Modelo Relatorio
Modelo Relatorio
Geiger-Müller
Raylan A. Prestes, Daniel Schemberger, Marcos Gauglitz, Guilherme Santos
Introdução
Em seu trabalho de 1908, Geiger, então aluno de
Rutherford, se vê motivado ao desenvolvimento do
contador Geiger pela necessidade de um método
capaz de contar a emissão de partículas alfa
provenientes de uma amostra de rádio, sem que
fossem feitas suposições em relação a carga da
partícula, dado que nos anos 1900 ainda não era
possível determinar se a partícula alfa seria de fato A montagem de um contador Geiger-Müller
um átomo de hélio como conhecemos hoje. Pela moderno é mostrada na figura 2:
suposição de que uma partícula alfa carrega uma
carga equivalente a 2e, Geiger estimou a produção
de 43000 íons no ar antes da partícula ser
completamente parada. O efeito desta ionização em
um eletrômetro ou até mesmo num eletroscópio é
−4
muito pequeno (uma deflexão na ordem de 10 𝑚).
A necessidade de ampliar o efeito de ionização
para uma detecção mais precisa, foi resolvida pela
utilização do fenômeno conhecido como descarga
de Townsend. Este efeito é caracterizado pela
produção de íons através de colisões com um gás
neutro a baixa pressão na presença de um campo
elétrico consideravelmente intenso. As colisões
entre as partículas radioativas e os átomos do gás, De maneira geral, podemos exemplificar o caso
geram uma “avalanche” de íons em direção ao de uma contagem neste dispositivo qualitativamente
ânodo em uma montagem com placas paralelas, da seguinte maneira: quando uma partícula
pela relação:
ionizante, α ou β entra através da janela de mica na Desta maneira esperamos que o número de
parte esquerda do aparato, ocorre a colisão com o contagens decaia em função da distância ao
gás (este deve ser uma mistura de um gás inerte quadrado.
com um vapor orgânico ou halogênico, o qual tem a
função de frear ou “arrefecer” a avalanche de íons) Procedimento Experimental
o fenômeno de avalanche descrito, o que por sua
vez gera um pico de corrente no circuito, este pico é
Temos como objetivo encontrar o tempo morto
registrado como uma contagem.
de um Tubo de Geiger Muller(GM), inicialmente é
preciso definir o platô de GM do nosso
É importante citar algumas limitações deste
equipamento, ele irá nos mostrar uma melhor região
instrumento. A mais importante delas se refere a
para que possamos trabalhar e encontrar um valor
impossibilidade de distinguir o tipo de partícula
mais preciso do nosso tempo morto. Para isso
ionizante contada dado que o pulso de “saída” do
montamos o experimento de (GM) conforme figura
contador tem sempre a mesma magnitude. Outra
4:
limitação com efeitos experimentalmente
consideráveis é o de que o contador é menos
preciso para altas taxas de radiação devido a
natureza do fenômeno que registra uma contagem.
Existe o chamado “tempo morto”, um pequeno
período de insensibilidade do instrumento a
qualquer tipo de radiação. Geralmente este tempo
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morto reduz a contagem de 10 à 10 dependendo
do instrumento.