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PMSB 2016

O documento apresenta o Plano de Saneamento Básico do município de Panambi-RS para o ano de 2016. Ele descreve a situação atual dos sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de águas pluviais e resíduos sólidos no município, identifica os principais problemas, e propõe programas, projetos e ações para melhorar esses sistemas.

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Fernando Moresco
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PLANO DE SANEAMENTO

BÁSICO DO MUNICÍPIO DE
PANAMBI/RS

ANO 2016
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO
MUNICIPAL (PSBM) DE PANAMBI-RS

Relatório Final

Preparado para:
PREFEITURA MUNICIPAL DE PANAMBI
Panambi-RS

Preparado por:
PROJECONSULT ENGENHARIA
Nova Prata – RS

Nova Prata 26 de dezembro de 2016

2
Sumário
Índice Tabelas ......................................................................................................................................... 7
Índice de ilustrações ............................................................................................................................... 8
1 Considerações Iniciais ........................................................................................................................ 11
1.1 Apresentação .............................................................................................................................. 11
1.2 Cronograma e metodologia de trabalho ................................................................................... 11
1.2.1 – Prazos, Prioridades e Investimento ................................................................................. 12
1.3 - Identificação dos Agentes envolvidos ..................................................................................... 13
1.4 - Definição da Unidade de Planejamento .................................................................................. 13
2 Aquisição de Informações básicas .................................................................................................... 15
2.1 Inspeção de Campo .................................................................................................................... 15
2.2 Dados Coletados ......................................................................................................................... 15
2.2.1 Planos, códigos e estudos existentes.................................................................................. 16
3.1 Introdução .................................................................................................................................. 17
3.2 Histórico ...................................................................................................................................... 17
3.3 Formação Administrativa ........................................................................................................... 19
3.4 - Situação e Localização .............................................................................................................. 20
3.5.1 – População ......................................................................................................................... 24
3.5.2 - Índices de desenvolvimento Humano .............................................................................. 27
3.5.3 – Dados Gerais ..................................................................................................................... 31
3.6 - Caracterização Ambiental ........................................................................................................ 32
3.6.1 – Regiões Fisiográficas ......................................................................................................... 32
3.6.2 – Geologia ............................................................................................................................ 32
3.6.3 – Hidrografia ........................................................................................................................ 33
3.6.4 – Climatologia ...................................................................................................................... 37
3.6.5 – Topografia ......................................................................................................................... 42
3.6.6 Vegetação ............................................................................................................................ 44
3.6.7 – Fauna ................................................................................................................................. 44
3.7 Ordenamento Territorial ............................................................................................................ 45
4 Águas pluviais: Cenário atual, problemáticas e programas, projetos e ações ................................ 49
4.1 Introdução .................................................................................................................................. 49
4.2 Caracterização do sistema.......................................................................................................... 50
4.2.1 Micro drenagem .................................................................................................................. 50
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

4.2.2 Macrodrenagem .................................................................................................................. 51


4.3 Atualização da lei de Saneamento Básico ................................................................................. 52
4.4 Rio Fiuza ...................................................................................................................................... 53
4.4.1 Localização ........................................................................................................................... 53
4.4.2 Extensão do aquífero........................................................................................................... 54
4.4.3 Inclinação do rio Fiúza no perímetro urbano ..................................................................... 54
4.4.4 Área da bacia hidrográfica .................................................................................................. 54
4.4.5 Micro- bacias na área urbana.............................................................................................. 55
4.1.6 Perfil transversal do rio Fiúza.............................................................................................. 57
4.5 Cenário atual............................................................................................................................... 59
4.6 Macrodrenagem Rio Fiuza / Arroio do Moinho / Arroio Alagoas............................................. 60
4.7 Situação do Arroio do moinho ................................................................................................... 61
4.8 Problemática Bairro Érica – Arroio Alagoas ............................................................................... 65
4.9 Problemática do lixo ................................................................................................................... 67
4.10. Problemática erosão ............................................................................................................... 69
4.11 Programas, Projetos e ações para drenagem urbana ............................................................. 71
4.12 Defesa civil ................................................................................................................................ 72
4.13 Barragem de Contenção ........................................................................................................... 72
5. Resíduos Sólidos: Cenário atual, problemáticas e Programas, projetos e ações .................... 77
5.1 Introdução .................................................................................................................................. 77
5.2 Legislação Vigente ...................................................................................................................... 78
5.3 Resíduos ...................................................................................................................................... 78
5.3.1 Classificação dos Resíduos Sólidos...................................................................................... 79
5.4 – Resíduo Sólido Urbano ............................................................................................................ 80
5.4.1 – Coleta do RSU ................................................................................................................... 80
5.5 – Resíduo Sólido Industrial (RSI) ................................................................................................ 82
5.6. - Resíduo da Construção Civil (RCC) .......................................................................................... 82
5.7 - Resíduos de Serviço da Saúde (RSS) ........................................................................................ 83
5.8 - Resíduo de Limpeza Urbana (RLU) ........................................................................................... 86
5.9 - Resíduos especiais (RE) ............................................................................................................ 86
5.10 – Cenário Atual ......................................................................................................................... 87
5.10.1 – Resíduos Sólido Urbano ................................................................................................. 87

4
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

5.10.2- Central de triagem e aterro sanitário .............................................................................. 89


5.10.3 Central de Reciclagem e Compostagem de RSU (1987- 1999) ......................................... 90
5.10.4 Unidade de reciclagem compostagem de Resíduos Sólidos Urbanos (1997 até os dias
atuais) ........................................................................................................................................... 92
5.10.5 Célula de Aterro Sanitário ................................................................................................. 94
5.10.6 - Condições atuais da central de triagem e aterro sanitário. ........................................... 95
5.10.7 – Custos da central de triagem e aterro sanitário ............................................................ 97
5.11 – Demais constatações ............................................................................................................. 97
5.12- Programas, Projetos e ações para gerenciamento de sólidos ............................................ 100
5.13 - Usina de processamento de resíduo sólido ......................................................................... 102
6. Tratamento da água Cenário atual, problemáticas e programas, projetos e ações ............. 105
6.1 - Usos da Água .......................................................................................................................... 105
6.2 - Fontes de Água ....................................................................................................................... 106
6.3 - Uso Racional da Água ............................................................................................................. 106
6.4 - Conservação das nascentes do Rio Fiuza e Arroio do Moinho ............................................ 107
6.4 - Tratamento de Água............................................................................................................... 108
6.5 – Sistema de Captação de água................................................................................................ 109
6.6 – Estação de Tratamento de Água (ETA) ................................................................................. 110
6.6.1 - Projeto de ampliação existente (2006)........................................................................... 115
6.6.2 – Estação de Tratamento de água compacta.................................................................... 116
6.7 – Rede de distribuição .............................................................................................................. 117
6.7.1 – Reservatório.................................................................................................................... 117
6.7.2 – Recalque .......................................................................................................................... 118
6.8 – Redes instaladas nas áreas rurais ......................................................................................... 124
6.9 Programas, Projetos e ações para Captação, Tratamento e Distribuição de Água ................ 124
6.10 – Projeto para equalização das pressões da rede ................................................................. 125
7. Sistema de Esgoto Cenário atual, problemáticas e programas, projetos e ações ................ 128
7.1 – Classificação das águas de Esgotamento .............................................................................. 129
7.2 – Sistema de esgotos ................................................................................................................ 129
7.2.1 - Componentes de um sistema convencional de esgoto.................................................. 130
7.3 – Situação do Município ........................................................................................................... 131
7.4 - Exigências legais novos empreendimentos ........................................................................... 132
7.5 – Quebra de paradigmas .......................................................................................................... 133
5
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

7.6 – Problemáticas encontradas ................................................................................................... 135


7.7 Programas, Projetos e ações para Captação, Tratamento e Destinação do Esgoto .............. 139
7.8 – Projeto de tratamento de esgoto ......................................................................................... 141
7.8.1 – Projeto da ETE 2001 ........................................................................................................ 141
7.8.1.1 - Custo de Implantação projeto 2001 ............................................................................ 142
7.8.2 – Projeto da ETE 2016 ........................................................................................................ 143
7.8.2.1 – Investimentos .............................................................................................................. 147
8 – Plano de ações para emergências e contingência ....................................................................... 148
8.1 – Sistema de drenagem e manejo das águas pluviais ............................................................. 148
8.1.1 – Objetivos ......................................................................................................................... 148
8.1.2 – Ações preventivas e corretivas para evitar a ocorrência .............................................. 149
8.1.3 – Ações preventivas e corretivas quando da ocorrência ................................................. 149
8.1.3.1 – Situação 01................................................................................................................... 149
8.1.3.2 – Situação 02................................................................................................................... 150
8.1.4 – Ações pós ocorrência de sinistro.................................................................................... 150
8.1.5 – Rede de reponsabilidades .............................................................................................. 151
8.2.1 – Objetivos ......................................................................................................................... 152
8.1.2 – Ações preventivas e corretivas para evitar a ocorrência .............................................. 152
8.2.3 – Ações preventivas e corretivas quando da ocorrência ................................................. 153
8.2.4 – Ações pós ocorrência de sinistro.................................................................................... 154
8.2.5 – Rede de responsabilidades............................................................................................. 154
8.3.1 – Objetivos ......................................................................................................................... 155
8.3.2 – Ações preventivas e corretivas para evitar a ocorrência .............................................. 155
8.3.3 – Ações preventivas e corretivas quando da ocorrência ................................................. 156
8.3.4 – Ações pós ocorrência de sinistro.................................................................................... 157
8.3.5 – Rede de responsabilidades............................................................................................. 157
9 – Referencial Bibliográfico............................................................................................................... 158
ANEXOS ............................................................................................................................................... 160

6
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Índice Tabelas
Tabela 1 - Cidades vizinhas Panambi .................................................................................................... 22
Tabela 2 – Distância Centros Médicos .................................................................................................. 24
Tabela 3 - Crescimento Populacional .................................................................................................... 25
Tabela 4 – Divisão População ................................................................................................................ 26
Tabela 5 - Distribuição da população .................................................................................................... 27
Tabela 6 - Índice IDH – Índice de Desenvolvimento Humano ............................................................... 28
Tabela 7 - IDH - Longevidade ................................................................................................................ 28
Tabela 8 - IDH Renda ............................................................................................................................. 29
Tabela 9 - Renda Per-capta ................................................................................................................... 29
Tabela 10 - IDH – Educação ................................................................................................................... 29
Tabela 11 - Número de Matriculas ........................................................................................................ 30
Tabela 12 - Corpo Docente.................................................................................................................... 30
Tabela 13 - Expectativa de vida ............................................................................................................. 31
Tabela 14 - Taxa de analfabetismo ....................................................................................................... 31
Tabela 15 - Climatologia de Panambi .................................................................................................... 38
Tabela 16 - Precipitações anuais ........................................................................................................... 42
Tabela 17- Medidas sugeridas - Sistema de drenagem......................................................................... 71
Tabela 18 - Calendário Coleta Seletiva de Lixo ..................................................................................... 81
Tabela 19 - Classificação dos RSS segundo a ANVISA ........................................................................... 85
Tabela 20 - Resíduos e sua destinação .................................................................................................. 87
Tabela 21 - Produção de resíduo sólido urbano ................................................................................... 88
Tabela 22 - Estimativa de geração de resíduos ..................................................................................... 89
Tabela 23 - Destinação de resíduos da construção ............................................................................... 99
Tabela 24- Medidas sugeridas – Sistema de drenagem ...................................................................... 101
Tabela 25 - Localização dos reservatórios ........................................................................................... 117
Tabela 26 - Localização dos recalques ................................................................................................ 120
Tabela 27 - Ações distribuição de água ............................................................................................... 124
Tabela 28 - Vazão de águas previstas.................................................................................................. 126
Tabela 29 - Ações tratamento de esgoto ............................................................................................ 140

7
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Índice de ilustrações

Figura 1 - Área de planejamento do PSBM ........................................................................................... 14


Figura 2- Acesso Panambi - Entroncamento BR's 158 e 285................................................................. 21
Figura 3 – Acesso Norte - BR 285 ......................................................................................................... 22
Figura 4 - Cidade de Panambi e seus vizinhos ....................................................................................... 23
Figura 5 - Panambi e sua posição em relação a grandes centros ......................................................... 23
Figura 6 - Pirâmide das idades .............................................................................................................. 25
Figura 7- Região Geológica .................................................................................................................... 33
Figura 8 - Regiões Hidrográficas ............................................................................................................ 34
Figura 9 - Bacia do Rio Ijuí ..................................................................................................................... 36
Figura 10 - Rios de Panambi .................................................................................................................. 37
Figura 11 - Mapa Climatologia .............................................................................................................. 39
Figura 12 - Variação temperatura anual ............................................................................................... 40
Figura 13 - Variação temperatura por estação ..................................................................................... 40
Figura 14 - Precipitação anual ............................................................................................................... 41
Figura 15 - Mapa pedológico ................................................................................................................. 43
Figura 16 - Região topográfica .............................................................................................................. 43
Figura 17 - Mapa ordenamento Físico Territorial ................................................................................. 46
Figura 18 - Zoneamento Urbano ........................................................................................................... 48
Figura 19 - Modelo de micro drenagem................................................................................................ 51
Figura 20 - Bacia do rio Fiuza ................................................................................................................ 54
Figura 21 - Mapa Bacias de Panambi .................................................................................................... 56
Figura 22 - Perfil Transversal do Rio Fiuza ............................................................................................ 57
Figura 23 - Mapa área inundável........................................................................................................... 58
Figura 24- Canal de desvio do Rio Fiuza ................................................................................................ 60
Figura 25 - Canal de desvio do Rio Fiuza ............................................................................................... 60
Figura 26- Ligações clandestinas ........................................................................................................... 61
Figura 27 - Remanso e sujeiras.............................................................................................................. 61
Figura 28 - Ligação a micro drenagem ao arroio do moinho ................................................................ 62
Figura 29- Canalização do arroio do Moinho ........................................................................................ 62
Figura 30 - Início galeria Arroio do Moinho .......................................................................................... 62
Figura 31 - Problemas estruturais galeria ............................................................................................. 63
Figura 32 - Fachada da indústria ........................................................................................................... 63
Figura 33 - Foto enchente ano 2011 ..................................................................................................... 64
Figura 34 - Foto enchente 2011 ............................................................................................................ 64
Figura 35 - Foz do Arroio do moinho..................................................................................................... 65
Figura 36 - Foz do Arroio Moinho - Vista do Rio Fiuza .......................................................................... 65
Figura 37 - Arroio Alagoas - Parte não canalizada................................................................................. 66
Figura 38 - Arroio Alagoas ..................................................................................................................... 66
Figura 39 - Acumulo de água - Arroio Alagoas ...................................................................................... 66
Figura 40 - Acumulo de água - Arroio Alagoas ...................................................................................... 67
8
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Figura 41 - Fox do Arroio Alagoas ......................................................................................................... 67


Figura 42 - Descarte irregular de lixo .................................................................................................... 68
Figura 43- Acúmulo de galhos e troncos ............................................................................................... 68
Figura 44 - Acúmulo de lixo ................................................................................................................... 68
Figura 45 - Acúmulo de Galhos ............................................................................................................. 69
Figura 46 - Gabinete de televisão.......................................................................................................... 69
Figura 47 - Erosão Arroio do Moinho .................................................................................................... 70
Figura 48 - Erosão Arroio do Moinho .................................................................................................... 70
Figura 49 - Margem Arroio do Moinho - Sem cobertura vegetal adequada......................................... 70
Figura 50 - Tubulação danificada .......................................................................................................... 71
Figura 51- Vista área do ponto 01 ......................................................................................................... 74
Figura 52- Local da segunda bacia de amortecimento ......................................................................... 74
Figura 53 - Ponto de encontro dos arroios ........................................................................................... 75
Figura 54 - Local da Barragem - Rua 25 de julho ................................................................................... 75
Figura 55 - Local da Barragem - Rua Iriapiria ........................................................................................ 76
Figura 56 - Ações na gestão de resíduos ............................................................................................... 77
Figura 57 - Central de triagem 1987...................................................................................................... 90
Figura 58 - Central de Triagem (1987) .................................................................................................. 91
Figura 59 - Localização da central de triagem ....................................................................................... 92
Figura 60 - Central de triagem .............................................................................................................. 93
Figura 61 - Área coberta para recebimento dos Resíduos .................................................................... 96
Figura 62 - Área coberta para recebimento de resíduos ...................................................................... 96
Figura 63 - Célula Aterro Sanitário ........................................................................................................ 96
Figura 64 - Lagoas de Decantação ......................................................................................................... 97
Figura 65 - Layout Usina de processamento de resíduos sólidos ....................................................... 102
Figura 66 - Barragem para captação da água...................................................................................... 109
Figura 67 - Estação de bombeamento ................................................................................................ 110
Figura 68 - Sistema de tratamento de água ........................................................................................ 111
Figura 69 – Decantador ....................................................................................................................... 111
Figura 70 - Laboratório de Análise ...................................................................................................... 113
Figura 71 - Casa de Química ................................................................................................................ 113
Figura 72 - Reservatório Elevado ........................................................................................................ 113
Figura 73 - Reservatório Enterrado ..................................................................................................... 115
Figura 74 - Estações compactas de tratamento .................................................................................. 116
Figura 75 - Reservatório Elevado - Bairro Arco Iris ............................................................................. 118
Figura 76 - Reservatório Elevado - Jaciandi ......................................................................................... 118
Figura 77- Estação de recalque - Arco Iris ........................................................................................... 120
Figura 78 - Recalque Arco Iris .............................................................................................................. 120
Figura 79 - Mapeamento Zonas de Pressão ........................................................................................ 122
Figura 80 - Projeto de equalização de pressão ................................................................................... 126
Figura 81- Rota de Transmissão de Doenças ...................................................................................... 129
Figura 82 - Sistema de tratamento de Esgoto ..................................................................................... 131
Figura 83 - Estação de Tratamento de Efluentes ................................................................................ 134
9
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Figura 84 - ETE - Vista Tanques ........................................................................................................... 134


Figura 85 - Vista ETE - Treinamento .................................................................................................... 134
Figura 86 - Derramamento de Efluente não identificado ................................................................... 135
Figura 87 – Coloração da água ............................................................................................................ 136
Figura 88 - Coloração da água ............................................................................................................. 137
Figura 89 - Projeto de distribuição das estações ................................................................................ 144
Figura 90 - Método não destrutivo de perfuração.............................................................................. 145
Figura 91 - Método não destrutivo de perfuração.............................................................................. 146
Figura 92 - Método não destrutivo de perfuração.............................................................................. 146

10
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

1 Considerações Iniciais

1.1 Apresentação

O objetivo deste documento é apresentar uma nova revisão ao Plano de Saneamento


Básico Municipal (PSBM) do município de Panambi – RS, elaborado no ano de 2009, o qual em
sua base procura atender os preceitos legais estipulados pelo contrato de prestação de serviço
através da proposta PRP 1982/2015 (anexo 01),
Para a elaboração deste documento foi construída uma equipe técnica multidisciplinar
especializada (equipe constante no anexo 2) que elaborou o referido documento conside-
rando os preceitos da lei n° 11.445, de 05/01/2007 e no decreto n°7.127 de 21/06/2010, que
regulamenta a referida lei, que institui a Política Nacional para o Saneamento Básico no país
e os devidos apontamentos já realizados pela Corsan / Tribunal de contas conforme docu-
mento (Anexo II).O atual plano de saneamento serviu também como documento norteador
deste novo plano
O PMSB foi estruturado visando orientar e assessorar o poder executivo municipal na
organização e prestações de serviços de saneando básico, assim como também a busca junto
aos órgãos competentes os devidos recursos financeiros para a implantação das melhorias.

1.2 Cronograma e metodologia de trabalho

Por se tratar de uma revisão do plano de Saneamento Básico, elaborado no ano de


2008, este novo documento trará uma atualização dos dados levantados na época de sua
construção, buscará averiguar a implantação das medidas propostas anteriormente, atualizar
as exigências normativas vigentes no Brasil, propor novas ações de curto, médio e longo prazo,
assim como a identificações dos custos estimados para a implantação dos mesmos.
Nesta nova revisão serão observados os apontamentos feitos pelo Tribunal de Contas
do Estado e da Corsan.
O PSBM de Panambi será estruturado, buscando informações e opiniões dos mais di-
versos agentes, por meios de reuniões, audiências públicas, palestras e treinamentos.

11
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

O Cronograma de trabalho adotado para a revisão do plano de saneamento básico se-


gue no anexo 03.
Para a elaboração deste novo documento utilizou-se como instrumento de apoio me-
todológico, o Guia para a Elaboração de Planos Municipais de Saneamento Básico (Brasil, 2ª
Edição de 2011)

1.2.1 – Prazos, Prioridades e Investimento

As propostas de ações e projetos apresentados neste PSBM são o resultado de um pro-


cesso de análise as consultas realizadas por ocasião das inúmeras reuniões, audiências e se-
minários, assim como, análise de sua viabilidade no curto, médio e longo prazo
São determinados os seguintes prazos para as ações
Curto prazo – até 5 anos;
Médio prazo – entre 6 e 10 anos;
Longo prazo – entre 11 e 20 anos;
Cada ação também será classificada conforme a sua prioridade de implantação, dentro
do seu prazo, podendo as prioridades serem do tipo baixa, média e alta;
Para a análise da implantação das propostas também é necessário observar a comple-
xidade do projeto quanto ao envolvimento dos sujeitos, temos assim:
Ações com grande dificuldade de execução, na qual existe o envolvimento estadual,
federal, poderes executivos, legislativo e judiciário ou sendo a viabilidade da ação do projeto
dependente da cooperação de terceiros ou da formulação novos regramentos jurídicos.
Ações com mediana dificuldade de execução, na qual existe o envolvimento e coope-
ração entre os poderes executivo municipal e o poder legislativo municipal ou entre entidades
representativas e o poder executivo.
Ação de fácil implantação devido ao seu gerenciamento ser feito de maneira interno
no ambiente do poder executivo.

12
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

1.3 - Identificação dos Agentes envolvidos

Os agentes envolvidos na elaboração do plano de saneamento básico do munícipio de


Panambi foram classificados em duas categorias:
1 – Grupo Executivo:
Formado por técnicos do município, que tenham interfaces com saneamento, repre-
sentantes da sociedade civil e equipe multidisciplinar da empresa Projeconsult composta por:
- Engenheiro Civil, Engenheiro mecânico, Biólogos, Administradores e Geólogos.
2 – Grupo consultivo:
Formado por técnicos das secretarias de administração e Recursos Humanos, Saúde e
Saneamento, Agricultura, Comercio e Serviço, Fazenda e Planejamento, Educação e Cultura e
Obras, além de representantes da sociedade civil, como entidades sindicais, profissionais, gru-
pos ambientalistas, associação de moradores, dentre outras.
Destacam-se nestes grupos: Câmara de Vereadores, Comitê de Saneamento Básico,
Secretaria do Meio Ambiente, Comitê da Bacia do Rio Ijuí, Arpa Fiuza.

1.4 - Definição da Unidade de Planejamento

A área de planejamento do plano de Saneamento Básico Municipal é delimitada pelo


perímetro urbano definido no projeto de lei n° 064 de 2007, que institui o Plano Diretor Par-
ticipativo de Desenvolvimento Municipal de Panambi. A área do perímetro urbano compre-
ende um total de 34,51 km²
A figura 01 apresenta a área de planejamento do PSBM para o detalhamento e enqua-
dramento do plano.

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Figura 1 - Área de planejamento do PSBM

Fonte: Plano diretor do Munícipio

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Ano 2016

2 Aquisição de Informações básicas

As informações básicas foram adquiridas de duas formas: inspeção de campo e coleta


dos dados, a partir dos quais foi elaborado o diagnóstico da realidade do munícipio.
A equipe técnica da Projeconsult que está descrita no anexo 02, juntamente com os
técnicos da prefeitura Municipal realizou as atividades de coleta de dados e informações du-
rante todo o processo de desenvolvimento do projeto, num trabalho conjunto com todos os
departamentos da prefeitura municipal de Panambi, envolvidas no processo.

