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Estruturas Metálicas

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ESTRUTURAS

METÁLICAS
Diogo S. Gonçalves
Índice

Capítulo 1 06

Capítulo 2 12

Capítulo 3 34

Capítulo 4 43

Capítulo 5 80

Capítulo 6 92

2
FUNDAMENTOS
DO AÇO

3
Ponte Rio Severn
INGLATERRA (1779)

The Iron Bridge


Vão de ferro
fundido de 30,6m.
Por ser em arco,
maioria da
estrutura fica
comprimida.

As primeiras estruturas
não utilizavam o aço e
sim o ferro fundido, que
é uma liga metálica que
A resistência à tração do ferro fundido
tem uma porcentagem corresponde a 30% de sua resistência à
de carbono maior que o compressão. A geometria em arco

aço. Ferro fundido é promove a compressão da maioria dos


elementos estruturais, o que é desejável,
um material frágil e
pois o ferro é um material cuja
quebradiço, mas
resistência à compressão é
apresenta uma significativamente superior à sua
resistência a resistência à tração. Portanto, o objetivo
compressão maior do é justamente submeter os elementos a
esforços de compressão.
que a resistência a
tração.

4
Revolução Industrial
SÉCULO XIX

Utilização do ferro
em escala industrial
Inglaterra, França e
Alemanha.

A produção de ferro fundido aumentou


significativamente durante a Revolução
Industrial, em meados do século XIX,
momento em que surgiram grandes
estruturas em larga escala,
particularmente nos países como
Inglaterra, França e Alemanha.

5
Fábrica de Chocolates Menier
(1872)

Estrutura formando
esqueleto.
Contravetamentos
em diagonal.

A disposição dos elementos estruturais


apresenta grande semelhança com as
técnicas utilizadas atualmente em
edificações metálicas, sendo pioneira na
aplicação de um sistema de
contraventamento.

5
Segunda metade do Século XIX
PRODUÇÃO DE AÇO EM LARGA ESCALA

Aumento da
produção de aço
devido aos novos
processos de
fabricação.
Inicialmente pelo
forno de Bessemer e
segundamente os
Irmãos Martin. E por
último os
laminadores.
Laminadores são empregados hoje para
elaboração de perfis laminados.

5
Torre Eiffel
PARIS (1889)

Torre icônica de
formato único.
Projeto elaborado
por Gustave Eiffel,
fazendo hipóteses
racionais sobre a
força do vento na
estrutura.

Com 324 metros de altura e 7,8K


toneladas de aço.

5
Ponte Firth of Forth
RIO ESCOCÊS FORTH (1890)

Vão de 521 metros


Maior ponte em
balanço até 1917.

Onde na parte central


(vermelho) um vão bi
apoiado ligado por
rótulas para os vãos em
balanço. Com o
momento em balanço o
momento fletor será
negativo (verde). Esse Com 324 metros de altura e 7,8K
diagrama nos mostra toneladas de aço.

que o maior momento


fletor negativo surge
juntos aos apoios
(triângulos). Para
resistir ao maior
momento fletor, os
projetistas empregaram
uma seção de altura
Vinculação nas extremidades são tracionadas (Azul)
variavel.

5
Empire State Building
NEW YORK (1931)
381m e 102 andares
Ligações Rígidas
410 dias para
construir
205kg de aço/m²
Estruturas metálicas
tem como
características uma
proteção ao fogo ruim.
A solução feita no
empire state, foi o
encamisamento da
Empregou o sistema estrutural de
estrutura metálica com
pórticos rígidos. Portanto a ligação entre
concreto. Este concreto viga com pilar, são ligações rígidas,
empregado não tem resistindo assim a transmissão de
função estrutural, pois ,momento entre viga e pilar. Garantindo

não existia aderência um engastamento da viga entre os


pilares.
entre concreto e aço..
Com o tempo veio os
conectores, que
garantem a aderência
entre os materiais.

5
World Trade Center
NEW YORK (1972)

412 metros e 110


andares
Planta quadrada:
lado de 63m
Sistema tubular nas
fachadas com 59
pilares em cada
fachada.
Distância entre
pilares: ~ 1,0m
Núcleo em concreto
Estruturas mistas. A estrutura de
armado
contraventamento, era formado por um
10.000 sistema tubular nas fachadas. Quando se
amortecedores coloca todos os elementos estruturais na

viscoelásticos. fachada, se forma uma espécie de tubo.


Por isso é visto como um sistema
180kg de aço/m²
tubular (pilares próximos, conectados
Colapso
por vigas de altura considerável,
progressivo: dano formando uma estrutura altamente
estrutural, incêndio hiperestática, altamente rígida. O núcleo
e diminuição da como elevador e escadas, eram concreto.

resistência.

5
Ponte de Paraíba do Sul
PARAÍBA DO SUL (1857)

Primeira ponte em
ferro fundido
Arcos em ferro
fundido
Tirantes em ferro
forjado
Cinco vãos de 30m

Arco atirantado, o tirante corresponde a


parte tracionada da viga.

5
Edifício Avenida Central
RIO DE JANEIRO (1961)

Primeiro prédio alto:


110 metros.
34 andares.

Marco da construção metálica brasileira.

5
Ponte Rio-Niterói
RIO DE JANEIRO (1974)

Vãos lateriais 200m


e central de 300m
Maior vão livre com
viga reta
Seção Caixa
Chapas de até
45mm
Largura de 6,86m
Altura ntre 7,42m e
12,92m
Afastamento de
Formada por dois caixões metálicos. Nas
6,34m
pontes, quando o veículo trafega
exclusivamente por uma das faixas,
ocorre uma torção em torno do centro
geométrico da seção. Por essa razão, o
emprego de seções fechadas é
recomendado, pois proporciona uma
elevada resistência à torção.,
Maior vão em viga reta do mundo.

