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Avaliação no Contexto Escolar

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AVALIAÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR

VIENC, Bruna Nogueira1 – UNICENTRO/PR


PABIS, Nelsi Antonia2 - UNICENTRO/PR

RESUMO

O presente trabalho é o resultado de uma pesquisa bibliográfica sobre a avaliação educacional no


contexto escolar. Neste estudo buscou-se discutir a avaliação como um instrumento utilizado para
avaliar a evolução do aluno ao longo do processo ensino aprendizagem sendo esta uma prática
muito importante no dia-a-dia dos envolvidos. O principal objetivo com a pesquisa é estabelecer
uma reflexão sobre as propostas de alguns autores estudiosos no assunto sobre suas estratégias e
práticas educativas no processo de avaliar, tendo em vista que a avaliação é acolher o erro para
assim poder diagnosticar. Os resultados obtidos a partir das leituras, nos leva a acreditar que a
avaliação deve ter como finalidade principal a orientação da aprendizagem, a tomada de decisões
sobre rumos futuros, a autonomia dos aprendizes em relação a mesma e a verificação das
habilidades e competências adquiridas e quais necessitam ser aprimoradas. A compreensão das
formas de avaliar e o uso de diferentes estratégias fazem com que a avaliação se torne uma
ferramenta muito importante para o acompanhamento do ensino aprendizagem. Neste sentido,
quanto mais colocarmos em prática a nossa capacidade de avaliar fundamentada nos estudos
realizados, obteremos melhores resultados coerentes com os objetivos de aprendizagem planejados.
Como referência foram utilizados Luckesi (1995, 2005), Sant’ Anna (1995), Esteban (1996),
Saviani (2019).

Palavras-chave: Avaliação, educação, aprendizado

Introdução

Este trabalho tem por objetivo descrever e correlacionar o papel da


avaliação no âmbito escolare analisá-la como uma ferramenta de aprendizado do

1Acadêmica do 4º ano do curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná


(UNICENTRO) Campus Irati/PR, e-mail: bruncavienc@yhaoo.com
2Professora com Licenciatura Plena em Pedagogia pela UEPG, Especialização em Programação e
Metodologia do Ensino Superior pela UFBA, Mestrado em Educação pela UFPR e Doutorado em Educação
pela UTP. Foi professora das séries iniciais do Ensino Fundamental, das séries finais e do Ensino Médio.
Atuou como orientadora educacional e supervisora escolar. Foi professora Adjunto do Departamento de
Educação da Universidade Estadual de Feira de Santana-BA. Atualmente é professora Adjunto do
Departamento de Pedagogia da UNICENTRO – Campus de Irati/PR, e-mail: nelsipabis@gmail.com.
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aluno, partindo dopressuposto de onde prova e média resultam no destino final do
processo escolardo aluno.
Muito se tem falado sobre o ato de avaliar e isso traz consigo uma
problemática onde o grande dilema está centrado em como decidir se o aluno
passa ou não de série, uma decisão que pode influenciar muito na vida escolar do aluno e
aumentar não somente os índices de repetência, mas também os de evasão. Portanto, faz-se
necessário refletir sobre o papel da avaliação e as condições necessárias para que está se
efetue de maneira justa e coerente no âmbito escolar.
Desde os tempos mais remotos, os jovens só passavam a serem considerados
adultos após terem sido aprovados em provas (DIAS, 2002, citados por Basseto, 2004),
dessa forma entende-se que o ato de avaliar remonta tempos antigos e está intrínseco ao ser
humano. Há milênios atrás, Chineses e Gregos já criavam critérios para selecionar
indivíduos para assumir determinados trabalhos, na Grécia Sócrates sugeria a
autoavaliação o conhecer a ti mesmo como requisito para chegar à verdade.
Outra forma de avaliação era realizada através de exercícios orais utilizado pelas
universidades medievais e mais tarde pelos jesuítas. Na idade média, as universidades
tinham como objetivo principal a formação de professores, os alunos que terminavam o
bacharelado precisavam ser aprovados em um exame para poder ensinar, e os mestres só
recebiam o título de doutor se lessem publicamente o livro das sentenças de Pedro
Lobardo.ou posteriormente se defendessem teses (SOEIRO & AVELINE, 1982, citado por
Rossato).
A avaliação começa a assumir uma forma mais estruturada apenas depois do século
XVIII, onde começam a serem formadas as primeiras escolas modernas, com a utilização
de exames como forma de avaliação (SOEIRO & AVELINE, 1982, citado por Rossato).
Já nos anos 1960 e 1970, nos Estados Unidos, ganharam força os debates
relacionados ao desenvolvimento de avaliações dos programas educacionais resultantes do
investimento público. No governo de John F. Kennedy, nasceram os modelos de avaliação
aplicados em larga escala, que chegaram ao Brasil entre os anos 1980 e 1990, e que ainda
hoje existe relevância ao buscarem buscar a efetividade e eficiência dos resultados
escolares. (LUCKESI, 1998).
Fazendo uma análise da história da educação, especificadamente a questão da
avaliação, através dos tempos, percebe se que no Brasil e em muitos outros momentos

