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MATERIAL - Classificação de Riscos

O laudo identifica atividades insalubres na empresa para atender requisitos do IPREV sobre aposentadorias especiais. Ele classifica riscos ambientais em cinco grupos: químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes, detalhando os efeitos à saúde e formas de prevenção. A perícia é essencial para comprovar insalubridade e periculosidade, podendo ser solicitada por servidores, empresas ou sindicatos.

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Karollyna Maciel
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MATERIAL - Classificação de Riscos

O laudo identifica atividades insalubres na empresa para atender requisitos do IPREV sobre aposentadorias especiais. Ele classifica riscos ambientais em cinco grupos: químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes, detalhando os efeitos à saúde e formas de prevenção. A perícia é essencial para comprovar insalubridade e periculosidade, podendo ser solicitada por servidores, empresas ou sindicatos.

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Este laudo identifica quais são as atividades insalubres da empresa, para comprovar e
informar a atividade exercida sob condições especiais nos formulários do perfil
profissiográfico previdenciário, exigida pelo IPREV, para fins do requerimento das
aposentadorias especiais.
Todo servidor que labora com habitualidade em locais insalubres, periculosos ou em contato
permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida, nos termos do Art. 79
da Lei Complementar no 840/2011, Normas Regulamentadoras (NRs) no 15 e 16 do
Ministério do Trabalho e Emprego (TEM) com seus respectivos anexos, pode solicitar a
Gerência de Segurança do Trabalho (GST) a elaboração do documento para ter ciência se o
local de trabalho é seguro e saudável, bem como se tem o direito ou não a percepção do
referido adicional.

5.4 Perícia
A perícia é fundamental para a comprovação da periculosidade ou insalubridade. Se
requerida na Justiça do Trabalho, a insalubridade ou periculosidade será averiguada por
perito habilitado. Também é facultado às empresas e aos sindicatos das categorias
profissionais interessadas requererem ao Ministério do Trabalho a realização de perícia em
estabelecimento. Além disso, há algumas divergências acerca da questão quanto aos cálculos
dos adicionais (reflexos, base de cálculo etc.) bem como acerca de algumas atividades.

