Algebra e Funções
Algebra e Funções
MONITORES:
ARTHUR SOUZA, BRENO SANTOS, FABRICIO VIANA, GABRIEL FEREIRA, GILSON
RICARDO, LUIZ HENRIQUE, MARCUS VINICIUS, WEGDA E WENDEL XAVIER
DANTE, Luiz Roberto. Matemática: Contexto & Aplicações. São Paulo. Editora Ática. 3ª
Edição, 2016.
TUCURUÍ – PA
2023
SUMÁRIO
1 ALAGEBRA BÁSICA
1.1 Potenciação
A potenciação indica multiplicações de
fatores iguais.
Por exemplo, o produto
3∙3∙3∙3
pode ser indicado na forma 34 .
Definição 1.1. Se 𝑎 é um número real e 𝑛 é
um número natural, definimos a 𝑛-ésima Exercício 1.1: Calcule as potências:
a) 62 ; c) (−3)5 ; e) 132 ;
potência de 𝑎 como
b) (−6)2 ; d) (4⁄5)5 ; f) (−1)15 .
𝑎𝑛 = ⏟𝑎 ∙ 𝑎 ∙ 𝑎 ∙ 𝑎 ∙ … .∙ 𝑎
𝑛 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠
Exercício 1.2: Simplifique
em que 𝑎 é a base e 𝑛 é o expoente da
a) (47 ∙ 410 ∙ 4)2 ⁄(45 )7 ;
potência. Em geral, lemos o seguinte 𝑎𝑛
b) (𝑥 3 ∙ 𝑦 2 ∙ 𝑦 5 ∙ 𝑥 ∙ 𝑥 4 )⁄𝑦 7 ;
como “𝑎 elevado a 𝑛-ésima potência”, ou
c) (𝑎 ∙ 𝑏)3 ∙ 𝑏 ∙ (𝑏 ∙ 𝑐)2 ;
simplesmente “𝑎 elevado a 𝑛.”
d) (27 ∙ 38 ∙ 7)⁄(25 ∙ 36 ).
Exemplo 1.1:
1.1.2 Expoente Negativos
a) 33 = 3 ∙ 3 ∙ 3 = 27; Em todos os exemplos de potências que
b) (−2)2 = (−2) ∙ (−2) = 4; apresentamos até o momento, os expoentes
c) (−2)3 = (−2) ∙ (−2) ∙ (−2) = −8; eram números positivos. Entretanto é fácil
d) (3⁄4)2 = 3⁄4 ∙ 3⁄4 = 16; notar que, se 𝑚 < 𝑛, o termo 𝑎𝑚−𝑛 , terá
e) −44 = −(4 ∙ 4 ∙ 4 ∙ 4) = −256; um expoente negativo. Será que isso é
f) (−44 ) = (−4) ∙ (−4) ∙ (−4) = 256; possível? Veja o exemplo,
g) (33 ⁄2) = (3 ∙ 3 ∙ 3)/2 = 27⁄2; 54
h) 1,55 = 1,5 ∙ 1,5 ∙ 1,5 ∙ 1,5 ∙ 1,5 = 7,59. = 54−7 = 5−3
57
Calculemos isto usando a definição de
1.1.1 Propriedades de potências potência:
Suponha que 𝑎 e 𝑏 sejam números reais, e 54 5∙5∙5∙5 1 1
que certos denominadores sejam sempre 7
= = = 3
5 5∙5∙5∙5∙5∙5∙5 5∙5∙5 5
diferentes de zero: Assim, nesse caso deduzimos que
(1) 𝑎𝑚 ∙ 𝑎𝑛 = 𝑎𝑚+𝑛 ; 1
(2) 𝑎𝑚 ⁄𝑎𝑛 = 𝑎𝑚−𝑛 ; 5−3 = 3
(3) (𝑎𝑚 )𝑛 = 𝑎𝑚∙𝑛 ; 5
Agora vamos prestar atenção no seguinte
(4) (𝑎 ∙ 𝑏)𝑛 = 𝑎𝑛 ∙ 𝑏 𝑛 ;
(5) (𝑎⁄𝑏)𝑛 = 𝑎𝑛 ⁄𝑏 𝑛 . exemplo,
43
= 43−3 = 40
Exemplo 1.2: 43
a) 23 ∙ 27 = 23+7 = 210 ; E novamente segundo a definição de
b) 36 ⁄32 = 36−2 = 34 ; potência, temos
c) (24 )3 = 24∙3 = 212 ; 43 4 ∙ 4 ∙ 4 ∙ 4
= =1
d) (2 ∙ 3)4 = 24 ∙ 34 ; 43 4 ∙ 4 ∙ 4 ∙ 4
e) (2⁄3)4 = 24 ⁄34 . isso nos leva a 40 = 1.