2
desta história, a questão de avaliar sempre esteve ligada a uma prova escrita ou oral,
centrando se no ponto de vista de classificação.
Podemos observar segundo o sociólogo Frances Émili Durkheim, “um julgamento
de valor exprime a relação de uma coisa com um ideal”. Ou seja, ele avalia quão diferente
ou quão semelhante o objeto da avaliação é de um ideal (moral, estético etc.) que a
avaliação é juízo de valor é senso estético, é refletir sobre aquilo que se vê, todo mundo
avalia. E dentro da sala de aula, um professor quando vai dar nota para seu aluno ele pode
estar influenciado por ideologias, preconceitos, costumes, valores de natureza moral,
tradições culturais, tendências de personalidade etc. e com isso a avaliação se torna muitas
vezes seletiva e exclusiva.
Assim, não refletimos sobre o que vemos do nada, se reflete a partir de uma visão
de sociedade de mundo. Os meus valores julgam se a atitude de uma pessoa está certa ou
errada, avaliar é uma atividade inerente ao ser humano, independe do processo escolar, o
ser humano avalia e é avaliado permanentemente.
Apenas recentemente, já no final do século XX e início do século XXI, a área
educacional passou a ampliar suas preocupações e aprofundar seus estudos com as
consequências da aplicação de avaliações para os alunos e as diferentes possibilidades de
uso dos resultados para a garantia da aprendizagem. Essas avaliações estão relacionadas às
funções diagnóstica e formativa, que preveem tanto o acompanhamento do trabalho do
aluno, mas principalmente, a flexibilização da didática e do planejamento pedagógico do
professor, que tem como foco priorizar que os alunos realmente aprendam e não acumulem
dificuldades ao longo dos anos do que simplesmente cumprir com o programa escolar pré-
estabelecido. (MIRANDA, 2020, p. 01)
Refletindo sobre estas questões, podemos dizer que na atualidade a avaliação
passou a ser a aliada ao professor como um instrumento para avaliar a evolução dos alunos
ao longo do processo de ensino aprendizagem, as diferentes metodologias em sala de aula
que permite o acompanhamento em diferentes momentos do processo educativo.
Esse assunto merece melhor aprofundamento pelo fato de que a cada dia se fala
muito mais em aprendizagem, desenvolvimento significativo, e do êxito dos alunos no
processo de ensino aprendizagem. E como é uma ferramenta que vai auxiliar diagnosticar
esse processo se for mal aplicada pode trazer sérios prejuízos na carreira escolar e pessoal
do aluno futuramente.

3
O professor deve respeitar e estabelecer princípios e critérios refletidos
coletivamente referenciados ao Projeto Político Pedagógico (PPP) na proposta curricular e
em suas convicções acerca do papel social que desempenha a avaliação escolar na qual,
avalie para melhor a condição do aprendizado.
Para Luckesi, “A avaliação da aprendizagem escolar adquire seu sentido na medida
em que se articula com um projeto pedagógico e com seu projeto de ensino” (1998, p. 1).
No caso, a avaliação subsidia decisões a respeito da aprendizagem dos educandos, tendo
em vista garantir a qualidade do resultado que está construindo.
Nos seres humanos avaliamos a todo o momento, tudo pode ser avaliado na vida ou
na escola. A diferença é que na vida avaliamos para melhorar e modificar, já na escola
avalia-se para punir, ameaçar e avisar.
E para que avaliamos? Para dar notas, para formar o sujeito, para avaliar a
personalidade, para formar para a vida ou para aprender? E quem se avalia? O aluno, a
escola, ou professor? Esses são questionamentos pertinentes e que merecem destaques nos
debates sobre a temática.

