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Estruturas de Aço e Madeira - 01

O documento aborda a disciplina de estruturas de aço e madeira, incluindo a introdução, propriedades, dimensionamento e classificação dos materiais. Destaca a evolução histórica do uso do aço na construção civil e os processos de produção e propriedades do aço. Além disso, apresenta a bibliografia recomendada para aprofundamento no tema.
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Estruturas de Aço e Madeira - 01

O documento aborda a disciplina de estruturas de aço e madeira, incluindo a introdução, propriedades, dimensionamento e classificação dos materiais. Destaca a evolução histórica do uso do aço na construção civil e os processos de produção e propriedades do aço. Além disso, apresenta a bibliografia recomendada para aprofundamento no tema.
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ESTRUTURAS DE

AÇO E MADEIRA

Prof. Me. Angélica Vinci do Nascimento Gimenes Rios


APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
EMENTA:

• INTRODUÇÃO ÀS ESTRUTURAS METÁLICAS:


1.1 Histórico das estruturas metálicas
1.2 Produção do aço e suas propriedades
• AÇÕES EM ESTRUTURAS:
2.1 Classificação das ações
2.2 Filosofias de projeto estrutural
2.2 Combinação de ações
2.3 Forças devidas ao vento em edificações
• DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS METÁLICAS:
3.1 Barras tracionadas
3.2 Barras comprimidas
3.3 Barras fletidas
3.4 Cisalhamento
3.5 Ligações
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
EMENTA:

• MADEIRA E SUAS PROPRIEDADES:


5.1 Histórico das estruturas de madeira
5.2 Fisiologia da madeira: estrutura microscópica e macroscópica
5.3 Defeitos em peças de madeira
5.4 Propriedades físicas da madeira: umidade e Densidade
5.5 Variação dimensional e demais propriedades
• PROPRIEDADES MECÂNICAS DA MADEIRA:
6.1 Classes de resistência
6.2 Valores representativos: valores médios, valores característicos e valores de cálculo
6.3 Estimativa dos parâmetros de rigidez
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
EMENTA:

• DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS EM MADEIRA:


7.1 Tração simples
7.2 Compressão axial
7.3 Flexão simples reta e oblíqua
7.4 Flexo-compressão
7.5 Estados limites de utilização
• DIMENSIONAMENTO DE LIGAÇÕES DE MADEIRA
8.1 Classificação das ligações
8.2 Ligações com pinos metálicos: pregos e parafusos
8.3 Espaçamentos mínimos entre os elementos de ligação
8.4 Ligações com entalhes
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
BIBLIOGRAFIA:

1. PFEIL, W.; PFEIL, M. Estruturas de aço. Dimensionamento Prático de Acordo com a


NBR 8800:2008. 8. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2009.
2. PFEIL, W.; PFEIL, M. Estruturas de madeira. 6. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e
Científicos, 2014.
3. DIAS, L.A.M. Aço e arquitetura: Estruturas de aço, conceito, técnicas e Linguagem.
São Paulo: Zigurate, 2004
INTRODUÇÃO - AÇO
O aço é um produto resultado da
ligação entre ferro e carbono,
podendo ou não ter outros
compostos, sendo um material
muito utilizado dentro da
construção civil. Observa-se ainda
que esse elemento, é um material
que tem a capacidade de vencer
grandes vãos, tendo peças de
menor dimensão e peso
INTRODUÇÃO - AÇO
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
• HÁ CONTROVÉRSIAS QUANTO AO INÍCIO DO USO DE METAIS NA
CONSTRUÇÃO CIVIL. APROXIMADAMENTE, A 8000 ANOS SE DEU INÍCIO DO
USO DO FERRO, EM CIVILIZAÇÕES TAIS COMO AS DO EGITO, DA BABILÔNIA
E DA ÍNDIA. PORÉM PARA AQUELAS CIVILIZAÇÕES, O USO DO FERRO TEVE
MAIORES IMPACTOS APENAS COMO ADORNOS EM CONSTRUÇÕES E FINS
MILITARES