5
NORMAS
TÉCNICAS
AO LONGO DO CURSO AS
NORMAS MAIS UTILIZADAS
ESTÃO DESTACADAS EM NEGRITO:

NBR 5884: perfil estrutural soldado por arco elétrico;


NBR 6120: carga para o cálculo de estruturas de
edifícios;
NBR 6123: forças devidas ao vento em edificações;
NBR 6355: perfis de aço formados a frio;
NBR 6648: chapas grossas de aço carbono;
NBR 6650: chapas finas à quente de aço carbono;
NBR 7007: aços-carbono e microligados;
NBR 8681: ações e segurança nas estruturas;
NBR 8800: projeto de estruturas de aço e de
estruturas mistas de aço e concreto de edifícios;
NBR 14323: dimensionamento de estruturas de aço
em situação de incêndio;
NBR 14762: dimensionamento de estruturas de aço
constituídas por perfis formados a frio;
NBR 15279: perfil estrutural de aço por eletrofusão;
NBR 15980: perfis laminados de aço;
NBR 16239: projeto de estruturas de aço e de
estruturas mistas de aço e concreto de edificações
com perfis tubulares;

5
O AÇO Aço-carbono: Teores normais
de elementos residuais.
Liga de ferro-carbono: (Também o mais utilizado)
1. Ferro: cerca de 98%
2. Carbono: entre 0,008% e 2,11
(Aumenta a resistência mas reduz
ductilidade
3. Silício, enxofre, fósforo, manganês e
outros.

Aços-liga: aço-carbono acrescido


de elementos de liga ou com altos
teores de elementos residuais.

Comparação relativa
entre aço e concreto e
moldado no local.

Vantagens Desvantagens
Material de alta resistência, Limitação de fabricação
homogêneo com devido ao transporte da
características mecânicas fábrica até a obra
bem definidas. Necessidade de tratamento
Estrutural leve e esbelta superficial (corrosão)
Fabricação com precisão Mão-de-obra e
milimétrica. equipamento especializados
Obras rápidas e limpas Necessidade de ligações e
Permite desmontagem proteção ao fogo.
Dispensa fôrmas.
Tensão de escoamento
pode chegar a 300MPa, já
no concreto chega a
25~30MPa.

5
DIAGRAMA TENSÃO X DEFORMAÇÃO
Ensaio de tração simples

TENSÃO

DEFORMAÇÃO

O gráfico a cima representa um ensaio de tração


simples, de um aço com o módulo de elasticidade E =
200GPa.

Área da seção
transversal: A
l

F A partir dessas
grandezas, nós
definimos a
tensão sigma
Ensaio de tração simples.
F l+Δl (σ) como sendo
Elemento cilíndrico em aço
a divisão da tracionado.
força (F) σ = F/A (Pa)
aplicada pela ε = Δl/l (Grandeza
admissional,, pode ser
área (A)
representada por
porcentagem).

5
DIAGRAMA TENSÃO X DEFORMAÇÃO
Ensaio de tração simples

TENSÃO

DEFORMAÇÃO

No gráfico temos temos tensão e deformação do aço. Um


para o Aço 490 e o A36.
Na parte inicial temos uma reta que corresponde ao
regime elástico do material. A elasticidade é a
característica que o material tem de voltar para o estado
inicial depois da aplicação da força.
A relação entre a tensão e a deformação do aço no
regime elástico é dada pela lei de hooke σ = Eε, sendo E =
200GPa o módulo de elasticidade do aço tabelado pela
norma NBR8800, ele representa a inclinação da reta no
regime elástico.
Alguns aços apresentam um patamar chamado de
patamar de escoamento (fy), esse patamar corresponde
ao aumento das deformações sob tensões constantes,
como o A36.
fy, onde o y = yield (escoamento).
fu, onde o u = ultimated (estado limite último), onde não
representa a resistência de ruptura do elemento .

5
DIAGRAMA TENSÃO X DEFORMAÇÃO
Ensaio de cisalhamento simples

Cisalhamento está relacionado ao esforço cortante,


onde aplicamos as duas forças na mesma direção
mas em sentido contrário submetendo o corpo de
prova a cisalhamento.

Tensão tangencial
F: Força
A0: Área

Distorção: deformação devido ao esforço cortante


d: deformação linear
h0: altura do corpo de prova

Tensão máxima que o material aço alcança


nesse diagrama corresponde a tensão de
escoamento em cisalhamento.
Pela norma brasileira, é o 0,6fy achando a
resistência a cisalhamento.

A inclinação da reta neste gráfico é dado


pelo módulo de elasticidade transversal (G),
G cujo por nome adota-se G = 77GPa

5
COEFICIENTE DE POISSON
Parâmetro do material aço

Quando a deformação
longitudinal é positiva a
transversal é negativa

Quando temos um corpo de prova e tracionamos ele,


nós verificamos que seu comprimento aumenta mas
a sua seção transversal diminui.

Δl +

ε = Δl/l deformação longitudinal


εt= Δr/r deformação transversal

Δr

Se comprimirmos o corpo de prova a deformação


específica longitudinal vai ser (ε-) pois ele vai
encurtar e a seção transveral (εt+). A relação entre
as deformações é dada pelo coeficiente de poisson
sendo constante para o material aço v = 0,3.

5
TABELA DE AÇOS ESTRUTURAIS
American Society for Testing and Materials

No projeto estrutural se empregam aços


padronizados uma padronização comum é a da
ASTM (American society for testing and materials).

Um dos aços mais difundidos é o ASTM A36, cujo a


resistência ao escoamento vale fy = 250MPa, na
norma brasileira esse aço recebe MR (média
resistência) 250MPa.
Outro aço empregado em perfis laminados é o
ASTM572 Grau 50 com fy = 345, na norma
brasileira a designação AR (alta resistência)
350MPa.

5
PROPRIEDADES DO AÇO
Características Físicas

Módulo de elasticidade: E = 200 GPa


Módulo de elasticidade transversal: G = 77GPa
Coeficiente de Poisson: v = 0,3
Massa específica do aço: p = 7850kg/m³

Ductilidade / Fragilidade

Propriedades do aço para fins estruturais.


