolução - série histórica segundo o IBGE, do número de docentes
no ensino médio, no período de 2005 a 2015.
Figura 1.5.6.13
Docentes/Ensino médio (Unidade: docentes)
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Os levantamentos realizados pelo INEP apud QEdu (2016), informam o percentual de utilização dos
serviços públicos (abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta de resíduos sólidos e
fornecimento de energia elétrica) e as condições das dependências internas das escolas do
município de Cuiabá, como mostrado nas Figuras 1.5.6.14 e 1.5.6.15.
64 / 368
Figura 1.5.6.15
Serviços das escolas de Cuiabá
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) de Cuiabá foi 0,785, em 2010. O município estava
situado na faixa de Desenvolvimento Humano Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799).
O IDHM do município de Cuiabá passou de 0,692 em 2000 para 0,785 em 2010 - uma taxa de
crescimento de 13,44%. Nesse período, a dimensão cujo índice mais cresceu em termos absolutos
foi educação (com crescimento de 0,354), seguida por renda e por longevidade, conforme a Tabela
1.5.7.1.
66 / 368
A Tabela 1.5.7.2 apresenta um comparativo do IDHM dos principais indicadores entre Cuiabá, Mato
Grosso e Brasil.
Tabela 1.5.7.2
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - Brasil – Mato Grosso - Cuiabá
Indicadores Brasil (%) Mato Grosso (%) Cuiabá (%)
IDHM 0,727 0,725 0,785
IDHM Renda 0,739 0,732 0,800
IDHM Longevidade 0,816 0,821 0,834
IDHM Educação 0,637 0,635 0,726
Fonte: PNUD, 2013.
Cuiabá teve um incremento no seu IDHM de 37,96% nas últimas duas décadas, abaixo da média
de crescimento nacional e estadual (47%). O hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a distância
67 / 368
Figura 1.5.7.1
Evolução do IDHM – Cuiabá-MT
Cuiabá ocupava a 92ª posição, em 2010, em relação aos 5.565 municípios do Brasil, sendo que 91
(1,64 ) municípios estavam em situação melhor e 5.474 (98,36%) municípios estavam em situação
igual ou pior. Em relação aos 91 outros municípios de Mato Grosso, Cuiabá ocupa a 1ª posição.
VULNERABILIDADE SOCIAL
Vulnerabilidade social é formada por pessoas e lugares, que estão expostos à exclusão social,
sendo um termo geralmente ligado à pobreza. A Tabela 1.5.7.3 apresenta alguns dados
relacionados com a vulnerabilidade social do município de Cuiabá, de acordo com dados do PNUD
(2013).
Tabela 1.5.7.3
Vulnerabilidade Social de Cuiabá-MT
Vulnerabilidade Social – Cuiabá - MT
68 / 368
1.5.8 Saúde
Conforme PMC/SMDU (2012), Cuiabá é referência para os serviços de saúde de média e alta
complexidade para todo o estado do Mato Grosso, o que demanda uma enorme procura por este
serviço.
Segundo dados do IBGE (2009), haviam 312 estabelecimentos de saúde. O tipo de gestão destas
unidades pode ser observado na Tabela 1.5.8.1.
Tabela 1.5.8.1
Estabelecimentos de saúde
69 / 368
O Município de Cuiabá conta, hoje, com 87 unidades básicas de saúde. De acordo com site da
PMC (2017a), a Atenção Básica se destaca quanto à atenção em saúde necessária. Isso se
caracteriza por um conjunto de políticas e ações de saúde que abrange tanto o individual quanto o
coletivo, envolvendo campos como promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos,
diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos e manutenção da saúde. A intenção é
monitorar integralmente e tomar atitudes que melhorem a situação da saúde das coletividades. Este
é trabalho das unidades básicas de saúde.
Quadro 1.5.8.1
Policlínicas ou Unidades de Pronto Atendimento (UPA)
70 / 368
Indicadores epidemiológicos
Morbidade hospitalar
A Figura 1.5.8.1 apresenta a evolução - série histórica segundo o IBGE, da morbidade hospitalar
no período de 2005 a 2014, para o município de Cuiabá.
Figura 1.5.8.1
Óbitos (Unidade: óbitos) Cuiabá
71 / 368
A Figura 1.5.8.2 apresenta a evolução - série histórica segundo o IBGE, da morbidade hospitalar
por doenças infecciosas e parasitárias no período de 2005 a 2014, para o município de Cuiabá.
Figura 1.5.8.2
Óbitos – Doenças Infecciosas e Parasitárias (Unidade: óbitos) Cuiabá
O número de óbitos totais registrado para o ano de 2014 foi de 1.481, sendo que 345 óbitos
correspondem a doenças infecciosas e parasitárias, ou seja, uma representatividade de 23,30%.
Segundo dados do IBGE (2016), a morbidade de doenças relacionadas com a falta de saneamento
básico, mais especificamente, doenças infecciosas e parasitárias, registrou que as internações
devido a diarreias são de 0,3 para cada 1.000 habitantes. Comparado com todos os municípios do
72 / 368
Dados epidemiológicos
Doenças de transmissão são aquelas em que a água atua como veículo de agentes infecciosos.
Doenças de origem hídrica são aquelas causadas por determinadas substâncias químicas,
orgânicas ou inorgânicas, presentes na água em concentrações inadequadas, em geral superiores
às especificadas nos padrões para águas de consumo humano (SAAEBES, 2010).
Segundo a Organização Mundial de Saúde apud Portal São Francisco, cerca de 80% de todas as
doenças que se alastram nos países em desenvolvimento são provenientes da água de má
qualidade. As doenças mais comuns, de transmissão Hídrica, são apresentadas no Quadro 1.5.8.2.
Quadro 1.5.8.2
Doenças de Veiculação Hídrica mais comuns
73 / 368
Aglutinação das
Swab retal ou Parasitológico, Relação de Widal Transamina-ses
leptospiras (2
Diagnóstico fecal. Diagnóstico cultura, prova marcador
amostras de soro
Laboratorial clínico- sorológica, sorológico: Anti-
com intervalos de
epidemiológico bacteriologia HAV
15 dias)
Hemocultura
Coprocultura
Reposição Correção do
Soro de
hídrica imediata Hidratação Sintomático desiquilíbrio
rehidratação oral
(oral ou venosa). hidroeletro
Observação do Lítico e ácido
Condutas Observação Repouso Hidratação
estado geral. básico.
Soro E.V.
Antibiótico Repouso Antibiótico
(desidratação)
Terapia Terapia
Medidas de Notificação Abastecimento doméstico de água.
Controle Controle de qualidade da água.
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ANO 2015
Para o ano de 2015 não foram realizadas amostras de cloro residual livre, tampouco de turbidez.
Quanto ao parâmetro “coliformes totais”, foram verificadas 33 amostras, sendo que a meta seria a
de 564 amostras (ou seja, foram alcançadas apenas 5,85% do total de amostras necessárias).
Quanto aos resultados, todas as amostras possuíam os parâmetros analisados dentro do padrão
de potabilidade.
Segundo o próprio relatório, as dificuldades para a não realização das amostras foram as seguintes:
Não aquisição de equipamentos de campo;
Falta de insumos no LACEN-MT;
Perda de grande contingente de pessoal da área de fiscalização, apoio logístico e outras
demandas prioritárias.
75 / 368
Para o ano de 2016 não foram realizadas amostras de cloro residual livre, tampouco de turbidez.
Quanto ao parâmetro “coliformes totais” foram realizadas 144 amostras, sendo que a meta seria a
realização de 564 amostras (ou seja, foram realizadas apenas cerca de 25% do total de amostras
necessárias). Quanto aos resultados, todas as amostras possuíam os parâmetros analisados dentro
do padrão de potabilidade.
Segundo o próprio relatório, as dificuldades para que a não realização das amostras foram as
seguintes:
Falta de equipamentos básicos para coleta;
Falta de prioridade de veículos para realização das coletas.
ANO 2017
Para o ano de 2017 não foram realizadas amostras de cloro residual livre, tampouco de turbidez.
Quanto ao parâmetro “coliformes totais” foram realizadas 290 amostras, sendo que a meta seria a
realização de 564 amostras (ou seja, foram realizadas apenas 51,42% do total de amostras
necessárias). Em relação aos resultados, 13 amostras apresentaram resultado positivo de
coliformes totais.
Segundo o próprio relatório, as dificuldades para que a não realização das amostras foram as
seguintes:
Foram fornecidas informações sobre algumas doenças cujo nexo causal tenha sido a água
(doenças diarreicas agudas e Hepatite A) por bairros, conforme tabelas a seguir. O Quadro 1.5.8.2.1
está ordenado de acordo com os bairros com maior incidência no ano de 2017.
76 / 368
Quadro 1.5.8.2.2
Ocorrência de Hepatite A conforme os bairros
Bairro 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2017
Alvorada 1 2 2
Areão 1
Bela Vista 1
Bordas da Chapada 1
Bosque da Saúde 1
Carumbe 2 1
Cidade Alta 1
CPA I 1
CPA II 1 1 4
CPA III 1 2 1 2
CPA IV 1 1 2
Despraiado 1
Dom Aquino 3 1
Duque de Caxias 1
Grande Terceiro 1
Jd. Fortaleza 1 2 1
Jd. Kennedy 1
Jd. Imperial 1
Jd. Primeiro Março 1 3
Lixeira 2
Nossa Senhora Aparecida 1
Nova Conquista 2
Nova Esperança 1
Novo Colorado 1
Novo Horizonte 1
Novo Paraíso 2 2 1
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Conforme o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), no final de 2013, ele aponta a
evolução de Cuiabá na área de saúde. Atualmente o município ocupa o 15º lugar no estado nesta
área, com um índice de 0,8763, considerado de alto desenvolvimento.
Os números são referentes ao ano de 2013 e comparados com o ano anterior (2012), quando o
município já ocupava a 15ª posição. Para a avaliação são considerados critérios como número de
consultas pré-natal, óbitos por causas mal definidas, óbitos infantis por causas evitáveis e
internação sensível a atenção básica.
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1.5.9 Turismo
Atualmente, o município de Cuiabá conta com o site denominado “Guru da cidade”, o qual indica
os melhores locais turísticos.
Segundo PMC/SMDU (2012), Cuiabá localiza-se em uma região de variadas paisagens naturais,
como por exemplo, a Chapada de Guimarães e o Pantanal, dois paraísos ecológicos extraordinários
pela diversidade de sua flora e fauna, atraindo turistas de todo o Brasil.
Além disso, por ser um município muito antigo, com um patrimônio histórico importante, Cuiabá tem
diversos atrativos turísticos.
Através do site da Prefeitura Municipal de Cuiabá é possível acessar o mapa com diversos pontos
turísticos: http://www.cuiaba.mt.gov.br/upload/arquivo/Turismo.pdf.
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Fonte: http://pt-br.topographic-map.com/places/Cuiabá.
1.7 Geografia
1.7.1 Geologia
A geologia da cidade de Cuiabá é formada por rochas metamórficas de baixo grau, com data do
Pré-Cambriano, com predominância de filitos e micaxistos, segundo os dados da PMC/SMDU
(2012). Em seguida, aparecem quartzitos, metagrauvacas, calcários e metaglomerados, bem como
veios de quartzo auríferos. A este conjunto dá-se o nome de “Grupo Cuiabá”.
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1.8.1 Hidrografia
O município é banhado de forma abundante por rios, ribeirões e córregos que formam a Bacia do
Rio Cuiabá. O Rio Cuiabá, afluente do Rio Paraguai, abastece a cidade e aponta os limites entre a
capital e a Várzea Grande. A cidade, inclusive, está situada no divisor de águas das bacias
Amazônica e Platina.
A Figura 1.8.1.1 apresenta a Bacia Hidrográfica do Rio Paraguai e a Figura 1.8.1.2 mostra o
perímetro urbano de Cuiabá tendo como referência a Bacia Hidrográfica do Rio Paraguai.
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Figura 1.8.1.2
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A rede de drenagem é formada pelo Rio Cuiabá e seus formadores, englobando o Rio Cuiabá da
Larga e o Cuiabá do Bonito, tendo suas águas perenes, assim como seus tributários, que são, pela
margem esquerda, os rios: Marzagão, Manso, Acorizal e Coxipó-Açu; e pela margem direita
Chiqueirão, Jangada, Espinheiro e Pari (CHIARANDA, COLPINI E SOARES, 2016).
De acordo com PMC/ SMDU (2012), cortam o município de Cuiabá os cursos d’água descritos na
sequência:
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De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET, 2017a), existe em Cuiabá
uma estação meteorológica caracterizada pelo número 83361, com altitude de 151,34m e
coordenadas -15.55 de Latitude e -56.12 de Longitude.
1.9 Clima
A Figura 1.9.1 lustra uma imagem do clima do Brasil, classificando o município de Cuiabá, como
tropical.
Figura 1.9.1
Clima de Cuiabá
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Tabela 1.9.1
Dados Climatológicos de Cuiabá
Dados climatológicos para Cuiabá
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima absoluta
38,2 37,7 37,6 38,1 36,4 37 38,4 40,6 42,3 42 40 39 42,3
(°C)
Temperatura média (°C) 26,7 26,5 26,5 26 24,4 23 22,8 25 26,6 27,4 27,2 26,9 25,8
Umidade relativa (%) 80,7 81,6 81 79,5 74,2 73,7 65,4 57,3 61,8 69,6 74,2 78,5 73,1
Horas de sol 171,1 157,5 193,2 213,2 233 235,5 247,1 230,1 190,6 216,5 196,3 182,1 2.465,3
Além disso, a Tabela 1.9.1 mostra que a temperatura média em Cuiabá gira em torno dos 26 °C.
Cuiabá é famosa pelo seu forte calor e segundo dados do INMET, desde 1961, a maior temperatura
atingiu 42,3 °C, em setembro, porém no inverno a temperatura pode cair esporadicamente abaixo
de 10 °C, sendo registrada a menor temperatura de 3,3 °C, no mês mais frio, julho.
A Figura 1.9.2 apresenta a precipitação para o ano de 2017, onde verifica-se que as chuvas são
bem distribuídas ao longo do ano.
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1.10.1 Flora
Segundo dados da PMC/ SMDU (2012), a região fitofisionômica onde a cidade de Cuiabá se
encontra é característica do cerrado. Tem-se, como sua vegetação nativa, ocorrência de cerrado,
cerradão, mata ciliar, mata semidecídua e mata de encosta. Já na sede do município, encontra-se,
na sua maioria, vegetação remanescente de áreas não construídas, margens de córregos,
vegetação domiciliar, riachos e rios, fundos de vale, parques, praças e vegetação viária.
1.10.2 Fauna
Cuiabá abriga uma rica fauna, o que é típico dos ecossistemas com característica fitofisionômica
de cerrado. De acordo com os dados da PMC/SMDU (2012), mesmo tendo uma ocupação
antrópica, ainda é possível visualizar uma fauna residente ou mesmo que a utilize como refúgio
temporário. O cerrado possui um total de 1.501 espécies, sendo 62,3 % de aves, 19 % de mamíferos
e 17 % de répteis.
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O município de Cuiabá conta com a Lei Complementar nº 389, de 3 de novembro de 2015, que
dispões sobre o Zoneamento, uso e ocupação do solo, tendo como objetivo nortear as atividades
relacionadas ao zoneamento e uso e ocupação daquela cidade.
Macrozoneamento
Art. 6º Para receber os diferentes tipos de uso do solo urbano, a macrozona urbana do município
de Cuiabá fica dividida em 03 (três) Zonas de Uso:
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Figura 1.11.1
Mapa de Zoneamento do município de Cuiabá
Dados do PMC/ SMDU (2012), destacam as principais unidades de conservação, sendo descritas
na sequência.
Reservas Ecológicas
Segundo dados da PMC (2017c) informa que “cerca de cinco mil famílias residentes em áreas de
risco têm sido instruídas frequentemente pela defesa Civil de Cuiabá (e do Estado) quanto à
possibilidade de enchentes e deslizamento das bases de sustentação dos imóveis situados em
encostas e próximos de córregos e rios”.
Quadro 1.13.1
Resumo das Ocorrências de enchentes em Cuiabá
Intervalo entre
Data Descrição as
Ocorrências
1780 Primeiro registro de enchente em Cuiabá -
Destruiu a primeira chácara construída a montante do Porto Geral, nas vizinhanças
1812 32 anos
da antiga hidráulica
1865 Registro de danos em edificações localizadas no 2.º Distrito (atual Porto) 53 anos
Cheia de menor proporção que a anterior, o transbordamento não chegou a invadir
1895 30 anos
as ruas do 2.º Distrito.
1905 Cheia apenas assustou os moradores, que abandonaram às pressas suas casas 10 anos
1906 Enchente de janeiro excedeu todas as outras, com exceção da de 1865 1 ano
O rio atingiu a cota máxima de 10,57m. Foi a de maior proporção registrada até a
data. As águas atingiram a recém-inaugurada Ponte Júlio Müller e derrubou
1942 36 anos
dezenas de casas nas localidades Ana Poupino, Acampamento e Chacrinha, nas
imediações do Bairro do Terceiro
Apesar de não haver registro, constata-se por meio de fotografias a ocorrência de
1960 18 anos
enchente do rio Cuiabá no referido ano, atingindo a Av. XV de novembro
O trânsito na ponte Júlio Müller foi interrompido pelas águas, que voltaram a
invadir a Av. XV de novembro até o começo da subida para igreja de São Gonçalo.
1974 14 anos
Devido a esta enchente o Bairro do Terceiro foi demolido
e sua população transferida para outras localidades registrou-se a cota de 10,87m.
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A partir de 1/8/2017, com autorização municipal, o grupo IGUÁ SANEAMENTO, controlado por um
Fundo de Investimento em Participações (FIP = 84,2%), que detém participação majoritária no
empreendimento e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social Participações
(BNDESPar = 16,8%), assumiu a operação dos serviços de água e esgoto através da
Concessionária ÁGUAS CUIABÁ, em substituição a CAB-CUIABÁ S/A
2.2 Histórico
Cuiabá é a capital do estado do Mato Grosso, situada na margem esquerda do rio Cuiabá, formando
uma conurbação com o município vizinho de Várzea Grande.
Nos últimos 20 (vinte) anos, o município de Cuiabá, passou por diversas e profundas mudanças
institucionais, alternando diversos modelos de Gestão Institucional dos Sistemas e Serviços de
Água e Esgoto, que vão desde a operação dos serviços por uma Companhia Estadual de
Saneamento Básico - CESB (Companhia de Saneamento do Estado de Mato Grosso -
SANEMAT), até a participação do setor privado, através da concessão plena dos serviços à CAB
CUIABÁ S/A, posteriormente substituída pela atual operadora Águas Cuiabá, a partir de um novo
arranjo de controle acionário.
Para melhor entendimento do contexto histórico, apresenta-se a seguir um breve resumo histórico
da gestão na prestação dos serviços de água e esgoto no município de Cuiabá.
Segundo a Professora e Historiadora Neila Maria de Souza Barreto, em publicação sobre a História
do Abastecimento de Água, em 1790 foi inaugurada em Cuiabá a primeira fonte pública de água
de beber, o “Chafariz do Rosário, localizado próximo a Igreja do Rosário, no morro do Ribeirão da
Prainha”. Ainda sobre informações históricas:
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Em 1912 o sistema de água de Cuiabá foi ampliado com a instalação de uma caixa de
água na praça General Mallet, em frente ao Liceu Cuiabano “Maria de Arruda Muller”, hoje
destruída pela modernidade.
Em 19/4/1942 foi inaugurada a ETA 1, ampliada em 1977, desta feita já sob o modelo
PLANASA que substituiu a operadora anterior Empresa de Força Luz e Água – EFLA.
Ano 1966 – foi estabelecida a SANEMAT - sociedade de economia mista, autorizada pela
Lei nº 2.626, de 07/07/1966, e pelo Decreto nº 120, de 03/08/1966, quando ocorreram as
transferências das Concessões Municipais para o Estado.
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Ano 2000 - Em 13/12/2000, pela Lei Estadual nº 7.358, o governo estadual autorizou a
extinção da SANEMAT.
Ano 2000 - Em 13/12/2000, a Lei Estadual nº 7.359, posteriormente alterada pela Lei
Estadual n° 7.535 de 6/11/2001, autoriza o estado a conceder incentivos à municipalização
dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, assim os municípios
que aderiram ao plano de incentivos assinaram o termo de rescisão do contrato de
concessão e confissão de dívida com a SANEMAT com a interveniência do governo de
estado e assinaram o termo de confissão e assunção de dívida com o estado.
Ano 2000 - Em 20/12/2000, é criada a SANECAP, através da Lei Municipal nº 4007, que
assume a gestão e operação dos serviços e sistemas de água e esgoto de Cuiabá em
1/1/2001. A Lei de criação da SANECAP foi posteriormente alterada pela Lei Municipal nº
5.301 de 27/4/2010.
Ano 2011 – Nos dias 26, 27, 28 e 29 de setembro, o município de Cuiabá, conforme
previsão legal, promoveu 4 (quatro) audiências e consultas públicas prévias à concessão
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Ano 2011 - O edital foi publicado em 3/11/2011 e a entrega dos envelopes de propostas
da concessão ocorreu em 20/12/2011.
Ano 2012 – Em 17/2/2012 foi assinado o Contrato dos serviços, pactuado entre o
município de Cuiabá e a SPE - CAB CUIABÁ S/A, com a interveniência – anuência da
AMAES.
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O Plano Municipal de Saneamento Básico, finalizado em 2011, elaborou uma projeção populacional
para o período 2011-2041 através de diferentes métodos de projeções, a saber: taxa geométrica e
curvas de tendência linear, logarítmica e polinomial.
A metodologia utilizada foi a projeção para toda área de estudo a partir de uma taxa de crescimento,
projeção essa homogênea, sem que sejam consideradas particularidades, escolhendo-se adotar a
taxa geométrica de crescimento ocorrida no período 2000-2010 para todo o período de estudo.
Após, a população urbana total do município (Tabela 3.1.1.1) foi desagregada conforme a
distribuição apresentada no “Perfil Socioeconômico de Cuiabá, 2009 – Volume IV”, elaborado pelo
Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Urbano – IPDU, considerando constante a
participação de cada bairro em relação à população total.
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O Anexo V do edital de concorrência nº 014/2011, cujo objeto foi a escolha da licitante que
apresentasse a proposta mais vantajosa com vistas à concessão dos serviços públicos de água e
esgoto na área de concessão, em caráter de exclusividade (sendo que a área de concessão foi
definida como o limite territorial urbano do município de Cuiabá, conforme o Plano Diretor do
Município instituído pela Lei Complementar n.º 231 de 27 de maio de 2011, bem como os distritos
de Coxipó do Ouro, Guia, Aguaçu, Sucuri e Nova Esperança Pequizeiro, limitados a sua extensão
urbana), utilizou integralmente os dados do PMSB/2011 como base para a sua projeção
populacional, sendo que os números já foram descritos anteriormente (Tabela 3.1.1.1).
