APOSTILA Introdução A Q. Organica
APOSTILA Introdução A Q. Organica
INTRODUÇÃO A QUÍMICA
ORGÂNICA
INTRODUÇÃO
FORMAÇÃO DE CADEIAS: O
carbono forma cadeias: O carbono
pode-se ligar a outros átomos de
carbonos formando cadeias, com as mais variadas
disposições. O carbono também pode se ligar a outros átomos diferentes do carbono,
denominados “heteroátomos” (Ex: Oxigênio, O; Nitrogênio, N; Enxôfre, S; etc.).
FÓRMULAS ESTRUTURAIS: Em virtude da grande variedade de cadeias carbônicas que
podem aparecer nos compostos orgânicos, são muito importantes as chamadas fórmulas
estruturais, que nos revelam a estrutura, isto é, a arrumação ou disposição dos átomos dentro
das moléculas. Por exemplo, uma estrutura muito encontrada na gasolina é a seguinte:
que normalmente é abreviada para:
Esta última, denominada fórmula estrutural condensada, é a mais usada, pois, sem dúvida,
é mais fácil de se escrever do que a primeira. Outra versão ainda mais simplificada da mesma
fórmula, seria:
na qual a cadeia principal é representada por uma linha em ziguezague Podemos simplificá-la
ainda mais omitindo os grupos CH3.
EXERCÍCIO
CLASSIFICAÇÃO DOS CARBONOS: Um átomo de carbono em uma cadeia carbônica pode ser
classificado de acordo com o número de carbono ao qual ele está ligado.
Carbono primário: é aquele que está ligado a, no máximo, um (01) outro átomo de
carbono.
Carbono secundário: é aquele que está ligado a dois (02) átomos de carbono.
Carbono terciário: é aquele que está ligado a três (03) átomos de carbonos.
Carbono quaternário: é aquele que está ligado a quatro (04) átomos de carbono.
Carbono isolado: é aquele que não está ligado a nenhum outro átomo de carbono.
EXEMPLO 1: primário
primário
C C isolado
C C C C C O C
quaternário C
primário
secundário
terciário
primário
CLASSIFICAÇÃO DAS CADEIAS CARBÔNICAS: As cadeias carbônicas, dependendo da
disposição dos átomos de carbono, podem ser classificadas de um modo geral em:
C C
a) Acíclicas ou CAbertas: Vamos agora classificar as
cadeias carbônicas acíclicas (abertas) utilizando os
seguintes critérios:
b.1) Cadeias aromáticas: São aquelas que apresentam pelo menos um anel benzênico. A
mais simples delas é o benzeno (C6H6).
ATENÇÃO: Para a cadeia ser normal, não há a necessidade de ser escrita na horizontal.
EXERCÍCIO
1. (UNA-MG) A cadeia
a) aberta, heterogênea, saturada e normal.
b) acíclica, homogênea, insaturada e normal.
c) acíclica, homogênea, insaturada e ramificada.
d) alifática, heterogênea, ramificada e insaturada.
e) cíclica, aromática.
2. (LAVRAS) O composto apresenta uma cadeia que pode ser classificada como:
a) alicíclica, normal, heterogênea e saturada.
b) alicíclica, ramificada, homogênea e saturada.
c) alifática, ramificada, homogênea e insaturada.
d) alifática, ramificada, heterogênea e insaturada.
e) alifática, normal, homogênea e saturada.
3. (UFPA) O linalol, substância isolada do óleo de alfazema, apresenta a seguinte
fórmula estrutural:
Essa cadeia carbônica é classificada como:
a) acíclica, normal, insaturada e homogênea.
b) acíclica, ramificada, insaturada e homogênea.
c) alicíclica, ramificada, insaturada e homogênea.
d) alicíclica, normal, saturada e heterogênea.
e) acíclica, ramificada, saturada e heterogênea
4. (UEFS-BA) A fórmula estrutural abaixo representa a metionina, um aminoácido
importante para as funções hepáticas.
A cadeia desse composto pode ser classificada como:
a) aromática e heterogênea.
b) ramificada e homogênea.
c) insaturada e cíclica.
d) aromática e homogênea.
e) acíclica e heterogênea.