Capacidade do material se deformar sob ação das
cargas.
Deformação na ruptura.
Pode ser tornar frágil em baixas temperaturas,
soldas inadequadas.
Resiliência

Capacidade de absorver energia mecânica em


regime elástico.
Área do diagrama tensão deformação até o limite
de proporcionalidade.
Tenacidade

Capacidade TOTAL de absorver energia


mecânica (diagrama tensão x deformação).
Fadiga
Fenômeno onde o aço rompe com cargas repetitivas
com uma tensão menor que sua tensão de
escoamento.
Ruptura devida a esforços repetitivos
Tensão inferior ao do ensaio estático
Aviões Comet
Propagação de trincas no cantos das janelas
Fadiga causada pela pressurização ou
despressurização.

5
PERFIS LAMINADOS PADRÃO EUA
TIPO W

A nomenclatura é padrão americano, adotado


igualmente no Brasil. O perfil W vem de “wide
flange” (mesa larga). O perfil tem duas
mesas/flange (f) e uma alma (w).

TIPO S/I

Com uma das faces da mesa inclinadas, é a menos


empregadas. Pilares são elementos submetidos a
compressão estando sujeitos a flambagem, neste
caso é interessante que o momento de inércia do
pilar nas duas direções seja parecido.

TIPO S/I

O momento de inércia nas duas direções são


semelhantes do que a seção W.

5
PERFIS LAMINADOS PADRÃO EUA
TIPO C ou U

Duas mesas e uma alma

TIPO L

Tem duas abas que podem ser iguais ou desiguais.

5
PERFIL SOLDADO
Associação de chapas
Tipo altura (mm) x massa (kg/m)
Dimensões são feitas pela norma
NBR 5884: perfil I estrutural de aço soldado

CS

Coluna soldada

VS

Viga soldada

CVS

Coluna e viga soldada

PS

Perfis não padronizados

VSM

Vigas mistas

5
PERFIS TUBULARES
Fabricação
Extrusão (sem costura)
Calandragem (com constura)
NBR 16239: projeto

TIPOS DE PERFIS TUBULARES

Os perfis tubulares são bastante utilizado nas


treliças tridimensionais.

As treliças são estruturas


compostas por triângulo,
neste caso temos uma
treliça cujo o formato é
uma pirâmide de base
quadrada, tendo uma
HIPOESTATICIDADE na
base pois temos um
quadrado. Nas treliças nós
sabemos que as cargas
devem ser colocadas
apenas no nó

5
PERFIS CONFORMADOS A FRIO

CHAPA DOBRADA

Este nome é dado pois seu processo de fabricação, é feito por


meio da dobra de chapas em temperatura ambiente. Existe uma
norma específica para o projeto dessas estruturas também
conhecido como NBR 14762. Os comportamentos estruturais
deles é diferente dos perfis laminados e soldados, surgem um
fenômeno de flambagem no local diferente dos outros perfis
por conta da sua espessura menor. O projeto de estrutura em
chapa dobrada é mais difícil.

Prensa dobradeira
Grande liberdade de dimensões e formas
Perfiladeiras
Grande produtividade
Chapas de pequena espessura
De 0,4 mm até 8 mm
Flambagem local
Enrijecimento por meio de dobras
Produção Simples
NBR 14762: dimensionamento
NBR 6355: Perfis

Perfil Z Perfil C
Soldar costa a
Enrijecido
costa o perfil C

Cartola

Perfil C
Enrijecido

5
BARRAS
Laminadas, trefiladas (redonda, quadrada,
sextavada ou chata)
Podem ser usadas para uma cerca metálica, pode ser usadas
também para contraventamentos em X dos edifícios.

CHAPAS
Finas a quente: espessura de 1,2 a 5,0mm
Chapa dobrada construção leve, terças e vigas de tapamento.

Zincadas: 0,25 a 1,95mm


Telhas e tapamentos
Finas a quente: espessura de 1,2 a 5,0mm
Perfis soldados

TRILHOS
FIOS, CABOS E CORDOALHAS
Trefilação

5
3
METODOLOGIA
DE PROJETO:
ESTADOS
LIMITES

3
MÉTODOS DAS TENSÕES ADMISSÍVEIS
ALLOWABLE STRESS DESIGN (ASD)

Normas até meados da década de 80


Norte-Americanos (AISC American Institute of
Steel Construction) Mantiveram duas versões
(ASD e LRFD)

Tensão solicitante (cargas Resistência ao escoamento


características)

Coeficiente de segurança
(único / global)

Empregada até a década de 80.


No projeto com tensões admissíveis se compara
as tensões calculadas com a máxima tensão
admissível, empregando um único coeficiente de
segurança. Já nos métodos dos estados limites, é
um aprimoramento pois ele emprega coeficiente
de seguranças parciais.

5
MÉTODOS DOS ESTADOS LIMITES
LOAD AND RESISTANCE FACTOR DESIGN (LRFD)

NBR 8800 é baseada na AISC-LRFD

“Estados a partir dos quais a estrutura


não mais satisfaz a finalidade para a
qual foi projetada.”

ESTADO LIMITE ÚLTIMO


Ultimated, representa a carga última da
estrutura associada com a ruína do elemento
estrutural. (Quando a estrutura “cai”)
Associado a ruína da estrutura ou de elementos
estruturais
Ex: ruptura, perda de estabilidade, deformação
plástica excessiva
Carregamentos: eventos extremos
Resistência: Ruína
Cuidar sempre a força do vento.

5
ESTADO LIMITE DE SERVIÇO
(utilização)

Associado ao uso da estrutura e ao seu


desempenho
Estados que pela sua ocorrência, duração,
frequência, provocam efeitos incompatíveis com
o uso da estrutura
deformação excessivas
vibrações excessivas (devido a vento entre
outros)
Carregamentos: eventos frequentes
Limites: aceleração, deslocamento.
Se temos uma viga metálica, devido a ação das
cargas ela devem deformar, essa deformação
deve ser limitada.

