0% acharam este documento útil (0 voto)
17 visualizações190 páginas

Part 1 Do Livro

O livro 'Mapeando Serviços Ecossistêmicos', editado por Benjamin Burkhard e Joaquim Maes, aborda a importância do mapeamento de serviços ecossistêmicos para a tomada de decisões e políticas, sendo financiado pelo projeto ESMERALDA da União Europeia. A obra, publicada em 2017, é de acesso aberto e reúne contribuições de diversos especialistas na área. O conteúdo inclui tópicos sobre a quantificação, mapeamento e aplicação de serviços ecossistêmicos em diferentes contextos e escalas.

Enviado por

melojosa481
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
17 visualizações190 páginas

Part 1 Do Livro

O livro 'Mapeando Serviços Ecossistêmicos', editado por Benjamin Burkhard e Joaquim Maes, aborda a importância do mapeamento de serviços ecossistêmicos para a tomada de decisões e políticas, sendo financiado pelo projeto ESMERALDA da União Europeia. A obra, publicada em 2017, é de acesso aberto e reúne contribuições de diversos especialistas na área. O conteúdo inclui tópicos sobre a quantificação, mapeamento e aplicação de serviços ecossistêmicos em diferentes contextos e escalas.

Enviado por

melojosa481
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 190

Machine Translated by Google

editado por
Machine Translated by Google
Machine Translated by Google

Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google
Machine Translated by Google

Mapeamento

Serviços de ecossistemas

editado por

Benjamin Burkhard e

Joaquim Maes
Machine Translated by Google

MAPEANDO SERVIÇOS DE ECOSSISTEMA

Editado por: Benjamin Burkhard, Joachim Maes

O conteúdo do livro é parcialmente financiado pelo projeto 'Melhorar o


mapeamento dos serviços ecossistémicos para a tomada de decisões
e políticas' (ESMERALDA), que recebe financiamento do programa de
investigação e inovação Horizonte 2020 da União Europeia ao abrigo
do acordo de subvenção n.º 642007.

A publicação do livro é financiada pela UE e pela Leibniz Universität Hannover.

Os editores e vários autores deste livro são membros do Grupo de Trabalho Temático sobre

Parceria de Serviços Ecossistêmicos


Mapeamento de Serviços Ecossistêmicos da Parceria de Serviços Ecossistêmicos (ESP).

Citação: Burkhard B, Maes J (Eds.) (2017) Mapeando Serviços Ecossistêmicos. Editores Pensoft, Sófia,
374 pp.

Publicado pela primeira vez em 2017

ISBN 978-954-642-829-5 (capa dura)


ISBN 978-954-642-852-3 (brochura)
ISBN 978-954-642-830-1 (e-book)

Editores Pensoft
12, Prof.
1111 Sófia, Bulgária
e-mail: info@pensoft.net
www.pensoft.net

Todo o conteúdo é de Acesso Aberto, distribuído sob os termos da Licença Creative Commons
Attribution (CC BY 4.0), que permite uso, distribuição e reprodução irrestrita em qualquer meio,
desde que o autor original e a fonte sejam creditados.

Isenção de responsabilidade: As opiniões e argumentos aqui expressos pertencem inteiramente aos


autores. As suas opiniões não refletem necessariamente as da Comissão Europeia, da Leibniz Universität,
dos editores ou dos revisores.

Impresso na Bulgária, março de 2017


Machine Translated by Google

Conteúdo
Lista de contribuidores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

Prefácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

Capítulo 1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

Capítulo 2. Serviços ecossistêmicos de base . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

2.1. Uma breve história do conceito de serviços ecossistêmicos. . . . . . . . . . . . . . 29

2.2. Uma base natural para serviços ecossistêmicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

2.3. Da natureza à sociedade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

2.4. Sistemas de categorização: O desafio da classificação. . . . . . . . . . . . 42

Capítulo 3. Mapeamento de plano de fundo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47

3.1. Noções básicas de cartografia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

3.2. Técnicas de mapeamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55

3.3. Semântica e sintática do mapa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63

3.4. Ferramentas para mapeamento de serviços ecossistêmicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70

3.5. Mapeamento de tipos e condições de ecossistemas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75

3.6. Métricas de paisagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81

3.7. Desafios específicos do mapeamento dos serviços ecossistémicos. . . . . . . . . . . . . 87

Capítulo 4. Quantificação de serviços ecossistêmicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91

4.1. Quantificação biofísica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93

4.2. Abordagens de valoração sociocultural. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102

4.3. Quantificação económica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113

4.4. Modelagem computacional para avaliação de serviços ecossistêmicos. . . . . . . . 124

4.5. Redes de crenças bayesianas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136

4.6. Aplicar conhecimento especializado para quantificação de serviços ecossistêmicos. . 142

Conteúdo 5
Machine Translated by Google

Capítulo 5. Mapeamento de serviços ecossistêmicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147

5.1. O que mapear?. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149

5.2. Onde mapear?. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 157

5.3. Quando mapear?. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 164

5.4. Por que mapear?. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 171

5.5. Mapeamento de serviços ecossistêmicos específicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176

5.5.1. Mapeamento dos serviços ecossistêmicos reguladores. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 177

5.5.2. Mapeamento de serviços ecossistêmicos de provisionamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 187

5.5.3. Mapeamento de serviços ecossistêmicos culturais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 197

5.6. Abordagens integrativas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 210

5.6.1. Uma abordagem escalonada para mapeamento de serviços ecossistêmicos. . . . . . . . . . . .211

5.6.2. Abordagens participativas de SIG para mapeamento de serviços ecossistêmicos. . . . 216

5.6.3. Ciência cidadã. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 221

5.6.4. Matriz de serviços ecossistêmicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 225

5.7. Mapeamento de serviços ecossistêmicos em diferentes escalas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 231

5.7.1. Abordagens regionais de mapeamento de serviços ecossistêmicos. . . . . . . . . . . . . 0,233

5.7.2. Abordagens nacionais de mapeamento de serviços ecossistémicos. . . . . . . . . . . . . . 237

5.7.3 Abordagens de mapeamento de serviços ecossistêmicos globais . . . . . . . . . . . . . . 244

5.7.4. Mapeamento dos serviços ecossistémicos marinhos e costeiros. . . . . . . . . . . . . . 250

5.7.5. Interações espaciais, temporais e temáticas. . . . . . . . . . . . . . . . . . 256

Capítulo 6. Incertezas do mapeamento dos serviços ecossistêmicos . . . . . . . . . . . . . . . 263

6.1. Questões de dados e quantificação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,265

6.2. Serviços ecossistémicos problemáticos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 271

6 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

6.3. Medidas e mapas de incerteza. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 281

6.4. Problemas de interpretação de mapas/usuário final. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 288

Capítulo 7. Aplicação de mapas de serviços ecossistêmicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 293

7.1. Mapeamento dos serviços ecossistémicos a nível nacional e supranacional


elaboração de políticas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 295

7.2. Aplicação dos serviços ecossistémicos no ordenamento do território. . . . . . . . . . . 303

7.3. Setores de uso da terra. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 308

7.3.1. Mapeamento dos serviços ecossistémicos urbanos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 310

7.3.2. Mapas de serviços ecossistêmicos na agricultura. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 317

7.3.3. Mapeamento dos serviços ecossistémicos florestais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 322

7.3.4. Proteção da natureza. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 327

7.4. Aplicação de mapeamento de serviços ecossistêmicos em áreas marinhas. . . . . . . . . . . 332

7.5. Negócios e indústria. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 339

7.6. Mapeamento dos resultados de saúde dos serviços ecossistémicos. . . . . . . . . . . . . 344

7.7. Segurança ambiental: Análise de riscos e serviços ecossistêmicos. . . . . 349

7.8. Mapeamento de serviços ecossistêmicos para avaliação de impacto. . . . . . . . . . . . . 352

7.9. A ferramenta de visualização de parcerias de serviços ecossistêmicos. . . . . . . . . . . 356

Capítulo 8. Conclusões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 361

Glossário................................................. ............ 365

Conteúdo 7
Machine Translated by Google
Machine Translated by Google

Lista de Colaboradores

ABDUL MALAK, Dania ARKEMA, Katie


Arquitecto Francisco Peñalosa Stanford Woods Institute
Edificio Ada Byron 473 Via Ortega, MC: 4205
Ampliación Campus de Teatinos Stanford, CA 94305, EUA E-
29010 Málaga, mail: karkema@stanford.edu
Espanha Email: daniaabdulmalak@uma.es
BAGSTAD, Kenneth J.
ADAMESCU, Centro de Pesquisa Geológica dos
Pesquisa em Ecologia de EUA W 6th Ave Kipling
Sistemas e Sustentabilidade da Universidade St Lakewood, CO 80225, EUA
Mihai de E-mail: kjbagstad@usgs.gov
Bucareste Splaiul Independentei,
91-95 050095 Bucareste, BANKO, Gebhard.
Romênia Email: adacri@gmail.com Umweltbundesamt
Spittelauer Lände 5
AGOSTINI, Vera 1090 Viena, Áustria
Science and Consearvation, Programa Email: gebhard.banko@umweltbundesa-
Caribenho, The Nature Conservancy, mt.at
4245 North Fairfax Drive, Suite 100
Arlington, VA 22203-1606, Estados Unidos BARTON, David N.
Email: vagostini@TNC.ORG Instituto Norueguês de Pesquisa da Natureza
NINA
ALBERT, Christian Gaustadalleen 21
Leibniz Universität Instituto de NO-0349 Oslo, Noruega
Planejamento Ambiental de Hannover Email: David.Barton@nina.no
Herrenhäuser Straße 2
30419 Hannover, Alemanha BEAUMONT, Nicola
Email: albert@umwelt.uni-hannover.de Plymouth Marine Laboratory
Prospect Place
ALKEMADE, Rob PL1 3DH
PBL Agência de Avaliação Ambiental da The Hoe, Plymouth, Reino Unido Email:
Holanda PO nijb@pml.ac.uk
Box 30314, 2500 GH Den Haag, Holanda
Email: BOON,
Rob.Alkemade@pbl.nl Departamento de Dinâmica de
Ecossistemas de Arjen, Unidade de
ANDERSON, Escola de Sistemas Marinhos e
Ambientes Naturais e Costeiros, Instituto de Pesquisa Del-tares
Construídos da Universidade Sharolyn da
Austrália do Sul Boussinesqweg 1, 2629 HV Delft, Holanda Email: Arjen.Boon
GPO Box 2471 Adelaide, Austrália do Sul
5001, Austrália Email: Sharolyn.Anderson@unisa.edu.au

Lista de contribuidores 9
Machine Translated by Google

BOYANOVA, Kremena. Splaiul Independentei 91-95


Universidade de Kiel 050095 Bucareste, Romênia E-
Instituto de Conservação de Recursos Naturais mail: Constantin.cazacu@gmail.com
ção
Olshausenstr. 40 CONTI, Michele
24098 Kiel, Alemanha E- Comissão Europeia – Centro Comum de
mail: kbboyanova@gmail.com
Investigação Via E.
BRAAT, Leon Fermi 2749 21027 Ispra
Alterra (VA), Itália Email: michele.conti@ec.europa.eu
Droevendaalsesteeg
6708 PB Wageningen, Holanda E-mail: COSTANZA, Escola de
lcbraat@gmail.com Políticas Públicas Robert Crawford The
Australian National University Canberra
BRANDER, Instituto ACT 2601, Austrália Email:
Luke de Estudos Ambientais VU University rcostanz@gmail.com
Amsterdam De Boelelaan
1087 1081 HV CROSSMAN, Neville D.
Amsterdã, Holanda Email: lmbrander@vu.nl Escola de Ciências
Biológicas da Universidade de
Adelaide Glen Osmond, SA, 5064, Austrália
BROEKX, Steven Email: neville.crossman@gmail.com
VITO

