Projeto Integrador.
Projeto Integrador.
INTRODUÇÃO
Hoje se discute muito a violência física contra a mulher, o feminicídio... mas nem
sempre a violência deixa marcas visíveis. Há muitas formas de agredir uma mulher, seja com
atitudes, palavras ou comportamentos abusivos. E a maioria das mulheres vítimas de
violência sofre calada. Pode ser por vergonha, medo ou por não saber a quem pedir socorro.
A violência contra a mulher é uma questão cultural a nível mundial, de várias formas,
classificadas como repressão, submissão e discriminação pelos homens.
OBJETIVO
VIOLÊNCIA FISICA
Nos termos da Lei Maria da Penha (nº 11.340/2006), uma das formas de violência
doméstica e familiar contra a mulher é a violência física, entendida como qualquer conduta
que ofenda sua integridade ou saúde corporal. Caracteriza-se pelo contato físico que
provoque dor, podendo ou não causar lesão ou marcas no corpo.
Espancamento
Atirar objetos
Sacudir e apertar os braços
Estrangulamento ou sufocamento
Lesões com objetos cortantes ou perfurantes
Ferimentos causados por queimaduras ou armas de fogo
Tortura
Em casos de violência é sempre importante que se busque ajuda, seja para denunciar ou
para obter orientações.
VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA
Estão previstos cinco tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher na Lei
Maria da Penha: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial − Capítulo II, art. 7º,
incisos I, II, III, IV e V.
Fonte: www.institutomariadapenha.org.br
VIOLÊNCIA SEXUAL
De acordo com a OMS, violência sexual é “qualquer ato sexual ou tentativa de obter
ato sexual, investidas ou comentários sexuais indesejáveis, ou tráfico ou qualquer outra f
forma, contra a sexualidade de uma pessoa usando coerção, chantagem, suborno,
manipulação, ameaça, intimidação”, ou qualquer outro meio que anule a vontade pessoal.
VIOLÊNCIA MORAL
Entende-se por qualquer conduta que importe em calúnia e que ocorra difamação
concernente a ou próprio da moral pertencente ao domínio do espírito da mulher, quando o
agressor ou agressora afirma falsamente que aquela praticou crime que ela não cometeu;
difamação; quando o agressor atribui à mulher fatos que maculem a sua reputação, ou injúria,
ofende a dignidade da mulher. Esse tipo de violência pode ocorrer também pela Internet.
Exemplos são:
Acusar a mulher de traição.
Emitir juízos morais sobre a conduta.
Fazer críticas mentirosas.
Expor a vida íntima.
Rebaixar a mulher por meio de xingamentos que incidem sobre a sua índole.
Desvalorizar a vítima pelo seu modo de se vestir.
Violência simbólica proposital contra alguém em situação de vulnerabilidade devido a sua
identidade de gênero ou orientação sexual (como desrespeitar os pronomes ou rebaixar por
conta da identidade- Transfobia).
VIOLÊNCIA PATRIMONIAL
Violência patrimonial é uma forma de violência doméstica, onde todos os atos comissivos
ou omissivos do agressor afetam a saúde emocional e a sobrevivência dos membros da família.
Em termos práticos, a violência patrimonial acontece quando um quer tirar proveito dos
bens do outro ou se sente mais merecedor em ter os bens do que o outro, gerando uma situação
de opressão, dominação e abuso de poder.
Controlar o dinheiro.
Bens pecuniários
Estelionato
Além da denúncia do agressor torna-se importante a busca por terapia para superar os
abusos, pois geralmente a violência patrimonial vem acompanhada de outros tipos de violências,
geralmente psicológicas.
No Brasil, por conta do racismo estrutural, as mulheres negras são as maiores vítimas
de violência baseada em gênero. Além disso, a legislação nacional disponível ainda precisa
avançar em medidas protetivas para mulheres indígenas e de comunidades tradicionais.
Com a Lei Maria da Penha, o juiz passou a ter poderes para conceder as chamadas medidas
protetivas de urgência. Como o próprio nome diz, essas medidas servem para proteger a
mulher que está sofrendo violência.. A pessoa que comete a violência também pode ser presa
preventivamente, se houver necessidade. A lei garante a inclusão da mulher que sofre
violência doméstica e familiar em programas de assistência promovidos pelo governo,
atendimento médico, serviços que promovam sua capacitação, geração de trabalho, emprego
e renda e, caso a mulher precise se afastar do trabalho por causa da violência, ela não
poderá ser demitida pelo período de até seis meses. Caso a pessoa que cometeu a violência
seja condenada, vai ser aplicada a pena correspondente ao crime cometido, de acordo com o
que prevê o Código Penal e o juiz pode obrigar a pessoa que cometeu a agressão a
frequentar programas de reeducação.
A LEI DO FEMINICÍDIO
Em março de 2015, a legislação brasileira recebeu um novo marco no enfrentamento
da violência baseada em gênero. Foi a Lei do Feminicídio (Lei nº 13.104/15), que torna mais
duras as penas para os casos de assassinatos de mulheres pelo simples fato de serem
mulheres. A lei considera feminicídio quando o assassinato envolve violência doméstica e
familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher da vítima. O crime de feminicídio
passou a ter pena de 12 a 30 anos de prisão, enquanto o homicídio simples tem pena de seis
meses a 20 anos de prisão.