6 CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS


Os riscos estão presentes nos locais de trabalho e em todas as demais atividades humanas,
comprometendo a segurança e a saúde das pessoas e a produtividade da empresa.
Esses riscos podem afetar o trabalhador a curto, médio e longo prazos, provocando acidentes
com lesões imediatas e/ou doenças chamadas profissionais ou do trabalho, que se
equiparam a acidentes do trabalho.
Os agentes que causam riscos à saúde dos trabalhadores e que costumam estar presentes
nos locais de trabalho são agrupados em cinco tipos:
 Agentes químicos;
 Agentes físicos;
 Agentes biológicos;
 Agentes ergonômicos;
 Agentes de acidentes (mecânicos).
Cada um desses tipos de agentes é responsável por diferentes riscos ambientais que podem
provocar danos à saúde ocupacional dos funcionários da empresa. Para fazer o mapa de
riscos, consideram se os riscos ambientais provenientes de:
GRUPO I – Agentes químicos
São considerados agentes químicos, aqueles capazes de provocar riscos à saúde: poeira,
fumos, névoas, vapores, gases, produtos químicos em geral, neblina etc.
Os principais tipos de agentes químicos que atuam sobre o organismo humano, causando
problemas de saúde, são: gases, vapores e névoas; aerodispersóides (poeiras e fumos
metálicos).
Riscos à saúde
Os gases, vapores e névoas podem provocar efeitos irritantes, asfixiantes ou anestésicos:
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 efeitos irritantes: são causados, por exemplo, por ácido clorídrico, ácido sulfúrico,
amônia, soda cáustica, cloro, que provocam irritação das vias aéreas superiores.
 efeitos asfixiantes: gases como hidrogênio, nitrogênio, hélio, metano, acetileno, dióxido
de carbono, monóxido de carbono e outros causam dor de cabeça, náuseas, sonolência,
convulsões, coma e até morte.
 efeitos anestésicos: a maioria dos solventes orgânicos assim como o butano, propano,
aldeídos, acetona, cloreto de carbono, benzeno, xileno, álcoois, tolueno, tem ação
depressiva sobre o sistema nervoso central, provocando danos aos diversos órgãos. O
benzeno especialmente é responsável por danos ao sistema formador do sangue.
Os aerodispersóides: que ficam em suspensão no ar em ambientes de trabalho, podem ser
poeiras: minerais, vegetais, alcalinas, incômodas ou fumos metálicos:
 poeiras minerais: provêm de diversos minerais, como sílica, asbesto, carvão mineral, e
provocam silicose quartzo, asbestose (asbesto), pneumoconioses (ex.: carvão mineral,
minerais em geral);
 poeiras vegetais: são produzidas pelo tratamento industrial, por exemplo, de bagaço de
cana de açúcar e de algodão, que causam bagaçose e bissinose, respectivamente;
 poeiras alcalinas: provêm em especial do calcário, causando doenças pulmonares
obstrutivas crônicas, como enfisema pulmonar;
 poeiras incômodas: podem interagir com outros agentes agressivos presentes no
ambiente de trabalho, tornando os mais nocivos à saúde;
 fumos metálicos: provenientes do uso industrial de metais, como chumbo, manganês,
ferro etc., causam doença pulmonar obstrutiva crônica, febre de fumos metálicos,
intoxicações específicas, de acordo com o metal.
GRUPO II – Agentes físicos
São considerados agentes físicos, aqueles capazes de provocar riscos à saúde: ruídos,
vibrações, radiações ionizantes e não ionizantes, pressões anormais, temperaturas extremas,
iluminação deficiente, umidade etc.
Riscos à saúde:
 ruídos provocam cansaço, irritação, dores de cabeça, diminuição da audição (surdez
temporária, surdez definitiva e trauma acústico), aumento da pressão arterial, problemas
no aparelho digestivo, taquicardia, perigo de infarto;
 vibrações cansaço, irritação, dores nos membros, dores na coluna, doença do movimento,
artrite, problemas digestivos, lesões ósseas, lesões dos tecidos moles, lesões circulatórias;
 calor ou frio extremos: taquicardia aumento da pulsação, cansaço, irritação, fadiga
térmica, prostração térmica, choque térmico, perturbação das funções digestivas,
hipertensão;
 radiações ionizantes: alterações celulares, câncer, fadiga, problemas visuais, acidentes
do trabalho;
 radiações não ionizantes: queimaduras, lesões na pele, nos olhos e em outros órgãos. É
muito importante saber que a presença de produtos ou agentes no local de trabalho como,
por exemplo, radiações infravermelho, presentes em operações de fornos, de solda
oxiacetilênica; ultravioleta, produzida pela solda elétrica; de raios laser podem causar ou
agravar problemas visuais (ex. catarata, queimaduras, lesões na pele etc.), mas isto não
quer dizer que, obrigatoriamente, existe perigo para a saúde, isso depende da combinação
de muitas condições como a natureza do produto, a sua concentração, o tempo e a
intensidade que a pessoa fica exposta a eles, por exemplo;
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 umidade: doenças do aparelho respiratório, da pele e circulatórias, e traumatismos por