Refletindo sobre a avaliação

Pode- se dizer que avalia-se para construir conhecimento sobre a própria realidade
da instituição, identificando pontos fracos, pontos fortes e potencialidades para melhorar a
qualidade educativa e alcançar maior relevância social.
Devemos questionar a relação ensino aprendizagem e buscar identificar os
conhecimentos construídos e as dificuldades de uma forma dialógica. Dentro do contexto
escolar todos precisam ser avaliados.
O professor como mediador do conhecimento perante aos alunos precisa
estabelecer princípios e critérios refletidos coletivamente para garantir o sucesso,
colocando a avaliação como sua parceira para que produza um resultado de qualidade para
todos e acolher o erro é muito importante.
Segundo o autor Luckesi pode-se observar uma clara problemática diante
daavaliação da aprendizagem.

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A maioria dasescolas promove exames, que não são uma pratica
de avaliação. O ato de examinar éclassificatório e seletivo, ao
contrário diagnostica e inclusiva. Hoje aplicamosinstrumentos de
qualidade duvidosa corrigimos provas e constatamos os pontos
paraconcluir se o aluno será aprovado ou reprovado. O processo
foi concebido para que osalunos sejam incluídos ou excluídos. Do
ponto de vista político pedagógico, é umatradição antidemocrática
e autoritária, porque está centrada na pessoa do professor eno
sistema de ensino e não no que se aprende. (1996, p. 25)
Assim como Luckesi expõe suas ideias, pode-se entender que os
educadores expressam caráter classificatório em torno da avaliação,
preocupando-se mais com avanços dos níveis escolares deixando de lado a parte
em que mostra como esse aluno conseguiu chegar a esse objetivo.
Para que este processo possa acontecer de forma segura, produtiva e eficaz,
precisamos mudar nossa forma de pensar e analisar melhor as questões mais relevantes.
Assim, podemos redefinir critérios, procedimentos e instrumentos de avaliação da
aprendizagem no contexto escolar, é imprescindível, que tais ações, possam servir para a
identificação das necessidades educacionais dos alunos para que as mesmas possam
oferecer subsídios para a indicação dos apoios e recursos pedagógicos que ajudem na
retirada dos obstáculos para a aprendizagem.
A avaliação deve subsidiar o diagnóstico da real situação em que se encontra o
aluno, para que a mesma ofereça recursos para um ensino adequado resultando em uma
aprendizagem de qualidade, pois, “Avaliar significa identificar impasses e buscar
soluções” (LUCKESI, 1996, p.165).
Um processo avaliativo será mais valoroso quanto mais instrumentos,
conceitos e concepções cristalinas de avaliação conseguir contemplar. Avaliar é a
busca de corrigir erros e construir novos conhecimentos para a formação humana,
é a parceira de quem produz, diagnostico que sinaliza que ainda não
conseguimos alcançar o sucesso, produz um indicativo de causa e efeito.
Tal momento de avaliar a aprendizagem do aluno não deve ser o ponto de chegada,
mas uma oportunidade de parar e observar se a caminhada está ocorrendo com a qualidade
previamente estabelecida para esse processo de ensino e aprendizagem para retomar a
prática pedagógica de forma mais adequada, uma vez que o objeto da ação avaliativa, no
caso a aprendizagem, é dinâmico, e, com a função classificatória, a avaliação não auxilia o
avanço e o crescimento para a autonomia. (LUCKESI, 2005)

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Durante muito tempo, a avaliação foi usada como instrumento para
classificar e rotular alunos como bons e ruins. Atualmente, tem se falado com
mais clareza sobre esse tema “avaliação” e passa a ser vista como uma das mais
importantes ferramentas à disposição dos professores para alcançar o principal
objetivo da escola que é o de fazer com que todos os estudantes avancem. Ou
seja, o importante hoje deve ser encontrar caminhos para medir a qualidade do
aprendizado dos alunos e oferecer alternativas para uma evolução mais segura.
Luckesi vai nos dizer o seguinte:

[...] nosso senso comum está comprometido com os exames


escolares enão com a avaliação. O ato de examinar é
caracterizado pela classificação eseletividade do educando,
enquanto o ato de avaliar se caracteriza pelo diagnóstico epela
inclusão. O educando não ingressa em uma escola para ser
medido, mas simpara aprender. (2011, p.41)

Luckesi é enfático ao afirmar que o foco principal de uma criança é


aprender e não ser medido por critérios de outros ou por métricas estabelecidas
culturalmente através dos tempos e que não acompanham a evolução.
O Autor vai além ao afirmar que

A classificação é baseada em dois conceitos mínimos: “aprovado


ou reprovado” e emuma escala ampla de graus geralmente de 0 à
10. No ato de examinar, não interessase os estudantes
aprenderam com qualidade, mas somente a demonstração
eclassificação dos que aprenderam e dos que não aprenderam.
Deste modo, a avaliação está voltada para o passado, na medida
em que desejar saber do educandosomente o que ele já
aprendeu; o que ele não aprendeu não traz nenhum interesse.(
2011, p.41).

