Estruturas Metálicas
Estruturas Metálicas
METÁLICAS
Diogo S. Gonçalves
Índice
Capítulo 1 06
Capítulo 2 12
Capítulo 3 34
Capítulo 4 43
Capítulo 5 80
Capítulo 6 92
2
FUNDAMENTOS
DO AÇO
3
Ponte Rio Severn
INGLATERRA (1779)
As primeiras estruturas
não utilizavam o aço e
sim o ferro fundido, que
é uma liga metálica que
A resistência à tração do ferro fundido
tem uma porcentagem corresponde a 30% de sua resistência à
de carbono maior que o compressão. A geometria em arco
4
Revolução Industrial
SÉCULO XIX
Utilização do ferro
em escala industrial
Inglaterra, França e
Alemanha.
5
Fábrica de Chocolates Menier
(1872)
Estrutura formando
esqueleto.
Contravetamentos
em diagonal.
5
Segunda metade do Século XIX
PRODUÇÃO DE AÇO EM LARGA ESCALA
Aumento da
produção de aço
devido aos novos
processos de
fabricação.
Inicialmente pelo
forno de Bessemer e
segundamente os
Irmãos Martin. E por
último os
laminadores.
Laminadores são empregados hoje para
elaboração de perfis laminados.
5
Torre Eiffel
PARIS (1889)
Torre icônica de
formato único.
Projeto elaborado
por Gustave Eiffel,
fazendo hipóteses
racionais sobre a
força do vento na
estrutura.
5
Ponte Firth of Forth
RIO ESCOCÊS FORTH (1890)
5
Empire State Building
NEW YORK (1931)
381m e 102 andares
Ligações Rígidas
410 dias para
construir
205kg de aço/m²
Estruturas metálicas
tem como
características uma
proteção ao fogo ruim.
A solução feita no
empire state, foi o
encamisamento da
Empregou o sistema estrutural de
estrutura metálica com
pórticos rígidos. Portanto a ligação entre
concreto. Este concreto viga com pilar, são ligações rígidas,
empregado não tem resistindo assim a transmissão de
função estrutural, pois ,momento entre viga e pilar. Garantindo
5
World Trade Center
NEW YORK (1972)
resistência.
5
Ponte de Paraíba do Sul
PARAÍBA DO SUL (1857)
Primeira ponte em
ferro fundido
Arcos em ferro
fundido
Tirantes em ferro
forjado
Cinco vãos de 30m
5
Edifício Avenida Central
RIO DE JANEIRO (1961)
5
Ponte Rio-Niterói
RIO DE JANEIRO (1974)
5
NORMAS
TÉCNICAS
AO LONGO DO CURSO AS
NORMAS MAIS UTILIZADAS
ESTÃO DESTACADAS EM NEGRITO:
5
O AÇO Aço-carbono: Teores normais
de elementos residuais.
Liga de ferro-carbono: (Também o mais utilizado)
1. Ferro: cerca de 98%
2. Carbono: entre 0,008% e 2,11
(Aumenta a resistência mas reduz
ductilidade
3. Silício, enxofre, fósforo, manganês e
outros.
Comparação relativa
entre aço e concreto e
moldado no local.
Vantagens Desvantagens
Material de alta resistência, Limitação de fabricação
homogêneo com devido ao transporte da
características mecânicas fábrica até a obra
bem definidas. Necessidade de tratamento
Estrutural leve e esbelta superficial (corrosão)
Fabricação com precisão Mão-de-obra e
milimétrica. equipamento especializados
Obras rápidas e limpas Necessidade de ligações e
Permite desmontagem proteção ao fogo.
Dispensa fôrmas.
Tensão de escoamento
pode chegar a 300MPa, já
no concreto chega a
25~30MPa.
5
DIAGRAMA TENSÃO X DEFORMAÇÃO
Ensaio de tração simples
TENSÃO
DEFORMAÇÃO
Área da seção
transversal: A
l
F A partir dessas
grandezas, nós
definimos a
tensão sigma
Ensaio de tração simples.
F l+Δl (σ) como sendo
Elemento cilíndrico em aço
a divisão da tracionado.
força (F) σ = F/A (Pa)
aplicada pela ε = Δl/l (Grandeza
admissional,, pode ser
área (A)
representada por
porcentagem).