quedas;
 pressões anormais: embolia traumática pelo ar, embriaguez das profundidades,
intoxicação por oxigênio e gás carbônico, doença descompressiva.
GRUPO III – Agentes biológicos
Microrganismos e animais são os agentes biológicos que podem afetar a saúde do
trabalhador. São considerados agentes biológicos os bacilos, bactérias, fungos, protozoários,
parasitas, vírus. Entram nesta classificação também os escorpiões bem como as aranhas,
insetos e ofídios peçonhentos.
Riscos à saúde:
 podem causar as seguintes doenças: tuberculose, intoxicação alimentar, fungos
(microrganismos causadores de infecções), brucelose, malária, febre amarela.
 as formas de prevenção para esses grupos de agentes biológicos são: vacinação,
esterilização, higiene pessoal, uso de EPI; ventilação, controle médico e controle de
pragas.
GRUPO IV – Agentes ergonômicos
São os agentes caracterizados pela falta de adaptação das condições de trabalho às
características psicofisiológicas do trabalhador.
Entre os agentes ergonômicos mais comuns estão: trabalho físico pesado; posturas
incorretas; posições incômodas; repetitividade; monotonia; ritmo excessivo; trabalho em
turnos e trabalho noturno; jornada prolongada.
Riscos à saúde:
 trabalho físico pesado, posturas incorretas e posições incômodas provocam cansaço, dores
musculares e fraqueza, além de doenças como hipertensão arterial, diabetes, úlceras,
moléstias nervosas, alterações no sono, acidentes, problemas de coluna etc.;
 ritmo excessivo, monotonia, trabalho em turnos, jornada prolongada, conflitos, excesso de
responsabilidade provocam desconforto, cansaço, ansiedade, doenças no aparelho
digestivo (gastrite, úlcera), dores musculares, fraqueza, alterações no sono e na vida social
(com reflexos na saúde e no comportamento), hipertensão arterial, taquicardia,
cardiopatias (angina, infarto), tenossinovite, diabetes, asma, doenças nervosas, tensão,
medo, ansiedade.
GRUPO V – Agentes de acidentes (mecânicos)
São arranjos físicos inadequados ou deficientes, máquinas e equipamentos, ferramentas
defeituosas, inadequadas ou inexistentes, eletricidade, sinalização, perigo de incêndio ou
explosão, transporte de materiais, edificações, armazenamento inadequado etc.
Essas deficiências podem abranger um ou mais dos seguintes aspectos: arranjo físico;
edificações; sinalizações; ligações elétricas; máquinas e equipamentos sem proteção;
equipamento de proteção contra incêndio; ferramentas defeituosas ou inadequadas; EPI
inadequado; armazenamento e transporte de materiais; iluminação deficiente – fadiga,
problemas visuais, acidentes do trabalho.
Riscos à saúde:
 arranjo físico: quando inadequado ou deficiente, pode causar acidentes e provoca
desgaste físico excessivo nos trabalhadores;
 máquinas sem proteção: podem provocar acidentes graves;
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 instalações elétricas deficientes: trazem riscos de curto circuito, choque elétrico, incêndio,
queimaduras, acidentes fatais;
 matéria prima sem especificação e inadequada: acidentes, doenças profissionais, queda
da qualidade de produção;
 ferramentas defeituosas ou inadequadas: acidentes, com repercussão principalmente nos
membros superiores;
 falta de EPI ou EPI inadequado ao risco: acidentes, doenças profissionais;
 transporte de materiais, peças, equipamentos sem as devidas precauções: acidentes;
 edificações com defeitos de construção: a exemplo de piso com desníveis, escadas fora de
ausência de saídas de emergência, mezaninos sem proteção, passagens sem a altura
necessária: quedas, acidentes;
 falta de sinalização das saídas de emergência, da localização de escadas e caminhos de
fuga, alarmes, de incêndios: ações desorganizadas nas emergências, acidentes;
 armazenamento e manipulação inadequados de inflamáveis e gases, curto circuito,
sobrecargas de redes elétricas: incêndios, explosões;
 armazenamento e transporte de materiais: a obstrução de áreas traz riscos de acidentes,
de quedas, de incêndio, de explosão etc.;
 equipamento de proteção contra incêndios: quando deficiente ou insuficiente, traz
efetivos riscos de incêndios;
 sinalização deficiente: falta de uma política de prevenção de acidentes, não identificação
de equipamentos que oferecem risco, não delimitação de áreas, informações de
segurança insuficientes etc. comprometem a saúde ocupacional dos funcionários.

6.1 Riscos químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes


Agentes químicos
Os agentes químicos mais comuns apresentam-se sob as seguintes formas:
Formas dos agentes químicos
Forma gasosa Monóxido de carbono
Bióxido de enxofre
Vapores de solventes
Óxido de hidrogênio
Amônia
Ácido clorídrico
Ácido sulfúrico
Sulfeto de carbono
Sulfeto de hidrogênio
Forma sólida Soda em escamas, pós, poeiras de sílica, granito, algodão etc.
Forma líquida Álcalis
Ácidos
Solventes