Generalizando essas ideias para todo ou
qualquer número real 𝑎, exceto o zero,
chegamos às definições.
Definição 1.2. Se 𝑎 é um número real c) √2,25 = 1,5, já que 1,5 ≥ 0 (1,5 é um
diferente de zero, então definimos número não negativo) e 1,52 = 2,25;
𝑎0 = 1 e 𝑎−𝑛 = 1⁄𝑎𝑛 d) √0,01 = 0,1, já que 0,1 ≥ 0 (0,1 é um
Usando essa definição, é fácil mostrar que número não negativo) e 0,12 = 0,01;
todas as propriedades apresentadas acima
e) √0 = 0, pois o 0 é um número não
são válidas mesmo que os expoentes sejam
negativo e 02 = 0.
negativos.
Exemplo 1.3:
1.2.2 Raíz Enésima
a) 5−3 = 1⁄53 ;
Definição 1.4. Dado um número natural 𝑛,
b) (−2)−4 = 1⁄(−2)4 ;
a raiz enésima de um suposto número 𝑎,
c) 0,5−4 = 1⁄0,54 = 1⁄0,0625 = 16; 𝑛
representada por √𝑎, e o número 𝑏 tal que
d) 2−3 ⁄6−2 = (1⁄23 )⁄(1⁄62 ) = 62 ⁄23 ;
𝑏 𝑛 = 𝑎. Em notação matemática,
▪ Propriedades dos expoentes negativos:
escrevemos essa relação da seguinte forma
(1) 1⁄𝑏 −𝑛 = 𝑏 𝑛 ; 𝑛
(2) 𝑎−𝑚 ⁄𝑏 −𝑛 = 𝑏 𝑛 ⁄𝑎𝑚 ; √𝑎 = 𝑏 e 𝑏 𝑛 = 𝑎
Se 𝑛 for par, 𝑎 e 𝑏 devem ser não negativos.
(3) (𝑎⁄𝑏)−𝑛 = 𝑏 𝑛 ⁄𝑎𝑛 .
Exemplo 1.6: Raízes de ordem superior
Exemplo 1.4: 3
a) 1⁄𝑦 −7 = 𝑦 7 ; a) √125 = 5, pois 53 = 125;
3
b) 𝑥 −4 ⁄𝑧 −3 = 𝑧 3 ⁄𝑥 4 ; b) √−125 = −5, pois (−5)3 = −125;
4
c) (7⁄9)−5 = 95 ⁄75 . c) √16 = 2, pois 16 ≥ 0 e 24 = 16;
103
d) √1 = 1, pois 1𝑛 = 1, para todo 𝑛.
Exercício 1.3: Simplifique as expressões 4
e) √−16 não está definida, pois −16 ≤ 0.
utilizando as propriedades apresentadas até Observe que não há um número real 𝑎 tal
aqui: que 𝑎4 seja negativo. De fato, como 𝑎4 =
a) 𝑧 2 𝑧 5 ; d) (3⁄𝑡 6 )2 ; (𝑎2 )2 e 𝑎2 ≥ 0, 𝑎4 não pode ser negativo;
b) (2𝑥 6 )4 ; e) (3𝑥 2 𝑦 6 𝑧 3 )⁄(12𝑦 6 𝑥 4 𝑧);
c) 𝑤 7 ⁄𝑤 3 ; f) 𝑦 3 ∙ 𝑦 −4 ; 1.2.3 Propriedades das raízes
g) 15⁄(5𝑦)−2 ; i) (𝑥 −5 ⁄𝑧 4 )−2 ; Sabendo que a radiciação a operação
h) (𝑥𝑦⁄𝑧 2 )−3 ; j) 𝑣 2 𝑤 −2 ⁄𝑤 3 𝑣 −1 . inversa da potenciação, as raízes possuem
propriedades, iguais ou similares àquelas
1.2 Radiciação apresentadas para as potências, como
1.2.1 Raiz Quadrada mostrado nas propriedades
Definição 1.3. A raiz quadrada de um abaixo.
