Microscopia Fotónica
Microscopia Fotónica
Os principais instrumentos, ainda que não os únicos, empregues no estudo das células e dos
tecidos, são os microscópios. Existem basicamente duas famílias de microscópios empregues em biologia: os
microscópios fotónicos e os microscópios electrónicos.
Em biologia, a microscopia fotónica consiste num conjunto de técnicas sequenciais e complementares que visam não só a
observação de células ou tecidos de seres vivos mas, também a preparação prévia desses materiais, e ainda a captura de
imagens para posterior observação.
..
A = Aob x Aoc
Habitualmente, os microscópios vêm equipados com diversas objectivas montadas sobre um tambor rotativo (ou revolver),
o que permite mudar comodamente de ampliação no decurso do trabalho. Sendo que as oculares mais comuns possuem
:
uma ampliação de 10x e a objectiva de maior ampliação, é de 100x, a ampliação máxima habitual do microscópio fotónico
raramente ultrapassa o limiar útil de 1000x .
AN = n. sen a
sendo n o índice de refracção do meio que se interpõe entre o objecto AB e a lente e a , o ângulo que forma o raio mais
externo captado pela lente frontal da objectiva.
Habitualmente, o meio em contacto com a lente é o ar (n = 1). Porém, se se substituir o ar por um líquido cujo índice de
refracção seja superior, pode obter-se um valor superior para a abertura numérica. Na prática, obtém-se este efeito
imergindo a objectiva numa gota de óleo (óleo de imersão) cujo índice de refracção é de 1,51. As melhores objectivas de
imersão possuem uma abertura numérica que atinge 1,4 .
O poder de resolução é a capacidade que o microscópio possui de distinguir dois pontos adjacentes. Na prática, o poder de
resolução é expresso pelo limite de resolução e , que é a menor distância que pode existir entre dois pontos para que
apareçam individualizados. Em consequência, quanto menor for o limite de resolução da objectiva, maior será o respectivo
poder de resolução.
O limite de resolução é função da AN e do comprimento de onda médio da luz l empregue na observação. Assim, e dado
pela
fórmula:
e = 0,61 l l n. sen a
Sendo a luz amarelo esverdeada (l = 570 nm) aquela para a qual o olho possui maior sensibilidade, e empregando uma
objectiva de imersão, atinge-se um limite de resolução de 250 nm (e = 0,61 x 570 / 1,4 = 250 ).
Pode ainda reduzir-se este limite, empregando uma iluminação ultravioleta, de comprimento de onda de 275 nm. As
objectivas corrigidas para este comprimento de onda possuem todavia uma abertura numérica ligeiramente mais fraca
(1,25); nestas condições, o limite de resolução diminui e baixa a 130 nm. Contudo, a imagem não podendo ser observada
directamente, é projectada numa emulsão fotográfica.
Do que foi dito se deduz que o poder de resolução de um microscópio lhe é conferido exclusivamente pela objectiva. A
ocular não pode acrescentar detalhes à imagem; a sua função é apenas aumentar a dimensão da imagem produzida pela
objectiva.
Essas diferenças, transformadas em diferenças de intensidade, traduzem-se por imagens luminosas às quais a retina
é sensível. O microscópio de contraste de fase é utilizado sobretudo para observar células vivas, nomeadamente células
cultivadas.
Microscópio de fluorescência
O microscópio de fluorescência permite estudar os constituintes celulares que manifestem autofluorescência, como por
exemplo o caroteno, ou fluorescência secundária a eles transmitida por corantes especiais (fluorocromos). Denomina-se
fluorescência a propriedade de certas substâncias que, ao serem excitadas por uma luz de comprimento de onda curto,
emitirem luz de um comprimento de onda maior. Emprega-se para tanto luz ultravioleta de comprimento de onda inferior a
350 nm, de forma a obterem-se radiações emitidas na gama de 400 a 700 nm, isto é, dentro do espectro da luz visível.
É com recurso a esta técnica que se evidenciam, por exemplo, os antigenes quando associados a anticorpos acoplados a
:
moléculas fluorescentes.
Ainda que em princípio qualquer microscópio possa ser adaptado para trabalhar em fluorescência, os melhores resultados
obtêm-se com microscópios especialmente concebidos para este fim, nos quais as ópticas de vidro são substituídas por
lentes de quartzo, a fonte luminosa consiste numa lâmpada de vapor de mercúrio e, antes da ocular, se insere um filtro
protector, para remover as radiações ultravioletas, indesejáveis pelos danos que poderiam causar aos olhos do observador.
Microscópios estereoscópicos
Os microscópios estereoscópicos são habitualmente designados por lupas binoculares. Contrariamente aos outros, estes
não se encontram limitados a observar por transparência, não sendo todavia excluído que o possam fazer. Recebem a luz
reflectida pelo objecto e atingem geralmente ampliações da ordem de 30 x.
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