“Nenhum estado limite aplicável pode


ser excedido quando a estrutura for
submetida a qualquer combinação
adequada de cargas”

ESTADO DE LIMITE ÚLTIMO

Base conceitual:

O material resistir mais ou no limite igual a aquilo que ele é solicitado

resistência: solicitação
“de projeto” “de projeto”
“de cálculo” design (de “de cálculo”
projeto/cálculo)

5
Valor característico:

Associado a uma pequena probabilidade de ser


excedido ou de que o valor seja inferior.

Solicitação
média

Solicitação Resistência
característica Resistência média

característica

A resistência característica é menor que a


resistência média. A relação entre a resistência
característica (Rk) e a resistência média (Rm)
Rk = Rm - 1,65σ, sendo σ o desvios padrões.
São duas grandezas probabilísticas

5
Resistência do projeto:

Na resistência do ELU, empregamos apenas Rd

Coeficiente
Resistência Resistência
ponderador da
“de projeto” característica
resistência (incerteza
“de cálculo” “nominal”
sob a resistência)

Coeficiente ponderador da resistência

Base conceitual

é a parcela do coeficiente de ponderação que considera a


variabilidade da resistência dos materiais envolvidos;

é aparcela do coeficiente de ponderação que considera a


diferença entre a resistência do material no corpo-de-
prova e na estrutura;

é a parcela do coeficiente de ponderação que considera os


desvios gerados na construção e as aproximações feitas em
projeto do ponto de vista das resistências.

5
Coeficiente ponderador da resistência (ABNT,2008)

Os valores empregados em estruturas de aço:

Reistências de cálculo

ELU a resistência é diminuida.

ações coeficiente ação


“de projeto” ponderador características
“de cálculo” das ações “nominal”

5
Solicitações de projeto

Efeito das combinações de ações

ações coeficiente ação


“de projeto” ponderador característica
“de cálculo” das ações “nominal”

Ações características

NBR 6120: cargas para cálculo de estruturas de


edificações
NBR 6123: forças devidas ao vento em
edificações
NBR 7188: carga móvel em ponte rodoviária e
passarela

TIPOS DE AÇÕES

Permanentes (G)

Ocorrem com valores praticamente constantes


durante toda a vida útil
Peso próprio da estrutura e de todos os
elementos construtivos permanentes fixos na
estrutura, equipamentos fixos, empuxos
permanentes, revestimento de piso, paredes,
janelas.

5
Variáveis (Q)

Valores variam significativamente durante a


vida útil da edificação.
Decorrentes do uso: sobrecarga; divisórias
móveis; ação do vento; variação da temperatura

Excepcionais (E)

Duração extremamente curta e probabilidade


muito baixa de ocorrência
Decorrentes de eventos excepcionais: incêndio,
explosão, choque de veículo, sismo

Coeficiente ponderador das ações

é a parcela do coeficiente de ponderação


das ações γf, que considera a variabilidade
das ações

é a parcela do coeficiente de ponderação


das ações γf, que considera a simultaneidade
de atuação das ações

é a parcela do coeficiente de ponderação


das ações γf, que considera os possíveis
erros de avaliação dos efeitos das ações, seja
por problemas construtivos, seja por
deficiência do método de cálculo empregado,
de valor igual ou superior a 1,10

5
Coeficientes ponderadores das ações (ABNT, 2008)

Coeficientes ponderadores das ações (ABNT, 2008)

5
peso próprio não deve ser
multiplicado por
coeficiente maior do que 1

não deve ser considerada


Vento sobrecargas favoráveis a
segurança

Combinações de ações

Normais: decorrentes do uso da estrutura em sua


condição definitiva
Construção/montagem: decorrentes de situações
que ocorrem em etapas de
construção/montagem
Excepcionais: situações com a ocorrência de
ações excepcionais.

5
Coeficientes ponderadores das ações (ABNT, 2008)

Combinações de ações

Normais: decorrentes do uso da estrutura em sua


condição definitiva
Construção/montagem: decorrentes de situações
que ocorrem em etapas de
construção/montagem
Excepcionais: situações com a ocorrência de
ações excepcionais.
Cuidar na parte de inserção.

5
Combinações normais
coeficiente
redução

ações ações ação demais ações


“de projeto” permanentes variável variáveis
“de cálculo” principal

resistência: solicitação

“de projeto” “de projeto”

“de cálculo” “de cálculo”

ESTADO LIMITE DE SERVIÇO

Combinações de serviço (ABNT, 2008)

Quase permanentes
Atuam em grande parte da vida útil (~metade)
Danos em componentes devidos ao
deslocamento excessivo

Frequentes
Muitas vezes durante a vida útil (~10^5 em 50
anos ou 5%)
Vibrações excessivas, empossamentos em
coberturas

5
Combinações de serviço (ABNT, 2008)

Raras
No máximo algumas horas durante a vida útil.
Danos permanentes à estrutura ou componentes
sensíveis

Deslocamentos limites (ABNT, 8008)

5
Algumas ações para coberturas

P.P.: peso próprio da estrutura


P.E.: peso próprio dos elementos construtivos
S.A.: sobrecarga acidental
Vento 0º/ Longitudinal
Vento 90º/ Transversal
Vento 180º/ - Longitudinal
Vento 270º / - Transversal
Vento oblíquo

Combinações de ações para coberturas

Estado limite último: combinações normais

Estado limite de serviço

5
EXERCÍCIO
Calcule os carregamentos de projeto

Permanentes
peso próprio da estrutura: 10kgf/m² (estimado)
peso próprio dos elementos construtivos:
12kgf/m² (telhas e elementos de fixação
estimativa)
Variáveis
Sobrecarga: 0,25 kN/m² (acumulo de folhas)
Vento Longitudinal: 628 kgf/m² (NBR 6123)
sobre pressão (carga para baixo)
Vento Transversal: 100 kgf/m² (sucção)

Primeiro passo: Uniformizar as unidades e


transformar as cargas distribuídas por metro
quadrado em cargas distribuídas por metro, isso
será feito multiplicando as cargas por metro
quadrado pela distância entre tesouras, que são de
6m.

