Aula 8
Aula 8
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A Estrutura de Sólidos Cristalinos
1. Porque estudar estruturas de sólidos cristalinos?
➢ As propriedades de alguns materiais estão diretamente relacionadas às
suas estruturas cristalinas.
➢ Por exemplo, o magnésio e o berílio puro, sem deformação, tendo uma
certa estrutura cristalina, são muito mais quebradiços (isto é, fraturam a
menores níveis de deformação) do que metais puros e sem deformação,
como o ouro e a prata, que já possuem uma outra estrutura cristalina.
➢ Além disso, existem diferenças significativas nas propriedades
apresentadas por materiais cristalinos e não-cristalinos que possuem a
mesma composição. Por exemplo, cerâmicas e polímeros não-cristalinos
são normalmente opticamente transparentes; os mesmos materiais em
forma cristalina (ou semicristalina) tendem a ser opacos ou na melhor das
hipóteses, translúcidos.
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2. Introdução
➢ Na aula passada tratamos dos vários tipos de ligação atômica, as quais
são determinadas pela estrutura eletrônica dos átomos individuais.
➢ Agora vamos ver o próximo nível da estrutura dos materiais,
especificamente a alguns arranjos que podem ser assumidos pelos átomos
no estado sólido. Dentro desse contexto, são introduzidos os conceitos de
cristalinidade e não-cristalinidade.
➢ Para os sólidos cristalinos é apresentada a noção de Estrutura Cristalina,
especificada em termos de uma célula unitária.
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➢ As três estruturas cristalinas usuais encontradas em metais são então
detalhadas, juntamente com o esquema através do qual são expressos as
direções e planos cristalográficos. São considerados os materiais
monocristalinos, policristalinos e não-cristalinos.
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3. Conceitos Fundamentais
➢ Materiais sólidos podem ser classificados de acordo com a regularidade
segundo a qual os átomos ou íons estão arranjados em relação uns aos
outros.
➢ Um material cristalino é aquele no qual os átomos estão situados em
um arranjo que se repete ou que é periódico ao longo de grandes
distâncias atômicas; isto é, existe ordem de longo alcance, de tal modo que
quando ocorre a solidificação os átomos se posicionarão em um padrão
tridimensional repetitivo, no qual cada átomo está ligado aos seus átomos
vizinhos mais próximos.
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➢ Todos os metais, muitos materiais cerâmicos e certos polímeros formam
estruturas cristalinas sob condições de solidificação.
➢ Para aqueles normais que não cristalizam, esta ordem atômica de longo
alcance está ausente; estes materiais não-cristalinos ou amorfos serão
discutidos mais para frente.
➢ Algumas das propriedades dos sólidos cristalinos dependem da estrutura
cristalina do material ou seja da maneira segundo a qual os átomos, íons
ou moléculas estão arranjados espacialmente.
➢ Existe um número extremamente grande de estruturas cristalinas
diferentes, todas elas com ordenação atômica de longo alcance.
➢ Estas variam desde estruturas relativamente simples, como ocorre para
os metais até estruturas excessivamente complexas como de alguns
materiais cerâmicos e poliméricos.
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➢ Ao descrever estruturas cristalinas, os átomos (ou íons) são
considerados como se fossem esferas sólidas que possuem diâmetros bem
definidos. Isso é conhecido como o Modelo da Esfera Rígida Atômica, no
qual as esferas que representam os átomos vizinhos mais próximos se
tocam entre si.
➢ Um exemplo do modelo de esferas rígidas para o arranjo atômico
encontrado em alguns metais elementares comuns está mostrado na
Figura 1.
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Figura 1 – Um agregado de muitos átomos.
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➢ Neste caso em particular, todos os átomos são idênticos. Algumas vezes,
o termo Retículo é utilizado no contexto de estruturas cristalinas; neste
sentido, retículo significa uma matriz tridimensional de pontos que
coincidem com as posições dos átomos (ou centros das esferas).
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4. Células Unitárias
➢ A ordenação atômica em sólidos cristalinos indica que pequenos grupos
de átomos formam um padrão repetitivo.
➢ Dessa forma, ao descrever estruturas cristalinas, com frequência toma-
se conveniente subdividir a estrutura em pequenas entidades que se
repetem, chamadas Células Unitárias. As células unitárias para a maioria
das estruturas cristalinas são paralelepípedos ou prismas que possuem
três conjuntos de faces paralelas; uma destas está desenhada dentro do
agregado de esferas (Figura 1) , e neste caso vem a ter a forma de um
cubo.