O Plano Diretor de Água (PDA) e o Plano Diretor de Esgoto (PDE), contratados pela CAB - Cuiabá,
2012, elaboraram uma projeção populacional até o ano de 2042 utilizando o método das
componentes, através de hipóteses sobre o comportamento futuro provável da fecundidade,
mortalidade e dos fluxos migratórios, resultando nos valores constantes na Tabela 3.1.3.1.
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A metodologia utilizada foi a sobreposição dos dados dos setores comerciais dos sistemas de água
e esgoto com os bairros oficiais de Cuiabá, já que os setores comerciais contemplam informações
importantes, tais como número de economias, consumo, etc. Foram considerados 119 bairros e 290
setores comerciais.
O resultado encontrado foram os domicílios e a população por bairro no ano de 2014, assim como
as suas projeções até o ano de 2042. Na Tabela 3.1.4.1 consta um resumo dos valores previstos.
Tabela 3.1.4.1
Projeção populacional elaborada para projetos de esgoto – 2014
Domicílios
População
Urbanos
Urbana Projetada
Ano projetados (Cuiabá
(Cuiabá + Coxipó
+ COXIPÓ da
da Ponte)
Ponte)
2014 182.639 578.806
2017 194.803 599.090
2022 212.403 625.872
2027 227.585 648.120
2032 240.151 665.958
2037 249.988 679.021
Fonte: PDE-2012.
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Em termos de dinâmica demográfica para os próximos 10 anos, é possível afirmar que a tendência
será de estabilização das taxas de crescimento populacional na região, permanecendo assim até
2030, com uma queda gradual dos percentuais atuais. Em 2010, a taxa de incremento demográfico
da região foi de 1,23% ao ano contra 1,53 % do estado de Mato Grosso. Atualmente, a taxa da
região metropolitana é de 0,96% a.a, abaixo da média estadual que era de 1,23%, em 2015. Porém,
mesmo com este ritmo, as projeções para o Vale do Rio Cuiabá indicam que a metrópole alcançará,
em 2030, uma população superior a um milhão de habitantes.
Em 2030, a capital Cuiabá contará com mais de 600 mil moradores, enquanto Várzea Grande
alcançará aproximadamente 300 mil habitantes.
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Estatísticas Censitárias e tabulações dos censos de 1970, 1980, 1991, 2000 e 2010;
Lei Complementar nº 389/2015 que dispõe sobre o uso, ocupação e urbanização do solo;
Análise de fotos aéreas; e
Visitas em campo.
Tabela 3.2.1
Evolução Populacional
População Taxa de
População Rural População Total
Ano Urbana crescimento
(hab.) (%) (hab.) (%)
(hab.) (%) pop. Urb. (%aa)
1970 88.361 87,61 - 12.499 12,39 100.860 100
1980 197.970 92,95 8,4 15.010 7,05 212.980 100
1991 395.662 98,22 6,5 7.151 1,78 402.813 100
2000 476.532 98,59 2,09 6.814 1,41 483.346 100
2010 540.814 98,13 1,27 10.284 1,87 551.098 100
Fonte: IBGE, 1970 - 1980 - 1991 - 2000 - 2010.
Percebe-se, pela análise da tabela 3.2.1 que Cuiabá vem apresentando taxa de crescimento anual
da população urbana declinante ao longo do período de análise, mostrando um arrefecimento do
incremento anual da população urbana.
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3.2.1.1 Aritmético
Este método pressupõe que a população do núcleo urbano aumenta segundo uma progressão
aritmética. Conhecendo-se os dados de população P1 e P2, que correspondem aos anos t1 e t2,
calcula-se a razão “r” de crescimento pela expressão:
Podem-se calcular as razões para vários intervalos e adotar um valor médio. A previsão da
população P, correspondente à data futura t será dada pela equação a seguir:
P = P0 + r ( t - t0 )
onde:
Deve-se considerar este método com a devida cautela, visto que para a previsão com prazos muito
longos, torna-se acentuada a discrepância com a realidade histórica, uma vez que o crescimento é
pressuposto ilimitado.
Nas projeções realizadas foram definidas as taxas de crescimento ocorridas entre 1970-2010, 1980-
2010, 1991-2010 e 2000-2010 em habitantes/ano, conforme Tabela 3.3.1.
3.2.1.2 Geométrico
No método geométrico, admite-se que o crescimento da cidade nos últimos anos se processou
conforme uma progressão geométrica, com as populações dos anos posteriores seguindo a mesma
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P = P0 ( r ) t -t0
onde:
Deve-se considerar este método com a devida cautela, visto que para a previsão com prazos muito
longos, torna-se acentuada a discrepância com a realidade histórica, uma vez que o crescimento é
pressuposto ilimitado.
Nas projeções realizadas e apresentadas na sequência, Tabela 3.3.4, foram definidas as taxas de
crescimento ocorridas entre 1970-2010, 1980-2010, 1991-2010 e 2000-2010 em habitantes/ano, e
as respectivas tabelas e gráficos, evidenciando a tendência de crescimento para este método.
Através da linha de tendência central da Planilha Excel da Microsoft, pode-se ajustar os pares de
dados da população versus “x” (diferença de tempo tn -t0), às várias equações representativas dos
modelos matemáticos e obter-se os coeficientes de correlação R². Ao maior coeficiente de
correlação entre os vários modelos matemáticos, corresponderá o melhor ajuste aos dados da
população. Serão testados os modelos matemáticos de ajuste linear, curva de potência, equação
exponencial, equação logarítmica e equação polinomial.
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Neste método o crescimento populacional é representado por uma equação matemática de primeira
ordem, ou seja:
P = a + bx
onde:
P = a .x b para a > 0.
onde:
xi > 0 e Pi > 0
x = intervalo de tempo entre tn -t0.
P = população estimada.
onde:
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P = a + b. ln x
onde:
ln = logaritmo neperiano.
x = intervalo de tempo entre tn -t0.
P = população estimada.
P = ax² + bx + c
onde:
a,b,c = coeficientes.
x = intervalo de tempo entre tn -t0.
P = população estimada.
A partir dos dados populacionais constantes na Tabela 3.2.1 foi estimada a população urbana ao
longo do período de estudo do PMSB pelos diversos métodos citados anteriormente.
Período Razão R²
Ajustamento Linear y = 11881 x + 99872 R² = 0,9705
Curva de Potência y = 38009 x0,7379 R² = 0,9727
Equação Exponencial y = 112899 e0,0453 x R² = 0,8992
Equação Logarítmica y = 248317 ln(x) – 369346 R² = 0,9979
Equação Polinomial y = -131,31 x² + 17107 x + 74165 R² = 0,9871
As equações foram geradas a partir de dados e gráficos do tipo dispersão tendo-se em conta o ano
t0 = 1970. Apresenta-se também na sequência um quadro resumo contendo o resultado das
projeções através de cada um dos métodos relacionados anteriormente, sendo 2018 o ano base.
Tabela 3.3.4
Resumo das Projeções Populacionais – área urbana
Métodos
Ano Ajuste Curva Eq. Eq. Eq.
Aritmético Geométrico
Linear Potência Exponencial Logarítmica Polinomial
-1 2017 605.226 656.003 658.279 651.219 949.175 586.711 588.130
0 2018 614.428 674.824 670.160 661.415 993.161 591.939 592.762
1 2019 623.630 694.308 682.041 671.555 1.039.186 597.059 597.132
2 2020 632.832 714.480 693.922 681.642 1.087.344 602.075 601.240
3 2021 642.034 735.369 705.803 691.675 1.137.733 606.993 605.084
4 2022 651.235 757.002 717.684 701.657 1.190.458 611.814 608.666
5 2023 660.437 779.410 729.565 711.589 1.245.626 616.544 611.986
6 2024 669.639 802.623 741.446 721.472 1.303.350 621.186 615.043
7 2025 678.841 826.673 753.327 731.307 1.363.750 625.742 617.837
8 2026 688.043 851.594 765.208 741.095 1.426.948 630.217 620.368
9 2027 697.244 877.421 777.089 750.838 1.493.075 634.612 622.637
10 2028 706.446 904.190 788.970 760.536 1.562.267 638.931 624.644
11 2029 715.648 931.940 800.851 770.190 1.634.665 643.175 626.387
12 2030 724.850 960.710 812.732 779.801 1.710.418 647.349 627.869
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Além das análises e cálculos anteriores, serão também analisados outros estudos de projeção
populacional elaborados, conforme descrito a seguir.
PMSB/2017;
PMSB/2011;
Edital de concorrência nº 014/2011;
PDE/2012;
Estudos e projetos do sistema de esgotamento sanitário – 2014; e
PDDI / 2017.
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Elaboração: FGV
Percebe-se que a projeção elaborada pelo PMSB/2011 considera uma população muito superior às
demais estudadas, sendo que as outras três (PDE/2012, Projetos/2014 e PMSB/2017) estão muito
próximas e convergentes.
Algumas restrições podem ser feitas à projeção elaborada pelo PMSB/2011, principalmente a
utilização de uma taxa de crescimento constante ao longo de todo o período de estudo (igual à
ocorrida no período 2000-2010).
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Além da população urbana do total do município estimada, esta necessita ser desagregada entre
os diversos bairros existentes, uma vez que, devido a vários fatores, tais como as tendências
naturais de adensamento em regiões centrais, ocupação de lotes vagos em regiões periféricas,
surgimento de infraestrutura que demanda fluxos diversos aos mais variados setores do município
e Leis que determinam as características construtivas destes setores, se faz necessário uma
avaliação de todos estes aspectos a fim de determinar qual a distribuição populacional mais
provável que acontecerá na área territorial do município.
Conforme já descrito anteriormente, será adotada no presente PMSB a projeção populacional feita
na ocasião da elaboração de estudos e projetos do sistema de esgotamento sanitário, em agosto
de 2014, elaborada através da sobreposição dos dados dos setores comerciais dos sistemas de
água e esgoto com os bairros oficiais de Cuiabá.
Devido à confiabilidade do cadastro comercial, essa metodologia traduz números coerentes para
os diferentes bairros do município, sendo que foram feitas também projeções populacionais, por
bairro, conforme Tabela 3.3.1.1.
Tabela 3.3.1.1
Projeção populacional por bairro adotada no PMSB/2017
Bairro 2017 2022 2027 2032 2037 2042
AEU Leste 23.217 25.096 26.927 28.800 30.118 30.465
AEU Manduri 5.698 6.159 6.608 7.068 7.391 7.477
AEU Norte 21.018 22.719 24.376 26.072 27.266 27.580
AEU Oeste 11.468 12.396 13.300 14.225 14.877 15.048
AEU Sul 1 1.884 2.036 2.184 2.336 2.443 2.472
AEU Sul 2 547 591 634 678 709 717
AEU Sul 3 267 289 310 331 346 350
AEU Sul 4 5.053 5.461 5.860 6.267 6.554 6.630
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Na Tabela 3.3.1.1 consta a projeção da população urbana dos distritos de Cuiabá e Coxipó da
Ponte. Quanto aos outros distritos (Coxipó do Ouro e Guia), a projeção populacional foi elaborada
conforme a mesma metodologia utilizada para o PDE/2012 e sua atualização, para que haja
coerência entre as projeções para todos os distritos, encontrando-se os valores da Tabela 3.3.1.2.
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Fonte: Concessionária
Adicionalmente, o PMSB - Cuiabá 2011, desenvolveu para cada um desses sistemas, projeções
populacionais e as estimativas de demandas.
Após a assunção dos serviços, a Concessionária CAB CUIABÁ, contratou a elaboração do Plano
Diretor de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário do Município de Cuiabá - MT,
junto a ETEP Ltda. (2012), abrangendo diagnóstico, estudos demográficos, projeções de
demandas, estudos de alternativas incluindo também alternativas para os sistemas de lodos de
ETAs e Plano Diretor dos Sistemas de Abastecimento de Água – PDA, do município de Cuiabá.
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Figura 4.1.2
Área de cobertura do SAA municipal
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Tabela 4.1.1
Capacidade das unidades de tratamento
Conforme já descrito anteriormente, atualmente os distritos Sede e Coxipó da Ponte são atendidos
de forma integrada pelos seguintes sistemas:
Esses sistemas utilizam água dos mananciais superficiais (Rio Cuiabá e Rio Coxipó) e do manancial
subterrâneo, para atendimento da população, através de diversos poços profundos que atendem a
pequenos condomínios ou loteamentos, localizados nas zonas norte e sul da área urbana dos
distritos Sede e Coxipó de Ponte do município de Cuiabá.
A Figura 4.1.1.1, a seguir permite uma visualização espacial da localização dos poços tubulares em
Cuiabá, identificando-os quanto a operação se ativos ou desativados.
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MANANCIAL
O manancial utilizado pelo sistema central é o rio Cuiabá, com o local de captação situado a
montante da foz do ribeirão do Lipa.
Com relação a qualidade da água bruta captada, segundo o PMSB/2011, de acordo com estudos
da UFMT (corroborados por estudos desenvolvidos pelos órgãos ambientais do Estado), em termos
de oxigênio dissolvido-OD e demanda bioquímica de oxigênio – DBO, as águas do rio Cuiabá
atendem as prescrições de curso d’água Classe II (seu enquadramento atual), mas vem
apresentando crescente degradação. Para coliformes, porém, o rio já apresenta trechos com níveis
fora dos limites prescritos para os cursos d’água Classe II, principalmente após receber as cargas
orgânicas dos seus afluentes que cortam as áreas urbanas de Cuiabá e Várzea Grande.
A captação de água bruta é feita através de uma estação elevatória de água bruta - EEAB no Rio
Cuiabá, composta por cinco conjuntos moto bombas (CMB) de eixo prolongado, um em cada
tubulão da estrutura de concreto armado, com as seguintes características individuais: Q = 243 l/s;
HM = 83,4 mca; Potência = 500 cv.
A EEAB atual, tem capacidade informada para recalcar até 1.250 l/s nominal para as ETAs 1 e 2 do
sistema central, através de três adutoras de água bruta com as seguintes características:
A Figura 4.1.1.1.1 a seguir ilustra o sistema de captação e adução de água bruta do sistema São
Sebastião.
Figura 4.1.1.1.1
Sistema de captação e adução de água bruta do sistema São Sebastião
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As estações de tratamento de água Presidente Marques (ETA 1) e São Sebastião (ETA 2) tratam
130 l/s e 1200 l/s, respectivamente. As duas unidades de tratamento operam no modo convencional,
através de coagulação, floculação, decantação, filtração e pós cloração.
Os floculadores da ETA 1 operam de forma hidráulica, ou seja, a floculação ocorre de acordo com
os gradientes de velocidade gerado no floculador. Já na ETA 2, o sistema de floculação é provido
de três baterias de floculadores eletromecânicos com a opção de variação nos gradientes de
velocidade controlados por inversores de frequência.
A captação de água bruta para as ETAs citadas é feita no Rio Cuiabá através de 5 (cinco) CMB
com vazão aproximada de 250 l/s para cada bombeador a uma distância de 4,5 km da ETA por
adutoras em ferro fundido e aço.
A ETA São Sebastião foi contemplada com 4 (quatro) decantadores, 8 (oito) filtros de dupla camada,
canal de água final, CMB de grande porte que fazem a adução para vários reservatórios e adutoras
com abastecimento em marcha, abastecendo 42% da Cidade de Cuiabá, operando diuturnamente.
Todos os módulos de decantação bem como sistema de distribuição de água floculada nas ETAs
se encontravam em péssimas condições de operação devido ao longo tempo de uso, sendo
necessária a troca de todos os módulos e melhorias nas estruturas de sustentação.
O sistema de filtração provido de oito unidades foi construído na forma de filtros simples de apenas
uma camada de areia e no decorrer dos anos de operação foram adaptados para filtros de alta taxa
com seus leitos filtrante montados em dupla camada, areia e carvão antracito.
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No decorrer da execução do projeto, foram removidos todos os leitos filtrantes inclusive camadas
suporte, reparados os blocos cerâmicos e reinstalado sistema de lavagem superficial em quatro
unidades.
Foram substituídas todas comportas de descarga dos oito filtros na ETA II e as adufas de fundo dos
canais de água decantada da ETA I, das quais promoviam uma perda de aproximadamente 20 l/s,
nas duas unidades.
GANHOS OBTIDOS
Após as melhorais realizadas nos decantadores e filtros das duas ETAS, foram obtidos os seguintes
resultados:
Seguem nas figuras abaixo, os resultados de antes e depois das melhorias executadas nos filtros e
decantadores.
133 / 368
Figura 4.1.1.1.3
Figura 4.1.1.1.4
134 / 368
Figura 4.1.1.1.6
Conforme pode ser visto na Figura 4.1.1.1.6, o número de lavagens dos filtros foi reduzido de forma
expressiva nos períodos compreendidos entre em maio de 2016 e abril de 2017. Para tanto, é
possível verificar no filtro 5, que em maio de 2016 foi lavado 44 vezes e em abril de 2017 passou
para apenas 29 vezes, resultando na redução de água utilizada no processo.
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137 / 368
A seguir são apresentadas, através de registro fotográfico, as melhorais executadas nas ETAs
Presidente Marques e ETA São Sebastião.
138 / 368
Figura 4.1.1.1.11
Figura 4.1.1.1.12
139 / 368
Figura 4.1.1.1.13
140 / 368
O tratamento da água nesse sistema acontece em duas unidades, denominadas ETA 1 (Presidente
Marques) e ETA 2 (São Sebastião), localizadas nas avenidas Presidente Marques e São Sebastião,
respectivamente.
A ETA 1 foi inaugurada em 1945 e tem capacidade nominal de 127 l/s chegando a tratar 132 l/s em
picos de demanda, segundo o PDA. Já a ETA 2 , inaugurada em 1969 e ampliada em 1977, possui
capacidade nominal para 1.175 l/s chegando a tratar 1.500 l/s em picos de demanda, também
segundo o PDA.
Atualmente, a mistura rápida de toda a água transportada é feita na ETA 2. Após a mistura rápida,
parte da água é transferida para a ETA 1.
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Não há qualquer tipo de coleta ou reaproveitamento da água de lavagem dos filtros e decantadores,
sendo que as mesmas são lançadas sem nenhum tratamento em córregos e canais próximos.
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MANANCIAL
O manancial utilizado pelo sistema Tijucal é o rio Coxipó, afluente da margem esquerda do rio
Cuiabá.
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Foi possível inferir que as captações tanto outorgadas como as não outorgáveis não
são expressivos nos dois períodos sazonais. Entretanto, o maior problema com
relação à deterioração da qualidade da água se deve principalmente aos esgotos
outorgados e clandestinos, que interfere na capacidade de diluição e autodepuração
do rio Coxipó, que por consequência, afetará a qualidade da água do rio Cuiabá.
A captação de água bruta é feita no rio Coxipó através de duas tomadas d’água. A tomada principal
capta água no meio do rio através de dois CMBs com as seguintes características individuais:
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A adução de água bruta dessa tomada (EEAB 1) se faz por duas adutoras de ferro fundido, com
diâmetro de 600 mm que se juntam ao trecho da AAB de diâmetro de 1.200 mm seguindo até a
ETA III. Da ETA III a água bruta coagulada é encaminhada também à ETA I do sistema.
A adução de água bruta a partir da (EEAB 2) se faz por uma adutora de ferro fundido, com diâmetro
de 400 mm e extensão aproximada de 800 metros, seguindo até a ETA II.
O sistema Tijucal é composto por três unidades de tratamento abastecidas pelo Rio Coxipó através
de dois bombeadores que abastecem a ETA 1 e ETA 3, que tratam uma vazão de 950 l/s e que
somadas com a vazão da ETA 2 (200 l/s) abastecem 41% de Cuiabá.
Dentre os sistemas produtores de água da capital, este é o sistema que mais apresenta problemas
operacionais devido as elevadas enchentes que ocorrem no rio Coxipó. Os CMB de água bruta são
normalmente obstruídos devido elevada quantidade de areia e sólidos suspensos, registrando
turbidez de até 20.000 UNT e alta cor provinda de matéria orgânica, ácido húmicos e fúlvicos.
A unidade três (ETA 3), sendo a de maior vazão do complexo, foi construída em 2010 em concreto
armado na modalidade de coagulação, floculação, decantação, filtração pós cloração e
alcalinização. É composta por doze decantadores laminares, providos de placas inclinadas em 60
graus adaptadas com lâminas de PVC, descarga de lodo de fundo, descarga de lavagem total com
acionamento manual, válvulas tipo borboleta acionadas por ar comprimido, canais de coleta e
direcionamento de água decantada aos filtros .
Provida de câmara de contato tipo labirinto com dispositivos tipo torre construídas em concreto, as
quais mantem os níveis de água nos filtros acima dos leitos filtrantes evitando a entrada de ar nos
leitos e vertedor de geração de carga.
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As unidades foram construídas na modalidade de filtros auto lavantes onde sete das unidades
ganhariam carga hidráulica e esta seria utilizada para lavagem contracorrente da unidade a ser
lavada.
Durante o processo de lavagem de cada um dos filtros, com duração média de trinta minutos, todo
o volume tratado na ETA era utilizado para a lavagem do filtro vindo a afetar a produção e
abastecimento dos reservatórios internos da ETA.
Quando das atividades de lavagem de um filtro, os canais de água decantada tinham seus níveis
elevados, afogando os decantadores e interferindo na qualidade das águas decantadas, ainda
causando transbordamentos constantes por sobre as bordas dos filtros com perda de água
decantada e transtornos operacionais.
Os estudos realizados permitiram alterar a atual modalidade de filtros auto lavável para lavagem
contra corrente através de bombas específicas e sopradores de ar compatíveis para gerar ar
soprado em volume e pressão corretas para uma perfeita limpeza dos leitos filtrantes.
Dentre as melhorias realizadas nos sistemas de tratamento de água do sistema Tijucal, pode-se
citar:
GANHOS OBTIDOS
Após as melhorais realizadas nos filtros da ETA Tijucal, foram obtidos os seguintes resultados:
a) Ganhos na qualidade da água filtrada, vindo a atender plenamente a portaria com turbidez
a baixo de 0.50 NTU;
b) Aumento nas carreiras de filtração de 15 horas para 40 horas de operação sem
necessidade de lavagem, mesmo em períodos de chuva;
c) Redução do tempo de paralização do filtro para lavagem com ar e água de 30 minutos
para 12 minutos, sendo tempo de ar soprado três a quatro minutos e oito a 10 minutos
em lavagem contracorrente;
d) Eliminação da perda de água decantada proveniente de transbordamentos;
e) Redução do volume gasto de água de lavagem;
f) Aumento de vazão nominal de 500 para 580 l/s sem prejuízo na qualidade;
g) Redução do consumo de energia elétrica;
h) Aumento do volume aduzido;
i) Eliminação das paralizações na produção que ocorriam a cada atividade de lavagem dos
filtros;
j) Maior facilidade operacional; e
k) Maior segurança na qualidade da água produzida, pois os filtros são agora lavados com
água clorada.
A Figura 4.1.1.2.1 que segue, apresenta as melhorias nos filtros após as adequações e que
atualmente apresentam valores de turbidez abaixo do estabelecido pela portaria de 0,5 NTU.