Boeretang 200 DE GROOT, Rodolfo


2400 Mol, Bélgica E- Universidade e Pesquisa de Wageningen (WUR)
mail: steven.broekx@vito.mol Grupo de Análise de Sistemas Ambientais
Droevendaalsesteeg 3
BROWN, Claire 6708PB Wageningen, Holanda Email:
Programa de Avaliação de Ecossistemas do Dolf.deGroot@wur.nl
Centro

de Monitoramento da Conservação DECLERCK, Fabrice


Mundial do PNUMA 219 Bioversity International Parc
Huntingdon Road Cambridge, CB3 0DL, Reino Scientifique Agropolis II 34397
Unido Email: Claire.Brown@unep-wcmc.org Montpellier Cedex 5, França E-mail:
f.declerck@cgiar.org
BURKHARD, Benjamin Leibniz
Universität Hannover Instituto de DENDONCKER, Universidade
Geografia Física e Ecologia da Paisagem Nicolas de Namur
Schneiderberg 50 Departamento de Geografia Rue
30167 Hannover, de Bruxelles 61 5000

Alemanha Email: Namur, Bélgica Email:


burkhard@phygeo.uni-hannover.de nicolas.dendoncker@unamur.be

CAZACU, Constantin DERKZEN, Marthe


Universidade de Bucareste Universidade Vrije de Amsterdã
Centro de Pesquisa em Ecologia de Sistemas e Grupo de Geografia Ambiental, Departamento de
Sustentabilidade Ciências da Terra

10 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

De Boelelaan 1087 FRANK, Susanne


1081 HV Amsterdã, Holanda E-mail: GICON - Großmann Ingenieur Consult GmbH
marthe.derkzen@vu.nl
Tiergartenstr. 48
DRAKOU, Evangelia G. 01219 Dresden, Alemanha
Institut Universitaire Européen de la Mer E-mail: S.Frank@gicon.de
Rue Dumont d'Urville, 29280 Plouzané,
França FÜRST,
Email: Evangelia.Drakou@univ-brest.fr Universidade Christine Martin-Luther

DUNFORD, Robert W. Instituto Halle-Witten-berg de Geociências


Centro Universitário de Oxford para o Meio Ambiente e Geografia Desenvolvimento
mento Paisagístico Sustentável
Instituto de Mudança Ambiental Von Seckendorff-Platz 4 06120
OX1 3QY South Parks Road, Oxford, Reino Halle, Saale, Alemanha Email: christine.fuerst@geo.uni-ha
Unido Email: robert.dunford@ouce.ox.ac.uk
GARCÍA-LLORENTE, Marina
EGOH, Madrid Instituto de Investigação e
Conselho de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Rural, Agrícola e
Industrial de Benis, Recursos Naturais Alimentar
e Meio Ambiente, PO Box 320, Stellenbosch (IMIDRA), Ctra. Madrid-Barcelona (N-
7599, Escola de II), KM.
Ciências Agrícolas, Terrestres e 38.200, 28802 Alcalá de
Ambientais da África do Sul, Universidade Henares, Espanha E-mail: marina.garcia.llorente@mad
de Kwa-Zulu-Natal, 27 Private Bag X01,
Scotts -ville 3209, África GENELETTI, Davide
do Sul E-mail: BEgoh@csir.co.za Departamento de Engenharia Civil,
Ambiental e Mecânica
ERHARD, Markus Universidade de
Agência Europeia do Ambiente Trento via
Kongens Nytorv 6 Mesiano, 77 38123
1050 Copenhagen K, Dinamarca Trento, Itália Email: davide.geneletti@unitn.it
Email: markus.erhard@eea.europa.eu
GIORDANO, Alberto
ESTRADA CARMONA, Natalia Departamento de
Bioversity International Geografia da Texas State
Parc Scientifique Agropolis II University Evans Liberal Arts,
34397 Montpellier Cedex 5, França Sala 139 San Marcos,
Email: necarmona@cgiar.org TX 78666 Email. ag22@txstate.edu

FAGERHOLM, GRÊT-REGAMEY, Adrienne


Universidade Nora de ETH Zurique
Copenhague Departamento de Geociências Instituto Federal Suíço de Tecnologia
e Gestão de Recursos Stefano-Franscini-Platz 5
Naturais 8093 Zurique, Suíça E-
Rolighedsvej 23 1958 Fredriksberg mail: gret@nsl.ethz.ch
C, Dinamarca Email: ncf@ign.ku.dk

Lista de contribuidores 11
Machine Translated by Google

GRIFFITHS, Charly 00260 Helsinque, Finlândia E-


A Associação Biológica Marinha do mail: Anna-Stiina.Heiskanen@ymparisto.fi
Reino Unido
O Laboratório, Citadel Hill
Plymouth, Devon, PL1 2PB, Reino Unido HEVIA, Universidade
Autônoma Violeta de Madrid Laboratório
GONZALEZ-REDIN, Julen The Socioecológico Departamento de
James Hutton Institute Ecologia Escritório C-201
Craigiebuckler 28049 Madrid,
Aberdeen AB15 8QH, Reino Espanha Email:
Unido E-mail: Julen.Gonzalez@hutton.ac.uk violeta.hevia@uam.es

GRUNEWALD, Instituto HIEDERER, Roland


Karsten Leibniz de Desenvolvimento Comissão Europeia – Centro Comum de
Ecológico e Regional IOER
Weberplatz 1 Investigação Via E.
01217 Dresden, Alemanha Fermi 2749 21027 Ispra
Email: k.grunewald@ioer.de (VA), Itália Email: roland.hiederer@ec.europa.eu

GUERRA, Carlos HOOPER, Tara


Centro Alemão de Pesquisa Integrativa da Plymouth Marine Laboratory
Biodiversidade iDiv Halle-Jena-Leipzig Prospect Place The Hoe, PL1
Universidade Martin Luther Halle-Witten-berg 3DH, Plymouth, Reino Unido Email:
tarh@pml.ac.uk
Deutscher Platz 5e
04103 Leipzig, Alemanha HUYNEN, Universidade
Email: carlos.guerra@idiv.de Maud de Maastricht PO Box
616 6200 MD

HAINES-YOUNG, Roy Fabis Maastricht, Holanda Email:


Consulting Ltd The m.huynen@maastrichtuniversity.nl
Paddocks, Chestnut Lane, Barton in
Fabis, Nottingham, NG11 0AE, Reino Unido E-mail: JACOBS, Instituto
Sander de Pesquisa para Natureza e Floresta

Roy.Haines-Young@fabisconsult-ing.com (INBO)
Kliniekstraat 25
1070 Bruxelas, Bélgica E-
HARRISON, Paula A. mail: sander.jacobs@inbo.be
Centro Universitário de Oxford para o Meio Ambiente
mento JONES, Sarah
Instituto de Mudança Ambiental OX1 Bioversity International Parc
3QY South Parks Road, Oxford, Reino Unido Email: Scientifique Agropolis II 34397
paharriso@aol.com Montpellier Cedex 5, França Email:
s.jones@cgiar.org
HEISKANEN, Anna-Stiina
Instituto Finlandês do Meio Ambiente (SYKE) KABISCH, Nadja
Centro de Pesquisa Marinha Universidade Humboldt de Berlim
Mechelininkatu 34a Departamento de Geografia

12 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

Unter den Linden 6 9090 Melle-Gontrode, Bélgica E-


10099 Berlim, Alemanha mail: dries.landuyt@ugent.be
E-mail: nadja.kabisch@geo.hu-berlin.de
LIEKENS, Inge
KELEMEN, VITO
Universidade Eszter Corvinus de Boeretang 200
Budapeste Fovam ter 81093 Budapeste, 2400 Mol, Bélgica E-
Hungria e ESSRG Ltd. Romer mail: inge.liekens@vito.be
Floris u. 38 1024 Budapeste,
Hungria E-mail: kelemen.eszter@essrg.hu LIQUETE, Camino
Comissão Europeia – Centro Comum de
KEUNE, Instituto
Hans de Pesquisa para Natureza e Floresta Investigação Via E.
(INBO) Fermi 2749 21027 Ispra
Kliniekstraat 25 (VA), Itália Email: camino.liquete@ec.europa.eu
1070 Bruxelas, Bélgica
E-mail: hans.keune@inbo.be LUQUE, Instituto
Nacional de Pesquisa Sandra de Ciência e
KLUG, Universidade Tecnologia para Meio Ambiente e Agricultura,
Hermann Paris-Lodron Salzburgo (IRSTEA), UMR TETIS 500 rue
Schillerstr. 30, Edifício 15, 3º andar 5020 JF Breton, Montpellier 34000 França
Salzburgo, Áustria Email: Email:
hermann.klug@sbg.ac.at sandra.luque@irstea.fr

KOPPEROINEN, Instituto MAES, Joachim


Finlandês do Meio Ambiente Leena (SYKE) Comissão Europeia – Centro Comum de
Centro de Política Ambiental
Mechelininkatu 34a Investigação Via E.
00260 Helsinque, Finlândia Fermi 2749 21027 Ispra
E-mail: leena.kopperoinen@ymparisto.fi (VA), Itália Email: joachim.maes@ec.europa.eu

KRUSE, MARION MANDLE, Lisa


Universidade de Kiel Natural Capital Project, Stanford University
Instituto de Conservação de Recursos Naturais 371 Serra Mall
ção Stanford, CA 94305
Olshausenstr. 75 EUA Email: lmandle@stanford.edu
24118 Kiel, Alemanha
E-mail: mkruse@ecology.uni-kiel.de MARTENS, Pim
University of Maastricht
KUBISZEWSKI, Ida PO Box 616
Crawford School of Public Policy 6200 MD Maastricht, Holanda Email:
The Australian National University p.martens@maastrichtuniversity.nl
Canberra ACT 2601, Austrália
Email: ida.kubiszewski@anu.edu.au MARTÍN-LÓPEZ,
Universidade Berta Leuphana
LANDUYT, seca Lüneburg
Laboratório Florestal e Natural da Universidade de Ghent Scharnhorststraße 1 21335
Geraardsbergsesteenweg 267 Lüneburg, Alemanha E-mail: martinlo@leuphana.de

Lista de contribuidores 13
Machine Translated by Google

MONONEN, Laura 48940 Leioa, Espanha


Instituto Finlandês do Meio Ambiente (SYKE) E-mail: ignacio.palomo@bc3research.org
Centro de Meio Ambiente Natural
Yliopistokatu 7, 80100 Joensuu PÁRTL, Adam
E-mail: laura.mononen@ymparisto.fi Instituto de Pesquisa de Mudança Global,
Academia Tcheca de Ciências
MULLER, Félix Jircháÿích 149/6
Universidade de Kiel Praga 11000, Tchéquia
Instituto de Conservação de Recursos Naturais E-mail: adam.partl@aonbenfield.com
ção
Olshausenstr. 40 PAYYAPPALIMANA, Unnikrishnan
24098 Kiel, Alemanha UNU-Instituto Internacional de Saúde Global,
E-mail: fmueller@ecology.uni-kiel.de
Universidade Kebangsaan Malásia
NEDKOV, Stoyan Jalan Yaacob Latiff
Academia Búlgara de Ciências 56.000 Cheras
Instituto Nacional de Geofísica, Geodésia e Kuala Lumpur, Malásia
Geografia E-mail: payyappalli@unu.edu
Acad. Rua G. Bonchev, bl. 3
1113 Sófia, Bulgária PERPIÑA, Carolina
E-mail: snedkov@abv.bg Comissão Europeia – Centro Comum de
Investigação
NEALE, Ana Via E. Fermi 2749
Pesquisa da EPA dos EUA 21027 Ispra (VA), Itália
Correio: D343-04 109 E-mail: carolina.perpina@ec.europa.eu
Alexander Drive Durham,
NC 27711, EUA PETZ, Katalin
E-mail: neale.anne@epa.gov PBL Agência de Avaliação Ambiental da
Holanda PO
OOSTERBROEK, Bram. Box 30314, 2500 GH Den Haag, Holanda
Universidade de Maastricht
Caixa Postal 616 E-mail: katalin.petz@gmail.com
6200 MD Maastricht, Holanda
E-mail: bram.oosterbroek@maastrichtuniversity.nl POLCE, Chiara
Comissão Europeia – Centro Comum de
Investigação
OTEROS-ROZAS, Elisa Via E. Fermi 2749
Universidade Pablo de Olvide 21027 Ispra (VA), Itália
Departamento de Antropologia Social, E-mail: chiara.polce@ec.europa.eu
Psicologia Básica e Saúde Pública
41013 Sevilha, Espanha POTSCHIN, Marion
E-mail: elisa.oterosrozas@gmail.com Fabis Consulting Ltd., The Paddocks,
Chestnut Lane, Barton In Fabis, Notting-ham,
PALOMO, Ignácio NG11 0AE, Reino Unido
Edifício Sede 1, 1º andar E-mail: Marion.Potschin@fabisconsulting.
Campus Científico da Universidade do com
país Basco