5
DIAGRAMA TENSÃO X DEFORMAÇÃO
Ensaio de tração simples
TENSÃO
DEFORMAÇÃO
5
DIAGRAMA TENSÃO X DEFORMAÇÃO
Ensaio de cisalhamento simples
Tensão tangencial
F: Força
A0: Área
5
COEFICIENTE DE POISSON
Parâmetro do material aço
Quando a deformação
longitudinal é positiva a
transversal é negativa
Δl +
Δr
5
TABELA DE AÇOS ESTRUTURAIS
American Society for Testing and Materials
5
PROPRIEDADES DO AÇO
Características Físicas
Ductilidade / Fragilidade
5
PERFIS LAMINADOS PADRÃO EUA
TIPO W
TIPO S/I
TIPO S/I
5
PERFIS LAMINADOS PADRÃO EUA
TIPO C ou U
TIPO L
5
PERFIL SOLDADO
Associação de chapas
Tipo altura (mm) x massa (kg/m)
Dimensões são feitas pela norma
NBR 5884: perfil I estrutural de aço soldado
CS
Coluna soldada
VS
Viga soldada
CVS
PS
VSM
Vigas mistas
5
PERFIS TUBULARES
Fabricação
Extrusão (sem costura)
Calandragem (com constura)
NBR 16239: projeto
5
PERFIS CONFORMADOS A FRIO
CHAPA DOBRADA
Prensa dobradeira
Grande liberdade de dimensões e formas
Perfiladeiras
Grande produtividade
Chapas de pequena espessura
De 0,4 mm até 8 mm
Flambagem local
Enrijecimento por meio de dobras
Produção Simples
NBR 14762: dimensionamento
NBR 6355: Perfis
Perfil Z Perfil C
Soldar costa a
Enrijecido
costa o perfil C
Cartola
Perfil C
Enrijecido
5
BARRAS
Laminadas, trefiladas (redonda, quadrada,
sextavada ou chata)
Podem ser usadas para uma cerca metálica, pode ser usadas
também para contraventamentos em X dos edifícios.
CHAPAS
Finas a quente: espessura de 1,2 a 5,0mm
Chapa dobrada construção leve, terças e vigas de tapamento.
TRILHOS
FIOS, CABOS E CORDOALHAS
Trefilação
5
3
METODOLOGIA
DE PROJETO:
ESTADOS
LIMITES
3
MÉTODOS DAS TENSÕES ADMISSÍVEIS
ALLOWABLE STRESS DESIGN (ASD)
Coeficiente de segurança
(único / global)
5
MÉTODOS DOS ESTADOS LIMITES
LOAD AND RESISTANCE FACTOR DESIGN (LRFD)
5
ESTADO LIMITE DE SERVIÇO
(utilização)
Base conceitual:
resistência: solicitação
“de projeto” “de projeto”
“de cálculo” design (de “de cálculo”
projeto/cálculo)
5
Valor característico:
Solicitação
média
Solicitação Resistência
característica Resistência média
característica
5
Resistência do projeto:
Coeficiente
Resistência Resistência
ponderador da
“de projeto” característica
resistência (incerteza
“de cálculo” “nominal”
sob a resistência)
Base conceitual
5
Coeficiente ponderador da resistência (ABNT,2008)
Reistências de cálculo
5
Solicitações de projeto
Ações características
TIPOS DE AÇÕES
Permanentes (G)
5
Variáveis (Q)
Excepcionais (E)
5
Coeficientes ponderadores das ações (ABNT, 2008)
5
peso próprio não deve ser
multiplicado por
coeficiente maior do que 1
Combinações de ações
5
Coeficientes ponderadores das ações (ABNT, 2008)
Combinações de ações
5
Combinações normais
coeficiente
redução
resistência: solicitação
Quase permanentes
Atuam em grande parte da vida útil (~metade)
Danos em componentes devidos ao
deslocamento excessivo
Frequentes
Muitas vezes durante a vida útil (~10^5 em 50
anos ou 5%)
Vibrações excessivas, empossamentos em
coberturas
5
Combinações de serviço (ABNT, 2008)
Raras
No máximo algumas horas durante a vida útil.