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Figura 4.1.1.2.8
Linhas de ar soprado ao fundo falso montados com blocos Leotec
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Figura 4.1.1.2.10
Bombas de lavagem contracorrente para atender as ETAS 1 e 2
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159 / 368
Existem três unidades de tratamento nesse sistema, a saber: ETA I, ETA II e ETA III, com
capacidades nominais de 300 l/s, 200 l/s e 500 l/s, respectivamente.
A ETA I foi a primeira unidade de tratamento desse sistema a ser instalada, sendo inaugurada na
década de 1980, com vazão de projeto de 300 l/s, possuindo, basicamente, as seguintes unidades:
160 / 368
A ETA II é metálica com capacidade de tratamento de 200 l/s, composta, basicamente, pelas
seguintes unidades:
A água filtrada é encaminhada para a câmara de contato, onde ocorre a desinfecção com cloro gás
dosado a partir das instalações na ETA I. Uma vez aplicada a solução desinfetante a água segue
para um reservatório de 1.000 m³, sendo daí bombeada para a rede de distribuição.
161 / 368
A água tratada segue então para reservatório metálico circular de 2.500 m³, seguindo daí para a
distribuição. Não há qualquer tipo de coleta ou reaproveitamento da água de lavagem dos filtros e
decantadores, retornando ao manancial sem tratamento. A Figura 4.1.1.2.13, a seguir apresenta de
forma destacada a área de influência do abastecimento a partir do Sistema Tijucal (ETAS I, II e III).
162 / 368
MANANCIAL
O manancial utilizado pelo sistema porto também é o rio Cuiabá, valendo as mesmas considerações
feitas anteriormente quanto ao manancial do Sistema São Sebastião (ver item 4.1.1.1).
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A captação de água bruta é feita através uma EEAB no Rio Cuiabá, instalada sobre flutuante,
através de conjunto moto bomba com capacidade para Vazão (Q) = 200 l/s; Altura Manométrica
(Hm) = 20 mca e Potência = 100 CV, recalcando diretamente para a ETA Porto.
A adução de água bruta a partir da EEAB se faz por uma adutora de ferro fundido, com diâmetro de
300 mm e extensão aproximada de 50 metros, seguindo até a ETA Porto.
A ETA porto se localiza no centro velho de Cuiabá, as margens do rio Cuiabá, foi construída em
estruturas metálicas passando por várias modificações de forma a aumentar a vazão necessária ao
abastecimento.
A ETA é abastecida pelo rio Cuiabá com uma vazão de 180 l/s, nos períodos de chuvas a turbidez
desta chega 600 ntu com elevada quantidade de sólidos suspensos e cor elevada.
Devido a vários fatores e problemas estruturais unidade não apresentava condições de atender ao
padrão de 0,50 ntu na água final, de forma a melhorar a qualidade e reduzir as perdas que
chegavam a 20% do volume tratado.
Para se executar a lavagem dos quatro filtros é utilizada parte da água da principal adutora de água
tratada, a cada uma das operações ocorre redução de vazão nesta interferindo de certa forma no
abastecimento.
164 / 368
Um quarto do volume tratado , durante a lavagem de cada filtro era perdida juntamente com a água
de lavagem do filtro, com a redução de vazão o RAP existente se esvaziava sendo necessário
paradas dos CMB de água tratada.
Além do volume descarregado ocorria também a perda do produto químico aplicado pois a mesma
já havia passado pelo processo de tratamento com aplicação de coagulante e polímero além de
energia elétrica consumida no recalque.
De forma a aliviar a vazão da ETA ainda quando das lavagens dos filtros era comum a abertura de
uma válvula de descarga na adutora de água bruta de forma a reduzir a vazão do decantador
durante a lavagem do filtro.
GANHOS OBTIDOS
Figura 4.1.1.3.1
Reforma e pintura das estruturas
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Figura 4.1.1.3.3
Substituição de meio filtrante
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171 / 368
A ETA Porto foi inaugurada na década de 1980 (módulo antigo) e posteriormente ampliada em 2002
(módulo novo), possuindo capacidade de tratamento de 200 l/s. É composta por dois módulos
metálicos de tratamento convencional, incluindo, basicamente, as unidades descritas na sequência:
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A desinfecção é feita através de cloro gás, com aplicação em câmara de contato com 9 m³, o que
resulta em um tempo de detenção de apenas 45 segundos.
Não há qualquer tipo de coleta ou reaproveitamento da água de lavagem dos filtros e decantadores,
retornando ao manancial sem tratamento.
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174 / 368
MANANCIAL
O manancial utilizado pelo sistema Ribeirão do Lipa também é o rio Cuiabá, valendo as mesmas
considerações feitas anteriormente quanto ao manancial do Sistema São Sebastião (ver item
4.1.1.1).
A captação de água bruta nesse sistema se dá através de dois conjuntos moto bombas instalados
sobre flutuante, com capacidade para uma vazão (Q) de 169,4 l/s, Altura Manométrica de 15 mca e
Potência de 125 CV.
A adução de água bruta a partir da EEAB se faz por uma adutora de ferro fundido, com diâmetro de
400 mm e extensão aproximada de 400 metros, seguindo até a ETA Ribeirão do Lipa.
A ETA citada, atualmente trata uma vazão de 200 l/s, foi construída em aço e tem como processo
o sistema convencional de tratamento, composto por coagulação, floculação, decantação, filtração
com pós cloração.
Provida de três decantadores, com módulos lamelares de decantação, floculador circular e seis
unidades de filtração transformados em alta taxa com dupla camada, areia e carvão antracito.
GANHOS OBTIDOS
176 / 368
Figura 4.1.1.4.2
Bombas do sistema de lavagem contra corrente
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181 / 368
O tratamento da água bruta é feito na ETA Ribeirão do Lipa, que foi inaugurada em 2005, composta
por módulos metálicos usando tecnologia de tratamento convencional composta, basicamente,
pelas seguintes unidades:
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O sistema produtor Ribeirão do Lipa está sendo ampliado, com previsão de conclusão e
inauguração no ano de 2018, dentro do programa de obras emergenciais pactuado pela
Concessionária por ocasião da suspensão do processo de intervenção, tema este a ser tratado mais
adiante neste relatório.
183 / 368
MANANCIAL
O manancial utilizado pelo Sistema Cophema também é o rio Cuiabá, valendo as mesmas
considerações feitas anteriormente quanto ao manancial do Sistema São Sebastião (ver item
4.1.1.1).
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A captação de água bruta nesse sistema se dá através de dois conjuntos moto bombas instalados
sobre flutuante, com capacidade para uma vazão (Q) de 105 l/s, Altura Manométrica de 22 mca e
Potência de 50 CV.
A adução de água bruta a partir da EEAB se faz por uma adutora de ferro fundido, com diâmetro de
300 mm e extensão aproximada de 400 metros, seguindo até a ETA Cophema.
Recebe água bruta do rio Cuiabá através de um CMB a uma distância de 600 m da ETA e trata uma
vazão de 108 l/s. Os filtros foram na época construídos na modalidade de auto lavável onde cinco
unidades de filtros lavam um filtro.
Esta unidade está equipada com apenas um reservatório que alimenta duas adutoras para
abastecimento. Quando aconteciam as lavagens dos filtros, era necessária a paralisação de uma
das bombas de adução devido ao rebaixamento do nível do RAP e as lavagens só podiam acontecer
a noite de forma a não interferir no abastecimento durante o dia.
O único RAP existente devido ao longo tempo de utilização apresentou elevada corrosão com risco
de sua estrutura metálica entrar em colapso sendo necessário a construção de novo reservatório.
Durante a construção deste foi montado um barrilete e uma bomba especifica para lavagem contra
corrente de forma a eliminar a modalidade de filtros auto laváveis.
185 / 368
GANHOS OBTIDOS
186 / 368
187 / 368
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Figura 4.1.1.5.4
Instalação das bombas do sistema de lavagem contracorrente na ETA Coophema
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O tratamento da água nesse sistema acontece na ETA Coophema que foi inaugurada em 2003 com
capacidade nominal de 100 l/s. possui tratamento com tecnologia convencional em módulos
metálicos com as seguintes unidades:
Não há qualquer tipo de coleta ou reaproveitamento da água de lavagem dos filtros e decantadores,
retornando ao manancial sem tratamento.
190 / 368
Figura 4.1.1.5.6
Sistema Cophema
191 / 368
MANANCIAL
O manancial utilizado pelo Sistema Parque Cuiabá também é o rio Cuiabá, valendo as mesmas
considerações feitas anteriormente quanto ao manancial do sistema São Sebastião (ver item
4.1.1.1).
A captação de água bruta nesse sistema se dá através de dois conjuntos moto bombas instalados
sobre flutuante, com capacidade para uma vazão (Q) de 69,4 l/s, Altura Manométrica de 80 mca e
Potência de 125 CV. A localização desta unidade fica em terreno de propriedade particular, o que
dificulta o acesso a mesma, sem a devida autorização dos proprietários.
A adução de água bruta a partir da EEAB se faz por uma adutora de ferro fundido, com diâmetro de
250 mm e extensão aproximada de 3.000 metros, seguindo até a ETA Parque Cuiabá.
O tratamento da água desse sistema acontece em duas ETAs com capacidades nominais
individuais para 25 l/s, sendo do tipo convencional composta basicamente das seguintes unidades:
Não há qualquer tipo de coleta ou reaproveitamento da água de lavagem dos filtros e decantadores,
retornando ao manancial sem tratamento.
Figura 4.1.1.6.1
Sistema Parque Cuiabá
193 / 368
Além dos sistemas descritos anteriormente, o abastecimento de água dos sistemas da Sede e
Coxipó da Ponte são complementados pela exploração de diversos poços profundos, que atendem
desde domicílios ou condomínios isolados ou até complementam o abastecimento público de
determinada região.
Segundo o PDA/2012, há baixa produção desses poços profundos e a água extraída não é de boa
qualidade (não possuem fluoretação), o que tem feito com que os usuários de poços pleiteiem o
abastecimento a partir da rede pública atendida por ETAs, com o consequente abandono dos poços.
Não foram disponibilizadas informações detalhadas sobre todos os poços em operação. A intenção
da Concessionária é que esses poços sejam desativados futuramente, à medida que melhorias
previstas nos demais sistemas (que utilizam mananciais superficiais) sejam realizadas.
Tabela 4.1.1.7.1
Informações disponíveis dos poços existentes
Item Num. Nome Estado Out/17 Vazão (m³/h)
1 1 Sucuri Ativo 2,26
2 2 Sucuri II Ativo 2,98
3 3 Sucuri Ativo 3,69
4 10 Solar da Chapada Ativo 2,77
5 12 Wantuil de Freitas Ativo 1,52
6 13 Wantuil de Freitas Ativo 0,95
7 14 Wantuil de Freitas Ativo 4,15
8 21 Solar da Chapada Ativo 1,33
9 33 Residencial Nova Canaã Ativo 14,63
10 34 Residencial Nova Canaã (RES) Ativo 13,83
11 43 PT - 43 - Santa Terezinha Ativo 4,79
12 44 PT - 44 - Santa Terezinha Ativo 45,27
13 45 PT - 45 - Santa Terezinha Ativo 8,56
14 46 PT - 46 - Santa Terezinha Ativo 4,40
15 47 PT - 47 - Santa Terezinha Ativo 13,96
16 50 Real Parque Ativo 19,10
17 51 Jardim Paulicéia Ativo 15,21
18 52 Altos do Parque Ativo 4,52
19 53 Altos do Parque (RES) Ativo 1,65
20 54 Altos do Parque Ativo 5,40
21 55 Altos do Parque Ativo 12,10
22 56 São Francisco 3 Ativo 5,81
23 57 São Francisco Ativo 6,06
24 58 São Francisco 2 Ativo 9,19
25 59 Jardim Passaredo 2 Ativo 6,77
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MANANCIAL
O manancial utilizado pelo sistema Sucuri também é o rio Cuiabá, valendo as mesmas
considerações feitas anteriormente quanto ao manancial do sistema São Sebastião (ver item
4.1.1.1).
196 / 368
A captação de água bruta nesse sistema se dá através de um conjunto moto bomba instalado sobre
flutuante, com capacidade para uma vazão (Q) de 6,1 l/s, Altura Manométrica de 60 mca e Potência
de 10 CV.
A adução de água bruta a partir da EEAB se faz por uma adutora de PVC JE, com diâmetro de 100
mm e extensão aproximada de 1.000 metros, seguindo até a ETA Sucuri.
O tratamento da água acontece na ETA Sucuri, que possui capacidade de tratamento de 5 l/s. Essa
unidade foi inaugurada em 2002, constituída de módulos metálicos de tratamento convencional
composto das seguintes unidades:
Segundo o PDA, a ETA opera com taxas dentro dos intervalos recomendados, com exceção da
floculação, que possui tempo de detenção muito elevado.
Não há qualquer tipo de coleta ou reaproveitamento da água de lavagem dos filtros e decantadores,
retornando ao manancial sem tratamento.
197 / 368
MANANCIAL
O manancial utilizado pelo sistema Coxipó do Ouro, é o Rio Coxipó, valendo as mesmas
considerações feitas anteriormente quanto ao manancial do sistema Tijucal (ver item 4.1.1.2).
198 / 368
A captação de água bruta nesse sistema se dá através de crivo e válvula de retenção instalados
em um mangote flexível submerso em um ponto próximo a margem do rio, acoplado a uma
tubulação de aço galvanizado, DN 100 mm, por sua vez instalada na entrada do conjunto moto
bomba localizado a margem do rio Coxipó Açu e apoiado numa base de concreto. A captação
localiza-se ao final da rua João Pedro de Amorim.
A adução de água bruta a partir da EEAB se faz por uma adutora de PVC JE, com diâmetro de 100
mm e extensão aproximada de 500 metros, seguindo até a ETA Coxipó do Ouro.
O tratamento da água nesse sistema acontece na ETA Coxipó, que possui capacidade de
tratamento de 5 l/s. Essa unidade foi inaugurada em 2002 e é constituída por módulos metálicos de
tratamento convencional composto das seguintes unidades:
Segundo o PDA, a ETA opera com taxas dentro dos intervalos recomendados, com exceção da
floculação, que possui tempo de detenção muito elevado.
Não há qualquer tipo de coleta ou reaproveitamento da água de lavagem dos filtros e decantadores,
retornando ao manancial sem tratamento.
199 / 368
MANANCIAL
200 / 368
A captação de água bruta nesse sistema se dá através de conjunto moto bomba instalado sobre
flutuante metálico à margem do rio Coxipó-Açu, com as seguintes características: Vazão (Q) =
21,4 l/s; Altura Manométrica (Hm) = 44 mca e Potência de 30 CV. A localização desta unidade ficava
em terreno de propriedade particular, dificultando o acesso a mesma, sem a devida autorização dos
proprietários, o que motivou a concessionária a providenciar novo acesso para a mesma.
A adução de água bruta a partir da EEAB se faz por uma adutora de ferro fundido, com diâmetro de
200 mm e extensão aproximada de 1.000 metros, seguindo até a ETA Guia.
Esta unidade opera hoje com vazão nominal 15 l/s atendendo uma população de 4.500 pessoas.
As unidades do sistema de filtração utilizavam o processo de auto lavagem, onde três das unidades
produziam água apara lavar o filtro fora de operação.
Quando das operações de lavagem dos filtros, estes eram lavados todos de uma só vez utilizando
o mesmo processo e quando completavam a carreira de filtração de vinte horas todos estavam
colmatados, apresentando elevada turbidez e que por vezes não atendiam o parâmetro de 0,50
NTU.
201 / 368
GANHOS OBTIDOS
202 / 368
Figura 4.1.4.2
Vista de cima da ETA antes da revitalização
204 / 368
205 / 368
206 / 368
A ETA desse sistema foi inaugurada em 2007 com capacidade de tratamento de 18 l/s, sendo
composta por módulos metálicos com tratamento convencional contendo as seguintes unidades:
Segundo o PDA, a ETA opera com taxas dentro dos intervalos recomendados, com exceção da
floculação, que possui tempo de detenção muito elevado. Há dosagem de fluor nesse sistema.
Não há qualquer tipo de coleta ou reaproveitamento da água de lavagem dos filtros e decantadores,
retornando ao manancial sem tratamento.
207 / 368
Figura 4.1.4.7
Sistema Guia
208 / 368
MANANCIAL
A captação de água bruta nesse sistema se dá através de conjunto moto bomba instalado sobre
flutuante metálico à margem do rio Coxipó-Açu, com as seguintes características: Vazão (Q) = 5 l/s
e Potência de 4 CV.
A adução de água bruta a partir da EEAB se faz por uma adutora de ferro fundido, com diâmetro de
150 mm e extensão aproximada de 700 metros, seguindo até a ETA Aguaçu.
A ETA Aguaçu tem capacidade de tratamento de 5 l/s e foi inaugurada em 2003, sendo constituída
de módulos metálicos com tratamento convencional composto das seguintes unidades:
Segundo o PDA, a ETA opera com taxas dentro dos intervalos recomendados, com exceção da
floculação, que possui tempo de detenção muito elevado. Não há qualquer tipo de coleta ou
reaproveitamento da água de lavagem dos filtros e decantadores, retornando ao manancial sem
tratamento. Foi iniciado uma obra para implantação do leito de secagem e tratamento de resíduos,
mas foi paralisada logo no seu início.
209 / 368
Figura 4.1.5.1
Sistema Aguaçu
210 / 368
As únicas informações coletadas sobre o sistema de abastecimento de água desse distrito constam
da existência de cinco poços profundos. A água captada por esses poços é distribuída sem
tratamento ou adição de produtos químicos. Sabe-se que recentemente foram feitas doações de
tubulação para assentamento da rede de distribuição local, diretamente pela comunidade.
A Lei Municipal nº 5.395, de 26/5/2011, dispõe sobre a criação dos distritos de Aguaçu, Nova
Esperança (Pequizeiro) e Sucuri, cujos limites estão apresentados na Figura 1.2.2, anterior.
Na Figura 4.1.6.1, a seguir é possível a visualização da área destinada a ocupação pelo Distrito
Nova Esperança/Pequizeiro.
Figura 4.1.6.1
Sistema Pequizeiro / Nova Esperança
211 / 368
Denominam-se:
Os dados levantados quanto à adução e elevação de água tratada estão descritos na sequência,
para cada um dos sistemas.
Quanto à reservação de água tratada, Cuiabá possuía, em dezembro de 2017, 66.718 m³, valor
esse que representa o somatório das capacidades dos reservatórios existentes, sendo que 44.513
m³ estava no sistema Ribeirão do Lipa, 20.305 m³ no sistema Tijucal e 1.900 m³ no sistema Parque
Cuiabá.
Volume diário produzido = volume total mensal produzido dividido pelo total de dias do
período.
No relatório citado anteriormente, foi feita uma comparação entre a reservação existente e a meta
contratual, resultando na Figura 4.2.1.
212 / 368
Existem dois reservatórios em execução: Altos do Ribeirão e Bom Clima. Esses reservatórios terão
capacidade de 5.900 m³, alterando, após a sua conclusão, o índice de reservação do Sistema
Ribeirão do Lipa para 36%. A Tabela 4.2.1 mostra a evolução da reservação nos cinco anos da
concessão, mostrando que a meta contratual não foi atingida até o final do 5º ano da concessão.
Tabela 4.2.1
Índice de reservação (%)
Realizado Meta
Sistema
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 5
IR - Sistema Ribeirão do Lipa 28,58 32,32 32,97 30,50 31,41 33,00
IR - Sistema Tijucal 16,48 21,16 21,28 20,84 21,05 33,00
IR - Sistema Pq. Cuiabá 2,06 7,95 14,52 7,67 8,50 33,00
Fonte: Relatório final de indicadores e metas, 2017.
Deve-se ressaltar que uma simples análise sobre o volume de reservação global disponível no
sistema pode não revelar a adequação da necessidade da mesma, pois esta deve ser realizada a
partir da localização dos mesmos e da necessidade dos setores de abastecimento, a partir de
pressupostos que atendam às suas áreas de influência, com sistemas sub adutores de suprimento
construídos preferencialmente sem distribuição em marcha.
213 / 368
Na Figura 4.2.2, a seguir é possível ter uma visualização da distribuição espacial dos principais
reservatórios existentes no Sistema de Abastecimento de Água - SAA – Cuiabá.
Figura 4.2.2
Distribuição espacial dos principais reservatórios existentes
214 / 368
Figura 4.2.3
Distribuição espacial dos principais boosters existentes
Na Figura 4.2.4, a seguir é possível a visualização da distribuição espacial das principais unidades
elevatórias de água tratada (EEAT) existentes no SAA – Cuiabá.
215 / 368
Na área da ETA existem seis reservatórios alimentados a partir de estações elevatórias de água
tratada (EEAT), conforme características constantes na
216 / 368
217 / 368
O abastecimento a partir da ETA 1 é feito através de uma EEAT e também por gravidade para o
reservatório R31, conforme Tabela 4.2.1.1.2.
Tabela 4.2.1.1.2
Elevatórias e Adutoras da ETA I
O abastecimento a partir da ETA 2 se dá através de três linhas de adução por recalque, conforme
Tabela 4.2.1.1.3.
218 / 368
Tabela 4.2.1.2.1
Reservatórios no Sistema Tijuca
219 / 368
Tabela 4.2.1.2.2
Elevatórias e Adutoras do sistema Tijucal
Reserv. EEAT Adutora Nome Adutora
EE4 AAT20 Del Rey / Osmar Cabral
EE5 AAT21 Tijucal
R1 EE6 AAT25 Nova Esperança Velha
- AAT26 Nova Esperança Nova
EE7 AAT80 Novo Milênio
AAT8 Belvedere
R2 EE3
AAT17 Boa Esperança
R4 EE1 AAT1 Altos da Serra 600
EE16 rede -
R16 - AAT9 Altos da Serra 400
EE17 AAT10 Tijucal / CPA
R17 EE18 AAT12 Novo Mato Grosso/CPA III
derivação - AAT13 Novo Mato Grosso/CPA IV
R18 EE19 - Rede
EE20 - Rede
R18
EE21 - Rede
R5
- AAT2 1° de Março
R6
EE8 - Rede
R8
- - Rede
R10 EE9 - Rede
R11 EE10 - REDE
R12 EE11 AAT5 Altos da Glória
220 / 368
O abastecimento a partir da ETA se dá através de uma adutora por recalque (que abastece parte
da rede e também o CR Coophamil) e outra por gravidade (que abastece diretamente a rede).
221 / 368
Tabela 4.2.1.3.2
Reservatórios no sistema Porto
Volume
Reserv. Nome Tipo Material Formato
(m³)
R43 Coophamil I 260 Apoiado Concreto Circular
R44 Coophamil II 150 Elevado Concreto Circular
Fonte: PDA, 2012.
Existem, nesse sistema, três centros de reservação, conforme características descritas a seguir.