5
EXERCÍCIO

Permanentes
(10 + 12) x 6 = 132Kgf/m = 1,32KN/m ( )
Sobrecarga (uso e ocupação)
0,25 x 6 = 1,5KN/m ( )
Vento Transversal
628 x 6 = 3768 N/m = 3,77KN/m ( )
Vento Longitudinal
100 x 6 = 600N/m = 0,6K/m ( )

Carga de cálculo ( )

coeficiente
redução

ações ações ação demais ações


“de projeto” permanentes variável variáveis
“de cálculo” principal

5
EXERCÍCIO

Carga de cálculo ( )

Fd = γgGk + γq1Q1 + γq2Qk2ψ0

Coeficiente de Coeficiente de
segurança segurança da
ação variável
Cargas
Ação variável Ação variável
permanentes
principal com com seu valor
seu valor característico
característico

Carga de cálculo ( )
Fd = γgGk + γq1Q1 + γq2Qk2ψ0

5
EXERCÍCIO

Carga de cálculo ( )

Fd = γgGk + γq1Q1 + γq2Qk2ψ0


Fd = 1,40 x 1,32 + 1,50 x 1,50 + 1,40 x 0,6 x 0,6
Fd = 4,60 KN/m

Vento principal e sobrecarga reduzida

Fd = γgGk + γq1Q1 + γq2Qk2 ψ0(sobrecarga de


cobertura)
Fd = 1,40 x 1,32 + 1,40 x 0,6 + 1,50 x 1,50 x 0,8
Fd = 4,49 KN/m

Carga de cálculo ( ) +

Fd = γgGk + γq1Q1
Fd = 1,0 x (-1,32) + 1,40 x 3,77 = 3,96KN/m

5
EXERCÍCIO

A estrutura da nossa tesoura deve ser dimensionada


duas vezes com uma carga de cima para baixo de
4,60KN/m no segundo dimensionamento a mesma
estrutura será calculada com uma carga de baixo
para cima 3,96KN/m. Existindo uma inversão dos
esforços.
A barra que está tracionada para uma carga estará
comprimindo para a outra e vice e versa.
Deve-se projetar toda a estrutura duas vezes e
escolher as barras provenientes do caso mais crítico.
O caso mais crítico neste caso é a compressão.

5
SISTEMAS
ESTRUTURAIS

3
MODELO ESTRUTURAL DE UM PÓRTICO

Não podendo ser


possível pois
acontecerá o
giro.

5
LIGAÇÕES COLUNA-FUNDAÇÃO

Articulada: quando nós empregamos parafusos na parte


interna das mesas. Pois não existe um braço de alavanca
suficiente entre os chumbadores para garantir o engastamento

Engastada em uma direção: ele vai engastar no eixo de maior


inércia e articulado em eixo de menor inércia. Como
consequência se torna difícil garantir o engastamento nesse
eixo.
Engastada nas duas direções: Empregam chumbadores
com excentricidades nas duas direções.

Na ligação pilar/fundação a posição dos chumbadores desempenha


papel fundamental para materializar o vínculo. Caso desejar
engastar, deve-se prever um afastamento grande entre
chumbadores. Chumbadores mais próximos ou em linha,
representam uma ligação articulada.

Momento é
materializado
como Binário
nos
chumbadores.

Este símbolo indica


o tipo de solda:
Entalhe no perfil
dos dois lados a
45º e entre o
entalhe e a placa
de base é feita a
solda

5
LIGAÇÕES VIGA-COLUNA
Flexíveis: Quando os parafusos são conectados na alma
da viga

Ligação com
dupla cantoneira:
Bastante
empregada.
Consiste em
colocar duas
Este tipo de ligação dispensa solda, é
cantoneiras
feito um recorte na viga para
ligadas por
garantir o encaixe nos perfis
parafusos entre
os perfis.

5
LIGAÇÕES VIGA-COLUNA
Rígidas: quando tem uma placa soldada de topo com
parafusos nas extremidades

Engastada nas duas direções:

Quanto maior for o


afastamento entre os
parafusos, maior será a
possibilidade de
engastamento,

Na viga foi colocada


uma chapa de topo e na
chapa foi colocado um
enrijecedor

5
Tipos de ligações quanto à rigidez

Vantagens das ligações flexiveis

Baixo custo
Facilidade de fabricação e montagem

Contraventamentos

Diagonal de contraventamento

5
Cobertura

Viga em balanço, a ligação entre a viga e o pilar deve ser


uma ligação engastada. Logo a estabilidade da estrutura
neste plano é dada pelo próprio engastamento da viga com
o pilar.

5
Edifícios

Pavilhão de alma cheia

Distância entre contraventamento no máximo em torno de


20 metros. Emprego do X indica que apenas uma barra
deve resistir a tração, não precisando resistir a
compressão.
Barras horizontais nesse caso deve resistir a ações do
vento.

5
Pavilhão em arco treliçado

Passarela

Barras comprimidas, estão sujeitas a flambagem. Que


causam uma diminuição da resistência do perfil.

O sentido da diagonal é dado pelo sinal do esforço


cortante.