Contaminantes ambientais
No ambiente de trabalho, podemos encontrar seis tipos mais comuns de agentes químicos
ou substâncias contaminantes:
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 Poeiras: são produzidas mecanicamente por ruptura de partículas maiores. Exemplo:


fibras de amianto e poeiras de sílica.
 Fumos: os chamados fumos são partículas sólidas produzidas por condensação de
vapores metálicos.
Exemplos: fumos de óxido de zinco nas operações de soldagem com ferro, de chumbo em
trabalhos a temperaturas acima de 500 oC e de outros metais em operações de fusão.
 Fumaças: fumaças produzidas pela combustão incompleta como a liberada pelos
escapamentos dos automóveis, que contém monóxido de carbono, são contaminantes
ambientais e representam riscos de acidentes e à saúde.
 Neblinas: as neblinas são partículas líquidas produzidas por condensação de vapores.
Exemplos: anidrido sulfúrico, gás clorídrico etc.
 Gases: os gases são dispersões de moléculas que se misturam com o ar.
Exemplos: Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), monóxido de carbono, gás sulfídrico, gás
cianídrico etc.
 Vapores: são dispersões de moléculas no ar que podem se condensar para formar líquidos
ou sólidos em condições normais de temperatura e pressão.
Exemplos: vapores de benzol, dissulfito de carbono etc.
Fatores que influenciam a toxicidade dos contaminantes ambientais
Deve-se lembrar de que a presença de produtos ou agentes no local de trabalho não quer
dizer que, obrigatoriamente, existe perigo para a saúde. O risco representado pelas
substâncias químicas depende dos seguintes fatores:
a) Concentração: quanto maior for a concentração do produto, mais rapidamente os seus
efeitos nocivos se manifestarão no organismo;
b) Índice respiratório: representa a quantidade de ar inalado pelo trabalhador durante a
jornada;
c) Sensibilidade individual: é o nível de resistência de cada um; varia de pessoa para pessoa;
d) Toxicidade: é o potencial tóxico da substância no organismo;
e) Tempo de exposição: é o tempo que o organismo fica exposto ao contaminante.
Vias de penetração dos agentes químicos
O agente químico pode penetrar no trabalhador pela pele (via cutânea), pela boca e pelo
estômago (via digestiva) e pelo nariz e pelos pulmões (via respiratória).
 Via cutânea: os ácidos, álcalis e solventes, ao atingirem a pele, podem ser absorvidos ou
provocar lesões como caroços ou chagas (acne química), podendo também comprometer
as mucosas dos olhos, boca e nariz. A soda em escamas e os pós também podem penetrar
na pele e contaminar.
Esses problemas podem acontecer quando os trabalhadores manipulam produtos químicos
sem equipamentos de proteção individual EPI como luvas, aventais, botas, máscaras e óculos
de segurança.
 Via digestiva: a contaminação do organismo ocorre pela ingestão acidental ou não de
substâncias nocivas, presentes em alimentos contaminados, deteriorados ou na saliva.
Hábitos inadequados como alimentar se ou ingerir líquidos no local de trabalho,
umedecer os lábios com a língua, usar as mãos para beber água e a falta de higiene
contribuem para a ingestão de substâncias nocivas. Há casos de ingestão acidental ou
proposital de ácidos, álcalis, solventes. Conforme o tipo de produto ingerido, podem
ocorrer lesões (queimaduras na boca, esôfago e estômago).
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 Via respiratória: as substâncias penetram pelo nariz e boca, afetando a garganta e


chegando aos pulmões. Através da circulação sanguínea, podem seguir para outros
órgãos, onde manifestarão seus efeitos tóxicos. Substâncias químicas na forma de pó em
suspensão no ar podem facilmente penetrar no organismo pela respiração. Partículas
muito pequenas podem vencer as barreiras naturais das vias respiratórias, chegando a
atingir partes mais profundas do pulmão. Em todos esses casos pode existir risco de
contaminação se os funcionários não usarem os equipamentos de proteção individual ou
se não houver sistemas de ventilação ou exaustão adequados.
Riscos possíveis dos produtos químicos para a saúde
O quadro a seguir mostra a utilização, os riscos e as consequências para a saúde de alguns
dos principais produtos químicos utilizados pelas indústrias, a depender da toxicidade de
cada um no ambiente de trabalho.

