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O documento aborda a medição da radiação, explicando sua propagação e os diferentes tipos, como radiação eletromagnética e corpuscular. Discute também os princípios de detecção e os requisitos para detetores de radiação, incluindo reprodutibilidade, estabilidade e sensibilidade. Além disso, detalha os métodos de ionização e os diferentes tipos de contadores utilizados na medição da radiação ionizante.

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Resumos Fan

O documento aborda a medição da radiação, explicando sua propagação e os diferentes tipos, como radiação eletromagnética e corpuscular. Discute também os princípios de detecção e os requisitos para detetores de radiação, incluindo reprodutibilidade, estabilidade e sensibilidade. Além disso, detalha os métodos de ionização e os diferentes tipos de contadores utilizados na medição da radiação ionizante.

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Radiação Para quê medir a radiação?

Propagação de energia de um ponto a outro no  Medir as propriedades de partículas (carregadas


espaço ou num meio material, com uma certa ou neutras) originadas num determinado
velocidade. processo;
Os outros elementos condutores determinam Como?
as forças de radiação:  Escolher um detetor de radiação apropriado
 Eletromagnética: (ionização / cintilação / ...) com sensibilidade
 Oscilação entre um campo elétrico e adequada para estimar ou medir a radiação;
magnético e está classificada como de  Através da interação dessas partículas com o
acordo as frequências de ondas: próprio detetor (deposição total ou parcial da sua
 Ondas hertzianas (ondas de rádio energia);
ou TV);
 Micro-ondas; Princípios de deteção
 Radiação infravermelha;  A deteção de partículas faz-se sempre através da
 Ultravioleta; sua interação com a matéria;
 Raios X;  Ao atravessar um meio material, as partículas
 Raios gama; carregadas deixam atrás de si átomos excitados,
 Corpuscular: pares eletrão-ião (gases) ou pares eletrão-lacuna
 Partículas subatómicas: (sólidos);
 Eletrões;  Os fotões interagem com a matéria produzindo
 Protões; partículas carregadas, que por sua vez vão interagir
 Neutrões; com o meio;
 Partículas ;  Efeitos:
 Partículas ;  Excitação (detetores de cintilação):
Radiação ionizante  Os fotões emitidos pelos átomos
 Radiação do tipo eletromagnetismo e corpuscular, excitados num material
que ao entrar em contacto com a matéria, causa transparente podem ser
direta ou indiretamente a criação de iões; registados com detetores de luz;
 Dependendo da quantidade de energia, a radiação  Ionização (detetores de ionização):
pode ser ionizante ( nível de energia) ou não  As partículas carregadas criam
ionizante ( nível de energia); pares eletrão-ião (gases) e eletrão-
 Qualquer radiação pode ser prejudicial à saúde, lacuna (sólidos);
tendo em conta o tempo de exposição e a  Aplicando um campo ao volume
intensidade de radiação; de deteção, estas cargas são
recolhidas e lidas pela eletrónica
Radiação nuclear / radioatividade adequada;
 Radiação emitida pela desintegração de alguns
elementos químicos;
A exposição prolongada à radiação nuclear pode causar
várias lesões e doenças (queimaduras, infertilidade,
...);
Detetor Deteção de radiação
Dispositivo ou elemento sensível à radiação Radiação ionizante (partículas e fotões)
ionizante, utilizado para determinar a quantidade de raramente é detetada diretamente, ou seja, a presença
radiação presente num determinado meio. da radioatividade normalmente passa despercebida sem
Para que um detetor possa ser considerado o uso de equipamentos especializados (detetores de
apropriado, além de ter de ser adequado para a medição, radiação).
deve apresentar também algumas características:  Trabalham a medir produtos secundários, resultantes
1) Reprodutibilidade: grau de concordância dos da interação da radiação/material do detetor;
resultados obtidos em  condições de medida;  Ionização de átomos/moléculas dentro de 1 gás ou
2) Estabilidade: manter constante as suas sólido cria cargas livres;
características de medida ao longo do tempo;  Movimento dos pares de iões eletrão-positivo (ou
3) Exatidão: grau de concordância dos resultados com o pares eletrão-lacunas) e a recolha destas cargas
valor de referência; origina um pulso elétrico ou corrente;
4) Precisão: grau de concordância dos resultados entre Ex: partículas carregadas ( e ), viajam através do
si, geralmente expresso pelo desvio padrão volume sensível do detetor, criam pares eletrão-ião nos
relativamente à média; detetores gasosos (ou pares eletrão-lacuna, em detetores
5) Sensibilidade: razão entre a resposta do instrumento de estado sólido).
e o estímulo;  Detetores de radiação:
6) Eficiência: capacidade de converter os estímulos  Recolhe partículas de ionização, criadas pela
recebidos em sinais de medição; passagem de partículas de radiação no
a. Associada com o tipo e a energia da radiação volume de um detetor;
traduzido basicamente a capacidade do  Taxa de eventos (induzida por pulsos de radiação):
detetor em registar;  Pode ser usado para medir a taxa a que as
Eficiência intrínseca partículas de radiação atravessam o detetor;
 Os fatores que a diferem para cada tipo são:  Contadores de radiação;
 Nº atómico do elemento constituído do
detetor; Detetores gasosos
 Estado físico do material; Trabalham a medir a radiação induzida por
 E outras propriedades físico-químicas dos ionização dentro de um volume de gás (a interação da
materiais constituintes; radiação com o volume sensível do detetor/gás provoca
ionização dos seus átomos).
𝑛º 𝑑𝑒 𝑠𝑖𝑛𝑎𝑖𝑠 𝑟𝑒𝑔𝑖𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠  Existem muitos tipos;
𝜀𝑖𝑛𝑡𝑟𝑖𝑛𝑠𝑒𝑐𝑎 =
𝑛º 𝑑𝑒 𝑟𝑎𝑑𝑖𝑎çõ𝑒𝑠 𝑖𝑛𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑛𝑜 𝑑𝑒𝑡𝑒𝑡𝑜𝑟  Eles operam no mesmo princípio físico, mas variam
muito na sua construção e no método de medição (o
Eficiência absoluta efeito de ionização);
 Relacionada com:  Fatores que afetam a sensibilidade e aplicabilidade
 Características de construção; (tipo de radiação) dos detetores gasosos são a
 Fonte de radiação; natureza e o estado do gás;
 Meio e geometria utilizada na medição (forte
influência na distância do emissor);
 Tipo de feixe emitido (radial ou colimado);
 Meio entre o detetor e a fonte;