• EM ESCALA INDUSTRIAL O USO DO FERRO TEVE UMA MAIOR INTENSIDADE


POR VOLTA DO SÉCULO XIX, NA INGLATERRA, FRANÇA E ALEMANHA,
DECORRENTE DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL.
INTRODUÇÃO - AÇO
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
• EM 1779 SE TEM A PRIMEIRA PONTE DE FERRO REALIZADA COM
SUCESSO, LOCALIZADA SOBRE O RIO SEVERN, EM COALBROKDALE, NA
INGLATERRA
INTRODUÇÃO - AÇO
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
• EM LONDRES FOI
CONSTRUÍDA UMA
OBRA, QUE FICOU
MARCADA, CONHECIDA
COMO PALÁCIO DE
CRISTAL (Crystal Palace),
EXECUTADA EM 1851,
COM UM SISTEMA DE
FABRICAÇÃO E
MONTAGEM QUE SE
ASSEMELHA MUITO AO
USADO ATUALMENTE NA
CONSTRUÇÃO
METÁLICA
INTRODUÇÃO - AÇO
EVOLUÇÃO HISTÓRICA

• OUTRA CONSTRUÇÃO EM
FERRO, AÇO E VIDRO É A
GALERIA DAS MÁQUINAS, OU
La Galerie Des Machines, SENDO
O PRÉDIO UM PAVILHÃO
CONSTRUÍDO PARA A
EXPOSIÇÃO UNIVERSAL DE
1889 EM PARIS, FRANÇA
INTRODUÇÃO - AÇO
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
• NA MESMA ÉPOCA SE TEVE A CONSTRUÇÃO DA TORRE EIFFEL (Tour Eiffel),
UMA TORRE DE TRELIÇA DE FERRO FORJADO NO CHAMP DE MARS, EM
PARIS, FRANÇA. SEU NOME É EM HOMENAGEM AO ENGENHEIRO GUSTAVE
EIFFEL, CUJA EMPRESA PROJETOU E CONSTRUIU A TORRE.

• FOI EDIFICADA NUM TEMPO RECORDE DE 2 ANOS, 2 MESES E 5 DIAS, EM


QUE NÃO HOUVE NENHUM ACIDENTE MORTAL DURANTE AS HORAS DE
TRABALHO, O QUE TESTEMUNHA A ORGANIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO E A
ALTA QUALIFICAÇÃO DA MÃO-DE-OBRA, PERMITINDO SER INAUGURADA A
31 DE MARÇO DE 1889 E ABRIR AS SUAS PORTAS A 6 DE MAIO DO MESMO
ANO, A TEMPO DA EXPOSIÇÃO UNIVERSAL.
INTRODUÇÃO - AÇO
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
INTRODUÇÃO - AÇO
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
• À MEDIDA QUE OS PROCESSOS DE PRODUÇÃO DO AÇO UTILIZADO NA CONSTRUÇÃO
FORAM MELHORADOS, O NÚMERO DE EDIFÍCIOS EM AÇO AUMENTOU,
ESPECIALMENTE NOS ESTADOS UNIDOS, ONDE FORAM CONSTRUÍDOS EDIFÍCIOS
MAIS ALTOS, COMO O Chrysler OU O Empire State Building, EM NOVA YORK.

• O Chrysler, INAUGURADO EM 1930, FOI O EDIFÍCIO MAIS ALTO DOS EUA E DO MUNDO
(SUPERANDO A Torre Eiffel COMO A MAIOR ESTRUTURA JÁ CONSTRUÍDA, NA ÉPOCA),
QUANDO FOI INAUGURADO, PORÉM, PERDEU ESTE TÍTULO APENAS UM ANO DEPOIS,
PARA O Empire State Building, TAMBÉM EM NOVA YORK.
Chrysler
Empire State Building
INTRODUÇÃO - AÇO
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
• O INÍCIO DA SUA
UTILIZAÇÃO NO BRASIL
SE DEU NA METADE DO
SÉCULO XIX. UMA DAS
PRIMEIRAS PONTE
METÁLICA DO PAÍS FOI
CONSTRUÍDA EM 1885 -
PONTE IMPERIAL DON
PEDRO II - CRUZANDO O
RIO PARAGUAÇU NA
BAHIA
INTRODUÇÃO - AÇO
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
• 1913-14-VIADUTO
SANTA EFIGÊNIA - (Vale
do Anhangabaú – São
Paulo)
INTRODUÇÃO - AÇO
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
• AS CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DAS ESTRUTURAS METÁLICAS
MODERNAS SÃO A SIMPLIFICAÇÃO ESTRUTURAL E A ESBELTEZA. DESDE
AS SUAS PRIMEIRAS APLICAÇÕES EM PONTES E POSTERIORMENTE EM
ARRANHA-CÉUS, O AÇO TEM VINDO A GANHAR UTILIZAÇÃO,
ESPECIALMENTE EM EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS E DE ESCRITÓRIOS, EMBORA
O DESENVOLVIMENTO DA TECNOLOGIA DE CONCRETO ARMADO O TENHA
LIMITADO
PROCESSO DE PRODUÇÃO
AÇO → É COMPOSTO DE UMA LIGA DE FERRO-CARBONO.