número não negativo 𝑎 representada por √𝑎 Suponha que 𝑎 e 𝑏 sejam números reais e
é o número não negativo 𝑏 tal que 𝑏 2 = 𝑎. que os denominadores sejam sempre
Em notação matemática, escrevemos diferentes de zero:
√𝑎 = 𝑏 se 𝑏 2 = 𝑎 𝑛 𝑛 𝑛
(1) √𝑎 ∙ 𝑏 = √𝑎 ∙ √𝑏;
Exemplo 1.5: Raízes Quadradas 𝑛 𝑛
(2) √𝑎⁄𝑏 = √𝑎⁄ √𝑏;
𝑛
𝑓: 𝐴 → 𝐵 ou 𝑥 = 𝑦
Exemplo 2.5:
a) Dados os conjuntos 𝐴 = {0, 1, 2, 3}, e
𝐵 = { 0, 1, 2, 3 , 4, 5, 6}, vamos considerar a
função 𝑓: 𝐴 → 𝐵 que transforma 𝑥 ∈ 𝐴 em
2𝑥 ∈ 𝐵.
c) Dizemos que 𝑓: 𝐴 → 𝐵 é definida por
𝑓(𝑥) = 2𝑥 ou por 𝑦 = 2𝑥. A indicação 𝑥
𝑓
→ 2𝑥 significa que 𝑥 é transformado pela
função 𝑓 em 2𝑥.
d)
b)
Veja que:
O gráfico da função 𝑓(𝑥) = 𝑥 3 é mostrado
• Para 𝑥 ≤ 3, essa função é crescente.
na figura a seguir, ele é simétrico em relação
• Para 𝑥 > 3, essa função é constante
à origem, característica de uma função
(para qualquer valor de 𝑥, 𝑥 > 3, 𝑓(𝑥) = ímpar.
3).
• Para 𝑥 < 0, 𝑓(𝑥) < 0.
• Para 𝑥 = 0, 𝑓(𝑥) = 0.
• Para 𝑥 > 0, 𝑓(𝑥) > 0.
Exemplo 2.12:
a) 𝑓(𝑥) = 2𝑥 + 1 (𝑚 = 2 𝑒 𝑏 = 1);
b) 𝑓(𝑥) = −𝑥 + 4 (𝑚 = −1 𝑒 𝑏 = 4);
1
c) 𝑓(𝑥) = 𝑥 + 5 (𝑚 = 1/3 𝑒 𝑏 = 5);
3
d) 𝑓(𝑥) = 4𝑥 (𝑚 = 4 𝑒 𝑏 = 0);
Fique atento!
• 𝑓(𝑥) = 𝑚𝑥 é denominada função linear.
• O gráfico dessa função é uma reta não
vertical que passa pela origem (0, 0).
Nesse caso, temos 𝑚 = 2 (𝑚 > 0), então a
reta é ascendente (quando se caminha da
d) 𝑓(𝑥) = −2𝑥
esquerda para a direita).
𝑥 𝑓(𝑥)
b) 𝑓(𝑥) = −3𝑥 + 2
−2 4
𝑥 𝑓(𝑥)
1 −2
0 2
1 −1
Fique atento!
• 𝑓(𝑥) = 𝑚𝑥 é denominada função linear.
• O gráfico dessa função é uma reta não
vertical que passa pela origem (0, 0).
g) 𝑓(𝑥) = 𝑥 + 2
e) 𝑓(𝑥) = 𝑥 𝑥 𝑓(𝑥)
𝑥 𝑓(𝑥) −2 0
−2 −2 0 2
2 2
Fique atento!