Tabela 4.2.1.4.1
Reservatórios no sistema Ribeirão do Lipa
Volume
Reserv. Nome Tipo Material Formato
(m³)
R41 Ribeirão do Lipa 2.000 Apoiado Metálico Circular
R42 Bom Clima 160 Apoiado Metálico Circular
R59 Paiaguás 150 Apoiado - -
Fonte: PDA, 2012.
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O sistema Coophema contém apenas um reservatório, localizado na área da ETA, associado a duas
estações elevatórias que abastecem a rede por recalque, conforme características descritas a
seguir.
Tabela 4.2.1.5.1
Reservatórios no sistema Coophema
Volume
Reserv. Nome Tipo Material Formato
(m³)
R46 ETA Coophema 240 Apoiado Metálico Circular
Fonte: PDA, 2012.
Tabela 4.2.1.5.2
Elevatórias e Adutoras do sistema Coophema
Reserv. EEAT Adutora Nome Adutora
EE41 AAT73 Fernando Correa
R46
EE42 AAT74 São Gonçalo
Fonte: PDA, 2012.
223 / 368
O sistema Parque Cuiabá conta apenas com um reservatório localizado no interior da área da ETA,
conforme características descritas a seguir.
Tabela 4.2.1.6.1
Reservatórios no sistema Parque Cuiabá
Volume
Reserv. Nome Tipo Material Formato
(m³)
R47 ETA Pq. Cuiabá 500 Apoiado - -
Fonte: PDA, 2012.
Tabela 4.2.1.6.2
Elevatórias e Adutoras do sistema Parque Cuiabá
Reserv. EEAT Adutora Nome Adutora
EE43 AAT75 Parque Cuiabá I
R47
EE44 AAT76 Parque Cuiabá II
Fonte: PDA, 2012.
Não há informações detalhadas quanto às adutoras e estações elevatórias nos sistemas isolados
atendidos através de poços.
A partir dessas informações, foi elaborada a Tabela 4.2.1.7.1, mostrando o volume anual produzido
pelos poços e a sua participação no volume total produzido.
224 / 368
A água tratada é bombeada para um reservatório metálico elevado localizado na área da ETA com
capacidade de 18 m³, que alimenta a rede de distribuição por gravidade.
A água após tratamento é bombeada para um reservatório (R-49) na mesma área da ETA. Esse
reservatório é metálico, elevado e com capacidade de 18 m³, sendo responsável por alimentar a
rede de distribuição por gravidade. Não há micromedição no sistema de distribuição.
A água após tratamento é transportada até um reservatório metálico apoiado localizado na área da
ETA com capacidade de 300 m³. A água é distribuída para a rede por recalque através de estação
elevatória localizada ao lado do reservatório.
A água após tratamento é bombeada para um reservatório elevado localizado na área da ETA com
25 m³ de capacidade, que alimenta a rede de distribuição do Distrito por gravidade. Registra-se que
não há medição e nem mesmo a comercialização dos serviços de água. Existe 3.400 m de rede de
distribuição, 202 ligações domiciliares, sendo que 50% está hidrometrado.
225 / 368
No distrito Nova Esperança existem cinco poços em operação, sendo três no limite municipal de
Cuiabá e dois no limite municipal de Santo Antônio; um reservatório metálico tipo taça localizado
no limite municipal de Cuiabá. Todas as estruturas destacadas são operadas pela concessionária.
Tabela 4.3.1
Rede de Distribuição de Água
Material Extensão (km) %
PVC 2.372,68 84,15
Cimento Amianto 212,00 7,52
Ferro Fundido 138,00 4,89
PVC / Defofo 92,00 3,26
Ferro Galvanizado 5,00 0,18
Total 2.819,68 100,00
Fonte: PMSB/2011.
Segundo dados disponibilizados pelo SNIS, constantes na Tabela 4.3.2, houve um acréscimo de
cerca de 315 km de redes de distribuição no período entre os anos 2012 e 2016.
226 / 368
A Figura 4.3.1 adiante, permite uma visualização geral da área urbana da sede municipal atendida
com rede de distribuição de água.
Figura 4.3.1
Rede de Distribuição de Água – Visão Geral (Sede + Coxipó)
227 / 368
Tabela 4.3.3
Comparativo de proposição sobre a rede de distribuição de água
PMSB/2011
Ano Edital (m) Proposta (m)
(m)
1 2.819.680 2.819.680 2.856.912
2 2.856.913 2.856.912 2.894.638
3 2.894.635 2.894.636 2.903.805
4 2.932.857 2.932.858 2.920.674
5 2.971.584 2.971.585 2.937.476
O valor da extensão total da rede de distribuição, constante do PMSB e do edital, foi objeto de notas
técnicas, questionamentos e justificativas apresentada pela Concessionária junto a entidade
reguladora de Cuiabá, que alegou que os dados originalmente informados, não se consolidaram
após a assunção dos serviços e verificação operacional através de levantamento cadastral.
Segundo a Concessionária, o valor original da série de projeção deveria ser ajustado para
2.253.858, apresentando, portanto, uma redução de 565.822 metros na informação original.
228 / 368
Tabela 4.3.4
Incremento realizado de rede de distribuição de água
Ano Emp. Imob. Concessionária Soma
1 31.833 9.126 40.959
2 34.170 55.840 90.010
3 44.650 72.790 117.440
4 1.070 13.820 14.890
5 14.138 37.555 51.693
TOTAL 125.861 189.131 314.992
% 39,96 60,04 100,00
Para o cálculo desse indicador é considerada toda substituição, inclusive remanejamento, cuja
metragem for igual ou superior a 6 metros.
No relatório final de indicadores e metas citado anteriormente, foi feita uma comparação entre a
substituição de redes executada e a meta contratual, resultando na Tabela 4.3.5, onde pode-se
notar que as substituições realizadas estiveram abaixo da meta, com exceção no ano 3.
229 / 368
A evolução do número de ligações e economias de água está apresentada a seguir, assim como as
projeções realizadas pelo PMSB, edital e proposta.
230 / 368
O Relatório de Avaliação dos Serviços e Sistemas elaborado pela ARSEC (2015), identificou que a
evolução significativamente acima da proposta apresentada, deve ser creditado em grande parte
ao trabalho desenvolvido de regularização cadastral no sistema comercial, que resultou na
regularização de unidades consumidoras que se utilizavam irregularmente do sistema
anteriormente.
Da mesma maneira como realizado para a extensão de rede de distribuição de água, a verificação
da origem do incremento das ligações de água constante da proposta verifica-se que para o período
entre os anos 2012 e 2016, 60% das novas ligações foram executadas pela Concessionária, e 40%
por empreendimentos imobiliários.
No relatório final de indicadores e metas citado anteriormente, foi realizada uma comparação entre
a substituição de ligações executada e a meta contratual, resultando na Tabela 4.4.2, onde pode-
se notar que as substituições realizadas foram muito superiores às intervenções previstas.
231 / 368
ISL - Índice de substituição de ligações (%) 3,44 11,98 8,38 1,74 3,74 0,70
Fonte: Relatório final de indicadores e metas.
4.5 Hidrometração
A hidrometração das ligações constitui em uma das mais importantes ferramentas de gestão
operacional e comercial dos serviços, influenciando diretamente o controle de perdas dos sistemas,
além de ser um instrumento de justiça social, proporcionando a correta medição para o pagamento
justo em função do volume utilizado.
Segundo o PMSB e o edital, o índice de hidrometração existente à época deveria evoluir de 69,45%
para um total mínimo de 85,29% no período (2012 a 2016). A Concessionária assumiu em sua
proposta a mesma evolução proposta pelo PMSB.
A Tabela 4.5.1 foi construída de forma a possibilitar uma avaliação comparativa entre as ligações
hidrometradas e o índice de hidrometração previsto e realizado, mostrando que a meta estipulada
foi atendida e ultrapassada, havendo, atualmente, um índice de hidrometração maior do que o
previsto.
Tabela 4.5.1
Comparativo ligações hidrometradas e índice de hidrometração
Ligações Hidrometradas (un) Índice de Hidrometração (%)
Ano PMSB / edital / PMSB / edital /
Realizado Realizado
proposta proposta
1 106.185 114.312 69,45 73,66
2 107.627 117.933 69,45 82,77
3 121.635 135.340 77,49 91,72
4 127.894 144.671 80,42 93,10
5 137.432 168.332 85,29 93,70
Fonte: PMSB / EDITAL
232 / 368
No relatório final de indicadores e metas citado anteriormente, foi realizada uma comparação entre
a substituição de hidrômetros executada e a meta contratual, resultando na Tabela 4.5.2, onde
pode-se notar que as substituições realizadas em alguns anos foram superiores e outros inferiores
às intervenções previstas.
Deve-se ressaltar que não havia previsão de substituição de hidrômetros nos dois primeiros anos
de concessão.
Tabela 4.5.2
Comparativo índice de substituição de hidrômetros
Realizado Meta
Índice
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 5
ISH - Índice de substituição de hidrômetros (%) 7,60 10,23 24,32 7,16 8,93 10,00
Fonte: Relatório final de indicadores e metas
Na Tabela 4.5.3 consta a quantidade de hidrômetros instalados de acordo com a sua idade, com
referência dezembro/2017, mostrando que 13,80% dos hidrômetros têm idade superior a sete anos.
233 / 368
Na Tabela 4.6.1 constam alguns dados de volumes operacionais no período de 2012 a 2016. São
consideradas importantes algumas definições dos volumes apresentados na Tabela 4.6.1, conforme
segue:
234 / 368
Percebe-se uma diferença significativa quando se compara o volume produzido com os volumes
consumidos e faturados, o que refletirá nos diferentes indicadores de perdas, que serão tratados
em tópico específico desse documento.
Foi também fornecido o histograma de consumo referente ao mês de novembro de 2017, com base
no qual elaborou-se Figura 4.6.1, que depois de analisada permite os seguintes comentários:
6,43% das ligações tiveram leitura zero no hidrômetro no mês em questão, podendo ser
um problema temporário de leitura ou hidrômetro parado;
40,73% das ligações tiveram medição na faixa de consumo de 0 a 10 m³;
34,76% das ligações tiveram medição na faixa de consumo de 10 a 20 m³;
81,92% das ligações tiveram medição na faixa de consumo de 0 a 20 m³; e
18,08% das ligações tiveram medição na faixa de consumo superior a 20 m³.
235 / 368
Elaboração: FGV.
Quanto ao volume medido, elaborou-se a Figura 4.6.2, que depois de analisada permite os
seguintes comentários:
236 / 368
Elaboração: FGV
4.7 Perdas
O tema das perdas nos sistemas públicos de abastecimento de água é motivo de preocupação em
todo o mundo há décadas e, apesar dos avanços tecnológicos, é um problema que ainda persiste,
principalmente no Brasil.
Para sua análise deve-se levar em conta a escassez hídrica e os altos custos de energia elétrica,
além da sua relação com a saúde financeira das empresas prestadoras de serviços.
O combate às perdas é muito desafiador para todos os setores de uma empresa prestadora de
serviço de abastecimento de água, já que há influência de muitos fatores, tais como: infraestrutura
existente dos sistemas, aspectos culturais e políticos, disponibilidade financeira, tecnologias
disponíveis, qualificação da mão de obra, entre outros.
237 / 368
No entanto, primeiramente, é necessário que se defina o que são perdas de água nos sistemas de
abastecimento públicos. Teoricamente, as perdas se dividem em perdas aparentes e perdas reais.
As perdas aparentes, também chamadas de perdas não físicas ou comerciais, estão relacionadas
ao volume de água que foi efetivamente consumido pelo usuário, mas que, por algum motivo, não
foi medido ou contabilizado, gerando perda de faturamento ao prestador de serviços. São
provocadas por falhas decorrentes de erros de medição (hidrômetros inoperantes, com
submedição, erros de leitura, fraudes, equívocos na calibração dos hidrômetros), ligações
clandestinas, by-pass irregulares nos ramais das ligações (conhecidos como gatos), falhas no
cadastro comercial, entre outros. Nesse caso, a água é efetivamente consumida, mas não é
faturada.
Já as perdas reais, também conhecidas como perdas físicas, referem-se a toda água disponibilizada
para a distribuição que não chega aos consumidores. Essas perdas acontecem por vazamentos em
adutoras, redes, ramais, conexões, reservatórios e outras unidades operacionais do sistema. Elas
compreendem principalmente os vazamentos em tubulações da rede de distribuição, provocados
especialmente pelo excesso de pressão. Os vazamentos também estão associados à qualidade
dos materiais utilizados, à idade das tubulações, à qualidade da mão de obra e à ausência de
programas de monitoramento de perdas, dentre outros fatores.
Com o intuito de monitorar os diversos tipos de consumo e de perdas que ocorrem em um sistema
de abastecimento de água, a IWA (International Water Association)/AWWA (American Water Works
Association) propôs um método para classificar, padronizar e uniformizar uma terminologia para
este tema, chamado de balanço hídrico, que está reproduzido no Quadro 4.7.1. Este método é
utilizado internamente pela concessionária.
238 / 368
Água faturada
Consumo
água exportada)
Consumo autorizado
autorizado
Consumo faturado não medido
faturado
(estimados)
Consumo não faturado medido
Consumo
Volume de entrada no sistema
As formas de cálculo, de acordo com o glossário de indicadores do SNIS, estão apresentadas nos
Quadros 4.7.2, 4.7.3, 4.7.4 e 4.7.5 a seguir.
239 / 368
Quadro 4.7.3
Forma de cálculo e valoração do IN049
Nome: IN049 – Índice de perdas na distribuição
Fórmula: Dados:
AG006 – Volume de água produzido (1.000 m³/ano)
AG018 – Volume de água tratada importado (1.000
IN049 = [ (AG006 + AG018 – AG010 – AG024) /
m³/ano)
(AG006 + AG018 – AG024) ] * 100 AG010 – Volume de água consumido (1.000 m³/ano)
AG024 – Volume de serviço (1.000 m³/ano)
Referência: SNIS IN049
Periodicidade: Anual
Abrangência: Município
Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS, 2015
Quadro 4.7.4
Forma de cálculo e valoração do IN050
Nome: IN050 – Índice bruto de perdas lineares
Dados:
AG006 – Volume de água produzido (1.000 m³/ano)
Fórmula: AG018 – Volume de água tratada importado (1.000
m³/ano)
IN050 = [ (AG006 + AG018 – AG010 – AG024) / AG010 – Volume de água consumido (1.000 m³/ano)
(AG005*) ] * (1.000 / 365) AG024 – Volume de serviço (1.000 m³/ano)
AG005 – Extensão da rede de água (km) – utiliza-se
a média aritmética dos valores do ano de referência
e do ano anterior ao mesmo
Referência: SNIS IN050
Periodicidade: Anual
Abrangência: Município
Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS, 2015
240 / 368
Dados:
AG006 – Volume de água produzido (1.000 m³/ano)
Fórmula: AG018 – Volume de água tratada importado (1.000
m³/ano)
AG010 – Volume de água consumido (1.000 m³/ano)
IN051 = [ (AG006 + AG018 – AG010 – AG024) /
AG024 – Volume de serviço (1.000 m³/ano)
(AG002*) ] * (1.000.000 / 365) AG002 – Quantidade de ligações ativas de água
(ligações) – utiliza-se a média aritmética dos
valores do ano de referência e do ano anterior ao
mesmo
Os valores específicos para Cuiabá, entre os anos 2012 e 2016, estão na Tabela 4.7.1.
Tabela 4.7.1
Valores de indicadores de perdas para Cuiabá
Descrição 2012 2013 2014 2015 2016
IN013 - Índice de perdas faturamento (percentual) 63,68 62,95 61,59 58,09 57,09
IN049 - Índice de perdas na distribuição (percentual) 67,44 67,29 66,50 63,69 59,22
IN050 - Índice bruto de perdas lineares (m³/dia/Km) 43,88 76,64 74,55 67,36 59,22
IN051 - Índice de perdas por ligação (l/dia/lig.) 812,82 1.289,34 1.233,97 1.091,37 888,51
Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS, 2015
Através da análise da Tabela 4.7.1 pode-se perceber uma tendência de queda nos valores dos
indicadores de perdas. No entanto, essa queda vem ocorrendo de maneira lenta, com os valores
apresentados sendo ainda demasiadamente altos.
Quanto à esse tema, o relatório final de indicadores e metas do 5º ano da concessão, elaborado
em junho de 2017, utiliza um indicador específico, o índice de perdas reais (IPR), obtido através da
seguinte fórmula:
241 / 368
No relatório final de indicadores e metas citado anteriormente, foi feita uma comparação entre o
índice de perdas realizado e a meta contratual, resultando na Tabela 4.7.2, onde pode-se notar que
a redução no índice de perdas vem ocorrendo de forma lenta, não atingindo a meta contratual.
Tabela 4.7.2
Comparativo índice de perdas
Realizado Meta
Índice
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 5
IPR - Índice de perdas reais (%) 66,85 65,52 65,16 64,36 65,76 51,00
Fonte: Relatório Final de Indicadores e Metas
Nas justificativas da Concessionária também há menção que essa dispendeu inúmeros esforços
para a redução das perdas de água em montante superior ao inicialmente projetado pelo Poder
Concedente para o período até o ano 5 da concessão. No entanto é citado como ação nesse sentido
apenas a padronização das ligações domiciliares e a implantação de um comitê interno com
atribuição específica para atuar em relação à redução das perdas denominado “Grupo Executivo
de Perdas”.
A Concessionária deverá tomar medidas mais concretas para a diminuição do índice de perdas, já
que, conforme demonstrado, esse é um tema que tem influência tanto no aspecto ambiental quanto
financeiro da concessão, sendo que a sua diminuição implica em benefício da saúde pública, do
saneamento ambiental e da eficiência dos serviços, propicia melhor produtividade e, inclusive, pode
postergar investimentos para ampliação dos sistemas, já que parte da água desperdiçada passa a
ser devidamente utilizada.
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Deve-se ressaltar ainda algumas definições contidas na Portaria retro citada, conforme segue:
Água para consumo humano: água potável destinada à ingestão, preparação e produção
de alimentos e à higiene pessoal, independentemente da sua origem;
Água potável: água que atenda ao padrão de potabilidade estabelecido nesta Portaria e
que não ofereça riscos à saúde; e
Vigilância da qualidade da água para consumo humano: conjunto de ações adotadas
regularmente pela autoridade de saúde pública para verificar o atendimento a esta
Portaria, considerados os aspectos socioambientais e a realidade local, para avaliar se a
água consumida pela população apresenta risco à saúde humana.
O Art. 3º da Portaria nº 2914/2011 determina que “toda água destinada ao consumo humano,
distribuída coletivamente por meio de sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento de
água, deve ser objeto de controle e vigilância da qualidade da água.” Ainda segundo essa Portaria,
os responsáveis pelo controle de qualidade devem aprovar, junto à autoridade pública, um plano de
amostragem (BRASIL, 2011c), com o intuito de balizar as análises necessárias pelo prestador de
serviço.
Apesar do serviço público de abastecimento de água ter sido concedido e das obrigações da
Concessionária listadas anteriormente, a Prefeitura Municipal de Cuiabá, como Poder
Concedente, continua tendo obrigações quanto a este sistema, inclusive quanto à qualidade da
água distribuída à população.
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No relatório final de indicadores e metas citado anteriormente, foi feita uma comparação entre o IQA
realizado e a meta contratual, resultando na Tabela 4.8.1, onde pode-se notar uma sensível melhora
no resultado para o 5º ano, no entanto ainda ficando abaixo da meta.
Tabela 4.8.1
Comparativo IQA
Realizado Meta
Índice (%)
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 5
IQA - Sistema Ribeirão do Lipa 89,88 91,06 70,80 79,78 95,84 99,00
IQA - Sistema Pq. Cuiabá 91,86 98,55 98,80 98,82 99,66 99,00
Fonte: Relatório Final de Indicadores e Metas
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O Decreto n.º 5.440, de 4 de maio de 2005, estabelece definições e procedimentos sobre o controle
da qualidade da água de sistemas de abastecimento e institui mecanismos e instrumentos para
divulgação de informação ao consumidor sobre a qualidade da água para consumo humano. O art.
5º e o art. 12º deste Decreto, descritos a seguir, estabelecem algumas definições:
A partir da elaboração do PMSB, após a assunção dos serviços a CAB CUIABÁ S/A, contratou junto
a ETEP (2012), a elaboração de Plano Diretor para os Sistemas de Abastecimento de Água e
Esgotamento Sanitário, e posteriormente, motivado pela ocorrência de várias demandas oriundas
do setor imobiliário, contratou junto a GERENTEC (2013), a elaboração de Estudo de Revalidação
do Plano Diretor.
Importante registrar que os citados estudos e projetos não foram submetidos à análise e aprovação,
junto ao Poder Concedente e/ou agência reguladora (AMAES/ARSEC), e considerando-se que o
resultado final dos mesmos, descartam a concepção proposta no PMSB - Cuiabá 2011 e adotam
solução alternativa, entende-se que a validação e aprovação da entidade reguladora e/ou do Poder
Concedente seria necessária e pertinente, independente se a solução final adotada se constitua em
uma evolução técnica relativamente a solução original proposta.
O Plano Diretor de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário do município de Cuiabá,
elaborado pela ETEP Ltda. em 2012, abrangeu as seguintes atividades principais:
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Conforme já descrito anteriormente, com mais detalhes nesse documento, em maio de 2016 o
Município de Cuiabá decretou a intervenção na concessão dos serviços públicos de abastecimento
de água e esgotamento sanitário outorgada à empresa CAB CUIABÁ S/A, pelo prazo de 180 dias,
prorrogáveis.
O sistema de água está disponível para a totalidade da população urbana, conforme demonstrado
nos indicadores de nível de atendimento. No entanto, a disponibilidade do sistema não é garantia
de atendimento adequado da população, já que, além de estar disponível, a água deve ser ofertada
com qualidade e regularidade.
Quanto à regularidade, há reclamações por parte dos usuários sobre a existência de interrupções
sistemáticas no abastecimento. O indicador utilizado para a medição da continuidade no
abastecimento definido no edital de concessão e utilizado pela Concessionária não é adequado,
impedindo a quantificação mais apurada desse problema.
Em relação à qualidade da água tratada, verifica-se que apesar da melhoria que vem sendo
apresentada nos últimos anos, ainda há quantidade significativa de amostras fora do padrão de
potabilidade estabelecidos pela Portaria nº 2.914 do Ministério da Saúde, além do fato de que
grande parte das unidades de tratamento não realizam a fluoretação. Convêm aqui destacar a
absoluta inexistência de tratamento de resíduos nas unidades de tratamento de água, conforme
exige a legislação em vigor.
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Comparando-se os valores encontrados para demanda futura com os valores da capacidade atual
de produção (Cuiabá + Coxipó da Ponte) igual a 2.915 l/s (ver Tabela 4.1.1), verifica-se que a
capacidade atual já seria suficiente para atender a demanda futura caso o índice de perdas
projetados sejam alcançados. Essa análise preliminar permite estimar que os investimentos
emergenciais objetivando o aumento de produção em mais 800 l/s (Ribeirão do Lipa = 200 l/s;
Cophema = 100 l/s e Parque Cuiabá = 500 l/s), devem estar acompanhados investimentos
objetivando o combate a perdas, registradas hoje em patamares de 60 % a 65 %. Como o PDA
ainda não está concluso, avalia-se que a justificativa para o aumento da capacidade nas unidades
produtoras esteja baseada em opções de substituição de algumas unidades (poços) e ainda
adequação e racionalização de outras unidades (Tijucal) conforme Tabela 4.10.1 adiante:
Tabela 4.10.1
Adequações a serem realizadas nas unidades
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Também não existe, atualmente, capacidade de reservação de água tratada suficiente para
atendimento adequado da população, apesar dos investimentos realizados pela Concessionária.