𝑛º 𝑑𝑒 𝑠𝑖𝑛𝑎𝑖𝑠 𝑟𝑒𝑔𝑖𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠
𝜀𝑎𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑎 =
𝑛º 𝑑𝑒 𝑟𝑎𝑑𝑖𝑎çõ𝑒𝑠 𝑒𝑚𝑖𝑡𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑝𝑒𝑙𝑎 𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒
 Natureza e estado do gás:  A intensidade de corrente (I) é
 Gases típicos usados que detetam o neutrão medida e correlacionada
(ar, Ar, He, ou BF3); (calibrada) à intensidade do
 As moléculas/átomos do gás estão campo de radiação;
relativamente separados (densidade +  do  A interação da radiação pode
que líquidos/sólidos), logo maior ocorrer nas paredes da câmara ou
probabilidade de ionização para partículas diretamente no gás de
carregadas pesadas, como radiação  e , do enchimento;
que radiação  e fotões;  Para a radiação EM incidente
 Detetores gasoso são + eficientes na deteção de (fotões) as interações dominantes,
radiação  e  do que radiação  ou fotões: ocorrem principalmente no
 Embora os detetores gasosos sejam usados material da parede da câmara:
principalmente para detetar partículas
 Efeito fotoelétrico;
carregadas, com design adequado, também
 Dispersão de Compton;
podem ser usados por radiação  e raios-x;
 Produção de pares;
Princípios de medida
 Se e- são libertados das paredes do
 Neutralização do gás:
átomo e escapam para o gás ativo,
 Método + simples e antigo; então estas partículas carregadas
 Quantifica ionização de gás por inspeção (radiação secundária) produzem
visual de um filamento de um ionização à medida que passam
eletroscópio; pelo gás (câmaras de ionização);
 Filamento fino carregado positivamente, Exemplos de anúncios de câmaras de ionização:
dentro de uma câmara pequena cheia de
 Medidas de taxa e dose simultaneamente;
gás;
 Radiação detetada:
 Repulsão eletrostática do filamento
  acima de 1 MeV;
neutralizado pela intensidade de radiação
  e raios-x acima de 25 keV;
(dosímetro de bolso ou caneta);
 Detetor:
 Fluxo de cargas;
 Câmara (câmara de ionização de ar
 Medida de corrente:
pressurizado com volume de 230 cc);
 Medição de fluxo de cargas
 Precisão:
(corrente elétrica), produzindo
 Dentro de 10% da leitura entre 10% e
dentro do gás de um detetor
100% da indicação da escala completa em
gasoso pela radiação ionizante;
qualquer faixa, exclusiva da resposta de
 Pares-ião produzidos como
energia;
resultado da ionização do gás;
 Calibração fonte: 137Cs;
 Partículas - (e- livres ou
moléculas de O ou N que o  Se a radiação contém partículas carregadas (),
então a câmara deve ter uma construção permitindo
absorvem);
que as partículas entrem no volume do gás;
 Partículas +
 Conseguindo usar 1 “janela” muito fina (mica,
(molécula/átomo
por exemplo), numa extremidade do tubo da
ionizado); câmara;
 Molécula de gás  Movimento de pares de iões, causa uma corrente
que perdeu 1 e-; no circuito externo, estabelecendo uma tensão
 Detetores gasosos têm elétrodos + através da resistência de carga (RI);
(ânodo) e – (cátodo);  Contagem de pulsos:
  de potencial (tensão) é mantida  Uma alternativa à medida de corrente;
por 1 bateria ou fonte de  Consiste em contar os pulsos individuais da
alimentação; corrente, produzidos por cada partícula
 Potencial cria 1 campo elétrico carregada individual ou fotões que entram
dentro da câmara de gás; na câmara de gás;
 Movimento (deriva) dos pares de  A taxa à qual as contagens ocorrem é uma
iões produzidos no gás e a sua medida direta da quantidade de radiação
“recolha” nos elétrodos, produz (contadores Geiger-Muller – GM);
uma corrente elétrica, que é
detetada por 1 amperímetro ou
galvanómetro;
Câmara de ionização
Contadores proporcionais 1) Região de recombinação (região de  tensão: V=0V)
a. Potencial entre o ânodo e o cátodo, não é
Contadores Geiger-Muller (GM)
suficiente para recolher todos os pares de
iões iniciais;
 Os 3 são, em geral, consideradas como “câmaras de b. Campo elétrico muito fraco, levando à
ionização”, no entanto cada uma possui 1 processo recombinação (reabsorção de pares de iões
único para formar o nº total de pares-iões, pelo gás);
posteriormente recolhidos nos elétrodos; c. Somente uma pequena fração de pares de
 Todos operam formando pares de iões inicias da iões se acumulam nos elétrodos;
radiação ionizante; d. Não é útil para detetores de radiação;
 1 vez que os pares de iões são formados, a 2) Região de ionização (região de  tensão)
recombinação com o gás deve ser evitado, o que a. V um pouco menor do que a região 1);
“mataria” prematuramente o sinal elétrico; b. Corrente de saída (I) resultante da chamada
 O processo de ionização, recolha de carga, registo de (corrente de saturação da câmara de
contagens de pulso são processos + rápidos, mas não ionização);