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➢ Uma célula unitária é escolhida para representar a simetria da estrutura
cristalina onde todas as posições dos átomos no cristal podem ser geradas,
mediante translações proporcionais às distâncias inteiras da célula unitária
ao longo de cada uma das suas arestas.
➢ Assim sendo, a célula unitária consiste na unidade estrutural básica ou
bloco de construção básico da estrutura cristalina e define a estrutura
cristalina em virtude da sua geometria e das posições dos átomos no seu
interior.
➢ Em geral, a conveniência dita que os vértices do paralelepípedo devem
coincidir com os centros dos átomos em forma de esferas rígidas. Além
disso, mais de uma única célula unitária pode ser escolhida para uma
estrutura cristalina específica; contudo, geralmente usamos a célula unitária
que possui o maior grau de simetria geométrica.
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5. Estruturas Cristalinas de Metais
➢ A ligação atômica neste grupo de materiais é metálica, de tal modo que
sua natureza é não-direcional. Consequentemente, não existem restrições
em relação ao número e à posição dos átomos vizinhos mais próximos; isto
leva a números relativamente grandes de vizinhos mais próximos, bem
como a empacotamentos densos dos átomos para a maioria das estruturas
cristalinas dos metais.
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➢ Ainda, no caso dos metais, ao se utilizar o modelo de esferas rígidas
para representar a estrutura cristalina, cada esfera representa um núcleo
iônico. A Tabela 1 apresenta os raios atômicos para diversos metais. Três
estruturas cristalinas relativamente simples são encontradas para a maioria
dos metais mais comuns, elas são:
✓ Cúbica de Faces Centradas;
✓ Cúbica de Corpo Centrado, e;
✓ Hexagonal Compacta.
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Tabela 1 - Raios Atômicos e Estruturas Cristalinas para 16 Metais.
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5.1 A estrutura cristalina Cúbica de Faces Centradas (CFC) ➔ A
estrutura cristalina encontrada em muitos metais possui uma célula unitária
com geometria cúbica, com os átomos localizados em cada um dos
vértices e nos centros de todas as faces do cubo.
➢ Esta é adequadamente chamada de estrutura cristalina Cúbica de
Faces Centradas (CFC). Alguns dos metais mais familiares que possuem
essa estrutura cristalina são o cobre, o alumínio, a prata e o ouro.
➢ A Figura 2(a) mostra um modelo de esferas rígidas para a célula unitária
CFC, enquanto na Figura 2(b) mostra os centros dos átomos estão
representados por pequenos círculos com o objetivo de proporcionar
melhor perspectiva das posições dos átomos.
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Figura 2 ‐ Para a estrutura cristalina cúbica de faces centradas: (a) uma representação da
célula unitária através de esferas rígidas e (b) uma célula unitária com esferas reduzidas.
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➢ O agregado de átomos da figura abaixo representa uma seção de cristal
que consiste em muitas células unitárias CFC.
Figura 1
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➢ Estas esferas ou núcleos iônicos se tocam umas às outras através de
uma diagonal da face; o comprimento da aresta do cubo a e o raio atômico
R estão relacionados através da seguinte expressão:
𝑎 = 2. 𝑅. 2 [Eq. 01]
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➢ Portanto, um oitavo de cada um dos oito átomos em vértices e metade
de cada um dos seis átomos localizados nas faces, ou um total de quatro
átomos inteiros, pode ser atribuído a uma célula unitária.
➢ Isto está mostrado na Figura 3, onde apenas frações das esferas estão
representadas dentro dos limites do cubo. A célula compreende o volume
do cubo, que é gerado a partir dos centros dos átomos nos vértices.
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Figura 3 ‐ Para a estrutura cristalina cúbica de faces centradas: (a) uma representação da
célula unitária através de esferas rígidas e (b) uma célula unitária com esferas reduzidas.
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➢ Duas outras características importantes de uma estrutura cristalina são o
“Número de Coordenação” e o “Fator de Empacotamento Atômico” (FEA).
➢ Para os metais, cada átomo possui o mesmo número de vizinhos mais
próximos ou de átomos em contato, o que se constitui no seu número de
coordenação.
➢ No caso das estruturas cristalinas cúbicas nas faces centradas (CFC), o
número de coordenação é 12. Isto pode ser confirmado através de um
exame detalhado da Figura 3, ou seja, o átomo na face frontal possui
quatro átomos vizinhos mais próximos localizados nos vértices ao seu
redor, quatro átomos de faces que se encontram em contato pelo lado de
trás, e quatro outros átomos de faces equivalentes localizados na próxima
célula unitária, à frente, que não é mostrada.