Deve-se ressaltar que essa é uma constatação feita no âmbito geral dos sistemas, podendo haver
necessidades pontuais e locais atendidos adequadamente, devendo ser levantados em estudos
específicos, tais como o plano diretor de água.
Este tema é de suma importância, já que a redução das perdas físicas proporciona redução dos
custos de produção (mediante redução do consumo de energia, de produtos químicos e outros) e
permite utilizar as instalações existentes para aumentar a oferta, sem expansão do sistema. Já a
redução das perdas aparentes permite aumentar a receita tarifária, melhorando a eficiência dos
serviços prestados e o desempenho financeiro do prestador de serviços.
Está previsto na LUOS - Lei 389 de 03/112015 Art. 80 §3° os estudos e a delimitação das áreas de
segurança hídrica, que compreende as áreas a montante das instalações de captação de água
bruta no prazo de 1 (um) ano. Foi identificado que passaram-se dois anos e não houve avanço na
pauta.
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O PMSB – Cuiabá 2011, apresentou um breve histórico da evolução nas implantações sucessivas
de sistemas públicos de esgotamento sanitário de Cuiabá, destacando-se nas mesmas os seguintes
períodos:
Ainda segundo o PMSB – Cuiabá 2011, o sistema de esgotamento sanitário de Cuiabá atendia à
época aproximadamente 38% da população, sendo que somente 28% conta com os serviços de
coleta e tratamento. O sistema totalizava cerca de 680 km de rede coletora, estando inclusos
também cerca de 140 km de redes condominiais. O número de ligações atendidas era de 55.582
unidades, perfazendo 67.643 economias.
Segundo dados da Concessionária Águas Cuiabá de 2017, o SES atingiu os seguintes dados:
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Para fins de consolidação da proposta foram elaborados à época a divisão dos bairros a serem
atendidos por cada Sub-bacia, definindo-se também que as Sub-bacias teriam os seguintes
atendimentos de forma independentes, atendendo as demandas futuras dos serviços de esgoto,
conforme as projeções populacionais e de demandas efetuadas:
A Figura 5.1, adiante mostra a divisão das áreas que seriam atendidas por cada um dos sistemas
propostos.
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Da mesma forma como para o sistema de abastecimento de água, ao assumir a concessão a CAB
CUIABÁ, contratou a elaboração de estudos do Plano Diretor de Esgoto – PDE 2012, junto a ETEP,
reavaliados posteriormente pela ARCADIS. A conclusão dos estudos de alternativas elaborado,
concluiu pela seleção da opção de uma nova subdivisão de bacias principais de esgotamento,
conforme pode ser visualizado na Figura 5.2 adiante.
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Sucuri;
Ribeirão do Lipa;
Dom Aquino;
Moinho;
Parque Atalaia;
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Merece referência ainda que as bacias da “Prainha” na área central e parcialmente “Mané Pinto”,
possui um sistema configurado para operacionalizar parcialmente como sistema unitário a “tempo
seco”.
O esgotamento sanitário de uma cidade com sistema separador absoluto é geralmente composto
pelas seguintes unidades:
Ligações domiciliares: tubulação que faz a ligação entre a instalação predial (interna) à
rede coletora de esgoto, composta não somente por tubulação, mas também por um
dispositivo de inspeção;
Rede coletora: conjunto de tubulações que recebem contribuição de esgoto das ligações
domiciliares em qualquer ponto ao longo do seu comprimento. Além de tubulações, a rede
coletora é composta por órgãos acessórios, que são dispositivos fixos desprovidos de
equipamentos mecânicos, podendo ser poços de visitas (PV), tubos de inspeção e
limpeza (TIL), terminais de limpeza (TL) e caixa de passagem (CP);
Interceptores: tubulação que recebe os efluentes de coletores de esgoto em pontos
determinados, providos de PVs e nunca ao longo de seus trechos;
Emissários: tubulação que recebe as contribuições de esgoto exclusivamente na
extremidade montante;
Estações elevatórias de esgoto (EEE): instalações que visam à elevação do nível do
esgoto desde o nível do poço de sucção das bombas até o nível de descarga do recalque,
impedindo o aprofundamento demasiado das redes coletoras;
Estação de tratamento de esgoto (ETE): conjunto de técnicas associadas contendo
equipamentos, órgãos auxiliares e sistemas de utilidades com o objetivo de reduzir os
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Não há atendimento, atualmente, dos demais distritos de Cuiabá. Ressalta-se a existência de rede
coletora e tratamento de esgoto em um condomínio residencial denominado Sucuri, na área urbana
do Distrito Sede.
Quanto aos distritos Sede e Coxipó da Ponte, esses são atendidos pelos seguintes sistemas:
Sucuri;
Novo Tempo;
Residencial Antártica;
Tropical Ville;
Villas Boas;
Santa Rosa;
Canachuê;
Village Flamboyant;
Jardim Santa Isabel;
Coophamil e Novo Terceiro;
Cohab Nova;
Residenciais Minas do Cuiabá / Beira Rio / Jardim das Vivendas;
Coletor Mané Pinto;
Vila Real;
Ribeirão Baú;
Florais;
Residencial Jardim Vitória;
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Quanto ao tratamento dos esgotos coletados, o PDE/2012, por fins didáticos, realizou um
agrupamento das unidades existentes (e que será utilizado na presente revisão do PMSB) de
acordo com a tecnologia empregada, dividindo as unidades em algumas categorias, conforme será
detalhado na sequência desse produto.
Quanto ao rios e córregos urbanos de Cuiabá, utilizados como corpos receptores, e também como
manancial (Rio Coxipó), o Governo do Estado do Mato Grosso, por meio do Diário Oficial do dia
12 de setembro de 2011, publicou as Resoluções do Conselho Estadual de recursos
Hídricos/Secretaria Estadual de Meio Ambiente - SEMA, números 68, 69, 70, 71 e 72, de 11/9/2011,
que dispõe sobre o enquadramento transitório de trechos de corpos hídricos, conforme resumido
na Tabela 5.1 adiante.
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Figura 5.3
Sistemas de Coleta Existente - Cuiabá
A Figura 5.4 permite uma visualização geral da distribuição espacial das unidades elevatórias de
esgotos existentes e em operação no Município de Cuiabá.
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A Figura 5.5 permite uma visualização geral da distribuição espacial das unidades de tratamento de
esgotos existentes e em operação no Município de Cuiabá.
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A Tabela 5.2 adiante, apresenta um resumo das 51 (cinquenta e uma) unidades de tratamento de
esgoto existentes e em operação em janeiro de 2018, classificadas por sistema conforme proposto
pelo PMSB 2011, incluindo informações adicionais relativas ao nome da unidade, tecnologia
aplicada no tratamento, vazão nominal de projeto, vazão média operacional, número de economias
contribuintes e população atendida.
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Vazão Vazão
Número de
Sistema Nominal Média População
Nº ETE Economias
PMSB de Projeto Operacional Atendida
Contribuinte
(L/s) (L/s)
UASB 50,0
LAGOAS UASB 50,0
30,0 LAGOAS
6 Tijucal (Reator + Lagoas) 11.674 38.524
30,0
HIDROSUL HIDROSUL
31,0 31,0
7 1,45 317 1.046
Sistema Marechal Rondon (Fossa/Filtro) 1,45
Tijucal
8 0,78 171 564
Pascoal Moreira (Fossa/Filtro) 0,78
9 0,54 118 389
Morada do Faval (Fossa/Filtro) 0,54
10 1,27 276 911
Sonho Meu (Fossa/Filtro) 1,27
11 570 1.881
Torres (Reator) 5,00 5,00
12 360 1.188
Coophema (Tanque Imhof) 4,50 4,50
13 159 525
Esperança (Reator) 1,00 1,00
14 0,47 103 340
Santo Antônio I (Fossa/Filtro) 0,47
15 0,28 62 205
Santo Antonio 2 (Fossa/Filtro) 0,28
UASB 25,0 UASB 25,0
LODOS LODOS
Sistema 16 Jardim Universitário (Reator) 2.853 9.415
ATIVADOS ATIVADOS
Parque
5,0 5,0
Cuiabá
17 0,97 211 696
Sávio Brandão (Fossa/Filtro) 0,97
18 0,64 140 462
Ipê Amarelo (Fossa/Filtro) 0,64
19 125 413
Jardim Botânico (Fossa/Filtro) 1,03 1,03
20 345 1.139
Altos São Gonçalo (Reator) 5,00 5,00
21 877 2.894
Maria de Lourdes (Reator) 7,00 7,00
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22 123 406
Topázio (Reator) 3,00 3,00
23 0,55 120 396
Acácia (Fossa/Filtro) 0,55
24 0,65 142 469
Recanto (Fossa/Filtro) 0,65
25 0,27 58 191
Entrerios (Fossa/Filtro) 0,27
26 0,12 26 86
Residencial Vitória (Fossa/Filtro) 0,12
27 7.320 24.156
Parque Atalaia (Reator) 85,00 33,55
LAGOAS+ LAGOAS+
FLIPPER FLIPPER
6,0 6,0
ETE ETE
37 Vila Real (Reator + Lagoas) 751 2.478
PROV.2,0 PROV.2,0
HIDROSUL HIDROSUL
31,0 31,0
(FUTURA) (FUTURA)
Sistema 38 274 904
Ribeirão do Sucuri (Reator) 2,00 2,00
Lipa
39 265 875
Ribeirão Baú (Reator) 3,00 3,00
40 2.463 8.128
Florais (Reator) 30,00 30,00
41 0,62 135 446
Jardim Vitória A (Fossa/Filtro) 0,62
43 Jardim Vitória B (Fossa/Filtro) 0,74 0,74 161 531
44 Jardim Antártica (Fossa/Filtro) 0,83 0,83 182 601
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A capacidade nominal das unidades instaladas, totalizam 1.123,23 l/s entretanto, a vazão média
operacional totaliza 661,78 l/s.
Denominam-se redes coletoras de esgoto as tubulações que recebem contribuição de esgoto das
ligações domiciliares em qualquer ponto ao longo do seu comprimento. Os interceptores são
definidos como as tubulações que recebem os efluentes de coletores de esgoto em pontos
determinados, providos de PVs e nunca ao longo de seus trechos. Já os emissários são as
tubulações que recebem as contribuições de esgoto exclusivamente na extremidade montante.
Segundo dados disponibilizados pelo SNIS e pela concessionária, constantes na tabela 5.1.1, houve
um acréscimo de cerca de 230 km de redes de esgoto no período entre os anos 2012 e 2017.
Tabela 5.1.1
Extensão da rede de esgoto
Descrição 2012 2013 2014 2015 2016 2017
ES004 - Extensão da rede de esgotos (km) 693 696 741 793 905 926
A partir das informações do cadastro técnico disponibilizado pela concessionária, foram elaboradas
as tabelas a seguir, contendo a extensão da rede de esgoto conforme o tipo da rede e o diâmetro.
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Tabela 5.1.3
Extensão da rede de esgoto por diâmetro
Diâmetro Extensão (m)
40 3
60 830
75 900
100 58.741
110 609
115 18
150 769.394
200 27.381
250 13.350
300 11.646
350 2
400 7.447
500 382
600 7.472
800 710
900 1.540
Sem informação 1.887
Total 902.312
Analisando as Tabelas 5.1.2 e 5.1.3, percebe-se que o total da rede difere do valor apresentado na
Tabela 5.1.1 para o ano de 2017. Esse fato se deve, provavelmente, porque as Tabelas 5.1.2 e
5.1.3 consideraram apenas as redes ativas.
O prognóstico das necessidades de rede de esgoto constante do PMSB converge com o Edital,
sendo que as extensões constantes da proposta apresentam pequena diferença (a menor) quando
comparada as duas primeiras, conforme segue.
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No relatório final de indicadores e metas citado anteriormente, foi realizada uma comparação entre
a substituição de redes executada e a meta contratual, resultando na Tabela 5.1.5, onde pode-se
notar que as substituições realizadas estiveram abaixo da meta.
Tabela 5.1.5
Comparativo substituição de redes de esgoto
Realizado Meta
Índice (%)
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 5
ISRE - Sistema Dom Aquino 0,02 0,44 0,03 0,00 0,06 1
ISRE - Sistema CPA (Lagoa Encantada) 0,02 0,09 0,02 0,00 0,24 1
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Segundo o PDE/2012, o Condomínio Residencial Sucuri possuía cerca de 243 residências e coleta
através de sistema separador absoluto, encaminhado até uma unidade de tratamento por gravidade.
Nessa localidade foram construídas moradias emergenciais para abrigar os afetados pela enchente
do ano 2001. O sistema é formado apenas pela coleta dos esgotos, não possuindo tratamento e,
consequentemente, cobrança dos usuários.
Segundo o PDE/2012, praticamente a totalidade da área possui coleta, sendo os esgotos lançados
em vários pontos ao longo do corpo receptor adjacente ao loteamento.
Esse é um sistema do tipo separador absoluto composto por redes coletoras que encaminham o
esgoto coletado, por gravidade, até a unidade de tratamento (sistema fossa e filtro). Existe ainda
uma estação elevatória responsável pelo transporte do esgoto tratado da unidade de tratamento até
o córrego contíguo ao residencial, afluente do rio Cuiabá.
Segundo o PDE/2012, nesse sistema existe um interceptor na margem esquerda do córrego que
ultrapassa a área do residencial. Não existe tratamento nesse residencial, segundo informações da
concessionária a área foi invadida e existe demanda junto ao empreendedor relativa a execução de
uma nova ETE.
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Esse é um sistema do tipo separador absoluto composto por redes coletoras que encaminham o
esgoto coletado, por gravidade, até a unidade de tratamento (sistema fossa, filtro e cloração). O
corpo receptor é o córrego existente no próprio residencial.
Esse é um sistema do tipo separador absoluto composto por redes coletoras que encaminham o
esgoto coletado, por gravidade, até a unidade de tratamento (sistema fossa e filtro anaeróbico).
Esse é um sistema do tipo separador absoluto composto por redes coletoras que encaminham o
esgoto coletado, por gravidade, até a unidade de tratamento (sistema fossa e filtro anaeróbico).
Segundo o PDE/2012, esse sistema não foi recebido pela SANECAP e, consequentemente, pela
concessionária, posteriormente.
Nesse bairro não há rede coletora do tipo separadora absoluta implantada. Os imóveis dessa
localidade lançam os esgotos nas galerias de águas pluviais existentes.
Esse é um sistema do tipo separador absoluto condominial que, segundo o PDE/2012, apresenta
diversos problemas de transbordamento de esgoto, além de existirem imóveis construídos sobre as
redes, o que dificulta qualquer intervenção.
Os esgotos coletados são lançados no rio Cuiabá, seus afluentes ou em galerias de água pluviais,
não havendo tratamento.
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No bairro Novo Terceiro existe um sistema do tipo separador absoluto condominial sem qualquer
tipo de tratamento do esgoto coletado, lançando em galerias de águas pluviais ou em um córrego
próximo (afluente do Rio Cuiabá).
Já no Bairro Coophamil existe um sistema do tipo separador absoluto com redes coletoras
implantadas, também sem tratamento. Segundo o PDE/2012, em períodos chuvosos ocorrem
muitos transbordamentos, evidenciando a presença de água pluvial conectada às redes coletoras
de esgoto.
Existe uma estação elevatória em operação, ao lado de uma escola, que recalca os esgotos para
um poço de visita da rede coletora.
Esse é um sistema do tipo separador absoluto composto por redes coletoras que encaminham o
esgoto coletado, por gravidade, até a unidade de tratamento.
Esses três residenciais são limítrofes e possuem sistema do tipo separador absoluto composto por
redes coletoras que encaminham o esgoto coletado, por gravidade, até a unidade de tratamento
(sistema fossa e filtro anaeróbico).
Segundo o PDE/2012, esse sistema não foi recebido pela SANECAP e, consequentemente, pela
concessionária, posteriormente.
Existe implantado um coletor tronco no Córrego Mané Pinto, que recebe contribuições de esgoto
bruto de redes coletoras implantadas nas seguintes localidades: bairro José Pinto, residenciais
Ipiranga I e II, Residencial Oito de Abril, Residenciais Piazza I e II.
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O coletor tronco Mané Pinto lança os esgotos por ele coletados no Córrego Mané Pinto. Na foz
desse Córrego há um sistema de tomada em tempo seco, através de um vertedor, que encaminha
as águas do Córrego até uma tubulação de ferro fundido com diâmetro de 600 mm até a EEE
Prainha, que por sua vez recalca os esgotos à ETE Dom Aquino. Essa unidade de tomada de tempo
seco encontra-se desativada pela atual operadora do sistema.
O sistema Vila Real é formado por uma unidade de tratamento (ETE Vila Real) e redes coletoras
do tipo separador absoluto implantada em alguns bairros, a saber: Residencial Villa di Capri,
Residencial Breeze Housing, bairro Vila Real e Condomínio Residencial Despraiado.
Próximo ao sistema Vila Real existem outros sistemas isolados, conforme descrito na sequência:
Residencial Villa Borghesi: conta com sistema de coleta de esgotos (separador absoluto)
e tratamento por fossa, filtro anaeróbico e cloração operado pela concessionária. O
lançamento do esgoto tratado se dá na galeria de águas pluviais da avenida de acesso
ao residencial;
Residencial Reserva do Parque: conta com sistema de coleta de esgotos (separador
absoluto) e tratamento por fossa, filtro anaeróbico e cloração operado pela
Concessionária. O lançamento do esgoto tratado acontece no córrego adjacente ao
residencial;
Condomínios Residenciais Viverde I e II: contam com sistemas independentes de coleta
de esgotos (separador absoluto) e tratamento por duas unidades fossa, filtro anaeróbico
e cloração operadas pela Concessionária. O lançamento do esgoto tratado acontece no
córrego Quarta-Feira;
Condomínios Residenciais Avaí e São Conrado: são quatro condomínios independentes,
cada um contando com sistema de coleta de esgotos (separador absoluto) e tratamento
por fossa, filtro anaeróbico e cloração, sendo que a concessionária opera apenas a
estação de tratamento São Conrado; e
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A configuração atual do Sistema Vila Real, foi ampliado e adaptado em parceria com a iniciativa
privada (empreendedores imobiliários) possuindo atualmente a configuração de lagoa anaeróbia +
reator anaeróbio produzido pela empresa Flipper (6,0 l/s), um modulo provisório de 2,0 l/s e um
sistema fabricado pela Hidrosul (31 l/s).
Esse sistema atende ao Residencial Milton Figueiredo, que possui rede de coleta de esgotos
separadora absoluta, uma estação elevatória e uma unidade de tratamento.
Esse sistema é responsável pelo atendimento de oito condomínios, a saber: Florais Cuiabá, Florais
dos Lagos, Florais do Vale, Residencial San Diego, Residencial San Marino, Residencial San Carlo,
Residencial San Domingo e Residencial San Mônaco.
Cinco desses condomínios (Residenciais San Diego, San Marino, San Carlo, San Domingo e San
Mônaco) possuem sistema de coleta de esgotos tipo separador absoluto que são encaminhados
por gravidade à EEE San Marino, que por sua vez recalca os esgotos à ETE Florais.
Os condomínios Florais do Vale, dos Lagos e Cuiabá também possuem sistema de coleta de
esgotos do tipo separador absoluto, que são direcionados diretamente à ETE Florais por gravidade.
Esse sistema é formado pelos Condomínios Residenciais Jardim Vitória A e B, que possuem
sistemas independentes de coleta de esgotos do tipo separador absoluto, cada um possuindo uma
unidade de tratamento constituída por fossa, filtro anaeróbico e cloração, operados pela
concessionária.
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O sistema Lagoa Encantada é formado por uma unidade de tratamento (ETE Lagoa Encantada) e
redes coletoras do tipo separador absoluto implantada em alguns bairros, a saber: Bairro CPA II,
Residencial Padova, Condomínio Residencial Araxá, Loteamento São Tomé, Bairro CPA III, parte
do Bairro Novo Mato Grosso.
Quanto aos bairros CPA I e CPA IV, esses possuem rede coletora do tipo separadora absoluta. No
entanto, essas redes não estão interligadas a uma unidade de tratamento.
O bairro Planalto possui rede coletora em sistema condominial e sem tratamento. O bairro Novo
Horizonte possui sistema condominial de coleta de esgotos e três fossas sépticas seguidas de filtro
anaeróbico e cloração, segundo o PDE/2012.
O sistema Morada do Ouro é formado por uma unidade de tratamento (ETE Morado do Ouro) e
redes coletoras do tipo separador absoluto implantada em algumas localidades, a saber: bairro
Tancredo Neves, parte do bairro Morada do Ouro I, bairro Morada do Ouro II e condomínio Morada
do Parque.
A parte restante do bairro Morado do Ouro I contribui para o coletor-tronco do córrego Barbado por
gravidade.
O sistema São Carlos/Santa Inês é formado por uma unidade de tratamento (ETE São Carlos/Santa
Inês) e redes coletoras do tipo separador absoluto implantada em algumas localidades, a saber:
residencial São Carlos, Residencial Santa Inês, Residencial Planalto I, Condomínio Residencial
Alphaville II e parte do Bairro Carumbé (possui sistema de coleta condominial) e parte do bairro
Carumbé não possui tratamento.
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Esse sistema atende aos bairros Umuarama II, Nova Canaã, Jardim Paraná e Três Barras.
O bairro Umuarama II apresenta sistema de coleta de esgotos do tipo separador absoluto e uma
EEE que recalca os esgotos à unidade de tratamento constituída por fossa séptica, filtro anaeróbico
e cloração. O corpo receptor é o córrego Três Barras.
Os esgotos gerados pelos bairros Nova Canaã e Jardim Paraná são coletados por redes coletoras
do tipo separador absoluto e encaminhados a um interceptor tronco localizado à esquerda do
córrego que cruza o bairro Nova Canaã. O tratamento é feito na ETE Nova Canaã.
Já o bairro Três Barras possui rede coletora também separadora absoluta que alimenta a ETE Três
Barras. Segundo o PDE/2012, essa unidade de tratamento estava desativada, fazendo com que o
esgoto bruto fosse lançado em um afluente do córrego Três Barras.
O sistema Ilza Piccoli/Buritis é formado pelas ETEs Ilza Piccoli e Buritis e redes coletoras do tipo
separador absoluto implantada em algumas localidades, a saber: Residencial Jamil Nadaf,
Residencial Buritis, Residencial Ilza Piccoli, Residencial Jonas Pinheiros, Residencial Wantuil de
Freitas,
Ao lado desse sistema, o Condomínio Residencial Aroeiras também é atendido por coleta de
esgotos. No entanto possui tratamento próprio através de fossa e filtro anaeróbico operado pela
concessionária.