• 𝑓(𝑥) = 𝑥 está função é conhecida como Fique atento!
função identidade, caso particular da função • A função 𝑓(𝑥) = 𝑥 + 𝑏 recebe o nome de
linear em que a 5 1. translação porque podemos “caminhar”
• O gráfico da função identidade 𝑓(𝑥) = 𝑥 /“andar” (“transladar”) com a reta 𝑦 = 𝑥 +
é a bissetriz dos 1º e 3º quadrantes. A 𝑏 paralelamente à reta 𝑦 = 𝑥 (bissetriz dos
bissetriz é a semirreta que parte do vértice quadrantes ímpares).
do ângulo e o divide em dois ângulos de • A translação transforma (𝑥, 𝑦) em (𝑥, 𝑦 +
mesma medida. 𝑧), ou seja, leva o eixo 𝑂𝑥 na reta 𝑦 = 𝑧.
• O gráfico de 𝑓(𝑥) = 𝑥 + 𝑏 é o resultado
f) 𝑓(𝑥) = 2 da translação do gráfico de uma função
𝑥 𝑓(𝑥) linear 𝑓(𝑥) = 𝑥, 𝑏 unidades para cima, se
−2 2 𝑏 > 0, ou 𝑏 unidades para baixo, se 𝑏 < 0.
−1 2
0 2 Exercício 2.30: Reconheça a inclinação e o
1 2 intercepto com o eixo-y das seguintes retas,
2 2 e determine o zero da função linear
correspondente:
a) 𝑓(𝑥) = 3𝑥 + 15;
b) 𝑓(𝑥) = −9 + 2𝑥;
c) 𝑓(𝑥) = −1/2𝑥 + 9;
d) 𝑓(𝑥) = 4𝑥.
Exemplo 2.16:
a) |2| = +2; d) |− 3⁄5| = + 3⁄5;
b) |−7| = +7; e) |−√2| = +√2;
c) |0| = 0; f) |√3| = +√3.
3) Parâmetro 𝒄
O parâmetro 𝑐 indica o ponto onde a
parábola intersecta o eixo 𝑦.
• A parábola intersecta o eixo 𝑦 no ponto
(0, 𝑐), ou seja, f(0) = 𝑐.
• Se 𝑎 < 0, a concavidade é para baixo.
2) Parâmetro 𝒃
O parâmetro 𝑏 indica se a parábola Exemplo 2.20.
intersecta o eixo 𝑦 no ramo crescente ou a) 𝑓(𝑥) = 𝑥 2
decrescente da parábola. Como já sabemos que é uma parábola, para
• Se 𝑏 > 0, a parábola intersecta o eixo construir o gráfico, fazemos uma tabela
𝑦 no ramo crescente. com um número suficiente de valores que
permita visualizar a parábola.
𝑥 𝑓(𝑥) = 𝑥 2
−2 4
−1,5 2,25
−1 1
0 0
• Se 𝑏 < 0, a parábola intersecta o eixo 𝑦
1 1
no ramo decrescente.
1,5 2,25
2 4
Exemplo 2.24.
a) 𝑓(𝑥) = 2𝑥 ou 𝑦 = 2𝑥 , ou seja, 𝑎 > 1.