• MATÉRIAS PRIMAS:CARVÃO MINERAL E MINÉRIO DE FERRO(HEMATITA E LIMONITA)

• TEOR DE CARBONO: 0,008 ATÉ 2,11%.

• CARBONO: AUMENTA A RESISTÊNCIA DO AÇO, MAS O TORNA MAIS FRÁGIL.

• EXEMPLO: AÇO COM MENOR TEOR DE CARBONO → MENOR RESISTÊNCIA À TRAÇÃO,


PORÉM MAIS DUCTÉIS.
PROCESSO DE PRODUÇÃO
PROCESSO DE PRODUÇÃO
PROCESSO DE PRODUÇÃO
PROCESSO DE PRODUÇÃO
PROCESSO DE PRODUÇÃO
PROCESSO DE PRODUÇÃO
PROCESSO DE PRODUÇÃO
3. Tratamento de aço na panela:

• Aço líquido absorve gases da atmosfera e oxigênio


da escória, que são expelidos lentamente com o
resfriamento da massa líquida → formação de
grandes vazios no aço → Desgaseificação.
• Adição de alumínio e silício na panela para absorção
dos gases.
• Óxidos insolúveis são removidos → refinamento.
PROCESSO DE PRODUÇÃO
PROCESSO DE PRODUÇÃO
5. Laminação:
• Processo que transforma o aço nos principais
produtos siderúrgicos utilizados pela indústria
(chapas e perfis laminados).
• Placas → aquecidos ao rubro → colocados em
laminadores desbastadores (dois rolos giratórios
comprimem a placa) → reduzindo sua seção e
aumentando seu comprimento.
• Laminadores propriamente dito: produtos utilizados
na indústria.
PROCESSO DE PRODUÇÃO

6. Tratamento térmico:

• Recursos auxiliares para melhorar as propriedades do aço.


• Normalização, recozimento: reduzir tensões internas provocadas por laminação.
• Têmpera e revenido: modificar estrutura cristalina, com alteração da resistência e de
outras propriedades.
PROCESSO DE PRODUÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
De acordo com:
• presença de elementos de liga;
• teor de elementos residuais na composição química.

Aços-carbono: teores normais de elementos residuais.

Aços-liga: são aços-carbono acrescidos de elementos de


liga ou apresentando altos teores de elementos residuais.
CLASSIFICAÇÃO
Aços-carbono:
• Mais usados.
• Aumento da resistência em relação ao ferro puro é causado pela presença
do carbono e do manganês.
• Composição: Carbono: 2,0%; Manganês: 1,65%; Silício: 0,60%; Cobre:
0,35%
Aumento do teor de Carbono: Aumenta resistência do aço e diminui
ductibilidade (capacidade de se deformar) → desvantagem: problemas de
soldagem.
CLASSIFICAÇÃO
Aço de Baixa Liga:

• Aço-carbono + elementos de liga (cromo colúmbio, cobre, manganês, níquel,


fósforo, molibdênio, etc) → melhoram algumas propriedades mecânicas.

• Elementos de liga: aumenta resistência do aço através da modificação da


microestrutura para grãos finos.
CLASSIFICAÇÃO
Aços com tratamento térmico:
• Aços-carbono e aços de baixa liga → tratamento térmico → aumento
resistência.
• Desvantagem: soldagem desse tipo de aço é mais difícil → emprego pouco
usual
• Ex: parafusos de alta resistência como conectores e barras para protensão
(aços de baixa liga com tratamento térmico).
CLASSIFICAÇÃO
Padronização ABNT
• MR250 → aço de média resistência (fy = 250 MPa; fu = 400 MPa);
• AR350 → aço de alta resistência (fy = 350 MPa; fu = 450 MPa);
• AR-COR415 → aço de alta resistência (fy = 415 MPa; fu = 520 MPa),
resistência à corrosão.
Nomenclatura SAE (Society of Automotive Engineers)
• Aço SAE 1020 (aço-carbono, com 0,20% de carbono);
• Aço SAE 2320 (aço-níquel, com 3,5% de níquel e 0,20% de carbono);
CLASSIFICAÇÃO
No diagrama, fu é a resistência de ruptura do aço à tração ou limite de
resistência à tração, fy a resistência ao escoamento do aço à tensão normal ou
limite de escoamento
ENSAIOS DE TRAÇÃO E CISALHAMENTO SIMPLES
“Definir deformação específica normal num membro, como a deformação
de um membro por unidade de comprimento”.