5. (UFSM-RS) No composto:
Nº de
Tipo Principais
de Infix
carbo
ligação Prefixos
o
no
1C Simples Met An
2C Et
1 Dupla En
3C Prop
4C2 Duplas ButDien
5C Pent
6C 1 tripla Hex in
7C Hept
8C Oct
9C Non
10 C DEC
Para dar nome as cadeias normais terão que seguir a regra:
Prefixo + infixo + terminação que caracteriza a função
Observe que esta cadeia possui 4 carbonos, então temos o prefixo BUT, acrescentando a
terminação ANO, temos a seguinte nomenclatura Butano.
Segundo a
IUPAC, a
nomenclatura dos alcenos é
semelhante à dos alcanos, bastando trocar-se a terminação ANO pela terminação ENO. Por
exemplo:
Para cadeias maiores torna-se necessário citar a posição da ligação dupla (lembre-se que a
ligação dupla é sempre o “local” mais importante na estrutura de um alceno). Acompanhe os
exemplos abaixo:
Como os dois primeiros compostos são diferentes, seus nomes deverão ser, evidentemente,
diferentes.
As regras da IUPAC mandam indicar a posição da ligação dupla por meio de um número. Deve-
se então numerar a cadeia a partir da extremidade mais próxima da ligação dupla e citar o
menor dos dois números que abrangem a ligação dupla, escrevendo-o antes da terminação
ENO. Temos então:
ALQUINOS OU
ALCINOS: São
hidrocarbonetos alifáticos insaturados por uma tripla ligação. As regras para estabelecer a
nomenclatura dos alquinos são as mesmas utilizadas para os alquenos. Veja um exemplo:
Nomenclatura dos alcinos: A nomenclatura IUPAC atribui aos alcinos a terminação INO. Em
uma nomenclatura mais antiga, consideravam-se os alcinos mais simples como derivados do
acetileno. Desse modo, temos:
EXERCÍCIO
1. Escreva as
fórmulas
estruturais e
moleculares dos seguintes hidrocarbonetos:
a) propano; b) hex-2-eno c) pent-1-eno; d) hex-3-ino.
CICLOALQUENOS,
CICLOALCENOS OU CICLENOS:
São hidrocarbonetos cíclicos insaturados por uma dupla ligação. Desde que não haja
ramificações, não é necessário indicar a posição da dupla ligação.
Para os grupos
alquilas ramificados
teremos as seguintes situações:
sec (significa
secundário)
terc (terciário)
CH3
CH 3 CH 2 CH 2 CH CH3
CH 2 Cadeia principal
CH3
6 5 4 3 2 1
CH 3 CH 2 CH 2 CH CH 2 CH 3 Cadeia principal
CH3
3-metil
Substituinte hexano 3-metil heptano
5.
HAVENDO DUAS (OU MAIS) RAMIFICAÇÕES IGUAIS, USAMOS OS PREFIXOS DI, TRI,
TETRA ETC. PARA INDICAR A QUANTIDADE DESSAS RAMIFICAÇÕES. Por exemplo:
Na verdade, não é comum (e portanto você deve evitar) escrever a cadeia principal “em
ângulo”; sendo assim, o último exemplo dado, normalmente, seria escrito assim:
Apesar disso, é importante lembrar sempre da cadeia mais longa, mesmo que ela apareça “em
ângulo”. As regras atuais de nomenclatura pedem, também, para se omitir o hífen entre os
nomes da ramificação e da cadeia principal. Desse modo, o último nome citado seria escrito 3-
etil-2-metilexano. Visando a maior clareza, porém, continuaremos usando o hífen, ficando com
o nome 3-etil-2-metil-hexano.
NOMENCLATURA
DE ALCINOS:
Semelhante a dos
alcenos.
OBS: Neste último exemplo, veja que, no que se refere à ligação tripla, seria indiferente começar a
numeração por uma extremidade ou outra da cadeia, pois a ligação tripla está exatamente no meio da
cadeia; no entanto, a preferência final foi dada para que a ramificação CH3 fosse indicada pelo menor
número possível.
H
C C
C C H C C H
C C
C H C C H
C
H
NOMENCLATURA (IUPAC)
Grupo alquila + benzeno