instantável; c. Quase todos os pares de iões criados
 Detetores precisam de tempo para recuperar o seu alcançam os elétrodos;
estado inicial (tensão externa aplicada); d. Corrente relativamente independente de
pequenos aumentos na tensão (tensão
Fatores que afetam os tempos de viagem e recuperação suficiente para recolher 100% dos iões
 Construção dos detetores (geometria, materiais de formados);
parede); e. Output (I) gerado pequeno e difícil (ou
 Natureza do gás; mesmo impossível) de contar como eventos
 Estado do gás (pressões); individuais;
 Potencial aplicado (V); f. Depende do tipo de radiação;
 O papel do potencial é crucial; 3) Região de ionização (região de tensão intermédia)
a. Eletrões adquirem energia suficiente para
 Determina o tipo de resposta às
partículas carregadas ou fotões; induzir ionização secundária (amplificação
do gás);
 Dependendo da  de potencial aplicada
entre os elementos, o detetor pode operar b. Multiplicação par-ião interna  a densidade
numa das seguintes regiões operacionais; dos pares de iões no volume do gás ativo;
i. I  por um fator multiplicativo M>1;
c. Chamado também de região de contador
proporcional, porque I (ou carga total
recolhida por interação) é proporcional ao nº
inicial de pares de iões produzidos pela
radiação incidente;
d. Amplificação do gás: resultado de produção
de eletrões secundários (ou delta);
e. Assim, o pulso de carga produzido pela
radiação que chega é bastante amplificado,
criando uma reação em cadeia (avalanche);
i. A amplificação de gás (avalanche de
Townsend) na região proporcional:
é ganho de sinal por meio de
impacto;
4) Região de proporcionalidade limitada
a. Nº de pares eletrão-ião recolhidos,
relativamente independentes dos pares
eletrão-ião primário (criados por radiação
incidente);
b. Geralmente, não é adequado para operar
como detetores gasosos;
5) Região Geiger-Muller (região de  tensão)  Penetram facilmente na câmara;
a. Região mostrando um “patamar”, onde M é  Podem passar pelo gás, causando
constante; pouca ou nenhuma ionização;
i. Com o aumento de V, a maior parte  Sensibilidade geométrica;
do gás está ativamente envolvida  Densidade de região +  para janelas
em múltiplas, sucessivas ionizações; maiores;
b. Na região de Geiger, uma avalanche produz  Detetor + perto da fonte (Irad  r2);
fotões secundários cujas interações  Absorção da radiação por separação de ar de
produzem outras avalanches locais, até que fonte/detetor;
todo o ânodo seja cercado por pares eletrão-  Lei do Quadrado da distância:
ião;
i. Carga recolhida por interação, não é 𝜉
+ proporcional aos pares primários; 𝐼=
4𝜋𝑟 2
ii. Muito difícil de distinguir entre 
tipos de radiação (ou separação de I – Intensidade da radiação
energia); R - Distância à fonte
1. Pulso de corrente quase  - Taxa de emissão da fonte
independente de pequenas
alterações de V;
2. Tamanho do pulso  Eficiência geométrica (gp) para fontes pontuais:
independente da
quantidade de ionização, 𝑎
𝑔𝑝 =
produzida pela radiação 4𝜋𝑟 2
incidente;
iii. Mecanismo de múltipla avalanche A – Área superficial do detetor
em contadores GM; R – Distância da fonte pontual
c. Na região Geiger:
i. Corrente produzida por partículas
carregadas ou fotões, maior do que Formas de  a sensibilidade
a região proporcional;  Partículas carregadas ( e ):
ii. Tamanho de cada pulso depende  Uso de material de janela fino e penetrável,
das características do detetor, em como folha fina de mica;
vez de radiação primária;  Para  sensibilidade, colocando a amostra
6) Região de descarga dentro da câmara;
a. V acima da região Geiger;  Energia de fotões moderadamente :
b. Ionização contínua e espontânea, mesmo   do volume de gás sensível (câmara
sem radiação; ionizante );
c. Sem utilidade para detetores de radiação;   pressão de gás;
 Janela + fina;
Sensibilidade dos detetores  Gama típica de sensibilidade para detetores gasosos:
 Sensibilidade intrínseca;  : 3 MeV a 4 MeV;
 Os detetores gasosos respondem  : 50 keV a 100 keV;
virtualmente a qualquer evento de radiação;   e raios-X: 5 keV a 7 keV;
 Porém, a radiação ionizante deve ter uma  O limite superior depende do tipo e
certa gama de energias para acionar o pressão do gás, paredes da câmara
detetor; e material da janela;
 Partículas carregadas ou fotões devem ter Eficiência de deteção
energia suficiente para penetrar na janela do A eficiência de deteção (D) depende de 1
detetor; determinado nº de fatores:
 Crucial para  energia de  e :
 Capacidade limitada para penetrar 𝐷 =𝐹×𝑔×𝜀×𝑓
na janela;
 Porém, energias excessivas farão com que as F – Absorção e dispersão
partículas cruzem o gás sem ionizações; G – Eficiência geométrica
 - Eficiência intrínseca
F – Contagem seletiva de energia

