Redes de Telecomunicações I

Universidade de Brasília - UnB

Redes de
Telecomunicações I
SDH/SONET

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SDH/SONET
Definição
• É uma tecnologia de transmissão.
• Mecanismo de transmissão para serviços de comunicação de alta
velocidade, como o ATM.
• Esquema de codificação e multiplexação para transmissão em fibras
ópticas.
• Não deve ser considerado como uma tecnologia de comutação.
Entretanto, especifica uma interface entre comutadores ligados através
da fibra óptica.
• SONET (Synchronous Optic Network)
• Tecnologia proposta pelo Bellcore e padronizado pela ANSI.
• SDH (Synchronous Digital Hierarchy)
• Tecnologia padronizada pela ITU-T nas Rec. G.707, G.708 e G.709.
Versão compatível com SONET.
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SDH/SONET
Fatores motivadores ao desenvolvimento do
SDH/SONET
• Características do PDH (Plesiochronous Digital Hierarchy)
• Falta de compatibilidade entre os sistemas Americano e Europeu.
• Necessidade de conversores de custo elevado.
• Incompatibilidade entre equipamentos de fabricantes diferentes.
• Falta de padronização.
• Apenas o primeiro nível da hierarquia (DS1/CEPT1) é multiplexado a
nível de bytes, os níveis superiores são multiplexados a nível de bits.
• Não é síncrono nos níveis superiores da hierarquia.
• Difícil extração de um canal.
• O tamanho do quadro não é uniforme.
• Difícil reconfiguração em caso de falha.

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SDH/SONET
Significados
• Significado de síncrono
• Bits de um canal estão sempre no mesmo local dentro de um quadro de
transmissão digital.
• Nos EUA, 24 canais DS0, são multiplexados para formar um canal DS1.
• As linhas DS1 são síncronas. Permitem retirar ou inserir chamadas com
facilidades.
• Significado de plesiócrono
• Quase síncrono. Bits extras (bits de justificação) são adicionados nos
quadros para compensar variações de timming. Assim, a localização dos
bits de um canal varia de um quadro para outro.
• 4 linhas DS1 são multiplexadas para formar DS2.
• 7 DS2 são multiplexadas para formar DS3.
• Para isolar uma chamada (canal) de um DS3 é necessário demultiplexar até
DS1.
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SDH/SONET

• Significados
• Ponteiros do SDH/SONET
• Ponteiros foram propostos como uma alternativa a adição de bits de
justificação.
• Ponteiro no cabeçalho de um quadro aponta para o dado neste quadro.
• Permite isolar um canal contido em um sinal altamente multiplexado.

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Hierarquia Digital Plesiócrona - PDH
Europa
Japão e Brasil
5o. nível 397.200 564.962

x4 x4
EUA
x3
4o. nível 97.728 274.176 139.264

x3 x6 x4

3o. nível 32.064 44.736 34.368

x5
x7 x4

2o. nível x3
6.312 8.448

x4 x4

1o. nível 1.544 2.048

x24 x30

Taxas em kbit/s 64

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Hierarquia Digital Plesiócrona - PDH
Hierarquia Norte Americana
Padrão Tipo de Estrutura Canais kbit/s
de sinal linha de voz
DS0 1 64
DS1 T-1 24xDS0 24 1.544
DS2 T-2 4xDS1 96 6.312
DS3 T-3 7xDS2 672 44.736
DS4 T-4 6xDS3 4.032 274.176

DS : Digital Stream.
T1 : Sistema de transmissão de 4 pares trançados para transportar sinal DS1.

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Hierarquia Digital Plesiócrona - PDH

Hierarquia Européia

Padrão Tipo de Canais kbit/s

de sinal linha de voz
0 1 64
1 E-1 30 2.048
2 E-2 120 8.448
3 E-3 480 34.368
4 E-4 1920 139.264

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Características do SDH\SONET
• Solução não Proprietária:
• Unificação das hierarquias digitais caminhando para uma rede de
transmissão global.
• A duração do quadro é uniforme, 125 µs:
• Todos os níveis da hierarquia trabalham a nível de bytes.
• Faz uso sistemático de cabeçalho e estrutura em
camadas:
• Cabeçalho para caminho e seções de multiplexador e regenerador.
• Multiplexação em um passo através do uso de “container”.
• Conceito de rede através de operações de inserção/extração e
“cross-connect”ao invés da estrutura ponto-a-ponto.
• Sincronização por ponteiros, permitindo a identificação dos
tributários e a adaptação de velocidades.
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SDH
• As Rec. ITU-T definem taxas básicas de transmissão dentro do
SDH referenciados como STM (Synchronous Transport Module):
• STM-1 155 Mbit/s
• STM-4 622 Mbit/s
• STM-16 2,4 Gbit/s
• As Rec. Definem também, uma estrutura de multiplexação através
da qual um STM-1 pode transportar um certo número de sinais de
mais baixa velocidade.
• Assim, sinais PDH podem ser transportados através de uma rede síncrona.
• A Rec. G.709 define estrutura de multiplexação hierárquica para
acomodar os sinais plesiócronos na faixa de 1,5 a 140 Mbit/s
dentro do STM-1.