2.1 Inspeção de Campo

As inspeções de campo percorreram toda a área urbana a fim de identificação dos


serviços de saneamento básico oferecidos pelo município. Além disso consultou-se aos téc-
nicos e funcionários responsáveis pela operação dos serviços de abastecimento de água, lim-
peza pública, manejo de resíduos sólidos e também drenagem e manejo de águas pluviais.
Na inspeção foram incluídas visitas nos seguintes locais:
- Corsan Panambi;
- Corsan Santo Ângelo – Superintendência;
- Corsan Matriz Porto Alegre Departamento de Projetos;
- Participação Reunião Conselho de Meio ambiente de Panambi;
- Participação Reunião Comitê Bacia do Rio Ijuí;
- Apresentação na Câmara de Vereadores;
- Central de Triagem e aterro sanitário

2.2 Dados Coletados

Forma coletados dados referentes a população existente, área de planejamento, ca-


dastros municipais, projetos e estudos existentes, Plano Diretor Urbano, situação dos siste-
mas de saneamento básico do município, instrumentos públicos de gestão aplicáveis à área
do PSBM (leis, decretos, códigos, etc.). Além de dados para a elaboração da caracterização

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

geral do município que permitirão a contextualização das principais variáveis, cujo processa-
mento torna-se necessário para a realização do PSBM.

2.2.1 Planos, códigos e estudos existentes

Os planos, códigos e estudos existentes que serviram de subsídios para o diagnóstico


da realidade existente e para a elaboração do PSBM estão relacionados a seguir:
- Plano Diretor Participativo de desenvolvimento Municipal de Panambi.
- Código de Meio Ambiente do Município de Panambi.
- Código de Obras do Município de Panambi.
-Código de Posturas do Município de Panambi.
- Estudo de concepção do sistema de esgoto Sanitário de Panambi.
-Estudo de concepção da ampliação do sistema de tratamento e distribuição de água.

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Ano 2016

3 Caracterização do Munícipio

3.1 Introdução

Este capítulo busca caracterizar o município de Panambi discorrendo um pouco de sua


história e apresentando aspectos físicos, econômicos e sociais.

3.2 Histórico

Os primeiros informes sobre a existência de moradores civilizados nas terras que hoje
formam o município de Panambi, são de 1835, com o estabelecimento de um certo Manoel
José da Encarnação (presumivelmente o habitante mais velho), na localidade que hoje leva o
seu nome.
Sabe-se também que na localidade de Boa Vista se estabeleceu no ano de 1858 o por-
tuguês João Luiz Malheiros, tronco da tradicional família Malheiros, ao qual se devem os pri-
meiros movimentos religiosos na região.
No local onde mais tarde se formaria o núcleo da colônia, residia Chico Bairros, conhe-
cido na região como saleiro, que viajava a Bagé, Botucaraí e Santa Maria, onde trocava mate
por sal, que por sua vez era vendido em Cruz Alta. Possivelmente se dava a ele a primeira
denominação da área que medida por agrimensores, em 1888 teria sido por estes denomi-
nada de Salina talvez porque nessa região morasse um saleiro ou porque aí se espalhasse sal
nas pastagens para a alimentação do gado.
O início do povoamento ocorreu nos últimos anos do século passado, quando o Geó-
logo Alemão Doutor Hermann Meyer, natural de Leipzig, Alemanha, liderando um grupo de
família originárias daquele país fundou uma colônia a que chamou Neu Würtemberg. Cidadão
culto e de grande tino comercial adquiriu, mediante contrato de compra, celebrado a 31 de
agosto de 1898, por intermédio de seu procurador Carlos Dhein, duas posses situadas no en-
tão quarto distrito de município de Cruz Alta. Os vendedores eram o casal José Joaquim dos
Santos Lima e a viúva Maria da Silva Moraes, os quais venderam 4.062.362 m² de terras e

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

5.445.000, respectivamente. Em 1888, agrimensores que estavam realizando medições na re-


gião denominaram o lugar de Salina,
O nome de Neu Würtemberg foi escolhido por seu fundador, Dr. Hermann Meyer, pela
razão de ser um de seus principais conselheiros em assuntos de colonização, natural de Wür-
temberg.
Posteriormente recebeu as denominações de:
Elsenau: Em homenagem à esposa do fundador que se chamava de ELSA;
Pindorama: Outro nome que o então distrito recebeu significando ¨Terra das Palmei-
ras;
Tabapirã: Denominação efêmera que significa ¨Aldeia dos Telhados Vermelhos¨.
Panambi: Que no idioma guarani quer dizer ¨Borboleta Azul¨
Em 1º de maio de 1899, concretizou-se a aquisição mais importante de terras:
12.901.055 m² comprados de Francisco Manoel de Barros. Totalizavam 60 as colônias que
Francisco Manoel de Barros obtivera do governo em 1888. Atualmente é zona urbana do mu-
nicípio.
O primeiro núcleo de moradores do atual município de Panambi constituía-se dos ci-
dadãos José da Encarnação, Jacob Bock, Peter Bock e Ernst Müller. A 7 de agosto de 1899
chega a segunda leva de colonos que se estabeleceu na atual sede do município. Todos os
colonos com exceção de um, eram descendentes de pomeranos, residentes em São Lourenço
e Pelotas: Germano Venske, Augusto Schmidt, Augusto Steinhorst e Germano Goeks.
Panambi surgiu, como núcleo colonial, devido a migrações internas, pois sua população
é constituída em grande parte por brasileiros de origem alemã. Durante os dois primeiros pe-
ríodos imigração, de 1889 a 1905 e de 1911 a 1914, estabeleceram-se nos vastos campos de
seu território quase exclusivamente colonos oriundos de municípios gaúchos.
A 6 de outubro de 1899, Hermann Meyer dissolveu a sociedade que tinha com Carlos
Dhein, para em 6 de janeiro de 1900, fundar a ¨Empresa de Colonização Dr. Hermann Mayer¨.
Inicia-se assim nova fase da colônia Neu Würtemberg. Em 1901 o Dr. Hermann Mayer contrata
como colaborador, o jovem teólogo, Secretário da Escola Colonial de Witzennhausen, Her-
mann Faulhaber, natural de Würtemberg, na Alemanha. Este homem sumamente prático,

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
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ativo e enérgico, seria pessoa indicada para a colônia. Impunha-se a criação de curato Faulha-
ber assumiu a direção do mesmo, após a fundação.
Uma terceira leva de imigrantes chegou à colônia depois da primeira guerra mundial.
Os imigrantes entre os anos de 1921 e 1926 eram em sua maioria alemães natos: 176 famílias,
com 650 pessoas, das quais três quartos eram seguramente de Würtemberg. Ocupou esta
leva de imigrantes os lotes disponíveis da colônia, trazendo com consequência grande pro-
gresso à mesma. A Sra. Maria Faulhaber, esposa de Hermann Faulhaber, prestou relevantes
serviços à colônia, dotada de extraordinário talento pedagógico e possuidora de vasta cultura,
foi auxiliar inteligente e enérgica de seu marido. Fundou a primeira escola de Neu Würtem-
berg em 8 de fevereiro de 1903. Após a morte de Hermann Faulhaber, em julho de 1926,
foi nomeado para sucedê-lo o Sr. Eduard Hempe.
Durante as revoluções que ensanguentaram o Rio Grande do Sul, mais uma vez, a co-
lônia esteve ameaçada. Na manhã de 14 de maio de 1923 Panambi foi assaltada e saqueada
por mais de cem homens das o ôrças sediciosas. Tal acontecimento não se repetiu, pois em
íntima colaboração com as autoridades civis e militares organizou-se imediatamente o serviço
de defesa própria, que em breve atingiu 800 homens, havendo além disso uma força de re-
serva orçada em 110 homens.
Um fato digno de registro ocorreu na colônia, por ocasião da revolução de 1923,
quando o General rebelde Leonel Rocha se aproximava da colônia com uma força revolucio-
nária de 800 a mil homens. A colônia foi salva por uma força organizada na região e por um
pequeno contingente de forças do Exército. A 14 de dezembro de 1923 era firmada, final-
mente, o pacto das Pedras Altas, que pôs fim à revolução.
Eclodindo um ano mais tarde a Revolução de 1924 mostrou o Serviço de Defesa Própria
mais uma vez sua eficiência. Durante a revolução de 1930, cerca de 200 voluntários apresen-
taram-se para lutar.

3.3 Formação Administrativa

Em 1º de maio de 1916 foi elevada à categoria de distrito a colônia de Neu Würtem-


berg, como parte integrante do município de Cruz Alta.

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
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No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, aparece no município de Cruz


Alta, o distrito com a denominação de Pindorama antiga colônia Neu Würtemberg.
Pelo decreto-lei estadual nº 720, de 29-12-1944, o distrito de Pindorama passou a de-
nominar-se Panambi.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o distrito de Panambi permanece no muni-
cípio de Cruz Alta.
Em 1949 seus habitantes levantaram a bandeira da emancipação, que só foi vitoriosa,
depois de uma árdua e longa campanha, em 15 de novembro de 1954.
Elevado à categoria de município com a denominação de Panambi, pela lei estadual nº
2524, de 15-12-1954, desmembrado de Cruz Alta. Sede no antigo distrito de Panambi.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o município é constituído de 2 distritos:
Panambi e Condor.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Pela lei estadual nº 5094, de 17-11-1965, desmembra do município de Panambi o dis-
trito de Condor elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 1-I-1979, o município é constituído do distrito
Sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Alteração toponímica distrital
Pindorama para Panambi alterado, pelo decreto-lei estadual nº 720, de 29-12-1944.

3.4 - Situação e Localização

O município de Panambi abrange uma área de 409,9 km² e está localizada no Planalto
Médio Gaúcho, região Noroeste Colonial do Estado do Rio Grande do Sul, e situa-se nas coor-
denadas geográficas -28°17’33” de latitude e 53°30’e06” de longitude, a 418 m de altitude,
como mostra a figura 02xx
O município se encontra situado em uma posição estratégica, pois neste município está
localizado o entroncamento das principais rodovias federais do estado do Rio Grande do Sul,
sendo as mesmas, as BR’s 158 e 285, que cruzam o estado de norte ao sul e de leste ao oeste.

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3.4.1 – Acessos

A distância entre o município de Panambi a capital gaúcha, Porto Alegre é de 380 km.
O município de Panambi pode ser acesso através da BR’s 158 e 285. Sendo os principais
acessos indicados na figura 02 e 03
Figura 2- Acesso Panambi - Entroncamento BR's 158 e 285

Entroncamento BR 158 e 285

Fonte: Google Maps

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Ano 2016

Figura 3 – Acesso Norte - BR 285

Acesso ao Norte

Fonte: Google Maps


Os municípios que fazem divisa com o município de Panambi são os seguintes na tabela
01 e ilustrados na figura 4
Tabela 1 - Cidades vizinhas Panambi
N° Habitantes
Item Município Distância
(fonte IGBE 2010)
01 Condor 16 km a norte 6552
02 Santa Barbara do Sul 32 km a leste 8829
03 Ajuricaba 42 km a noroeste 7255
04 Bozano 38 km a oeste 2200
05 Pejuçara 25 km ao sul 3973
Fonte: Autor

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Figura 4 - Cidade de Panambi e seus vizinhos

Fonte http://www.guiadigital.info/panambi/cidade/index2.php?arquivo=6

Figura 5 - Panambi e sua posição em relação a grandes centros

Fonte – Site da prefeitura

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Ano 2016

Destaca-se ainda a proximidade de Panambi a dois centros de referência em tratamen-


tos de saúde no Rio Grande do Sul conforme tabela 02 e figura 05
Tabela 2 – Distância Centros Médicos
N° Habitantes
Item Município Distância
(fonte IGBE 2010)
01 Ijuí 50 km a oeste 78915
02 Passo Fundo 134 km a leste 184826
Fonte: Autor

3.5 - Dados Gerais do Município de Panambi

Abaixo serão apresentados dados gerais do município de Panambi, obtidos junto ao


FEE (Fundação de Economia e Estatística), FAMURS (Federação das Associações de Munícipios
do Rio Grande do Sul), Atlas do desenvolvimento Humano no Brasil e IBGE (Instituto Brasileiro
de Geográfico)

3.5.1 – População

A População de Panambi tem tido um crescimento populacional de aproximadamente


30% no período de 1991 a 2010, sendo que conforme estimativa do IBGE a população para de
Panambi para o ano de 2015 seria de 41148, os dados são apresentados na tabela 03.

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Tabela 3 - Crescimento Populacional


Crescimento Populacional
Ano Panambi Rio Grande do Sul Brasil
1991 29379 9.138.670 146.825.475
1996 31332 9.568.523 156.032.944
2000 32610 10.187.798 169.799.170
2007 36360 10.582.840 183.987.291
2010 38058 10.693.929 190.755.799
2015 (estimativa) 41148 11.247.972 204.450.649
Densidade demográfica em 2010 77,53 ha / km²
Fonte: IBGE

3.5.1.1 - Divisão da População

A população panambiense está divisa pelo entre homens e mulheres e suas respecti-
vas faixas conforme apresentado na tabela 4 e pela pirâmide das idades conforme figura 6.

Figura 6 - Pirâmide das idades

Fonte IBGE

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Ano 2016

Tabela 4 – Divisão População


Idade Panambi Rio Grande do Sul Brasil

Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres

0 a 4 anos 1.305 1.114 327.601 316.361 7.016.614 6.778.795

5 a 9 anos 1.274 1.263 368.967 354.792 7.623.749 7.344.867

10 a 14 anos 1.502 1.476 438.629 423.154 8.724.960 8.440.940

15 a 19 anos 1.595 1.483 442.405 433.332 8.558.497 8.431.641

20 a 24 anos 1.946 1.675 437.737 433.169 8.629.807 8.614.581

25 a 29 anos 1.797 1.739 445.502 448.497 8.460.631 8.643.096

30 a 34 anos 1.661 1.622 398.879 409.412 7.717.365 8.026.554

35 a 39 anos 1.393 1.385 366.041 379.078 6.766.450 7.121.722

40 a 44 anos 1.306 1.341 369.087 391.278 6.320.374 6.688.585

45 a 49 anos 1.211 1.277 372.803 399.833 5.691.791 6.141.128

50 a 54 anos 1.098 1.172 332.590 360.676 4.834.828 5.305.231

55 a 59 anos 910 1.004 277.346 307.163 3.902.183 4.373.673

60 a 64 anos 768 802 217.076 247.908 3.040.897 3.467.956

65 a 69 anos 475 569 155.838 187.741 2.223.953 2.616.639

70 a 74 anos 321 449 112.895 149.150 1.667.289 2.074.165

75 a 79 anos 230 299 73.926 113.162 1.090.455 1.472.860

80 a 84 anos 146 218 42.599 76.474 668.589 998.311

85 a 89 anos 51 103 17.730 38.252 310.739 508.702

90 a 94 anos 21 46 5.887 14.732 114.961 211.589

95 a 99 anos 2 6 1.271 3.917 31.528 66.804

Mais de 100 anos 1 2 248 791 7.245 16.987

Fonte – IBGE

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Ano 2016

População Rural e Urbana


No período de 1991 a 2000 a população de Panambi teve um crescimento de pratica-
mente 11% de em sua população. No novo senso realizado pela IBGE a população de Panambi
em 2012 teve um aumento em relação ao ano de 2000 de 16,7%.
Neste mesmo período observa-se que a população rural no período de 1991 a 2000
teve uma redução de 12,7 % e no período de 2000 a 2012 a taxa de decréscimo foi de 19,05%.
Percebe-se que por este número um aumento na taxa do êxodo rural ainda alta. Tal
condição reflete no índice de urbanização do município que em 2012 chegou a 90,81%, con-
forme tabela 05
Tabela 5 - Distribuição da população
Distribuição da População
Ano Urbana Rural Total Taxa de urbanização
1991 24089 5290 29379 81,99%
2000 28291 4319 32610 86,76%
2012 34562 3496 38058 90,81%
Fonte IBGE

3.5.2 - Índices de desenvolvimento Humano

Os índices de desenvolvimento humano foram elaborados a partir do Atlas do Desen-


volvimento Humano no Brasil 2013 divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o De-
senvolvimento - PNUD, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA e Fundação João Pi-
nheiro - FJP, com dados extraídos dos Censos Demográficos de 1991, 2000 e 2010.
O IDH Municipal varia de 0 a 1 considerando indicadores de longevidade (saúde), renda
e educação. Quanto mais próximo de 0, pior é o desenvolvimento humano do município.
Quanto mais próximo de 1, mais alto é o desenvolvimento do município. A situação do muní-
cipio de Panambi está retratada na tabela 06.

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Ano 2016

Tabela 6 - Índice IDH – Índice de Desenvolvimento Humano


IDH – Índice de Desenvolvimento Humano
Ranking
Ano Nota
Rio Grande do Sul Brasil
2010 0,761 63° 350°
2000 0,688 32° 301°
1991 0,537 79° 349°
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013

3.5.2.1 – Saúde

Com base em dados do IBGE de 2005, o munícipio de Panambi possuía 28 unidades de


saúde, sendo 20 unidades públicas municipais e 8 unidades particulares.
Já no levantamento feito em 2009, Panambi possuía 30 unidades de saúde, sendo 16
unidades municipais e 14 unidades privadas. A tabela 07 apresentada o resultado encontrado
para o IDH que classifica a longevidade da população de Panambi.

Tabela 7 - IDH - Longevidade


IDH – Índice de Desenvolvimento Humano Longevidade
Ranking
Ano Nota
Rio Grande do Sul Brasil
2010 0,848 187° 792°
2000 0,831 69° 132°
1991 0,762 45° 152°
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013

3.5.2.2 – Renda

A renda da população de Panambi tem apresentado nos últimos anos um decréscimo


até certo ponto grande se analisarmos a renda per-capta média (tabela 09) por pessoas e res-
pectivo IDH. (Tabela 10)

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Tabela 8 - IDH Renda

IDH – Índice de Desenvolvimento Humano - Renda


Ranking
Ano Nota
Rio Grande do Sul Brasil
2010 0,753 122° 375°
2000 0,700 86° 421°
1991 0,606 188° 1086°
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013

Tabela 9 - Renda Per-capta


Renda per-capta média por pessoa (R$)
Ano Panambi Rio Grande do Sul Brasil
2010 346,68 507,61 447,56
2000 622,58 708,12 592,46
1991 864,44 959,24 793,87
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013

3.5.2.3 - Educação

Observa-se pelas tabelas 10 e 11os números e índices que qualificam a cidade e de-
monstram um cenário inicial para as condições educação da cidade de Panambi.
Tabela 10 - IDH – Educação

IDH – Índice de Desenvolvimento Humano - Educação


Ranking
Ano Nota
Rio Grande do Sul Brasil
2010 0,761 63° 350°
2000 0,688 32° 301°
1991 0,537 79° 349°
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013

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Ano 2016

Tabela 11 - Número de Matriculas


Matriculas
Ensino
Municipal Estadual Federal Privado Total
2007 2015 2007 2015 2007 2015 2007 2015 2007 2015
Pré-escolar 515 840 97 71 0 0 95 110 707 1021
Fundamental 2992 2669 1880 1928 0 0 296 654 5168 4951
Médio 0 0 1510 1085 0 214 12 210 1630 1509
Total 3507 3509 3487 3084 0 214 511 974 7505 7481
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013

Observa-se que é pequena redução no número de matriculas, o qual é influenciado


pelo aumento da idade média da população e pelo uma taxa de natalidade um pouco menor.
Destaca-se ainda que a partir de 2010 instalou-se em Panambi de um dos Campus do
Instituto Federal Farroupilha, o qual tem atendido a população local e regional com cursos de
nível médio, superior e pós-graduação.
O corpo docente de Panambi está descriminado conforme apresentado na tabela 12
Tabela 12 - Corpo Docente
Corpo Docente
Ensino
Municipal Estadual Federal Privado Total
2007 2015 2007 2015 2007 2015 2007 2015 2007 2015
Pré-escolar 54 78 5 4 0 0 9 10 68 92
Fundamental 233 160 137 134 0 0 25 35 395 329
Médio 0 0 104 94 0 38 13 41 117 173
Total 287 238 246 232 0 38 47 86 580 594
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013

Serve como referência para determinar ou qualificar as notas o seguinte indicador:


Notas entre 0,7 e 0,799 indicam um alto desenvolvimento humano:

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Ano 2016

3.5.3 – Dados Gerais

Tabelas 13, 14 e 15 são apresentados mais alguns dados que buscam retratar as con-
dições de vida o município de Panambi
3.5.3.1 - Expectativa de vida ao nascer
Tabela 13 - Expectativa de vida
Expectativa de Vida (anos)
Ano Panambi Rio Grande do Sul Brasil
2010 75,90 75,38 73,94
2000 74,86 73,22 68,61
1991 70,72 68,76 64,73
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013

3.5.3.2 - Taxa de analfabetismo

Tabela 14 - Taxa de analfabetismo


Taxa de analfabetismo
Faixa (anos)
Ano
11-14 15-17 18-24 25-29
1991 1,64 1,70 1,91 2,44
2000 0,84 0,72 1,02 1,27
2010 0,92 0,81 0,67 0,62
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

3.6 - Caracterização Ambiental

3.6.1 – Regiões Fisiográficas

A cidade está inserida na região fisiográfica denominada de Planalto Médio. A maior


parte da região é ocupada pelo basalto, ocorrendo arenitos em maior extensão somente nos
municípios de Júlio de Castilhos até Cruz Alta, onde os solos são bastante mais pobres.

3.6.2 – Geologia

A área de interesse está contida, em sua totalidade, na província geológica e tectô-


nica denominada Bacia do Paraná. O domínio da Bacia do Paraná engloba, no Rio Grande do
Sul, as Efusivas Ácidas e Básicas e a Cobertura Sedimentar Gonduânica. A região do municí-
pio de Panambi caracteriza-se pela ocorrência de rochas efusivas básicas continentais toleíti-
cas da formação Serra Geral (Grupo São Bento) comumente basaltos e fenobasaltos, com di-
ques e corpos tabulares de diabásio associados. Ocasionalmente, entre as lavas, ocorrem
lentes e camadas de arenitos interderrames, eólicos, finos a médios, róseos, com estratifica-
ção cruzada tangencial e brechas constituídas por fragmentos de basalto e arenitos cimenta-
dos por lava basáltica. Normalmente capeando as efusivas básicas, ocorre uma sequência de
rochas de composição ácida, constituída por riolitos felsiticos, riodacitos felsíticos e seus cor-
respondentes termos vítreos.