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➢ O FEA representa a fração do volume de uma célula unitária que
corresponde a esferas sólidas, assumindo o modelo da esfera atômica
rígida, ou:
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 á𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠 𝑒𝑚 𝑢𝑚𝑎 𝑐é𝑙𝑢𝑙𝑎 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑎
𝐹𝐸𝐴 = [Eq. 02]
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑐é𝑙𝑢𝑙𝑎 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑎
4. 𝑅
𝑎= [Eq. 03]
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➢ O cromo, o ferro, o tungstênio, bem como diversos outros metais listados
na Tabela 1, exibem estrutura cristalina do tipo CCC. Dois átomos estão
associados a cada célula unitária CCC: o equivalente a um átomo,
distribuído entre os oito vértices, onde cada átomo em um vértice é
compartilhado por oito células unitárias, e o único átomo do centro, que
está totalmente contido dentro da sua célula.
➢ Além disso as posições atômicas central e no vértice são equivalentes. O
número de coordenação para a estrutura cristalina CCC é 8; cada átomo
central possui como vizinhos mais próximos os seus oito átomos
localizados nos vértices do cubo.
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➢ Uma vez que o número de coordenação é menor na CCC do que na
CFC, o fator de empacotamento atômico na CCC também é menor do que
na CFC, sendo de 0,68, contra 0,74 na CFC.
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5.3 A Estrutura Cristalina Hexagonal Compacta ➔ Nem todos os metais
possuem células unitárias com simetria cúbica. A última estrutura cristalina
comumente encontrada nos metais que vamos discutir possui uma célula
unitária com o formato hexagonal.
➢ A Figura 5 mostra uma célula unitária com esferas reduzidas para esta
estrutura, que é conhecida como Hexagonal Compacta (HC).
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Figura 5 ‐ Para a estrutura cristalina hexagonal compacta, (a) uma célula unitária com
esferas reduzidas (a e c representam os comprimentos das arestas curta e comprida,
respectivamente) e (b) um agregado de muitos átomos.
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➢ As faces superior e inferior da célula unitária são compostas por seis
átomos que formam hexágonos regulares e que se encontram em torno de
um único átomo no centro. Um outro plano que fornece três átomos
adicionais para a célula unitária está localizado entre os planos superior e
inferior.
➢ Os átomos nesse plano intermediário possuem como vizinhos mais
próximos os átomos em ambos os planos adjacentes. O equivalente a seis
átomos está contido em cada célula unitária; um sexto de cada um dos 12
átomos localizado nos vértices das faces superior e inferior, metade de
cada um dos dois átomos centrais localizados nas faces superior e inferior,
e todos os três átomos interiores no plano intermediário.
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➢ Se a e c representarem respectivamente, as dimensões menor e maior
da célula unitária mostrada na Figura 5, a razão c/a deve ser de 1,633;
contudo, no caso de alguns metais que apresentam a estrutura cristalina
HC, essa razão apresenta um desvio em relação ao valor ideal.
➢ O número de coordenação e o fator de empacotamento atômico para a
estrutura cristalina HC são 12 e 0,74, respectivamente.
➢ Os metais HC são cádmio, magnésio, titânio e zinco. Alguns destes
estão listados na Tabela 1.
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Figura 5 ‐ Para a estrutura cristalina hexagonal compacta, (a) uma célula unitária com esferas
reduzidas (a e c representam os comprimentos das arestas curta e comprida, respectivamente)
e (b) um agregado de muitos átomos.
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[Exercício 1] Calcule o volume de uma célula unitária CFC em termos do
raio atômico R.
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Solução: Na célula unitária CFC ilustrada, os átomos se tocam uns nos
outros ao longo de uma diagonal da face cujo comprimento equivale a 4R;
Uma vez que a célula unitária é um cubo, seu volume é a³, onde a
representa o comprimento da aresta da célula unitária.
A partir do triângulo reto na face:
𝑎2 + 𝑎2 = 4𝑅 2
ou resolvendo para a igual:
a = 2𝑅 2
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4 3 16 3
𝑉𝐸 = 4 𝜋𝑅 = 𝜋𝑅
3 3
A partir do Exercício 1, o volume total da célula unitária é de:
𝑉𝐶 = 16𝑅3 2
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6. Cálculo da Densidade
➢ Com o conhecimento da estrutura cristalina de um sólido metálico
permite o cálculo da sua densidade verdadeira ρ, que é obtida através da
relação: 𝑛. 𝐴
𝜌= [Eq. 05]
𝑉𝐶 . 𝑁𝐴
❖ 𝑛 ➔ número de átomos associados a cada célula unitária.