14 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

PRIESS, Joerg A. Kliniekstraat 25


Centro Helmholtz de Pesquisa Ambiental 1070 Bruxelas, Bélgica E-
UFZ Ecologia mail: anik.schneiders@inbo.be
Computacional de Paisagem
Permoserstraße 15 SCHRÖTER, Matthias UFZ
04318 Leipzig, Alemanha - Centro Helmholtz de Pesquisa Ambiental,
Email: joerg.priess@ufz.de Departamento de Serviços Ecossistêmicos
Permoserstr.
QIU, Jianxiao 15, 04318 Leipzig, Alemanha Centro Alemão
Universidade da Flórida para Pesquisa Integrativa da Biodiversidade
Escola de Recursos Florestais e Conservação iDiv Halle-Jena-Leipzig Deutscher Platz
ção 5e 04103 Leipzig,
Centro de Pesquisa e Educação de Fort Alemanha Email:
matthias.schroeter@idiv.de s
Lauderdale 3205 College Ave, Davie, FL
33314 E-mail: qiujiangxiao@gmail.com SCHULP, Nynke
Vrije Universiteit Amsterdã Grupo
RABE, Sven-Erik de Geografia Ambiental Departamento
ETH Zurique de Ciências da Terra De
Instituto Federal Suíço de Tecnologia Boelelaan 1087 1081
Wolfgang-Pauli-Str. 15 HV Amsterdã, Holanda Email:
8093 Zurique, Suíça E-mail: nynke.schulp@vu.nl
rabes@ethz.ch
SUBRAMANIAN, Suneetha M.
RIVERO, Inés Mari UNU-Instituto Internacional de Saúde Global,
Comissão Europeia – Centro Comum de Universiti
Kebangsaan Malásia Jalan Yaacob
Investigação Via E. Latiff 56000 Cheras
Fermi 2749 21027 Ispra Kuala Lumpur,
(VA), Itália Email: ines.mari-rivero@ec.europa.eu Malásia E-mail:
subramanian@unu.edu
RUSKULE, Anda
Baltic Environmental Forum SUTTON, Paul
Antonijas 3-8 University of Denver
Rÿga,1010, Letônia Departamento de Geografia
Email. Anda.Ruskule@bef.lv 2050 E Iliff Ave
Denver, CO 80208
SANTOS-MARTÍN, Fernando Email. Paul.Sutton@du.edu
Gabinete do Departamento de Ecologia
da Universidade Autónoma SYRBE, Ralf-Uwe
de Madrid Leibniz Instituto de Desenvolvimento Ecológico
C-201 28049 Madrid, e Regional IOER Weberplatz 1
Espanha Email: fernando.santos.martin@uam.es 01217 Dresden,
Alemanha Email:
SCHNEIDERS, Anik r.syrbe@ioer.de
Instituto de Investigação da Natureza e da Floresta
(INBO)

Lista de contribuidores 15
Machine Translated by Google

TARDIEU, Léa 21027 Ispra (VA), Itália


Instituto Nacional Francês de Pesquisa Agrícola E-mail: sara.vallecillo-rodriguez@ec.euro-
pa.eu
INRA, AgroParisTech, UMR356 Labora-toire
d'Économie Forestière, 54042 VANDECASTEELE, Ine
Nancy, França Comissão Europeia – Centro Comum de
E-mail: lea.tardieu@inra.fr Investigação
Via E. Fermi 2749
TELLER, Ana 21027 Ispra (VA), Itália
Comissão Europeia E-mail: ine.vandecasteele@ec.europa.eu
Direcção-Geral do Ambiente
1049 Bruxelas, Bélgica VEERKAMP, Clara J.
E-mail: anne.teller@ec.europa.eu PBL Agência de Avaliação Ambiental da
Holanda PO
TENERELLI, Patrícia Box 30314, 2500 GH Den Haag, Holanda
IRSTEA - Instituto Nacional de Pesquisa de
Ciência e Tecnologia para Meio Ambiente e E-mail: clara.veerkamp@pbl.nl
Agricultura
500 rue JF BRETON Montpellier 34000 VERHEYDEN, Wim
França Instituto de Investigação da Natureza e da Floresta
(INBO)
TENEVA, Lida. Kliniekstraat 25
Universidade de Stanford 1070 Bruxelas, Bélgica
Departamento de Ciência dos Sistemas wim.verheyden@inbo.be
Ambientais da Terra
Braun Hall VIHERVAARA, Petteri
Stanford, CA 94305-2115, EUA Instituto Finlandês do Meio
E-mail: lteneva@stanford.edu Ambiente Mechelininkatu 34a, POBox 140,
FI-00251 Helsinque, Finlândia
TRAUN, Christoph
Universidade Paris-Lodron Salzburgo VIINIKKA, Arto
Hellbrunnerstr. 34 Instituto Finlandês do Meio Ambiente (SYKE)
5020 Salzburgo, Áustria Centro de Política Ambiental
E-mail: christoph.traun@sbg.ac.a Mechelininkatu 34a
00260 Helsinque, Finlândia
VAÿKÁÿ, David E-mail: arto.viinikka@ymparisto.fi
Universidade Carlos
Centro Ambiental José VIITASALO, Markku
Martího 407/2 Instituto Finlandês do Meio Ambiente SYKE

162 00 Praga, Tchéquia Centro de Investigação Marinha/Ordenamento do


E-mail: david.vackar@czp.cuni.cz Espaço Marinho
Mechelininkatu 34a
VALECILO, Sara 00260 Helsinque, Finlândia

Comissão Europeia – Centro Comum de E-mail: Markku.Viitasalo@ymparisto.fi


Investigação
Via E. Fermi 2749

16 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

VIZCAINO, Pilar WILLEMEN, Louise


Comissão Europeia – Centro Comum de Departamento de
Recursos Naturais da Universidade
Investigação Via E. de Twente
Fermi 2749 21027 Ispra PO Box 217 7500 AE Enschede,
(VA), Itália Email: pilar.vizcaino-martinez@ec.euro- Holanda Email. llwillemen@utwente.nl
ervilha.eu
ZULIAN, Grazia
WALZ, Comissão Europeia - Centro Comum de
Universidade Ulrich de Ciências Aplicadas
Cátedra de Ecologia de Investigação Direcção D - Unidade de
Paisagem de Dresden Recursos Sustentáveis D3 -
Friedrich-List-Platz 1 01069 Recursos Terrestres Via E.
Dresden, Alemanha Email: ulrich.walz@htw-dresden.deFermi, 2749 - TP 290
21027 Ispra (VA), Itália Email: grazia.zulian@ec.europa.eu
WEIBEL, Bettina
ETH Zurique
Instituto Federal Suíço de Tecnologia
Stefano-Franscini-Platz 5
8093 Zurique, Suíça Email:
weibel@nsl.ethz.ch

Lista de contribuidores 17
Machine Translated by Google
Machine Translated by Google

Prefácio
Mapeando Serviços Ecossistêmicos

A prosperidade económica e o bem-estar do políticas sectoriais como a agricultura, os


mundo são sustentados pelo seu capital natural, assuntos marítimos, as pescas e a coesão.
ou seja, pela sua biodiversidade, incluindo
ecossistemas que fornecem bens e serviços O mapeamento dos serviços ecossistémicos é
essenciais à humanidade, desde solos férteis e essencial para compreender como os
florestas multifuncionais a terras e mares ecossistemas contribuem para o bem-estar
produtivos, desde produtos frescos de boa humano e para apoiar políticas que têm impacto
qualidade água e ar limpo para a polinização e nos recursos naturais. Em 2013, foi lançada uma
iniciativa da UE sobre Mapeamento e Avaliação
regulação climática e proteção contra desastres naturais.
Esta é a razão pela qual, por exemplo, o primeiro de Ecossistemas e seus Serviços (MAES) e foi
objectivo prioritário do 7.º Programa de Acção criado um grupo de trabalho específico com os
Ambiental (7.º PAA) da União Europeia (UE) é Estados-Membros, peritos científicos e partes
proteger, conservar e melhorar o capital natural interessadas relevantes. O primeiro resultado foi
da UE. A fim de integrar a biodiversidade no o desenvolvimento de um quadro analítico
nosso sistema socioeconómico, o 7.º PAA coerente2 a ser aplicado pela UE e pelos seus
destaca a necessidade de integrar indicadores Estados-Membros, a fim de assegurar abordagens
económicos com indicadores ambientais e consistentes. Em 2014, foi publicado um
sociais, inclusive através da contabilização do segundo relatório técnico3 que propõe indicadores
capital natural, para medir as mudanças no stock que podem ser utilizados a nível europeu e dos
de recursos naturais. capital rural a vários níveis, Estados-Membros para mapear e avaliar os
incluindo tanto a nível continental como nacional. serviços ecossistémicos. São propostos
indicadores para os principais ecossistemas
(agro, florestais, de água doce e marinhos) e é
A Estratégia de Biodiversidade da UE para também abordada a importante questão de como
2020 apelou aos Estados-Membros para o fluxo de dados abrangente proveniente da
mapearem e avaliarem o estado dos comunicação das diretivas relativas à natureza pode ser utiliza
ecossistemas e dos seus serviços no seu
território nacional até 2014, com a assistência Desde o início do MAES, foi realizado algum
da Comissão Europeia. O valor económico de trabalho exploratório em paralelo para avaliar
tais serviços também deverá ser avaliado e como alguns dos indicadores biofísicos poderiam
a integração destes valores nos sistemas ser usados para a contabilização do capital
contabilísticos e de reporte a nível da UE e natural. Era também importante garantir que os
nacional deverá ser promovida até
, Ação 5).2020 (ver Meta fluxos
21 de dados disponíveis a nível europeu e,
em particular, os decorrentes das obrigações de
Esta acção específica visa fornecer uma base de comunicação dos Estados-Membros,
conhecimentos sobre os ecossistemas e os seus serviços em
Europa para apoiar a consecução das seis metas 2 http://ec.europa.eu/environment/nature/knowl
específicas de biodiversidade da estratégia, edge/ecosystem_assessment/pdf/MAESWork
bem como incluir uma série de outras ingPaper2013.pdf 3
http://ec.europa.eu/environment/nature/knowl
1 http://ec.europa.eu/environment/nature/biodi edge/ecosystem_assessment/pdf/2ndMAESWork
versidade/estratégia/target2/index_en.htm ingPaper.pdf