 Importante para  energias de fotões: Câmaras de ionização


 Operam na região 2) da curva de gás;  Cátodo cilíndrico metálico exterior +
 Desvio nos pares iões induz uma corrente no circuito ânodo de fio central;
externo;  Ar como gás de ionização;
 Corrente induzida medida como 1 de 2 maneiras:  Operado com 1 bateria;
 Operação de modo atual (medida direta):  Medidas de exposição à radiação :
campos de  radiação; R/h (mR/h);
 Magnitude de corrente (dá medida  Principalmente para monotorizar 
de Irad); níveis de radiação (rX e geradores de
 Operação em modo de pulso (carga 99
Mo-99mTc;
armazenada o capacitor): campos  Dosímetros de bolso;
de  radiação;  Calibradores de dose;
 Permite contagens  Equipamentos essencialmente
individuais da interação da utilizado em MN, para medir a
radiação; atividade de radionuclídeos e
 Simples em conceito; radiofármacos;
 Vem em muitas formas e pode ser usado para:  Consiste de uma câmara de
 Medições de potência do reator (campo de  ionização (CI) envolvida por 1 poço
radiação); aberto (as paredes do poço são
 Pequenos dosímetros pessoais permeáveis aos fotões);
(normalmente campos de  radiação);  CI de forma cilíndrica de câmara
 Principais problemas (modo de pulso): selada, preenchida com ar e traços
 O sinal medido é pequeno, uma vez que a de halogénio em  pressão
corrente induzida vem apenas da radiação (512atm);
primária;  Potencial  150 V;
 A formação do sinal pode ser longa (devido  Medidas corrente produzida pela
ao movimento lento dos iões pesados); atividade radioativa (sem efeitos de
 Costuma ser usado um circuito RC tempo morto);
ligado a 1 câmara, para reduzir a  I é proporcional ao nº de
constante tempo ( o tempo de ionizações primárias;
resposta);   tipos de radiação e níveis de
 Por exemplo: energia, produzem  quantidades
 Câmaras de iões de raios  de ionização (corrente);
(operadas no modo atual);  = A(t) dá  correntes, para
 Câmaras de iões sensíveis: radiação distinta;
 Revestidas com material  A I registada como
reativo a neutrões de forte radioatividade em MBq ou
(10Br, 6Li, 235U) ou gás mCi;
reativo de neutrões (10Br3,  Seletor de isótopos;
3
He);  Compensa as  na corrente
 Câmaras detetoras de fumo de ionização (corrente =
(câmaras de ionização de ar com para A(t) idêntico);
emissor  (241Am);  Seletor de faixa de atividade;
 V varia entre 30-300 V;  Ajusta a faixa de atividade
 Eficiência de deteção é +  para RX e radiação  (<1%); (mCi, Ci, kBq, MBq, GBq);
 Depende da energia de deteção;  Só mede atividade, não o tipo de
 Inicialmente usadas na medição de  atividade de radiação;
radiofármacos e intensidade de radiação (Rx);  Podem apresentar  formas, consoante a
 Uso mais comum: forma dos elétrodos:
 Medidores de pesquisa;  Cilíndricas ou esféricas;
 Equipamentos essencialmente  Placas paralelas;
utilizado em MN, para medir a Contadores proporcionais
atividade de radionuclídeos e  Opera na região 3) da curva de gás;
radiofármacos;  Pulso eletrónico proporcional à energia original
 Consiste de uma câmara de absorvida no detetor, por 1 quantum de radiação;
ionização (CI) envolvida por 1 poço  Ar é o gás + comum, mas 3He, Xe, 10BF3 também são
aberto (as paredes do poço são usados;
permeáveis aos fotões);
 A V  o suficiente: eletrões (com Ec suficiente) podem 1) Baseado no principio da ionização;
causar ionizações secundárias (ionizações de  Partículas carregadas atravessam o meio,
impacto), e assim por diante até à recolha no ânodo; ionizam o material desse meio;
 Avalanche de Townsend (multiplicação de  Partículas colidem com as moléculas e
gás); átomos do meio;
 Na colisão transferem parte da sua energia
Formatos geométricos para as moléculas/átomos do meio;
 Planar (raramente usados por contadores  Energia é absorvida pelos eletrões das
proporcionais); camadas + externas das moléculas, criam:
 Coaxial (geometria de preferência);  Pares de iões positivos (cátodo);
Campo elétrico  Eletrões livres (elétrodo);
𝑉0  1º processo de ionização
𝐸(𝑟) =
𝑏 quando a radiação interage
𝑟 × ln
𝑎 com o meio;
 Estas colisões com os átomos/moléculas do
V0 – Potencial interno do ânodo meio acontecem continuamente no trajeto
A – Raio do ânodo levando à criação de grandes pares de iões
B – Raio da “Shell” do cátodo positivos e eletrões livres;
Vcátodo – 0 (grounded)  Quanto maior a energia das partículas, maior
o nº de ionizações;
 Os pares de iões positivos e eletrões livres
sobe a ação do campo energético, são
A<<B: acelerados em direção aos elétrodos
(polarização);
𝑏
𝑝𝑙𝑎𝑛𝑎𝑟
𝑉0  Sucessivas colisões, formando maior nº de:
= 𝑎 >1  Pares de iões positivos;
𝑉0𝑐𝑜𝑥𝑖𝑎𝑙 𝑏
ln 𝑎  Eletrões livres;
Contadores de Geiger-Muller
 Tensão necessária para atingir EA, sempre maior para  Apenas 1 ionização pode desencadear a avalanche de
formato planar do que coaxial; Townsend (próximo da amplificação máxima de gás);
 Eletrões atómicos excitados, de ionização de  Ocorrem descargas repetitivas no gás, a
impacto, podem produzir eletrões livres menos que o processo seja interrompido:
secundários;  Técnica de extinção (quenching);
 Os átomos excitados reduzem a  Tipos de técnicas de extinção:
energia, emitindo a luz UV;  Técnica eletrónica (redução temporária da
 A luz UV pode remover eletrões da tensão, abaixo da região de Gm);
camada exterior, dos átomos  Uso de gás de extinção;
circundantes (fotoionização);  Pequena quantidade de vapores de
Detetores de radiação solvente orgânico (álcool etílico,
1) Gasosos; xileno, isobutano);
 Câmaras de ionização;  Gases halogénios (Cl, Br);
 Contador proporcional;  Material que absorve energia
 Contador Geiger-Muller; cinética dos e- e facilita a
2) Semicondutores; recombinação com os iões positivos
 Sílicio; (neutralização), sem emissão de UV;
 Ge(Li);  As “probes” dos contador de GM podem ser:
3) Cintiladores;  “end-window” (janela final);
 Orgânicos;  “side-window” (janela lateral);
 Cristais de antraceno;  Gás da câmara:
