Relatório de Aula Prática
Relatório de Aula Prática
Garanhuns - PE
Setembro de 2022
Universidade Federal do Agreste de Pernambuco
Bacharelado em Engenharia de Alimentos
Garanhuns - PE
Setembro de 2022
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 4
MATERIAIS E MÉTODOS 5
MATERIAIS 5
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 5
RESULTADOS E DISCUSSÃO 6
CONCLUSÃO 7
REFERÊNCIAS 8
INTRODUÇÃO
Os lipídeos são substâncias insolúveis em água (hidrofóbicas), de origem animal,
vegetal ou mesmo microbiana, porém solúveis em solventes orgânicos, que são importantes
para composição dos alimentos, pois confere sabor, é fonte de energia e nutrientes essenciais
(MELO FILHO et al, 2013).
A extração de lipídios é uma determinação importante nos estudos bioquímicos,
fisiológicos e nutricionais dos mais diversos tipos de alimentos. As amostras necessitam de
cuidados especiais para a obtenção da fração lipídica, pois fatores como a co-extração dos
componentes não-lipídicos e a oxidação indesejada podem influenciar a qualidade final da
fração lipídica (BRUM et al, 2009).
A técnica do método de Soxhlet, utilizado no presente trabalho, apresenta algumas
vantagens, pois a amostra estará sempre em contato com o solvente, havendo assim, uma
constante renovação; a temperatura do sistema mantém-se relativamente alta, visto que o
calor aplicado para o processo de evaporação é constante; além de ser uma metodologia
simples que não requer treinamento especializado e que possibilita a extração de uma
quantidade maior de óleo em relação a outros métodos, sem a necessidade de filtração da
miscela após o término da extração, pois a amostra esteve envolta no cartucho durante todo o
procedimento (BRUM et al, 2009).
O objetivo do presente trabalho foi a determinação do teor de lipídios da farinha de
melancia da variedade mini, por meio do método de extração em Soxhlet, para avaliar as
propriedades físico-químicas desta farinha.
MATERIAIS E MÉTODOS
MATERIAIS
● Balança analítica
● Papéis de filtro
● Barbante
● Tesoura
● Estufa
● Extrator tipo soxhlet
● Balão de fundo redondo
● Manta aquecedora
● Pinça
● Bandeja ou recipiente que possa ser aquecida em estufa (105º)
● Dessecador
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
A determinação do teor de proteínas foi realizada no Laboratório de Análise de
Alimentos (LAAL), da Universidade Federal do Agreste de Pernambuco, como atividade
prática da disciplina de Análise de Alimentos.
Foi cortado um pedaço de barbante com aproximadamente 30/40 cm, onde foram
identificados junto com o papel, fazendo um par. Em seguida, foram adicionados na estufa a
105ºC por 30min, ao ser retirado da estufa, foi colocado no dessecador até que fosse atingido
temperatura ambiente, ao esfriar, foi pesado cada barbante junto com seu papel filtro, sendo
seus pesos anotados.
Para fazer os cartuchos, o papel filtro foi dobrado ao meio, onde foram inseridas 1g da
amostra, e assim foram realizadas uma dobra em cada uma de suas laterais, e também na
parte superior, onde, depois de dobrado, foi amarrado bem firme com um barbante, para que
não escapasse às amostras durante a extração.
Os 3 cartuchos foram adicionados no extrator tipo soxhlet, e o hexano adicionado no
balão de fundo redondo, até mais da metade de sua capacidade. O balão de fundo redondo foi
inserido na manta aquecedora e acoplado ao ao extrator tipo soxhlet, onde a manta foi ligada
e iniciou-se o processo de aquecimento. Ao chegar no ponto de ebulição, o hexano começou
a condensar e foi observado às 6 viragens para finalizar o processo. A manta aquecedora foi
desligada, onde foi aguardado que chegasse a temperatura ambiente.
Após a manta aquecedora esfriar, foram retirados os cartuchos do extrator tipo
soxhlet, com auxílio de uma pinça, e colocados em uma placa de petri para serem levados à
estufa a 105ºC, onde permaneceram durante 1h30min para secagem completa.
Depois de secos, foram levados ao dessecador por 30 min e pesados em balança
analítica. O teor de lipídeos pode ser calculado através da equação abaixo:
EE
%EE= × 100
ASA
EE = massa de lipídio presente na amostra.
ASA = massa da amostra.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após as análises, foram realizados os cálculos e obtido uma média de 14,266% de
teor de lipídeos na amostra da farinha da casca de melancia mini. Os resultados obtidos das
triplicatas estão descritos na Tabela 01.
Tabela 01: Resultados cálculo das triplicatas do teor de lipídeos das amostras.
Média 14,27±0,13
Fonte: Dados experimentais
Foi observado valores diferentes do encontrado por Portela (2009) no seu estudo,
onde ela encontrou 1,61% ± 0,07 para sua farinha de melancia desidratada a 60ºC. A
melancia analisada por Portela (2009) difere da utilizada no presente trabalho, o que pode ser
um motivo dessa disparidade de resultados nas análises.
Ao comparar com outros estudos, que avaliam casca de frutas de um modo geral, os
pesquisadores obtiveram para os resíduos do fruto de tucumã rendimento de 12,66% de
lipídeos, valores esses que se aproximam mais dos obtidos nesse estudo (MENEZES
FILHO,2019 apud COSTA et al. 2017).
Alguns fatores podem ser levados em consideração quando percebido esses valores
diferentes, o primeiro é o tempo necessário para ficar na estufa, segundo a metodologia deve-
se colocar por mínimo de 2 horas, e foi colocado 1:30h. As viragens podem também não ter
sido insuficiente, pois, deve-se fazer as viragens até que fique incolor e isso não foi realizado.
CONCLUSÃO
Diante dos dados obtidos para determinação de lipídeos, foi possível constatar que
houve erro durante a análise, devido a diversos fatores, como tempo de secagem da amostra
final, e as virgens que não foram suficientes para limpar a solução, sendo necessário refazer a
análise.
REFERÊNCIAS