❖ 𝐴 ➔ peso atômico.
❖ 𝑉𝐶 ➔ volume da célula unitária.
❖ 𝑁𝑎 ➔ número de Avogrado (6,023𝑥1023 átomos/mol)
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[Exercício 3] O cobre possui um raio atômico de 1,28 Âm, uma estrutura
cristalina CFC e um peso atômico de 63,5 g/mol. Calcule a densidade e
compare a resposta com a sua densidade medida experimentalmente.
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Solução: Sendo uma estrutura cristalina CFC o número de átomos
associado na célula unitária 𝑛 é igual a 4.
O peso atômico A é dado como sendo de 63,5 g/mol.
O volume da célula unitária 𝑉𝐶 é determinado como sendo 16 𝑅3 2 , onde o
valor de R é o raio atômico dado como sendo 0,128 nm.
Utilizando a equação anterior e substituindo os seus valores, obtemos que
a densidade, que será:
𝑛. 𝐴 4 . (63,5)
𝜌= =
𝑉𝐶 . 𝑁𝐴 [16. 2. 1,28𝑥10−8 3 ]. (6,023𝑥1023 )
𝜌 = 8,89 𝑔/𝑐𝑚3
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7. Polimorfismo e Alotropia
➢ Alguns metais, assim como alguns ametais, podem ter mais do que uma
estrutura cristalina, um fenômeno que é conhecido como polimorfismo.
➢ Quando encontrada em sólidos elementares, essa condição é
frequentemente denominada alotropia. A estrutura cristalina que prevalece
depende tanto da temperatura quanto da pressão externa.
➢ Um exemplo familiar é encontrado no carbono: a grafita é o polimorfo
estável sob as condições ambientes, enquanto o diamante é formado sob
pressões extremamente elevadas.
➢ O ferro puro também possui uma estrutura cristalina CCC à temperatura
ambiente, que se altera para CFC a 912°C (1674 F).
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➢ Na maioria das vezes, uma transformação polimórfica é acompanhada
de uma mudança na massa específica e em outras propriedades físicas.
8. Sistemas Cristalinos
➢ Como existem muitas estruturas cristalinas diferentes possíveis, algumas
vezes é conveniente dividi-las em grupos, de acordo com as configurações
das células unitárias e/ou dos arranjos atômicos.
➢ Um desses enfoques está baseado na geometria da célula unitária, isto
é, na forma do paralelepípedo apropriado para representar a célula unitária,
independente das posições dos átomos na célula.
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➢ Nesse contexto, é estabelecido um sistema de coordenadas xyz que tem
sua origem localizada em um dos vértices da célula unitária; cada um dos
eixos x, y e z coincide com uma das três arestas do paralelepípedo, que se
estendem a partir desse vértice, como ilustrado na Figura 6.
➢ A geometria da célula unitária é completamente definida em termos de
seis parâmetros: os comprimentos das três arestas, a, b e c, e os três
ângulos entre os eixos 𝛼, 𝛽 e 𝛾. Esses parâmetros estão indicados na
Figura 6 e são algumas vezes denominados Parâmetros de Rede
Cristalina de uma estrutura cristalina.
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➢ Com base nesse princípio, existem sete possíveis combinações
diferentes de a, b e c, e 𝛼, 𝛽 e 𝛾, cada uma das quais representa um
sistema cristalino distinto.
➢ Esses sete sistemas cristalinos são os sistemas [1] cúbico, [2] tetragonal,
[3] hexagonal, [4] ortorrômbico, [5] romboédrico, [6] monoclínico e [7]
triclínico.
➢ As relações para os parâmetros de rede e representações das células
unitárias para cada um desses sistemas estão apresentadas na Tabela 2.
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Figura 6 - Uma célula unitária com os eixos coordenados x, y e z, mostrando os
comprimentos axiais (a, b e c) e os ângulos entre os eixos (𝛼, 𝛽 e 𝛾).
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A Estrutura de Sólidos Cristalinos
Tabela 2 - Relações entre os Parâmetros da Rede Cristalina e Figuras mostrando as geometrias
das Células Unitárias para os Sete Sistemas Cristalinos
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➢ É importante observar que muitos dos princípios e conceitos abordados em
nossas aulas anteriores também são aplicáveis aos sistemas cristalinos cerâmicos e
poliméricos. Por exemplo, as estruturas cristalinas são mais frequentemente
descritas em termos de células unitárias, que são normalmente mais complexas que
as dos sistemas CFC, CCC e HC.