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Figura 7- Região Geológica

Fonte: Projeto BrasilRadam


3.6.3 – Hidrografia

O estado do Rio Grande do Sul conforme estabelecida pela Lei Estadual 10.350/1994,
em seu artigo 38, divide o estado em três regiões hidrográficas sendo as mesmas represen-
tadas nas figuras 08.
Região Hidrográfica do Uruguai: formada pelas bacias do extremo norte e oeste do
Estado, que drenam diretamente para o Rio Uruguai (Apuaê / Inhandava – U10; Passo Fundo
– U20; Várzea – U100; Turvo / Santa Rosa / Santo Cristo – U30; Ijuí – U90; Butuí / Piratinim /
Icamaquã – U40; Ibicuí – U50; Quaraí – U60); a bacia do Rio Santa Maria (U70), que indireta-
mente também drena para o Rio Uruguai, através do Rio Ibicuí; e a bacia do Rio Negro (U80),
que não drena para o Rio Uruguai, mas para a fronteira com o país vizinho.
Região Hidrográfica do Guaíba: formada pelas bacias da porção norte e central do Es-
tado que drenam para o Lago Guaíba, o qual também foi subdividido em uma bacia individu-
alizada (G80); as bacias que drenam para o lago são: Gravataí (G10), Sinos (G20), Caí (G30) e

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Baixo Jacuí (G70); outras bacias drenam para o Baixo Jacuí, são elas: Alto Jacuí (G50), Ta-
quari-Antas (G40), Pardo (G90), Vacacaí e Vacacaí-Mirim (G60). O exutório de toda esta ba-
cia é a Laguna dos Patos.
Região Hidrográfica do Litoral: formada pelas bacias do leste e do extremo sul do Es-
tado. Nesta se individualizam dois corpos de água de expressão: a Laguna dos Patos e a La-
goa Mirim; algumas bacias desta região drenam diretamente para o Oceano Atlântico: Mam-
pituba (L50), que é compartilhada com Santa Catarina, e Tramandaí (L10); para a Laguna dos
Patos drenam as bacias do Camaquã (L30), Litoral Médio (L20) e Mirim -São Gonçalo (L40),
sendo que, as duas últimas também drenam para o Oceano.
Figura 8 - Regiões Hidrográficas

Fonte http://www.fepam.rs.gov.br/qualidade/regioes_hidro.asp

O município de Panambi está localizado na Região hidrográfica do Uruguai que abrange


a porção norte, noroeste e oeste do território sul-rio-grandense, com uma área de aproxima-
damente 127.031,13 km², equivalente a 47,88% da área do Estado. Sua população total está
estimada em 2416.404 habitantes, que equivale a 23,73% da população do Estado, distribuí-
dos em 286 municípios, com uma densidade demográfica em torno de 19,02 hab./km².
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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Essa Região está subdividida em dez unidades hidrográficas: Apuaê-Inhandava (U-10),


Passo Fundo (U-20), Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo (U-30), Butuí-Piratinim-Icamaquâ (U-40),
Ibicuí (U-50), Quarai (U-60), Santa Maria (U-70), Negro (U-80), Ijuí (U-90) e Várzea (U-100).
As principais atividades econômicas desenvolvidas estão relacionadas com a agricul-
tura e a pecuária, notabilizando-se pelas culturas de arroz irrigado, na bacia hidrográfica dos
rios Butuí-Piratinim-Icamaquã, Santa Maria, Ibicuí e Quaraí, e soja e milho nas dos rios Ijuí,
Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo, Passo Fundo, Várzea e Apuaê-Inhandava. Destaca-se, também,
o uso dos recursos hídricos para a geração de energia, nas unidades hidrográficas: U-10, U-20,
U-30, U-90 e U-100.
Conforme site da FEPAM, os principais problemas ambientais encontrados nesta região
conforme Relatório Anual sobre a situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do
Sul são citados abaixo:
- Descarga de esgotos sem tratamento nos corpos hídricos;
- Elevadas cargas de efluentes de dejetos de aves e suínos e de efluentes industriais
sem tratamento;
- Atividade agrícola sem utilização de práticas de conservação dos solos;
- Uso indiscriminado de agrotóxicos;
- Graves processos erosivos, assoreamento dos mananciais hídricos e contaminação
por agrotóxicos;
- Perfuração de poços profundos, sem pesquisa, sem licenciamento e sem a avaliação
do potencial dos aquíferos;
- Desmatamento intenso, principalmente ao longo dos cursos d´água (matas ciliares);
- Significativa retirada de água para irrigação de arroz (conflito com outros usos de
água);
- Desequilíbrio natural pela drenagem das zonas úmidas;
- Processo intenso de arenização (ravinamento, voçorocas, pecuária extensiva (pisote-
amento) e com- pactação dos solos;
- Disposição inadequada de resíduos sólidos urbanos, a maioria dos municípios não têm
aterros sanitários;
- Problemas relacionados com a mineração;

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Em específico o município de Panambi encontra-se situado na região U90 – Ijuí con-


forme figura 09, sendo o mesmo caraterizado da seguinte maneira
Situa-se a norte-noroeste do Rio Grande do Sul, entre as coordenadas 27º45' e 26º15'
de latitude Sul e 53º15' e 56º45' de longitude Oeste, abrangendo 20 municípios, com uma
área de drenagem de 10.649,13 Km² e com 337.249 habitantes. Seus principais formadores
são os rios: Ijuizinho, Conceição, Potiribu, Caxambu, Faxinal, Fiúza e Palmeira. As atividades
econômicas desta bacia, de maneira geral, estão ligadas ao setor primário, predominando as
lavouras de soja. Alguns municípios desta bacia apresentam também os setores secundários
e/ ou terciários mais desenvolvidos. Destacam-se neste setor os municípios de Ijuí, Santo Ân-
gelo e Cruz Alta, este último divisor de águas entre as bacias do Ijuí e do Jacuí. Esta bacia
apresenta também potencialidade de geração de energia hidrelétrica, inventariada no "Inven-
tário Hidrelétrico da Sub-bacia 75" - Convênio SOPSH/ DRH/ CRH-RS-SEMC/ CEEE - outubro de
2000. O comitê de gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí foi criado pelo Decreto
Estadual nº 40.916, de 30/07/2001.
Figura 9 - Bacia do Rio Ijuí

Fonte http://www.fepam.rs.gov.br/qualidade/bacia_uru_ijui.asp

O munícipio de Panambi possui uma condição especial, que se trata do Rio Fiuza que
corta a cidade de leste ao oeste. Sendo que em seu curso diversos arroios se interligam a ele,
sendo o principal o Arroio do Moinho, conforme figura 10
Além destes dois mananciais de águas na cidade de Panambi cruzam ainda o Rio Ca-
xambu, Palmeiras e Alegre que tem seu curso passando pelo interior do município.

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Ano 2016

Figura 10 - Rios de Panambi

Fonte http://www.cprm.gov.br/publique/media/mapa_hidrogeologico_RS.pdf

3.6.4 – Climatologia

De acordo com o sistema de classificação climática internacional Köppen e Geiger de-


senvolvido por Wladimir Köppen e Rudolf Geiger, o clima predominante apresentado no Rio
Grande do Sul, é classificado como sendo de dois tipos:
Cfa – Clima temperado úmido com verão quente;
Cfb – Clima temperado úmido com verão temperado;
Estes dois climas definidos acima têm suas características expostas conforme tabela
15 e mapa figura 11

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Ano 2016

Tabela 15 - Climatologia de Panambi


Climatologia - Panambi
Letra Tipo Descrição
- Climas mesotérmicos
Clima Temperado
- Temperatura média do ar dos 3 meses mais frios com-
Clima Temperado
C preendidas entre -3 °C e 18 °C
quente
- Temperatura média do mês mais quente > 10 °C
Clima Subtropical
- Estações de Verão e Inverno bem definidas
- Clima húmido;
- Ocorrência de precipitação significativa em todos os me-
f ses do ano;
- Inexistência de estação seca definida;
- Não existe inverno definido;
- Temperatura média do ar no mês mais quente ≥ 22 °C
a Verão quente - Temperatura média do ar no mês mais frio > 10°C
- Inverno Brando
- Temperatura média do ar no mês mais quente < 22 °C
b Verão temperado - Temperaturas médias do ar nos 4 meses mais quentes >
10 °C
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_clim%C3%A1tica_de_K%C3%B6ppen-Geiger

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Figura 11 - Mapa Climatologia

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_clim%C3%A1tica_de_K%C3%B6ppen-Geiger

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Nas figuras 12 a variação da temperatura média anual, e na figura 13 temos a varia-


ção da temperatura média nas quatro estações do ano.
Figura 12 - Variação temperatura anual

Fonte: Atlas Eólico Rio Grande do Sul)

Figura 13 - Variação temperatura por estação

(Fonte Atlas Eólico Rio Grande do Sul)

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Conforme Atlas Eólico do Rio Grande do Sul a precipitação média anual na porção do
Planalto Meridional onde Panambi está situado, como pode ser observado na figura 14, está
relacionado entre 1800mm e 2000mm, sendo o atlas publicado no ano de 2002.

Figura 14 - Precipitação anual

Fonte: Atlas Eólico Rio Grande do Sul


Em Panambi está instalada a empresa FOCKINK, a qual possui uma estação meteoro-
lógica própria, a qual disponibiliza os dados coletados nela para a comunidade em geral,
sendo que o valor encontrado nos últimos anos foi transcrito para a tabela 16 e testificam os
valores apresentados acima.

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
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Tabela 16 - Precipitações anuais


Precipitação em Panambi
Ano Precipitação Temperatura Umidade rela- Dias c/
(mm) média (°C) tiva média (%) chuva
2015 3362,4 19,85 80,41 214
2014 3168,8 20,30 81,0 175
2013 2099,8 19,10 78,30 174
2012 1930,2 20,18 75,75 160
2011 6670,0 20,29 73,61 186
2010 2116,6 21,61 69,02 150
2009 5215,0 20,17 76,08 142
Fonte: Autor

3.6.5 – Topografia

A topografia do município é composta na sua maioria por Solos Litólicos eutróficos


com horizonte A. São moderadamente ácidos e neutros, com altos valores da soma e satura-
ção em bases e praticamente desprovidos de alumínio trocável. O horizonte A comumente é
do tipo chernozêmico, com estrutura fraca pequena e média granular ou em blocos suban-
gulares e textura média, com presença comum de cascalhos. Ocorrem sempre em associa-
ção com outros solos, tais como Cambissolo, Brunizém Avermelhado e Terra Roxa Estrutu-
rada. Nestas áreas de vegetação originalmente florestal desenvolveu-se intensa colonização
em pequenas propriedades rurais, sendo o manejo do solo executado de maneira bastante
rudimentar devido à forte limitação do relevo, normalmente forte ondulado ou monta-
nhoso, e à alta pedregosidade. Apesar destes fatores limitantes, são intensamente utilizados
com culturas bastante diversificadas, como milho, feijão, frutíferas e outras. Este fato de-
corre principalmente das boas propriedades químicas destes solos e da estrutura de posse
efetiva da terra da região.

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Figura 15 - Mapa pedológico

Fonte: Projeto RADAMBRASIL

Figura 16 - Região topográfica

Fonte: Projeto RADAMBRASIL

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3.6.6 Vegetação

Conforme Projeto RADAMBRASIL (IBGE, 1993), a área onde está localizado o municí-
pio pertence ao Planalto das Missões, que está situado a noroeste do Rio Grande do Sul e
tem altitude média inferior à do Planalto das Araucárias (1800 m acima do nível do mar).
Apresenta relevo de formas homogêneas, do tipo coxilhas. O substrato geológico é igual-
mente constituído por rochas dos períodos Jurássico e Juracretáceo, capeadas por ocorrên-
cias restritas de sedimentos do Terciário. O município está inserido na região da Floresta Es-
tacional Decidual, que compreende as florestas das porções médias e superiores do vale do
Rio Uruguai, da maior parte da vertente sul da Serra Geral e de diversas áreas dispersas pe-
las bacias dos Rios Ijuí, Jacuí e Ibicuí, cobrindo, no sul do Brasil, uma superfície territorial de
aproximadamente 47.000 km². Estas matas restringem-se a topos de morros e áreas de pre-
servação permanente, pois a região sofre constante pressão antrópica e vem sendo modifi-
cada, transformada e bastante descaracterizada como área natural desde a chegada dos co-
lonizadores, no final do século 19 e início do século 20. Atualmente a região caracteriza-se
pela policultura com fisionomias variadas, incluindo cultivos anuais e perenes, capoeiras em
diversos estágios, pecuária e florestamento (Pinus elliots e Eucaliptus spp.).

3.6.7 – Fauna

A avifauna do Rio Grande do Sul é extremamente variada. De acordo com a SEMA, no


Estado existem 573 espécies de aves já registradas, que somam mais de um terço de todas
as espécies conhecidas no Brasil. Dentre as aves encontradas na região de Panambi podem
ser citados: Rolinha-picuí, Urubu-de-cabeça-preta, Gavião-carijó, Noivinha, entre outras. Os
mamíferos, que são um grupo muito grande, apresentam-se em torno de 5.000 espécies. No
Rio Grande do Sul, já foram registradas 141 espécies, ou seja, 35% do total de mamíferos co-
nhecidos no Brasil. A relação aqui apresentada destaca algumas espécies, de mamíferos, en-
contradas na região de Panambi: alguns tipos de morcegos, coatis e gambás-de-orelha-
preta. Baseado em dados da SEMA, atualmente são conhecidas mais de 20.000 espécies de
peixes, desses por volta de 5.000 vivem em água doce e são encontrados nos rios, riachos,

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Ano 2016

arroios, banhados, lagoas e açudes. Os peixes podem ser distribuídos em três grandes gru-
pos: (i) descendentes diretos dos peixes primitivos, estes possuem o corpo alongado, sem
maxilas e sem escamas; (ii) o segundo grupo é constituído por peixes que possuem o esque-
leto cartilaginoso, ou seja, grupo dos peixes cartilaginosos, por exemplo, tubarões e as ar-
raias e; (iii) o terceiro grupo é formado pela maioria dos peixes atuais, estas espécies pos-
suem esqueleto ósseo e possuem escamas. As espécies mais comuns: Lambari, Timbacu,
Traíra, entre outros.

3.7 Ordenamento Territorial

O Plano Diretor Participativo de Desenvolvimento Municipal de Panambi divide o ter-


ritório em Zona Rural e Zona Urbana. A figura 17, a seguir, indica a zona urbana do município
que corresponde, aproximadamente, 8,50 % da área total do município.
A Zona Rural do município apresenta as seguintes localidades, indicadas na figura 18:
Entre-Rios, Assis Brasil, Gramado, Maranei, Ocearú, Jacicema, Esquina Handt, Pinheiri-
nho, Boa Vista, Encarnação, Belizário, São Manoel, Linha Brasil, Linha Jaciandi, Linha Serrana,
Linha Pavão, Linha Fiúza, Linha Caxambu, Linha Faxinal, Barra do Fiúza, Pontão do Fiúza, Linha
Timbará, Linha Inhame, Iriapira I, Iriapira II, Rincão Frente, Rincão Fundo, Linha Morengaba,
Linha 15 de Novembro, Linha 7 de Setembro e Esquina Cesca, também fazem parte da zona
rural as áreas que se destinam ao uso florestal e agropecuário.

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Figura 17 - Mapa ordenamento Físico Territorial

Fonte: Plano diretor de Panambi

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A Zona Urbana é delimitada pelo perímetro urbano legal indicado na figura 17 apre-
sentada anteriormente e divide-se em: Zona Urbana de Ocupação Prioritária e Zona de Expan-
são Urbana. A Zona Urbana de Ocupação Prioritária é composta pelas áreas da cidade efeti-
vamente ocupadas, servidas por ruas e glebas a elas contíguas, formada pelos seguintes bair-
ros: Alvorada, Jaciandi, Trentini, Fritsch, Zona Norte, Morro do Grosse, Bela Vista, Planalto,
Italiana, Parque Moinho Velho, Erica, São Jorge, Jardim Paraguai, Arco-Íris, Esperança, Piratini,
Serrana, Alto Paraíso, Vila Nova, Nossa Senhora de Fátima, Medianeira, Kuhn, Becker, Fens-
terseifer, Pavão e Wolgien.
Constituída a zona de Expansão Urbana é constituída pelas áreas da cidade situadas
entre a Zona Urbana de Ocupação Prioritária e o Perímetro Urbano Legal, indicadas na Figura
18.

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Figura 18 - Zoneamento Urbano

Fonte: Plano diretor

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Ano 2016

4 Águas pluviais: Cenário atual, problemáticas e programas, projetos e ações

4.1 Introdução
Os planos municipais de saneamento têm por objetivo articular ações nas áreas de
abastecimento de água, gerenciamento dos resíduos sólidos, esgotamento sanitário e drena-
gem pluvial, como exposto no primeiro capítulo deste plano onde se apresentou a forma de
trabalho e análise dos dados do município de Panambi
A drenagem pluvial do munícipio de Panambi, não é realizada de um modo planejado
no âmbito das suas bacias e sub-bacias, causando alguns dos efeitos relatados no diagnóstico
que será apresentado a seguir.
A condição do munícipio não possuir um planejamento, não é uma condição exclusiva
da cidade de Panambi, é uma condição recorrente em quase todos os municípios do estado.
O gerenciamento das águas da chuva que escoam no meio urbano, objetiva minimizar
riscos a população, causados por inundações, possibilitando o desenvolvimento urbano de
forma harmônica, articulada e sustentável.
O cenário urbano atual, com um crescimento significativo no número de construção de
residência, impulsionado por programas de incentivos do governo federal, podem gerar gran-
des danos a população e meio ambiente, uma vez que, não existe um planejamento adequado
dos sistemas de drenagem e manejo da água.
Como efeito desta urbanização temos cada vez mais no período de chuvas, pico maio-
res de vazão, que são gerados pela impermeabilização do solo, dentre os prejuízos gerados a
população podemos citar: perdas materiais e humanas, a interrupção da atividade econômica
das áreas inundadas, a contaminação por doenças de veiculação hídrica e a contaminação da
água pela inundação de depósitos, ETE’s , entre outros, isso tudo ainda é superável porém o
impacto psicológico gerado em uma pessoa a qual passou o trauma de perder tudo o que
levou uma vida inteira construindo, este dano é irreparável, essa situação ainda é mais crítica
quando se perde uma pessoa querida nestes incidentes. Para o gerenciamento adequado da
drenagem urbana são indispensáveis o conhecimento da área, o seu monitoramento, o pla-
nejamento das ações visando minimização dos impactos e, principalmente, a participação e
motivação da população envolvida.

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

4.2 Caracterização do sistema

O sistema de drenagem de água pluviais é composto por sistema de micro drenagem


e macrodrenagem.

4.2.1 Micro drenagem

O sistema de micro drenagem é caracterizado como uma estrutura capaz de drenar


pequenas áreas, construído de tubulações não maiores de 80cm nos quais estão interligados
os meios de captação da água superficial, são exemplos de meio de captação, sarjetas, grelhas,
bocas de lobo, caixas, entre outros.
Pode-se destacar que um sistema de drenagem de um núcleo habitacional é o mais
destacado no processo de expansão urbana, ou seja, o que mais facilmente comprova a sua
ineficiência, imediatamente após as precipitações significativas, trazendo transtornos à popu-
lação quando causa inundações e alagamentos.
Sua importância se dá por dois motivos: desobstruir os cursos d’água dos igarapés e
riachos, para eliminação dos criadouros de vetores de doenças e a não propagação de algumas
doenças de veiculação hídrica.
A micro drenagem definida como sendo um sistema de condutos pluviais em rede ur-
bana, que propicia a ocupação do espaço urbano por uma forma artificial de assentamento,
adaptando-se ao sistema de circulação viária, ou seja, um conjunto de redes pluviais adapta-
das às vias e ruas públicas.
É formada de conforme figura 19, de
- Boca de lobo: dispositivos para captação de águas pluviais, localizados nas sarjetas;
- Sarjetas: elemento de drenagem das vias públicas. A calha formada é receptora das
águas pluviais sobre as vias públicas;
- Poço de visita: dispositivos localizados em pontos convenientes do sistema de galerias
para permitirem mudança de direção, mudança de declividade, mudança de diâmetro e lim-
peza das canalizações;

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

- Tubos de ligações: são canais destinados a conduzir as águas pluviais captadas nas
bocas de lobo para a galeria ou para os poços de visita;
- Condutos: obras destinadas à condução das águas superficiais coletadas.
Figura 19 - Modelo de micro drenagem

Fonte http://sustentareviver.blogspot.com.br/2014/06/importancia-da-drenagem-no-saneamento.html

4.2.2 Macrodrenagem

O sistema de macrodrenagem é constituído por um conjunto de obras que visam me-


lhorar as condições de escoamento de forma a atenuar os problemas de erosões, assorea-
mento e inundações. Ela é responsável pelo escoamento final das águas, a qual pode ser for-
mada por canais naturais ou artificiais, galerias de grandes dimensões e estruturas auxiliares.
As razões para a necessidade de implantar ou ampliar nos centros urbanos, as vias de
macrodrenagem são:
- Saneamento de áreas alagadiças;
- A ampliação da malha viária;
- Evitar o aumento de contribuição de sedimento provocado pelo desmatamento e li-
xos lançados sobre os leitos;
-A ocupação dos leitos secundários de córregos.
Os tipos de drenagem são:
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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

- Superficial: utilizada para terrenos planos, com capa superficial sustentável e subsolo
rochoso ou argiloso impermeável, impede o encharcamento do terreno, evita a saturação do
solo.
- Subterrânea: tem como objetivo descer o lençol freático até um nível que garanta a
estabilidade das estradas e a segurança das construções.
- Vertical: é utilizada em terrenos planos quase sem declive para que a água drene,
como nos pântanos. Pode dar saída às águas superficiais e subterrâneas, pelos poços verticais,
fincados ou perfurados, tomando precauções para não ocasionar risco de contaminação das
águas subterrâneas.
- Elevação mecânica (bombas): utilizada quando o nível da água a ser bombeada é in-
ferior ao nível do local ou quando o lençol freático do terreno é elevado.
No caso de Panambi, este sistema de macrodrenagem acaba sendo executado pelos
arroios existentes no perímetro urbano e o rio Fiúza que corta a cidade. Destacamos aqui den-
tre dos arroios que cruzam a cidade e realizam a macrodrenagem o arroio do Moinho.

4.3 Atualização da lei de Saneamento Básico

Entrou em vigor no dia 6 de julho de 2016 a Lei nº 13.308. Esta Lei altera o art. 2º, o
art. 3º e o art. 52 da Lei do Saneamento (Lei 11.445/2007), conforme relacionado a seguir:

inciso IV do art. 2º – disponibilidade, em todas as áreas urbanas, de serviços de drenagem e


manejo das águas pluviais, limpeza e fiscalização preventiva das respectivas redes, adequa-
dos à saúde pública e à segurança da vida e do patrimônio público e privado;

alínea d do inciso I do art. 3º – drenagem e manejo das águas pluviais, limpeza e fiscalização
preventiva das respectivas redes urbanas: conjunto de atividades, infraestruturas e instala-
ções operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou reten-
ção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas
pluviais drenadas nas áreas urbanas;

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

inciso I do § 1º do art. 52 – abranger o abastecimento de água, o esgotamento sanitário, o


manejo de resíduos sólidos e o manejo de águas pluviais, com limpeza e fiscalização preven-
tiva das respectivas redes de drenagem, além de outras ações de saneamento básico de in-
teresse para a melhoria da salubridade ambiental, incluindo o provimento de banheiros e
unidades hidrossanitárias para populações de baixa renda;

As alterações do artigo 2º e 3º incluem, dentre as responsabilidades do poder público,


a limpeza e fiscalização preventiva das redes de drenagem pluvial visando a segurança da po-
pulação e dos patrimônios público e privado. O artigo 52 refere-se ao que o Plano Nacional de
Saneamento Básico (PNSB) deve abranger. Portanto, a partir desta Lei o PNSB passa a abran-
ger a limpeza e fiscalização preventiva do sistema de drenagem pluvial.
O desempenho adequado das redes de drenagem está muito relacionado à limpeza das
ruas, pois o acúmulo de lixo nas cidades pode contribuir para que os centros urbanos sofram
cada vez mais com alagamentos. Além do lixo, os resíduos de poluição, terra e outros detritos
também podem causar a obstrução da rede de micro drenagem.

4.4 Rio Fiuza

4.4.1 Localização

A bacia hidrográfica do rio Fiúza tem sua nascente no município de Santa Bárbara do
Sul, estado do Rio Grande do Sul, na latitude 53º17’30” e longitude 28º15’10”. O local possui
a altitude de 542 metros tendo como parâmetro o nível do mar.
A foz do Rio ocorre no município de Panambi, quando as águas do Fiúza se encontram
com a sub-bacia do rio Ijuí, na latitude 53º37’20” e longitude 28º16’20”, tendo como alti-
tude 318 m. Em nível regional o Rio pertence à bacia hidrográfica do rio Uruguai. O mapa da
bacia hidrográfica do rio Fiúza encontra-se na Figura 20.

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Figura 20 - Bacia do rio Fiuza

Fonte: Ministério da Infraestrutura

4.4.2 Extensão do aquífero

A distância da nascente até a sua foz é de 75,2 km, sendo que percorre 8,35 km den-
tro do perímetro urbano da cidade de Panambi. Já o percurso da nascente até a extremidade
oeste do perímetro urbano, proximidades da Av. Gustav Kuhlmann, tem a distância de 44, 63
km.