Agentes químicos típicos de algumas indústrias


Agentes químicos potencialmente nocivos
Indústria Processo ou operação que podem estar presentes no ambiente de
trabalho
Aciaria Fundição Poeiras contendo sílica livre cristalizada, óxido
de ferro, silicatos, carbonatos, monóxido de
carbono (CO), dióxido de enxofre (S0), fumos
de fósforo, chumbo, ferro, manganês (função da
composição do metal fundido).
Algodão Abridores, cardas, batedores Poeira de algodão.
filatórios conicaleiras, Hidróxido de sódio, ácido sulfúrico.
etorcedeiras, mercerização,
Hipoclorito de sódio, cloro de sódio.
branqueamento, acabamento.
Paranitroferiol acrilonitrila
Borracha Preparação da mistura Aminas aromáticas (Ex.: 4 difenil amima, naffil
natural amima). Solventes orgânicos.
Borracha Tolueno diisocianato ou outros isocianatos.
sintética Ácido acético, ácido sulfúrico, Acrilonitrila,
cloro butadieno, estireno, etilbenzeno,
isoproperio, dicloroetano.
Botões de Estirol, feriol, formaldeido, ácido acrílico,
plástico dissulfeto de carbono, tetracloreto de carbono.
Calçados Colagem Solventes orgânicos constituintes da cola (Ex.:
benzerio, tolueno, xileno).
Cera Cloro naftalina ou difenil.
Cerâmica Manuseio de matérias- Poeira contendo sílica livre cristalizada.
primas, rebarbação, Chumbo, poeira contendo sílica livre
polimento, esmaltação, cristalizada.
limpeza, decoração,
Benzeno, nitrobenzeno, tricloroetileno,
desmonte de caixas
aguarrás, poeira, contendo sílica livre
cristalizada.
Querosene, poeira contendo sílica livre
cristalizada.
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Agentes químicos potencialmente nocivos


Indústria Processo ou operação que podem estar presentes no ambiente de
trabalho
Cerveja Fermentação Dióxido de carbono (CO2)
Revestimentos dos Tricloetileno
vasilhames Amônia
Vazamento de gases Freon
Refrigerantes
Choque Reparação de material Poeira contendo sílica livre cristalizada.
refratário e corte. Monóxido de carbono (CO).
Reparação de sistemas de Naftil amima.
transmissão.
Benzopireno.
Coleta de alcatrão.
Retorta.
Couro Berizerio, xilerio, toluol.
Espelhos Ácido clorídrico (HCI), nitrato de prata, amônia,
hidróxido de prata, amina.
Explosivos Nitroglicerina, dinitrato de etileno glicol,
tetrilo, trinitrotolueno.
Fibra de Em geral, colagem. Poeira de sílica livre no manuseio de matéria
vidro prima.
Poeira de fibra de vidro.
Álcool metílico.
Acetato de etila.
Fibras Diosulfeto de carbono (CS), benzeno, ácido
artificiais acético, gás sulfídrico (H2S), ácidos
inorgânicos.
Refrigerante Vazamento de gases. Amônia de hidrocarbonetos halogenados.
Refrigerante.
Siderúrgica Monóxido de carbono (CO), poeira de óxido de
ferro.
Tintas Sais de chumbo, óxido de zinco, óxido de ferro,
óxido de cromo (pigmentos).
Álcoois, ésteres, cetonas e éteres de glicol
(solventes).
Ácidos inorgânicos.
Vidro Sílica, chumbo, poeira de soda e potassa,
dióxido de enxofre (SO2).

Agentes químicos presentes em vários tipos de indústrias

Agentes químicos potencialmente nocivos que podem estar


Processo ou operação
presentes no trabalho
Decapagem Ácido sulfúrico, ácido clorídrico, ácido fosfórico, ácido nítrico,
ácido fluorídrico.
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Desengraxamento Gasolina, querosene, tetracioreto de carbono (CC14),


hidrocarbonetos clorados (tricloroetileno), tetracloroetileno.
Fosfatização Ácido crômico.
Galvanização Fumos de óxido de zinco.
Ácido clorídrico, amônia, ácido sulfúrico.
Jateamento de areia Poeira contendo sílica livre cristalizada.
Polimento eletrolítico de
Ácido fosfórico, ácido sulfúrico, vapores de solventes, orgânicos.
metais
Revelação fotográfica Amino derivados (fenolamina), ácidos fortes, álcalis fortes,
aldeídos (formaldeído), amimas alifáticas.
Solda ou cone Óxidos de nitrogênio, hidrogênio.
oxiacetilênico
Solda de cote a arco Ozona, monóxido de carbono, fosgênio.
Tratamento de água doce Cloro
Tratamento térmico de Monóxido de carbono (Co), propano, oxidas de nitrogênio, gás
metais cianídrico.