Danos permanentes à estrutura ou componentes
sensíveis
5
Algumas ações para coberturas
5
EXERCÍCIO
Calcule os carregamentos de projeto
Permanentes
peso próprio da estrutura: 10kgf/m² (estimado)
peso próprio dos elementos construtivos:
12kgf/m² (telhas e elementos de fixação
estimativa)
Variáveis
Sobrecarga: 0,25 kN/m² (acumulo de folhas)
Vento Longitudinal: 628 kgf/m² (NBR 6123)
sobre pressão (carga para baixo)
Vento Transversal: 100 kgf/m² (sucção)
5
EXERCÍCIO
Permanentes
(10 + 12) x 6 = 132Kgf/m = 1,32KN/m ( )
Sobrecarga (uso e ocupação)
0,25 x 6 = 1,5KN/m ( )
Vento Transversal
628 x 6 = 3768 N/m = 3,77KN/m ( )
Vento Longitudinal
100 x 6 = 600N/m = 0,6K/m ( )
Carga de cálculo ( )
coeficiente
redução
5
EXERCÍCIO
Carga de cálculo ( )
Coeficiente de Coeficiente de
segurança segurança da
ação variável
Cargas
Ação variável Ação variável
permanentes
principal com com seu valor
seu valor característico
característico
Carga de cálculo ( )
Fd = γgGk + γq1Q1 + γq2Qk2ψ0
5
EXERCÍCIO
Carga de cálculo ( )
Carga de cálculo ( ) +
Fd = γgGk + γq1Q1
Fd = 1,0 x (-1,32) + 1,40 x 3,77 = 3,96KN/m
5
EXERCÍCIO
5
SISTEMAS
ESTRUTURAIS
3
MODELO ESTRUTURAL DE UM PÓRTICO
5
LIGAÇÕES COLUNA-FUNDAÇÃO
Momento é
materializado
como Binário
nos
chumbadores.
5
LIGAÇÕES VIGA-COLUNA
Flexíveis: Quando os parafusos são conectados na alma
da viga
Ligação com
dupla cantoneira:
Bastante
empregada.
Consiste em
colocar duas
Este tipo de ligação dispensa solda, é
cantoneiras
feito um recorte na viga para
ligadas por
garantir o encaixe nos perfis
parafusos entre
os perfis.
5
LIGAÇÕES VIGA-COLUNA
Rígidas: quando tem uma placa soldada de topo com
parafusos nas extremidades
5
Tipos de ligações quanto à rigidez
Baixo custo
Facilidade de fabricação e montagem
Contraventamentos
Diagonal de contraventamento
5
Cobertura
5
Edifícios
5
Pavilhão em arco treliçado
Passarela
5
PROPRIEDADES
GEOMÉTRICAS
3
Área
Aplicações
Posição da linha neutra elástica
Eixo de flexão
Momento de inércia
Para massa específica uniforme: coincide com
centro de gravidade
5
Eixo de simetria
Unidade: comprimento
Grandeza sempre positiva
Produto de inércia
Unidade: comprimento
Pode ser negativo
5
Teorema dos eixos paralelos / Teorema de steiner
Unidade: comprimento
Grandeza sempre positiva
Raio de giração
Unidade: comprimento
Pode ser negativo
5
Momentos de inércia em relação a eixos inclinados
Flambagem
Áreas compostas
Unidade: comprimento
Pode ser negativo
5
Áreas compostas
Flambagem
XXX
5
Módulo elástico W
5
Módulo plástico Z
5
Seção retangular
Seção retangular
Empenamento
5
Área setorial / função de empenamento
5
Centro de corte
5
Exemplos e Exercício
5
SISTEMAS DE
PISO
3
ESTRUTURAS DE PISO
Vigas secundárias são os apoios principais da laje.
Lajes
Vigas
Principais
Secundárias
Funções
Levar as cargas verticais e horizontais até os pilares
Economia
Menor percurso da carga até o pilar
LAJES
Grade: vãos entre 30 cm e 200 cm
Chapa estampada / xadrez
Concreto armado
Moldada no local
Pré-moldada
Steel deck
Vãos entre 200 a 300 cm
Placas cimentícia / painel wall
5
VIGAS
5
Sistemas de piso de laje
steel deck, com vigas
mistas. Vigas secundárias O metal deck tem nervuras, são colocadas
sãos as de menor altura e perpendiculares as vigas secundárias. Isso
perpendicular a ela, acontece porque devido a existência
temos as vigas principais dessas nervuras a rigidez da lage steel
e a principal se conecta deck é bem maior na direção das nervuras,
nos pilares. A vinculação do que na transversal. Como consequência,
entre as vigas, é feita o comportamento deste elemento é
com dupla cantoneira. Se praticamente um comportamento de uma
tratam de ligações viga se apoiando apenas nas vigas
flexíveis (articulada). Não secundárias perpendiculares as suas
existindo transmissão de nervuras.
momento entre viga e
viga e viga e pilar.