Prefácio 19
Machine Translated by Google

ser utilizado para o mapeamento e avaliação dos devidamente tidos em conta e demonstrar, em
ecossistemas e do seu estado4 . Mais termos físicos e, na medida do possível, em
recentemente, foi iniciado um trabalho dedicado termos monetários, os benefícios de investir na
aos ecossistemas urbanos com a contribuição gestão sustentável dos ecossistemas e dos
ativa de muitas cidades e um quarto relatório recursos naturais.
técnico5 sobre mapeamento e avaliação de
ecossistemas urbanos e seus serviços foi Finalmente, o trabalho europeu realizado no
publicado. Está também a ser desenvolvida uma âmbito da Meta 2, Acção 5, está a contribuir
actividade sobreposta sobre o reforço do activamente para as principais iniciativas em
mapeamento e avaliação da condição e função curso, como as avaliações globais, regionais e
do solo na prestação de serviços ecossistémicos temáticas no âmbito da Plataforma
a longo prazo. Intergovernamental sobre Biodiversidade e
Serviços Ecossistémicos (IP-BES9 ) e o
No contexto da Economia dos Ecossistemas e Diretrizes da ONU sobre contabilidade
da Biodiversidade (TEEB6 ), um estudo das experimental de ecossistemas do Sistema de
abordagens disponíveis para avaliar e valorizar Contas Econômicas Ambientais (UN SEEA EEA10).
os serviços ecossistémicos na UE7 foi apoiado
pela Comissão Europeia para apoiar os países Actualmente, com o apoio construtivo de projectos
da UE na prossecução da Acção 5 da UE. e acções de investigação e inovação, como
Estratégia de Biodiversidade. ESMERALDA11 e com a quantidade de trabalho
já realizado nos Estados-Membros e a nível da
Em 2015, um projeto de inovação do conhecimento UE, o impulso para os próximos passos é
sobre um sistema integrado de contabilidade do impressionante12.
capital natural e dos serviços ecossistémicos
(KIP INCA)8 foi lançado conjuntamente por Os desenvolvimentos políticos na Europa, mas
quatro serviços da Comissão (Eurostat, Ambiente, também em muitos outros países e à escala
Centro Comum de Investigação e Investigação e global, estimularam a comunidade científica a
Inovação) e pelo Ambiente Europeu. Agência. mapear os serviços ecossistémicos, a
Este projeto visa conceber e implementar um desenvolver novos métodos, a avaliar a incerteza
sistema de contabilidade integrado para os dos mapas e a fornecer aplicações práticas da
ecossistemas e os seus serviços na UE, para utilização de mapas em vários processos de
servir uma série de necessidades de informação tomada de decisão. Este livro é um excelente
e informar a tomada de decisões de diferentes resumo das conquistas do mapeamento de
setores políticos, com base no trabalho existente serviços ecossistêmicos e fornece orientação
nos países da UE. Serviços ecossistêmicos para cientistas, estudantes, profissionais e
importantes fornecidos pela natureza serão, portanto, tomadores
explicitamente
de decisão que precisam mapear ecossistemas.
Serviços.

4
http://ec.europa.eu/environment/nature/knowl
Ainda temos grandes desafios pela frente, como
edge/ecosystem_assessment/pdf/3rdMAESRe
a melhoria do mapeamento e avaliação da
port_Condition.pdf 5
condição do ecossistema
http://ec.europa.eu/environment/nature/knowl
edge/ecosystem_assessment/pdf/102.pdf
6
http://teebweb.org/ 9 http://www.ipbes.net/ 10 http://
7 http://ec.europa.eu/environment/nature/biodi unstats.un.org/unsd/envaccounting/eea_
versidade/economia/index_en.htm project/default.asp
8 http://ec.europa.eu/environment/nature/capi 11 http://esmeralda-project.eu/
tal_accounting/index_en.htm 12 http://biodiversity.europa.eu/maes/maes_countries

20 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

e a integração da avaliação da condição do contas. Conforme destacado neste livro, estamos,


ecossistema com os serviços ecossistêmicos e a no entanto, num caminho muito positivo!
construção do primeiro ecossistema
Anne Teller
Comissão Europeia,
Direcção-Geral do Ambiente

Prefácio 21
Machine Translated by Google
Machine Translated by Google

Capítulo 1 Introdução
Benjamin Burkhard e Joachim Maes

Os serviços ecossistêmicos (SE) são as O interesse dos decisores políticos e políticos, do


contribuições da estrutura e função do ecossistema sector empresarial e da sociedade civil nos
(em combinação com outros insumos) para o mapas ES tem aumentado constantemente nos
bem-estar humano. Isto implica que a humanidade últimos anos. Colocar os mapas SE em aplicação
depende fortemente de ecossistemas que prática e torná-los ferramentas úteis para a tomada
funcionem bem e de capital natural, que são a de decisões sustentáveis é um passo importante
base para um fluxo constante de SE da natureza e uma responsabilidade de todas as partes
para a sociedade. Portanto, os SE têm potencial envolvidas. Os mapas podem ser aplicados para
para se tornarem uma ferramenta importante para retratar compromissos e sinergias para SE, bem
a política e a tomada de decisões às escalas como congruência espacial ou incompatibilidades
global, nacional, regional e local. As aplicações entre oferta, fluxo e procura de diferentes SE.
possíveis são inúmeras: desde a gestão sustentável Além disso, podem ser ilustrados os fluxos de
dos recursos naturais, otimização do uso do solo, serviços de um ecossistema para outro e a
proteção ambiental, conservação e restauração dinâmica fonte- - sumidouro. Com base nessas
da natureza, planeamento paisagístico, soluções informações, os orçamentos para a oferta e a
baseadas na natureza, proteção climática, redução procura de SE podem ser calculados em
do risco de catástrofes até à educação e diferentes escalas espaço-temporais. Esses
investigação ambiental. orçamentos podem ajudar a avaliar a dependência
de uma região (ou mesmo de um país inteiro) das
Os mapas ES constituem uma ferramenta muito importações dos SE ou do seu potencial para
importante para colocar os SE em aplicação exportar determinados bens e serviços. No entanto,
prática. Os mapas podem comunicar eficientemente para além do elevado potencial de aplicação dos
informações espaciais complexas e as pessoas mapas SE na tomada de decisões sustentáveis
geralmente preferem olhar para os mapas e que beneficiariam a sociedade humana, existe
explorar o seu conteúdo e aplicabilidade prática. também o risco de abuso dos mapas para uma
Assim, os mapas SE são muito úteis para aumentar maior exploração dos recursos naturais,
a consciencialização sobre as áreas de oferta e promovendo conversões de terras ou apoiando
procura de bens e serviços ecossistémicos, para actividades de apropriação de terras. . É por isso
a educação ambiental sobre a dependência que é tão importante comunicar adequadamente
humana da natureza funcional e para fornecer o conceito de SE e preparar e documentar
informações sobre os fluxos inter-regionais de cuidadosamente toda a informação relacionada e com o melhor
bens e serviços ecossistémicos. Além disso, os
mapas são instrumentos obrigatórios para o Mapas bem documentados de SE, desenvolvidos
planeamento paisagístico, a gestão dos recursos seguindo diretrizes e definições rigorosas, serão
ambientais e a optimização (espacial) do uso do de importância crucial para a contabilização do
solo. Para cumprir os requisitos das aplicações capital natural. Em toda a Europa, bem como
acima mencionadas, são necessários dados e noutros locais e à escala local e global, as contas
informações de alta qualidade, robustos e de capital natural estão a ser desenvolvidas com
o objectivo
consistentes sobre a oferta, fluxo e procura de SE em diferentes de apoiar
níveis políticas
espaciais sobre a agricultura.
e temporais.

Introdução 23
Machine Translated by Google

agricultura, utilização de recursos naturais ou programas estudos em larga escala para mapear o SE para mapear
de desenvolvimento regional ou para apoiar a tomada seu capital natural. As cidades precisam de mapas ES
de decisões. Estas contas destinam-se a medir e para conceber, implementar ou manter infraestruturas
monitorizar a extensão, a condição, os serviços e os verdes urbanas. As grandes empresas começam a
benefícios dos ecossistemas para apoiar diferentes avaliar os ecossistemas e os seus serviços nas suas
políticas. Dados georreferenciados regularmente instalações para que possam compreender melhor os
atualizados e de alta qualidade sobre capacidade, uso possíveis impactos das suas operações no ambiente.
e demanda de SE são insumos essenciais para as Os gestores da natureza precisam de saber como os
contas de capital natural. parques e reservas contribuem para o bem-estar humano.
Considerando que, embora nem todos estes
O desenvolvimento das respectivas abordagens, intervenientes comecem subitamente a mapear SE,
modelos e ferramentas de mapeamento SE beneficiou poderão contar com consultores, estudantes, ecologistas
da crescente popularidade do conceito SE na ciência, e outros investigadores para os ajudar na análise de
especialmente na última década. Contudo, esta dados espaciais, para compreender problemas
popularidade dos estudos de mapeamento SE, relacionados com o mapeamento ou para fornecer orientação prática.
juntamente com o rápido desenvolvimento de O acesso aberto total a este livro é fornecido para
programas de mapeamento baseados em computador, melhor atingir esse público.

também levou a uma geração quase inflacionária de


vários mapas SE. Além de muitos produtos cartográficos Após este capítulo introdutório, o Capítulo 2
muito promissores e bem derivados, infelizmente fornece o contexto conceitual de SE, incluindo um breve
também foram publicados mapas de qualidade inferior. histórico do conceito, apresenta as conexões natureza-
É preciso mais do que apenas alguns dados e um serviço do ecossistema-sociedade humana e explica
pacote de software para fazer um bom mapa que atenda os sistemas de categorização de SE. A base necessária
aos critérios de ser uma representação gráfica do do mapeamento é apresentada no Capítulo 3,
espaço real tridimensional, geometricamente precisa, começando com conhecimentos, métodos e ferramentas
dimensionada corretamente e explicada adequadamente. básicos de cartografia e terminando com os desafios
A cartografia, arte e ciência de representar graficamente específicos do mapeamento de SE. Não há mapeamento
uma área geográfica geralmente num mapa, tem servido sem informações ou dados adequados por trás dele.
a humanidade desde o seu surgimento, fornecendo Portanto, o Capítulo 4 é dedicado exclusivamente a
informações sobre o ambiente, recursos, riscos, diversas abordagens de quantificação de SE. Essas
caminhos, conexões e barreiras. abordagens incluem métodos de quantificação
baseados em biofísica, socioeconômica, modelo,
especialista e ciência cidadã. O Capítulo 5 sobre
mapeamento ES é o mais extenso deste livro. Depois
A teoria, os métodos e as aplicações práticas do de elaborar o que, onde, quando e por que mapear SE,
mapeamento SE são apresentados neste livro, reunindo os subcapítulos individuais explicam o que deve ser

assim conhecimentos e técnicas valiosas dos principais levado em conta ao mapear SE específicos ou pacotes
especialistas na área. Os diferentes capítulos podem de SE usando várias abordagens (incluindo integrativas).
ser explorados para aprender o que é necessário para O capítulo termina apresentando abordagens de
fazer mapas ES adequados e aplicáveis. mapeamento em escalas diferentes e interativas. Cada
mapa representa um modelo de realidade mais ou
menos complexo, mas generalizado, e cada modelo
Este livro dirige-se a um público que é mais amplo do vem com incertezas específicas. As incertezas podem
que apenas a comunidade de pesquisa. estar relacionadas a dados, ES específicos
Os ES estão a tornar-se dominantes fora do mundo
académico: as autoridades nacionais e regionais
apelam ou estão envolvidas em