Limites de tolerância
O fato dos trabalhadores estarem expostos a agentes físicos, químicos ou biológicos não
implica necessariamente que venham a contrair uma doença do trabalho. Para tanto, é
necessário que estejam expostos a uma determinada concentração ou intensidade e que o
tempo de exposição seja suficiente para atuação nociva destes agentes sobre o ser humano.
“Limites de Tolerância” são concentrações dos agentes químicos ou intensidades dos agentes
físicos presentes no ambiente de trabalho sob as quais os trabalhadores podem ficar
expostos durante toda a sua vida laboral sem sofrer efeitos adversos à sua saúde.
Esses limites têm por objetivo garantir a proteção da saúde do trabalhador e estão
definidos na NR 15 da Portaria no 3.214/1978 do Ministério do Trabalho, ex.: quadro n o 1
da NR 15 Anexo no 11.
Absorção Grau de a insalubridade a
Agentes Valor Até 48 horas/semana PPM*
também ser considerado no caso de
químicos teto mg/m3
pela pele sua caracterização.
Álcool Metílico
+ 156 200 máximo
(metanol)

Álcool n-
+ 156 390 médio
propílico

* PPM – Partes de vapor ou por milhão de partes de ar contaminado.


mg/m3 miligramas por metro cúbico de ar.
Isto significa, por exemplo, no caso do álcool metílico (metanol), que o mesmo é também
absorvido pela pele, e que é permitido pelo LT, a exposição ao produto até uma concentração
máxima de 200 mg/m3 de ar por um tempo máximo de 48 horas semanais. Saliente-se que
para a confecção do Mapa de Riscos não há necessidade da medição quantitativa dos
produtos químicos, os limites de tolerância são citados somente para ressaltar que apenas o
contato com o produto químico não caracteriza o risco. Não será demais relembrar que a
avaliação do risco para a construção do mapa é apenas sensitiva.
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Riscos físicos
Pressões extremas
As atividades exercidas em locais de pressões extremas (altas ou baixas) requerem
equipamentos especiais e rigoroso treinamento. Um exemplo é o dos mergulhadores que
trabalham em obras submarinas.
Ruídos
As máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas produzem ruídos que podem atingir
níveis excessivos, provocando a curto, médio e longo prazos sérios prejuízos à saúde.
Dependendo do tempo da exposição, do nível sonoro e da sensibilidade individual, as
alterações auditivas poderão manifestar se imediatamente ou se começará a perder a
audição gradualmente. Quanto maior o nível de ruído, menor deverá ser o tempo de
exposição ocupacional (Ver tabela a seguir).
Níveis de ruídos aceitáveis
Máxima exposição diária
Nível de ruído DB(A)
permissível
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 45 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 35 minutos
106 30 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
Principais efeitos prejudiciais do ruído excessivo sobre a pessoa
Efeitos nocivos do ruído
Sobre o sistema nervoso Modificações das ondas eletroencefalográficas.
Fadiga nervosa.
Perda de memória, irritabilidade, dificuldade em coordenar
ideias.
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Aparelho cardiovascular Hipertensão.


Modificação do ritmo cardíaco.
Modificação do calibre dos casos sanguíneos.
Outros efeitos Modificação do ritmo respiratório.
Perturbações gastrintestinais.
Diminuição da visão noturna.
Dificuldade na percepção das cores.
Perda temporária da capacidade auditiva.