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SDH
2.488.320 3o. Nível STM-16

622.080 2o. Nível STM-4

Taxas em kbit's 155.520 1o. Nível STM-1

6.312
2.048 Tributários
1.544

64 Canal Básico

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Hierarquia de Multiplexação SDH
• SDH define um número de containers, cada um correspondendo a
um sinal plesiócrono.
• Para cada container é adicionado um cabeçalho de caminho (POH -
Path Overhead), formando um container virtual (VC).
• Os bytes de POH permitem o operador de rede monitorar o caminho fim a
fim.
• Numa rede síncrona, todos os equipamentos são sincronizados com
um clock comum.
• Entretanto, os atrasos associados com uma linha de transmissão pode variar
com o tempo.
• Então, a localização dos VC’s dentro de um quadro STM-1 pode variar para
cada VC.
• Como o ponteiro aponta para a posição inicial do VC dentro do quadro STM-
1, este é incrementado ou decrementado a medida do necessário para
acomodar os movimento do VC.
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Hierarquia de Multiplexação SDH
• VC + ponteiro = Unidade Tributária (TU) se ele for de baixa ordem, ou Unidade
Administrativa (AU) se for de ordem superior.
• TU’s se agrupam em Grupos de Unidades Tributárias (TUG’s), que são
mapeados em um VC de ordem superior.
• A Rec. G.709 define diferentes combinações de VC que podem ser usadas para
preencher a área de carga útil de um quadro STM-1.
• O processo de carregar container e anexar cabeçalho é repetido em vários níveis
dentro do SDH, resultando em um aninhamento de VC’s dentro de VC’s
maiores. Este processo termina quando o maior VC (VC-4) é preenchido.
• Quando a maior unidade preencher a área de carga útil do quadro STM-1, um
ponteiro é gerado para indicar a sua posição dentro do quadro. Esse ponteiro é
denominado de ponteiro de AU.
• Quando a área da carga útil do quadro estiver preenchida, algumas informações
de controle são adicionadas no quadro - cabeçalho de seção (SOH - Section
Overhead). SOH é usado para comunicação entre dois equipamentos adjacentes
para sincronização de quadro, gerenciamento, monitoração, etc.
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Hierarquia de Multiplexação SDH

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Hierarquia de Multiplexação SDH

• Elementos da Estrutura
• Container (C)
• Unidade para onde são mapeados os tributários
• Container Vitual (VC)
• Container + cabeçalho do caminho (POH)
• Unidade Tributária (TU)
• VC + ponteiro para ser mapeado em outro VC.
• A posição do VC dentro de TU não é fixa, mas a posição do ponteiro é fixa com
relação ao próximo nível da estrutura de multiplexação
• Grupo de Unidades Tributárias (TUG)
• Concatenação de TU’s para mapeamento em VC.

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Hierarquia de Multiplexação SDH

• Elementos da Estrutura
• Unidade Administrativa (AU)
• VC + ponteiro indicando seu deslocamento em relação ao quadro
STM.
• Grupo de Unidades Administrativas (AUG)
• Concatenação de AU’s para mapeamento fixo em um quadro STM.
• Módulo de Transporte Síncrono (STM)
• Quadro transmitido pela rede e formado por AU’s e cabeçalho de
seção (SOH).

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Quadro STM-1

• Define a taxa básica de transmissão no padrão SDH.

• O quadro STM-1 consiste de 2430 bytes que se repete a
cada 125µs.
• O quadro STM-1 é considerado como sendo uma
estrutura de 9 linhas de 270 bytes.
• As primeiras 9 colunas da estrutura constitui a área do
cabeçalho de seção e as 261 colunas restantes é a área de
carga útil.

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Quadro STM-1
9 colunas 261 colunas

Cabeçalho de Seção
3 linhas

de
Regeneradores

Ponteiros de AU
Área de
9 linhas

Carga Util
5 linhas

Cabeçalho de Seção
de
Multiplex

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Transmissão Seqüencial do STM-1

9 colunas 261 colunas

Cabeçalho de
1

Seção
2

de
Regeneradores
3
4

Ponteiros de AU
Área de
Carga Util
5
6

Cabeçalho de
Seção
7

de
Multiplex
8
9

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Conceito de Camadas
• Um sinal digital é transmitido
em camadas, sendo definido
as seções de caminho,
multiplexador e regenerador.
• No quadro STM existem
regiões para cabeçalho de
caminho (POH) e cabeçalho
de seção (SOH). O SOH é
dividido em cabeçalhos de
seção de regenerador (RSOH)
e cabeçalho de seção de
multiplexador (MSOH).