➢ Adicionalmente, para esses outros sistemas, estamos frequentemente interessados
em determinar os fatores de empacotamento atômico e as massas específicas,
usando formas modificadas das equações já vista. Além disso, de acordo com a
geometria da célula unitária, as estruturas cristalinas desses outros tipos de materiais
também estão agrupadas nos sete sistemas cristalinos.
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9. Coordenação dos Pontos
➢ A posição de qualquer ponto localizado no interior de uma célula unitária
pode ser especificado em termos das suas coordenadas na forma de
múltiplos fracionários dos comprimentos das arestas das células unitárias
(isto é, em termos de a, b e c). Como ilustração, considere a célula unitária
e o ponto P, localizado no seu interior, como mostrado na Figura 3.
Especificamos a posição P em termos das coordenadas genéricas q, r e s,
na qual q é algum comprimento fracionário de a ao longo do eixo x, r é
algum comprimento fracionário de b ao longo do eixo y e, de maneira
análoga, para s.
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➢ Dessa forma, a posição de P é designada usando as coordenadas q r s
com valores que são menores ou iguais à unidade. Adicionalmente,
optamos por não separar essas coordenadas por vírgulas ou por qualquer
outra marca de pontuação (o que é a convenção usual).
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Exercício 1: Para a célula unitária mostrada na figura abaixo, localize o
ponto com coordenadas ¼ 1 ½ .
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Solução: A partir da figura, os comprimentos das arestas para essa célula
unitária são os seguintes: a = 0,48 nm, b = 0,46 um e c = 0,40 nm.
Os comprimentos fracionários são q = ¼, r = 1 e s = 1/2. Agora vamos nos
movemos a partir da origem da célula unitária (ponto M) q = ¼.(0,48 nm) = 0,12
nm ao longo do eixo x (até o ponto N).
De maneira semelhante, prosseguimos r = (1).(0,46 nm) = 0,46 nm paralelamente
ao eixo y, do ponto N até o ponto O.
Finalmente, nos movemos dessa posição, s = ½.(0,40 nm) = 0,20 nm
paralelamente ao eixo z, até o ponto P. Esse ponto P corresponde então às
coordenadas de ponto ¼ 1 ½. Observe a Figura a seguir.
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10. Direções Cristalográficas.
➢ Uma direção cristalográfica é definida como uma linha entre dois pontos,
ou um vetor. As seguintes etapas são utilizadas na determinação dos três
índices direcionais:
[1] Um vetor com o comprimento conveniente é posicionado de tal modo
que ele passa através da origem do sistema de coordenadas. Qualquer
vetor pode ser movido através do retículo cristalino sem sofrer alterações,
desde que seu paralelismo seja mantido.
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[2] O comprimento da projeção do vetor sobre cada um dos três eixos é
determinado; estes são medidos em termos das dimensões da célula
unitária, a, b e c.
[3] Estes três números são multiplicados ou divididos por um fator comum,
a fim de reduzi-los aos menores valores inteiros.
[4] Os três índices, não separados por vírgulas, são colocados entre
colchetes: [uvw]. Os inteiros u, v, e w correspondem às projeções reduzidas
ao longo dos eixos x, y e z, respectivamente.
➢ Por exemplo, a direção 11ത 1 teria uma componente na direção -y. Além
disso a mudança dos sinais de todos os índices produz uma direção disso,
antiparalela; isto é, 1ത 11ത é diretamente oposta a 11ത 1 .
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➢ Se mais de uma direção ou plano tiver que ser especificado para uma
estrutura cristalina particular, toma-se imperativo para a manutenção da
consistência que uma convenção positiva-negativa, uma vez estabelecida,
não seja mudada.
➢ As direções [100], [110] e [111] são direções usuais; elas estão
representadas na célula unitária mostrada na Figura 8.
➢ Para cada um dos três eixos, irão existir tanto coordenadas positivas
como negativas. Além disso, também são possíveis índices negativos,
representados mediante a colocação de uma barra sobre o índice
apropriado.
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Figura 8 - As direções [100), [110) e [111] dentro de uma célula unitária.
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[Exercício 2] Esboce uma direção 11ത 0 dentro de uma célula unitária
cúbica.
Solução:
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[Exercício 3] Determine os índices para a direção mostrada na figura
abaixo.
Projeção sobre o
eixo x(a/2)
Projeção sobre o
eixo y(b/2)
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Redução
Entre colchetes
Projeção sobre o
eixo x(a/2)
Projeção sobre
o eixo y(b/2)
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➢ Para algumas estruturas cristalinas, várias direções não paralelas com
índices diferentes são cristolograficamente equivalentes; isso significa que
o espaçamento entre os átomos ao longo de cada direção é o mesmo. Por
exemplo, nos cristais cúbicos todas as direções representadas pelos
seguintes índices são equivalentes: [100], 1ത 00 , [010], 01ത 0 , [001] e 001ത .