24 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

propriedades ou quanto à eventual interpretação Egoh B, Drakou EG, Dunbar MB, Maes J, Willemen
e utilização do mapa. Assim, as incertezas são L (2012) Indicadores para mapeamento de
um tema altamente relevante no mapeamento serviços ecossistêmicos: uma revisão. Relatório
SE que precisa ser tratado de forma adequada. EUR25456EN. Serviço de Publicações da União
Todo o Capítulo 6 é, portanto, dedicado Europeia, Luxemburgo.
exclusivamente às incertezas do mapeamento
SE. Tal como mencionado acima, existe uma Maes J, Crossman ND, Burkhard B (2016)
vasta gama de aplicações para mapas SE, Mapeamento de serviços do ecossistema. In:
que são explicadas no Capítulo 7. As aplicações Potschin M, Haines-Young R, Fish R, Turner RK
incluem a elaboração de políticas e planeamento, (Eds) Manual Routledge de Serviços
diferentes sectores de uso do solo, saúde Ecossistêmicos. Routledge, Londres, 188-204.
humana, avaliações de risco e impacto, bem
como visualização. O Capítulo 8 final traz Maes J, Egoh B, Willemen L, Liquete C, Vi-hervaara
algumas conclusões e sintetiza os conteúdos P, Schägner JP, Grizzetti B, Drakou EG, Notte
apresentados nos capítulos anteriores. AL, Zulian G, Bouraoui F, Luisa Paracchini M,
Braat L, Bidoglio G (2012)
Vários capítulos incluem exemplos práticos que Mapeamento de serviços ecossistémicos para
visam facilitar a compreensão de tópicos por apoio político e tomada de decisões na União
vezes complexos e muitas vezes técnicos. O Europeia. Serviços Ecossistêmicos 1: 31-39.
objetivo dos editores e autores foi apresentar
os capítulos em uma linguagem profissional, Martínez-Harms MJ, Balvanera P (2012) Métodos
mas compreensível, a fim de facilitar sua para mapear a oferta de serviços ecossistêmicos:
legibilidade e compreensão. Portanto, citações uma revisão. Jornal Internacional de Ciência da
e referências foram evitadas no texto. Em vez Biodiversidade, Serviços e Gestão de
disso, notas de rodapé com links diretos e Ecossistemas 8: 17-25.
sugestões para leituras adicionais são
fornecidas no final de cada capítulo. Pagella TF, Sinclair FL (2014) Desenvolvimento e
Esperamos que este livro seja útil e apoie o utilização de uma tipologia de ferramentas de
mapeamento apropriado do SE! mapeamento para avaliar a sua aptidão para
apoiar a gestão da prestação de serviços ecossistémicos.
Ecologia da Paisagem 29: 383-399.

Leitura adicional
Troy A, Wilson MA (2006) Mapeando Serviços
Ecossistêmicos: Desafios práticos e
Burkhard B, Kroll F, Nedkov S, Müller F (2012) oportunidades na ligação de GIS e transferência
Mapeamento de oferta, demanda e orçamentos de valor. Economia Ecológica 60: 435-449.
de serviços ecossistêmicos. Indicadores
Ecológicos 21: 17-29.

Crossman ND, Burkhard B, Nedkov S, Wil-lemen L,


Petz K, Palomo I, Drakou EG, Martín-Lopez B,
McPhearson T, Boyano-va K, Alkemade R, Egoh
B, Dunbar M, Maes J (2013) Um modelo para
mapeamento e modelagem de serviços
ecossistêmicos, Serviços Ecossistêmicos 4: 4-14.

Introdução 25
Machine Translated by Google
Machine Translated by Google

CAPÍTULO 2
Ecossistema de fundo
Serviços
Machine Translated by Google

A natureza tem muito a oferecer ao ser humano


(vista do Monte Saana, Finlândia. Foto: Benjamin Burkhard 2014).
Machine Translated by Google

2.1. Uma breve história do


conceito de serviços ecossistêmicos
Rudolf de Groot, Leon Braat e Robert Costanza

Introdução

Uma visão histórica do desenvolvimento do conceito


de Serviços Ecossistêmicos (SE) em poucas páginas Social Construído

é quase impossível e inevitavelmente tendenciosa e, Capital Capital


Humano
para este capítulo, nos concentramos nos principais
Humano Interação
Bem-
eventos e publicações1 .
Capital Ser

A maioria dos autores concorda que o termo “serviços Natural Ecossistema


Serviços
ecossistêmicos” foi cunhado em 1981. Foi empurrado Capital
para segundo plano na década de 1980 pelo debate
sobre desenvolvimento sustentável, mas voltou com
força na década de 1990 com a integração dos SE na Figura 1. Dependência do bem-estar humano do
capital natural, social, construído e humano.
literatura profissional e com um aumento atenção ao Fonte: Costanza et al. 2014.
seu valor económico.

Ao longo do tempo, as definições do conceito evoluíram As raízes ecológicas


com foco na base ecológica, uma vez que os SE são

as condições e processos através dos quais os O termo função ecossistêmica foi originalmente usado
ecossistemas naturais e as suas espécies sustentam por ecologistas para se referir ao conjunto de
e satisfazem a vida humana, ou ao nível da importância processos ecossistêmicos que operam dentro de um
económica, onde os SE são os benefícios que os sistema ecológico. No final da década de 1960 e início
seres humanos obtêm, direta ou indiretamente, das da década de 1970, alguns autores começaram a
funções dos ecossistemas. Como compromisso, o utilizar o termo “funções da natureza” para descrever
estudo TEEB (A Economia dos Ecossistemas e da o “trabalho” realizado pelos processos ecológicos, o
Biodiversidade) (2008-2010) definiu SE como as espaço fornecido e os bens entregues às sociedades humanas.
contribuições diretas e indiretas dos ecossistemas
para o bem-estar humano. Apesar destas diferenças, Ao descrever o fluxo de SE da natureza para a
todas as definições sublinham a ligação entre os sociedade, foi enfatizada a necessidade de distinguir
ecossistemas (naturais) e o bem-estar humano (ver “funções” das estruturas e processos ecológicos
Figura 1) e os serviços são a “ponte” entre o mundo fundamentais para realçar que as funções dos
humano e o mundo natural, estando apenas os ecossistemas são a base para a prestação de um
humanos virtualmente separados do mundo. aquele serviço. Os serviços são, na verdade, conceptualizações
mundo natural. ('rótulos') das “coisas úteis” que os ecossistemas
“fazem” para as pessoas e que proporcionam
benefícios directos ou indirectos.

1
Algumas publicações importantes estão listadas no final
deste capítulo como sugestões para leitura adicional.

Capítulo 2 29
Machine Translated by Google

As raízes socioculturais No século XIX, o crescimento industrial, o


desenvolvimento tecnológico e a acumulação de
No final da década de 1960 e início da década de 1970, capital levaram a mudanças no pensamento económico
foi produzida uma onda de publicações que abordavam que fizeram com que a natureza perdesse importância
a noção da utilidade da natureza para a sociedade, na análise económica. Na segunda metade do século 20
além de ser um objeto a ser conservado com base em No século XIX, a terra ou, mais genericamente, os
preocupações éticas. Termos como funções da recursos ambientais desapareceram completamente da
natureza, comodidade e valor espiritual foram utilizados função de produção e a mudança da terra e de outros
em adição, mas não em substituição, aos valores factores de produção naturais para capital e trabalho
intrínsecos da natureza, enfatizando a importância apenas e de medidas físicas para medidas monetárias
para a identidade cultural, a subsistência e outros e mais agregadas de capital, foi concluída. Na segunda
benefícios não materiais. metade do século XX
No século XIX, os problemas ambientais tornaram-se
Este campo em expansão, reconhecendo a um tema de interesse para alguns economistas que
dependência das pessoas em relação à natureza, levou fundaram a Associação para Economistas Ambientais

finalmente à criação do termo “serviços ecossistémicos” e de Recursos em 1979. A subvalorização na tomada


no início da década de 1980. de decisões públicas e empresariais das contribuições
dos ecossistemas para o bem-estar foi parcialmente
explicada por o facto de não terem sido adequadamente
quantificados em termos comparáveis com os serviços
As raízes econômicas
económicos e o capital manufaturado.

As formas como a natureza proporciona benefícios aos


seres humanos são discutidas ao longo da história Do ponto de vista da economia ambiental, os serviços
económica, desde o período da economia clássica até ecossistémicos não comercializados são vistos como
à consolidação da economia neoclássica e das externalidades positivas que, se avaliadas em termos
subdisciplinas económicas especializadas em questões monetários, podem ser incorporadas de forma mais
ambientais. Alguns dos economistas clássicos explícita na tomada de decisões económicas. Em 1989,
reconheceram explicitamente a contribuição da foi fundada a Sociedade para a Economia Ecológica,
natureza prestada por “agentes naturais” ou “forças que conceptualiza o sistema económico como um
naturais”. No entanto, embora reconhecessem o seu subsistema aberto da ecosfera que troca energia,
valor de uso, geralmente negavam o papel dos materiais e fluxos de resíduos com os sistemas sociais
serviços da natureza no valor de troca, porque eram e ecológicos com os quais co-evolui. O foco dos
considerados presentes da natureza gratuitos e não economistas neoclássicos na eficiência orientada para
apropriáveis. A crença do físicocrata de que a terra o mercado é ampliado com questões de equidade e

era a principal fonte de valor foi seguida pela visão do escala em relação aos limites biofísicos e aos custos
economista clássico de que o trabalho era a principal físicos e sociais envolvidos no desempenho económico
força por trás da produção de riqueza. usando contas monetárias juntamente com contas
biofísicas e outras linguagens de avaliação não
monetárias.
Marx considerava que o valor emergia da combinação
entre trabalho e natureza: “O trabalho não é a fonte de

toda a riqueza. A natureza é tanto a fonte dos valores Os economistas neoclássicos e ecológicos diferem
de uso (e é certamente deles que consiste a riqueza marcadamente na sua abordagem ao conceito de
material!) como o trabalho, que em si é apenas a sustentabilidade. A chamada abordagem de
manifestação de uma força da natureza”. “sustentabilidade fraca”, que pressupõe a capacidade
de substituição entre recursos naturais e humanos

30 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

capital manufaturado, é típico dos economistas medidas para criar incentivos económicos para a

ambientais neoclássicos. Os economistas ecológicos conservação (ver Capítulo 4.3), por exemplo
geralmente adoptam a chamada abordagem de
“sustentabilidade forte”, que sustenta que o capital Embora seja necessário ter cuidado para que o
natural e o capital manufaturado estão numa relação conceito não seja mal utilizado, os benefícios de uma
de complementaridade e não de substituibilidade. Eles maior consciência de todo o espectro de valores da
também diferem no que diz respeito às abordagens à natureza superam o risco e com a adoção das metas
avaliação de SE. de Aichi (veja abaixo) na convenção da CDB e a criação
A avaliação monetária, custos versus benefícios, de da Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade

bens e serviços comercializados tem sido primária nas e Serviços Ecossistémicos (IPBES4 em 2012), conforme
abordagens neoclássicas, enquanto os economistas descrito abaixo, o conceito ES foi firmemente colocado
ecológicos tendem a mostrar mais interesse na inclusão na agenda política. Especialmente as Metas 1 e 2 de
de abordagens de bens e serviços não monetários e Biodiversidade da CBD-Aichi são relevantes: Meta 1,
não mercantis. “até 2020, o mais tardar, as pessoas estarão conscientes
dos valores da biodiversidade e das medidas que
podem tomar para conservá-la e utilizá-la de forma
sustentável” e Meta 2, “até 2020, o mais tardar, os
Serviços ecossistêmicos em
valores da biodiversidade foram integrados nas
políticas e práticas estratégias e processos de planeamento nacionais e
locais de desenvolvimento e de redução da pobreza e
Nas décadas de 1970 e 1980, as preocupações estão a ser incorporados na contabilidade nacional,
ecológicas foram enquadradas em termos económicos conforme apropriado, e nos sistemas de reporte”. Os
para sublinhar a dependência social dos ecossistemas esforços para atingir estas metas, na Europa
naturais e aumentar o interesse público para a coordenados pelo Mapeamento e Avaliação dos
conservação da biodiversidade. Já na década de 1970, Ecossistemas e seus Serviços (MAES5 ), contribuem
o conceito de 'capital natural' foi utilizado e pouco muito para uma maior consciência dos muitos benefícios
depois vários autores começaram a referir-se a da natureza e ajudam a dar-lhes mais peso na tomada
“serviços ecossistémicos (ou ecológicos, ou ambientais, de decisões quotidianas (ver Capítulo 7.1).
ou naturais)”. A lógica por trás do conceito de serviço
ecossistêmico era demonstrar como o desaparecimento
da biodiversidade afeta diretamente as funções Recentemente, o mundo empresarial também está a
ecossistêmicas que sustentam serviços críticos para acordar para o “movimento dos serviços ecossistémicos”
o bem-estar humano. O cálculo de 1997 do valor total e criou a Coligação do Capital Natural6 para melhor
do capital natural global e dos SE foi um marco na ter em conta os SE e a conservação da biodiversidade
integração dos SE. A Avaliação Ecossistêmica do nos seus modelos de negócio.