Para a confecção do mapa de riscos não será necessária a medição do nível de ruído. A avaliação
é sensitiva: “aquele ruído que incomoda um pouco ou mais ou menos?”. Não interessa se é da
ordem de 85 ou 70 db, o que importa é que incomoda e tomar-se-ão medidas para minimizá-lo.
Radiações
 Radiações ionizantes: os operadores de aparelhos de Raios X e Radioterapia
frequentemente estão expostos a esse tipo de radiação. Seus efeitos podem afetar o
organismo (crônicos, agudos, genéticos ou somáticos “físicos”), podendo se manifestar
nos descendentes. Deve se tomar cuidados especiais quanto às operações e ao ambiente.
 Radiações não ionizantes: as radiações presentes em operações de fornos de solda
oxiacetilênica; ultravioleta, produzida pela solda elétrica; de raios laser podem causar ou
agravar problemas visuais a exemplo da catarata; provocar queimaduras, lesões na pele
etc.
Temperaturas extremas
 Calor: altas temperaturas são nocivas à saúde do trabalhador, podendo provocar
catarata, câimbras, insolação, desidratação, distúrbios psiconeuróticos, erupção da pele,
problemas circulatórios. Obs.: o uso de lentes de contato por operadores de fornos,
soldadores (arco voltaico) e demais trabalhadores que enfrentam calor externo é
contraindicado, podendo provocar até perda da visão.
 Frio: baixas temperaturas também são nocivas à saúde podendo provocar feridas,
rachaduras e necrose da pele, enregelamento, gangrena e amputação do membro lesado.
Outras consequências possíveis de temperaturas muito baixas são o agravamento de
doenças musculares periféricas preexistentes e de doenças reumáticas, predisposição
para acidentes e doenças das vias respiratórias.
Vibrações
 Na indústria é comum o uso de máquinas e equipamentos que produzem vibrações, as
quais podem ser prejudiciais para o trabalhador. As vibrações podem ser localizadas ou
generalizadas. Vibrações localizadas são causadas por ferramentas manuais, elétricas
pneumáticas. Com o tempo poderão provocar alterações neurovasculares nas mãos,
problemas nas mãos e braços e osteoporose (perda da substância óssea). As vibrações
generalizadas ou do corpo inteiro podem afeitar os operadores de grandes máquinas,
como os motoristas de caminhões, ônibus e tratores, provocando dores lombares e lesões
na coluna vertebral.
Umidade
 As atividades ou operações executadas em locais alagados; ou encharcados, com umidade
excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, são situações insalubres
e devem ter a atenção dos prevencionistas através de inspeções realizadas nos locais de
trabalho para se estudar a implementação de medidas de controle.
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Riscos biológicos
Agentes Biológicos são microrganismos que, em contato com o homem podem provocar
inúmeras doenças. São considerados como agentes biológicos os bacilos, bactérias, fungos,
protozoários, parasitas, vírus. Entram nesta classificação também os escorpiões bem como
as aranhas, insetos e ofídios peçonhentos. Muitas atividades profissionais favorecem o
contato com tais agentes. É o caso das indústrias de alimentação, hospitais, limpeza pública
(coleta de lixo), laboratórios etc.
Entre as inúmeras doenças profissionais provocadas por micro-organismos incluem se:
tuberculose, brucelose, malária, febre amarela etc.
Para que estas doenças possam ser consideradas doenças profissionais, é necessário que
haja exposição do funcionário a estes micro-organismos.
É necessário que sejam tomadas medidas preventivas para que as condições de higiene e
segurança nos diversos setores de trabalho sejam adequadas.
As medidas preventivas mais comuns são:
 Controle médico permanente;
 Uso do E. P. I. (Equipamento de Proteção Individual);
 Higiene rigorosa nos locais de trabalho;
 Hábitos de higiene pessoal; uso de roupas adequadas;
 Vacinação;
 Treinamento.
Para que uma substância seja nociva ao homem, é necessário que ela entre em contato com
seu corpo. Existem diferentes vias de penetração no organismo humano com relação à ação
dos agentes biológicos: cutânea (através da pele), digestiva (ingestão de alimentos) e
respiratória (aspiração de ar contaminado).
Riscos ergonômicos
São os riscos ligados à execução e à organização de todos os tipos de tarefas. Por exemplo, a
altura inadequada do assento da cadeira, a distância insuficiente entre as pessoas numa
seção, a monotonia do trabalho, o isolamento do trabalhador, o treinamento inadequado ou
inexistente etc. A ergonomia ou engenharia humana é uma ciência relativamente recente que
estuda as relações entre homem e seu ambiente de trabalho.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) define a ergonomia como a “aplicação das
ciências biológicas humanas em conjunto com os recursos e técnicas da engenharia para
alcançar o ajustamento mútuo, ideal entre o homem e seu trabalho, e cujos resultados se
medem em termos de eficiência humana e bem-estar no trabalho”.
Os agentes ergonômicos podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos e provocar sérios
danos à saúde do trabalhador porque produzem alterações no organismo e no estado
emocional, comprometendo sua produtividade, saúde e segurança.
Para evitar que esses agentes comprometam a atividade é necessário adequar o homem às
condições de trabalho do ponto de vista da praticidade, do conforto físico e psíquico e do
visual agradável. Isso reduz a possibilidade da ocorrência de acidentes.
Essa adequação pode ser obtida por meio de melhores condições de higiene no local de
trabalho, melhoria do relacionamento entre as pessoas, modernização de máquinas e
equipamentos, uso de ferramentas adequadas, alterações no ritmo de tarefas, postura
adequada, racionalização, simplificação e diversificação do trabalho.
40