5
PROPRIEDADES
GEOMÉTRICAS

3
Área

Momento estático de primeira ordem:

Centro geométrico / Centróide

Aplicações
Posição da linha neutra elástica
Eixo de flexão
Momento de inércia
Para massa específica uniforme: coincide com
centro de gravidade

5
Eixo de simetria

Momento de inércia de área / momento estático 2ª ordem

Unidade: comprimento
Grandeza sempre positiva

Produto de inércia

Unidade: comprimento
Pode ser negativo

5
Teorema dos eixos paralelos / Teorema de steiner

Momento de inércia de área / momento estático 2ª ordem

Unidade: comprimento
Grandeza sempre positiva

Raio de giração

Unidade: comprimento
Pode ser negativo

5
Momentos de inércia em relação a eixos inclinados

Momentos principais de inércia

Flambagem

Áreas compostas

Unidade: comprimento
Pode ser negativo

5
Áreas compostas

Seções circulares cheias ou vazadas

Flambagem

Seções constituídas por retângulos alongados

XXX

5
Módulo elástico W

5
Módulo plástico Z

5
Seção retangular

Seção retangular

Empenamento

Hipótese de Bernoulli: seções planas permanecem planas


Seções empenam: deixam de ser planas

Não acontece em seções circulares:

5
Área setorial / função de empenamento

Momento estático setorial

Produtos de inércia setoriais

Momento de inércia setorial / constante de empenamento

5
Centro de corte

Momento de inércia à torção / Constante de Saint-Venant

5
Exemplos e Exercício

5
SISTEMAS DE
PISO

3
ESTRUTURAS DE PISO
Vigas secundárias são os apoios principais da laje.

Lajes
Vigas
Principais
Secundárias
Funções
Levar as cargas verticais e horizontais até os pilares
Economia
Menor percurso da carga até o pilar

LAJES
Grade: vãos entre 30 cm e 200 cm
Chapa estampada / xadrez
Concreto armado
Moldada no local
Pré-moldada
Steel deck
Vãos entre 200 a 300 cm
Placas cimentícia / painel wall

5
VIGAS

Normalmente as vigas secundárias são pouco


espaçadas:
Lajes trabalham armadas na direção do menor
vão
Apenas as vigas secundárias recebem as cargas
das lajes
Estimativa da altura
Principais: 6% a 8% do vão
Secundárias: 4% a 6%

As vigas em azul Se a laje ou a grade


vão receber uma demandar que as
parcela pequena da vigas secundárias
carga, mas a favor sejam pouco
da segurança se espaçadas (50cm por Menos
considera a ex), pode-se adotar utilizado,
transmissão da uma divisão adicional dispor as
carga da laje das vigas. 2 Vigas vigas em
apenas na direção principais (Azul e modo
indicada pela seta. amarelo) alternado.
Nota-se que a Diminui a
direção é do menor solicitação
vão da laje. A laje das vigas,
trabalha ao longo
do seu menor vão.

5
Sistemas de piso de laje
steel deck, com vigas
mistas. Vigas secundárias O metal deck tem nervuras, são colocadas
sãos as de menor altura e perpendiculares as vigas secundárias. Isso
perpendicular a ela, acontece porque devido a existência
temos as vigas principais dessas nervuras a rigidez da lage steel
e a principal se conecta deck é bem maior na direção das nervuras,
nos pilares. A vinculação do que na transversal. Como consequência,
entre as vigas, é feita o comportamento deste elemento é
com dupla cantoneira. Se praticamente um comportamento de uma
tratam de ligações viga se apoiando apenas nas vigas
flexíveis (articulada). Não secundárias perpendiculares as suas
existindo transmissão de nervuras.
momento entre viga e
viga e viga e pilar.

Ordem usual de lançamento

5
EXEMPLO
Mezanino

Planta simples e básica. Sempre se começa pelo


simples, depois elabora algo mais sofisticado.
Posiciona-se um pilar no meio e nas extremidades. Em
geral, nas extremidades sempre se colocam pilares.
Em seguida, vamos posicionar as vigas, para isso,
vamos escolher qual laje vai ser empregada pois é a
laje que vai determinar a distância entre vigas
secundárias.
Vigas secundárias na vertical com distância entre
1,25m. Este 1,25m se refere as placas cimentícias que
indica que a máxima distância de apoios é de 1,25..

Uma vez posicionada todas as vigas secundárias,


em vermelho, são adicionadas as vigas principais
que são as vigas em azul. E com isso se conclui o
lançamento da estrutura do mezanino.
Quantos mais elementos iguais, melhor.

5
EXEMPLO
Mezanino

Existem outras alternativas para esse lançamento.


Por exemplo, podemos posicionar as vigas
secundárias na outra dimensão, com espaçamento de
vigas secundárias de 1,20m. A priori ainda não
sabe-se qual o lançamento seria mais econômicos.
Depois de dimensionamento das vigas, conseguimos
ter uma ideia de qual das duas disposições é mais
econômicas.
Nesta disposição atual, o vão das vigas secundárias
é maior, como consequência, elas terão maiores
dimensões do que no caso interior.

A outra ideia seria dividir as vigas secundárias ao


meio. Ao invés de ter vigas de 7,5m, teríamos uma
viga de 7,5m/2 = 3,75m, o momento para uma carga
uniformemente distribuída varia com o vão ao
quadrado. Diminuindo o vão pela metade, nós estamos
diminuindo o momento fletor em 4x.

5
MOMENTO
FLETOR

3
MOMENTO FLETOR
Filosofia de projeto:

Momento fletor solicitante de Momento fletor resistente de

cálculo cálculo

Combinação de ações Deduzida racionalmente

Análise estrutural Foco desta aula

Resistência

Na região de maior momento fletor vai


Plastificação acontecer um escoamento nas fibras
Flambagem local mais externas e quando toda a seção
Mesa: FLM e Alma: FLA. escoou, significa que “plastificou”
Flambagem lateral com torção: FLT

Perda de estabilidade da
chapa comprimida

5
MOMENTO FLETOR
Plastificação

Tensões são proporcionais


pelas deformações. σ = Eε

Toda a seção escoou com o


aumento progressivo do
momento fletor. Mp = fy
(tensão de escoamento) x Z
(módulo plástico).
Fibras mais externas escoam
correspondem ao momento de
escoamento: My = fyW

Quando a plastificação acontece, no elemento se forma uma rótula plástica,


lá da análise estrutural, sabemos que a rótula é simbolizada por um circulo.
Esta plastificação não necessariamente indica que o elemento irá cair,
porque os esforços podem sem distribuir na estrutura. Após a formação da
rótula plástica, a viga vai suportar mais carga e a análise limite é a área
que nos permite determinar de forma precisa qual será a máxima carga
desse elemento, considerando a formação da rótula plástica. Os projetos
são considerados dimensionamentos elásticos.