4.4.3 Inclinação do rio Fiúza no perímetro urbano

O trecho na área urbana é caracterizado pela sua sinuosidade e pela pouca declivi-
dade do Rio, influenciando diretamente a velocidade do fluido e consequentemente a vazão
do aquífero. Os arroios da área urbana possuem uma inclinação média de 0,016 m/m.
A cota do rio a montante da extremidade leste do perímetro urbano é de 390,30 me-
tros e a jusante na extremidade oeste é de 389,30 metros, como a extensão do rio no perí-
metro urbano é de 8,35 km, há uma inclinação de 0,00014 m/m.

4.4.4 Área da bacia hidrográfica

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

A área total da bacia hidrográfica do rio Fiúza é de 325,48 km², mas a área em estudo
que influencia a drenagem urbana no município é de 248,68 km².

4.4.5 Micro- bacias na área urbana


O perímetro urbano é dividido pelo rio Fiúza no sentido leste-oeste, já no sentido
norte-sul são os afluentes que formam as microbacias dos arroios Moinho, Alagoas e Piratini,
dividem a cidade no sentido norte- sul. O mapa da hidrologia da bacia no perímetro urbano
encontra-se na Figura 21.

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Figura 21 - Mapa Bacias de Panambi

Fonte: Celso 2006

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Ano 2016

4.1.6 Perfil transversal do rio Fiúza

Na área em estudo o mesmo possui uma largura média entre as margens de 18,70
metros, já a altura média do nível de água é de 1,20 m.

Figura 22 - Perfil Transversal do Rio Fiuza

Fonte: Celso 2006

4.1.7 – Perfil da área inundada

No ano de 2006 o engenheiro civil Celso Silva em seu trabalho de conclusão do curso
de engenharia civil, elaborou um mapa (figura 23) contendo das áreas suscetíveis a inunda-
ções em Panambi.

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Figura 23 - Mapa área inundável

Fonte: Celso 2006

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Ano 2016

4.5 Cenário atual

A prefeitura municipal de Panambi não possui estudos e/ou planejamento relaciona-


dos a drenagem e manejo de águas pluviais em sua área urbana.
Conforme relatado as redes de microdrenagem foram executados em grande parte do
centro da cidade, sendo a sua quase totalidade constituída por uma rede antiga na qual exis-
tem ligações clandestinas de esgoto, as quais acabam tendo o seu destino final o Arroio do
Moinho ou no Rio Fiuza, os bairros da cidade também possuem sistema de microdrenagem,
sendo os bairros mais antigos, ocorre o mesmo problemática nas ligações clandestinas de es-
goto.
As redes de drenagem não estão cadastradas no sistema da prefeitura e as existentes
não foram elaboradas através de um projeto adequado.
Destacando-se assim alguns problemas identificados no manejo das águas pluviais no
município.
- Carência de Plano Diretor de Drenagem Urbana em consonância a um plano diretor
de desenvolvimento Urbano
- Falta de conexão entre o tema drenagem urbana e resíduos sólidos, que envolve o
desarroreamento / limpeza e coleta de resíduos, sendo que a sistematização dos dados que
caracterizam o serviço deve nortear o programa de educação ambiental, bem como de com-
bate a erosão.
- Interface entre o tema drenagem urbana e esgotos sanitários com presença de liga-
ções irregulares de efluentes domésticos diretamente na rede de drenagem pluvial;
- Ausência de regulação do sistema de drenagem, que leve em consideração o sistema
atual e projeções
Deve ressaltar neste ponto a necessidade de avaliar o crescimento da área impermeá-
vel ao longo do tempo, muito bairros possuem baixa densidade e suas ruas constituídas de
paralelepípedos, que aos poucos vão sendo recobertas por asfalto. Para longo prazo, deverá
ser previsto o aumento da densidade populacional e consequente incremento na vazão de
pico, bem como de condução hidráulicas das redes e canais

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

4.6 Macrodrenagem Rio Fiuza / Arroio do Moinho / Arroio Alagoas

Uma obra muito importante foi realizada por administrações anteriores representadas
na figura de 24 e 25, no qual se construiu um desvio no rio Fiuza no principal ponto de acumulo
de água, diminuindo consideravelmente o número de inundações ocasionadas devido ao ex-
cesso de chuvas.

Figura 24- Canal de desvio do Rio Fiuza

Fonte: Autor

Figura 25 - Canal de desvio do Rio Fiuza

Fonte: Autor

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

4.7 Situação do Arroio do moinho

Foi feito a coleta de algumas imagens para destacar a situação do Arroio do Moinho
que capta praticamente toda a drenagem de águas dos bairros situados ao norte da cidade.
É possível observar que, conforme já relatado existem ligações clandestinas ao sistema
de drenagem, certo acumulo de lixo as margens.

Figura 26- Ligações clandestinas

Fonte: Autor
Foto 26 – Ponte na rua Anita Garibalde – Bairro Fenstesreifer, demonstra as ligações
de esgoto
Figura 27 - Remanso e sujeiras

Fonte: Autor
Foto 27 – Arroio do Moinho na extensão da Avenida Dom Pedro 1°, apresenta em
alguns trechos remanso de águas e algum momentos existe acumulo de lixo

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Ano 2016

Figura 28 - Ligação a micro drenagem ao arroio do moinho

Fonte: Autor
Foto 28 – Demonstra a ligação da rede de microdrenagem a rede macrodrenagem,
neste caso ao Arroio do Moinho novamente na avenida dom Pedro 1°.
Figura 29- Canalização do arroio do Moinho

Fonte: Autor
Foto 29 – Em determinado ponto do arroio do moinho é canalizado e passa por baixo
de uma antiga indústria no centro da cidade.
Figura 30 - Início galeria Arroio do Moinho

Fonte: Autor
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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Foto 31 – Local onde se inicia a galeria subterrânea do arroio do Moinho.


Figura 31 - Problemas estruturais galeria

Fonte: Autor
A foto 32 demonstra a falta de manutenção em alguns pontos do arroio onde, houve
já quedas de barreiras (muros laterais). Ocorrendo assim estrangulamento do curso das águas,
servindo de ponto para acumulo de entulho e em caso de grandes volumes de água ser arras-
tado até o início da canalização do arroio e servir de barreira em sua entrada, represando
ainda mais a vazão das águas.
Figura 32 - Fachada da indústria

Fonte: PSBM 2009

Foto 32 – Demonstra o local onde o arroio tem seu curso realizado por debaixo de um
antigo pavilhão industrial.
Este é um dos pontos recorrentes de inundações na cidade de Panambi, isso ocorre em
principio por dois grandes motivos:

63
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

- Galeria interna não possui dimensões suficientes para dar condições de vazão ao ocor-
rerem grandes precipitações, represando a água em sua entrada e extravasando o excedente
pelo interior do prédio
- Construções adjacentes que impossibilitam o curso normal das águas e acabam por
represar a água.
Figura 33 - Foto enchente ano 2011

Fonte: Guia Digital


Figura 34 - Foto enchente 2011

Fonte: Guia Digital


O Arroio do moinho acaba por tendo sua foz junto ao rio Fiuza, conforme figura 36 e
36, neste ponto observa-se uma condição de remanso de água devido ao ponto de encontro
com o rio Fiuza e a baixa declividade do arroio.

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Figura 35 - Foz do Arroio do moinho

Fonte: Autor
Figura 36 - Foz do Arroio Moinho - Vista do Rio Fiuza

Fonte: Autor

4.8 Problemática Bairro Érica – Arroio Alagoas

No bairro Érica apresenta um quadro recorrendo de ocorrência de inundação. Neste


bairro temos a condição do Arroio Alagoas que faz tem sua foz junto a rio Fiuza. Este arroio
acabo por receber uma grande quantidade das águas provenientes dos bairros localizados
mais ao sul da cidade, região a qual está tendo um grande crescimento populacional. Parte
deste arroio já foi canalizado, mas parte dele ainda está a céu aberto. Neste local a avenida
Konrad Adenauer acaba por muitas vezes sendo alagada pela dificuldade da drenagem das
águas, imagens 37,38 e 39.

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Figura 37 - Arroio Alagoas - Parte não canalizada

Área de acumulo de água

Fonte: Google Maps


Figura 38 - Arroio Alagoas

Fonte: Autor
Figura 39 - Acumulo de água - Arroio Alagoas

Fonte: Autor

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Figura 40 - Acumulo de água - Arroio Alagoas

Fonte: Autor

No caso em específica figura 40 observa-se muito remanso nas águas, possibilitando


assim a proliferação de várias pragas além de um constante mau cheiro.

Figura 41 - Fox do Arroio Alagoas

Fonte: Autor
Na foto 41 temos a foz do arroio Alagoas ao rio Fiuza, observa-se a baixa vazão na
canalização, mesmo que nas fotos 39 e 40 exista um grande volume de água, somente uma
das tubulações sem vazão, o remete a um problema de obstrução da tubulação

4.9 Problemática do lixo

Observa-se ainda o acumulo de lixo em alguns pontos, sendo os mesmos gerados por
locais clandestinos de descarte de lixo, conforme foto 42 ao fundo desta imagem temos o
leito do Rio Fiuza.
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Figura 42 - Descarte irregular de lixo

Fonte: Autor

Figura 43- Acúmulo de galhos e troncos

Fonte: Autor

Figura 44 - Acúmulo de lixo

Fonte: Autor

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Figura 45 - Acúmulo de Galhos

Fonte: Autor

Figura 46 - Gabinete de televisão

Fonte: Autor

4.10. Problemática erosão

Observa-se também em alguns pontos a existência de erosão das margens dos arroios
causada na maioria das vezes por falta de uma cobertura vegetal adequada e erosão causa
pela falta de manutenção das tubulações de drenagem junto ao seu ponto de esgotamento
final.

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Figura 47 - Erosão Arroio do Moinho

Fonte: Autor

Figura 48 - Erosão Arroio do Moinho

Fonte: Autor

Figura 49 - Margem Arroio do Moinho - Sem cobertura vegetal adequada

Fonte: Autor

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Figura 50 - Tubulação danificada

Fonte: Autor

4.11 Programas, Projetos e ações para drenagem urbana

Serão apresentados os objetivos para a melhoria das condições de drenagem e ma-


nejo de águas pluviais do munícipio de Panambi. Visando a consolidação dos objetivos serão
estabelecidas as ações.

Tabela 17- Medidas sugeridas - Sistema de drenagem


Projetos de melhoria drenagem e manejo de águas pluviais
N° Descrição Prazo Prioridade Complexidade Investimento
Realizar um cadastro das redes de
01 micro drenagem e bocas de lobo Curto Alta Média R$ 5.000.000,00
existentes;
Realizar um cadastro das redes de
02 macrodrenagem que cruzam a área Médio Alta Média R$ 500.000,00
urbana do município;
Verificar as condições de conserva-
03 Curto Alta Média R$ 50.000,00
ção das redes de micro drenagem;
Montar projeto de manutenção e
conservação das redes micro e ma-
04 crodrenagem, estabelecendo cro- Médio Média Baixa R$ 150.000,00
nograma de tarefas a serem reali-
zadas anualmente
Identificar áreas de banhando ou
acúmulo de água e áreas propícias
05 Médio Média Baixa R$ 250.000,00
a alagamentos ao longo do curso
dos rios e arroio da cidade
Criar plano de contingência para as
áreas de risco. (Desapropriação e
06 Longo Médio Alta R$ 2.000.000,00
reassentamento, canalização, lim-
peza…)

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Avaliação das condições hidráulicas


nas travessias urbanas ao longo do
07 Curto Médio Baixa R$ 75.000,00
trecho do arroio do moinho e rio
Fiuza
Alterar o curso no Arroio Moinho
na sua foz para um ângulo de infle-
08 xão de 45º, para amenizar o efeito Médio Média Alta R$ 50.000,00
do remanso devido ao ângulo de
entrada ser quase de 90°.
Avaliar a possibilidade de implanta-
ção de um reservatório de amorte-
cimento a montante do Rio Fiuza
09 Longo Baixa Alta RS 120.000,00
fora do perímetro urbano, com o
objetivo de diminuir os problemas
de alagamento
Avaliar a possibilidade de implanta-
ção de um reservatório de amorte-
cimento a montante do Arrio do
10 Moinho fora do perímetro urbano, Longo Baixa Alta R$ 150.000,00
com o intuito de diminuir os pro-
blemas de alagamento ao longo
deste arroio
Programa de recomposição da ve-
11 Curto Alta Baixa R 30.000,00
getação nas margens dos arroios
12 Canalização do Arroio Alagoas Curto Alta Baixa R$ 350.000,00
Sistema mecânica p/ limpeza da
13 Médio Médio Baixa R$ 35.000,00
entrada dos canais de drenagem
Investimento Total R$ 8.610.000,00
Fonte Autor

4.12 Defesa civil

No município de Panambi, a defesa civil existe em forma de conselho, os membros


participam de forma voluntária e sem remuneração. Composto por diversos segmentos da
sociedade, representantes da administração municipal, representantes das empresas que
compõem a comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA), Associação Comercial e In-
dustrial, Corpo de Bombeiros, dentre outros voluntários.
4.13 Barragem de Contenção

Como já descrito o município possui uma topografia irregular, em pequenas distâncias


a grandes inclinações do terreno, vales que podem ser aproveitados para a construção de
barragens de contenção. O que pode ser observado em sua planta altimétrica do município.
72
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

No arroio do Moinho foram existe a vários anos a intenção da construção de duas barragens
de contenção.
Atualmente, no local onde estão previstas as barragens de contenção, as áreas não
estão urbanizadas o que facilita a viabilidade do empreendimento. Os locais poderão ser de-
sapropriados pelo município e destinados a recreação através de parques.
Sendo a inclinação dos afluentes muito maior que a inclinação do rio principal e a
mesma inclinação influenciando diretamente na velocidade de escoamento, reduzindo o
tempo de concentração da água nas microbacias que compõem o aquífero, as barragens de
contenção aumentam o tempo de concentração nas microbacias reduzindo o pico da en-
chente.
As barragens poderão ser construídas com o solo do local ou das proximidades, reves-
tidas com vegetação do tipo grama, evitando erosão da taipa da barragem. As Figuras 51 e 52
demonstram os locais onde será executado o projeto. As barragens terão a função de reter o
excesso de volume precipitado, reduzindo a quantidade de água escoada pelo afluente na
região sul da cidade, que frequentemente é atingida pelas inundações do arroio do Moinho.
A execução do projeto consequentemente diminuirá o volume de água no rio Fiúza.

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Figura 51- Vista área do ponto 01

Local de instalação barragem de amortecimento

Fonte Autor

Figura 52- Local da segunda bacia de amortecimento

Local de instalação barragem de amortecimento

Fonte Autor

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Figura 53 - Ponto de encontro dos arroios

Ponto aproximado de encontro dos dois


córregos.

Fonte Autor

Figura 54 - Local da Barragem - Rua 25 de julho

Fonte Silva 2006

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Figura 55 - Local da Barragem - Rua Iriapiria

Fonte: Silva 2006

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Ano 2016

5. Resíduos Sólidos: Cenário atual, problemáticas e Programas, projetos e ações

5.1 Introdução

A geração de resíduos sólidos, nas mais diversas atividades realizadas pela sociedade
moderna tem sido um dos maiores problemas enfrentadas pelo ser humano.
Todo processo econômico gera resíduos, mesmo sendo considerado inservível por
grande parcela da sociedade, os resíduos possuem, aproximadamente em sua composição
40% de materiais recicláveis. Esta parcela plausível de reciclagem é atrativa econômica, ener-
gética e ambientalmente (FIGUEIREDO, 1994). A gestão de resíduos sólidos se enquadra nas
atividades de saneamento básico, por existir uma grande interdependência entre este, a sa-
úde e o meio ambiente.
Portanto, as ações de gerenciamento de resíduos sólidos em todos os segmentos,
deste domésticos a industriais e saúde devem estar inter-relacionadas com um único objetivo
a melhoria da qualidade do meio ambiente, levando assim uma melhoria na qualidade de vida
da população.
Para qualquer que seja a forma de gerenciamento dos resíduos sólidos, o mesmo deve
estar coerente com as normas e legislações ambientais vigentes, de acordo com citado na Lei
Federal n° 12.305/2010 que institui a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, regulamentada
pelo decreto Federal n°7404/2010. Um dos objetivos estabelecidos pela Lei 12.305 é a ordem
de prioridade para a gestão dos resíduos.
Figura 56 - Ações na gestão de resíduos

Não Reutilização
Geração Tratamento

Disposição
Redução Reciclagem final
adequada

Fonte: Autor

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

5.2 Legislação Vigente

Para a elaboração deste diagnóstico foram consultadas as seguintes legislações:

 Lei Municipal nº 3.866 de 12 de agosto de 2014:


- Aprova o Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos do município de
Panambi/RS;
 Lei Federal nº 12.305 de 02 de agosto de 2010:
- Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos;
Decreto 7.404 de 23 de dezembro de 2010;
- Regulamenta a Lei nº 12.305/2010 e institui o Comitê Interministerial da Política Na-
cional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística
Reversa;
Lei Federal nº 11.445 de 05 de janeiro de 2007;
- Estabelece diretrizes nacionais para saneamento básico;
Decreto nº 7.217 de 21 de junho de 2010;
-Regulamenta a Lei nº 11.445/2007 que dispõe sobre diretrizes para saneamento bá-
sico;
 Lei Estadual nº 9.921 de 27 de julho de 1993;
- Dispõe sobre gestão de resíduos sólidos;
 Norma ABNT NBR 10.004, de 31 de maio de 2004;
- Dispõe sobre a classificação dos resíduos sólidos;

5.3 Resíduos

O município de Panambi/RS possui Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Só-


lidos, aprovado através da Lei Municipal nº 3.866, de 12 de agosto de 2014, que informa os
objetivos gerais bem como as estratégias para o correto gerenciamento da totalidade de resí-
duos gerados no município. Cabe salientar que a Lei Municipal nº 3.866/2014 está embasada

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

na Lei Federal nº 12.305, de 02 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos
Sólidos, bem como no Decreto nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010, que regulamenta tal lei.
Constando como parte integrante do Plano de Saneamento Básico exigido através da
Lei nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007, o Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos
Sólidos objetiva apresentar o conjunto de ações a serem adotadas para coleta, transporte,
transbordo, triagem, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos gerados no município.
Outros objetivos esperados com a implantação de um sistema adequado de gerencia-
mento de resíduos estão relacionados com a redução do volume gerado, minimização dos
impactos à saúde pública e ao meio ambiente, melhor aproveitamento de materiais, aumento
da vida útil de aterros sanitários, melhoramento do saneamento municipal e redução do es-
gotamento de recursos naturais (matérias-primas).

5.3.1 Classificação dos Resíduos Sólidos

Segundo a Norma Brasileira - NBR 10004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas


- ABNT, de 31 de maio de 2004, resíduos sólidos são definidos como “resíduos nos estados
sólido e semissólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar,
comercial, agrícola, de serviços de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos proveni-
entes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de
controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável
o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções,
técnica e economicamente, inviáveis em face à melhora na tecnologia disponível”.
Ainda, de acordo com a Norma ABNT NBR 10.004/2004, os resíduos sólidos são classi-
ficados em:
Resíduos Classe I – perigosos: aqueles que apresentam periculosidade ou apresentam
características como inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade.
Resíduos Classe II – não perigosos:

79
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Classe IIA – não inertes: aqueles que não apresentam periculosidade, contudo,
podem apresentar propriedades como biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade
em água.
Classe IIB – inertes: aqueles que não apresentam periculosidade e que quando
submetidos a testes de solubilização, não apresentarem nenhum de seus constituintes solu-
bilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, exceto aspecto,
cor turbidez, dureza e sabor.
As tipologias de resíduos gerados no município de Panambi/RS, e consequentemente
gerenciados, são apresentados abaixo:
RSU – Resíduo Sólido Urbano – orgânico, reciclável;
RSI – Resíduo Sólido Industrial – oriundos de atividades industriais;
RCC – Resíduo da Construção Civil – restos de entulho, madeira, etc.;
RSS – Resíduos de Serviço da Saúde – infectantes, perfurantes, perigosos, etc.;
RLU – Resíduo de Limpeza Urbana – poda, varrição, etc.;
RES – Resíduos especiais – eletrônicos, agrossilvopastoris, etc.;

5.4 – Resíduo Sólido Urbano

5.4.1 – Coleta do RSU

A coleta do RSU – Resíduo Sólido Urbano é realizado com equipe da própria prefeitura
que possui os equipamentos e maquinários adequado para a realização deste serviço.
A mesma é realizada conforme cronograma divulgado em todos os meios de comuni-
cação, em especial jornais e rádios da cidade, sendo que mudança neste cronograma gerados
por datas especiais são amplamente divulgadas nos meios de comunicação.
O cronograma da coleta seletiva de lixo segue cronograma conforme tabela 18:

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Tabela 18 - Calendário Coleta Seletiva de Lixo


Calendário coleta seletiva de Lixo
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado
Dia da Semana
Feira Feira Feira Feira Feira
Reciclá- Reciclável
Tipo de Resíduo Orgânico Orgânico Reciclável Orgânico
vel
Manhã
Erica;
São Jorge;
Lot. Arco Íris;
Media- Arco-Íris;
neira;
Medianeira; Esperança;
Kuhn;
Kuhn; Erica; Erica; Medianeira;
Fenster- Piratini;
Fenstersei- São Jorge; São Jorge; Kuhn;
seifer;
fer; Lot. Arco Íris; Lot.Arco Íris; Fensterseifer; Fátima;
Morro
Bairros Atendidos Morro Arco-Íris; Arco-Íris; Morro Grosse;
Grosse; Vila Nova;
Grosse; Esperança; Esperança; Zona Norte;
Zona
Zona Norte; Piratini; Piratini; Bela Vista; Serrana;
Norte;
Bela Vista; Fátima; Fátima Planalto;
Bela Alto Paraíso;
Planalto;
Vista;
Klaesener 1 e 2;
Planalto;
Pavão;
Wolgien;
Centro;
Tarde
Alvo-
Alvorada; Alvorada;
Vila Nova; rada; Vila Nova;
Jaciandi; Jaciandi;
Serrana; Jaciandi; Serrana;
Trentini; Trentini;
Alto Paraíso; Trentini; Alto Paraíso;
Fritsch; Fritsch;
Bairros Atendidos Klaesener 1 e Fritsch; Klaesener 1 e
Becker; Becker;
2; Becker; 2;
Italiana; Italiana;
Pavão Wol- Italiana; Pavão Wol-
Moinho Ve- Moinho Ve-
gien; Moinho gien;
lho; lho;
Velho;
Noite (a partir das 18h e 00 min.)
Bairro Centro Orgânico Reciclável Orgânico Reciclável Orgânico
Fonte: Prefeitura Municipal de Panambi

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

5.5 – Resíduo Sólido Industrial (RSI)

Segundo a resolução 313/2002 do CONAMA Art. 1° “Os resíduos existentes ou gerados


pelas atividades industriais serão objeto de controle específico, como parte integrante do pro-
cesso de licenciamento ambiental. ” Portanto, os resíduos da atividade industrial são de res-
ponsabilidade de cada indústria sendo elas passíveis de fiscalização ambiental pelo órgão res-
ponsável pela emissão do licenciamento ambiental FEPAM. Se o mesmo constatar irregulari-
dades no descarte dos resíduos, a empresa poderá ser multada e ter o licenciamento bloque-
ado.
Basicamente os resíduos industriais descartados pelas empresas de Panambi são, su-
cata, cavacos, óleos, lodos provenientes dos sistemas de esgoto e dos processos de pintura e
os resíduos comuns do tipo: papel, vidros, metal, orgânico e varredura de chão. Ainda se se-
para pilhas, cartuchos de impressoras, tonner’s e materiais especiais.