➢ Por conveniência, as direções equivalentes são agrupadas como uma
família, que é representada entre colchetes angulados: <100>.
➢ Além disso, nos cristais cúbicos, as direções que possuem índices iguais,
independente da ordem em que esses índices aparecem ou dos seus
sinais, por exemplo, [123] e 2ത 13ത , são equivalentes.
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➢ No entanto, em geral isso não é válido para outros sistemas cristalinos.
Por exemplo, nos cristais com simetria tetragonal, as direções [100] e [010]
são equivalentes, enquanto as direções [100] e [001] não são.
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➢ Os três eixos a1, a2 e a3 estão contidos em um único plano (chamado
de Plano Basal) e formam ângulos de 120° entre si. O eixo z é
perpendicular a esse plano basal. Os índices direcionais, que são obtidos
como descrito anteriormente, serão representados por quatro índices, no
formato [u v t w]; por convenção, os três primeiros índices pertencem às
projeções ao longo dos respectivos eixos a1, a2 e a3 no plano basal.
➢ A conversão do sistema com três índices para o sistema com quatro
índices:
𝑢′ 𝑣 ′ 𝑤 ′ → 𝑢 𝑣 𝑡 𝑤
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1
𝑢 = 2. 𝑢′ − 𝑣 ′ [Eq. 06.a]
3 1
𝑣 = 2. 𝑣 ′ − 𝑢′ [Eq. 06.b]
3 [Eq. 06.c]
𝑡 =− 𝑢+𝑣
𝑤 = 𝑤′ [Eq. 06.d]
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Figura 9 - Sistema de eixos coordenados para uma célula unitária hexagonal
(Esquema de Miller-Bravais).
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➢ A construção das direções cristalográficas para os cristais hexagonais é
mais complicada que para os cristais que pertencem aos outros seis
sistemas.
➢ No sistema hexagonal às vezes é mais conveniente considerar o sistema
de coordenadas com quatro eixos mostrado na Figura 10.
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ത e
Figura 10 - Para o sistema cristalino hexagonal, (a) as direções [0001], [1100] e 1120
(b) os planos (0001), 1011ത e 1010ത .
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A estrutura Cristalinos
de Sólidos Cristalinos
Figura 11 - Sistema de eixos coordenados com escala reduzida para células unitárias
hexagonais, que pode ser empregado para marcar direções cristalográficas.
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➢ Como pode ser observado, foi construída uma grade sobre o plano
basal, que consiste em conjuntos de linhas paralelas a cada um dos eixos
a1, a2 e a3. As interseções dos dois conjuntos de linhas paralelas (por
exemplo, aquelas para a2 e a3) está sobre e divide o outro eixo (por
exemplo, divide a1 em terços) dentro da célula unitária hexagonal.
➢ Adicionalmente, o eixo z na Figura 9 também é repartido em três seções
com comprimentos iguais (nos pontos m e n). Iremos dizer que este
esquema será chamado de um sistema de coordenadas com escala
reduzida.
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➢ A construção de uma direção especificada por quatro índices é realizada
usando-se um procedimento semelhante àquele que foi descrito
anteriormente (que envolve projeções de vetores ao longo dos eixos
correspondentes).
➢ Nesse caso, em vez de tomar as projeções em termos dos parâmetros
da rede a (para a1, a2 e a3) e c (para o eixo z), empregamos o esquema
com escala reduzida da Figura 9, isto é, usamos a/3 e c/3 em seu lugar.
Esse procedimento está ilustrado no exercício a seguir.
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Exercício 4: Converta a direção [111] ao sistema de quatro índices para
cristais hexagonais.
Solução: Essa conversão é feita da seguintes forma, onde:
u' = 1; v' = 1; w' = 1.
1 1 1 1 1 2
′ ′
𝑢 = 2. 𝑢 − 𝑣 = 2.1 − 1 = − 1 (x 3)
3 3 3 3 3 3
1 1 1
′ ′
𝑣 = 2. 𝑣 − 𝑢 = 2.1 − 1 =
3 3 3
1 1 − 2 3 (ou seja)
𝑡 =− 𝑢+𝑣 =−
1 1
+ =−
2 112ത 3 Logo:
3 3 3
𝑤 = 𝑤′ = 1 111 → 112ത 3
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Exercício 5: Desenhe a direção do exercício anterior, no sistema de
coordenadas com escala reduzida (de acordo com a Figura 9).