Para o autor, os conceitos de aprovado e reprovado não leva em


consideração o fator primordial que é a aprendizagem e a evolução do aluno,
sendo irrelevante para despertar interesse neste.
De um modo geral a avaliação implica em tomar uma série de decisões e
ações sobreo aluno em questão sobre os processos avaliados. Muitas vezes não
se tem claro oque se quer avaliar, como se avaliar e como se deve- se fazer isso.
A avaliação deve ter um caráter diagnóstico, para servir e orientar os envolvidos no
processo de tomada de decisões para o aprimoramento de respostas adequadas às

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necessidades dos alunos por meio de intervenções adequadas. Avaliar exige uma constante
ação reflexiva, onde são necessários vários critérios que direcionem a interpretação e
compreensão dos aspectos a serem avaliados.
Para tanto, se faz necessário que se definam as expectativas de aprendizagem dos
alunos, em decorrência do ensino realizado, dos objetivos propostos, bem como na
definição do que será considerado significativo na avaliação do ensino aprendizagem.
Considerando que a avaliação deve estar a serviço de todo o processo ensino e
aprendizagem, o fato de aprovação ou reprovação não pode ser sua finalidade.
Segundo Luckesi:
O ato de avaliar a aprendizagem na escola é um meio de
tornar os atos de ensinar e aprender produtivos e satisfatórios’’.
Assim, não podemos desvincular a avaliação do aluno do
processo de ensino do professor. Isso não quer dizer que se o
aluno não aprendeu o professor não ensinou adequadamente. O
processo de ensino aprendizagem é muito mais complexo que
isso. A avaliação como instrumento a serviço da aprendizagem do
aluno deve contribuir para a análise e para a decisão de quais
ações pedagógicas deverão ser tomadas durante o processo de
ensino. (2011, p. 26).

Esse ressignificado para o ato de avaliar, apresentado pelo autor, não separa a
aprendizagem do aluno do ato de ensinar executado pelo professor, não indica que um ou
outro não fez o necessário, porém é mais amplo, indicando rumos e ações futuras para que
a avaliação contribua significativamente nas ações pedagógicas.
O ato de avaliar devido estar ligado ao serviço de obtenção do melhor resultado
possível, antes de tudo, implica a disposição de acolher. Isso significa a possibilidade de
tomar uma situação da forma como ela se apresenta, seja ela satisfatória ou insatisfatória
agradável ou desagradável, bonita ou feia. Acolhê-la como está é o ponto de partida para se
fazer qualquer coisa com ela. Avaliar um educando implica, antes de tudo, acolhe-lo no
seu ser e no seu modo de ser para á partir daí, decidir o que fazer.
Partindo deste ponto vista podemos ver que o ato de avaliar implica em dois
processos articulados e indissociáveis que são diagnosticar e decidir. Não é possível tomar
uma decisão sem ter um diagnóstico.
Esta investigação é necessária para melhores esclarecimentos e para deixarmos de
lado o senso comum e buscar cientificamente resultados concretos referente a pratica
pedagógica de acordo com uma fundamentação teórica e embasamento em estudiosos
desta temática.
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A avaliação é de suma importância para a educação, pois através dela
obtemos diagnósticos que podem ajudar ou prejudicar o aluno, com ela pode-se
observar se os objetivos previamente apontados de cada professor estão sendo
praticados em suas ações e metodologias, podendo constatar se está seguindo o
planejamento.
Avaliar deve ser útil, os seus critérios devem assegurar que uma avaliação
proporcione as informações praticadas, deve ser viável, concebidos para
assegurar uma avaliação realista e prudente e também devem ser éticos, comuns
a todos, claros e de conhecimento prévio.
Partindo desses pressupostos não podemos deixar de discutir no que diz
respeito à avaliação na LDB em seu Art.24:

[...] A verificação do rendimento escolar observara critérios, dentre


eles podemos destacar: avaliação continua e cumulativa do
desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos
sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre
os de eventuais provas finais;

Com isso podemos ver que a avaliação continua e acumulativa não tem o
objetivo classificar ou selecionar, mas fundamenta se no processo aprendizagem,
em seus aspectos cognitivos, afetivos e relacionais, fundamenta se em
aprendizagens significativas e funcionais que se aplicam em diversos contextos e
se atualizam o quanto for necessário para que se continue aprendendo.
A avaliação envolve o todo que faz parte do cotidiano vivenciado pelo
grupo, em que todos são avaliados. Pois avaliar significa realizar ações como
organizar, fazer análise mais precisas sobre sua evolução, comparar tarefas,
estabelecer relações entre respostas, assim ela passa a ser uma ação
transformadora, em que o professor acompanha o grupo investigando,
observando e refletindo sobre a criança, o grupo, a sua pratica pedagógica e a
instituição.
Avaliar precisa ser uma ação útil e com finalidade clara, os seus critérios devem
assegurar que uma avaliação proporcione as informações práticas, deve ser exequível,
viável, concebidos para assegurar uma avaliação realista e prudente e também deve ser
ética, comuns a todos, claros e de conhecimento prévio.

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Existem inúmeras técnicas consideradas avaliativas dentre elas é possível citar a
prova de consulta, trabalhos e pesquisas, resolução de soluções problemas, e muitas outras
técnicas, as quais permitem ao professor avaliar o desempenho dos alunos e fugir da
tradicional prova escrita.
Avaliar é a busca de corrigir erros e construir novos conhecimentos para a
formação humana, tanto para o aluno quanto ao professor, com ela podemos
rever melhor as metodologias para tornar aulas mais interessantes com domínio
do conhecimento, auxiliando na relação do aluno professor.
Sob essas dimensões se estabelecem uma proposta de avaliação escolar
em que o estudante deve ser avaliado cotidianamente, cumulativamente e
diagnosticamente como diz na Lei de Diretrizes de Bases da Educação Nacional
além de sua realidade social. Busca-se uma avaliação mais justa e igualitária.
Porém, quando se refere ás leis e suas propostas, está tendo controvérsia
do que se vê na pratica pedagógica do professor, em que utiliza somente o
processo quantitativo de forma fragmentada, onde não pressupõe ao aluno novas
formas de avaliar, percebendo também que existe ausência de estudos de
teóricos que vão ensinar essa pratica e que a escola proponha tal ferramenta.
Contudo, essa falta dos professores é justificável pelo fato de que a cada
momento estamos com menos recursos para investimento na educação,
dificultando cada vez mais a qualidade do ensino. No dia a dia escolar pode se
observar salas superlotadas, pouquíssimos recursos metodológicos, falta de
demanda para qualificação de bons profissionais que exige dos professores a
entrega de resultados rápidos em tempos correntes de notas avaliativas para
excluir e classificar alunos.
Então nos leva a pensar: Como conseguir ser diagnostico e analisar cada
aluno? Pois logo acaba a aula determinada e deverá voltar para a sala de aula
dar continuidade ao conteúdo, como elaborar uma avaliação processual segundo
o projeto político pedagógico da escola? Como aperfeiçoar e tentar utilizar na
prática o que se aprendeu? Está aí um desafio diário do professor, que é
transformado pelo senso comum, em falta de interesse, problema de formação, e
falta de tempo.
Segundo a Lei n°9.394/96, LDB- Lei e Diretrizes e Bases da Educação Nacional
no que se refere à Educação Infantil a avaliação dever ser organizada:
9
Art. 31. A educação infantil será organizada de acordo com as seguintes
regras comuns:
I - Avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento
das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao
ensino fundamental.

Já no que se refere ao ensino fundamental para a Lei n°9.394/96, LDB- Lei e


Diretrizes e Bases da Educação Nacional:

Avaliação do desempenho do aluno deve ser contínua e cumulativa com


prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos
resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais". (Lei
de Diretrizes e Bases, Art. 24, Inciso V, a).