5.6. - Resíduo da Construção Civil (RCC)

A construção civil, devido às práticas utilizadas, gera grandes volumes de resíduos, e


isto pode ser observado desde a produção de insumos, que caracteriza a geração anterior a
própria etapa construtiva.
A construção e a reforma de edificações, demolições, obras viárias, materiais de esca-
vação, são origens de resíduos da construção civil. A investigação da sua origem é importante
para a quantificação e a qualificação dos volumes gerados. O resíduo gerado em novas cons-
truções provém de quatro fases, a fundação, a estrutura e alvenaria, o revestimento e o aca-
bamento, sem que os resíduos devem ser diferenciados em função do tempo, da atividade e
da quantidade gerada.
Por outro lado, o resíduo de reformas é gerado principalmente pela falta de conheci-
mento, pois as quebras de paredes e outros elementos da edificação são realizados em pro-
cessos simples, sendo alto o volume final de resíduos. A composição destes resíduos pode ser
comparada a de resíduos de demolição, isto porque os trabalhos de reforma se assemelham

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

aos trabalhos de demolição. Nas demolições, o potencial de reciclagem depende do processo


construtivo e da qualidade da obra, entretanto, a quantidade independe destes fatores.
Os Resíduos da Construção Civil, conforme Resolução CONAMA n° 307/2002, art. 2°,
comtempla a seguinte definição: são provenientes de construções, reformas, reparos e demo-
lições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos,
tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas,
tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros,
plásticos, tubulações, fiação elétrica entre outros
O objeto para um controle mais efetivo do RCC, é a busca da sistematização, mediante
política formulada com base nas melhores práticas, técnicas e princípios que regem universal-
mente, no geral, o Direito Ambiental e, no particular, o gerenciamento integrado dos resíduos
sólidos.
Os objetivos sistematicamente são:
- Minimização da geração de resíduos;
- Segregação na Origem;
- Priorização da reutilização ou reciclagem dos resíduos;
- Minimizar o consumo de recursos naturais renováveis e não renováveis;
- Economia de energia;
- Redução de custos e aumento de lucros;
- Conscientização dos funcionários e demais envolvidos, quanto às questões ambien-
tais;
- Diminuir a quantidade de rejeitos dispostos em aterros;
- Instalações adequadas para o armazenamento temporário de resíduos;
- Destinação final de resíduos;

5.7 - Resíduos de Serviço da Saúde (RSS)

A resolução n°358 do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, de 2005 define


esses resíduos como aqueles resultantes de atividades relacionadas com o atendimento à sa-
úde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

campo; laboratórios analíticos de produto para saúda; necrotérios; funerárias e serviços onde
se realizem atividades de embalsamento (tanatopraxia e somatoconservação); serviços de
medicina legal; drogarias e farmácias inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensino
e pesquisa na área de saúde e pesquisa na área de saúde; centros de controle de zoonoses;
distribuidores de produtos farmacêuticos; importadores; destruidores e produtores de mate-
riais e controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde; serviços
de acupuntura; serviços de tatuagem, entre outros similares que, por suas características, ne-
cessitam de processos diferenciados em seu manejo, exigindo ou não tratamento prévio à sua
disposição. Estes resíduos são de responsabilidade do gerador, conforme artigo 218 do Código
Estadual do Meio Ambiente, 2000.
A respeito deste tema atualmente no país existem duas resoluções:
- N° 306 de 07 de dezembro de 2004 da Anvisa;
- N° 358 de 29 de abril de 2005 do CONAMA;
Ambas classificam os resíduos de serviço de saúde em:
Grupo A – Possível presença de agentes biológicos subdivido em 5 grupos;
Grupo B – Químicos;
Grupo C – Radioativos;
Grupo D – Equiparados aos resíduos domiciliares;
Grupo E – Perfuro cortantes;

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Tabela 19 - Classificação dos RSS segundo a ANVISA


Classificação dos RSS segundo a ANVISA
Sub-
Classificação do Produto Grupo Descrição
grupo
- Resíduos contendo subs- Produtos hormonais e produtos antimicrobianos, citostáti-
tâncias químicas que po- cos, antineoplásicos, imunossupressores, digitálicos, imu-
dem apresentar risco à sa- nomodulares, antirretrovirais, quando descartados por ser-
úde pública ou ao meio 01 viço de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de me-
ambiente, dependendo de dicamentos ou apressendidos e os resíduos e insumo far-
suas características de in- macêuticos dos medicamentos controlados pela Portaria
flamabilidade, corrosivi- MS 344/98 e suas atualizações;
dade, reatividade e toxi- Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfetantes, resí-
dade. B 02 duos contendo metais pesados. Reagentes para laboratório
inclusive os recipientes contaminados por estes.
Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixa-
03
dores)
Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em
04
análises clínicas
Demais produtos considerados perigosos, conforme classi-
05 ficação da NBR 10.004 da ABNT (tóxicos, corrosivos, infla-
máveis e reativos).
Fonte: Autor
Em Schneider, 2001, consta que, paralelamente aos estudos dos CONAMA, a Associa-
ção Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), criou a Comissão de Estudos de Resíduos Sólidos
de Serviço de Saúde publicando em 1993 quatro normas sobre o gerenciamento interno de
RSS, sendo as mesmas:
- NBR 12807, 1993 – Resíduos de Serviços de Saúde – Terminologia;
- NBR 12808, 1993 – Resíduos de Serviços de Saúde – Classificação;
- NBR 12809, 1993 – Manuseio de Resíduos de Serviço de Saúde – Procedimento;
- NBR 12810, 1993 – Coleta de Resíduos de Serviços de Serviços de Saúde – Procedi-
mentos;
Além dessas, podem ser associando ao tema uma série de normas da ABNT que dis-
põem sobre ensaios de resíduos, projetos, acondicionamentos, cores, coletas, transportes,
entre outros.
No Rio Grande do Sul, a lei n° 10.099 de fevereiro de 1994, dispões sobre os resíduos
sólidos provenientes de serviços de saúde, baseando-se na resolução n°05 do CONAMA de
1993.

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

5.8 - Resíduo de Limpeza Urbana (RLU)

Uma cidade limpa é sinônimo de qualidade de vida aos moradores e visitantes. O plan-
tio de flores e gramas no meio das avenidas, a varredura, capina e roça das ruas é de respon-
sabilidade da prefeitura. Para isso, mantem uma equipe de limpeza urbana composta por 22
varredores, 3 roçadores 03 motoristas, equipamentos e veículo: 02 Kombi e 02 caminhões
caçamba.
Os resíduos gerados deste processo são recolhidos pelos caminhões e encaminhados
até a Unidade de reciclagem compostagem de Resíduos Sólidos Urbanos. As equipes são co-
ordenadas pela secretaria de meio ambiente que destina a mesma conforme a necessidade
da mesma.

5.9 - Resíduos especiais (RE)

Resíduos sólidos especiais de acordo com o Plano Municipal de Gestão integrada de


Resíduos sólidos de Panambi (PMIGRS) os resíduos eletrônicos, os agrossilvopastoris, resíduos
de transporte e ainda outros que podem ser considerados como: eletrodomésticos, moveis,
animais mortos, resíduos de poda e etc.

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Ano 2016

Tabela 20 - Resíduos e sua destinação

Resíduos e sua destinação


Resíduo Coleta/periodicidade Destinação
Recolhido mensalmente pela em-
Coleta em campanhas
presa NATUSOMOS de Horizon-
Resíduos Eletrônicos Devem ser levados até o ponto de
tina que destina corretamente
Eletrodomésticos. recolhimento da Prefeitura no Gi-
cada componente para recicla-
násio Municipal sede da DESTUR
gem.
Resíduos Agrossilvopastoris
Após executada a tríplice lavagem
Geradas atividades agropecuárias Embalagem de agrotóxicos: coleta
pelos agricultores coletados e en-
e silviculturas, incluídos os relacio- anual com carreta.
caminhados para logística reversa.
nados a insumos
O recolhimento é conforme a
Responsabilidade do gerador até
quantidade e é realizado pela RE-
Resíduos de Transporte: Pneus o Eco ponto de responsabilidade
CICLANIP
da Prefeitura Bairro Arco Iris
Campanhas de combate à dengue
Resíduos: móveis, animais mortos Central de Triagem e Composta-
ou coletas solicitadas no setor de
e resíduos de Poda gem de Resíduos
meio ambiente
Fonte: Autor

5.10 – Cenário Atual

Para melhor diagnosticar as condições dos serviços resíduos sólidos buscou-se verifi-
car melhor as condições do sistema de desde a coleta sua coleta até a sua destinação

5.10.1 – Resíduos Sólido Urbano

Conforme já descrito Panambi possui sistema de coleta do RSU, divido em duas classes
o lixo orgânico e o reciclável, sendo a coleta feita por equipe e equipamento próprio.
A produção diária de resíduos sólido urbano na cidade de Panambi está representada
na tabela 21, tendo uma média diária de lixo orgânico de 13416 kg e lixo reciclável de 9809
kg.

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Ano 2016

Tabela 21 - Produção de resíduo sólido urbano

Produção de Lixo
Quantidade de Resíduos
Mês Ano
Orgânico (kg) Reciclável (kg)
Outubro 2014 297471 209653
Novembro 2014 275330 206560
Dezembro 2014 302770 202230
Janeiro 2015 301880 210760
Fevereiro 2015 280270 240320
Março 2015 313210 225320
Total 1770931 1294843
Média Mensal 196770 215807
Média Diária 13416 9809
Média diária gerada 23226
Total Gerado 3065774
Fonte: Autor
O plano municipal de gerenciamento de integrado de resíduos sólidos de Panambi es-
tima a produção de lixo e sua destinação final conforme apresentado na tabela 21

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Ano 2016

Tabela 22 - Estimativa de geração de resíduos

Estimativa de média gerada de Resíduos Sólidos gerados em Panambi


Manejo dos Resíduos Sólidos
Origem
Coleta e transporte Tonelada / dia Destinação Final
Resíduos Industriais Caminhões coletores sob
Tratamento, reciclagem e
Os gerados nos processos produtivos e responsabilidades dos
aterros sanitários
instalações Industriais geradores
Resíduos da construção civil
Os gerados nas construções, reformas, triagem e reciclagem e/ou
Coleta manual e transporte
reparos e demolições de obras, incluídos 30 áreas de bota-fora
em caçambas
os resultantes da preparação e escavação preveamente licenciadas
de terrenos para obras civis
Residuos domiciliares Coleta manual e transporte
Central de triagem com
Os originários de atividades domésticas em veículos coletores 13,5
aterro sanitário próprio
em residências urbanas compactadores de até 15m³
Resíduos da limpeza urbana Resíduos de varrição, coleta Resíduos de varrição:
Os originários da varrição, limpeza de realizada compá e carrinho Central de Triagem com
3
logradouros e vias públicas e outros de mão, resíduos de poda e Aterro sanitário do próprio
serviços de limpeza urbana. jardinagem realizada cm pá município Resíduos de poda
Resíduos de estabelecimentos comerciais Coleta manual. Transporte Central de Triagem com
Os gerados nas atividades comerciais e em caminhões coletores 1,5 Aterro sanitário do próprio
prestação de serviços compactadores de até 15 município.
Resíduos de serviço de saúde Coleta manual e Tratamento, reciclagem e
0,172
Os gerados nos serviços de saúde. transportada por caminhões Aterro Sanitário.
Resíduos agrossilvopastoris Embalagens de agrotóxicos: Após a tríplice lavagem
Os gerados nas atividades agropecuárias e coleta anual com carreta. Realizada pelos
silviculturais, incluídos os relacionados a Demais não são recolhidos agricultores, são coletados
insumos utilizados nessas atividades nem quantificados. para serem reciclados
Resíduos de serviços de transportes
Os originários de portos, aeroportos, Coleta manual em Recilclagem e aterro
terminais alfandegários, rodoviários e caminhões coletores. sanitário
ferroviários e passagens de fronteira

Resíduos de mineração:
Não há sinais de geração no
Não há produção
Os gerados na atividade de pesquisa, município
extração ou beneficiamento de minérios.

Fonte: Plano Municipal de gerenciamento de resíduos sólidos

5.10.2- Central de triagem e aterro sanitário

A cidade de Panambi sempre foi referência no gerenciamento de resíduos sólidos ur-


banos, isto porque, seus gestores sempre estão voltados para tecnologias e inovações para a
facilidade e regularidade destes processos desde a sua coleta até a sua destinação final. Apre-
sentamos aqui as três fases do gerenciamento de resíduos na cidade, a primeira fase compre-
endida entre os anos de 1987 até 1999, constituída de uma unidade de reciclagem e compos-
tagem de Resíduos Sólidos localizada as margens da BR-158, a segunda fase compreendida

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

do ano 1999 até os dias atuais composto de uma central de Central de triagem e aterro sani-
tário localizada no interior da cidade na localidade de Rincão Frente e recentemente iniciou-
se a terceira fase com a implantação de uma usina de processamento de lixo com o objetivo
da geração de energia, localizada as margens da BR 285.

5.10.3 Central de Reciclagem e Compostagem de RSU (1987- 1999)

Em meados de 1987, a gestão do município começa a se preocupar com a destinação


dos resíduos na cidade. Para tal atividade foi instalado nas proximidades da BR-158 (atual área
da pedreira) uma central de recebimento, reciclagem e compostagem dos resíduos proveni-
entes da coleta diária exercida no município. A central foi construída com recursos próprios e
com baixo custo e tecnologia de operação. Como mostra nas fotos 57 e 58 a central separava
os tipos de resíduos manualmente com auxílio de uma esteira. Após esta triagem os materiais
recicláveis eram depositados nas células e encaminhado para sua destinação final e o material
orgânico depositados no aterro.

Figura 57 - Central de triagem 1987

Fonte: Arquivo Prefeitura Municipal de Panambi

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Figura 58 - Central de Triagem (1987)

Fonte: Arquivo Prefeitura Municipal de Panambi

Pela simples ação de se preocupar com os resíduos, em 1992 Panambi foi selecionada
como um dos oito municípios finalistas de todo Brasil para o “Programa de reconhecimento
aos governos Locais”, incido pela ONU (Organização das Nações Unidas) que premiou diversos
municípios do mundo inteiro que estivesse realizando ações e projetos que desenvolvam pro-
teção ao meio ambiente.
Porém a área destinada para este processo passa a ser insuficiente para a demanda do
município e também o local, inadequado para a prática deste tipo de atividade e, portanto,
não era possível licenciar o mesmo. Além destes empecilhos, a prefeitura necessitou fazer a
troca urgente do local de depósito dos resíduos em virtude de um acidente ambiental, ocor-
rido no início do inverno de 1997 gerado pela combustão do lixo, que ocasionou uma densa
camada de fumaça cobrindo toda região sul da cidade. A central de coleta e triagem foi então
transferida para o local de funcionamento até os dias atuais.

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

5.10.4 Unidade de reciclagem compostagem de Resíduos Sólidos Urbanos (1997 até


os dias atuais)

Atualmente, opera-se a central de triagem e aterro na área de propriedade da Prefei-


tura Municipal de Panambi que possui 17,90 há e está localizada na Linha Rincão Frente, loca-
lizada acerca de 5km do centro da cidade e a 1,5km do núcleo residencial. No projeto de ins-
talação da mesma de 1999, o núcleo residencial distanciava 2,2km da área. O projeto contem-
plava a instalação de Aterro Sanitário e Vala Séptica para resíduos sólidos para serviço de sa-
úde, porém, foi executado apenas a célula para o aterro, na figura 59 e 60 podemos observar
a localização da central de triagem como sua vizinhança.
Figura 59 - Localização da central de triagem

Atual área da central de triagem

Fonte: Google Maps

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Figura 60 - Central de triagem

Fonte: Google Maps

A central de triagem conta hoje com as seguintes instalações e equipamentos:


 Residência do Vigia;
 Refeitório/vestiário;
 Administração;
 Instalações hidráulicas;
 Recepção;
 Galpão de triagem e depósito para armazenamento dos recicláveis;
 Pátio de compostagem;
 Galpão para beneficiamento e estocagem do composto orgânico;
 Célula do Aterro Sanitário;
 Célula para resíduo de poda;
 Lagoa de Tratamento Percolado;
No projeto, os parâmetros utilizados para o dimensionamento das instalações conside-
ram o crescimento populacional para 30 anos, sendo estimado 22,3 toneladas e projetada
então para 30 toneladas diárias com margem de segurança.

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

5.10.5 Célula de Aterro Sanitário

De acordo com o projeto foi destinada área de 30.000m² (trinta mil metros quadrados)
para a célula. Área que será impermeabilizada e drenada com a finalidade de conduzir os eflu-
entes líquidos até a lagoa de contenção. A drenagem até a lagoa é realizada por método de
rampas, há um corte no terreno de 3 (três) metros de profundidade e se elevará a 2 (dois)
metros acima do nível natural do terreno.
Em junho de 2004 foi recebida uma notificação da FEPAM, surgida após vistoria ao local
das inconformidades encontradas que impedia a renovação do licenciamento de operação.
Em resposta ao ofício, foi contratada a empresa STC tratamento de resíduos Ltda., em
março de 2005 para apresentar um PRAD (Plano de recuperação de área degradada) com o
objetivo fundamental de tornar a Central de Triagem e Compostagem com Aterro Sanitário
um empreendimento ambientalmente correto e em conformidade com as normas técnicas
vigentes na data. A partir deste plano, também se optou pela destinação do resíduo de saúde
por empresa especializada, terceirizando o serviço de coleta e disposição final, aumentando
assim a área física e a vida útil do para o tratamento de resíduos sólidos urbanos.
Este PRAD demonstra detalhadamente as ações tomadas para recuperação da área de-
gradada. Entre elas a reestruturação do aterro, escavando-o e construindo rampas para a per-
colação do chorume, instalação de dutos de gás, instalação de Placa indicativas e de avisos,
arborização no entorno, construção de uma drenagem pluvial e de percolados eficiente, ati-
vação do monitoramento através de piezômetros, correta escavação da Lagoa de Tratamento
entre outras medidas exigidas pelas normas referentes a esta atividade. Além deste, um adi-
tivo foi encaminhado constando alterações no projeto do aterro, inserindo uma camada infe-
rior e superior em argila e também a inserção de filtros e geomembrana que auxiliam na cor-
reta drenagem do chorume.
No ano de 2012, com o espaço da célula suprido, foi encaminhado projeto para a
FEPAM órgão licenciador, para a construção de uma nova célula para recebimento do lixo ao
lado da célula existente. Esta célula de aterro integra um complexo de tratamento contendo
estruturas básicas já existente e couras criadas para maior eficácia do sistema incrementando-

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

se a drenagem da nova célula construção de uma lagoa aeróbia e outra anaeróbica, utilizando
os filtros e demais estrutura já existentes.

5.10.6 - Condições atuais da central de triagem e aterro sanitário.

O transporte dos resíduos sólidos urbanos proveniente da coleta seletiva de lixo reali-
zada pela equipe da prefeitura obedece ao estabelecido pela norma NBR 13221 e normas su-
pracitadas na mesma
A operação de triagem e destinação final dos resíduos seja a venda ou deposição no
aterro sanitário atendem as exigências contidas na Lei Federal n°12305 e condicionantes da
licença de operação n°6043 / 2013-DL, regulamenta pela FEPAM, que definem quais as norma-
tivas a serem seguidas, esta licença segue junto ao Anexo 15.
Atual condição da central de triagem e aterro sanitário tem nos últimos meses do ano
de 2016 chamado a atenção dos órgãos ligados ao meio ambiente como o Conselho Municipal
do Meio Ambiente e Arpa Fiuza, sendo observado por estes órgãos grandes dificuldades de
trabalho na central de triagem e aterro, esta preocupação vem de dois pontos merecem aten-
ção especial
1° -A dificuldade de processar os resíduos recebidos;
Esta dinâmica ocorre devido à falta de manutenção e investimentos em máquinas e
equipamentos mais expressivos na central de triagem
2° - A necessidade urgente da abertura de uma nova célula de aterro, para atender a
atual demanda de produção de resíduos.
Nas figuras temos um registro da atual condição do aterro.

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Ano 2016

Figura 61 - Área coberta para recebimento dos Resíduos

Fonte: www.panambinews.com

Figura 62 - Área coberta para recebimento de resíduos

Fonte: www.panambinews.com

Figura 63 - Célula Aterro Sanitário

Fonte: www.panambinews.com

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Figura 64 - Lagoas de Decantação

Fonte: www.panambinews.com

No anexo 06 temos uma minuta de laudo elaborado pelo conselho municipal de meio Formatado: Fonte: 12 pt
Formatado: Sem Espaçamento, Espaçamento entre linhas:
ambiente, referente a uma das visitas feitas ao local da central de triagem e aterro sanitário. 1,5 linhas

Formatado: Fonte: 12 pt

5.10.7 – Custos da central de triagem e aterro sanitário

Mesmo o governo municipal não executando grandes investimentos na central de tri-


agem e aterro, a mesma tem custo para os cofres do munícipio de aproximadamente R$
100.000,00 mensais, neste valor estão contidos todos os encargos sociais dos funcionários.
Porém o que mais chama atenção é o custo até certo ponto elevado de manutenção e com-
bustível que consome praticamente ¼ de todo o valor.

5.11 – Demais constatações

Atualmente a prefeitura municipal não possui um Plano Integrado de Gerenciamento


de Resíduos da Construção Civil (PGRCC), existe conforme Plano Municipal de gerenciamento
de resíduos sólidos uma estimativa da quantidade gerada, mas a ausência de um controle
efetivo dos resíduos impossibilita a mensuração real de sua geração
Os resíduos provenientes da construção civil no município hoje são de responsabili-
dade do proprietário da obra e dos fornecedores (lojas de material de construção, empresa

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

de Gesso), que tem por obrigação destinar os resíduos de forma correta. Os entulhos possuem
diferentes destinação sendo os principais deles conforme tabela a seguir:

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Tabela 23 - Destinação de resíduos da construção

Destinação dos resíduos da Construção Civil


Resíduo Recolhimento Destino
-Tijolos, blocos de concreto/cerâmica, Empresa de tele entulho Central de triagem;
telhas quebradas, Concreto (sem arma- Frete particular/Contratado Áreas autorizadas a receber a fim de
dura) aterrar.

- Papel de embalagens como cimento Coleta do resíduo sólido urbano Central de triagem
argamassa
- Latas de tinta Proprietário/Consumidor - Devolver na Loja de material de cons-
trução
- Gesso Fornecedor do serviço - Destinará a reciclagem correta.

Fonte: Autor

Com um Plano organizado é possível mensurar a quantidade de resíduo pois possuem


destinação correta podendo ser registrada infrações no caso de descumprimento da destina-
ção correta do resíduo.
Atualmente a destinação e o recolhimento do resíduo solido das unidades saúde de
responsabilidade da Prefeitura do município de Panambi é terceirizada para empresa licenci-
ada. Fazem parte destas unidades:
 Posto de saúde Bairro Centro
 Posto de saúde bairro Piratini
 Posto de saúde Bairro Italiana
 UBS Esperança
 Pronto socorro (anexo ao hospital)
 Centro de especialidades
 Centro de distribuição de medicamentos
Conforme já citado o município de Panambi possui com base em dados do IBGE de
2005, 28 unidades de saúde, sendo 20 unidades públicas municipais e 8 unidades particulares.
. Além dos estabelecimentos municipais, a cidade possui diversas clinicas particulares,
consultórios odontológicos, veterinários que necessitam de coleta dos resíduos de saúde.

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

O plano de gerenciamento de resíduos sólidos deverá atender ao disposto na resolu-


ção do CONAMA 307/2002 –que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos
resíduos da construção civil.

5.12- Programas, Projetos e ações para gerenciamento de sólidos

Serão apresentados os objetivos para a melhoria das condições do gerenciamento de


resíduos sólidos do munícipio de Panambi. Visando a consolidação dos objetivos serão esta-
belecidas as ações.