Além disso, existem outros cinco residenciais (Villas da Serra I, II, III, IV e V) com sistemas de coleta
de esgotos e estações de tratamento individuais por fossa e filtro anaeróbico não operadas pela
concessionária.
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O coletor tronco Barbado tem diâmetro de 600 mm em concreto em quase a totalidade da sua
extensão e um trecho de 400 mm em PVC. Esse coletor recebe os esgotos coletados das seguintes
localidades: bairro do CPA (área entre a Avenida do CPA e o córrego Quarta-Feira), Residencial
Bosque dos Ipês, parte do bairro Morada do Ouro I, residencial Pantanal, Residenciais Privê
Paiaguás, Tropical Privê, Shopping Pantanal, parte do Bosque da Saúde II, Condomínio Mirante de
Cuiabá, Condomínio Residencial Alphaville I, bairro Pedregal, além das edificações localizadas
entre o CPA e o bairro do Alvorada.
Após a Av. Fernando Correa, o coletor tronco do Barbado recebe ainda os esgotos dos seguintes
sistemas: bairro Jardim Petrópolis, bairro Jardim Kennedy, bairro Jardim Tropical, parte do bairro
Campo Velho, bairro Jardim Califórnia, parte do bairro Jardim Shangri-lá e Grande Terceiro.
O coletor tronco Barbado finaliza seu percurso na EEE Barbado, que também recebe os esgotos
do sistema condominial do bairro Praeiro, do condomínio vertical ao lado do bairro Grande Terceiro
e os esgotos do sistema do Novo Praeiro.
O coletor tronco Gambá tem diâmetro de 500 mm, finalizando seu percurso na EEE Gambá, que
por sua vez também recebe o retorno de lodo da ETE Dom Aquino, para depois enviá-los (esgotos
e lodo) à caixa de chegada da estação.
Esse coletor recebe contribuições de toda a área da sub-bacia 18, que possui rede coletora do tipo
separadora absoluta instalada.
Esse sistema contempla toda a área da sub-bacia 17 e não é do tipo separador absoluto, mas sim
caracterizado pelo transporte das águas pluviais e esgoto em uma mesma tubulação.
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Pelo fato do sistema não ser separador absoluto, em épocas de chuva ocorre o aumento da vazão,
fazendo com que boa parte dos esgotos e águas pluviais extravase para o rio Cuiabá.
O sistema UFMT é formado por uma unidade de tratamento (ETE UFMT) e redes coletoras do tipo
separador absoluto implantada em algumas localidades, a saber: bairro Jardim das Américas III e
toda a área da Universidade Federal do Mato Grosso - UFMT. O efluente tratado é lançado em um
córrego adjacente à universidade, afluente ao córrego Barbado.
O sistema Maria de Lourdes é formado por uma unidade de tratamento (ETE Maria de Lourdes) e
redes coletoras do tipo separador absoluto implantada em algumas localidades, a saber:
Condomínio Residencial Passaredo, Residenciais Recanto do Salvador, Gileade e Maria de
Lourdes.
O efluente tratado da ETE Maria de Lourdes é lançado em um corpo receptor afluente ao córrego
do Moinho. Ao lado do Residencial Passaredo, o Residencial Recanto também possui rede coletora
de esgotos, no entanto com tratamento independente através de fossa séptica, filtro anaeróbico e
cloração.
O sistema Jardim Universitário é formado por uma unidade de tratamento (ETE Jardim Universitário)
e redes coletoras do tipo separador absoluto implantada em algumas localidades, a saber:
Residencial Belvedere e bairro Jardim Universitário.
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O Residencial Acácia possui redes coletoras e tratamento de esgotos por fossa séptica, filtro
anaeróbico e cloração operado pela concessionária, com lançamento do efluente tratado no rio
Coxipó.
O Residencial Topázio também redes coletoras e tratamento de esgotos por reator UASB seguido
de lodo ativado e cloração, fabricado pela empresa Flipper, e operado pela concessionária, com
lançamento do efluente tratado no rio Coxipó.
Já o Residencial das Torres possui redes coletoras e tratamento de esgotos por reator UASB
seguido de filtro biológico e desinfecção, fabricado pela empresa Sanevix, e operado pela
concessionária, com lançamento do efluente tratado no rio Coxipó.
O sistema Tijucal é formado por uma unidade de tratamento (ETE Tijucal) e redes coletoras do tipo
separador absoluto implantada em algumas localidades, a saber: bairro Tijucal, Flor do Cerrado,
bairro São João Del Rey, bairro Novo Milenium, Residenciais Salvador Costa Marques e Belita
Costa Marques, Residencial Avelino Barros, Residencial Alice Novack, Residencial Nilce Paes
Barreto,
Os Residenciais Pascoal Moreira Cabral e Marechal Rondon possuem redes coletoras e tratamento
por sistema fossa séptica, filtro anaeróbico e cloração, operada pela concessionária.
O sistema Coophema é formado por uma unidade de tratamento (ETE Coophema) e redes coletoras
do tipo separador absoluto implantada no bairro Coophema. A unidade de tratamento lança o
efluente tratado no rio Coxipó.
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O sistema Esperança no bairro São Gonçalo é formado por uma unidade de tratamento (ETE
Esperança) e redes coletoras do tipo separador absoluto implantada no Residencial Esperança
A unidade de tratamento foi fabricada pela Flipper composta de reator UASB, lodos ativados e
desinfecção, sendo operada pela concessionária.
O Residencial Morro Santo Antônio também possui redes coletoras e tratamento próprio através de
fossa séptica, filtro anaeróbico e cloração, não sendo operada pela concessionária.
O Residencial Santo Antônio tem redes coletoras e duas unidades de tratamento por fossa séptica,
filtro anaeróbico e cloração operados pela concessionária.
O Condomínio Ipê Amarelo tem redes coletoras e tratamento por fossa séptica, filtro anaeróbico e
cloração operada pela concessionária.
O sistema Altos do São Gonçalo é formado por uma unidade de tratamento (ETE Altos do São
Gonçalo) e redes coletoras do tipo separador absoluto implantada em algumas localidades, a saber:
bairro Jardim das Oliveiras e loteamento Altos do São Gonçalo.
O sistema Parque Cuiabá é formado por uma unidade de tratamento e redes coletoras do tipo
separador absoluto implantada no bairro Parque Cuiabá. No entanto, segundo o PDE/2012, as
estações elevatórias e a unidade de tratamento estavam desativadas, assim parte do esgoto foi
redirecionada para a ETE Atalaia e outra parte ainda está sem tratamento.
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O Residencial Sonho Meu possui redes coletoras do tipo separadora absoluta e tratamento por
fossa séptica, filtro anaeróbico e cloração, operadas pela concessionária. O lançamento do efluente
tratado ocorre no corpo receptor adjacente à da área estação.
O Residencial São José possui redes coletoras e tratamento por dois sistemas fossa séptica, filtro
anaeróbico e cloração não operados pela concessionária.
Tabela 5.2.1
Unidades de tratamento existentes
Categoria ETE Tecnologia Empregada
Dom Aquino Lodos ativados
Lodos ativados
Pq. Cuiabá Lodos ativados (não operacional)
Lagoa
Lagoa facultativa aerada + lagoa maturação
Facultativa + Encantada
Maturação Morada do
Lagoa facultativa + lagoa maturação
Ouro
Três Barras Biodigestor
Biodigestores
UFMT Biodigestores + filtros anaeróbios
Tijucal UASB + lagoa anaeróbica + facultativa + maturação
São Carlos /
UASB + UASB + lagoa anaeróbica + facultativa + maturação
Santa Inês
facultativa
UASB + filtro anaeróbio + lagoa anaeróbica +
Vila Real
facultativa + maturação
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A ETE Dom Aquino foi inaugurada em março de 1990, possui tecnologia de lodos ativados por
aeração prolongada e capacidade de tratamento de projeto de 540 l/s.
Está localizada na proximidade do rio Cuiabá, tendo como corpo receptor o córrego Ana Poupina
(classe 2), já nas proximidades de sua foz com o rio Cuiabá.
Segundo o PDE/2012, ao lado do tanque de aeração existente há uma base de concreto do segundo
módulo, inacabado. Do mesmo modo, o terceiro módulo de decantação também se encontra não
finalizado.
281 / 368
Caixa de chegada;
Calha Parshall;
Duas grades cremalheiras de cerca 15 mm de abertura (Degrémont e Aquamec);
Duas caixas de remoção de areia;
Um tanque de aeração com 10 aeradores superficiais; e
Dois decantadores circulares.
O PDE/2012 fez algumas verificações de dimensionamento para a vazão de projeto dessa unidade,
tais como:
O corpo receptor do efluente tratado é o Córrego Ana Poupina (classificado como classe 2).
Essa unidade de tratamento encontra-se desativada devido à sua localização, que é suscetível a
inundações, tendo sido transformada em uma EEE.
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A ETE Lagoa Encantada foi inaugurada em 1986, possui tratamento por lagoa facultativa seguida
de duas lagoas de maturação, com capacidade de tratamento de projeto é 104 l/s (vazão média
diária).
A retirada do lodo nas lagoas foi feita apenas uma vez, em 2005, e disposto na própria área da ETE.
O corpo receptor utilizado é o córrego Caju, que possui enquadramento como classe 4 (entre o
lançamento da ETE e a sua foz no córrego Gumitá) segundo Portaria nº 203/2011 da Secretaria
Estadual de Meio Ambiente, publicada no Diário Oficial do dia 1/9/2011.
O PDE/2012 fez algumas verificações de dimensionamento para a vazão de projeto dessa unidade,
chegando às seguintes conclusões:
A ETE Morada do Ouro possui capacidade de tratamento de projeto de 25,4 l/s (vazão média diária)
e foi inaugurada na década de 80.
O seu tratamento é composto por duas lagoas facultativas e quatro lagoas de maturação, formando
dois módulos independentes cada um com uma lagoa facultativa e duas lagoas de maturação.
Existe ainda duas caixas de areia e calha Parshall.
O corpo receptor utilizado é o córrego Gumitá, classificado como classe 4 entre o lançamento da
ETE Morada do Ouro e sua foz no córrego do Moinho.
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A ETE Três Barras foi inaugurada em 2003, possui capacidade de tratamento de projeto de 12 l/s e
tratamento por biodigestor e está atualmente desativada.
O corpo receptor utilizado é o córrego Três Barras, classificado como classe 2. Essa unidade está
localizada na mesma área das ETEs Jardim Paraná e Nova Canaã.
A ETE Três Barras possui sistema de tratamento por biodigestor com vazão média diária de projeto
de 12 L/s. Toda a unidade está fora de operação há mais de 6 meses.
Essa unidade possui tratamento preliminar (grade e duas caixas de areia), estação elevatória de
esgoto e o biodigestor.
A ETE UFMT está localizada na própria universidade, foi construída em 1985 e possui capacidade
de tratamento de projeto de 12 l/s.
O sistema de tratamento é composto de duas séries em paralelo formadas, cada uma, por um
biodigestor, três filtros anaeróbicos e três leitos de secagem.
A ETE Tijucal possui tratamento por Reator Anaeróbico de Fluxo Ascendente (UASB) seguido por
duas lagoas facultativas e uma lagoa de maturação. A impermeabilização das lagoas foi feita
somente com argila.
O corpo receptor utilizado é o Córrego Imbaúva (afluente do rio Coxipó), classificado como classe
2.
O reator UASB existente possui capacidade de tratamento de projeto de 50 l/s (vazão média diária).
Na parte superior do UASB existe um sistema preliminar com duas grades de limpeza manual e
duas caixas de remoção de areia e material flotado.
A ETE São Carlos/Santa Inês possui tratamento por um reator UASB seguido de uma lagoa
anaeróbica, uma lagoa facultativa e uma lagoa de maturação. O reator UASB apresenta capacidade
de tratamento de projeto de 40 l/s e as lagoas de estabilização de 13 l/s (para vazões médias
diárias).
Na parte superior do reator UASB existe um tratamento preliminar com duas grades, duas caixas
de areia e uma calha Parshall.
O corpo receptor utilizado é rio Carumbé, classificado como classe 2, sendo afluente do córrego do
Moinho.
A ETE Vila Real possui capacidade de tratamento de projeto de 6 l/s (vazão média diária), sendo
composta por um sistema fornecido pela empresa Flipper seguido de lagoas de estabilização (lagoa
anaeróbica, facultativa e de maturação).
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Os lodos das lagoas facultativas e de maturação nunca foram extraídos e a impermeabilização das
três lagoas foi feita apenas com argila compactada.
Nesse item foram agrupadas 10 ETEs que possuem o mesmo tipo de tratamento, com unidades
fornecidas pela empresa Sanevix/Aquavix, a saber:
Tabela 5.2.10.1
ETEs com tratamento UASB seguido de FBAS
Capacidade
Ano de de
ETE Tipo de Tratamento
Inauguração Tratamento
(l/s)
ETE Florais 2011 30 UASB+FBAS (com retorno de lodo)+DS+UV
ETE Buritis 2010 16 UASB+FBAS (com retorno de lodo)+DS+Cloração
ETE Nova Canaã 2011 11 UASB+FBAS (com retorno de lodo)+DS+UV
ETE Ilza Piccoli 2009 11 UASB+FBAS+DS+Cloração
ETE Maria de Lourdes 2007 7 UASB+FBAS+UV (sem decantador)
ETE Altos do São Gonçalo 2011 5 UASB+FBAS (com retorno de lodo)+DS+UV
ETE Torres 2009 5 UASB+FBAS+DS+UV
ETE Ribeirão Baú 2008 3 UASB+FBAS+DS+UV
ETE Jardim Paraná 2007 2 UASB+FBAS +DS+UV
ETE Sucuri 2005 2 UASB+FBAS+DS+UV
Fonte: PDE/2012.
Essas 10 unidades possuem tratamento preliminar (grade seguida de caixas de areia, calha Parshall
e caixa de gordura), reatores UASB, filtros biológicos aerados submersos, decantador secundário
lamelar (DS) e desinfecção por irradiação UV ou cloração por pastilha.
286 / 368
O dimensionamento dos reatores UASB não está de acordo com a norma ABNT NBR
12.209/2011 e nem com os valores adotados em literatura;
Tempos de detenção reduzidos e cargas aplicadas elevadas de matéria orgânica e
nitrogênio por área específica do meio suporte nos FBAS; e
Taxa de aplicação extremamente elevada nos decantadores secundários.
Todos os corpos receptores dessas unidades são classificados como classe 2, não havendo
nenhum estudo de autodepuração para determinação dos parâmetros de lançamento do efluente
tratado.
A ETE Jardim Universitário possui sistema de tratamento por reator UASB seguido de lodos
ativados, com capacidade de tratamento de projeto de 5 l/s (vazão média diária).
O reator UASB opera desde 2010 e foi dimensionado para 25 l/s. Toda a vazão da ETE
primeiramente passa pelo reator UASB para depois prosseguir ao tratamento secundário por lodos
ativados. Na parte superior do reator UASB existe um tratamento preliminar com duas grades, duas
caixas de areia e uma calha Parshall.
A ETE Topázio foi inaugurada em setembro de 2007 e possui capacidade de projeto de 3 l/s.
287 / 368
A ETE Residencial Esperança possui tratamento biológico igual ao da ETE Topázio, inclusive do
mesma empresa fabricante. A sua capacidade de tratamento é de 1 l/s e atende ao conjunto
residencial de mesmo nome.
A ETE Cohab Nova possui sistema de tratamento por tanque Imhoff, inaugurado na década de 70,
com capacidade de tratamento de projeto de 5,42 l/s, atendendo somente ao bairro COHAB Nova.
O corpo receptor utilizado é um córrego vizinho à ETE, afluente do rio Cuiabá, classificado como
classe 2.
O sistema de tratamento possui uma caixa de areia, tanque Imhoff e tanque de contato para
desinfecção.
A ETE Coophema possui sistema de tratamento por tanque Imhoff, inaugurado na década de 80,
com capacidade de tratamento de projeto de 4,5 l/s, atendendo parte do bairro Coophema.
O corpo receptor utilizado é o Rio Coxipó, classificado como classe 3 segundo Portaria n° 203/2011.
Essa unidade não possui tratamento preliminar, tampouco tanque de contato ou desinfecção.
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A ETE Coophamil possui sistema de tratamento por tanque Imhoff e está desativada.
São dois sistemas de tratamento por tanques Imhoff que também estão desativados.
Além das unidades listadas anteriormente, existem ainda diversos sistemas tratamento por fossas
sépticas seguidas de filtros anaeróbicos e desinfecção por cloro em pastilha. Entre esses sistemas,
27 são atualmente operados pela concessionária, a saber:
Os sistemas fossa, filtro anaeróbico e cloração dispõem o efluente tratado em corpos receptores
contíguos às unidades ou nas galerias de água pluvial, que são administradas pela Prefeitura.
A evolução do número de ligações e economias de esgoto está apresentada a seguir, assim como
as projeções realizadas pelo PMSB, edital e proposta.
Tabela 5.3.1
Comparativo ligações e economias de esgoto
PMSB / Edital /
Realizado
Ano Proposta
Economias Ligações Economias Ligações
1 2012 76.901 63.152 71.906 58.687
2 2013 76.901 63.985 76.337 60.891
3 2014 77.916 69.546 84.051 65.726
4 2015 84.687 83.119 91.427 68.605
5 2016 101.215 97.038 97.270 72.017
6 2017 118.165 111.310 108.144 74.582
290 / 368
Na Tabela 5.4.1 constam alguns dados de volumes operacionais no período de 2012 a 2016.
Destacam-se algumas importante definições dos volumes apresentados na Tabela 5.4.1, conforme
segue:
Tabela 5.4.1
Volumes operacionais
Descrição 2012 2013 2014 2015 2016
ES005 - Volume de esgotos coletado (1.000 m³/ano) 7.800 11.915 12.648 13.676 19.470
ES006 - Volume de esgotos tratado (1.000 m³/ano) 0 8.767 8.744 9.276 11.514
ES007 - Volume de esgotos faturado (1.000 m³/ano) 7.800 11.915 12.648 13.676 13.146
% de tratamento de esgoto (ES006 / ES005) 0,0 73,6 69,1 67,8 59,1
Através da análise da Tabela 5.4.1, pode-se notar que o volume faturado não teve incremento
proporcional ao aumento dos volumes coletado e tratado. Outra constatação é quanto à
porcentagem do volume de esgoto tratado em relação ao volume de esgoto coletado, que
apresentou queda entre 2013 e 2016, mostrando também que não há tratamento da totalidade do
esgoto coletado.
A qualidade do esgoto tratado deve atender à Resolução Conama nº 357, de 17 de março de 2005
(que dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu
enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá
outras providências), assim como deve atender à Resolução Conama nº 430, de 13 de maio de
291 / 368
A qualidade do esgoto tratado deve atender algumas resoluções, conforme já citado anteriormente,
que estabelecem diversos parâmetros a serem analisados. Percebe-se, no entanto, que o IQE
considera apenas o parâmetro DBO.
No relatório final de indicadores e metas citado anteriormente, foi realizada uma comparação entre
o IQE realizado e a meta contratual, resultando na Tabela 5.5.1, onde pode-se notar melhora nos
valores em alguns sistemas.
A meta contratual é um balizador. No entanto, a legislação referente ao assunto deve ser atendida
e, por este motivo, os números apresentados desse índice, confirmando grande porcentagem de
valores de DBO fora do padrão, são preocupantes.
Tabela 5.5.1
Comparativo IQE
Meta
Realizado (%)
Índice (%)
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 5
IQE - Sistema Dom Aquino 60,40 87,76 94,30 76,90 85,00 80
IQE - Sistema Tijucal 81,25 80,00 83,60 79,70 96,70 80
IQE - Sistema Pq. Cuiabá 78,02 81,60 82,70 80,10 82,30 80
IQE - Sistema CPA (Lagoa Encantada) 88,71 96,80 89,00 82,60 88,30 80
IQE - Sistema Ribeirão do Lipa 78,35 83,50 85,20 83,60 82,70 80
Fonte: relatório final de indicadores e metas
292 / 368
Valem aqui as informações registradas no item 4.9 anterior, relativa aos projetos existentes de água
e esgoto. Com relação as obras emergenciais pactuadas por ocasião do encerramento da fase de
transição da intervenção, os investimentos emergenciais nos sistemas de esgoto, totalizando-se
R$ 112 milhões, foram planejados conforme destacado a seguir:
O sistema de esgoto está disponível para pouco mais da metade da população urbana, conforme
demonstrado nos indicadores de nível de atendimento. Apesar do avanço nos últimos anos, os
níveis de atendimento ainda continuam abaixo dos previstos contratualmente em 3 dos 5 sistemas
considerados nos indicadores atuais da concessionária.
293 / 368
A população urbana não atendida pelo sistema público e a área rural possuem sistemas individuais
de tratamento, principalmente por fossas sépticas ou rudimentares, as quais necessitam de
constante manutenção, e convivem, algumas vezes, com esgoto lançado a céu aberto.
O tratamento de esgoto é realizado por diversas unidades, com variadas tecnologias e capacidades
de tratamento. Quanto à qualidade do tratamento realizado nessas unidades, mesmo considerando
apenas o parâmetro DBO, que é utilizado no indicador definido no edital de concessão e utilizado
pela concessionária, percebe-se ainda uma elevada quantidade de amostras fora do padrão,
mostrando que o tratamento nem sempre tem sido eficiente.
294 / 368
O Edital de Concorrência Pública 014/2011 define que a remuneração dos serviços da concessão
será realizada por meio da cobrança de tarifas aos usuários pela prestação dos serviços de água e
esgoto conforme estrutura tarifária e tabela de serviços complementares, detalhadas no Anexo II
do Edital.
295 / 368
Item 165 - Considerar-se-á como data-base para efeito de cálculo dos REAJUSTES
o mês de maio de 2011, mês do último reajuste da tarifa conforme Decreto Municipal
nº 5.028 de 09 de maio de 2011.
Observa-se neste último item que não houve ainda revisão contratual ordinária até a presente data.
A Tabela 1 – Estrutura Tarifária prevista no Anexo II do Edital está apresentada no Quadro 6.1.1, a
seguir, com fator “k” igual a 1, sendo, portanto, esta é a estrutura tarifária original da concessão.
296 / 368
Considerando que a proposta vencedora da licitação apresentou o valor de 0,995 para o fator “k”, e
ainda que a estrutura tarifária anterior definiu como 90 % a relação entre a Tarifa Referencial de
Esgoto (TRE) e a Tarifa Referencial de Água (TRA), a tabela tarifária inicial da concessão está
apresentada no Quadro 6.1.2 adiante.