E se tratando do Projeto Políticos Pedagógicos da escola do Ensino fundamental 4º


e 5º ano a avaliação deve ser:

O processo de avaliação das instituições de Ensino fundamental 4° e 5°


ano segundo Projeto Político Pedagógico trás o Art.99- § 2° - Para os
alunos 4º (quarto) ano e 5º (quinto) anos iniciais do Ensino Fundamental
o registro de notas será expresso em uma escala somatória sendo: 70% o
desempenho através da realização de (provas escritas, orais, individual, e
em dupla), ficando vedado submeter o aluno a somente um tipo de
avaliação. Os demais 30% serão constituídos através de trabalhos.

Os critérios acima, são utilizados na Instituição de Ensino como base para o


processo avaliativo das turmas citadas, definindo o norte para que o professor organize
suas avaliações durante o período.
Segundo Luckesi o processo avaliativo pode ser continuo e diagnostico desde que
isso se torne parte do cotidiano da escola, para ele:

[...] Aprender conceitos teóricos sobre avaliação, mas,


concomitante a isso, aprender a praticar a avaliação, traduzindo-a
em atos cotidiano. Aprender conceitos é fácil, o difícil mesmo é
passar da compreensão para a prática... Certamente que essa
aprendizagem não se fará de um dia para outro ou de um
momento para outro. É uma aprendizagem que exige tempo e
atenção especificas, na medida em que herdamos hábitos que
conduzem a uma forma automática de agir. (2011 p.30).

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Tendo- se o ato de avaliar enquanto ato de investigar e mensurar a
qualidade dos resultados do processo de ensinar e de aprender, os instrumentos
de coleta para a avaliação precisam ser amplos, variados e construídos segundo
as regras metodológicas básicas, dentre as quais podemos citar a sistematização,
onde abrange todos os conteúdos planejados e que deverão ser ensinados com
coerência, que são os temas abordados onde devem estar articulados com um
todo ao tema central trabalhado, consistência, na qual corresponda efetivamente
entre instrumento e o conteúdo do qual ele trata, da linguagem utilizada,
comunicação, com uma linguagem clara e compreensível ao educando.
Desse modo, a partir desse processo à avaliação da aprendizagem serve para todas
as disciplinas educacionais: história, geografia, ciência, arte, literatura, matemática, e
tantas outras.
Os professores devem avaliar, se voltando ao currículo e ao regimento
escolar, onde no Art.91- os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão
elaborados em consonância com a organização curricular e descritos no Projeto
Político Pedagógico. Ou seja, analisar o processo de avaliação em todos os níveis
da educação básica em que seja uma ferramenta que auxilie o aluno e professor
no processo de ensino aprendizagem como uma forma de construção e não de
exclusão.
Avaliar constrói ações como, por exemplo: organizar, fazer análise, comparar
tarefas, estabelecer relações, em que passe a ser uma análise crítica e transformadora. Além
disso, também requer instrumentos e critérios de avaliação.
Estes recursos são empregados para captar as informações sobre o desempenho do
educando, que vai servir de base da descrição de seu desempenho. Estes dados precisam
ser qualificados por meio da comparação de sua descrição com um critério que é
mecanismo de acompanhamento e intervenção, no qual vai replanejar o processo de
ensino.
O ato de avaliar já existe a mais de 500 anos segundo Ratio Studiorum dos
jesuítas do século XVI que descrevia como deveria funcionar uma escola
Católica, sua pedagogia era Tradicional onde na parte sobre avaliação descrevia.
“No momento das provas, os estudantes não poderão solicitar nada que
necessitassem nem aos colegas nem aquele que toma conta da prova’’.
Demerval Saviani vai relatar que:
11
A escola existe, pois, para propiciar a aquisição os instrumentos que
possibilitam o acesso ao saber elaborado (ciência), bem como o próprio
acesso aos rudimentos desse saber. As atividades da escola básica devem
se organizar a partir dessa questão. Se chamarmos isso de currículo,
poderemos então afirmar que é a partir do saber sistematizado que se
estrutura o currículo da escola elementar como ler, escrever, contar, os
rudimentos das ciências sociais”. (história e geografia humanas). (p.3)