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Tabela 24- Medidas sugeridas – Sistema de drenagem

Projetos de melhoria gerenciamento resíduos sólidos


N° Descrição Prazo Prioridade Complexidade Investimento
Necessidade do estudo e im-
plantação de um Plano Inte-
01 Curto Alta Baixa R$ 50.000,00
grado de gerenciamento de Re-
síduos da Construção Civil
Adequação / Criação de ponto
02 para coleta de lixo do Tipo RES; Médio Alta Média R$ 100.000,00
Chamado de Eco Ponto
Aumento e implantação de no-
03 vos programas de conscientiza- Curto Média Baixa R$ 150.000,00
ção Ambiental
Busca de nova tecnologias para
a central de triagem e aterro
04 existente (tratamento do cho- Médio Alta Média R$ 2.500.000,00
rume, equipamentos novos; mo-
dernização, ampliação);
Criar uma cooperativa de reci-
05 Médio Baixa Baixa R$ 85.000,00
cladores de resíduos
Criação / Verificação / Amplia-
ção de mecanismos de controle
nas esferas municipais e esta-
06 Longo Alta Alta -
dual para fiscalização do des-
carte do resíduo industrial / resí-
duos da saúde
Necessidade urgente da aber-
07 tura de uma nova célula no Alta Alta Baixa R$ 120.000,00
aterro; (já possui licença prévia)
Implantação do sistema de co-
08 Médio Alta Baixa 1.800.000,00
leta seletiva por containers
- Desenvolver projeto de incen-
09 tivo às industrias dispostas a ab- Longo Baixa Média -
sorver matéria prima reciclada
Implantação da usina de proces-
10 Alta Alta Média R$ 35.000.000,00
samento dos resíduos sólidos*
Investimento Total R$ 40.155.000,00
Fonte: Autor

* - Investimento realizado pela iniciativa privada

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

5.13 - Usina de processamento de resíduo sólido Formatado: Título 2, À esquerda, Espaçamento entre linhas:
simples
Lixo Formatado: Fonte: +Corpo (Calibri), Negrito, Cor da fonte:
No ano de 2016, o prefeito Miguel Schmitt-Prym, lançou edital de contratação de em- Automática
Formatado: Fonte: Negrito
presa de uma usina com tecnologia para transformar o resíduo em geração de energia elétrica.
Formatado: Fonte: +Corpo (Calibri), 12 pt
A vencedora foi a consórcio INTRAR ECO-ENERGY que traz em sua usina o processo de desi- Formatado: Fonte: 12 pt

dratação do lixo orgânico, separando-o do lixo reciclável na própria usina.

“A Usina de Processamento de Resíduos Sólidos não emite poluentes gasosos, porque


os diversos produtos formados no processo, a partir da desidratação, são volatizados e passam
por um processo de destilação, condensação e seguem para o filtro raitec, onde receberão o
tratamento final até serem transformados em vapor de água. A unidade de desidratação
opera a temperatura entre 850° a 900°. O produto deste processo é um carvão de excelente
qualidade, indicado para os mais diversos usos, sendo o principal deles a geração de energia.
A cada cinco toneladas de resíduos carbonizados são geradas três toneladas de carvão. A in-
dústria utiliza 10% do próprio carvão produzido como combustível. Os 90% restantes, serão
encaminhados para a caldeira de geração de energia. Os gases desta parte do processo tam-
bém serão direcionados para o mesmo sistema de tratamento dos demais. ”

Formatado: Fonte: Não Itálico


Formatado: Centralizado
Figura 65 - Layout Usina de processamento de resíduos sólidos
Formatado: Fonte: 12 pt
Formatado: Legenda, Centralizado, Espaçamento entre
linhas: simples

102
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Fonte: Infinita estrutura de negócios Formatado: Centralizado

103
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

O consorcio de Panambi/ Condor foi ampliado para mais 30 municípios, os quais se-
rão responsáveis pela logística de coleta dos resíduos em suas cidades e logística dos mes-
mos até a Usina. Por dia, o consorcio possibilita a usina peraprocessarr com 205t ton de resí-
duos e produzir uma capacidade de 6 Mw/h de energia elétrica a ser injetada na rede.
No anexo 05 temos a planta do projeto de Panambi, como também o RCE do empre-
endimento.
.

104
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

6. Tratamento da água Cenário atual, problemáticas e programas, projetos e ações

O sistema de abastecimento de água do município de Panambi ao qual será descrito


neste capítulo é composto por um sistema de captação, tratamento e posterior rede de dis-
tribuição.
Este sistema tem a sua administração concedida vida contrato a CORSAN (Companhia
Rio-grandense de Saneamento), contrato assinado em 201x com validade até o ano de 20xx

6.1 - Usos da Água

Em termos gerais, os usos da água abarcam as atividades humanas em seu conjunto.


Neste sentido, a água pode servir para consumo ou como insumo em algum processo produ-
tivo.
A disponibilidade do recurso é cada vez menor, por um lado, porque deve ser compar-
tilhado por atividades distintas e por outro, porque não é utilizado racionalmente. Assim, por
exemplo, a indústria e a mineração utilizam tecnologias que demandam grandes quantidades
de água, e em consequência geram grandes quantidades de água residual que são devolvidas
às fontes de água sem tratamento prévio.
No caso da agricultura, a demanda da água também é muito grande, especialmente
nos lugares onde as chuvas não são constantes. Além disso, utilizam sistemas de irrigação que
desperdiçam enormes volumes de água. Os fertilizantes químicos e agrotóxicos também con-
tribuem para a contaminação dos cursos de água.
Finalmente, a água para consumo humano, que é captada de fontes superficiais e sub-
terrâneas, é cada vez mais procurada pelas populações, mas a cada dia está mais escassa e
cara.
Cuidados com a água:
- Use racionalmente a água no ambiente doméstico, sem desperdiçá-la nem deixando
que se contamine.

105
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

- Contribua na promoção do uso eficiente da água na agricultura e geração de energia


elétrica, implantando uma efetiva proteção e recuperação deste recurso para que o setor de
saneamento possa contar com águas de melhor qualidade e em maior volume.
- Tenha consciência de que a água é um recurso finito e que deve ser aproveitado ade-
quadamente, pois sendo uma vez utilizado, deve ser reposto em condições similares.

6.2 - Fontes de Água

Entre os recursos naturais, a água é o elemento mais importante para a subsistência


das espécies, que dependem de sua disponibilidade para satisfazer suas necessidades. Quase
todos os aspectos da vida do homem giram em torno da água, razão pela qual os povos de-
senvolveram-se nas proximidades de fontes de água.
As fontes naturais de abastecimento de água são:
- Água da chuva;
- Águas superficiais (rios, arroios, lagos);
- Águas subterrâneas (aquíferos, mananciais);
Embora três quartos partes da superfície da Terra sejam compostas de água, a maior
parte não está disponível para consumo humano pois 97% são água salgada, encontrada nos
oceanos e mares e 2% formam geleiras inacessíveis.
Apenas 1% de toda a água é doce e pode ser utilizada para consumo do homem e ani-
mais. E deste total 97% estão armazenados em fontes subterrâneas.

6.3 - Uso Racional da Água

Sabe-se que em muitos países as pessoas que moram em zonas marginais contam com
um serviço de água deficiente para o consumo humano. Isto se deve às características físicas
e geográficas dos assentamentos, nos quais implementar uma infraestrutura sanitária ade-
quada representaria custos muito elevados que a população não pode assumir.
A esta situação, soma-se uma escassez generalizada de água potável tanto nas cidades
como no campo, região em que há cobertura limitada nos domicílios. Para estas regiões que

106
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

não contam com rede pública de abastecimento existem métodos de purificação doméstica
da água.
Métodos de purificação doméstica da água
A água pode ser contaminada devido aos maus hábitos de uso e à falta de manutenção
dos encanamentos. Nos locais que não contam com rede pública deve-se purificar (tratar) a
água para o consumo, seguindo métodos simples como:
- Ferver a água de 1 a 5 minutos.
- Colocar de 1 a 2 gotas de hipoclorito de sódio (cloro de uso doméstico) por cada litro
de água clara. A proporção dependerá da concentração de cloro existente. Misturar bem e
esperar 30 minutos antes de beber.
- Utilizar pastilhas de cloro, se puder consegui-las, pedindo sempre instruções para o
uso.
- A água tratada deve ser acondicionada em recipientes bem fechados. É recomendável
purificar somente a água que será utilizada para beber e preparar os alimentos.
- Deve-se verificar se as conexões, os aparelhos sanitários e depósitos de água estão
em bom estado. É recomendada a limpeza permanente, do contrário ocorrerá contaminação.

6.4 - Conservação das nascentes do Rio Fiuza e Arroio do Moinho

Sendo o rio Fiuza a grande fonte de provimento de água para a cidade de Panambi, é
muito importante sermos responsáveis pela conservação e manutenção da nascente do
mesmo. As águas que formam o rio Fiúza brotam de diversas fontes em uma área de banhado
situada na localidade de Canta Galo, no município de Santa Bárbara do Sul, num lote de as-
sentamento de reforma agrária realizado pelo INCRA, no ano 1997. Este lote situa-se à mar-
gem esquerda da rodovia estadual que liga Santa Bárbara do Sul a Palmeira das Missões, pró-
ximo ao Km 15 da RS 508.

107
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

6.4 - Tratamento de Água

Do total da água existente no planeta, 97,5% corresponde à água salgada e o restante


(2,5%) à água doce. Destes, 68,9% estão nas calotas polares, 29,9% nos reservatórios subter-
râneos, e apenas 1,2% disponíveis como águas superficiais.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 63,9% dos 5.507 muni-
cípios brasileiros têm abastecimento de água por meio de rede de distribuição. A Organização
das Nações Unidas (ONU) estima que a falta de saneamento resulte em uma morte infantil a
cada 20 segundos.
Conforme informações repassadas pela CORSAN, nos munícipios os quais ela atende,
a mesma leva água tratada para 98% da população.
A água, embora indispensável ao organismo humano, pode conter substâncias (ele-
mentos químicos e micro-organismos) que devem ser eliminados ou reduzidos a concentra-
ções que não sejam prejudiciais à saúde.
As Estações de Tratamento de Água (ETAs) foram criadas para remover os riscos pre-
sentes nas águas das fontes de abastecimento por meio de uma combinação de processos e
de operações de tratamento.
O tratamento da água superficial consiste nas seguintes etapas:
- Captação: retirada de água bruta do manancial;
- Adução: caminho percorrido pela água bruta até a Estação de Tratamento de Água;
- Mistura rápida: adição de um coagulante para remoção das impurezas;
- Floculação: onde ocorre a aglutinação das impurezas;
- Decantação: etapa seguinte, em que os flocos sedimentam no fundo de um tanque;
- Filtração: retenção dos flocos menores em camadas filtrantes;
- Desinfecção: adição de cloro para eliminação de micro-organismos patogênicos;
- Fluoretação: adição de compostos de flúor para prevenção de cárie dentária;
- Bombeamento para as redes e reservatórios de distribuição;
Conforme informações repassadas a CORSAN companhia que detém a concessão do
serviço de tratamento de água do município de Panambi a mesma mantém todo o volume de

108
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

água tratada dentro dos padrões de potabilidade exigidos pela Portaria Nº 2914/2011 do Mi-
nistério da Saúde através do controle de qualidade realizado nas ETAs e Poços ou Fontes por
meio de 341 Laboratórios físico-químicos e 171 Laboratórios bacteriológicos. Além disso, a
Companhia ainda conta com um Laboratório Central o qual complementa a execução das aná-
lises exigidas pela Legislação Federal. Esse Laboratório é acreditado pelo INMETRO segundo
os critérios da ISO 17025, que garante sua competência técnica.
Nas localidades atendidas por poços e fontes, geralmente a água subterrânea necessita
apenas das etapas de desinfecção e fluoretação para torná-la potável.

6.5 – Sistema de Captação de água

A captação de água para abastecimento da população está localizada dentro do perí-


metro urbano da cidade, através de uma barragem de nível foto 66 e 67xx localizado no bairro Formatado: Fonte: Não Negrito
Formatado: Fonte: Não Negrito
Vila Nova no entroncamento das ruas Bento Gonçalves, Timbará e Pavão. A captação superfi-
cial da água ocorre através de uma comporta de 30cm x 30cm, gradeamento e tubulação de
interligação com a EAB (Elevatório de Água Bruta). A câmara de captação fica a montante da
barragem de nível existente e próxima (em frente) ao terreno da EAB.
Figura 66 - Barragem para captação da água Formatado: Fonte: 12 pt
Formatado: Legenda, Centralizado, Espaçamento entre
linhas: simples
Formatado: Fonte: 12 pt
Formatado: Legenda, Espaçamento entre linhas: simples

Fonte: Autor Formatado: Fonte: 11 pt


Formatado: Espaço Depois de: 10 pt, Espaçamento entre
linhas: Múltiplos 1,15 lin.

109
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

A elevatória de água bruta (EAB) é composta por um poço situado na margem do rio
Fiuza, próxima a câmara de captação, possuindo capacidade média para recalque de 115 l/s,
através de duas bombas em poço tipo seco, sendo uma das bombas de reserva.

Figura 67 - Estação de bombeamento Formatado: Fonte: 12 pt


Formatado: Legenda, Centralizado, Espaçamento entre
linhas: simples

Fonte: Autor
A adutora de água bruta existente com diâmetro de DN 225mm (projeto) ou 250 mm
(informação), em ferro fundido, com câmara de manobras com válvulas de retenção e borbo-
leta, e extensão de aproximadamente 575m, em estado regular de uso e baixo coeficiente de
atrito.

6.6 – Estação de Tratamento de Água (ETA)

O Tratamento de água é realizado em Panambi através de uma estação de tratamento


convencional sendo composta por floculador hidráulico, decantador convencional, filtros e
casa de química, está localizada na rua Cristóvão Colombo no bairro Nossa Senhora de Fátima.
Conforme estudo realizado pelo consórcio Magma Engenharia e Bourscheid, contra-
tado pela CORSAN no ano de 2006 o sistema de EAB e ETA era insuficiente para a demanda
da cidade, trabalhando praticamente 24 horas. Naquela época ETA que possuía uma capaci-
dade nominal de tratamento de 75 l/s e estava trabalhando com uma vazão de 130 l/s, muito
perto do dobro de sua capacidade
110
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Em 20005 a CORSAN trabalhava com os seguintes indicadores


- População atendida pelo sistema de abastecimento de água = 35761 habitantes;
- Per-capita liquido = 122 l/hab. Dia;
- Per-capita bruto =322 l/hab. Dia;
- Índice de perda considerando para o sistema = 52%
- Volume produzido = 4.209.184 m³ / ano
- Vazão máxima diária = 133,50 l/s
Esta situação continua inalterada até a data de hoje, sendo que por informações obti-
das junto a administração local da Corsan, atualmente são tratados em tornos de 110 l/s na
mesma estação de tratamento existente desde da década de 70, sendo eu a mesma necessita
de constantes reparos.
Segue abaixo imagem demostrando ao atual sistema de tratamento de água de Pa-
nambi
Figura 68 - Sistema de tratamento de água

Fonte: Autor Formatado: Centralizado

Figura 69 – Decantador
Figura 65 - Sistema de tratamento de água
Formatado: Centralizado

111
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Figura 66 – Decantador
Fonte: Autor

112
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Figura 70 - Laboratório de Análise


Formatado: Centralizado

Fonte: Autor Formatado: Centralizado

Figura 71 - Casa de Química


Figura 67 - Laboratório de Análise
Formatado: Centralizado

Fonte: Autor Formatado: Centralizado

Figura 72 - Reservatório Elevado


Figura 68 - Casa de Química
Formatado: Centralizado

113
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Figura 69 - Reservatório Elevado


Fonte: Autor

114
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Figura 73 - Reservatório Enterrado


Formatado: Centralizado

Fonte: AutorFigura 70 - Reservatório Enterrado

6.6.1 - Projeto de ampliação existente (2006)

Para a definição do projeto de ampliação da ETA, considerou-se um tempo de operação


em torno de 21 horas diárias, considerando o retorno da ETA a sua vazão nominal de 75 l/s e
uma nova ETA para 150 l/s, totalizando 225 l/s, sendo esta uma condição para atender a pro-
jeção da população até do ano de 2018, na época estima-se as seguintes demandas
- População atendida pelo sistema de abastecimento de água = 55015 habitantes;
- Per-capita liquido = 122 l/hab. Dia;
- Per-capita bruto =322 l/hab. Dia;
- Índice de perda considerando para o sistema = 52%
- Volume produzido = 6.475.496 m³ / ano
- Vazão máxima diária = 205,3 l/s – considerando 21 horas de funcionamento

Uma segunda fase de ampliação estaria prevista, com a adição de um módulo comple-
mentar de 75 l/s, sendo assim para o ano de 2030 teríamos o seguinte cenário:
- População atendida pelo sistema de abastecimento de água = 78438 habitantes;
- Per-capita liquido = 122 l/hab. Dia;
- Per-capita bruto =322 l/hab. Dia;
115
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

- Índice de perda considerando para o sistema = 52%


- Volume produzido = 9.232.509 m³ / ano
- Vazão máxima diária = 292,8 l/s – considerando 23 horas de trabalho.

Aqui queremos registrar que deste projeto, o qual é vital para que Panambi seja aten-
dida com folga em sua demanda e sem grandes preocupações quanto ao desabastecimento
em momento de maiores volumes de abastecimento, não foram tomadas nenhuma ação até
o momento.

6.6.2 – Estação de Tratamento de água compacta

Foi instalada conforme imagem 74X, duas estações de tratamento de água compactas
que juntas tem a capacidade de tratar 60 l/s de água, a qual necessita urgentemente que en-
tre em funcionamento ainda no início do verão de 2016, porém as obras de ampliação da
EAB ainda estão em fase de licitação, sendo assim a atual EAB não possui capacidade de
bombeamento para a alimentar estas duas estações compactas.

Figura 74 - Estações compactas de tratamento Formatado: Fonte: 12 pt


Formatado: Legenda, Centralizado, Espaçamento entre
linhas: simples
Formatado: Centralizado

Fonte: Autor

116
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

6.7 – Rede de distribuição

A rede de distribuição no ano de 2005, quando realizado estudo de ampliação da ETA


apresentava uma séria de problemas quanto ao quesito pressão de rede, a regulamentação
traz como valores aceitáveis para pressão dinâmica os valores entre 10 e 50 mca e valores
estáticos menores de 50 mca.

6.7.1 – Reservatório

A rede de distribuição conta atualmente com 07 reservatório, sendo distribuídos da


seguinte maneira
conforme apresentado na tabela
Tabela 25 - Localização dos reservatórios Formatado: Fonte: 12 pt
Formatado: Legenda, Centralizado, Espaçamento entre
Localização dos Reservatórios linhas: simples

Bairro Capacidade Endereço


Alves Klaese- 50 m³ Rua Evaldo Guilherme Franke
ner S/N°
Medianeira 20 m³ Rua Arno Weidle S/N°
Distrito 25 m³ Avenida dos Imigrantes S/N°
Jaciandi 1000 m³ Rua da Palmeira S/N°
Enterrado 900 m³ Rua Cristóvão Colombo n° 46
Arco Iris 100 m³ Rua Ibirubá S/N°
Elevado 150 m³ Rua Cristóvão Colombo n° 46
Fonte: Autor Formatado: Centralizado

Está sendo construído junto ao bairro Armindo João Stallefer um reservatório elevado
com capacidade de 50m³ perto das instalações do Campus Panambi da Unijui.

117
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Figura 75 - Reservatório Elevado - Bairro Arco Iris

Fonte: Autor

Figura 76 - Reservatório Elevado - Jaciandi

Figura 71 - Reservatório Elevado - Bairro Arco Iris

Fonte: Autor
Figura 72 - Reservatório Elevado - Jaciandi
Formatado: Legenda, Centralizado

6.7.2 – Recalque

118
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

A estrutura de recalque do atual sistema de distribuição conta atualmente com 06 Formatado: Espaço Depois de: 0 pt, Espaçamento entre
linhas: 1,5 linhas
seis pontes de recalque, distribuídos conforme tabela xx26 e zonas de pressão conforme fi-
gura 78 xx.

119
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Tabela 26 - Localização dos recalques Formatado: Fonte: 12 pt


Formatado: Legenda, Centralizado, Espaçamento entre
Localização dos sistemas de Recalque linhas: simples
Tabela formatada
Região Vazão Endereço
Zona Baixa – Res. Enterrado ETA 56,32 l/s Rua Cristóvão Colombo n° 46
2° Recalque – Res. Enterrado ETA 3,93 l/s Rua Cristóvão Colombo n° 46
3 ° Recalque – Palmeira 29,62 l/s Rua da Palmeira S/N°

4° Recalque – Arco Iris 22,31 l/s Rua Adolfo Kepler Junior S/N°
5° Recalque – Medianeira 5,93 l/s Rua Friedrich Schuller S/N°
6° Recalque – Pavão 10,54 l/s Rua Pavão S/N°

Fonte: Autor Formatado: Centralizado

Figura 77- Estação de recalque - Arco Iris

Fonte: Autor
Figura 78 - Recalque Arco Iris

Figura 73- Estação de recalque - Arco Iris

120
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Fonte: Autor Formatado: Centralizado, Espaço Depois de: 0 pt,


Espaçamento entre linhas: 1,5 linhas

121
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Figura 79 - Mapeamento Zonas de Pressão Formatado: Fonte: 12 pt


Formatado: Legenda, Espaçamento entre linhas: simples

Figura 74 - Recalque Arco Iris

122
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Figura XXFonte: Magna Engenharia Formatado: Centralizado, Espaço Depois de: 0 pt,
Espaçamento entre linhas: 1,5 linhas

123
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Formatado: Centralizado

6.8 – Redes instaladas nas áreas rurais

A zona rural de Panambi é atendida por um sistema de poços subterrâneos que é ope-
rado pelas comunidades atendidas.
O ideal nestes casos seria de as comunidades atendidas serem responsáveis pelo processo de
desinfecção da água e apresentar para a vigilância Sanitária da Prefeitura de Panambi análise
da qualidade das águas.
No anexo 16 encontramos a lista completa dos poços do município de Panambi como
status de sua regularização.

6.9 Programas, Projetos e ações para Captação, Tratamento e Distribuição de Água

Serão apresentados os objetivos para a melhoria das condições para captação, trata-
mento e Distribuição de Água do munícipio de Panambi. Visando a consolidação dos objeti-
vos serão estabelecidas as ações.
Tabela 27 - Ações distribuição de água

Projetos de melhoria drenagem e manejo de águas pluviaistratamento e distribuição de água Tabela formatada
Descrição Prazo Prioridade Complexi- Investimento

dade
01 Obras de substituição de redes* Curto Alta Baixa R$ 919.500,00
Melhora na macromedição /
02 controle / redução de pressão e Curto Alta Baixa R$ 165.516,00
setorização*
Substituição das redes que apre-
sentam índices de rompimento
03 Médio Alta Baixa R$ 2.5000.000,00
superiores aos parâmetros mé-
dios adotados*
Atualização e levantamento do
estágio de implantação do pro-
04 Curto Alta Média R$ 500.000,00
jeto de ampliação da ETA e rede
de distribuição
Implantação do projeto da
Magma Engenharia para ampli-
05 Médio Alta Alta R$ 140.000.000,00
ação da ETA e rede de distribui-
ção.
124
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Programa de conservação da
06 Médio Média Média R$ 150.000,00
nascente do Rio Fiuza
Programa de conservação da
07 Médio Média Média R$ 85.000,00
nascente do Arroio do Moinho
Projeto de conscientização da
08 Curto Baixa Baixa R$ 125.000,00
preservação dos rios
Incentivo a entidade de prote-
09 Curto Baixa Baixa R$ 75.000,00
ção ao meio ambiente
Programa de orientação, capa-
citação, manutenção, regulari-
10 Média Média Baixa R$ 250.000,00
zação e fiscalização dos poços
artesianos rurais.
Construção de Reservatório Ele-
11 Curto Alta Baixa R$ 100.000,00
vado junto a Unijui
Manutenção dos locais dos sis-
12 Curto Alta Baixa R$ 45.000,00
temas de reservação e recalque
Construção de novo reservató-
R$ 150.000,00
11 rio elevado junto ao novo lotea- Curto Alta Baixa
mento.
Regularização dos poços artesi-
12 Curto Alta Média R$ 150.000,00
anos
Investimento Total R$ 167.715.016,00

6.10 – Projeto para equalização das pressões da rede

Para equacionar o problema mais frequente encontrados em Panambi, o qual trata-se


da disparidade de pressões da rede, apresentando pontos com excesso de pressão e pontos
com falta de pressão, como já citado anteriormente existe projeto da Corsan do ano de 2006,
que prevê uma nova distribuição das zonas de pressão.
Conforme informado pela administração local da Corsan o projeto ainda não foi inici-
ado.
Neste projeto foram conservados os 7 (sete) subsistema existentes e acrescentados,
mas dois, Um como caixa-quebra de pressão na rede do subsistema Palmeira e outro na zona
muito alta, além do Palmeira. Esta nova zona CQP, tem área razoavelmente grande da cidade
e as áreas com alta pressão do Palmeira
A figura 80xx apresenta a delimitação das zonas de pressão na situação atual e a deli-
mitação revisada.