𝑥 2𝑥 𝑦 = 2𝑥
−3 2−3 1/8
c) 𝑓(𝑥) = 𝑒 𝑥 Observando essas tabelas e esses gráficos,
Um número irracional importantíssimo para concluímos que, para uma função
a análise matemática é indicado pela letra 𝑒 exponencial:
é definido pela relação: • O gráfico é uma figura chamada curva
1 1 𝑛 exponencial, que passa por (0, 1);
𝑒 = lim(1 + 𝑥)𝑥 = lim (1 + ) ,
𝑥→0 𝑛→∞ 𝑛 • O gráfico não toca o eixo 𝑥, ou seja,
∀𝑥, 𝑛 ∈ ℝ 𝑓(𝑥) = 𝑎 𝑥 não assume o valor zero (não
A demonstração de que o citado limite existe 𝑥 real tal que 𝑓(𝑥) = 0);
existe será feita quando realizarmos o • O gráfico de 𝑓(𝑥) = 𝑎 𝑥 não tem pontos
estudo de limites em cálculo I. A tabela nos quadrantes III e IV;
abaixo sugere um valor para e (com quatro • Quando 𝑎 > 1 e 𝑥 varia da esquerda
casas decimais): 𝑒 = 2,7183. para a direita, a curva apresenta um
𝑥 𝑒𝑥 𝑦 = (𝑒 ) 𝑥 crescimento lento enquanto 𝑥 é negativo. À
−3 𝑒 −3 1/20 medida que x cresce, o crescimento de 𝑦 se
−2 𝑒 −2 7/50 torna cada vez mais acentuado;
−1 9/36
−1 𝑒 • O domínio da função exponencial:
0 0 1
𝑒 𝐷(𝑓) = ℝ; Contradomínio: 𝐶𝐷(𝑓) = ℝ∗+ ;
1 𝑒1 68/25 Conjunto Imagem 𝐼𝑚(𝑓) = ℝ∗+ ;
2 𝑒2 730/100 • A função é crescente quando a base é
3 𝑒3 104/5 maior que 1, isto é 𝑎 > 1;
• A função é decrescente quando a base
está ente 0 e 1, ou seja, 0 < 𝑎 < 1;
• A função exponencial é sobrejetiva, pois
𝐷(𝑓) = 𝐶𝐷(𝑓);
• A função exponencial é injetiva (𝑥1 ≠
𝑥2 ⇒ 𝑎 𝑥1 ≠ 𝑎 𝑥2 ) ou usando a
𝑥1 𝑥2
contrapositiva (𝑎 = 𝑎 ⇒ 𝑥1 = 𝑥2 ),
pois ela é crescente ou decrescente;
• A função exponencial é bijetiva, logo,
admite função inversa;
• A função exponencial é ilimitada
superiormente;
De modo geral, observe o gráfico de 𝑓(𝑥) =
Exercício 2.56: Cada gráfico abaixo
𝑎 𝑥 nos casos em que 𝑎 > 1 e 0 < 𝑎 < 1.
representa uma função exponencial do tipo
𝑓(𝑥) = 𝑎 𝑥 . Identifique a lei de formação de
cada uma delas.
a) a) 𝑓(𝑥) = 32𝑥+4 , 𝑔(𝑥) = 32𝑥 + 4,
ℎ(𝑥) = 9𝑥+2 ;
b) 𝑓(𝑥) = 43𝑥−2 , 𝑔(𝑥) = 2(23𝑥−2 ),
ℎ(𝑥) = 23𝑥−1
𝑥 𝑓(𝑥) = 𝑦
1/4 2
1/2 1
b) Quando 0 < 𝑎 < 1 1 0
2 −1
4 -2
Como consequência da definição de função • Quando temos a condição 0 < 𝑎 < 1, a
logarítmica e da análise dos gráficos, função logarítmica é decrescente (𝑥1 <
podemos concluir que: 𝑥2 ⇔ 𝐿𝑜𝑔𝑎 𝑥1 < 𝐿𝑜𝑔𝑎 𝑥2 );
• O gráfico da função logarítmica passa
pelo ponto (1, 0), ou seja, 𝑓(1) = 0, ou,
ainda, log 𝑎 1 = 0;
• O gráfico nunca toca o eixo 𝑦 nem ocupa
pontos dos quadrantes II e III;
• O domínio da função exponencial:
𝐷(𝑓) = ℝ∗+ ; Contradomínio: 𝐶𝐷(𝑓) = ℝ;
Conjunto Imagem 𝐼𝑚(𝑓) = ℝ;
• Somente números positivos possuem
logaritmo real, pois a função 𝑥 → 𝑎 𝑥
assume somente valores positivos;
• Se 𝑎 > 1, os números maiores do que 1
têm logaritmo positivo e os números • A função logarítmica é injetiva, pois
compreendidos entre 0 e 1 têm logaritmo números positivos diferentes têm
negativo; logaritmos diferentes. Ela é também
• Se 0 < 𝑎 < 1, os números maiores do sobrejetiva, pois, dado qualquer número
que 1 têm logaritmo negativo e os números real 𝑏, existe sempre um único número real
compreendidos entre 0 e 1 têm logaritmo positivo x tal que log 𝑎 𝑥 = 𝑏. Portanto, ela
positivo; é bijetiva (há uma correspondência
• A função logarítmica é ilimitada, biunívoca entre ℝ∗+ e ℝ);
superior e inferiormente. No caso de 𝑎 > 1
ser ilimitada superiormente, pode-se dar a 2.9.3 Uma relação importante entre
log 𝑎 𝑥 um valor tão grande quanto se função Exponencial e Logarítmica.