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Solução: O sistema de coordenadas com escala reduzida de uma célula
unitária já foi fornecido, e em cima dele será traçado o vetor direção
determinado no exercício anterior.
Atente que um dos três paralelepípedos que compõe a célula hexagonal
está delineado, seus vértices estão identificados com as letras o-A-r-B-C-
D-E-s, com a origem do sistema coordenado de eixos a1-a2-a3-z
localizada no vértice identificado como o.
É dentro dessa célula unitária que será desenhada a direção 112ത 3 . As
projeções ao longo dos eixos a1, a2, a3 e z são, respectivamente, a/3, a/3,
-2a/3 e 3c/3 (ou c).
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...continuação da Solução:
Ao construir esse vetor direção, começamos na origem (ponto o) e,
primeiro, prosseguimos a/3 unidades ao longo do eixo a1 até o ponto p,
para em seguida ir desse ponto, paralelamente ao eixo a2, a/3 unidades
até o ponto q e, então, paralelamente ao eixo a3, -2a/3 unidades até o
ponto r e, finalmente, paralelamente ao eixo z, c unidades até o ponto s.
Dessa forma, como mostrado no esboço, a direção 112ത 3 é representada
pelo vetor que está direcionado do ponto o até o ponto s.
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12. Planos Cristalográficos
➢ As orientações dos planos em uma estrutura cristalina são representadas
de uma maneira semelhante. Novamente, a célula unitária é a base, com o
sistema de coordenadas com três eixos. Em todos os sistemas cristalinos,
à exceção do sistema hexagonal, os planos cristalográficos são
especificados por três índices de Miller na forma (h k l). Quaisquer dois
planos paralelos entre si são equivalentes e possuem índices idênticos.
➢ O procedimento utilizado para determinar os valores dos índices h, k e l é
o seguinte:
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[1] Se o plano passa através da origem que foi selecionada, ou outro plano
paralelo deve ser construído no interior da célula unitária mediante uma
translação apropriada, ou uma nova origem deve ser estabelecida no
vértice de outra célula unitária.
[2] Desse modo, ou o plano cristalográfico intercepta ou ele é paralelo a um
dos três eixos; o comprimento da interseção planar a cada eixo é
determinado em termos dos parâmetros da rede a, b e c.
[3] Os valores inversos desses números são obtidos. Um plano paralelo a
um eixo pode ser considerado como tendo uma interseção no infinito e,
portanto, um índice igual a zero.
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[4] Se necessário, esses três números são mudados para o conjunto de
menores números inteiros pela multiplicação ou divisão por um fator
comum.
[5] Finalmente, os índices inteiros, não separados por vírgulas, são
colocados entre parênteses: (h k l).
➢ Uma interseção no lado negativo da origem é indicada por uma barra ou
um sinal de menos posicionado sobre o índice apropriado.
➢ Além disso, a inversão das direções de todos os índices especifica outro
plano, que é paralelo e está do lado oposto e de maneira equidistante à
origem.
➢ Vários planos com índices baixos estão representados na Figura 12.
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Figura 12 – Representação do plano cristalográfico (a) (001).
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Figura 13 – Representação do plano cristalográfico (b) (110).
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Figura 14 – Representação do plano cristalográfico (c) (lll).
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➢ Uma característica interessante e exclusiva dos cristais cúbicos é o fato
de que os planos e direções com índices iguais são perpendiculares entre
si; entretanto, para os demais sistemas cristalinos não existem relações
geométricas simples entre planos e direções com índices iguais.
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13. Arranjos Atômicos
➢ O arranjo atômico para um plano cristalográfico, que frequentemente é
de interesse, depende da estrutura cristalina. Os planos atômicos (110)
para as estruturas cristalinas CFC e CCC estão representados nas Figuras
13 e 14; também estão incluídas as células unitárias representadas com
esferas reduzidas.
➢ Observe que o empacotamento atômico é diferente para cada caso. Os
círculos representam os átomos que estão localizados nos planos
cristalográficos, que seriam obtidos se fosse tirada uma fatia através dos
centros das esferas rígidas em tamanho real.
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➢ Uma “família” de planos contém todos os planos que são
cristalograficamente equivalentes ou seja, aqueles que têm a mesma
compactação atômica; uma família é designada por índices que são
colocados entre chaves, tal como {100}. Por exemplo, nos cristais cúbicos,
os planos (111), 1ത 1ത 1ത , 1ത 11 , 11ത 1ത , 111ത , 1ത 1ത 1 , 1ത 11ത e 11ത 1 pertencem
todos à família {111}.
