0% acharam este documento útil (0 voto)
100 visualizações

Projeto Integrador.

O documento discute os tipos de violência contra a mulher, incluindo violência física, psicológica, sexual, moral e patrimonial. Também aborda porque as mulheres não denunciam a violência e quais políticas e legislações existem para proteger as mulheres, como a Lei Maria da Penha.

Enviado por

john jesus
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
100 visualizações

Projeto Integrador.

O documento discute os tipos de violência contra a mulher, incluindo violência física, psicológica, sexual, moral e patrimonial. Também aborda porque as mulheres não denunciam a violência e quais políticas e legislações existem para proteger as mulheres, como a Lei Maria da Penha.

Enviado por

john jesus
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 6

PROJETO INTEGRADOR

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER


RELACIONAMENTOS ABUSIVOS

INTRODUÇÃO

Segundo a OMS, violência é o uso de força física ou poder, em ameaça ou na


prática, contra si próprio, outra pessoa ou contra um grupo ou comunidade que resulte
ou possa resultar em sofrimento, morte, dano psicológico, desenvolvimento
prejudicado ou privação.
A violência está baseada na intenção do indivíduo que pratica (deliberadamente) o ato
violento.

A palavra violência deriva do Latim “violentia”, que significa “veemência,


impetuosidade”. Mas na sua origem está relacionada com o termo “violação” (violare).
Quando se trata de direitos humanos, a violência abrange todos os atos de violação dos
direitos: civis (liberdade, privacidade, proteção igualitária); sociais (saúde, educação,
segurança, habitação); econômicos (emprego e salário); culturais (manifestação da própria
cultura) e políticos (participação política, voto).

Hoje se discute muito a violência física contra a mulher, o feminicídio... mas nem
sempre a violência deixa marcas visíveis. Há muitas formas de agredir uma mulher, seja com
atitudes, palavras ou comportamentos abusivos. E a maioria das mulheres vítimas de
violência sofre calada. Pode ser por vergonha, medo ou por não saber a quem pedir socorro.

A violência contra a mulher é uma questão cultural a nível mundial, de várias formas,
classificadas como repressão, submissão e discriminação pelos homens.

TIPOS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Existem na literatura diferentes formas, consequências e classificações para a violência


contra a mulher. Dentre elas podemos citar violência psicológica, violência física, sexual,
moral, e violência patrimonial. Segundo a Lei nº. 11.340/2006, intitulada Lei Maria da
Penha, a violência é “qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause morte, dano
ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, sem distinção de raça, classe, religião,
idade ou qualquer outra condição, tanto no espaço público como no privado” (BRASIL, 2010,
p.4).

OBJETIVO

Nesse projeto queremos discutir:


Quais os tipos de violência praticados contra a mulher?
Por que as mulheres não denunciam seus agressores?
Políticas e legislação de proteção a mulher.
“A violência não é um sinal de força. A violência é um sinal de desespero e fraqueza”.
Dalai Lama

COMO IDENTIFICAR AS VÁRIAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR


CONTRA A MULHER?

A par do conceito de violência doméstica e familiar, além da violência física, podemos


identificar outras formas existentes e descritas na lei:

VIOLÊNCIA FISICA
Nos termos da Lei Maria da Penha (nº 11.340/2006), uma das formas de violência
doméstica e familiar contra a mulher é a violência física, entendida como qualquer conduta
que ofenda sua integridade ou saúde corporal. Caracteriza-se pelo contato físico que
provoque dor, podendo ou não causar lesão ou marcas no corpo.

 Espancamento
 Atirar objetos
 Sacudir e apertar os braços
 Estrangulamento ou sufocamento
 Lesões com objetos cortantes ou perfurantes
 Ferimentos causados por queimaduras ou armas de fogo
 Tortura

A agressão física é normalmente a forma de violência mais facilmente identificável.

“Agosto Lilás” é uma campanha de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra


a mulher, instituída por meio da Lei Estadual nº 4.969/2016, com objetivo de intensificar a
divulgação da Lei Maria da Penha, sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre o
necessário fim da violência contra a mulher, divulgar os serviços especializados da rede de
atendimento à mulher em situação de violência e os mecanismos de denúncia existentes.

Em casos de violência é sempre importante que se busque ajuda, seja para denunciar ou
para obter orientações.

VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA

É considerada qualquer conduta que cause dano emocional e diminuição da autoestima;


prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento da mulher; ou vise degradar ou controlar suas
ações, comportamentos, crenças e decisões.
● AMEAÇAS
● CONSTRANGIMENTO
● HUMILHAÇÃO
● MANIPULAÇÃO
● ISOLAMENTO (PROIBIR DE ESTUDAR E VIAJAR OU DE FALAR COM AMIGOS E
PARENTES)
● VIGILÂNCIA CONSTANTE
● PERSEGUIÇÃO CONTUMAZ
● INSULTOS
● CHANTAGEM
● EXPLORAÇÃO
● LIMITAÇÃO DO DIREITO DE IR E VIR
● RIDICULARIZAÇÃO
● TIRAR A LIBERDADE DE CRENÇA
● DISTORCER E OMITIR FATOS PARA DEIXAR A MULHER EM DÚVIDA SOBRE A
SUA MEMÓRIA E SANIDADE (GASLIGHTING)

Estão previstos cinco tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher na Lei
Maria da Penha: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial − Capítulo II, art. 7º,
incisos I, II, III, IV e V.

Fonte: www.institutomariadapenha.org.br

VIOLÊNCIA SEXUAL

A violência sexual é a mais cruel forma de violência depois do homicídio, porque é a


apropriação do corpo da mulher – isto é, alguém está se apropriando e violentando o que de
mais íntimo lhe pertence. Muitas vezes, a mulher que sofre esta violência tem vergonha,
medo, tem profunda dificuldade de falar, denunciar, pedir ajuda.

De acordo com a OMS, violência sexual é “qualquer ato sexual ou tentativa de obter
ato sexual, investidas ou comentários sexuais indesejáveis, ou tráfico ou qualquer outra f
forma, contra a sexualidade de uma pessoa usando coerção, chantagem, suborno,
manipulação, ameaça, intimidação”, ou qualquer outro meio que anule a vontade pessoal.

Pode ser praticada, segundo o organismo, por qualquer pessoa, independentemente


da relação com a vítima, e em qualquer cenário, incluindo a casa, o trabalho, escola,
parentes,, entre outros.

VIOLÊNCIA MORAL

Entende-se por qualquer conduta que importe em calúnia e que ocorra difamação
concernente a ou próprio da moral pertencente ao domínio do espírito da mulher, quando o
agressor ou agressora afirma falsamente que aquela praticou crime que ela não cometeu;
difamação; quando o agressor atribui à mulher fatos que maculem a sua reputação, ou injúria,
ofende a dignidade da mulher. Esse tipo de violência pode ocorrer também pela Internet.

Exemplos são:
Acusar a mulher de traição.
Emitir juízos morais sobre a conduta.
Fazer críticas mentirosas.
Expor a vida íntima.
Rebaixar a mulher por meio de xingamentos que incidem sobre a sua índole.
Desvalorizar a vítima pelo seu modo de se vestir.
Violência simbólica proposital contra alguém em situação de vulnerabilidade devido a sua
identidade de gênero ou orientação sexual (como desrespeitar os pronomes ou rebaixar por
conta da identidade- Transfobia).

VIOLÊNCIA PATRIMONIAL

Violência patrimonial é uma forma de violência doméstica, onde todos os atos comissivos
ou omissivos do agressor afetam a saúde emocional e a sobrevivência dos membros da família.

Apesar do potencial de agressividade que causa violência doméstica estar presente em


homens e mulheres, a violência no âmbito doméstico, na maioria das vezes, é cometida pelos
homens. Esse é um tipo de violência doméstica contra a mulher que muitas vezes passa
despercebida, mas é prevista na Lei Maria da Penha.

Em termos práticos, a violência patrimonial acontece quando um quer tirar proveito dos
bens do outro ou se sente mais merecedor em ter os bens do que o outro, gerando uma situação
de opressão, dominação e abuso de poder.

A sua prática inclui:

 Controlar o dinheiro.

 Deixar de pagar pensão

 Destruição de documentos pessoais

 Recusa em pagar pensão alimentícia.

 Bens pecuniários

 Furto, extorsão ou dano.

 Estelionato

 Privar de bens, valores ou recursos econômicos.

 Causar danos propositais.

 Destituindo a vítima de gerir seus próprios recursos.


Violência patrimonial assim como a violência física, psicológica, sexual e moral é crime, está
prevista na Lei Maria da Penha, e o agressor pode e deve ser denunciado. (o artigo 181 do
Código Penal).

Além da denúncia do agressor torna-se importante a busca por terapia para superar os
abusos, pois geralmente a violência patrimonial vem acompanhada de outros tipos de violências,
geralmente psicológicas.

O QUE É NECESSÁRIO PARA ENFRENTAR A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER?

A sociedade precisa reconhecer a existência da desigualdade de gênero, raça e etnia.