125
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Figura 80 - Projeto de equalização de pressão Formatado: Fonte: 12 pt


Formatado: Legenda, Centralizado, Espaçamento entre
linhas: simples

Fonte: Magna Engenharia Formatado: Centralizado, Espaço Depois de: 0 pt,


Espaçamento entre linhas: 1,5 linhas

As vazões de cada zona de pressão, para os anos de 2005, 2018 e 2030, estão apre-
sentadas na tabela xx27x. Esta tabela tem por base a distrubuiçãodistribuição espacial da po-
pulação feito no censo de IBGE do ano de 2000

Tabela 28 - Vazão de águas previstas Formatado: Fonte: 12 pt


Formatado: Legenda, Centralizado, Espaçamento entre
Vazão de cada zona de pressão linhas: simples
Subsistema Ano 2005 Ano 2018 Ano 2030 Formatado: Fonte: 11 pt, Negrito
% Vazão l/s % Vazão l/s % Vazão l/s Tabela formatada
2 ° Recalque 3,1 3,90 1,9 4,40 1,8 5,30
3 ° Recalque 23,0 29,60 12,0 27,0 11,8 35,40
4 ° Recalque 17,3 22,30 17,0 38,40 16,9 50,80
5 ° Recalque 4,6 5,90 3,4 7,60 3,6 10,70
6 ° Recalque 8,,2 10,50 4,7 10,50 4,4 13,10
7 ° Recalque 0 1,6 3,60 1,8 5,50

126
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Caixa de Quebra de 0 12,3 27,80 12,2 36,50


Pressão – CQP
Zona Baixa 43,8 56,30 47,0 105,70 47,5 142,60
Total 128,61 225 300
Fonte: Magna Engenharia

127
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

7. Sistema de Esgoto Cenário atual, problemáticas e programas, projetos e ações

Os dejetos humanos podem ser veículos de germes patogênicos de várias doenças, Formatado: Fonte: 12 pt

entre as quais febre tifoide e paratifoide, diarreias infecciosas, amebíase, ancilostomíase, es- Formatado: Fonte: 12 pt

quistossomose, teníase, ascaridíase, entre outros. Por isso, torna-se indispensável afastar as Formatado: Fonte: 12 pt

possibilidades de seu contato com: Formatado: Fonte: 12 pt

Homem;

Águas de abastecimento;

Vetores;

Alimentos

Sob o aspecto sanitário, o destino adequado dos dejetos humanos visa, fundamental-
mente, ao controle e à preservação de doenças a eles relacionadas:

As soluções a serem adotadas para o sistema de esgotamento sanitário devem buscar


atingir os seguintes objetivos:

- Evitar a poluição do solo e dos mananciais de abastecimento de água;

- Evitar o contato de vetores com as fezes;

- Proporcionar a promoção de novos hábitos higiênicos na população;

- Promover o conforto e atender ao senso estéticos;

A ocorrência de doenças, principalmente as doenças infecciosas e parasitárias ocasio-


nadas pela falta de condições adequadas de destinos dos dejetos, podem levar o homem a
inatividade ou reduzir sua potencialidade. Assim sendo, são considerados os seguintes as-
pectos:

- Aumento da vida média do homem, pela redução da mortalidade em consequência


da redução dos casos de doenças;

- Diminuição das despesas com tratamentos de doenças evitáveis;

- Redução das despesas com tratamento da água de abastecimento, pela prevenção


da poluição dos mananciais;

- Controle da poluição de locais de recreação que possam promover turismo;

Preservação da fauna aquática;

128
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Em virtude da falta de saneamento e de educação sanitária e ambiental, grande parte


da população tende a lançar os dejetos diretamente sobre o solo, favorecendo a transmissão
de doenças. A Figura 2 ilustra as rotas de transmissão de doenças relacionadas com excretas
humanos.

Figura 81- Rota de Transmissão de Doenças Formatado: Fonte: 12 pt


Formatado: Legenda, Centralizado
Formatado: Fonte: 12 pt

Fonte: ctec

7.1 – Classificação das águas de Esgotamento Formatado: Título 2


Formatado: Fonte: +Corpo (Calibri), 12 pt, Negrito, Cor da
fonte: Automática

De acordo com sua origem, os esgotos podem ser classificados tecnicamente da se- Formatado: Justificado

guinte forma:

- Esgoto sanitário ou doméstico comum;

- Esgoto industrial;

- Esgoto pluvial

Denomina-se de esgoto sanitário toda a vazão esgotável originada do desempenho das


atividades domésticas, tais como lavagem de piso e de roupas, consumo em pias de cozinha e
esgotamento de peças sanitárias, como por exemplo, lavatórios, bacias sanitárias e ralos de
chuveiro.

O chamado esgoto industrial é aquele gerado através das atividades industriais, salien-
tando-se que uma unidade fabril onde seja consumida água no processamento de sua produ-
ção, gera um tipo de esgoto com características inerentes ao tipo de atividade (esgoto indus-
trial) e uma vazão tipicamente de esgoto doméstico originada nas unidades sanitárias (pias,
bacias, lavatórios, entre outros).

O esgoto pluvial tem a sua vazão gerada a partir da coleta de águas de escoamento
superficial originada das chuvas e, em alguns casos, lavagem das ruas e d e drenos subterrâ-
neos ou outro tipo de precipitação atmosférica.

7.2 – Sistema de esgotos Formatado: Fonte: +Corpo (Calibri), 12 pt, Negrito, Cor da
fonte: Automática
Formatado: Título 2

129
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Para que sejam esgotadas com rapidez e segurança as águas residuais indesejáveis, Formatado: Fonte: 12 pt
Formatado: Espaço Depois de: 0 pt, Espaçamento entre
faz-se necessário a construção de um conjunto estrutural que compreende canalizações, co- linhas: 1,5 linhas

letoras funcionando por gravidade, unidades de tratamento e recalque, obras de transporte Formatado: Fonte: 12 pt
Formatado: Fonte: 12 pt
e de lançamento final, além de uma série de órgãos acessórios indispensáveis para que o sis- Formatado: Fonte: 12 pt

tema funcione e seja operado com eficiência. Esse conjunto de obras para coletar, transpor- Formatado: Fonte: 12 pt

tar, tratar e dar destino final adequado as vazões de esgotos, compõem o que se denomina
de Sistema de Esgoto Formatado: Fonte: 12 pt

7.2.1 - Componentes de um sistema convencional de esgoto Formatado: Título 3


Formatado: Fonte: +Corpo (Calibri), Negrito, Cor da fonte:
Automática
O Sistema tradicional de tratamento de esgoto é composto basicamente: Formatado: Fonte: Negrito

- Ramal Predial;
Formatado: Espaço Depois de: 0 pt, Espaçamento entre
linhas: 1,5 linhas

- Coletor Secundário;
- Coletores troncos;
- Interceptores;
- Emissário;
- Elevatória;
- Estação de tratamento de efluentes
- Disposição final;
- Poços de visita;
Este sistema está representado na figura

130
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Figura 82 - Sistema de tratamento de Esgoto Formatado: Fonte: 12 pt


Formatado: Legenda, Centralizado
Formatado: Centralizado, Espaço Depois de: 0 pt,
Espaçamento entre linhas: 1,5 linhas

Fonte: João Bosco

7.3 – Situação do Município Formatado: Título 2


Formatado: Fonte: +Corpo (Calibri), 12 pt, Negrito, Cor da
fonte: Automática
Atualmente o município de Panambi não conta com um sistema de tratamento coletivo Formatado: Fonte: 12 pt, Negrito

de efluentes sanitários. No entanto há um estudo de concepção para definições técnicas e


Formatado: Justificado, Espaço Depois de: 0 pt,
Espaçamento entre linhas: 1,5 linhas

sanitárias adequadas para coletar, conduzir e tratar os esgotos domésticos praticamente 80%
da cidade de Panambi
Como visto anteriormente, a falta de saneamento em uma comunidade traz uma série
de problemas e consequências graves. A falta de canalização e de tratamentos de esgotos leva

131
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

a população a conviver fora dos padrões de higiene e em condições precárias de saúde, o que
acarreta diversas doenças, algumas que podem inclusive levar a morte, especialmente crian-
ças e idosos.

7.4 - Exigências legais novos empreendimentos Formatado: Fonte: +Corpo (Calibri), 12 pt, Negrito, Cor da
fonte: Automática
Formatado: Título 2
O atual código de obras do município de PanambiSegundo o código de obras do muni- Formatado: Fonte: 12 pt, Negrito

cípio de Panamb quei está em vigor desde o ano de de 2008 prevê em seus no Cap. VII seção
Formatado: Fonte: +Corpo (Calibri), 12 pt, Negrito, Cor da
fonte: Automática

III Art. 117. “As instalações prediais de esgoto devem atender, além do que dispõe esta Lei, a Formatado: Fonte: 12 pt
Formatado: Espaço Depois de: 0 pt, Espaçamento entre
NBR 8160 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e o regulamento dos Serviços linhas: 1,5 linhas

de Água e Esgoto da Companhia Rio-grandense de Saneamento (CORSAN) ou de outra conces-


sionária.”concessionária. ”
Descreve também que todas as edificações situada nas vias que possuem rede de es-
goto devem ser ligadas a mesma. Já nas vias que não possuem rede cloacal devem ser insta-
ladas fossa e sumidouro seguindo as normasOs sistemas prediais de esgotamento sanitários
devem possuir:

“I – quanto à fFossa séptica: Formatado: Fonte: Negrito


Formatado: Justificado
a) deve ser dimensionada de acordo com a NBR 7229;
b) deve ser situada em local com facilidade de acesso pela via pública, com tampa vi-
sível e sem nenhuma obstrução que possa dificultar sua limpeza;
II – quanto ao sSumidouro: Formatado: Fonte: Negrito

a) deve ser dimensionado de acordo com a NBR 7229;


b) deve localizar-se a, no mínimo, 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros) das di-
visas;
c) deve localizar-se a, no mínimo, 20 m (vinte metros) de poços de abastecimento de
água
potávelpotável. Formatado: À esquerda

Atualmente o controle efetuado pela prefeitura, fora denúncias, é realizado no mo-


mento da liberação o habite-se de novas residências e prédios, sendo o sistema de fossa e

132
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

sumidouro uma exigência constante noO controle hoje das ligações mínimas necessárias é
feito através da disposição do Habite-se designado pelo Código de Obras do Município Lei
009/2008: Art. 34. “A concessão do “habite-se” pela Municipalidade condiciona as ligações de
água, energia elétrica e sistema de esgoto.”esgoto. ”.
Também segundo o Art. 69. “É proibida a ligação dos condutores de águas pluviais à Formatado: À esquerda

rede de esgoto sanitário, e também a ligação dos condutores de esgoto sanitário à rede de
águas pluviais.”pluviais. ” Sendo o mesmo passível de multa

7.5 – Quebra de paradigmas” Formatado: Fonte: 12 pt, Negrito


Formatado: Título 2, À esquerda, Espaçamento entre linhas:
simples, Ajustar espaçamento entre texto latino e asiático,
Até pouco tempo atrás a cidade de Panambi não possuía esgoto cloacal canalizado e Ajustar espaçamento entre texto e números asiáticos
Formatado: Fonte: +Corpo (Calibri), 12 pt, Negrito, Cor da
tratamento em vias urbanas. Este histórico foi alterado quando a empresa Bruning realizou fonte: Automática
Formatado: À esquerda
um empreendimento imobiliário com o intuito de para auxiliar os seus colaboradores, lote-
ando uma uma determinada área para a construção de casas e a construção de dois condo-
mínios fechados nose quais foram instalandoinstalados nela toda a infraestrutura necessária
como rede de água, drenagem, rede de esgoto cloacal bem como uma estação de tratamento
que trabalha com sistema aeróbico e anaeróbico, o qual é designado como um sistema com-
pacto de tratamento e tem como principal característica a não emissão de odores e adição de
cal para neutralização dos efluentes.
compacta.
Esta rede representa em torno de 2% da população atendida apenas, sendo que a es-
tação atualmente está trabalhando apenas com 10 % de sua capacidade. O restante do muni-
cípio possui tratamento individual de esgoto conforme citado acimacomposto de fossa e
133sumidouro, porém, nas edificações anteriores a data desta lei, não se tem conhecimento
do estado em que se encontram quando fala-se de esgoto.
Nestas construções mais antigas, por relatos de alguns moradores, possui-se fosso e
sumidouro, porém instalava-se um sistema de ladrão para o caso houvesse extravasamento o
mesmo fosse para a rede pluvial.
Nas fotos podemos ver a estação de tratamentos

133
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Figura 83 - Estação de Tratamento de Efluentes Formatado: Fonte: 12 pt


Formatado: Legenda, Centralizado, Espaçamento entre
linhas: simples, Ajustar espaçamento entre texto latino e
asiático, Ajustar espaçamento entre texto e números asiáticos

Fonte: Mizumo Formatado: Centralizado, Espaço Depois de: 0 pt,


Espaçamento entre linhas: 1,5 linhas, Não ajustar espaço
Figura 84 - ETE - Vista Tanques entre o texto latino e asiático, Não ajustar espaço entre o texto
asiático e números
Formatado: Fonte: 12 pt
Formatado: Legenda, Centralizado, Espaçamento entre
linhas: simples, Ajustar espaçamento entre texto latino e
asiático, Ajustar espaçamento entre texto e números asiáticos
Formatado: Centralizado

Fonte: Autor
Figura 85 - Vista ETE - Treinamento Formatado: Fonte: 12 pt
Formatado: Legenda, Centralizado, Espaçamento entre
linhas: simples, Ajustar espaçamento entre texto latino e
asiático, Ajustar espaçamento entre texto e números asiáticos
Formatado: Centralizado

Fonte: Autor

134
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

7.6 – Problemáticas encontradas

Algumas situações encontradas no município são extremamente preocupantes. Como


o corpo hídrico que abastece a cidade e seus afluentes cortam a cidade dentro da área urbana
muitos locais desagua as aguas servidas sem tratamento algum diretamente nas aguas do rio,
sendo o mesmo que é captado para tratamento e posterior consumo. Este é um dos motivos
que a preocupa o setor da saúde no município pois como o investimento com saneamento é
baixo, o investimento com saúde é elevado.Como
Conforme Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) em 2012 no Brasil: -
81,1 % da população possui água potável e 46,2 % não possui serviço de coleta de esgoto.
Tal situação ficou evidência no mês de novembro de 2016, quando uma grande carga de eflu-
ente foi despejada no arroio do moinho, a fonte geradora não foi possível ser detectada, uma
vez que provem das galerias internas do arroio. o sistema de esgotamento sanitário na cidade
de Panambi é praticamente inexistente e sendo que o município possui uma rede antiga de
drenagem constata-se a existência de ligações de esgoto as redes de drenagem e em outros
casos o despejo direto dos esgotos nos arroios e rio que cruza o município
Taisis situações tem sido foco da preocupação das entidades ambientais de Panambi,
como o Conselho Municipal do Meio Ambiente e Arpa Fiuza, as quais entidades pedem uma
maior agilidade do poder municipal na tomada de medidas que evitem tais casos e que sejam
investigadas e punidas as pessoas que pratiquem tais crimes ambientaique buscam constan-
temente alertar sobre as problemáticas encontradas no município, como a fato ocorrido no
mês de novembro no qual houve um derramamento de algum efluente ao qual contaminou
parte do Arroio do Moinho e o Rio Fiuza, causando grande indignação da população. As fotos
86, 87 e 88 representam este acidente ocorrido.
Figura 86 - Derramamento de Efluente não identificado Formatado: Fonte: 12 pt
Formatado: Legenda, Centralizado, Espaçamento entre
linhas: simples, Ajustar espaçamento entre texto latino e
asiático, Ajustar espaçamento entre texto e números asiáticos

135
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Formatado: Centralizado

Fonte: www.agoraja.net
Figura 87 – Coloração da água Formatado: Fonte: 12 pt
Formatado: Fonte: 12 pt
Formatado: Legenda, Centralizado, Espaçamento entre
linhas: simples, Ajustar espaçamento entre texto latino e
asiático, Ajustar espaçamento entre texto e números asiáticos
Formatado: Centralizado

Fonte: www.agoraja.net

136
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Figura 88 - Coloração da água Formatado: Fonte: 12 pt


Formatado: Legenda, Centralizado, Espaçamento entre
linhas: simples, Ajustar espaçamento entre texto latino e
asiático, Ajustar espaçamento entre texto e números asiáticos
Formatado: Centralizado

Fonte: www.agoraja.net

No anexo 07 temos uma minuta de laudo de vistoria feito pelo conselho municipal de
meio ambiente devido ao incidente ocorrido.s

137
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Formatado: Justificado

138
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Formatado: Centralizado

7.7 Programas, Projetos e ações para Captação, Tratamento e Destinação do Esgoto

Serão apresentados os objetivos para a melhoria das condições para tratamento de


esgoto visando a consolidação dos objetivos serão estabelecidas as ações.

139
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Tabela 29 - Ações tratamento de esgoto Formatado: Fonte: 12 pt


Formatado: Legenda, Centralizado, Espaçamento entre
Projetos de melhoria captação e tratamento e destinação de esgoto linhas: simples

N° Descrição Prazo Prioridade Complexidade Investimento


Ao implantar sistema de esgoto,
prever em lei municipal a obriga-
01 Longo Alta Baixa -
toriedade da ligação residenciais
a rede de esgoto;
Fiscalizar o descarte irregular de
02 Curto Alta Baixa R$ 100.000,00
efluentes;
Listar / catalogar famílias, resi-
dências que não possuem sis-
03 Médio Alta Média R$ 250.000,00
tema de esgotamento conforme
estabelecido em lei;
Criar programas para auxiliar as
famílias carentes a instalarem o
04 Curto Alta Baixa R$ 350.000,00
sistema de esgotamento con-
forme normativas;
Programa de conscientização da Formatado: Justificado, Espaçamento entre linhas: simples
05 população quanto ao manejo Curto Média Baixa R$ 175.000,00
adequado dos recursos hídricos;
Elaborar projeto em conjunto Formatado: Recuo: Primeira linha: 0 cm
com CORSAN na busca de capta-
ção de recursos financeiros nas
06 esferas estaduais e federal para Médio Alta Alta R$ 134.766.906,00
a implantação progressiva das
estações de tratamento tradici-
onais (projeto 2001)
Elaborar projeto em conjunto
com CORSAN na busca de capta-
ção de recursos financeiros nas
07 esferas estaduais e federal para Médio Alta Alta R$ 83.886.500,00
a implantação progressiva das
estações de tratamento com-
pactas (projeto 2016)
Catalogar estabelecimentos e
residências que de alguma
08 forma lançam seus efluentes na Médio Alta Baixa R$ 135.000,00
rede de micro e macrodrenagem
e prever ações conjuntas;
Avaliação da viabilidade jurídica
da criação de um fundo de fundo
09 Média Alta Baixa R$ 50.000,00
compartilhado para água e es-
goto
Investimento Total R$ 136.571.906,00
Fonte: Autor

140
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Programas projetos e ações

7.8 – Projeto de tratamento de esgoto Formatado: Fonte: +Corpo (Calibri), 12 pt, Negrito, Cor da
fonte: Automática
Formatado: Título 2, À esquerda, Espaçamento entre linhas:
Atualmente para o município de Panambi existem dois escopos (estudos) realizados simples, Ajustar espaçamento entre texto latino e asiático,
Ajustar espaçamento entre texto e números asiáticos

para a implantação de uma rede de coleta, transporte, tratamento e disposição final do eflu- Formatado: Fonte: +Corpo (Calibri), 12 pt, Negrito, Cor da
fonte: Automática
ente tratado. Formatado: Fonte: 12 pt, Negrito

O primeiro projeto foi elaborado e detalhado pela Corsan em parceria com Engenheiro
Francisco Bidone no ano de 2001 e um segundo estudo realizado pela empresa Projeconsult
em parceria com a empresa Mizumo, no ano de 2016 na qual buscou-se apresentar uma se-
gunda opção de sistema de tratamento de esgoto.

7.8.1 – Projeto da ETE 2001 Formatado: Fonte: Negrito


Formatado: Título 3, À esquerda, Espaçamento entre linhas:
simples, Ajustar espaçamento entre texto latino e asiático,
No ano de 2001, a CORSAN adjudicou um projeto técnico ao Engenheiro Francisco Ri- Ajustar espaçamento entre texto e números asiáticos
Formatado: Fonte: +Corpo (Calibri), Negrito, Cor da fonte:
cardo Bidone que realizou um Estudo de Concepção do Sistema de Esgoto Sanitário de Pa- Automática
Formatado: Fonte: +Corpo (Calibri), Negrito, Cor da fonte:
nambi. Automática

No presente projeto descreve-se as opções para a solução do esgoto em Panambi con-


tendo hipóteses e previsões do futuro dea realidade da cidade, considerando como os objeti-
vos norteadores do projeto itens como: Estimativas racionais com relação ao crescimento da
cidade, otimização dos investimentos para melhor aproveitamento e ainda eleger áreas para
melhorias de urgência visando garantir agarantir a qualidade da agua dos arroios preservando
a saúde pública.
Na concepção geral do projeto estudou-se as bacias de esgotamento sanitário/contri-
buições totais aos sistemaaos sistemas, redes coletoras, coletores tronco e Iinterceptor, Esta-
ções elevatórias de esgoto, estaçãoões de tratamentos. Concluiu-se que o projeto de esgoto
sanitário de Panambi deveria ser composto pelas seguintes unidades:
- Tratamento preliminar com grade manual e caixa de areia (uma operativa e outra
reserva);
- Tratamento Primário por reator anaeróbio de fluxo ascendente com manto de lodo;
- Tratamento secundário por filtro biológico de alta taxa ou carga;

141
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

- Tratamento terciário por banhado construído de escoamento sub-superficial, com mi-


crófitas aquáticas.
Segunda o projeto, o sistema foi previsto a oeste da cidade local onde segundo histó-
ricos ficará resguardado de cheias, previsto em projeto executivo com levantamento topográ-
fico rigoroso.
O emissário final do efluente tratado do sistema será conduzido ao rio Fiuza através de
tubulações de comprimento de 200m, prevendo a margem esquerda do rio uma estrutura de
descarregamento hidráulico (ala de bueiro).
Este projeto analisado pela CORSAN no ano de 2001, tem os seguintes valores:

7.8.1.1 - Custo de Implantação para atendimento de 80% da populaçãoprojeto 2001 Formatado: Título 3, À esquerda, Espaçamento entre linhas:
simples, Ajustar espaçamento entre texto latino e asiático,
Ajustar espaçamento entre texto e números asiáticos
Formatado: Fonte: +Corpo (Calibri), Sem sublinhado, Cor da
O projeto elaborado para a Corsan no ano de 2001 tinha uma perspectiva de atendimento de fonte: Automática

80% da população de ano de 2031 totalizando um total de 39081 habitantes atendidos. Formatado: Fonte: +Corpo (Calibri), Sem sublinhado, Cor da
fonte: Automática

No anexo 08 temos uma planta baixa do projeto previsto com os pontos de captação
e elevatórios
O custo está divido da seguinte maneira em 2001:
- Rede de tubulação: R$ 23.547.624,00;
- Rede Interceptor: R$ 33.461.647,00;
- Elevatórias: R$ 624.111,00;
- Estação de Tratamento R$ 12.681 881,00;
- Total de investimento R$ 40 315 263,00;
Estes valores foram corrigidos pelo IGPM para termos uma real percepção do custo
atual do projeto, tendo os seguintes os seguintes valores atuais:
- Rede de tubulação: R$78.715 608,02
- Rede Interceptor: R$ 11.571 683,34
- Elevatórias: R$ 2.086.294,33
- Estação de Tratamento R$ 42.393 320,21
- Total de investimento R$ 134.766 906,00

142
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

7.8.2 – Projeto da ETE 2016 Formatado: Fonte: +Corpo (Calibri), Negrito, Cor da fonte:
Automática
Formatado: Fonte: +Corpo (Calibri), Negrito, Cor da fonte:
Buscou-se em parceria com a empresa Mizumo elaborar um escopo de projeto de um Automática
Formatado: Fonte: +Corpo (Calibri), Negrito, Cor da fonte:
sistema alternativo para o tratamento de esgoto na cidade de Panambi, com a premissa do Automática

tratamento compacto de esgoto, idêntico ao instalado no loteamento Alto Panambi já menci-


onado neste plano.
A utilização de estações de tratamento compactas apresenta as seguintes vantagens
e características se compararmos ao projeto tradicional de tratamento de esgoto:
- Utilização processos anaeróbicos e aeróbicos;
- Projeto modular – facilmente ampliados;
- Baixo custo de operação – não necessário a adição de produtos para a neutralização
do efluente tratado;
- Baixo custo de manutenção;
- Monitoramento online;
- 95% de eficiência;
- Implantação do projeto parcelado;
O projeto foi concebido de forma a cada estação de tratamento receber os efluentes
das proximidades, instalando elevatórias quando necessário, e divido de forma equivalente
conforme mapa de manchas figura 89 do anexo 09.