 Plásticos cintiladores;  Ar, CH4, He ou Ne misturado com 1 halogénio
 Inorgânicos; (gás de extinção);
 Cristais de Na(TI);  Pressão típica do gás (0,8 atm);
 Cs(TI);  Material da janela: mica (0,01mm espessura);
 Bateria opera 500-900 V;
 Unidades de medida: mR/h ou com (tempo de
exposição);
 Alguns têm alarmes sonoros ou luz intermitente ii. Semicondutores (largura não tão
(dispara acima da intensidade de radiação grande nem tão pequena) – 1eV;
predefinida); 1. Determinadas
 Monitor de área (monitorizar nível de circunstâncias os e-
radiação); alcançam a banda de
 Normalmente calibrados para fotões de 662keV condução e o material
emitidos por 137Cs; comporta-se como 1
 São 10x + sensíveis que as câmaras de ionização; condutor;
 Tempo morto: 100-500ms; iii. Condutores (largura muito
 Limites de taxa de contagem: 15k-20k com; pequena);
 Normalmente satura a A(t)  (perda de contagens); 1. Mesma a agitação térmica à
 GM normalmente utilizado como monitor de temperatura ambiente faz
contaminação de área com  nível de atividade; com que os e- tenham
energia para chegar à
 Eficiência (quantidade observada como 1 fração de
banda de condução;
quantidade esperada;
 Os detetores semicondutores normalmente são
 100% para partículas ;
maus condutores elétricos;
 1-2% para RX e 
𝑐𝑝𝑚𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 − 𝑐𝑝𝑚𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜  Quando são ionizados por 1 evento de
𝐸𝑓𝑖𝑐𝑖ê𝑛𝑐𝑖𝑎 = radiação ionizante, a carga elétrica
𝑑𝑝𝑚𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒
produzida pode ser recolhida por 1 tensão
Detetores semicondutores externa aplicada (detetores gasosos);
 Podem ser considerados funcionalmente
 Utilizam semicondutores como o material
equivalentes a 1 detetor gasoso, mas com todas as
responsável pela captação da radiação e a sua
vantagens de 1 material sólido;
conversão em energia elétrica;
 Os materiais do detetor sólido usados em detetores
 Quando a radiação incide no cristal, a sua energia é
semicondutores são 2000-5000x + denso do que
transferida para o detetor (semicondutor);
gases, logo têm 1 poder de paragem muito melhor e
 O sinal elétrico é proporcional à energia de
são detetores muito + eficientes para Rx e raios ;
radiação absorvida;
 Este tipo de detetor tem característica de 1
Este princípio não pode ser aplicando ao usar:
semicondutor, ou seja, são bons condutores a 
 Material condutor para o detetor (bloco de metal);
temperatura e vão se tornando maus condutores
 Material conduziria uma grande quantidade
com o  da temperatura;
de corrente mesmo sem eventos ionizantes;
 Materiais + utilizados como meio de detetor de
 Material isolante (vidro);
radiação ionizante é o germânio (Ge) e o silício (Si),
 Não são materiais adequados para
dopado com lítio (Li);
detetores, porque não conduzem mesmo na
 A sua principal característica baseia-se na  resolução
presença de radiação ionizante;
para determinar a energia de radiação incidente
(pequenas flutuações e menor incerteza na medida,  Apenas materiais semicondutores podem funcionar
como “câmaras de ionização sólidas”;
logo utilização como medidores de radiação);
Cintiladores
1) Banda de valência de energia +  (e encontram-se
-  Materiais que emitem luz visível ou radiação UV, após
num estado não excitado); a interação de radiação ionizante com o material;
2) Banda de condução (e- normalmente migram);  Propriedades (a recolha de 1 material cintilador
3) Banda proibida (e- não são permitidos popularem) deverá ser 1 compromisso entre todas essas
a. Largura é o que caracteriza os  materiais: propriedades):
i. Isolantes (largura muito grande) -  Eficiência de conversão;
>5eV;  A fração da energia depositada que
1. E- têm pouca possibilidade é convertida em luz ou radiação UV,
de alcançar a banda de deve ser ;
condução;  Tempo de decaimento da cintilação deverá
2. O material oferece grande ser curto de modo a gerar sinais rápidos;
resistência à passagem da  luz ou a radiação UV é emitida
corrente; imediatamente após 1 interação;
 Para 1 boa recolha de luz, o meio material
deverá ser transparente ao cdo da luz por si
emitida;
 O espectro de frequência (cor) da luz emitida Funcionamento (fases de deteção SD)
ou radiação UV deve corresponder à  Fase inicial:
sensibilidade espectral do reator de luz 1) Radiação incide na câmara do cintilador, o qual é
(PMT, fotodíodo ou filme); revestido por 1 material refletor e impermeável
 Se usado para deteção de Rx e raios , o à luz;
coeficiente de atenuação () deve ser 2) A radiação entra na câmara e transfere a energia
grande, de modo que os detetores feitos de para o sistema;
cintilador tenham  eficiência de deteção; 3) Os átomos do sistema tendem a libertar essa
energia armazenada;
 São o tipo mais antigo de detetores de radiação; 4) Parte + importante desta fase ocorre no
 Existem 2 tipos de materiais cintiladores usados momento em que os átomos perdem essa
como detetores em MN: energia armazenada em forma de fotões, e
 Cintiladores inorgânicos; ocorre emissão de radiação visível ou próximo
 Formas cristalinas; (radiação fluorescente);
 Policristalinas;  2ª fase:
 Microcristalinas; 1) Estes fotões arrancam e- (fotoeletrões) e são
 Cintiladores orgânicos: posteriormente direcionados para o
 Cristalinos; fotomultiplicador;
 Plásticos; 2) Acelerados por ação de 1 gradiente de tensão
 Líquidos; imposto;
3) No interior do PMT, em consequência do
 Gasosos;
aumento de velocidade dos e-, as suas energias
aumentam e ao colidirem nos diversos dínodos
1 característica comum a todos os cintiladores é
são gerados e- secundários;
a quantidade de luz produzida após a interação de 1 único
4) No fim, obter-se-á 1 impulso de corrente
raio , partícula  ou outra radiação ionizante, é
(corrente elétrica) que é posteriormente
proporcional à energia depositada pela radiação
amplificado e processado eletronicamente;
incidente no cintilador.