5
MOMENTO FLETOR
Módulo elástico W

Borda comprimida

Borda tracionada

5
MOMENTO FLETOR
Módulo elástico Z

5
MOMENTO FLETOR
Exemplo

Flambagem local

5
MOMENTO FLETOR
Flambagem local
Base Conceitual

5
MOMENTO FLETOR
Flambagem lateral com torção
Base Conceitual

5
MOMENTO FLETOR
Exemplos de contenção lateral
Discretas:

Contínuas: não há flambagem lateral:

Simbologia (ABNT, 2008)

5
MOMENTO FLETOR

5
MOMENTO FLETOR

5
MOMENTO FLETOR

Para perfis C, existirá


FLM ou FLA, se a alma
estiver comprimida, será
FLA. Se a mesa estiver
comprimida, FLM.

Para perfis I, apenas


FLM, pois sempre será
na mesa que estará
comprimindo, como
mostra nessa situação.

5
MOMENTO FLETOR

Seguem a mesma lógica


do FLM e FLA.
se a esbeltez for menor que a
esbeltez do lambida p, não há
flambagem

= ZFy (módulo plástico x tensão de


escoameto) /1,10 (coeficiente de
escoamento)

5
MOMENTO FLETOR

Flambagem local da mesa e da alma

Seguem a mesma lógica


do FLM e FLA.

Vigas de alma esbelta


Vigas de alma esbelta são aquelas com seção I ou H soldada com
dois eixos de simetria ou um eixo de simetria no plano médio da alma,
carregadas nesse plano, com o parâmetro de esbeltez da alma λ=h/tw, onde
h é a distância entre as faces internas das mesas e tw a pessura da alma,
superior a 5,70

Requisitos (ABNT, 2008)

5
MOMENTO FLETOR

Escoamento da mesa tracionada

5
MOMENTO FLETOR

Tubos circulares

5
APLICAÇÃO: PERFIL W

Determine a resistência ao momento fletor


Sem enrijecedores e contenção lateral contínua
Aço ASTM A572 Grau 50: fy (resistência de escoamento) = 345 MPa = 34,5
KN/cm²
Perfil W 200 x 15,0
Contenção
lateral
contínua

O projeto estrutural envolve a comparação da solicitação com a


resistência. O processo detalhado de levantamento das cargas, veremos
nas seções de vigas. Considerando uma viga biapoiada:

Solicitação: Msd = fd x l² = 10 x 5² = 31,25KNm


8 8
Resistência:
Planificação: Mp = fy x Z (módulo plástico, planilha da GUERDAU) = 34,5 x
147,9 = 5103KNcm (momento plástico)
Flambagem lateral com torção (FLT) : não aplicado pois a viga está
contida na lateral

5
APLICAÇÃO: PERFIL W

Flambagem local da mesa (FLM)

A largura a ser considerada, é metade da largura da mesa e a espessura, é


a espessura da mesa.

FLM: λ = bf/2 = 100/2 = 9,62 Índice de


esbeltez da
tf 5,2 mesa
Na sequência do cálculo, vamos calcular o índice de esbeltez lambda P, que
faz a divisão entre o regime plástico e o regime inelástico

FLM: λp = 0,38 x E = E é o modo de elasticidade do aço = E = 200GPa


fy

FLM: λp = 0,38 x 20000 = 9,15


34,5

Na sequência nós devemos ver se o Caso o índice de esbeltez fosse


perfil é laminado ou soldado. A menor que lambida P, não
seção W, são seções laminadas. aconteceria flambagem da mesa e a
30% da resistência de escoamento. resistência vai ser dada pela
própria plastificação do perfil.
σr = 0,3 x fy = 0,3 x 34,5 = 10,35 KN

5
APLICAÇÃO: PERFIL W

Uma vez calculada as tensões residuais podemos calcular o índice de


esbelteza lambda R

FLM: λr = 0,83 x E = 0,83 x 20000 = 23,89


(fy - σr) (34,5 - 10,35)

Indicando que vai acontecer uma


9,62 flambagem no regime inelástico, e a
seção, é uma seção semi-compacta.

λp = 9,15 < λ = 9,62 < λr = 23,89 ------------- Semi-compacta

9,15 23,89

5
APLICAÇÃO: PERFIL W
Flexão no eixo X nas seções I, que é o eixo de maior inércia

Uma vez calculada as tensões residuais podemos calcular o índice de


esbelteza lambda R

FLM: Mr = (fy - σr)Wx = (34,5 - 10,35) x 130,5 = 3152 KNcm

FLM: Mrd = 1 [Mp - Mp - Mr (λ - λp)] = 1 [5103 - 5103 - 3152 (9,62 - 9,15)


γa1 (λr - λp) 23,89 - 9,15
Mrd = 4583 KNcm = 45,8KNm

Seguindo o cálculo, precisamos verificar a flambagem local da alma. FLA

5
APLICAÇÃO: PERFIL W
Flexão no eixo X nas seções I, que é o eixo de maior inércia

Uma vez calculada as tensões residuais podemos calcular o índice de


esbelteza lambda R

FLA: λ = h = 170 = 39,53


tw 4,3
FLA: λp = 3,76 x E = 3,76 x 20000 = 90,53
fy 34,5

FLA: λr = 5,70 x E = 5,70 x 20000 = 137,24


fy 34,5

FLA: Mr = Mp = 5103 = 4639 KNcm = 46,4KNm


γa1 1,10

39,53

90,53 137,24

Resumo:
Mrd menor de todos é Mrd = 45,8 KNm
Plastificação
sendo o estado limite mais crítico a
FLT
flambagem local da mesa (FLM)
FLM

Como o Msd = 31,25KNm é inferior as Mrd = 45,8 KNm, o elemento possui


resistência adequada ao momento fletor.