Quadro 6.1.2
Tabela Tarifária Inicial
Categoria Tipo Consumo (m³/mês) Água (R$/m³) Esgoto (R$/m³)
1 Residencial Social Até 10 0,99 0,89
Até 10 1,98 1,78
10,1 a 20 2,42 2,18
2 Residencial 20,1 a 30 4,04 3,64
30,1 a 50 4,94 4,44
> 50,1 6,54 5,88
Até 10 3,06 2,76
3 Comercial
>10,1 4,63 4,16
4 Industrial Até 10 3,60 3,24
297 / 368
Onde:
IR = Índice de Reajuste;
P1, P2, P3 e P4 = São fatores de ponderação a serem aplicados sobre os índices usados na fórmula.
A somatória dos fatores de ponderação deve ser igual a 1 e correspondem aos valores propostos
pela licitante vencedora, em sua proposta.
Ai: é o índice "ICC - Mão de Obra - índice de mão de obra (coluna 56) publicado pela Fundação
Getulio Vargas - FGV", correspondente ao quarto mês anterior da data do reajuste tarifário;
Ao: é o mesmo índice acima, correspondente ao quarto mês anterior à data base definida nesta
cláusula;
Bi: é o valor da tarifa de energia elétrica referente ao "Grupo A - Convencional, Subgrupo A4 (2,3
kv a 25kv)", valor de consumo em mWh, praticada pela Concessionária local, correspondente ao
quarto mês anterior da data do reajuste tarifário;
Bo: é o mesmo índice acima, correspondente ao quarto mês anterior à data base definida nesta
cláusula;
Ci: é o índice "IPA- Origem - OG-DI - Produtos Industriais - Indústria de Transformação - Produtos
Químicos (1006820)", correspondente ao quarto mês anterior da data do reajuste tarifário;
Co: é o mesmo índice acima, correspondente ao quarto mês anterior à data base definida nesta
cláusula;
Di: é o índice "INCC - Índice Nacional do Custo da Construção, coluna IA da Revista Conjuntura
Econômica da Fundação Getulio Vargas", correspondente ao quarto mês anterior da data do
reajuste tarifário;
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A partir de maio de 2016, a FGV extinguiu a sequência do Índice de Preço por Atacado -
IPA para produtos químicos, tendo sido necessária, da mesma forma a sua substituição
por outra série representativa do setor.
O início da concessão deu-se a partir de maio de 2012, sendo assim, o primeiro reajuste contratual
ocorreu no ano de 2013.
299 / 368
A atual tabela tarifária da concessionária disponível no seu sitio eletrônico, encontra-se transcrita
na Tabela 6.4.1.
Tabela 6.4.1
Atual tabela tarifária da concessionária
Tarifa
Consumo
Tipo Água Esgoto
(m³/mês)
(R$/m³) (%)
Residencial / social 0 a 10 1,55 90
0 a 10 3,11 90
10,1 a 20 3,81 90
Residencial 20,1 a 30 6,37 90
30,1 a 50 7,79 90
> 50 10,31 90
0 a 10 4,84 90
Comercial
> 10 7,31 90
0 a 10 5,68 90
Industrial
> 10 8,43 90
0 a 10 6,08 90
Pública
> 10 9,96 90
Fonte: Concessionária, 2017.
Nesse contexto, merece registro a existência de ações judiciais individuais e coletivas questionando
a cobrança do valor de 90 % da taxa de esgoto, tendo havido inclusive manifestação do Ministério
Público, interpretando à luz do Regulamento de Serviços da Concessão, que o valor da cobrança
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Conforme já mencionado no item 2.2 do presente relatório, a Lei Complementar nº 252 de 9/9/2011,
que autorizou o Município de Cuiabá a conceder os serviços de abastecimento de água e de
esgotamento sanitário também criou a Agência Municipal de Água e Esgotamento Sanitário do
Município de Cuiabá - AMAES (Art.7º.). Ressalta-se que em 2012, a AMAES assina o contrato de
concessão firmado entre Município e a Concessionária, na condição de interveniente anuente.
Já no ano de 2015, através da Lei Complementar nº 374 de 31/3/2015 foi criada a ARSEC que
substitui a AMAES e passa a ter as atribuições de regular, normatizar, controlar e fiscalizar os
serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário de Cuiabá.
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Para cada um dos indicadores de evolução a serem monitorados de água e esgoto, o PMSB –
Cuiabá apresentou um cronograma que a concessão deve se vincular, inclusive em virtude do
PMSB ser parte integrante do Edital na forma de Anexo, e consequentemente do contrato.
Como forma de monitoramento da evolução dos serviços a AMAES/ARSEC, vem se servindo além
dos indicadores mencionados no PMSB as informações e indicadores disponibilizados
periodicamente através do Sistema Nacional de Informações de Saneamento – SNIS.
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Considerando-se que o início do contrato de concessão, deu-se em maio de 2012, o ITA apresenta
sempre os dados anualizados do contrato de concessão (maio ano anterior a abril do ano corrente).
Além dos indicadores para as metas quantitativas e qualitativas mencionados anteriormente, o ITA
apresenta:
3. Recursos Humanos
3.1 Número total de Empregados
3.1.1 Número de Empregados Operacionais
3.1.2 Número de Empregados Comerciais
3.1.3 Número de Empregados Administrativos
Insumos de Água
1. Energia
1.1 Consumo do insumo - kWh
1.2 Custo do insumo - R$
1.3 Relação entre custo por consumo - R$/kWh
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Insumos de Esgoto
1. Energia
1.1 Consumo do insumo - kWh
1.2 Custo do insumo - R$
1.3 Relação entre custo por consumo - R$/kWh
1.4 Relação entre consumo e volume tratado de esgoto - kWh/m³
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Nas reuniões técnicas realizadas entre a equipe da FGV e a ARSEC, no processo da presente
revisão do PMSB, ficou evidenciado o desejo e a vontade do regulador dos serviços quanto ao
estabelecimento e reestruturação dos parâmetros a serem monitorados, tanto em aspectos do
alcance dos mesmos, quanto a forma e segregação de algumas informações. Este tópico será
contemplado em relatório posterior da presente revisão. A ARSEC já produziu e divulgou Notas
Técnicas e Instruções Normativas, objetivando o aperfeiçoamento da atividade regulatória,
entretanto o consenso e avaliação geral indica que também a ARSEC, deva buscar um programa
de atualização e aperfeiçoamento dos seus instrumentos regulatórios.
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Ficou evidenciado na reunião realizada entre FGV, ARSEC e Águas Cuiabá, que a partir da
retomada dos serviços pela concessionária, após a intervenção, os novos acionistas tem assumido
uma postura bem diferente e positiva no sentido da transparência e participação do Poder
Concedente nas decisões estratégicas dos sistemas de água e esgoto.
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A ARSEC disponibilizou a equipe da FGV dois arquivos em meio magnético, produzidos pelo
SINDUSCON, ambos anteriores ao processo de intervenção deflagrado em 2016, intitulados:
Parecer jurídico sobre a concessão dos serviços de água e esgoto de Cuiabá, de autoria
ao escritório Meire da Costa Marques Advogados Associados, com auxílio da Doutora em
Saúde Pública Wildce da Graça Araújo Costa.
A preocupação maior é ver resolvida a questão quanto a responsabilidade pela implantação das
unidades de tratamento, reservação e elevatórias de água e de esgoto, pois via de regra, os
empreendedores têm sido condicionados a realizar investimentos que na opinião dos mesmos estão
sobre a responsabilidade da concessão. Essa situação tem levada a uma grande instabilidade no
setor, chegando até mesmo a inviabilizar lançamentos imobiliários (segundo o SINDUSCON).
A pretensão final é que as regras sejam claras e fiquem estabelecidas pelo Poder Concedente e
ente regulador, através de instruções normativas ou qualquer outro instrumento de forma a exigir
da concessionária o cumprimento do PMSB, do Edital e do Contrato de Concessão.
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A ARSEC vem realizando, anualmente, uma pesquisa de opinião sobre a prestação dos serviços
públicos delegados de abastecimento de água e esgotamento sanitário no município de Cuiabá e
seus distritos. A última coleta de dados ocorreu entre os dias 07 e 31 de agosto de 2017 em 2.580
residências, através de entrevistas domiciliares presenciais.
Para a coleta de dados foram utilizados questionários contendo questões sobre o fornecimento de
água, a qualidade da água, a conta de água, o esgoto, sobre a concessionária de água e esgoto,
além do perfil socioeconômico do entrevistado.
A seguir constam alguns resultados dessa pesquisa, considerados mais relevantes, sendo que a
totalidade dos resultados se encontra disponível no endereço eletrônico da ARSEC.
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Quanto à existência de rede coletora, 58,26% dos entrevistados afirmaram que está
implantada em sua rua;
Quanto à existência de fossas, 59,5% dos entrevistados afirmou possuir em sua
residência. Outra informação relevante é que 32,57% das residências que possuem fossa
nunca limparam esse dispositivo; e
Quanto à existência de esgoto a céu aberto, 89,92% dos entrevistados respondeu que
não existe na sua rua. O sistema Coophema foi o que apresentou maior índice de
existência de esgoto a céu aberto (17,76% dos entrevistados).
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Gráfico 7.5.2.1
Incidência de reclamações dos usuários
Quanto aos serviços prestados pela Concessionária, 38,68% dos entrevistados afirmou
que os serviços melhoraram no último ano, enquanto que 12,33% tem a opinião que
esses pioraram (o restante, 48,99% afirmou ser indiferente).
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A pesquisa de opinião também fez alguns questionamentos quanto à ARSEC. A seguir constam
alguns resultados:
Quanto aos bens afetos à Concessão, após a assinatura do Contrato entre o Município e a CAB
Cuiabá S/A e a correspondente emissão da Ordem de Serviço da Concessão em 16/4/2012, e
posterior assunção, a Concessionária tornou-se responsável pela prestação desses serviços,
utilizando as estruturas existentes necessárias ao pleno funcionamento dos sistemas, a saber, os
bens afetos à Concessão.
A partir de 2012, para que fossem listados e caracterizados os bens que foram efetivamente
repassados pelo Município à Concessionária, foi elaborado pela empresa Encop Engenharia Ltda
(contratada pela CAB Cuiabá), diversos relatórios de bens existentes afetos à Concessão, concluído
em fevereiro de 2013, conforme seguem:
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Foi assinado ainda um termo de recebimento dos bens afetos à Concessão do sistema de
abastecimento de água e esgotamento sanitário de Cuiabá, em 22 de dezembro de 2014, pela
Concessionária, o município de Cuiabá e a então agência reguladora (AMAES).
Para que esse Termo de Recebimento fosse assinado, todos os relatórios anteriormente elencados
foram apresentados e a AMAES, após avaliação, se manifestou favorável ao seu conteúdo.
No entanto, constavam na relação dos bens afetos os bens ativos e também os que estavam
inativos. Em 30 de junho de 2017 a Concessionária enviou ofício à Prefeitura Municipal contendo
uma lista de devolução de bens inservíveis à concessão, bens esses que, após análise da
Concessionária, foram considerados desnecessários à prestação dos serviços.
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A análise da evolução dos sistemas e serviços de água e esgoto do município de Cuiabá, além
das informações e indicadores presentes no PMSB – Cuiabá 2011 (ITA/ITM) e acompanhados pela
AMAES e ARSEC no período, podem ser verificados e acompanhados através do Sistema Nacional
de Informações de Saneamento - SNIS, divulgadas pelo Ministério das Cidades do Governo Federal
para o período 2012 a 2016. A conceituação básica na formulação dos indicadores são bastante
próximas, diferenciando-se entretanto quanto ao período, pois o SNIS coincide com o ano
calendário fiscal e o ITA se refere ao ano concessão (maio a abril).
A apuração dos indicadores de cobertura (população atendida) com água e esgoto, envolve as
seguintes informações e indicadores do SNIS:
Tabela 8.1.1
Atendimento com Água e Esgoto (SNIS 2012 a 2016)
Informação / Indicador Unidade 2012 2013 2014 2015 2016
G06A habitantes 550.854 559.196 564.741 569.657 574.444
G06B habitantes 550.854 559.196 564.741 569.657 574.444
AG026 habitantes 535.405 530.095 564.741 569.657 574.444
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Gráfico 8.1.1
Atendimento com Água e Esgoto (SNIS 2012 a 2016)
Elaboração: FGV.
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Tabela 8.2.1
Ligações e Economias - Água e Esgoto (SNIS 2012 a 2016)
Informação / Indicador Unidade 2012 2013 2014 2015 2016
AG002 Ligações 134.655 138.645 148.010 153.420 180.271
AG003 Economias 175.973 187.750 203.422 217.210 254.260
IN001 Econ/lig 1,30 1,33 1,36 1,40 1,41
ES002 Ligações 58.687 60.891 65.726 68.605 72.017
ES003 Economias 71.906 76.337 84.051 91.427 97.270
Eco/Lig - Esg Econ/lig 1,23 1,25 1,28 1,33 1,35
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Tabela 8.3.1
Recursos Humanos e Produtividade (SNIS 2012 a 2016)
Informação Unidade 2012 2013 2014 2015 2016
FN026 Empregados 519 636 753 636 684
IN018 Empregados 796 739 1.015 879 1.002
IN002 Econ/emp 387 443 397 429 500
IN008 R$/empreg 30.302 47.905 36.591 41.323 46.826
IN019 Econ/Pessoal 317 347 272 339 329
IN045 Empreg/1000 lig 4,68 4,23 4,85 4,61 3,96
IN102 Lig/empreg 247 266 203 248 237
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O índice de produtividade de pessoal total dos sistemas de Cuiabá para o ano 2016 foi de 237
ligações/empregados. Nota-se uma piora em relação à 2015, no entanto apresenta certa constância
em relação ao apresentado em 2012. Em relação à média nacional, o número apresentado em 2015
é muito próximo quando se considera os operadores de serviços locais de direito privado que foi de
269,1 para o Brasil e 265,4 para a Região Centro Oeste.
Tabela 8.4.1
Faturamento, Arrecadação, Evasão (SNIS 2012 a 2016)
SNIS Unidade 2012 2013 2014 2015 2016
FN002 R$/ano 61.534.794,00 98.639.287,00 118.455.498,00 133.689.575,00 151.432.379,00
FN003 R$/ano 15.772.515,00 23.849.289,00 30.159.798,00 37.874.230,00 47.203.785,00
FN001 R$/ano 77.307.309,00 122.488.577,00 148.615.296,00 171.563.805,00 198.636.164,00
FN004 R$/ano 21.975.622,00 49.964.418,00 3.630.306,00 10.354.157,00 23.243.098,00
FN005 R$/ano 99.282.931,00 172.452.995,00 152.245.602,00 181.917.962,00 221.879.262,00
FN006 R$/ano 51.346.820,00 94.515.362,00 124.739.731,00 151.804.678,00 179.798.535,00
IN028 % 36,32 37,05 38,41 41,91 42,91
IN029 % 48,28 45,19 18,07 16,55 18,97
IN004 R$/m³ 2,57 2,59 2,98 3,23 3,79
IN005 R$/m³ 2,76 2,79 3,18 3,38 3,86
IN006 R$/m³ 2,02 2 2,38 2,77 3,59
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A partir dos dados do SNIS, verifica-se que houve no período (considerar que o ano de 2012, os
resultados computados referem-se apenas a 8 meses, podendo distorcer a análise de alguns
resultados):
A partir dos dados do SNIS, verifica-se que houve a seguinte totalização de receitas (2012 a 2016)
realizados a partir de informações fornecidas pela Concessionária:
FN002 = R$ 563.751.533,00;
FN003 = R$ 154.859.617,00;
FN001 = R$ 718.611.151,00;
FN004 = R$ 109.167.601,00;
FN005 = R$ 827.778.752,00; e
FN006 = R$ 602.205.126,00.
Registra-se a existência das Leis Municipais nº 4.502, de 30/12/2003 e 5.121, de 4/7/2008, que
isentam de pagamento referente ao consumo de água, os mini estádios de futebol municipais e as
igrejas e creches sem fins lucrativos, respectivamente, sendo que por ocasião da promulgação da
Lei a referência foi feita à AMSS e Sanecap, respectivas operadoras da oportunidade.
De acordo com informações obtidas junto à Concessionária, para o mês de referência de janeiro de
2018, e verificou-se que a isenção para as igrejas e creches, atingia os seguintes números de
ligações e benefícios por faixa de consumo:
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Tabela 8.5.1
Despesas com os Serviços (SNIS 2012 a 2016)
SNIS Unidade 2012 2013 2014 2015 2016
FN010 R$/ano 19.787.259,00 27.665.299,00 25.412.274,00 28.698.823,00 30.905.362,00
FN011 R$/ano 1.824.965,00 3.913.873,00 3.398.534,00 3.193.830,00 1.906.670,00
FN013 R$/ano 16.799.591,00 21.317.875,00 22.748.781,00 29.394.998,00 32.087.815,00
FN014 R$/ano 4.347.546,00 7.718.192,00 11.744.089,00 7.634.836,00 16.029.947,00
FN027 R$/ano 10.074.512,00 3.817.065,00 21.447.283,00 20.111.325,00 0,00
FN021 R$/ano 7.318.127,00 10.985.834,00 13.221.500,00 17.575.009,00 19.178.954,00
FN015 R$/ano 60.152.000,00 75.418.138,00 97.972.461,00 106.608.820,00 100.108.747,00
FN016 R$/ano 10.552.892,00 22.722.813,00 49.230.539,00 58.885.690,00 68.599.617,00
FN028 R$/ano 16.865.679,00 78.179.741,00 5.118.622,00 11.265.615,00 0,00
FN017 R$/ano 87.452.000,00 184.889.590,00 177.716.348,00 209.718.028,00 224.471.379,00
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A partir dos dados do SNIS, verifica-se que houve no período (considerar que o ano de 2012, os
resultados computados referem-se apenas a oito meses, podendo distorcer a análise de alguns
resultados):
A partir dos dados do SNIS, verifica-se que houve a seguinte totalização de despesas (2012 a 2016)
realizados a partir de informações fornecidas pela concessionária:
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AG028 - Consumo total de energia elétrica nos sistemas de água (1.000 kWh/ano);
ES028 - Consumo total de energia elétrica nos sistemas de esgotos (1.000 kWh/ano);
IN058 - Índice de consumo de energia elétrica em sistemas de abastecimento de água
(kWh/m³);
IN059 - Índice de consumo de energia elétrica em sistemas de esgotamento sanitário
(kWh/m³); e
IN060 - Índice de despesas por consumo de energia elétrica nos sistemas de água e
esgotos (R$/kWh).
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Gráfico 8.6.1
Energia Elétrica (SNIS 2012 a 2016)
A partir dos dados do SNIS, verifica-se que houve no período (considerar que o ano de 2012, os
resultados computados referem-se apenas a oito meses, podendo distorcer a análise de alguns
resultados):
Tabela 8.7.1
Investimentos Realizados (SNIS 2012 a 2016)
SNIS Unidade 2012 2013 2014 2015 2016
FN023 R$/ano 7.712.972 22.774.000 66.193.852 50.518.954 38.785.210
FN024 R$/ano 105.742 9.524.000 10.502.356 1.836.456 1.503.916
FN025 R$/ano 181.648.286 45.770.279 22.354.272 9.793.048 3.538.932
FN030 R$/ano 7.216.994 78.068.279 11.886.058 62.148.457 43.828.058
FN031 R$/ano 182.250.006 0 87.164.422 0 0
FN033 R$/ano 189.467.000 78.068.279 99.050.480 62.148.457 43.828.058
A partir dos dados do SNIS, verifica-se que houve a seguinte totalização de investimentos (2012 a
2016) realizados a partir de informações fornecidas pela concessionária:
FN023 = R$ 185.984.988,00;
FN024 = R$ 23.472.470,00;
FN025 = R$ 263.104.817,00;
FN030 = R$ 203.147.846,00;
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Observa-se que foi computado como investimento realizado no SNIS, os valores de outorga pagos
pela concessionária.
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Tabela 9.1
Demonstrações de resultado – CAB Cuiabá S/A
Demonstrações de resultado
(em milhares de Reais) * 2017 até 30 de junho
2012 2013 2014 2015 2016 2017*
Receita operacional líquida 136.466 161.467 207.350 202.029 202.191 109.270
Custo dos serviços prestados (96.991) (107.697 (144.11 (138.678) (156.240) (68.393)
Lucro bruto 39.475 53.770) 8)
63.232 63.351 45.951 40.877
Despesas operacionais (34.591) (53.265) (51.247) (50.541) (60.584) (19.788)
Comerciais (8.991) (19.556) (19.012) (18.683) (23.261) (4.805)
Administrativas e gerais (25.600) (33.811) (32.257) (31.689) (37.358) (15.003)
Outras receitas (despesas) líquidas - 102 22 (169) 35 20
Resultado antes do resultado financeiro e
impostos
4.884 505 11.985 12.810 (14.633) 21.089
Receitas financeiras 5.093 3.423 5.333 7.537 6.306 2.805
Despesas financeiras (10.553) (22.723) (45.742) (59.288) (69.176) (33.594)
Resultado financeiro líquido (5.460) (19.300) (40.409) (51.751) (62.870) (30.789)
Resultado antes dos impostos (576) (18.795) (28.424) (38.941) (77.503) (9.700)
Imposto de renda e contribuição social 135 6.358 9.477 12.988 26.292 3.288
diferidos do exercício
Resultado (441) (12.437) (18.947) (25.953) (51.211) (6.412)
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Passivo
Circulante
Fornecedores e outras contas a pagar 12.965 17.811 40.187 29.356 41.664 48.246
Empréstimos 182.250 194.434 4.743 15.940 9.866 253.124
Debêntures - - - 3.212 252.080 271.545
Provisões e encargos trabalhistas 2.444 3.382 3.595 3.175 4.822 5.194
Obrigações fiscais 3.699 1.701 494 1.292 1.744 2.110
Total do passivo circulante 201.358 217.328 49.019 52.975 310.176 580.219
Não circulante
Empréstimos e financiamentos 17.000 47.547 203.282 209.572 232.730 1.106
Debêntures - - 183.633 210.902 - -
Provisão para contingências 482 234 1.215 2.338 4.530 5.585
Total do passivo não circulante 17.482 47.781 388.130 422.812 237.260 6.691
Patrimônio líquido
Capital social 7.135 50.035 55.035 55.035 55.035 55.035
Prejuízos acumulados (441) (12.878) (31.825) (57.778) (108.989) (115.401)
Total do patrimônio líquido 6.694 37.157 23.210 (2.743) (53.954) (60.366)
Total do passivo 218.840 265.109 437.149 475.787 547.436 586.910
Total do passivo e do patrimônio líquido 225.534 302.266 460.359 473.044 493.482 526.544
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10.1 Histórico
Em 23 de dezembro de 1997, o então prefeito municipal, Senhor Roberto França Audad, sancionou
a Lei Municipal nº 3.720, que dispõe sobre o regime de concessão de prestação de serviços
públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário no Município de Cuiabá e dá outras
providências.
A partir da promulgação da Lei Municipal nº 3.720/97, o Município de Cuiabá, titular dos serviços
de abastecimento de água e esgotamento sanitário ficou autorizado a proceder a licitação da
prestação destes serviços através de concessão pública.