 Detetores gasosos têm 1 eficiência muito  para raios Cintiladores inorgânicos


 e Rx;  Constituídos na maioria das vezes por sólidos
cristalinos que cintilam devido às características da
 A probabilidade de interação é  com o gás;
estrutura do cristal;
 Para uma maior eficiência de contagem, usam-se os
detetores de cintilação sólida e líquida (SD);  Átomos/moléculas individuais dessas susbtâncias
não cintilam;
 Têm densidade +  do que gás;
 Cintilam somente na forma cristalina:
 SD emitem cintilações (flashes de luz) após absorver
 Cristais de halogénio;
radiação  e Rx com detetores de cintilação:
 Metais alcalinos (iodeto de sódio: NaI(TI));
 Efeito fotoelétrico;
 Quando a radiação incide no cristal, diversos e-
 Efeito de Compton;
presentes a banda de valência “saltam” para a banda
 Produção em pares;
de condução, devido à transferência de energia,
formando na banda – energética 1 “buraco (hole)”;
 Quando a radiação ionizante interage com o
 Instabilidade energética é compensada pelo retorno
cintilador, os e- migram para 1 nível de energia + ,
dos e- desde a banda de condução para a de valência;
por meio de ionização ou excitação;
 Forma-se assim 1 para eletrão-buraco (e-h);
 De-excitação (para o estado fundamental) das
 + 1 vez a emissão de fotões, com + energia,
moléculas com emissão de luz visível ou UV;
de tal forma que é capaz de voltar a excitar 1
 Tempo para atingir o estado fundamental
e- da banda de valência;
(tempo de decaimento da cintilação);
 Evitar este processo (objetivo que os
 1 cintilador tem + de 1 modo de
e- sejam excitados somente 1 vez
emissão de luz visível ou radiação
por radiação);
UV (tem a sua constante de
 Adicionar pequenas quantidades de outra substância
decaimento);
(tálio – impureza ativadora), acrescenta níveis de
 São constituídos essencialmente por:
energia intermédias às suas bandas energéticas
 Cristal cintilador; (valor de energia resultantes de excitação e de de-
 Superfície foto catódica; excitação são menores e já não ocorre a re-
 Fotomultiplicador (PMT); excitação);
 Componente eletrónica;
Cintiladores orgânicos Germanato de bismuto (BGO)
 Em constraste com os cintiladores inorgânicos, o  BI4Ge3O12;
processo de cintilação em cintiladores orgânicos é 1  Densidade  e Z efetivo (maior m, logo maior poder
propriedade molecular inerente; de paragem) para 511keV do que NaI(TI);
 O mecanismo de cintilação é 1 excitação molecular  Tempo de decaimento:300ns;
(absorção de energia de 1 raio  ou partícula )  Não higroscópico;
seguido por 1 de-excitação, processo no qual a luz  BGO preferido relativamente a NaI(TI) para o PET;
visível é emitida; Contras
 As substâncias são cintiladores em formas sólidas,  Luz de saída relativamente pequena ( resolução de
líquidas ou gasosas; energia);
 2 materiais:  Fluoreto de Bário (BaF2);
 Antraceno;  Cristal inorgânico com o tempo de decaimento muito
 Estilbeno; rápido (0,8ns);
 Fluorescência:  Adequado para time-of-flight do PET;
 Decaimento rápido;  Rendimento de luz relativamente pequeno;
 Define propriedades temporais do cintilador:  Ligeiramente higroscópico;
 Fosforescência: Classes de SD
 Muito + lento;  Cintiladores inorgânicos;
 Não influencia a resposta temporal;  Formas cristalinas;
 Cada material tem 1 tempo característico de  Policristalinas;
decaimento;  Microcristalinas;
Funcionamento  Cintiladores orgânicos;
 O processo de fluorescência em materiais orgânicos  Cristalinos;
ocorre a partir de transições na estrutura dos níveis  Plásticos;
de energia;  Líquidos;
1) As moléculas dos materiais orgânicos  Gasosos;
termoluminescentes têm normalmente estados  Normalmente com  densidade (menor
excitados com espaçamento de energia bastante eficiência de contagem);
;  Contudo, o tempo de decaimento da
2) Estes níveis são subdivididos, com pequenas  de cintilação para orgânicos é muito + curto do
energia entre eles; que para o inorgânico, permitindo 1
3) Num processo de excitação (radiação), fará com capacidade de taxa de contagem ;
que estes níveis +  de energia sejam povoados  NaI(TI):0,25ns (antraceno)-0,026ms;
por e- nos seus vários subníveis;
Instrumentação eletrónica
4) Equilíbrio nestes subníveis + ;
 A maioria dos detetores de radiação usados em MN
5) Molécula tende a voltar ao seu estado não-
são operados em “modo de pulso”;
excitado (estado fundamental);
 Geram pulsos de carga elétrica ou correntes
a. Emissão de energia excedente sob a
(contadas para determinar o nº de eventos
forma de fotão;
de radiação detetados);
Detetores de cintilação sólida  Analisando a amplitude dos pulsos do detetor, é
NaI(TI) possível com sensibilidade energética detetores,
 SD inorgânico + utilizado; como detetores de cintilação, semicondutores e
 Sal NaI ativado com dopante (ativador) TI (0,1-0,4%); condutores proporcionais, determinar a energia de
 Rendimento de luz: 3800 fotões/MeV; cada evento de radiação detetado;
 Tempo de decaimento: 230-250ns;  A corrente do PMT deve ser ainda + amplificado antes
 Densidade  (3,67 g/cm3); que possa ser processada e contado;
 Alto Z=53, comparado com o orgânico;
Contras
 Higroscópico;
 Causa mudanças de cor, o que reduz a
transmissão de luz para os PMTs;
 Hermeticamente selado em recipientes de
alumínio;
 Revestido com material reflexivo (óxido de Mg);
 Cristais muito frágeis;
 Variações rápidas de temperatura podem causar
rachaduras nos cristais;
 Apesar da multiplicação dentro do tubo   mecanismos irão produzir picos distintos
fotomultiplicador, o nº de e- produzido pela cadeia de (ampliados por flutuações aleatórias/estocásticas):
eventos que começa coma. Absorção de 1 único raio  Fotopicos:
no cristal é ainda pequeno e deve ser aumentado ou  Correspondem às energias
ampliado; principais da fonte dos raios );
 Normalmente, esta amplificação é 1 fase de  Pico de Rx característico:
2 estágios:  Interações fotoelétricas e ejeção do
 Pré-amplificador: 1ª fase (aumenta e- da camada K;
o nº de cargas, apenas o suficiente  Pico/borda/vale/planalto de Compton;
para que a corrente passe pelo cabo  Pico de retrodifundido (“backscatter”):
para o amplificador);  Anres de atingir o detetor, os fotões
 Amplificador: 2ªa fase (aumento sofrem espalhamento de 180 por
adicional de pulso de carga (I) até espalhamento de Compton, na
1000x); blindagem de chumbo/alojamento;