5
APLICAÇÃO: PERFIL VS

Determine a resistência ao momento fletor (VIGA SOLDADA)


Sem enrijecedores
Contenção laterais na extremidades
Aço ASTM A36: fy (resistência de escoamento) = 250 MPa = 25,0 KN/cm²
Perfil VS 400 x 35,0
Contenção lateral

Msd
Contenção lateral

Resistência: Plastificação: Mp = fyZx = 25 x 692 = 17300KNcm


FLT: λ = Lb = 700 = 224,3
ry 3,12

Raio de giração em relação ao eixo y

Comprimento destravado (Considerando a viga com


contenções laterais apenas nas extremidades como
consequência, o vão destravado é o próprio vão da viga = 7m)

5
APLICAÇÃO: PERFIL VS

FLT: λp = 1,76 = 700 = 224,3


ry 3,12

FLT: λp = 1,76 x E = 3,76 x 20000 = 49,78


fy 25

FLT: σr = 0,3 x fy = 0,3 x 25 = 7,5 KNcm²


β1 = fy - σ1 x Wx = 25 - 7,5 x 617 = 0,0574 cm-¹
ExJ 20000 x 9,40

FLT: λp = 1,38 x IyJ x 1+ 1 + 27Cw x β1² =


ry x J x β1 Iy

FLT: λp = 1,38 x 4,35 x 9,40 x 1+ 1 + 27 x 165630 x 0,0574² = 137,7


3,12 x 9,40 x 0,0574 435

Esbeltez alta, resistência


baixa à flambagem
lateral com torção pois
ela acontece em regime
elástico

49,78 137,7 224,3

5
APLICAÇÃO: PERFIL VS

Como λ = 224,3 > λr = 137,7 -> Momento esbelto, devemos limitar o perfil ao
momento fletor de flambagem elástica.

Ma = Ma = Mc =

Mmáx = Mb =

5
APLICAÇÃO: PERFIL VS

Parâmetro Rm

Cb: = 12,5 x Mmáx x Rm = 12,5 x 122,5 x 1,0


2,5 Mmáx + 3Ma + 4Mb + 3Mc 2,5 x 122,5 + 3 x 91,875 + 4 x 122,5 + 3 x 91,875

Cb: = 1,136

Momento fletor
resistente, valendo o
menor valor entre o
momento de
plastificação e o
momento crítico de
flambagem elástica
dividido pelo coef. seg.

5608KNcm

5
APLICAÇÃO: PERFIL VS

Seguindo o roteiro de FLM soldado, pois ele tem algumas particularidades para
explicar melhor os métodos de cálculos.

FLM: λ = 140 / 2 = 7,37


9,5

FLM: λp = 0,38 x 20000 = 10,75


25

FLM: σr = 0,3 x fy = 0,3 x 25 = 7,5 KN/cm²

λp = 0,38 x 20000 = 10,75


25

Depende das mediçoes

5
VIGAS
METÁLICAS

3
VIGAS METÁLICAS
Introdução

Elementos horizontais unidimensionais


Solicitações predominantes
Momento fletor;
Esforço cortante;
Momento torçor, eventualmente;
Funções
Receber as cargas das lajes e transmiti-las aos pilares
Resistir, junto com os pilares, as ações horizontais.
Pré-dimensionamento
Estimativa da altura em função do vão
Principais: 6% a 8% do vão
Sacundárias: 4% a 6%.
Módulo elástico

Módulo plástico

Momento de inércia

Ações

5
VIGAS METÁLICAS

Ponte

Ações
Peso próprio
Catálogo dos fabricantes: Ex. W 150 x 13,0 (13,0kg/m)

Peso das ligações

Estimativa: 10% do peso próprio das vigas

Alvenaria

Carga distribuída = Altura x Peso específico da alvenaria por


área

Reações das lajes

Ação de outras vigas

No caso de apoio indireto, a viga principal recebe a carga


(reação de apoio) da viga apoiada.

5
VIGAS METÁLICAS

Cargas permanentes (NBR 6120:2019)

5
VIGAS METÁLICAS

Divisórias e caixilhos

Forros, dutos e sprinklers

Revestimento de piso

5
VIGAS METÁLICAS

Divisórias sem posição definida


Somar junto à sobrecarga acidental

Pode ser dispensada se carga variável for maior ou igual a


4,0kN/m²

5
VIGAS METÁLICAS

Cargas variáveis

5
VIGAS METÁLICAS

Reações das lajes


Por área de influência

Estado limite último


Combinações normais

5
VIGAS METÁLICAS

Estado limite último


Faz-se a combinação normal do estado limite último
Para lajes com apenas uma carga variável (m=1)

Coeficientes ponderadores das ações (ABNT, 2008)

5
VIGAS METÁLICAS

Coeficientes ponderadores das ações (ABNT, 2008)

Estado Limite Último


Plastificação
Flambagem lateral com torção
Flambagem lateral da alma
Flambagem local da mesa

Estado Limite Último


Plastificação
Flambagem da alma
Efeitos das cargas concentradas

Ligações

5
VIGAS METÁLICAS

Estado Limite Último: combinações de serviço (ABNT, 2008)

Quase permanentes
Atuam em grande parte da vida útil (~metade)
Flambagem lateral da alma

Frequentes
Muitas vezes durante a vida útil (~10^5 em 50 anos ou 5%)
Vibrações excessivas, empoçamentos em coberturas

Raras
No máximo algumas horas durante a vida útil
Danos permanentes à estrutura ou componentes sensíveis

5
VIGAS METÁLICAS

Deslocamentos limites (δlim)

Estado limite de serviço


Deslocamento: Calculado a partir da equação diferencial da
linha elástica

5
VIGAS METÁLICAS
MODELOS ESTRUTURAIS

Contraflecha (ABNT, 2008)

Ligações flexíveis
Simplesmente apoiadas
Podem ser analisadas individualmente

Ligações rígidas
Pórticos
Devem ser analisadas em conjuntos com os pilares

Grelha
Estrutura plana com cargas perpendiculares ao plano

Pórtico tridimensional

5
VIGAS METÁLICAS
MODELOS ESTRUTURAIS

5
VIGAS METÁLICAS
MODELOS ESTRUTURAIS

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