Segundo um estudo realizado pela ABRAPSO (Associação Brasileira de


Psicologia Social ) sobre Vygotsky, vai refletir na qual a sua proposta de avaliação
como referência, é a relação dialética que se estabelece entre conceitos
cotidianos e conceitos científicos, as práticas pedagógicas que se circunscrevem
a relação entre professor e estudante, e a historicidade de tal processo, que se
coloca, nos permite organizar uma estratégia de instrução e avaliação que
assegure seu caráter diagnóstico e prognóstico do processo de desenvolvimento
da criança, uma prática cotidiana que aborde o processo de aprendizagem
cumulativamente.
Uma vez que, o processo ensino aprendizagem é avaliado sob uma
dimensão histórica, pois tal avaliação nos revela as mudanças cognitivas do
estudante ao longo do tempo, em função de contato que ele estabelece com os
conteúdos escolares, mudanças que ocorrem à medida que ele exercita os
conceitos aprendidos nas mais variadas situações.
Luckesi afirma que as escolas deixam de lado a possibilidade de utilizar a
avaliação como instrumento norteador e focam no produto final: a avaliação como
instrumento de indicação de aprovado ou reprovado:

A maioria das escolas com o ensino regular utiliza a avaliação como um


instrumento de classificação, como produto final e não um processo de
aprendizagem, medindo a capacidade e mostrando se o aluno realmente
aprendeu ou não o conteúdo proposto pelo professor por meio de uma
nota; de qualquer forma, impossibilita o aluno de progredir ou
desenvolver. (1988, p.26)

A avaliação, nesse caso serve para diferenciar o aluno com maior


capacidade e a de menor capacidade, podendo avançar nas series ou ficar retido.
Uma das razões para ocorrer tal processo vem das raízes da Pedagogia
Tradicional, em que o professor vai assumir um papel de autoridade máxima na

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sala de aula, e será responsável em passar todo o conhecimento pronto e
empacotado, sem que haja questionamento por parte dos alunos que devem
apenas receber e decorar.
Segundo Esteban:

A avaliação escolar, nessa perspectiva excludente, seleciona as


pessoas suas culturas e seus processos de conhecimento,
desvalorizando saberes; fortalece a hierarquia que está posta
contribuindo para que diversos saberes sejam apagados, percam
sua existência e se confirmam com ausência de conhecimento.
(1996, p.15)

Para o autor, essa seleção não ajuda em nada na evolução humana, pois
não valoriza os conhecimentos e tampouco confirma que não houve
aprendizagem alguma no decorrer do processo.
Contudo, avaliar deveria ser emitir um juízo sobre algo, um conceito de
medidas, sob a ótica de Sant’ Anna avaliação é “um processo no qual se procura
identificar, aferir, investigar, e analisar as modificações e rendimento do aluno, do
educador, do sistema, confirmando se a construção do conhecimento se processou, seja
este teórico (mental) ou prático. (SANT’ ANNA, 1995, p. 31-32)
Para Sant’ Anna (1995, p. 30) a avaliação é “um processo, e consequentemente
deve ser percebida como a condição que imprime dinamismo ao trabalho escolar, pois
diagnostica uma situação e permite modificá-la de acordo com as necessidades
detectadas”.
Nessa perspectiva a avaliação é um instrumento que possibilita uma intervenção ativa e
consciente por parte do professor e da instituição de ensino, que interpreta os dados e faz a
coleta e análise dos dados no processo ensino aprendizagem não apenas a fim de
rendimento e classificação (reprovado ou aprovado), mas como um caminho que orienta as
ações e as práticas do docente, da escola e do sistema, visando o aprendizado do aluno.
Esse caminho deve ser constantemente pensado e repesando, aparando as arestas e
ampliando os horizontes.
Uma das vias para se acompanhar o processo de aprendizagem são os critérios que estão
relacionados diretamente aos conteúdos específicos e não aos instrumentos, os quais

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devem ser elaborados a luz dos critérios de avaliação, são elaborados pelo professor e
servem como subsidio para a avaliação diagnostica.

Assim Luckesi (2009 p. 81) reconhece possibilidades na avaliação diagnostica como um


instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno,
tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que se possa avançar no seu
processo de aprendizagem.

Diante disso, o professor exerce um grande papel no processo avaliativo, pois é por
meio dele que esse processo se faz, o educador tem um grande compromisso, por ser ele
quem emite um juízo de valor, e o que é mais importante, como se faz pra chegar até esse
resultado, é claro que a forma como o docente vê a avaliação tem um caráter subjetivo, e
passa também pela sua formação.
Ele precisa olhar o educando como ser social, sujeito do seu próprio desenvolvimento onde
a reconstrução da avaliação não acontecera por formas isoladas ou fragmentadas, mas por
uma avaliação continuada e que ultrapasse o espaço da escola.