Plotando a tensão versus a deformação específica normal, enquanto cresce a


carga aplicada a um membro, obteremos uma “Diagrama tensão-deformação”
para o material em estudo.

Deste estudo do diagrama podemos determinar propriedades importantes como:


Módulo de Elasticidade (E), e se o material é dúctil ou frágil, também é capaz
de determinar se as deformações na amostra do material irão desaparecer depois
de o carregamento ter sido removido (comportamento elástico) ou se resultará
numa deformação plástico ou permanente.
ENSAIOS DE TRAÇÃO E CISALHAMENTO SIMPLES
ENSAIOS DE TRAÇÃO
ENSAIOS DE TRAÇÃO
ENSAIOS DE TRAÇÃO
ENSAIOS DE TRAÇÃO
ENSAIOS DE TRAÇÃO
ENSAIOS DE CISALHAMENTO SIMPLES
PROPRIEDADES DO AÇO

1. Constantes Físicas do Aço

• Módulo de deformação longitudinal ou módulo de elasticidade E = 200 GPa


• Coeficiente de Poisson  = 0,30
• Coeficiente de dilatação térmica  ou  = 12x10-6 /ºC
• Massa específica a = 7850 kg/m3
PROPRIEDADES DO AÇO

2. Ductilidade → capacidade de o material se deformar sobre a ação das


cargas;
3. Fragilidade → quando o material não apresenta deformação apenas ruptura ;
4. Resiliência e Tenacidade → propriedade relacionada com a capacidade do
metal de absorver energia mecânica.
5. Dureza → a resistência ao risco e abrasão;
PROPRIEDADES DO AÇO

6. Efeito de Temperatura Elevada → temperaturas elevadas modificam as


propriedades do aço, como: reduzem a resistência ao escoamento e ruptura,
e o módulo de elasticidade.
7. Fadiga → é a ruptura dos materiais é, em geral, medida em ensaios
estáticos;
PROPRIEDADES DO AÇO
8. Corrosão → é o processo de reação do aço com alguns elementos presentes
no ambiente em que se encontra exposto, sendo o produto desta reação
muito similar ao minério de ferro, podendo ocasionar a perda de seção das
peças de aço.
PRODUTOS SIDERÚRGICOS ESTRUTURAIS
As usinas produzem aços para utilização estrutural de sob diversas formas:
chapas, barras, perfis laminados, fios trefilados, cordoalhas e cabos.
Os três primeiros tipos são fabricados em laminadores que, em sucessivos
passes, dão ao aço pré-aquecido a seção desejada.
Os fios trefilados são obtidos puxando uma barra de aço sucessivamente através
de fieiras com diâmetros decrescente. A trelifição é feita a frio, utilizando-se
lubrificantes para evitar superaquecimento dos fios e das fieiras. As cordoalhas e
os cabos são formados por associação de fios.
PRODUTOS SIDERÚRGICOS ESTRUTURAIS
Produtos Laminados
1. Barras: são produtos laminados nos quais duas dimensões (de seção
transversal) são pequenas em relação à terceira (comprimento).