Milênio (2005)2
Embora muito tenha sido alcançado, ainda há muito a
constitui outro marco que colocou firmemente o conceito ser feito para desenvolver ainda mais a “ciência” dos
de SE na agenda política. SE e incorporar o conceito nas políticas e práticas
cotidianas para melhorar a conservação da natureza e
O estudo TEEB3 (2010), baseado nesta iniciativa, o uso sustentável dos SE, que é o principal objetivo do
acrescentou uma clara conotação económica. O Serviço Ecossistêmico. Vices Partnership (ESP),
interesse dos decisores políticos voltou-se para a fundada em 20087 .
concepção de instrumentos baseados no mercado.

4
http://www.ipbes.net
2 http://www.maweb.org 3 http://
5 http://biodiversity.europa.eu/maes
6
www.teebweb.org
http://www.naturalcapitalcoalition.org
7 http://www.es-partnership.org

Capítulo 2 31
Machine Translated by Google

Leitura adicional

Braat LC, de Groot RS (2012) A agenda dos Daily G (Ed.) (1997) Serviços da Natureza.
serviços ecossistêmicos: unindo os mundos Dependência Social de Ecossistemas Naturais.
da ciência natural e da economia, conservação Island Press, Washington, DC, 412 páginas.
e desenvolvimento e políticas públicas e
privadas'. Serviços Ecossistêmicos 1: 4-15. Gómez-Baggethun E, de Groot R, Lomas PL,
Montes C (2010) A história dos serviços
Costanza R, d'Arge R, de Groot RS, Farber S, ecossistêmicos na teoria e prática econômica:
Grasso M, Hannon B, Limburg K, Naeem S, das primeiras noções aos mercados e
O'Neill R, Paruelo J, Raskin RG, Sutton P, esquemas de pagamento. Economia Ecológica
van den Belt M (1997) O valor dos Serviços 69: 1209-1218.
Ecossistémicos e do Capital Natural do
Mundo. Natureza 387: 253-260. Potschin M, Haynes-Young R, Fish R, Turner RK
(Eds.) (2016) Manual Routledge de Serviços
Costanza R, de Groot RS, Sutton P, van der Ploeg Ecossistêmicos. Routledge, Grupo T&F, 640
S, Anderson SJ, Kubiszewski I, Far-ber S, pp.
Turner RK (2014) Mudanças no valor global
dos serviços ecossistêmicos. Mudança
Ambiental Global 26: 152-158.

32 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

2.2. Uma base natural


para serviços ecossistêmicos
Anik Schneiders e Felix Müller

Introdução

Formalmente, a base natural para os serviços (Capítulo 2.3). O fluxo do ecossistema para a sociedade
ecossistêmicos (SE) surge do desempenho dos é gerado através do fornecimento de SE. O fluxo de
componentes vivos e não vivos de um ecossistema e volta ao sistema é a influência da sociedade no
das inter-relações entre eles. ecossistema gerada pelos impulsionadores e pela
Os respetivos ecossistemas podem ser caracterizados governação. Cada etapa do sistema está relacionada
em função das suas características estruturais, dos com a biodiversidade, que é o stock total ou a parte
seus atributos funcionais e das suas propriedades viva do nosso capital natural. Determina a capacidade
organizacionais. Enquanto os últimos itens demonstram de autorregulação do sistema e as atitudes da dinâmica
os esquemas globais de interacções ecológicas, os da biodiversidade, como resiliência ou adaptabilidade.
processos auto-organizados e a dinâmica de todo o
sistema, o ponto de vista funcional destaca os fluxos e
reservatórios de energia, água, matéria e informação.
Dentro do sistema, funções ecológicas específicas são
essenciais para apoiar e fornecer um SE específico: por
O aspecto estrutural dos ecossistemas está relacionado exemplo, produção primária e polinização para
às características espaço-temporais dos elementos produção de alimentos, capacidade de infiltração de
bióticos e abióticos. As características focais deste água para abastecimento de água e decomposição
ponto de vista são os componentes da biodiversidade, orgânica para fertilidade do solo. Estas funções
que desempenham um papel significativo no apoio à específicas dependem de uma parte específica da
SE. As metas para 2020 da Estratégia de Biodiversidade biodiversidade e, muitas vezes, o aumento da
centram-se em duas perspectivas: o “valor intrínseco” biodiversidade irá optimizar estas funções.
da biodiversidade e o “valor do seguro de vida”
essencial para o fornecimento de SE (ver Capítulo Com base na oferta e na procura, o SE final é gerado,
5.1). Nas páginas seguintes, a segunda perspectiva por exemplo, como rendimento de alimentos ou madeira,
será discutida examinando as correlações cruzadas ou como utilização directa de infra-estruturas verdes.
entre biodiversidade, integridade ecológica, funções Com base nos benefícios de um serviço, as pessoas
ecossistêmicas e SE. acabarão por valorizar os componentes da biodiversidade.
Este pode ser um valor ético ou “intrínseco”, mas
também um valor cultural ou instrumental.

Para completar o círculo, o impacto social e o fluxo de


Biodiversidade no sistema
governação podem ser ajustados, o que se baseia
socioecológico numa estratégia de biodiversidade.
Aqui as metas são formuladas e ajustadas em diferentes
Os ecossistemas e a sociedade estão intimamente escalas. Em linha com estes objectivos, serão
conectados dentro de um Sistema Sócio-Ecológico (SES) desenvolvidos planos de gestão e

Capítulo 2 33
Machine Translated by Google

implementadas e serão escolhidos indicadores para A terceira perspectiva é a da 'diversidade estrutural':


medir a tendência e controlar a distância até à meta. quão fragmentada é a paisagem, quantas camadas
de vegetação tem um lago ou uma floresta? Os
padrões paisagísticos ou estruturas de vegetação
fazem parte da forma como as pessoas percebem
Biodiversidade e capital natural a natureza e isso está intimamente relacionado com
ES culturais, como a manutenção de paisagens
históricas ou vistas desobstruídas. O grau de
A biodiversidade como um todo é a parte “viva” do fragmentação e conectividade numa paisagem
capital natural. É a nossa principal capacidade de também são cruciais para a capacidade de migração
gerar SE e garantir a adaptação às mudanças das espécies e a sua capacidade de adaptação às
ambientais. A Figura 1 mostra os componentes alterações climáticas. A quarta e última perspectiva
essenciais do capital natural e a ligação com o SE é o “estoque”, um pré-requisito para a colheita de
e a conservação da natureza. Para caracterizar os um SE de aprovisionamento, mas também para a maioria dos outro
aspectos da biodiversidade, cada um dos quatro
níveis de organização Para observar a dinâmica destes componentes da
biodiversidade, são utilizadas diversas abordagens
de indicadores. Na maioria das regiões há uma
genes
genes predominância de indicadores de “composição”
espécies ligados à estratégia de conservação da natureza,
espécies
enquanto indicadores para a diversidade de
ecossistemas
ecossistemas funções, conectividade ou estrutura da vegetação
paisagens
raramente são desenvolvidos.
paisagens

LinkES
LinkES

Biodiversidade, funções
Figura 1. Quatro perspectivas complementares da
e serviços ecossistêmicos
biodiversidade, aplicáveis a quatro níveis de
organização (gene, espécie, ecossistema e paisagem).
Compreender como as principais funções do
Os elementos (gene, espécie, ecossistema, ecossistema determinam o fornecimento de SE,
paisagem) devem ser representados. Todos os como este depende da biodiversidade e
níveis podem ser estudados a partir de diferentes compreender os efeitos do atalho destas funções
perspectivas: a primeira perspectiva é a “composição” por variantes tecnológicas é crucial na procura de
ou a presença ou ausência de uma propriedade soluções baseadas na natureza. As inter-relações
específica, como um alelo genético específico, uma básicas entre estes componentes estão esboçadas
espécie rara ou uma paisagem histórica. Também na Figura 2. Na caixa inferior, os elementos e
para ES culturais, como o ecoturismo, a presença relações básicas do ecossistema estão
ou ausência de espécies ou paisagens específicas representados. Neste trabalho, as estruturas da
ou carismáticas é crucial. A segunda perspectiva é biodiversidade são percebidas como processadores
a da “diversidade de funções”. Esta parte concentra- bióticos que realizam processos de vida ativos e
se em indicadores para funções específicas do que podem ser distinguidos, por exemplo, devido ao seu papel nas
ecossistema, como predação, fotossíntese, fluxos Por outro lado, os processadores abióticos, tais
de carbono ou ciclagem de nutrientes. Esta parte da como características do solo, da geomorfologia ou
biodiversidade é importante para o fornecimento do clima, estão a criar e a degradar gradientes de
de muitos SE reguladores e para a capacidade concentração e a determinar as condições de vida
adaptativa às mudanças e perturbações ambientais. da biota. Ambos estão ligados por

34 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

pacotes de processos ecossistêmicos que são a dinâmica Portanto, a sequência do processo descrito é um
ou reservatórios e fluxos de energia, carbono, água e componente básico da regulação climática global do ES.
nutrientes. Todos estes elementos operam em esquemas A produção deste serviço emerge de uma sequência
de interação complexos e auto-organizados. complexa de processos inter-relacionados, que por sua
vez é influenciada por todas as interações auto-
organizadas do ecossistema ilustradas na Figura 2.
Suas características podem ser agregadas em diferentes
grupos de resultados funcionais.
Para avaliar o estado geral destes regimes complexos, Tais conexões também são responsáveis pela maior parte
são desenvolvidos indicadores agregados, como a do fornecimento de SE, porque as funções de produção
integridade dos ecossistemas ou a saúde dos primária e secundária estão fortemente ligadas à
ecossistemas. Por exemplo, a indicação da integridade sequência de sequestro. Além disso, a regulação dos
dos ecossistemas baseia-se num número acessível de orçamentos de nutrientes depende das atividades de
itens estruturais da biodiversidade e da heterogeneidade ciclagem e acumulação dos componentes do sistema
dos ecossistemas, combinados com os itens funcionais biótico, bem como do potencial da esfera abiótica para
representativos do balanço energético, do balanço hídrico reter física ou quimicamente nutrientes dentro da matriz
e do balanço de matéria dos ecossistemas. do solo. Como resultado destas sequências de processo,
a água infiltrada é filtrada e pode ser utilizada para fins

humanos, por exemplo, como água potável. Finalmente,


A agregação de unidades funcionais também pode ser os SE culturais também dependem de interações

feita para representar SE específicos. Por exemplo, a ecológicas, porque as funções ecossistêmicas resultantes
fotossíntese leva à fixação de CO2 que é influenciada fornecem as pré-condições básicas para criar e manter
pelas condições abióticas estáticas do local, pela dinâmica certas condições estruturais que os seres humanos
da radiação solar, precipitação, evapotranspiração ou percebem como fenômenos atraentes.
temperatura do ar, mas também pelo fornecimento de
nutrientes e água e o estado de competição com outras
plantas. O resultado é um aumento na fitomassa e, numa
escala de tempo mais longa, uma entrada de lixo no
subsistema do solo, onde o carbono pode ser transferido Como resultado, podemos observar inter-relações muito
e sequestrado em compostos húmicos estáveis a longo complexas entre as funções dos ecossistemas e os SE.
prazo. Algumas funções e estruturas-chave para 16 SE estão
listadas na Tabela 1. Uma variável orientadora é o
impulsionador direto de um serviço, por exemplo,
Estas sequências de processos são interpretadas como produção primária para produção de madeira.
um subsistema funcional, por exemplo, como sequestro Uma variável de apoio cria condições limite importantes,
de carbono. Esses subsistemas são ilustrados pela caixa por exemplo, polinização e controlo de pragas para a
intermediária na Figura 2. Eles conectam o sistema a uma produção agrícola. A maioria das funções do ecossistema
fonte ES potencial (ver Capítulo 5.1). Normativamente só atende vários SE.
é reconhecido como uma prestação de serviço se houver
um benefício humano relacionado com o seu desempenho Mas qual é o papel da biodiversidade para cada uma
(ver Capítulo 2.3). No nosso exemplo, a capacidade dos dessas funções? Muitos estudos experimentais
ecossistemas de fixar carbono da atmosfera torna-se um demonstram que um aumento na variedade de genes ou

serviço porque este processo pode ser útil na mitigação espécies contribui para a otimização de uma das funções.
do elevado nível de CO2. Semear um ecossistema de pastagens com mais
espécies irá, por exemplo, gerar uma biomassa mais
concentrações na atmosfera responsáveis pelo aumento elevada.
da temperatura global. Para biomassa de madeira geralmente um desvio positivo