Considerações finais

A necessidade de avaliar sempre se fará presente, não a como fugir da


necessidade de avaliação de conhecimento, desde a educação básica até o
ultimo grau de ensino. Desta forma a avaliação assume uma necessidade
constante de revisão do fazer pedagógico.
Constatamos até aqui que a avaliação faz parte das Leis e do cotidiano
das escolas, onde tudo pode ser avaliado. Avaliar constrói ações como, por
exemplo: organizar, fazer análise, comparar tarefas, estabelecer relações, em que
passe a ser uma análise crítica e transformadora. Além disso, também requer
instrumentos e critérios de avaliação.
Estes recursos são empregados para captar as informações sobre o
desempenho do educando, que vai servir de base da descrição de seu
desempenho. Estes dados precisam ser qualificados por meio da comparação de

14
sua descrição com um critério que é mecanismo de acompanhamento e
intervenção, no qual vai replanejar o processo de ensino.
Através desta pesquisa, buscou-se uma melhor compreensão do ato de avaliar a
aprendizagem no contexto escolar em que contribua para a formação humana, e como
educadores reveja as formas de ações na qual seja um incentivo a pratica correta.
A partir destas constatações, percebeu-se que a avaliação deve ser um tema
bastante discutido entre educadores, que muitas vezes passa pelo esquecimento do seu real
significado. Conclui-se de que deveria ocorrer uma mudança na forma de avaliar, no que se
refere na prática dos professores, onde, a escola proponha estudos referentes ao tema e
busque inovações. Porém, não se pode esquecer que vivemos numa sociedade que visa
resultados finais em tempos correntes e para conseguir colocar tais propostas na rotina das
escolas a necessidade de rever o tempo proposto que cada professor tem para executar a
avaliação, ou seja, um ambiente, uma proposta pedagógica e um planejamento que
possibilita essa prática.
Pensar em avaliação atualmente em uma escola que, muitas vezes, tem um forte
sentido reprodutor não é tarefa simples, requer atitude, posicionamento, como também
muita discussão teórica. Implica considerar muitas facetas que a avaliação tem, implica ter
claros os objetivos a serem atingidos, como também uma formação de educadores sólida e
bem fundamentados, a fim de não cair no reprodutivismo e teor classificatório que a escola
confere à avaliação.
Assim deseja-se que nas escolas ocorram mais avaliações onde o erro não seja
levado em conta, porque vai indicar como o educando está relacionando os conhecimentos
que já possui com os novos que vão sendo adquiridos, permitindo a identificação dos
conhecimentos que já estão consolidados e que podem servir de base para o
replanejamento, que o foco seja tal somente a aprendizagem. Uma escola em que, faze
aprender quem já é bom, não seja enobrecedor a ninguém, mas sim, aquele que possui
dificuldades, pois através deste vai poder medir o que de fato contribui para seu
aprendizado.
Diante de todas as considerações apresentadas acerca do papel e da importância da
avaliação no processo educativo, destacamos que a avaliação deve ser conscientemente
vinculada à concepção de mundo, de sociedade e de ensino que queremos, permeando toda
a prática pedagógica e as decisões metodológicas. Sendo assim, a avaliação não deve
representar o fim do processo de aprendizagem, nem tampouco a escolha inconsciente de
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instrumentos avaliativos, mas, sim, a escolha de um caminho a percorrer na busca de uma
escola necessária.

Referências

ABRAPSO, 2013. Encontro – Abrapso – 2013 – conteúdos. Disponível em:


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LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 4. ed. São Paulo: Cortez, 1996.

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conceitos e criando a prática. 2 ed. Salvador: Malabares Comunicações e eventos,
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//novaescola.org.br/conteúdos/190/> Acesso em: 29/10/2020.

LUCKESI. Avaliação – da – aprendizagem – escolar – segundo Luckesi/ Disponível


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16
MIRANDA, Juliana. Fuja de quatro grandes ciladas na interpretação de resultados.
https://redes.moderna.com.br/tag/juliana-miranda/page/3/ Data de acesso: 26/11/2020.

REDES, modernas. um - breve- histórico – da - avaliação. Disponível em: <


https://redes.moderna.com.br/>. Acesso em: 2016/09/02.

SAVIANI, Dermeval. Sobre a natureza e especificidade da educação. Encontra-se em:


http;//ifipe.edu.br/arq/20150911214634120944442.pdf.jun.2019

SANT ANNA, IIza Martins. Por que avaliar ?: Como avaliar?: Critérios e
instrumentos.3º Edição,Petrópolis, RJ Vozes, 1995.

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