2. Chapas: são produtos laminados, nos quais uma dimensão (a espessura) é


muito menor que as outras duas (largura e comprimento).
1. Chapas grossas: de espessura superior a 5,0mm, lâmina a quente e
utilizado geralmente em estruturas metálicas;
PRODUTOS SIDERÚRGICOS ESTRUTURAIS
Produtos Laminados
2. Chapas:
2. Chapas finas: fabricadas a frio com espessuras de 0,3 a 2,65mm são
utilizados em acessórios de construção (calhas e rufos); fabricadas a
quente com espessuras de 1,2 a 5,0mm são utilizados em perfis de
chapas dobradas.
PRODUTOS SIDERÚRGICOS ESTRUTURAIS
Produtos Laminados
• Chapas com bordos naturais de laminação (sem cantos vivos) → chapas
universais;
• Chapas com bordos cortados na tesouras → chapas aparadas;
PRODUTOS SIDERÚRGICOS ESTRUTURAIS
Produtos Laminados
3. Perfis Laminados: Possuem formato H, I, C, L.
Os perfis tipo H, I e C (conhecido como perfis U) são produzidos em grupos, sendo
os elementos de cada grupo de altura h constante e largura das abas b variável. Um
perfil laminado pode ser designado pelas sua dimensões externas nominais (altura,
ou altura x largura), seguidas da massa do perfil em kg/m. Exemplo:
Perfil W360 x 32,9 → Perfil W de altura igual a 349mm, massa 32,9 kg/m;
Perfil I102 x 20,5 → Perfil I de altura igual a 101,6mm, massa 20,5 kg/m;
PRODUTOS SIDERÚRGICOS ESTRUTURAIS
Produtos Laminados
4. Trilhos: são produtos laminados destinados a servir de apoio para as rodas
metálicas de pontes rolantes ou trens. A seção do trilho ferroviário apresenta
uma base de apoio, uma alma vertical e um boleto sobre o qual se apóia a
roda.
Nomenclatura nacional:
TR-25 → Trilho, massa 25 kg/m;
TR-32 → Trilho, massa 32 kg/m.
PRODUTOS SIDERÚRGICOS ESTRUTURAIS
Produtos Laminados
5. Tubos: são produtos ocos, de seção circular, retangular ou quadrada. Eles
podem ser produzidos em laminadores especiais (tubos sem costura) ou com
chapa dobrada e soldada (tubos com costura).
Tolerâncias de fabricação de produtos laminados: as variações admissíveis na geometria
do produto, decorrentes de fatores inerente ao processo de fabricação, tais como:
• Desgaste dos rolos dos laminadores;
• Variações na regulagem dos rolos para cada passagem, principalmente, a última;
• Retração e empeno de aço durante o resfriamento.
PRODUTOS SIDERÚRGICOS ESTRUTURAIS
Fios, Cordoalhas, Cabos
Os fios ou arames são obtidos por trefilação. Fabricam-se fios de aço doce e
também de aço duro (aço de alto carbono).
Os fios de aço duro são empregados em molas, cabos de protensão de
estruturas.
As cordoalhas são formadas por três ou sete fios arrumados em forma de
hélice. O módulo de elasticidade da cordoalha é quase tão elevado quanto de
uma barra maciça de aço. E = 195.000 MPa (cordoalha)
PRODUTOS SIDERÚRGICOS ESTRUTURAIS
Fios, Cordoalhas, Cabos
Os cabos de aço são formados por fios trefilados finos, agrupados em arranjos
helicoidais variáveis. Os cabos de aço são muito flexíveis, o que permite seu emprego
em moitões para multiplicação de forças. Entretanto, o módulo de elasticidade é baixo,
cerca de 50% do módulo de uma barra maciça.
PRODUTOS SIDERÚRGICOS ESTRUTURAIS
Perfis de Chapa Dobrada
As chapas metálicas de aço dúcteis podem ser dobradas a frio, transformando-se
em perfis de chapas dobradas. A dobragem das chapas é feita em prensas especiais
nas quais há gabaritos que limitam os raios internos de dobragem a certos valores
míninos, especificados para impedir a fissuração do aço na dobra.
Normas de projeto específicos para esse tipo de perfil metálico foram
desenvolvidas, como a do American Iron and Steel Institue (AISI), cuja edição
mais recente é de 2004, e a normal brasileira NBR 14762/2001 –
Dimensionamento de Estruturas de Aço Constituídas de Perfis Formados a Frio.
PRODUTOS SIDERÚRGICOS ESTRUTURAIS
Ligações de Peças Metálicas
As peças metálicas, geralmente, possuem limitações no transporte, por isso se faz
necessário a união de peças para montagem.
A união entre peças metálicas têm assim importância fundamental e são basicamente
de dois tipos: por meio de conectores ou por solda.
-Conectores (rebites, parafusos) são colocados em furos que atravessam as peças
para ligar.
- Solda: utiliza-se do processo de solda na fabricação interna da indústria na
montagem de estruturas com soldas TIG, MIG, eletrodo, por resistência, etc.
PRODUTOS SIDERÚRGICOS ESTRUTURAIS
Perfis Soldados e Perfis Compostos
Os perfis fabricados são formados pela associação de chapas ou de perfis laminados
simples sendo a ligação, em geral, soldada. Na figura a seguir, vemos uma perfil I
formado pela união de três chapas. Graças aos processos automatizados de solda,
esses perfis podem ser produzidos competitivamente em escala
industrial. A norma brasileira NBR 5884/1980 padronizou três séries
de perfis soldados:
Perfis CS (colunas soldadas); Perfis VS (vigas soldadas);
Perfis CVS (colunas e vigas soldadas).
PRODUTOS SIDERÚRGICOS ESTRUTURAIS
Perfis Soldados e Perfis Compostos
Nas figuras (b), (c) e (d) vemos perfis compostos formados pela associação de perfis
laminados simples. Esses perfis compostos são evidentemente mais caros que os laminados
simples; seu emprego se justifica para atender conveniências de cálculo como, por exemplo,
em colunas ou estacas onde se deseja momento de inércia elevado nas duas direções
principais.
SISTEMAS ESTRUTURAIS EM AÇO
Elementos Estruturais

Os principais elementos estruturais metálicos são:

- Elementos lineares alongados, denominados hastes ou barras.