Capítulo 2 35
Machine Translated by Google

Fornecimento de serviços ecossistêmicos

Regulação de serviços Serviços de provisionamento Serviços culturais

Funções ecossistêmicas resultantes exemplares

Secundário Lençóis freáticos Temperatura


Filtragem de ar
Produção armazenar buering

Primário Nutriente Erosão


Polinização
Produção retenção processos

Praga Carbono Nutriente


Formação do solo
dinâmica sequestro ciclismo

Pacotes de
Processadores bióticos processos Processadores abióticos
do ecossistema

Suporte ativo Gradiente


de vida passivo
Fluxos e
processos dinâmica
pools de energia

Biodiversidade Abiótico
estruturas estruturas
Fluxos
de água e piscinas

Carbono
fluxos e piscinas

Nutriente
fluxos e piscinas

Interações ecossistêmicas auto-organizadas

Figura 2. Diagrama que esboça as relações entre estruturas e processos ecológicos (interações
ecossistêmicas auto-organizadas), funções ecossistêmicas exemplares e serviços ecossistêmicos. As inter-
relações também são descritas no Capítulo 2.3 seguinte.

36 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

Tabela 1. Representação de funções e estruturas ecossistêmicas que orientam ( ) ou apoiam ( ) um serviço ecossistêmico
ou uma meta de biodiversidade vinculada à valoração intrínseca. Os campos brancos demonstram efeitos indiretos.

Funções ou estruturas essenciais para


a prestação de um serviço

acailtauábgmoeilR
g
c

setvrA
a
e
vil

drfenvI
oaãrçieettsoorC
P

raloãrtosncooesrC
o
d
e
ir
adimoC

rP
d
e
c

oãçaziniloP

elsoartgnaoerC
d
p

eisloietlroreP
a
d
sf

C
di

arR
q
d
a
rtnuoen

eR
d
n

oãçaideomdeíeuR
dr

ar0u0ta0N
2
sesdosaçedadievpm
rrio
raeC
d
v
oãaçriueddoaerm
P
d

erP
d
á

aR
d
á
eu
tln

oeãdçadluilgaeo
u
osãeçtanleuigrteu
ureo

oãçaluagueg
oãçuaduog

aruturtsea
od
na
saocãistçéaugrd

oãeçla
ed

odneadvard
o

oãçatnem
Natureza

Provisionamento ES Cultural conser-

ES vação

Produção primária

Produção animal

Formação do solo

Disponibilidade/ciclagem de nutrientes

Decomposição de material orgânico

Armazenamento de carbono

Conservação do estoque de carbono

Armazenamento de água da chuva (capacidade de infiltração)

Retenção de água subterrânea

Armazenamento de água do rio

Drenagem do Rio

Combate à perda de solo

Polinização
Controle de pragas

Prevenir doença

Capacidade de purificação do ar

Som de dispersão e absorção

Protegendo tempestades costeiras

Regular a dinâmica populacional

Regulando a dinâmica do ecossistema, sucessão

Estabilidade dos processos do ecossistema

Resiliência do ecossistema

Desenvolvimento de redes ecológicas complexas

Desenvolver a diversidade do ecossistema/qualidade do habitat

verifica-se uma relação entre produção e produção, A diferença entre o número de espécies e a
fruto de sinergias entre espécies e de um melhor produtividade é quebrada pelos insumos adicionais
aproveitamento dos recursos, embora algumas de energia, mão de obra, fertilizantes ou pesticidas.
combinações criem um efeito negativo devido à Assim, hoje, a agricultura moderna produz a
competição. O facto de muitas funções serem biomassa mais elevada em condições de
otimizadas por uma maior biodiversidade também monoculturas (idealmente) de uma única espécie.
significa que uma perda de diversidade gerará uma
função subótima, muitas vezes compensada por
insumos humanos de energia, materiais ou Rumo a soluções baseadas na natureza
tecnologia (Capítulo 5.1). É uma realidade que a
compensação técnica pode levar a uma
desintegração dos potenciais SE e da biodiversidade Cada ES pode ser entregue em um gradiente de
no uso da terra. Por exemplo, a correlação entre soluções naturais a soluções baseadas em tecnologia.

Capítulo 2 37
Machine Translated by Google

As soluções baseadas na natureza dependem mais • Avançar para soluções de fornecimento de SE


da biodiversidade, geram um menor impacto nos mais baseadas na natureza gera efeitos
ecossistemas envolventes e garantem um menor positivos tanto para a biodiversidade como
impacto noutros SE e uma utilização mais para o fornecimento sustentável de pacotes de SE.
sustentável do próprio serviço. A utilização de um
serviço é sempre um equilíbrio entre oferta e
procura. Nas zonas altamente povoadas, para a
maior parte dos ES a procura actual é muito superior
Leitura adicional
à oferta. A procura excessiva, juntamente com um
forte impulso para um maior controlo humano, Cardinale BJ et al. (2012) Perda de biodiversidade e
afectou e transformou a maioria dos ecossistemas seu impacto na humanidade. Natureza 486 (7401):
naturais para o lado tecnológico do gradiente, a fim 59-67.
de maximizar um único serviço.
O papel de apoio e regulador da biodiversidade é Haines-Young R, Potschin MP (2010) As ligações entre
sistematicamente substituído por insumos biodiversidade, serviços ecossistêmicos e bem-
tecnológicos, insumos energéticos, insumos estar humano. In: Raffaelli D, Frid C (Eds.):
químicos e gestão. Isto é verdade para quase todos Ecologia do Ecossistema: Uma Nova Síntese.
os SE de provisionamento, mas também para a Série de Avaliações Ecológicas do BES, CUP,
maioria dos SE reguladores e culturais. O desafio é Cambridge: 110-139.
otimizar o fornecimento total de um pacote de SE,
garantindo a entrega de SE e mantendo o Kandziora M, Burkhard B, Müller F (2013)
funcionamento do ecossistema a longo prazo. Interações entre Propriedades Ecossistêmicas,
Depender de soluções mais baseadas na natureza Integridade Ecossistêmica e Indicadores de
aumentará as interações positivas e diminuirá as negativas. Serviços Ecossistêmicos - Um Exercício de Matriz Teórica.
Indicadores Ecológicos 28 (SI): 54-78.

Mace GM, Norris K, Fitter AH (2012) Biodiversidade e


Conclusões
serviços ecossistêmicos: uma relação
multicamadas. Tendências em Ecologia e Evolução
• 27 (1): 19-26.
Todas as relações nos sistemas sócio-
ecológicos são impulsionadas por diferentes
aspectos da biodiversidade. Todas essas Morin X, Fahse L, Scherer-Lorenzen L, Bug-mann H
interações devem ser analisadas para (2011) A riqueza de espécies de árvores promove
estabelecer estratégias de biodiversidade. a produtividade em florestas temperadas por meio
de forte complementaridade entre espécies. Cartas
• A criação de SE baseia-se em esquemas muito de Ecologia 14 (12): 1211-19.
complexos de interações ecológicas com
interdependências mútuas muito elevadas. Noss RF (1990) Indicadores para monitoramento da
biodiversidade – uma abordagem hierárquica.
Biologia da Conservação 4: 355-364.
• Compreender como as funções-chave determinam
a oferta de SE e como dependem da Schneiders A, Van Landuyt W, Van Reeth W, Van
biodiversidade e compreender o efeito da Daele T (2012) Biodiversidade e Serviços
redução destas funções por variantes Ecossistêmicos: Abordagens Complementares
tecnológicas, é crucial na procura de soluções para Gestão de Ecossistemas?
baseadas na natureza. Indicadores Ecológicos 21: 123-33.

38 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

2.3. Da natureza à sociedade


Marion Potschin e Roy Haines-Young

Ligando pessoas e natureza: Sistemas socioecológicos

Embora as pessoas sempre tenham dependido da natureza, caminhos. Alguns pensam em SE como os benefícios que
nas sociedades modernas é fácil perder de vista o facto de a natureza proporciona às pessoas, como a segurança e
que ainda o fazemos. Na verdade, muitos argumentaram os materiais básicos de que necessitamos para uma vida boa.
que o nosso fracasso em reconhecer o valor da natureza Outros vêem os SE como as contribuições que o

e especialmente a contribuição que a biodiversidade dá ecossistema dá para tais coisas. Estas diferenças de
para o nosso bem-estar, explica grande parte do nosso definição são exploradas com mais detalhes no Capítulo
comportamento prejudicial para com o ambiente. É neste 2.4. Por enquanto, é suficiente notar que, apesar das
contexto que o conceito de serviços ecossistémicos (SE) é diferenças na forma como os SE são definidos, a maioria
tão importante, pois destaca as formas como as pessoas e dos comentadores concorda que existe algum tipo de
a natureza estão ligadas. “caminho” que vai das estruturas e processos ecológicos,
numa extremidade, até ao bem-estar das pessoas. do
outro (Figura 1). Esta ideia pode ser representada em
termos do que chamamos de “modelo em cascata”. É uma
As ligações entre as pessoas e a natureza são, no entanto, forma de expandir o pensamento sobre os ecossistemas
complexas e por isso não é surpreendente que as pessoas para incluir
tenham definido SE de diferentes maneiras.

Ambiente O Sistema Social e Econômico

Serviços de Bens e benefícios


suporte ou intermediários Serviços finais

Estrutura
biofísica
A 'fronteira da produção'
ou processo

(por exemplo, Função


habitat
(por exemplo, lento
florestal ou
produtividade primária líquida) passagem
Serviço
de água ou
biomassa)
(por exemplo,
Benefício
proteção contra
inundações ou
(por exemplo, Valor
produtos colhíveis)
contribuição para
Limitar as pressões
aspectos de bem-estar,
através de ações políticas? (por exemplo, disposição para
como saúde e segurança) pagar pela proteção da floresta
ou por mais floresta, ou
produtos colhíveis)

ÿ Pressões

CICES

Figura 1. O modelo em cascata. Crédito: Haines-Young e Potschin.