➢ Por outro lado, em estruturas cristalinas tetragonais a família {100}
conteria apenas os planos (100), 1ത 00 , (010) e 01ത 0 , uma vez que os
planos (001) e 001ത não são cristalograficamente equivalentes.
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➢ Além disso, apenas no sistema cúbico, os planos que possuem os
mesmos índices, independente da ordem e do sinal dos índices, são
equivalentes. Por exemplo, tanto 12ത 3 quanto 31ത 2 pertencem à família
{123}.
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Figura 15 - (a) Célula unitária CFC representada com esferas reduzidas, mostrando o plano
(110). (b) Compactação atômica de um plano (110) em um cristal CFC. As posições que
correspondem aos átomos em (a) estão indicadas.
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A Estrutura de Sólidos Cristalinos
Figura 16 - (a) Célula unitária CCC representada com esferas reduzidas, mostrando o plano
(110). (b) Compactação atômica de um plano (110) em um cristal CCC. As posições que
correspondem aos átomos em (a) estão indicadas.
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14. Densidade Linear e Planar
➢ Nos slides anteriores falamos da equivalência de direções e planos
cristalográficos não paralelos. A equivalência direcional está relacionada à
densidade linear no sentido de que, para um material específico, as
direções equivalentes possuem densidades lineares idênticas.
➢ O parâmetro correspondente para planos cristalográficos é a densidade
planar, e os planos que possuem os mesmos valores para a densidade
planar também são equivalentes.
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➢ A densidade linear (DL) é definida como o número de átomos, por
unidade de comprimento, cujos centros estão sobre o vetor direção para
uma direção cristalográfica específica, isto é:
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 á𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑜 𝑣𝑒𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜
𝐷𝐿 = [Eq. 07]
𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑣𝑒𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜
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➢ Uma célula unitária CFC (representada por meio de esferas reduzidas) e
a direção [110] no seu interior estão mostradas na Figura 17a. Na Figura
17b estão representados os cinco átomos que estão na face inferior dessa
célula unitária; aqui o vetor direção [110] vai do centro do átomo X, através
do átomo Y e, finalmente, are o centro do átomo Z.
➢ Em relação aos números de átomos, é necessário levar em consideração
o compartilhamento dos átomos com as células unitárias adjacentes.
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Figura 17 - (a) Célula unitária CFC com esferas reduzidas com a indicação da direção [110].
(b) O plano da face inferior da célula unitária CFC em (a) no qual está mostrado o
espaçamento atômico na direção [110], através dos átomos identificados como X, Ye Z.
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➢ Cada um dos átomos dos vértices, X e Z, também é compartilhado com
outra célula unitária adjacente ao longo dessa direção [110] (isto é, metade
de cada um desses átomos pertence à célula unitária que está sendo
considerada), enquanto o átomo Y está localizado totalmente dentro da
célula unitária.
➢ Dessa forma, existe o equivalente a dois átomos ao longo do vetor
direção [110] na célula unitária. Agora, o comprimento do vetor direção é
igual a 4R (Figura 17b); dessa forma, a densidade linear na direção [110]
para a estrutura CFC é de:
2 á𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠 1
𝐷𝐿110 = =
4𝑅 2𝑅
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➢ De maneira análoga, a densidade planar (DP) é definida como o número
de átomos por unidade de área, os quais estão centrados em um plano
cristalográfico particular, ou seja:
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 á𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠 𝑛𝑜 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜
𝐷𝑃 = [Eq. 08]
á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜
➢ As unidades para a densidade planar são os inversos da área (por
exemplo, 𝑛𝑚−2 , 𝑚−2 ).
➢ Por exemplo, considere a seção de um plano (110) no interior de uma
célula unitária CFC, como representado nas Figuras 15a e 15b.
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➢ Embora seis átomos tenham centros localizados nesse plano (Figura
15b), apenas um quarto de cada um dos átomos A, C, D e F, e metade dos
átomos B e E, levando ao equivalente total de apenas 2 átomos, estão
sobre aquele plano.
➢ Além disso, a área dessa seção retangular é igual ao produto do seu
comprimento pela sua largura. A partir da Figura 15b, o comprimento
(dimensão horizontal) é igual a 4.R, enquanto a largura (dimensão vertical)
é igual a 2. 𝑅. 2, uma vez que ela corresponde ao comprimento da aresta
da célula unitária CFC.
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➢ Dessa forma, a área dessa região planar é de 4𝑅 2𝑅 2 = 8𝑅2 2 e a
densidade planar é determinada conforme a seguir:
2 á𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠 1
𝐷𝑃110 = =
8𝑅2 2 4𝑅2 2
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