Riscos de acidentes (mecânicos)


Os riscos de acidentes (mecânicos) são muitos diversificados e podem estar presentes em
ferramentas defeituosas, máquinas, equipamentos ou partes destes.
Os agentes de acidentes (mecânicos) mais comuns dizem respeito a:
Construção e instalação da empresa:
 prédio cair, área insuficiente;
 arranjo físico deficiente;
 pisos pouco resistentes e irregulares;
 matéria prima fora de especificações;
 falta de equipamento de proteção individual ou EPI inadequado ao risco;
 instalações elétricas impróprias ou com defeitos;
 iluminação: é necessário que as condições de iluminação natural ou artificial dos locais
de trabalho sejam apropriadas para o tipo de atividade a ser desenvolvida. Iluminação
insuficiente ou excessiva pode dificultar as tarefas, provocar perturbações visuais e
causar acidentes.
Máquinas, equipamentos e ferramentas:
 localização imprópria das máquinas;
 falta de proteção em partes móveis e pontos de operação;
 máquinas com defeitos;
 ferramentas defeituosas ou usadas de forma incorreta.

É importante, por exemplo, reconhecer a ferramenta adequada para cada finalidade e as


consequências de seu uso incorreto, conforme mostra o quadro a seguir:
Riscos do mau uso das ferramentas
Ferramenta Uso incorreto Uso correto
Uso da faca como chave de fenda ou
Faca Uso da faca para cortar.
alavanca.
Chaves de fenda Como alavanca ou talhadeira. Para apertar ou soltar parafusos.
Uso de martelo de unha em aço alta Uso de martelo de unha em
têmpera, de martelo de mecânica em carpintaria, de martelo mecânico
Martelos
carpintaria, de martelo de unha para trabalho em máquinas, de
como talhadeira. martelo de unha para extrair pregos.
Limas Como maneio ou alavanca. Para limar materiais.
Talhadeiras Como chave de fenda ou alavancas. Para cortar madeira ou metal.
Serras de mão Uso em material impróprio. Uso em material indicado.
Uso de serra para corte Uso do traçador para cortar
perpendicular ás fibras. perpendicularmente as fibras e da
Uso do traçador para corte no serra
sentido das para cortar no sentido das fibras.
fibras.
41

Tabela dos riscos ambientais

Riscos ambientais

Agentes Agentes Agentes Agentes de


Agentes físicos
químicos biológicos ergonômicos Acidentes
Trabalho físico Arranjo físico
Poeira Ruído Vírus
pesado deficiente
Posturas Máquinas sem
Fumos metálicos Vibração Bactéria
incorretas proteção
Radiação Treinamento Matéria-prima
Névoas ionizante e não Protozoários inadequado/ fora de
ionizante inexistente especificação
Equipamentos
Jornadas
Pressões inadequados/
Vapores Fungos prolongadas de
anormais defeituosos ou
trabalho
inexistentes
Ferramentas
Temperaturas Trabalho defeituosas/
Gases Bacilos
extremas noturno inadequadas ou
inexistentes
Responsabilidade
Produtos Iluminação
Frio e conflito
químicos em Parasitas deficiente
geral Calor Tensões
Eletricidade
emocionais
Substâncias,
compostos ou Incêndio
Insetos, cobras, Desconforto
produtos Umidade Edificações
aranhas etc. Monotonia
químicos em Armazenamento
geral.
Outros Outros Outros Outros Outros
VERMELHO VERDE MARROM AMARELO AZUL

7 PRINCÍPIOS BÁSICOS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO


A – O que é o fogo?
É o resultado da reação entre três elementos: oxigênio, calor e combustível. Convencionou-
se usar um triângulo equilátero para representá-lo: em cada lado, um elemento que o
compõe. Exemplo: a chama de um isqueiro, em que:
 combustível = fluido ou gás
 oxigênio = o próprio ar
 calor = faísca
Se faltar um dos três não haverá fogo, portanto:
 para extingui-lo, basta eliminar ou isolar um dos elementos.
 para preveni-lo, basta evitar o contato dos três elementos, em condições favoráveis.

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