Além disso, deve adotar e incentivar ações de diminuição dessa desigualdade, com
fortalecimento das mulheres, das meninas e da população LGBTI. É preciso compreender que
a violência contra mulheres, meninas e população LGBTI é uma expressão do machismo. É
preciso trabalhar com os homens e reconhecer que eles podem se tornar aliados e agentes
de mudança na luta contra a violência baseada em gênero. É preciso apoiar as pessoas que
estão vivendo situações de violência, escutando-as, respeitando suas dificuldades,
incentivando-as a não permanecer sozinhas e a buscar ajuda na rede de enfrentamento e
proteção Intersetorial às vítimas de violência.

No Brasil, por conta do racismo estrutural, as mulheres negras são as maiores vítimas
de violência baseada em gênero. Além disso, a legislação nacional disponível ainda precisa
avançar em medidas protetivas para mulheres indígenas e de comunidades tradicionais.

Políticas e legislação de proteção a mulher.


O que diz a Lei Maria da Penha? A Lei Maria da Penha (Lei n° 11.340/2006) é uma lei
escrita por mulheres e para mulheres, com disposições para o direito penal e direito civil. A lei
define que a violência doméstica contra a mulher é crime e aponta formas de evitar, enfrentar
e punir a agressão. A lei indica a responsabilidade que cada órgão público tem para ajudar a
mulher que está sofrendo a violência.

Com a Lei Maria da Penha, o juiz passou a ter poderes para conceder as chamadas medidas
protetivas de urgência. Como o próprio nome diz, essas medidas servem para proteger a
mulher que está sofrendo violência.. A pessoa que comete a violência também pode ser presa
preventivamente, se houver necessidade. A lei garante a inclusão da mulher que sofre
violência doméstica e familiar em programas de assistência promovidos pelo governo,
atendimento médico, serviços que promovam sua capacitação, geração de trabalho, emprego
e renda e, caso a mulher precise se afastar do trabalho por causa da violência, ela não
poderá ser demitida pelo período de até seis meses. Caso a pessoa que cometeu a violência
seja condenada, vai ser aplicada a pena correspondente ao crime cometido, de acordo com o
que prevê o Código Penal e o juiz pode obrigar a pessoa que cometeu a agressão a
frequentar programas de reeducação.
A LEI DO FEMINICÍDIO
Em março de 2015, a legislação brasileira recebeu um novo marco no enfrentamento
da violência baseada em gênero. Foi a Lei do Feminicídio (Lei nº 13.104/15), que torna mais
duras as penas para os casos de assassinatos de mulheres pelo simples fato de serem
mulheres. A lei considera feminicídio quando o assassinato envolve violência doméstica e
familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher da vítima. O crime de feminicídio
passou a ter pena de 12 a 30 anos de prisão, enquanto o homicídio simples tem pena de seis
meses a 20 anos de prisão.

Perguntas e respostas sobre violência doméstica

A Lei Maria da Penha só vale pra quem mora junto?


A Lei foi pensada para os diversos tipos de violência em que as mulheres são vítimas a partir
de uma relação de convivência, afeto ou laço consanguíneo. Assim, a lei se aplica aos
maridos, companheiros, namorados – que morem ou não na mesma casa que a mulher – e
também aos ex que agridem, ameaçam ou perseguem.

A Lei também se aplica a casais de lésbicas?


Sim. A lei protege todas as mulheres. Se uma mulher sofre violência praticada por sua
namorada, esposa ou companheira, ela pode se apoiar na Lei Maria da Penha.

O que muda com a lei?


O Estado fica obrigado a atuar antes da violência acontecer, com ações de prevenção.
As mulheres agredidas são incluídas em programas sociais.
Facilita o acesso à justiça e às medidas protetivas de urgência.
Fim de argumentos como “Em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher” e a desculpa
do agressor “agir em legítima defesa da honra”.

Onde Procurar ajuda?


Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher - DEAM
Centro de Referência Estadual da Igualdade – CREI
Núcleo Especializado de Defesa e Promoção dos Direitos da Mulher – NUDEM
Ministério Publico

Disque Denúncia: 180


Mais informações: www.go.gov.br>ouvidora>contato>

Você também pode gostar

pFad - Phonifier reborn

Pfad - The Proxy pFad of © 2024 Garber Painting. All rights reserved.

Note: This service is not intended for secure transactions such as banking, social media, email, or purchasing. Use at your own risk. We assume no liability whatsoever for broken pages.


Alternative Proxies:

Alternative Proxy

pFad Proxy

pFad v3 Proxy

pFad v4 Proxy