queira, desde que tomemos 𝑥 Os gráficos de duas funções inversas são
suficientemente grande; simétricos em relação à reta 𝑦 = 𝑥 (bissetriz
• Quando 𝑎 > 1, a função logarítmica é dos quadrantes I e III). Observe os gráficos
crescente (𝑥1 > 𝑥2 ⇔ 𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑥1 > 𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑥2 ); das funções inversas f(𝑥) = 𝑎 𝑥 e 𝑔(𝑥) =
𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑥 a seguir:
1) 𝑎 > 0
2) 0 < 𝑎 < 1 2.9.4 Logaritmos usuais
Os logaritmos mais comumente usados ou
empregados possuem uma certa notação
particular, para facilitar seu uso. São eles:
• O logaritmo na base 10, também
chamado logaritmo comum ou decimal, que
é apresentado sem a indicação da base,
𝐿𝑜𝑔(𝑥) = 𝐿𝑜𝑔10 (𝑥).
A função logarítmica decimal 𝑓(𝑥) =
𝐿𝑜𝑔(𝑥) tem como inversa a função
exponencial 𝑔(𝑦) = 10𝑦 . Desse modo,
𝑦 = 𝐿𝑜𝑔(𝑥) ⇔ 10𝑦 = 𝑥.
• O logaritmo na base e, também
chamado logaritmo natural ou Neperiano,
que é representado por "𝑙𝑛",
Exercício 2.71: Construa os gráficos das
𝑙𝑛(𝑥) = log 𝑒 (𝑥):
funções logarítmicas e confirme neles as
conclusões obtidas: A inversa de 𝑓(𝑥) = 𝑙𝑛(𝑥) é a função
a) 𝑓(𝑥) = 𝐿𝑜𝑔3 𝑥; exponencial 𝑔(𝑦) = 𝑒 𝑦 . Assim,
b) 𝑓(𝑥) = 𝐿𝑜𝑔1/3 𝑥; 𝑦 = 𝑙𝑛(𝑥) ⇔ 𝑒 𝑦 = 𝑥.
c) 𝑓(𝑥) = 𝐿𝑜𝑔2 (𝑥/2);
Exercício 2.74: Determine os logaritmos
d) 𝑓(𝑥) = Log 2 (𝑥 − 1). usando a calculadora (faça mudança de base
do logaritmo):
Exercício 2.72: Observando a base,
a) 𝐿𝑜𝑔2 (12);
identifique as seguintes funções como
b) 𝐿𝑜𝑔4 (8);
crescentes ou decrescentes:
c) 𝐿𝑜𝑔5 (1000)⁄𝐿𝑜𝑔5 (10);
a) 𝑓(𝑥) = 𝐿𝑜𝑔3 𝑥;
d) 𝐿𝑜𝑔3 𝑒.
b) 𝑓(𝑥) = 𝐿𝑜𝑔 𝑥;
c) 𝑓(𝑥) = 𝐿𝑜𝑔0,5 𝑥;
Exercício 2.75: Resolva para “𝑥" sem usar
d) 𝑓(𝑥) = 𝐿𝑜𝑔1/3 𝑥; a calculadora:
e) 𝑓(𝑥) = 𝐿𝑜𝑔0,1 𝑥; a) 𝐿𝑜𝑔(1 + 𝑥) = 3;
f) 𝑓(𝑥) = 𝐿𝑜𝑔√3 𝑥. b) 𝐿𝑜𝑔3 (3𝑥 ) = 7;
3
c) 𝐿𝑜𝑔 (𝑥 2 ) − 𝐿𝑜𝑔(√𝑥) = 5;
Exercício 2.73: Sabendo que o gráfico
abaixo é da função 𝑓(𝑥) = 𝑙𝑜𝑔𝑥, determine d) ln (1/𝑥) = −2.
os valores de 𝑎 e 𝑏.