 1-3 fotoeletrões emitidos  Pico de escape de iodo:
do fotocátodo, por 7-10  Interação fotoelétrica com átomos
fotões; de iodo de cristais de NaI(TI): produz
 1 fotoeletrão: 2-4 Rx característico na camada K;
fotoeletrões, em cada  Pico de aniquilação:
dínodo;  Resulta da aniquilação de pares
 Multiplicador (avalanche de e-): criados dentro do detetor, para
105-106 e- produzidos após a série fotões (E>1,02MeV);
dínodo;  Pico de coincidência:
Analisador PHA  Quanto + de 1 fotão é absorvido
 Os amplificadores são projetados para garantir que a simultaneamente em detetor,
amplitude de cada pulso é proporcional à energia originando 1 único evento;
absorvida no cristal;  Criam alargamento fotoscópico:
 A amplitude de cada pulso elétrico dos  Imperfeições cristalinas;
amplificadores é medido no circuito elétrico do  Ruído térmico e elétrico;
analisador de altura de pulso (PHA); Dosímetros pessoais
 Observando as amplitudes dos pulsos de saída do  Usado para monitorizar a dose de radiação recebida
amplificador, é possível determinar as energias dos pelos profissionais expostos;
eventos de radiação detetados;  Filme fotográfico (film badges);
 Fontes radioativas, com radionuclídeos = ou ,  Radiação de ionização escurece o filme
podem produzir radiação  de  energias; sensível;
 Espalhamento de radiação  na fonte/detetor  Apenas 1 exposição (não pode ser
também produz fotões com  energias; reutilizado);
 Pulsos, após o amplificador podem diferir em  Prioridades de arquivo;
magnitude (amplitude);  Dosímetros termoluminiscentes (TLD):
 Função PHA: selecionar somente os  Normalmente feitos de cristais de LiF, CaF2
pulsos (z-pulses) dentro de um V ou CaSO4;
predefinido ou “canais”;  LiF é o + usado (densidade + próxima do
 Seleção do alcance: janela de energia; tecido humano);
Espectrometria de raios   Reutilizável, mas não arquivável;
 Porque as interações dos raios  com o cristal de  Luminescente opticamente estimulado (OSL):
cintilação, ocorrem por mecanismos:  Popular na última década e substituiu a TLD;
 Fotoelétrico;  Normalmente, dopado com alumina (Al2O3);
 Dispersão de Compton;  + sensível do que os TLDs à radiação de 
 Produção de pares; nível (<10-3 rad);
 Também, campos de radiação dispersa externos  Reutilizável, mas não arquivável;
podem interagir com o detetor;
 Assim, existirá 1 distribuição de alturas de pico,
criando 1 espectro de energias de raios ;
 Formas do espectro depende de:
 Energia de fotão;
 Características do cristal do detetor;
 As partículas distinguem-se em 2 classes Fotões e e-
fundamentais:  Comportamento  enquanto atravessam a matéria;
 Quarks:  Têm0, 1 ou algumas interações e são
 Partículas com forte interação, são exponencialmente atenuadas;
constituídas por hadrões (protões e  A computação direta dos efeitos combinados de
neutrões) com uma carga elétrica várias interações é difícil, sendo usadas técnicas
fracional (2/3 ou -1/3); (Monte Carlo) para estudar o transporte de fotões;
 Leptões:  As interações de fotões são expressas em termos de:
 Partículas que não interagem  Secções transversais (para intervenções
fortemente como sendo os e-, individuais);
muões (), taus () e respetivos  Coeficiente de atenuação (para passagem de
neutrinos (ve, v e v); matéria);
 Ao atingirem com um corpo, as Rx podem ser:  Os e- têm 1 grande nº de interações e perdem
 Transmitidas; gradualmente a energia até pararem;
 Atravessam o corpo sem sofrer  Isto é expresso em termos de:
alterações energéticas ou de  Alcance de e-;
trajetória:  Poder de travagem (stopping power) do
 Atenuadas; material;
 Interagem com o corpo por diversos
processos, sofrendo alterações  Sob o ponto de vista físico, as radiações ao
energéticas e/ou trajetória; interagirem com 1 material, podem provocar:
Radiação  Excitação atómica ou molecular;
 Ionizante;  Os e- são deslocados das suas
 Diretamente (partículas carregadas); orbitais de equilíbrio e, ao
 E-; retornarem, emitem a energia sob a
 Protões; forma de luz ou Rx característicos;
 Partículas ;  Ionização;
 Iões pesados;  Os e- são removidos das orbitais
 Deposita energia no meio, através pelas radiações, resultando e- livres
das interações diretas de Coulomb de  energia, iões positivos ou
entre partículas carregadas radicais livres, quando ocorrem
ionizadas diretamente e orbitais de quebras de ligações químicas;
e- do átomo do meio;  Ativação do núcleo;
 Indiretamente (partículas neutras);  A interação de radiações com
 Fotões (Rx e ); energia  à energia de ligação dos
 Neutrões; núcleos com 1 material, pode
 Deposita energia no meio através de 1 provocar reações nucleares,
processo, em 2 passos: resultando num núcleo residual e
 1º: 1 partícula carregada é libertada emissão de radiação;
no meio (fotões libertam e- ou  A absorção de neutrões de  energia
positrões, neutrões libertam pode ocorrer com certa frequência
protões ou iões pesados); dependendo da natureza do
 2º: as partículas carregadas material irradiado e da
libertadas, depositam energia no probabilidade de captura do
meio, diretamente através de neutrão pelo núcleo, deixando-o
interações de Coulomb com os e- também num estado excitado;
orbitais do átomo, no meio;  Pode haver ainda 1 radiação de dispersão:
 Não ionizante;  As radiações constituídas por partículas
 Não tem energia suficiente para ionizar a carregadas (,  e e- acelerados), ao
matéria; interagirem com a matéria, podem converter
1 parte da sua energia de movimento (cerca
de 5%) em radiação eletromagnética;
 Esta radiação (Rx de dispersão) é o resultado
da interação entre os campos elétricos da
partícula incidente, do núcleo e dos e-
atómicos;
 Ocorre com  probabilidade na interação de
e- com átomos de nº atómico ;
 Devido ao mecanismo e ao ângulo aleatório  Processo dominante para
de saída da partícula após a interação, a materiais de  Z (20882Pb:
energia convertida em Rx é imprevisível, com material absorvente);
v alor variando de 0 até a um valor máximo,  Produção de pares ( cria pares e- e
= à energia cinética da partícula incidente; e+);
 Partículas carregadas perdem energia (Ec) ao  Apenas ocorre para E()
passar pela matéria, por excitação dos e- e muito  (>1020keV);
por ionização;  Produção de tripletos;
 Processos que levam à emissão de  Ser:
fotões de  energia;  Disperso coerentemente:
𝑒 + á𝑡𝑜𝑚𝑜 → á𝑡𝑜𝑚𝑜 ∗ + 𝑒 − → á𝑡𝑜𝑚𝑜 + 𝛾