Observa-se que na referida Lei Municipal autorizativa, não houve a fixação pelo legislativo
municipal do prazo de duração das concessões, deixando a cargo do Poder Concedente, quando
do Edital de Licitações, determinar o prazo de duração do Contrato de Prestação de Serviços de
Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário, conforme previsto no artigo 18 da Lei de
Concessões.
Naquela época, recentemente havia sido sancionada a Lei Federal nº 8.987/1995, que dispõe
sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos previstos no artigo
175 da Constituição Federal e que foi o marco regulador das novas concessões de serviços
públicos.
O Governo Federal, em 5 de janeiro de 2007, sancionou a Lei nº 11.445 que estabelece diretrizes
nacionais para o saneamento básico, a qual restou regulamentada através do Decreto nº 7.217,
publicado em 21 de junho de 2010.
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Na mesma Lei Complementar, o Poder Concedente, retoma a exploração dos serviços públicos de
abastecimento de água e esgotamento sanitário e de resíduos sólidos, que estavam sendo
prestados pela Companhia de Saneamento da Capital – SANECAP, contudo, mantém a referida
prestadora de serviços até a efetiva deliberação sobre a melhor forma de gestão na prestação
destes serviços.
337 / 368
338 / 368
No mesmo texto legal dispôs sobre a organização e funcionamento da ARSEC, bem como, sobre
as demais providências necessárias ao exercício desta nova autarquia municipal, revogando os
artigos 7º a 35 da Lei Complementar nº 252, de 1º de setembro de 2011, que instituiu a AMAES.
No final do ano de 2011, o Prefeito Municipal de Cuiabá lançou o Edital de Concorrência Pública
nº 014/2011, com fundamento no artigo 175 da Constituição Federal; na Lei Federal nº 8.987/1995;
na Lei Federal nº 9.074/1995; na Lei Federal nº 8.666/1993; na Lei Federal nº 11.445/2007, na Lei
Municipal nº 3.720 de 23 de dezembro de 1997 e na Lei Complementar Municipal nº 252, de 1º de
setembro de 2011, para concessão da exploração dos serviços públicos de abastecimento de
água e esgotamento sanitário, que compreendem as atividades, infraestruturas e instalações
necessárias ao abastecimento de água, desde a captação até as ligações prediais e respectivos
instrumentos de medição; e os serviços púbicos de esgotamento sanitário, correspondentes às
atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição
final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no
meio ambiente, incluindo a gestão dos sistemas organizacionais, a comercialização dos produtos e
serviços envolvidos e o atendimento aos usuários.
340 / 368
Conforme previsto no artigo 23 da Lei Federal nº 8.987/1995 (dispõe sobre o regime de concessão
e permissão da prestação de serviços públicos), são cláusulas essenciais do contrato de
concessão as relativas ao objeto, à área e ao prazo da concessão; ao modo, forma e condições
de prestação do serviço; aos critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros definidores da qualidade
do serviço; ao preço do serviço e aos critérios e procedimentos para o reajuste e a revisão das
tarifas; aos direitos, garantias e obrigações do Poder Concedente e da concessionária, inclusive os
relacionados às previsíveis necessidades de futura alteração e expansão do serviço e consequente
modernização, aperfeiçoamento e ampliação dos equipamentos e das instalações; aos direitos e
deveres dos usuários para obtenção e utilização do serviço; à forma de fiscalização das instalações,
dos equipamentos, dos métodos e práticas de execução do serviço, bem como a indicação dos
órgãos competentes para exercê-la; às penalidades contratuais e administrativas a que se sujeita a
concessionária e sua forma de aplicação; aos casos de extinção da concessão; aos bens
reversíveis; aos critérios para o cálculo e a forma de pagamento das indenizações devidas à
concessionária, quando for o caso; às condições para prorrogação do contrato; à obrigatoriedade,
forma e periodicidade da prestação de contas da concessionária ao poder concedente; à exigência
da publicação de demonstrações financeiras periódicas da concessionária; e ao foro e ao modo
amigável de solução das divergências contratuais.
341 / 368
À época, já vigorava a Lei nº 11.445/2007 que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento
básico, e que, em seu artigo 9º, determina ao titular dos serviços o dever de formular a respectiva
política pública de saneamento básico; elaborar os planos de saneamento básico; definir o ente
responsável pela sua regulação e fiscalização, bem como os procedimentos de sua atuação; adotar
parâmetros para a garantia do atendimento essencial à saúde pública; fixar os direitos e os deveres
dos usuários; estabelecer mecanismos de controle social e o sistema de informações sobre os
serviços e intervir e retomar a operação dos serviços delegados, por indicação da entidade
reguladora, nos casos e condições previstos em lei e nos documentos contratuais.
Referida Lei Federal, em seu artigo 11, condiciona a validade dos contratos, que tenham por
objeto a prestação de serviços públicos de saneamento básico, “a existência de plano de
saneamento básico; a existência de estudo comprovando a viabilidade técnica e econômico-
financeira da prestação universal e integral dos serviços, nos termos do respectivo plano de
saneamento básico; a existência de normas de regulação que prevejam os meios para o
cumprimento das diretrizes da lei em comento, observadas as exigências previstas no § 2º do
referido artigo, incluindo ainda, a designação da entidade de regulação e de fiscalização, e por fim,
a realização prévia de audiência e de consulta públicas sobre o edital de licitação, no caso de
concessão, e sobre a minuta do contrato”.
O Decreto nº 7.217/2010, que regulamenta a Lei nº 11.445/2007, em seu artigo 40, determina que
são cláusulas necessárias dos contratos para prestação de serviço de saneamento básico, além
das indispensáveis para atender ao disposto na Lei nº 11.445/2007, as previstas no artigo 55 da Lei
nº 8.666/1993.
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O Extrato do Primeiro Termo Aditivo foi publicado no Diário Oficial nº 25.884, pág. 52, que circulou
na segunda feira, dia 10 de setembro de 2012, dando publicidade ao ato jurídico.
O Primeiro Termo Aditivo não merece reparos, nem maiores considerações por não alterar a
prestação dos serviços e as demais cláusulas do contrato de concessão, que restaram ratificadas
na Cláusula Terceira do Primeiro Termo Aditivo.
Contudo, vale ressaltar que referido aditivo teve origem após uma composição amigável formalizada
através da Ata da Reunião realizada em 13/06/2012, onde estiveram presentes representantes do
município de Cuiabá, da Companhia de Saneamento da Capital – SANECAP e da Companhia de
Águas do Brasil – CAB Cuiabá.
343 / 368
10.6 Da Intervenção
A intervenção foi fundamentada nos artigos 32 a 34 da Lei nº 8.987/95 e no artigo 41, inciso IV da
Lei Orgânica do Município de Cuiabá, e embasada também, no relatório da Comissão Especial de
Auditoria, que apontou indícios de gestão temerária na administração dos recursos da concessão,
sobretudo pela intensa contratação de partes relacionadas.
Foi decisivo para a intervenção pelo Poder Concedente, o risco de continuidade da prestação dos
serviços; o não cumprimento pela concessionária das metas contratuais de produção e de
distribuição; a perda da capacidade de investimento da concessionária em razão da depreciação
dos índices financeiros da companhia e em decorrência da recuperação judicial do seu controlador;
a inadequação do serviços de tratamento de água evidenciado pelo não atendimento de índice de
qualidade prevista no contrato de concessão; o descumprimento de várias metas contratuais, que
resultaram em diversas notificações e autos de infrações, ensejando a aplicação de multas; a
urgência de adoção de medidas concretas para evitar desabastecimento e garantir a melhora
progressiva dos indicadores de qualidade da água; a existência de indícios de fraudes em contratos
firmados pela CAB CUIABÁ com fornecedores, além de outros motivos justos para instauração de
processo de intervenção.
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Ainda, no Decreto de Intervenção, o Poder Concedente determinou por força do disposto no caput
do artigo 33 da Lei nº 8.987/1995, a instauração de processo administrativo destinado à
comprovação das causas determinantes da intervenção, bem como para à apuração de
responsabilidades, assegurando-se aos acionistas da concessionária o direito ao contraditório e à
ampla defesa, devendo referido processo ser concluído no prazo da intervenção, conforme previsto
no § 2º do art. 33 da referida Lei de Concessões.
Em 3 de maio de 2016, foi sancionada a Lei Municipal nº 6.058, que autoriza a intervenção pelo
Poder Concedente na CAB CUIABÁ S/A, nos termos da cláusula 37.2 do contrato de concessão,
reprisando todos os termos do Decreto de Intervenção, referendando o ato de intervenção através
de Lei Municipal.
Os efeitos do Decreto de Intervenção ficaram suspensos até a efetiva publicação de lei autorizativa
pela Câmara Municipal de Vereadores, em cumprimento a Cláusula 37.2 do Contrato de
Concessão, o que ocorreu em 03 de maio de 2016, com a sanção da Lei Municipal nº 6.058, que
autoriza a intervenção pelo poder concedente na CAB CUIABÁ S/A, nos termos da cláusula 37.2
do contrato de concessão, reprisando todos os termos do Decreto de Intervenção, referendando o
ato de intervenção através de Lei Municipal.
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O processo de intervenção foi acompanhado pelo Ministério Público do Estado, que instaurou
inquérito civil para averiguar supostas irregularidades que vinham sendo denunciadas relativas a
prestação dos serviços públicos de água e esgoto, resultando na confecção de um Termo de
Ajustamento de Conduta, como veremos a seguir:
O Termo de Ajustamento de Conduta firmado pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso,
pela empresa CAB CUIABÁ S/A, COMPANHIA DE ÁGUAS DO BRASIL – CAB AMBIENTAL,
município de Cuiabá e na condição de interveniente/anuente a PCT PARTICIPAÇÕES LTDA e a
Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos Delegados de Cuiabá/MT – ARSEC,
precede o Segundo Termo Aditivo ao Contrato de Concessão e contém condições e
compromissos firmados de relevância para a Elaboração/Revisão do Plano de Saneamento Básico
de Cuiabá, uma vez que, integra seu conteúdo, um cronograma para execução dos serviços de
água e esgoto, o qual, levou em consideração os procedimentos investigatórios que tramitaram no
Ministério Público, bem como, estudos para a revisão do PMSB, onde contém princípios
norteadores para a sua elaboração, diante à constatação que o plano atual instituído pelo Decreto
Municipal nº 5.066 de 9 de setembro de 2011, possui diversas deficiências técnicas a serem
sanadas.
O Ministério Público Estadual afirma que o TAC contempla alguns objetivos a serem perseguidos
na tentativa de regularizar os serviços de água e esgoto em Cuiabá, em face das provas coligidas
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A Promotoria Pública fez referência no TAC à audiência havida com o Chefe do Poder Executivo,
onde o prefeito municipal afirmou que representantes de algumas instituições financeiras credoras
da CAB CUIABÁ e da CAB AMBIENTAL, manifestaram a intenção de assumir o controle acionário
da companhia controladora da Concessionária CAB CUIABÁ, assumindo o compromisso de garantir
os investimentos necessários para o cumprimento das metas, até então, descumpridas.
Após análise dos termos do TAC, conclui-se que é imprescindível para a elaboração do novo PMSB,
observar todos os compromissos firmados, isto porque, além de conter diversos ajustes que devem
ser inseridos no PMSB, referido instrumento acolheu a possibilidade de continuidade do contrato
de concessão com novos investidores, assegurando o cumprimento de metas de expansão do
serviço de abastecimento de água e esgotamento sanitário, e, com isso, contribuir decisivamente
na solução administrativa e consensual de problemas no saneamento, situações estas que devem
ser contempladas no novo Plano Municipal de Saneamento Básico.
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Constam como Anexos do TAC, o Programa Emergencial de Retomada dos Investimentos; o Plano
Emergencial – Execução e as Premissas Gerais do Plano Emergencial.
O objeto do Segundo Termo Aditivo está descrito na Cláusula Segunda e consiste no seguinte:
Após a assinatura do Segundo Termo Aditivo, o Ministério Público da Comarca finalizou o inquérito
civil nº 00484-097/2013, através de um Termo de Ajustamento de Conduta, firmado em 20/6/2017,
conforme segue:
Também finalizou outro inquérito civil, de fatos ocorridos em outubro de 2013, com a assinatura do
Termo de Ajustamento de Conduta nº 11/2017, como segue:
A reclamação dos usuários, que restou confirmada pela analista jurídico da 6ª promotoria civil e
constatado pela Superintendência Estadual do PROCON, consistiu na desativação do call center
da concessionária, impedindo o registro das reclamações dos consumidores, o que ensejou a
abertura de inquérito civil pelo MP, que desencadeou em uma proposta de acordo pela sucessora
da CAB na exploração dos serviços de água e esgoto – a empresa Águas de Cuiabá SA, no sentido
de efetuar o pagamento de uma compensação coletiva no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil
reais).
Em razão da composição, o inquérito civil foi arquivado pelo Ministério Público e o TAC em questão
foi registrado como procedimento administrativo de fiscalização.
Considerando que se trata de Termo de Ajustamento de Conduta celebrado pelo Ministério Público
Estadual e a concessionária Águas de Cuiabá SA, que não altera as cláusulas contratuais previstas
no Contrato de Concessão e seus aditivos, nem foi causa de procedimento para a rescisão de
contrato, entende-se que, para fins de elaboração do Plano de Saneamento deve-se observar, a
partir de então, as normas editadas pela entidade reguladora, referentes a prestação de serviços,
em especial, aquelas que definem padrões de atendimento ao público e mecanismos de
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Vale ressaltar que o artigo 27 da Lei nº 11.445/2007, assegura aos usuários de serviços públicos
de saneamento básico, o acesso ao manual de prestação do serviço e de atendimento aos usuários,
elaborado pelo prestador e aprovado pela respectiva entidade de regulação.
A análise das ações judiciais em tramite, por ora, é superficial, devido a impossibilidade de extrair
maiores informações quanto ao objeto de cada uma destas ações intentadas contra a
concessionária de serviços público, principalmente, em razão do grande volume e da dificuldade de
acesso as iniciais e consequentemente ao pedido e causa de pedir propriamente dita.
Segundo consta do relatório apresentado para fins de avaliação, referente as ações judiciais, há
aproximadamente 8.000 (oito mil) ações em tramite na Comarca de Cuiabá, Estado do Mato Grosso,
envolvendo usuários do sistema e terceiros e a Companhia de Águas do Brasil – CAB Cuiabá,
distribuídas nas diversas Varas Cíveis e nos diversos Juizados Especiais Cíveis daquela Comarca.
Grande parte das ações em tramite tem pedidos indenizatórios de valores que em sua maioria,
ultrapassa os 10 salários mínimos. Consta ainda, que tais ações estão sob a responsabilidade e
cuidados de apenas um único escritório de advocacia - Cardoso e Cardoso Advogados e que foram
intentadas a partir do ano de 2012.
Para fins de elaboração da revisão do PMSB (prognóstico), faz-se necessário verificar junto ao
referido escritório de advocacia qual a causa predominante destas ações, que induziu e/ou motivou
grande número de usuários a buscarem a tutela judicial, visando a condenação da concessionária
de serviço público ao pagamento de indenização, justamente para fins de sanar tais deficiências
exigindo da concessionária as devidas providências.
Por ora, o relatório de ações apresentado tem utilidade limitada, pois, tão somente, demonstra a
quantidade de usuários insatisfeitos que pretendem ser indenizados e o valor pleiteado e a
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A Lei nº 11.445/2007, em seu artigo 19, inserido no Capítulo IV, que trata do Planejamento,
determina que a prestação de serviços públicos de saneamento básico, obrigatoriamente, devem
observar plano, elaborado pelo titular, o qual, abrangerá no mínimo o seguinte:
Portanto, qualquer inovação inserida no Plano de Saneamento Básico que importe em desequilíbrio
econômico-financeiro do contrato de prestação de serviços, necessariamente, obriga o titular do
serviço público, neste caso em análise, o Poder Concedente – município de Cuiabá, a revisar os
termos do contrato de concessão, para que, através de termo aditivo contratual, possa reequilibrá-
lo.
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Vale lembrar, que os planos de saneamento básico deverão ser compatíveis com o disposto nos
planos de bacias hidrográficas e quando de sua elaboração e revisão deverão garantir a ampla
participação das comunidades, dos movimentos e das entidades da sociedade civil, conforme
previsto no § 11 do artigo 25 e caput do artigo 26, ambos do Decreto nº 7.217/2010,
respectivamente.
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Existe a necessidade de licenciamento ambiental para as diversas atividades que interferem nos
recursos naturais, entre elas a implantação e operação dos sistemas de abastecimento de água e
esgotamento sanitário. As licenças ambientais são diferenciadas por fases distintas, a saber:
Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO). As licenças
concedidas, restrições a serem atendidas, prazo de validade, e estão sujeitas à fiscalização pelos
órgãos ambientais.
A Concessionária possui licenças de operação para algumas ETAs e ETEs, incluindo seus
respectivos sistemas. O órgão emissor do licenciamento ambiental em Cuiabá é a Secretaria de
Estado de Meio Ambiente – SEMA. As informações sobre as Licenças de Operação (LOs)
fornecidas estão apresentadas na Tabela 11.1.
Tabela 11.1
Licenças de operação do sistema de água
Licença de Operação
Unidade
Nº Validade
ETA Aguaçu 30681/2013 19/06/2016
ETA Central 306610/2013 22/05/2016
ETA Coophema 307718/2013 30/11/2014
ETA Coxipó do Ouro 306813/2013 19/06/2016
ETA Nossa Senhora da Guia 313808/2016 24/11/2019
ETA Porto 306606/2013 21/05/2016
ETA Parque Cuiabá 312776/2016 05/05/2019
ETA Ribeirão do Lipa 314576/2017 04/04/2020
ETA Sucuri 306801/2013 18/06/2016
ETA Tijucal 309597/2014 06/07/2017
Percebe-se, através da análise da Tabela 11.1, que várias licenças estão vencidas. Foram
fornecidas também pela concessionária as pendências elencadas pela SEMA referentes às licenças
de operação (vigentes ou vencidas), cabendo destaque aos pedidos do órgão licenciador para que
a concessionária defina a destinação final adequada do lodo proveniente da lavagem de
decantadores e filtros.
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Tabela 11.2
Licenças de operação do sistema de esgoto
Licença de Operação
Unidade
Nº Validade
ETE Ginco Florais 303482/2011 23/11/2014
ETE Ribeirão Baú 302907/2011 11/09/2014
ETE Dom Aquino 301678/2011 16/02/2014
ETE Tijucal 304822/2012 13/07/2015
ETE Morada do Ouro 303190/2011 13/10/2014
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A outorga de direito de uso dos recursos hídricos representa um instrumento, através do qual o
Poder Público autoriza, concede ou ainda permite ao usuário fazer o uso deste bem público. É
através deste ato que o Estado exerce, efetivamente, o domínio das águas preconizado pela
Constituição Federal, regulando o compartilhamento entre os diversos usuários.
Em Cuiabá, a autorização para o uso dos recursos hídricos de domínio estadual compete à
Secretaria de Estado de Meio Ambiente - SEMA. Já para os de domínio federal compete à ANA.
Esse instrumento permite a informação e controle dos usuários de recursos hídricos (através da
outorga, é possível o conhecimento de todos os usuários de recursos hídricos de determinado curso
d’água, ou bacia hidrográfica, tornando possível o gerenciamento deste, assim como estabelecer
prioridades, determinar limites, identificar conflitos, entre outros) e também investimentos e ações
na Bacia Hidrográfica através da cobrança pelo uso da água.
Existem outorgas concedidas pela ANA para captação no rio Cuiabá. No entanto não foram
fornecidos os seus detalhes e, dessa forma, não estão contempladas na Tabela 12.1.
Tabela 12.1
Outorgas vigentes para o sistema de abastecimento de água
Vazão Máxima Horas por Dia
Unidade Manancial de Captação Autorizadas Validade
(l/s) para Captação
ETA Aguaçu Rio Coxipó Açu 6,6 12 17/02/2042
ETA Coxipó do Ouro Rio Coxipó 5 10 17/02/2042
ETA Tijucal Rio Coxipó 1177 24 17/02/2042
ETA N. Senhora da Guia Rio Coxipó Açu 18 12 17/02/2042
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Existem outorgas concedidas pela ANA para lançamento de efluentes no rio Cuiabá. No entanto
não foram fornecidos os seus detalhes e, dessa forma, não estão contempladas na Tabela 12.2.
Tabela 12.2
Outorgas vigentes para o sistema de esgotamento sanitário
Vazão Horas / dia Conc.
Máxima de Autorizadas Máxima
Unidade Manancial Validade
Lançamento para de DBO
(l/s) Captação 5,20 (mg/l)
Córrego Ana
ETE Dom Aquino 278 24 02/04/2042 69
Poupina
SES Jardim Vitória B Ribeirão do Lipa 1,4 24 31/03/2020 120
SES Jardim Vitória A Ribeirão do Lipa 1,4 24 31/03/2020 120
ETE Ribeirão do Baú Ribeirão do Lipa 3 24 31/03/2020 120
ETE Florais Ribeirão do Lipa 30 24 31/03/2020 65
SES San Josepht Ribeirão do Lipa 2,5 24 31/03/2020 120
SES Vila Borghese Ribeirão do Lipa 0,6 24 31/03/2020 120
ETE Vila Real Ribeirão do Lipa 20,3 24 31/03/2020 120
SES Res. Malibu Ribeirão do Lipa 2,5 24 31/03/2020 120
SES Reserva do Parque Ribeirão do Lipa 0,7 24 31/03/2020 120
SES Jd Viverdi 1 Ribeirão do Lipa 0,2 24 31/03/2020 120
SES Jd Viverdi 2 Ribeirão do Lipa 0,2 24 31/03/2020 120
SES Tropical Ville Ribeirão do Lipa 0,4 24 31/03/2020 120
SES Vilas Boas Ribeirão do Lipa 0,8 24 31/03/2020 120
SES Res. Japuíra Ribeirão do Lipa 2,5 24 31/03/2020 120
SES Cond. Santa Rosa Ribeirão do Lipa 0,5 24 31/03/2020 120
SES Jd. Antartica Ribeirão do Lipa 2 24 31/03/2020 120
Córrego Três
ETE Buritis 16 24 13/05/2020 90
Barras
Córrego Três
SES Jd. Aroeira 5 24 14/05/2020 120
Barras
Córrego Três
SES Jd. Umuarama 3,6 24 15/05/2020 120
Barras
Córrego Três
ETE Ilza Piccoli 11 24 16/05/2020 120
Barras
Córrego Três
ETE Nova Canaã 13 24 17/05/2020 120
Barras
Córrego Três
SES Novo Horizonte 2 5 24 18/05/2020 120
Barras
Córrego Três
SES Novo Horizonte 1 5 24 19/05/2020 120
Barras
Córrego Três
SES Novo Horizonte 3 5 24 20/05/2020 120
Barras
ETE Lagoa Encantada Córrego do Caju 104 24 21/05/2020 120
ETE Morada do Ouro Córrego Gumitá 25,4 24 22/05/2020 110
ETE São Carlos Córrego do Moinho 40 24 23/05/2020 90
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12 jan. 2018.
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