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Equipamentos de um Sistema SDH/SONET

• Equipamentos terminais de caminho é um terminal ou multiplexador.

• É responsável pelo mapeamento de cargas úteis (DS1, FDDI, etc.) no formato SDH.
• Equipamentos terminais de linha: é um hub
• Efetua serviços para os equipamentos terminais de caminho, como multiplexação,
sincronização e proteção.
• Equipamentos terminais de seção: é um regenerador
• Efetua alinhamento de quadros, scrambling e monitoração de erros. É responsável
pela recepção e regeneração de sinais.
• Pode fazer parte dos equipamentos terminais de linha.

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Multiplexadores
• Os multiplexadores
(ou terminais),
definidos pelas
recomendações de
SDH, efetuam as
funções de
multiplexação e
terminação de linha.
• Além disso, um único
multiplexador
síncrono substitui um
banco de
multiplexadores
plesiócronos.
• Multiplexadores
síncronos podem
aceitar uma grande
variedade
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Configurações

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Configurações

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Digital Cross Connect (DCS)
• DCS é um dispositivo
que atua como um
hub na rede
SDH/SONET.
• Estabelece conexões
semi-permanentes
entre as suas portas.
• Efetua função de add-
drop.
• Opera com diferentes
taxas de tráfego.

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Mapeamento de Tributários
• Container
• Capacidade de carga definição na Rec. G.702
• C11 - container para 1544 kbit/s.
• C12 - container para 2048 kbit/s.
• C2 - container para 6312 kbit/s.
• C3 - container para 34.368 ou 44.736 kbit/s
• C4 - container para 139.264 kbit/s
• Container Virtual
• Estrutura de informação usada para conexões da camada de caminho.
• Consiste de carga útil mais um POH organizado em uma estrutura de
quadro que se repete a cada 125µs ou 4 quadros a cada 500µs.
• Existem 2 tipos de VC´s:
• VC de baixa ordem (VC-1 ou VC-2).
• VC de alta ordem (VC-3 ou VC-4).

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Mapeamento de Tributários

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Multiplexação de VC-12´s em TUG-2
• Usa um ponteiro
associado com cada
VC, indicando a sua
posição dentro do
TUG.
• A combinação de
VC-12 e seu
ponteiro é
referenciado como
TU-12.
• A localização do
ponteiro é fixo em
relação ao TUG-2
como um todo.
• TUG-2:
• 4 TU-11
• 3 TU-12
• 1 TU-2
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Multiplexação através de TUG-2
• TUG-2 contém 36
bytes de cada 3 TU-12

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Multiplexação de TUG´s em VC-4
• VC-4 consiste de :
• 1 coluna de POH
• 2 colunas de “fixed stuff”
• 258 colunas de carga útil.
• Os 3 TUG-3’s são multiplexados através de um simples byte interleaving:

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SDH/SONET
• Mapeamento de VC-4 no STM-1
• O mapeamento de VC-4 em STM-1 é feito de forma semelhante ao mapeamento
de VC-12 em um TUG-2.
• VC-4 é permitido flutuar dentro do quadro STM-1
• A sua localização é dada pelos ponteiros AU-4, H1, H2 e H3.
• AU-4(Unidade Administrativa 4)
• AU-4 é a unidade composta de VC-4 junto com seu ponteiro.
• A unidade administrativa fornece a adaptação entre a camada de caminho e camada
de seção de multiplexação.
• AUG (Grupo de Unidade Administrativa)
• É uma estrutura de 9 linhas por 261 colunas, mais 9 bytes na linha 4 que contém os
ponteiros AU.
• O ponteiro AU-4 indica o offset, em incrementos de 3 bytes, entre o ponteiro e o
primeiro byte de VC-4.
• Existem 3 ponteiros AU-3 no AUG, um para cada VC-3.

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Mapeamento VC-4 no STM-1

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STM-N
• Para obter taxas mais altas, a multiplexação é feita através de interleaving de bytes.
• A recomendação G.708 diz que para formar um sinal STM-M a partir de sinais
STM-N, deve fazer um interleave de N bytes.

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Comparação entre SDH e SONET
• A maior diferença ocorre no primeiro nível do SONET, referenciado como STS-
1(sinal elétrico) ou OC-1 (sinal óptico). A taxa é de 51,84 Mbit/s.
• O quadro STS-1 pode ser visto como tendo 9 linhas de 90 bytes. O cabeçalho de seção
constitui as três primeiras colunas do quadro STS-1.

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