143
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Figura 89 - Projeto de distribuição das estações

Fonte: Autor

144
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

O projeto das estações foi planejado prevendo a implantação de 05 estações de trata-


mento compactas, sendo as mesmas distribuídas conforme figura 89 e listadas abaixo:
ETE 1- Zona Norte;
ETE2- Centro;
ETE3-Medianeira e Fátima;
ETE4- Distrito Industria;
ETE5-Jardim Paraguai;
Cada estação de tratamento terá uma capacidade estimada de atendimento de
10.000 habitantes, sendo que a estação de tratamento localizada no centro da cidade terá
uma capacidade maior devido a densidade demográfica.
O maior transtorno para a implantação dos dois modelos de projetos de tratamento
de esgoto, encontra-se na necessidade da construção da rede coletora, sendo que o maior
investimento está neste item, o projeto de 2001 da Corsan previa a construção da rede cole-
tora por meio de método tradicional de abertura de vala e colocação de tubos, posterior fe-
chamento e recuperação da via pública, gerando grandes transtornos a toda população.
Nesta concepção de projeto buscou-se a aplicação do método não destrutivo de esca-
vação e concepção da rede coletora, este método tem ganhado cada dia mais expressão per-
mitir trabalhos sem interromper vias. Nas figuras 90 e 91 e 92 apresentamos aplicabilidade
deste método.
Figura 90 - Método não destrutivo de perfuração

Fonte: Drilling

145
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Figura 91 - Método não destrutivo de perfuração

Fonte: Drilling

Figura 92 - Método não destrutivo de perfuração

Fonte: Drilling

146
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

7.8.2.1 – Investimentos

O conjunto de valores das estações de tratamento e da perfuração através de do mé-


todo não destrutivo está dividido da seguinte maneira

- Estações compactas de tratamento (05 módulos): R$ 25.000.000,00


- Canalização para esgoto cloacal pelo método não destrutivo: R$ 58.886.500,00
- Total de investimento: R$ 83.886.500,00
Com este investimento Panambi atenderia 100% de sua população urbana, no anexo
09 temos o mapa com as manchas, orçamento da empresa Mizumo e orçamento da empresa
Drilling que nos auxiliariam na montagem deste escopo de projeto.

147
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

8 – Plano de ações para emergências e contingência

O objetivo deste capítulo é apresentar o plano de Emergências e Contingências, parte


integrante do Plano de Saneamento Básico Municipal (PSBM) do município de Panambi.
Este capítulo visa atender ao que consta no inciso IV do artigo 19 da Lei Federal
n°11.445/2007 que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico.
Este plano de ações para emergências e contingências está estruturado nos quatro
grandes temas discutidos neste plano:
- Drenagem e manejo das águas pluviais;
- Gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos;
- Sistema de captação tratamento e distribuição de água;
- Sistema de captação tratamento e destinação de esgoto sanitário;
Para fins de organização cada tema será tratado, analisado em relação de 5 subitens,
que são os seguintes:
- Objetivos;
- Ações preditivas e corretivas previstas para a redução do risco e ocorrência de con-
tingência;
- Ações preditivas e corretivas previstas para ocorrência de emergências;
- Ações de gerenciamento, manutenção e recuperação pós ocorrência de emergências
e/ou contingências;
- Rede de responsabilidades
Muitas das ações que serão aqui citadas já são ações que tangem as ações específicas
do próprio plano de saneamento

8.1 – Sistema de drenagem e manejo das águas pluviais

8.1.1 – Objetivos

148
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Esta etapa tem como objetivo elencar as ações preventivas e corretivas para emergên-
cias e contingências relacionadas a eventos que venham causar prejuízos ao sistema de dre-
nagem urbana do município, normalmente no que diz a respeito a eventos de grande índice
pluviométricos em curto espaços de tempo.

8.1.2 – Ações preventivas e corretivas para evitar a ocorrência

As principais ações preditivas e corretivas recomendadas para eventos críticos que


venham a afetar o sistema de drenagem urbana estão descriminados a seguir:
- Verificação das condições operacionais de funcionamento dos elementos de drena-
gem, em especial boca de lobo e canalização;
- Catalogação do sistema de drenagem
- Monitoramento dos níveis dos canais de macrodrenagem, em especial quando da
ocorrência de grandes precipitações pluviométrica;
- Calendário de limpeza para as bocas de lobo;
- Efetuar a manutenção preventiva de travessias e canalizações, sobretudo em áreas
mais propensas à ocorrência de inundações;
- Promover o registro do histórico de manutenções
Todas as ações citadas acima partem de um ponto fundamental o levantamento do
sistema de drenagem existente hoje na cidade.

8.1.3 – Ações preventivas e corretivas quando da ocorrência

8.1.3.1 – Situação 01

Procedimentos emergenciais para inundações de área planas: quando da ocorrência


de situações desta natureza, decorrente de chuvas intensas e persistentes que ocasionem
precipitações em maior volume do que a capacidade de escoamento do sistema existente, ou
o do assoreamento por resíduos e entulhos que comprometam a capacidade de escoamento,
bem como por ações de vandalismo e/ou sinistros são recomendadas as seguintes ações:

149
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

- Comunicação à população, instituições, autoridades, defesa civil, corpo de Bombei-


ros;
- Remoção da população diretamente afetada para abrigos;
- Reparo das instalações danificadas no menor tempo possível, sempre observando a
segurança operacional dos operadores, das máquinas e equipamentos;
- Desassoreamento e remoção de materiais, caso possível, desde que não ofereça risco
operacional

8.1.3.2 – Situação 02

Enxurradas e deslizamentos de áreas próxima a morros: quando da ocorrência de situ-


ações desta natureza decorrentes de chuvas intensas em áreas de relevo elevado onde o sis-
tema de drenagem não consiga suportar o volume de águas, especialmente em locais com
risco de movimentações de terra ou instabilização de taludes decorrentes da drenagem insu-
ficiente, recomenda-se o desenvolvimento das seguintes ações.
Comunicação à população, instituições, autoridades, defesa civil, corpo de Bombeiros;
- Remoção da população diretamente afetada para abrigos;
- Reparo das instalações danificadas no menor tempo possível, sempre observando a
segurança operacional dos operadores, das máquinas e equipamentos;
- Desassoreamento e remoção de materiais, caso possível, desde que não ofereça risco
operacional
- Monitoramento das condições dos morros e taludes afetados;

8.1.4 – Ações pós ocorrência de sinistro

Após a ocorrência de eventos emergenciais recomenda-se a execução de uma série de


ações com foco no gerenciamento, manutenção e recuperação dos elementos de drenagem
afetados. Tais ações devem abranger pelo menos os seguintes itens:
- Desenvolvimento de uma vistoria detalhada do local para avaliar o comprometimento
dos elementos de drenagem, das edificações do entorno;

150
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Concomitante, durante a vistoria, devem ser avaliados os aspectos vinculados que po-
dem ter desencadeado o sinistro, com o intuito de orientar medidas corretivas que devem ser
propostas para sanar ou reduzir o risco no local ou similares;
Devem ser retirados entulhos, resíduos acumulados e desobstruir as vias públicas e
redes de drenagem afetadas
Devem ser isoladas as áreas de riscos para as pessoas, para as edificações e os taludes
instáveis, as quais não devem ser liberadas as áreas para uso até que tenha efetiva segurança
quanto à ocorrência de novos deslizamentos e inundações.

8.1.5 – Rede de reponsabilidades

A gestão e operação do sistema de drenagem urbana de Panambi é realizada pela Se-


cretaria de Obras, com subsídios também da Secretaria de Planejamento e da Secretaria de
Meio Ambiente.
A Defesa Civil também atua diretamente nos momentos críticos, em se tratando da
ocorrência de inundações associados ao sistema de drenagem.
Para a consecução das ações previstes neste capítulo, todos os entes supramenciona-
dos devem trabalhar de forma integrada quando da ocorrência de eventos críticos, com o
intuito de alcançar respostas rápidas e adequadas.
Recomenda-se que seja formatado, para fins de complementariedade a este programa
um comitê que conjugue as Secretárias Municipais, a Defesa Civil, a Brigada Militar e Corpo
de Bombeiros em, que tem como objetivo gerir em caso de emergência toda a articulação das
medidas.

8.2 – Sistema de abastecimento de água e coleta de esgotos

Destaca-se neste item que o serviço de abastecimento de água e coleta de esgotos


estão sob a responsabilidade a Companhia Rio-grandense de Saneamento (CORSAN) e que
esta companhia dispõe de medidas de emergência e contingência já adotas para situações
associadas às redes. Assim esta etapa do plano busca orientar de forma complementar as

151
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

ações que já são executadas pela concessionária. Ainda assim deve o prestador observar e
atuar em consonância com os preceitos deste programa.

8.2.1 – Objetivos

Esta etapa tem como objetivo elencar as ações preventivas e corretivas para emergên-
cias e contingências relacionadas a eventos que venham causar prejuízos ao sistema de cap-
tação e tratamento da água como o tratamento de esgotos

8.1.2 – Ações preventivas e corretivas para evitar a ocorrência

Para tanto o prestador de serviço deve, nas suas atividades de operação e manutenção,
utilizar mecanismos locais e corporativos de gestão no sentido de prevenir ocorrências inde-
sejadas através de controles e monitoramento das condições físicas das instalações e equipa-
mentos visando minimizar a ocorrência de sinistros e interrupções na prestação de serviços.
Abaixo serão apresentados os principais instrumentos que poderão ser utilizados pela
concessionária para as ações de operação e manutenção que embasam o plano de contingên-
cia do sistema de abastecimento e tratamento de esgoto:
- Acompanhamento da produção de água por meio de realização de medição na saída
de captação e entrada da ETA;
- Adoção de sistema de by-pass para a central de bombeamento;
- Monitoramento da distribuição de água por meio das vazões encaminhadas aos seto-
res e da pressão e regularidade da rede;
- Controle da qualidade da água dos mananciais a montante;
- Controle da qualidade da água produzida e distribuída conforme legislação vigente;
- Programação de limpeza e desinfecção periódica dos reservatórios;
- Desenvolvimento de ações de prevenção de acidentes relacionados a incêndios, va-
zamentos de cloro, contaminação por produtos químicos;

152
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

- Controle da contaminação por coliformes ou outros poluentes orgânicos e inorgâni-


cos nos mananciais da bacia de contribuição a montante, em conjunto com órgãos ambientais
e de recursos hídricos;
- Cadastro técnico georreferenciamento da rede, dos equipamento e instalações;
- Elaboração de um calendário e execução de limpeza periódica da captação;
- Programação de inspeção periódica em tubulações adutoras, limpeza periódica na
ETA e consequente registro do histórico das manutenções;
-Controle da contcontaminação por coliformes ou outros poluentes orgânicos e inor-
gânicos nos mananciais da bacia de contribuição a montante em conjunto com órgãos ambi-
entais e de recursos hídricos, quando a instalação do sistema de tratamento de esgoto;
- Cadastro técnico georreferenciado da rede, dos equipamentos e instalações;

8.2.3 – Ações preventivas e corretivas quando da ocorrência

Para situações emergenciais, são recomendadas as seguintes ações:


- Para ocasiões em que ocorra a falta de água generalizada deve acontecer o aciona-
mento do sistema de comunicação à população, instituições, autoridade e Defesa Civil e a
disponibilização de caminhões-tanque para garantir o abastecimento no menor tempo possí-
vel;
- Ainda para ocasiões em que ocorra a falta de água generalizada deve ocorrer o con-
trole da agua da água nos reservatórios principais e o reparo das instalações danificadas no
menor prazo possível;
- No caso de evidências de crime ou vandalismo deve ser acionada a força policial;
- Para situações em que ocorra a falta de água localizada deve-se proceder a comuni-
cação à população e mantê-la informada sobre as ações empreendidas visando à normaliza-
ção dos serviços.
- Na eventualidade da falta localizadas ocorrer por longo período, prover de cami-
nhões-tanques para localidade afetada;
- Deve-se promover no menor prazo possível o reparo das instalações danificadas,
eventualmente com a transferência de água entre setores;

153
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

-A principal situação na emergência vinculada a rede de esgoto, tange na questão do


rompimento da rede coletora sendo necessário imediato interrupção da coleta no setor afe-
tado, contingencia do derramamento que houve, conserto imediato da tubulação danificada,
acionamento do órgão competentes para verificar o dano causado pelo incidente;

8.2.4 – Ações pós ocorrência de sinistro

Após a ocorrência de eventos emergenciais recomenda-se a execução de uma série de


ações com foco no gerenciamento, manutenção e recuperação dos elementos de captação,
tratamento, distribuição de água e tratamento do esgoto:
- Desenvolvimento de uma vistoria detalhada no local da ocorrência para avaliar o com-
prometimento dos elementos das redes danificadas e, eventualmente das edificações do en-
torno;
- Concomitantemente, durante a vistoria, devem ser avaliados os aspectos vinculados
que podem ter desencadeado a contingência ou emergência ocorrida, com intuito de orientar
as medidas corretivas que devem ser propostas para sanar ou reduzir o risco no local;
- Devem ser retirados os entulhos, resíduos acumulados e desobstruídas as vias públi-
cas e redes afetadas.
- Devem ser isoladas a área da ocorrência quando oferecer risco para as pessoas e para
edificações, as quais não devem ser liberadas para o uso até que se tenha efetiva segurança
no local.

8.2.5 – Rede de responsabilidades

A gestão e operação do sistema de drenagem urbana de Panambi é realizada pela COR-


SAN, como supramencionado. Recomenda-se que a Secretaria de Obras e a Secretaria de Meio
Ambiente atuem complementarmente com a equipe residente da CORSAN durante a ocor-
rência de situações emergenciais e no desenvolvimento de ações que reduzam o risco de con-
tingências vinculadas a esses sistemas.

154
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

A Defesa Civil também pode atuar diretamente nos momentos críticos, em se tratando
da ocorrência de falta generalizada de abastecimento de água.
Para a consecução das ações previstas neste Programa, todos os entes supramencionados de-
vem trabalhar de forma integrada quando da ocorrência de eventos críticos, com intuito de
alcançar respostas rápidas e adequadas.

8.3 – Sistema de coleta de destinação de Resíduos Sólidos

8.3.1 – Objetivos

Este Programa tem por objetivo elencar as ações preventivas e corretivas para emer-
gências e contingências relacionadas a eventos que venham a causar problemas aos serviços
de coleta e destinação final de resíduos sólidos urbanos do município (RSU), mormente no
que diz respeito a eventos de paralisação da coleta e/ou da destinação final destes resíduos.

8.3.2 – Ações preventivas e corretivas para evitar a ocorrência

As principais ações preditivas e corretivas recomendadas para eventos críticos que ve-
nham a afetar a gestão dos RSU estão discriminados a seguir:
- Supervisão do serviço de Coleta e destinação final de forma permanente e com fre-
quência diária para verificação da qualidade dos serviços e dos equipamentos utilizados.
- Vistorias in loco dos serviços desenvolvidos pelas equipes de coleta e transporte de
resíduos, bem como da condição operacional dos equipamentos com intuito de antever situ-
ações problemáticas tais como equipes insuficientes, equipamentos sucateados e más condi-
ções de trabalho.
- Vistorias a campo para verificação se os horários previstos estão sendo cumpridos;
- Controle constante sobre as planilhas de produção, horários e roteiros para confirma-
ção da consistência dos dados versus as evidências e informações coletadas a campo durante
as vistorias realizadas;

155
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

- Fiscalização sobre o período de validade das licenças pertinentes dos prestadores de


serviços contratados (Licença de Operação, PPC, PPRA, entre outros);
- Elaborar cadastro prévio de prestadores de serviços de coleta e transporte devida-
mente qualificados e fornecedores que possam ser convidados a participar de processos lici-
tatórios de caráter emergencial em caso de desatendimento dos contratos vigentes ou para-
lisação da prestação dos serviços pelos contratados,
- Elaborar cadastro prévio de aterros sanitários devidamente qualificados e licenciados
cujos operadores possam ser convidados a participar de processos licitatórios de caráter
emergencial em caso de desatendimento dos contratos vigentes ou paralisação da prestação
dos serviços pelos contratados;
- Proceder o desenvolvimento de campanhas educativas que priorizem a redução da
geração de resíduos e a separação com intuito de fortalecer a possibilidade de reciclagem dos
resíduos produzidos.

8.3.3 – Ações preventivas e corretivas quando da ocorrência

Para situações emergenciais, são recomendadas as seguintes ações:


- No caso de ocorrências prolongadas de paralisação dos serviços de coleta domiciliar,
devido a greves ou quebra de equipamentos essenciais deve-se promover a comunicação à
população, bem como executar a substituição dos veículos avariados por veículos reserva no
menor prazo possível e, caso haja mão de obra disponível, elencar funcionários da Prefeitura
que possam minimizar os efeitos de uma eventual paralisação ou mesmo substituir tempora-
riamente as equipes ausentes;
- No caso de rompimento de contrato de coleta, efetuar a contratação em caráter
emergencial para suprir a demanda, no menor prazo possível;
- No caso de ocorrências prolongadas de paralisação dos serviços de recebimento dos
resíduos coletados no aterro sanitário devido a interdições, quebra de equipamentos essen-
ciais ou rompimento de contrato, deve-se promover a comunicação à população, bem como
comunicar ao órgão ambiental responsável;

156
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

- Em sequência, promover a contratação emergência de outra operadora de aterro sa-


nitário licenciado para suprir a demanda, no menor prazo possível.

8.3.4 – Ações pós ocorrência de sinistro

Após a ocorrência de eventos emergenciais recomenda-se a execução de uma série


de ações com foco no gerenciamento, manutenção e recuperação dos elementos de drena-
gem afetados. Tais ações devem abranger pelos menos os seguintes itens:
- Desenvolvimento de uma vistoria detalhada no local da ocorrência para avaliar o com-
prometimento dos elementos das redes danificadas e, eventualmente das edificações do en-
torno;
- Concomitantemente, durante a vistoria, devem ser avaliados os aspectos vinculados
que podem ter desencadeado a contingência ou emergência ocorrida, com intuito de orientar
as medidas corretivas que devem ser propostas para sanar ou reduzir o risco no local;
- - Devem ser isoladas a área da ocorrência quando oferecer risco para as pessoas e
para edificações, as quais não devem ser liberadas para o uso até que se tenha efetiva segu-
rança no local.

8.3.5 – Rede de responsabilidades

A gestão dos resíduos sólidos urbanos de Panambi é realizada pela Secretaria de Meio
Ambiente e está encarregada do gerenciamento de contingências e emergências, sendo sub-
sidiada diretamente pelo Gabinete do Prefeito Municipal.

157
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

9 – Referencial Bibliográfico

Estudo de Concepção do Sistema de Esgoto Sanitário de Panambi/RS,118 p.

Projeto de ampliação do sistema de abastecimento de água da cidade de Panambi, 171 p. Corsan,


2006

LEI FEDERAL Nº 11.445, de 5 de Janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento
básico, 19p. MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2006.

Guia para Elaboração de Planos Municipais de Saneamento, 152p. MINISTÉRIO DAS CIDADES. OR-
GANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE, OPAS, 2005.

Política e Plano Municipal de Saneamento Ambiental, Experiências e Recomendações, 89p. PREFEI-


TURA MUNICIPAL DE PANAMBI-RS - 2007.

Relatório Atual de Monitoramento da Central de Triagem e Compostagem do Município de Pa-


nambi/RS destinado à FEPAM, 15p.

Decreto nº 7.217/2010 - Regulamenta a Lei no 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece dire-
trizes nacionais para o saneamento básico.

Lei nº 6.938/1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de
formulação e aplicação, e dá outras providências.

Lei nº 11.445 de 05 de Janeiro de 2007 que “estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento
básico”

Lei 12.305/ 2010 – Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fe-
vereiro de 1998; e dá outras providências.

Decreto 7.404/ 2010 – Regulamenta a Lei no 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política
Nacional de Resíduos Sólidos, e dá outras providências.
158
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Resolução CONAMA 307/2002 - Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos
resíduos da construção civil.

Resolução CONAMA 283/2001 - Dispõe sobre tratamento e destinação final dos resíduos dos servi-
ços de saúde.

BRASIL. Estado do Rio Grande do Sul. Lei 12.037, de 19.12.2003. Dispõe sobre a Política Estadual de
Saneamento e dá outras providências.

CARVALHO, Anésio R. de & OLIVEIRA, Mariá V. C. de, Princípios Básicos do Saneamento e do Meio
Ambiente. Editora Senac. São Paulo, 1997.

Resolução Nº 237/1997. CONAMA. Conselho Nacional de Meio Ambiente. Dispõe sobre licencia-
mento ambiental; competência da União, Estados e Municípios; listagem de atividades sujeitas ao
licenciamento; Estudos Ambientais, Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental.
Brasília: Ministério das Cidades, 2012.

CENSO DEMOGRÁFICO. Perfil Municipal: IBGE. Brasil, 2000. Disponível em http://www.perfilmunici-


pal.com// Acesso em novembro de 2016.

Guia para a elaboração de Planos Municipais de Saneamento Básico. Ministério das Cidades. – Bra-
sília: MCidades, 2006. 2ª Edição 2009

SILVA, Celso CARACTERIZAÇÃO DA BACIA DO RIO FIÚZA PARA APLICAÇÃO NA PREVENÇÃO DE EN-
CHENTES –Unijui – 2006

159
ANEXOS
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

ANEXO 01 – Proposta e contrato de trabalho


PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

ANEXO 02 – Equipe Projeconsult


PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

ANEXO 03 –Documento Tribunal de contas


PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

ANEXO 04 – Cronograma de Trabalho


PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

ANEXO 05 – Projeto da usina de processamento de re-


síduos sólidos + RCE
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

ANEXO 06 – Minuta Laudo Visita Conselho Municipal


de Meio Ambiente a central de triagem e aterro
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

ANEXO 07 – Minuta Laudo Conselho Municipal de


Meio Ambiente Derramamento de ilegal de esgoto
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Anexo 08 – Plantas projetos Corsan para captação e


tratamento do esgoto
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

ANEXO 09 – Plantas projetos e orçamento Mizumo


para sistema de captação e tratamento do esgoto
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

ANEXO 10 – Anotação de Responsabilidade Técnica


(ART).
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

ANEXO 11 – Notícias publicadas na imprensa de Pa-


nambi.
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

ANEXO 12 – Solicitação de documentações


PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

ANEXO 13 – Palestra IFF


PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Anexo 14 – Lista de Presença Audiência Pública


PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

Anexo 15 – Licença de Operação Central de Triagem e


Aterro
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL – PSBM
Ano 2016

ANEXO 16 – Relação de Poços Artesianos no Municí-


pio de Panambi

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