Relatório 4 - Síntese AAS
Relatório 4 - Síntese AAS
Departamento de Farmácia
Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde/CBIO/UERJ-ZO
Departamento de Farmácia
Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde
Centro Biomédico
UERJ – Zona Oeste
1. Introdução
Figura 1: Reação de síntese do AAS. Fonte: Livro Química orgânica. SOLOMONS &
FRYHLE, 2012
O ácido salicílico (ácido o-hidroxibenzóico) é uma molécula bifuncional, podendo sofrer
dois tipos de esterificação. Na presença de anidrido acético forma-se a aspirina, enquanto
na presença de um excesso de metanol o produto obtido é o salicilato de metila. A formação
de polímeros ocorre quando há grupos carboxila e fenólicos presentes. A obtenção do ácido
acetilsalicílico envolve reações que podem ser realizadas utilizando o ácido acético e o
ácido salicílico em uma temperatura de 90 ºC. Além disso, é possível empregar outros
ácidos inorgânicos ou hidrocarbonetos clorados, assim como adicionar catalisadores como
ácidos ou aminas terciárias (BASSAN. 2015). Ao contrário do polímero, que não se dissolve
na solução de bicarbonato, o ácido acetilsalicílico e o bicarbonato de sódio formam um sal
sódico solúvel em uma reação. Segue abaixo o mecanismo de síntese do AAS
2. Objetivo
Sintetizar o ácido acetilsalicílico através de reação entre ácido salicílico e anidrido acético e
caracterizar os produtos obtidos, através de ensaios analiticos físicos e químicos.
3. Materiais e Métodos
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
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3.1. Materiais
3.1.1. Reagentes:
Acetato de etila P,A, usado como recebido
Ácido salicílico
Ácido Sulfúrico, P.A, Cinética
Água destilada
Anidrido Acético, P.A, proquimicos
Amido de milho, P.A
Cloreto férrico, P.A, usado como recebido
Hexano, P.A, usado como recebido.
Hidróxido de bário, P.A, usado como recebido
Iodato de potássio
Iodeto de potássio
3.1.2. Vidrarias:
Becker de vidro, 50 mL, Marca: Roni Alzi
Becker de vidro, 250 mL, Marca: Roni Alzi
Becker de vidro, 500mL, Marca: Roni Alzi
Erlenmeyer de vidro, capacidade 250 mL, Marca: Satelit
Funil de Buchner
Kitassato de vidro
Micro-Hematócrito, 1,5mm, marca: Perfecta LTDA
Pipeta conta gotas
Placa de petri
Proveta, 10 mL, Marca: Roni Alzi
Proveta, 100 mL, Marca: Roni Alzi
Tubo de ensaio
Vidro de relógio
3.1.3. Equipamentos:
Agitador magnético com aquecimento: Marca: solab. Modelo: SL-91
Aparelho de ponto de fusão. Marca: Gehaka. Modelo PF 1500
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Balança digital, marca: marke; modelo: BL320H
Bomba de vácuo. Marca: Marconi; Modelo MA 059
Gabinete de observação; marca: Boit ton; Modelo: BOIT-GAB01
Lanterna de emissão de radiação UV 365nm; Marca: Boit ton; Modelo: BOIT-LUV01
3.1.4. Outros:
Papel de filtro
Placas de CCF
3.2. Métodos
3.2.1. Sintese do AAS
Para o teste cromatográfico, preparou-se quatro cubas utilizando becker de 250 mL com
papel de filtro dobrado ao meio, com função de desacelerar a volatização do solvente, em
seguida adicionou-se os solventes sendo que na primeira cuba, utilizou-se acetato de etila
100%, na segunda cuba adicionou-se Hexano 40% acetato de etila 60%, na terceira cuba
adicionou-se hexano 60% e acetato de etila 40% e na quarta cuba hexano 100%. Em seguida
preparou-se quatro placas de CCF com os spot, utilizando um capilar com as extremidades
abertas, fez-se o marcação dos spot com as amostras de AAS comercial AAS obtido e acido
salicílico comercial em cada placa de CCF, observando-se a altura para não correr o risco de
molhar no solvente. Em seguida, levou-se as placas de CCF para a corrida cromatográfica
onde coloca-se as placas de CCF na cuba e aguarda-se o solvente subir por difusão pela
placa, e com o auxilio de um vidro de relógio, fecha-se a cuba enquanto a corrida acontece.
Retira-se a placa de CCF da cuba antes do solvente atingir a marca de chegada e então leva-
se a placa para leitura na câmara uv.
4. Resultados e Discussão
Amostra AAS Ponto fusão inicial Ponto fusão final Δ Ponto de fusão
A impureza mais provável no produto após a purificação é o ácido salicílico, que pode
resultar de uma reação incompleta dos reagentes iniciais ou da hidrólise, que pode diminuir
o ponto de fusão da amostra e alargando o intervalo de fusão (ENGEL et al., 2012).
4.4 Cromatografia de camada fina
A cromatografia é definida como a separação de uma mistura de dois ou mais diferentes
compostos ou íons pela distribuição entre duas fases, uma das quais é a fase estacionária, e
a outra é a fase móvel. Em nossa aula experimental, foi determinado o uso de hexano 60%
e acetato de etila 40% como eluentes da fase móvel, após um ensaio preparatório. Hexano é
um hidrocarboneto alifático e é apolar, enquanto o acetato de etila possui um grupo éster
que confere maior polaridade à molécula.. Esta composição garante a separação correta dos
componentes das amostras, que se distinguem em A-AAS sintetizado, B- AAS comercial
(padrão) e C- ácido salicílico, que pode ser um subproduto no AAS não purificado
(FIGURA 4)
A B C
Figura 4: Placa cromatografia silica gel com amostras de ASS sintetizado (A), AAS
comercial(B) e ácido salicílico (C).
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Para fazer a análise da placa após a corrida, as placas foram expostas a luz UV, onde
se pode olhas as machas formadas e marcá-las para fazer o cálculo de fator de
retenção (Rf = distância percorrida pela substância/distância percorrida pela frente
de solvente):
A) Rf = 0,472 B) Rf = 0,472 C) Rf = 0,778
As amostras A e B, referentes ao AAS apresentam Rf semelhante, contudo a amostra
A apresenta uma mancha secundária, bem ao topo com Rf semelhante ao do ácido
salicílico. Como se trata da amostra sintetizada, pode indicar realmente a presença
do ácido salicílico, que é impureza mais provável no produto após a purificação que
pode resultar de uma reação incompleta dos reagentes ou da hidrólise. O ácido
salicílico apresentar maior polaridade, necessitando de um solvente mais polar como
o acetato de etila para carreá-lo pela fase estacionária (ENGEL et al., 2012).
Figura 7: A esquerda tubo de ensaio contendo AAS sintetizado e a direita tubo com
AAS comercial.
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5. Conclusões
A proposta deste presente trabalho foi alcançada pela síntese do ácido
acetilsalicílico, que apresentou rendimento dentro do esperado e sua caracterização, pelos
ensaios físicos e químicos realizados, para detecção de impurezas.
6. Referências Bibliográficas