- Elementos bidimensionais, geralmente denominados elementos planos,


constituídos por placas ou chapas.
SISTEMAS ESTRUTURAIS EM AÇO
Elementos Estruturais
- Hastes: formam elementos alongados cujas dimensões transversais são pequenas em
relação ao comprimento. Dependendo da solicitação predominante, as hastes podem
ser classificadas em:
• Tirantes (tração axial);
• Colunas ou escoras (compressão axial);
• Vigas (cargas transversais produzindo momento fletores e esforços cortantes);
• eixos (torção).
SISTEMAS ESTRUTURAIS EM AÇO
Elementos Estruturais

- Placas: são elementos de espessura pequena em relação à largura e ao


comprimento. As placas são utilizadas isoladamente ou com elementos constituintes
de sistemas planos ou espaciais.
SISTEMAS ESTRUTURAIS EM AÇO
Sistemas Planos de Elementos Lineares
Os sistemas de elementos lineares são formados pela combinação dos
principais elementos lineares (tirantes, colunas e vigas), constituindo as
estruturas portantes das construções civis. Como exemplos temos:
- Treliças: as hastes das treliças trabalham predominantemente a tração ou
compressão. No modelo teórico todos os nós são consideração rotulados,
porém as treliças construídas na prática apresentam nós rígidos, os quais
introduzem momentos fletores nas hastes.
SISTEMAS ESTRUTURAIS EM AÇO
Sistemas Planos de Elementos Lineares

- Grelha plana: é formada por dois feixes de vigas, ortogonais ou oblíquas,


suportando conjuntamente cargas atuando na direção perpendicular ao plano
da grelha. As grelhas são usadas em pisos edifícios e superestruturas de pontes.
- Pórticos ou Quadros: são sistemas formados por associação de hastes
retilíneas ou curvilíneas com ligações rígidas entre si.
SISTEMAS ESTRUTURAIS EM AÇO
Comportamento de Ligações
O funcionamento das estruturas compostas por peças pré-fabricas conectadas, como
é o caso de estruturas de aço, depende essencialmente do comportamento das
ligações. Por exemplo, no caso de estruturas aporticadas de edificações, as ligações
entre vigas e pilares determinam o esquema estrutural representativo do pórtico. A
figura a seguir mostra dois tipos ideais de comportamento das ligações: ligação
perfeitamente rígida, que impede completamente a rotação relativa entrega a viga e
pilar ( = 0; isto é, os eixos das vigas e do pilar se mantém em a 90º após a
deformação), e ligação rotulada, que deixa livre a rotação relativa  viga-pilar.
SISTEMAS ESTRUTURAIS EM AÇO
MÉTODOS DE CÁLCULO
MÉTODOS DE CÁLCULO
MÉTODOS DE CÁLCULO
MÉTODOS DE CÁLCULO
MÉTODOS DE CÁLCULO
MÉTODOS DE CÁLCULO
MÉTODOS DE CÁLCULO
MÉTODOS DE CÁLCULO
MÉTODOS DE CÁLCULO
2. Uma diagonal de treliça de telhado está sujeita aos seguintes esforços
normais (+ tração) oriundos de diferentes cargas:
EXERCÍCIOS

• Peso própria da treliça e cobertura metálica Ng = 1,00 kN


• Vento de sobrepessão (v1) Nv1 = 1,50 kN
• Vento de sucção (v2) Nv2 = -3,00 kN
• Sobrecarga variável Nq = 0,50 kN

Calcular o esforço normal solicitante de projeto.


1. Uma viga de edifício comercial está sujeito a momentos fletores
oriundos de diferentes cargas:
EXERCÍCIOS

• Peso própria de estrutura metálica Mg1 = 10 kN.m


• Peso dos outros componentes não metálicos permanentesMg2= 50 kN.m
• Ocupação da estrutura Mq = 30 kN.m
• Vento Mv = 20 kN.m
Calcular o momento fletor solicitante de projeto Mdsol.

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