5
EXEMPLO
Mezanino
5
EXEMPLO
Mezanino
5
MOMENTO
FLETOR
3
MOMENTO FLETOR
Filosofia de projeto:
cálculo cálculo
Resistência
Perda de estabilidade da
chapa comprimida
5
MOMENTO FLETOR
Plastificação
5
MOMENTO FLETOR
Módulo elástico W
Borda comprimida
Borda tracionada
5
MOMENTO FLETOR
Módulo elástico Z
5
MOMENTO FLETOR
Exemplo
Flambagem local
5
MOMENTO FLETOR
Flambagem local
Base Conceitual
5
MOMENTO FLETOR
Flambagem lateral com torção
Base Conceitual
5
MOMENTO FLETOR
Exemplos de contenção lateral
Discretas:
5
MOMENTO FLETOR
5
MOMENTO FLETOR
5
MOMENTO FLETOR
5
MOMENTO FLETOR
5
MOMENTO FLETOR
5
MOMENTO FLETOR
5
MOMENTO FLETOR
Tubos circulares
5
APLICAÇÃO: PERFIL W
5
APLICAÇÃO: PERFIL W
5
APLICAÇÃO: PERFIL W
9,15 23,89
5
APLICAÇÃO: PERFIL W
Flexão no eixo X nas seções I, que é o eixo de maior inércia
5
APLICAÇÃO: PERFIL W
Flexão no eixo X nas seções I, que é o eixo de maior inércia
39,53
90,53 137,24
Resumo:
Mrd menor de todos é Mrd = 45,8 KNm
Plastificação
sendo o estado limite mais crítico a
FLT
flambagem local da mesa (FLM)
FLM
5
APLICAÇÃO: PERFIL VS
Msd
Contenção lateral
5
APLICAÇÃO: PERFIL VS
5
APLICAÇÃO: PERFIL VS
Como λ = 224,3 > λr = 137,7 -> Momento esbelto, devemos limitar o perfil ao
momento fletor de flambagem elástica.
Ma = Ma = Mc =
Mmáx = Mb =
5
APLICAÇÃO: PERFIL VS
Parâmetro Rm
Cb: = 1,136
Momento fletor
resistente, valendo o
menor valor entre o
momento de
plastificação e o
momento crítico de
flambagem elástica
dividido pelo coef. seg.
5608KNcm
5
APLICAÇÃO: PERFIL VS
Seguindo o roteiro de FLM soldado, pois ele tem algumas particularidades para
explicar melhor os métodos de cálculos.
5
VIGAS
METÁLICAS
3
VIGAS METÁLICAS
Introdução
Módulo plástico
Momento de inércia
Ações
5
VIGAS METÁLICAS
Ponte
Ações
Peso próprio
Catálogo dos fabricantes: Ex. W 150 x 13,0 (13,0kg/m)
Alvenaria
5
VIGAS METÁLICAS
5
VIGAS METÁLICAS
Divisórias e caixilhos
Revestimento de piso
5
VIGAS METÁLICAS
5
VIGAS METÁLICAS
Cargas variáveis
5
VIGAS METÁLICAS
5
VIGAS METÁLICAS
5
VIGAS METÁLICAS
Ligações
5
VIGAS METÁLICAS
Quase permanentes
Atuam em grande parte da vida útil (~metade)
Flambagem lateral da alma
Frequentes
Muitas vezes durante a vida útil (~10^5 em 50 anos ou 5%)
Vibrações excessivas, empoçamentos em coberturas
Raras
No máximo algumas horas durante a vida útil
Danos permanentes à estrutura ou componentes sensíveis
5
VIGAS METÁLICAS
5
VIGAS METÁLICAS
MODELOS ESTRUTURAIS
Ligações flexíveis
Simplesmente apoiadas
Podem ser analisadas individualmente
Ligações rígidas
Pórticos
Devem ser analisadas em conjuntos com os pilares
Grelha
Estrutura plana com cargas perpendiculares ao plano
Pórtico tridimensional
5
VIGAS METÁLICAS
MODELOS ESTRUTURAIS
5
VIGAS METÁLICAS
MODELOS ESTRUTURAIS