 Dispersão Coerente
 Podem ser detetados por detetores de (Rayleigh);
partículas adequados, capazes de registar à  Disperso incoerentemente:
luminescência;  Efeito de Compton;
 Portanto, o estuda da interação da  Processo
radiação/matéria é de fundamental dominante para
importância (MN); materiais de  Z
 Quando a radiação atinge a matéria: (tecidos moles);
 Tanto a natureza da radiação quanto a Dispersão de Rayleigh (coerente)
composição da matéria afetarão o resultado
 Ocorre entre o fotão e o átomo como 1 todo;
da interação;
 O fotão incidente interage com o átomo e
 O processo começa com a transferência de
excita-o;
energia de radiação para átomos e
 Todos os e- no átomo oscilam em fase;
moléculas, aquecimento da matéria
 A energia desta oscilação leva à emissão do
irradiada até provocando mudanças
fotão com a mesma energia mas direção ;
estruturais na mesma;
 O fotão quase não transfere energia para o
 2 situações podem ocorrer:
átomo;
 Se toda a energia das partículas
 Ocorre principalmente apenas para 
bombardeadoras ou fotões for transferida (a
radiação para dentro da matéria); energias (<50keV);
 Se a energia não for totalmente transferida  Dá-se quando o fotão interage com o e- orbital limiar,
isto é, com a ação combinada de todo o átomo;
para o meio, a energia restante irá emergir
(ou seja, a matéria é transparente ou  O evento elástico no sentido que o fotão não perde
translúcida); praticamente energia e é disperso através de 1
pequeno ângulo;
Interação fotões/matéria
 Assim, a dispersão de Rayleigh não desempenha
 Os fotões ( e Rx) passam pela matéria e interagem
nenhum papel no coeficiente de transferência de
com os átomos:
energia, contudo contribui para o coeficiente de
 O tipo de interação depende: atenuação;
 Energia dos fotões: E();
Dispersão de Compton (incoerente)
 Z dos elementos (composição química da
 Interação predominante de Rx e  das energias de
matéria);
diagnóstico;
 Natureza do material absorvente;
 Consiste na interação de 1 fotão com 1
Tipos de interações nuvem eletrónica;
 E- fortemente ligados (com 1 átomo como 1 todo);  Ocorre entre 1 fotão incidente e 1 e- livre e +
 Efeito fotoelétrico; externo (e- com energia muito  que a do
 Dispersão de Compton; fotão);
 O campo do núcleo (produção de pares);  Resulta num fotão de  energia emitido
 Com 1 e- livre da orbital (Efeito de Compton ou numa direção  da do fotão incidente;
produção de tripletos);  A energia perdida pelo fotão é recebida pelo e- sob
 Neste contexto, 1 e- fortemente ligado é 1 e- orbital forma de energia cinética (colisão entre 2 partículas);
com 1 energia obrigatória da ordem (ou ligeiramente
) da energia do fotão, enquanto que 1 e- livre tem 1
energia obrigatória muito + pequena que a energia  Para 1 dada energia do fotão incidente, ou seja, para
do fotão; 1 dada frequência da radiação incidente, o efeito de
Compton é, tanto + acentuado quanto  for o Z do
 Durante a interação, o fotão pode: elemento difusor, porque os e- estão – ligados ao
 Desaparecer completamente: núcleo;
 Efeito fotoelétrico;
 Considerada dispersão incoerente devido à emissão  O espalhamento de Compton predomina na maioria
ser numa frequência  da incidente; das energias de diagnóstico e energias terapêuticas
 1  relativamente ao efeito fotoelétrico é que no 1º, de fotões em materiais de  nº atómico (tecido);
o fotão “desaparece” e aqui é desviado mas não é  E<50keV, interações fotoelétricas em tecidos moles
absorvido; têm 1 papel importante em IM;
 O fotão incidente (Ei) interage com 1 e- de 1 camada
externa; Produção de pares
 Transfere parte da sua energia para o e- (Ee);  Como 1 fotão é 1 onda eletromagnética, quando
 Sofre 1 deflexão (q); passa perto de q núcleo, é perturbado pela presença
 EeDif (e- difundido)  Ei; das cargas elétricas dos e- e protões e pode
𝐸𝑖 transformar-se de forma surpreendente;
𝐸𝑒𝐷𝑖𝑓 =
𝐸𝑖  O fotão desaparece e transforma toda a sua
1+ × (1 − cos 𝜃)
𝑚𝑒 𝑐 2 energia em matéria e energia cinética;
 Produção de pares só ocorre quando Eg>1,022MeV
ℎ𝑣0 (2x0,511MeV);
ℎ𝑣 =
1+
ℎ𝑣0
× (1 − cos 𝜃)  A energia do fotão é transformada num par positrão-
𝑚𝑒 𝑐 2 e- (e+ e-) na presença de 1 núcleo;
 A energia de massa restante de cada e- é de 0,511
𝐸𝑒 = 𝐸𝑖 − 𝐸𝑒𝐷𝑖𝑓 MeV;
 O e- e o positrão (e+  b+) perdem a Ec por meio de
excitação e ionização;
𝐸𝑜
𝐸𝐷𝑖𝑓 =  O positrão quando em repouso interage com 1 e-
𝐸0 carregado negativamente, resultando na formação
1+ × (1 − cos 𝜃)
𝑚𝑒 𝑐 2
de 2 fotões de aniquilação de 0,511MeV;
 Positrão aniquila-se ao colidir com o e-, dado
 A energia transferida para o e- (Ee)  com o ângulo de
origem a 2 fotões;
deflexão;
 Mínima para 0=0;
 Máximo para 0=180;
 Correspondente à EDif mínima;
 A distribuição angular depende da energia do fotão
incidente
 Quanto + energético,  é a deflexão;
 A fração de energia transferida para o e-  com o E0;
 É a interação + importante nos tecidos para Eg de
100keV a 10MeV;
 No tecido mole, para energias <26leV prevalece o
efeito fotoelétrico;
 A probabilidade de ocorrência do efeito fotoelétrico
 rapidamente com o  de energia do feixe incidente
(1/E3);

Efeito fotelétrico
 Toda a energia do fotão incidente (E0=hv, * em keV)
é transferida para 1 e- do átomo;
 Existe então a emissão do fotoeletrão;
 A energia cinética (Ec) do fotoeletrão ejetado:
𝐸𝑐 = 𝐸0 − 𝐸𝑏
 Com: E0 – Em do fotão incidente, então E0 – Em de
ligação do e- orbital;
 O fotão é completamente absorvido e surge 1 e- que
é absorvido localmente depois de 1 série de colisões;

 O processo fotoelétrico predomina quando os fotões


de  energia interagem com materiais de  Z;
 A absorção fotoelétrica é o principal modo de
interalçao de Rx de diagnóstico;

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