Capítulo 2 39
Machine Translated by Google

pessoas e, como tal, pode ser descrito como um estes são considerados o “subconjunto” de
“sistema socioecológico”. Descobrir como características ou comportamentos que um
funcionam estes sistemas socioecológicos e como ecossistema tem e que determinam ou “sustentam”
podemos agir para os sustentar são questões a sua capacidade de fornecer um serviço
centrais no domínio dos serviços ecossistémicos. ecossistémico. Algumas pessoas chamam estes
A tarefa não envolve apenas o estudo da ecologia, elementos subjacentes de serviços “de apoio” e
mas também coisas como práticas sociais, “intermediários”, dependendo de quão estreitamente
governação e estruturas institucionais, tecnologia ligados eles estão aos resultados finais do serviço;
e, mais importante, as coisas que as pessoas acreditamos, no entanto, que esta terminologia
valorizam. desvia a atenção das características e
comportamentos importantes de um ecossistema
Nota: 'CICES' na Figura 1 é a Classificação que gera diferentes serviços. Assim, usando a
Internacional Comum de Serviços Ecossistêmicos, nossa terminologia para um dos exemplos da
descrita com mais detalhes no Capítulo 2.4; é uma Figura 1, a produtividade primária de uma floresta
forma de categorizar e descrever os serviços finais (ou seja, uma estrutura ecológica) gera uma
que se situam na interface entre a natureza e a cultura permanente de biomassa (ou seja, uma
sociedade. característica funcional da floresta), partes da qual
podem ser colhidos (como um serviço de 'provisionamento').
Descompactando o modelo em cascata
Na cascata, prevê-se que os serviços contribuam
Para compreender como funcionam os sistemas para o bem-estar humano através dos benefícios
socioecológicos, é útil “descompactar” o modelo que suportam; por exemplo, melhorando a saúde
em cascata para ver as inter-relações entre os e a segurança das pessoas ou garantindo os seus
elementos. Os serviços ecossistémicos estão no meios de subsistência. Os serviços são, portanto,
centro do modelo em cascata que procura mostrar os vários stocks e fluxos ecossistémicos (Capítulo
como os elementos biofísicos do sistema 5.1) que contribuem directamente para algum
socioecológico estão ligados aos socioeconómicos; tipo de benefício através da acção humana. A
Os ES estão na interface entre as pessoas e a diferença entre um serviço e um benefício no
natureza. modelo em cascata é que os benefícios são
aquilo a que as pessoas atribuem valor; são,
O “ecossistema” é representado pelas estruturas portanto, sinónimos de “bens” e “produtos”. O
e processos ecológicos na extremidade esquerda modelo em cascata sugere que é com base nas
do diagrama. Muitas vezes utilizamos simplesmente mudanças nos valores dos benefícios que as
algum rótulo para um tipo de habitat, como pessoas fazem julgamentos sobre os tipos de
florestas ou pastagens (Capítulo 3.5), como um intervenção que podem fazer para proteger ou
termo geral para denotar esta caixa, mas não há melhorar a oferta de SE; isso é indicado pela seta
razão para que não possamos também nos referir de feedback na base do diagrama. A importância
a processos ecológicos, tais como “produtividade dos “valores” é que podem ser expressos de
primária”. ' como algo que também pode ocupar muitas maneiras; por exemplo, juntamente com os
esta parte do diagrama (Capítulo 2.2). Em valores monetários, as pessoas podem expressar
qualquer dos casos, dada a complexidade da a importância que atribuem aos benefícios
maioria dos ecossistemas, quando queremos utilizando critérios morais, estéticos e espirituais
começar a compreender como eles beneficiam as (Capítulo 4).
pessoas, então é útil começar por identificar as
propriedades e características do sistema que são Apesar da simplicidade do modelo em cascata, é
potencialmente úteis para as pessoas. É aqui que útil para destacar uma característica definidora
a ideia de uma “função” entra na discussão. Em termos de
do ummodelo emecossistêmico,
serviço cascata, nomeadamente

40 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

que são, em certo sentido, resultados finais de um e como conecta as pessoas e a natureza1 .
ecossistema. São “finais”, na medida em que ainda Precisamos de mapear e medir indicadores ao
estão ligadas às estruturas e processos ecológicos longo de todo o percurso para construir um quadro
que lhes deram origem e finais no sentido de que completo. O lado esquerdo da cascata capta os
essas ligações são quebradas ou transformadas elementos importantes que determinam a
através de alguma interacção humana necessária capacidade de um ecossistema para fornecer
para concretizar um benefício. Muitas vezes esta serviços, enquanto o lado direito identifica os
intervenção pode assumir a forma de alguma acção aspectos da procura dos mesmos. E compreender
física, como a colheita das partes úteis de uma o equilíbrio entre eles está no centro do debate
colheita. A interação também pode ser imaterial e contemporâneo sobre sustentabilidade e é
mais passiva, envolvendo, por exemplo, o benefício fundamental para a nossa compreensão da forma
obtido com a redução ou regulação de algum tipo como as pessoas e a natureza estão ligadas.
de risco (o risco de inundação é o exemplo mostrado
na Figura 1), ou o significado intelectual ou espiritual
da nação. cultura em um contexto cultural particular.
Leitura adicional
Assim, os serviços situam-se no ponto onde a
“fronteira de produção” é cruzada entre as partes
biofísica e socioeconómica do sistema Potschin M, Haines-Young R (2011) Serviços
socioecológico. Ecossistêmicos: Explorando uma
perspectiva geográfica. Progresso em
Geografia Física 35(5): 575-594.

Potschin M, Haines-Young R (2016) Definindo


e medindo serviços ecossistêmicos.
Equilibrando oferta e demanda In: Potschin M, Haines-Young R, Fish R,
Turner RK (Eds.) Manual Routledge de
Os sistemas socioecológicos são, obviamente, mais Serviços Ecossistêmicos. Routledge,
complexos do que a Figura 1 sugere. No entanto,
Londres e Nova York: 25-44.
este diagrama simples ajuda-nos a compreender
que todos os diferentes elementos da cascata
precisam de ser considerados se quisermos 1
ver, por exemplo: http://www.biodiversity.fi/eco-
compreender o que realmente é um serviço ecossistémico. systemservices/cascade/

Capítulo 2 41
Machine Translated by Google

2.4. Sistemas de
categorização: o desafio da classificação
Roy Haines-Young e Marion Potschin

Introdução

Categorizar e descrever os serviços ecossistêmicos projetar um sistema de classificação que seja


(SE) é a base de qualquer tentativa de medi-los, simples e transparente de usar. Argumentaremos
mapeá-los ou valorá-los. É a base para sermos que ainda vale a pena trabalhar no problema da
transparentes naquilo que fazemos, para que classificação – e certamente não é algo que possa
possamos comunicar as nossas descobertas a ser dado como certo. Gostaríamos de encorajar
outros ou testar as suas conclusões. A necessidade todos a pensar sobre isso quando embarcarem em
de sermos claros sobre a forma como classificamos qualquer tipo de análise envolvendo SE.
a SE é tão fundamental que pode parecer que se
A conclusão
trata de uma questão que já deve estar bem e verdadeiramente que gostaríamos de avançar é que a
resolvida.
O objetivo deste capítulo é sugerir que este pode, comunidade SE provavelmente precisará desenvolver
de facto, não ser inteiramente o caso e que a forma uma série de classificações ou tipologias diferentes
como categorizamos os SE é algo que ainda que possam ser usadas para nomear e descrever
representa um desafio. todos os elementos da cascata que descrevemos no
Capítulo 2.3, a saber: o ecossistema ou unidades de
Estão disponíveis diversas tipologias ou formas de habitat que dão origem aos SE de interesse, as
classificar os SE, incluindo aquelas utilizadas na funções ecológicas que lhes estão associadas, bem
Avaliação de Ecossistemas do Milénio (MA) e na como os benefícios e beneficiários cujo bem-estar
Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade depende da produção de serviços e, claro, dos
(TEEB) e uma série de avaliações nacionais, tais valores que as pessoas atribuem a estes benefícios.
como aqueles no Reino Unido, Alemanha e Espanha. Os serviços também podem ser classificados de
O problema com eles é que todos abordam o acordo com critérios como se dão origem a
problema de classificação de maneiras diferentes, benefícios públicos ou privados, se as pessoas
envolvendo diferentes perspectivas de escala e podem ser impedidas de aceder ao serviço
diferentes definições, resultando no fato de que nem ('excludente' vs 'não-excludente'), ou se a utilização
sempre são fáceis de comparar. Para tentar superar de um serviço por um indivíduo ou grupo afeta o uso
parcialmente este 'problema de tradução', a por outros ('rival' vs 'não rival').
Classificação Internacional Comum de Serviços
Ecossistêmicos (CICES) foi proposta em 2009 e
revisada em 2013. Um tradutor de tipologia está
disponível no site OpenNESS-HUGIN”1 . A Internacional Comum
Classificação do Ecossistema
Serviços (CICES)
Não argumentamos que seja melhor do que qualquer
outro sistema, mas ilustra a dificuldade de O CICES foi originalmente desenvolvido como parte
do trabalho no Sistema de Meio Ambiente Integrado.
1 http://openness.hugin.com/example/cices

42 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

Contabilidade Mental e Económica (SEEA), liderada substancialmente em 'divisões', 'grupos' e 'classes'.


pela Divisão de Estatística das Nações Unidas A Figura 1 ilustra como isto funciona usando o
(UNSD), mas tem sido utilizada pela comunidade exemplo dos “cereais”.
mais ampla de serviços ecossistémicos para ajudar a
definir indicadores de SE, ou mapeá-los. Ao concebê- A versão completa do CICES está disponível online2 .
lo, pretendeu-se proporcionar uma forma de
caracterizar os «serviços finais», nomeadamente Enfrentando os desafios
aqueles que fazem a interface entre os ecossistemas
e a sociedade. Neste sentido, segue a definição da categorização
utilizada no TEEB, nomeadamente que estes serviços
finais são as coisas das quais derivam os bens e O primeiro desafio que o trabalho no CICES mostrou
benefícios. No entanto, tentou utilizar o máximo da foi quão difícil é categorizar os “serviços ecossistémicos
terminologia que já era amplamente utilizada e, por finais”. Estes, segundo Boyd e Banzhaf, são os
isso, utilizou a categorização de serviços de “produtos finais da natureza” que argumentam que é
“provisionamento”, “regulação” e “culturais” que foram importante defini-los claramente para evitar o problema
tornados familiares pela AG. da “contagem dupla” quando calculamos o seu valor;
isto é, avaliar a importância de um componente da
Os resultados materiais e energéticos dos natureza mais de uma vez, geralmente porque está
ecossistemas dos quais derivam bens e produtos incorporado ou sustenta uma série de diferentes
estão contidos nos serviços de provisionamento do resultados de serviços. Mais formalmente, estes
CICES. As categorias de serviços reguladores referem- autores sugerem que os serviços finais “são
se a todas as formas pelas quais os ecossistemas componentes da natureza, directamente apreciados,
podem mediar o ambiente em que as pessoas vivem consumidos ou utilizados para produzir o bem-estar
ou do qual dependem de alguma forma e, portanto, humano”. O problema é que o que constitui um
beneficiar deles em termos de saúde ou segurança, serviço final depende geralmente do contexto em que
por exemplo. Finalmente, a categoria cultural o exercício de avaliação ou mapeamento está a ser
identificou todas as características não materiais dos feito; assim, o CICES lista os serviços finais potenciais.
ecossistemas que contribuem ou são importantes
para o bem-estar mental ou intelectual das pessoas. Um segundo desafio era se a ecologia abiótica
O CICES é hierárquico em estrutura, dividindo essas
'seções' principais com sucesso. 2 www.cices.eu

Seção Provisionamento

Materiais bióticos
Divisão Nutrição
não nutricionais

Grupo Biomassa Água ... ...

Cultivado
Aula
plantações

Tipo de aula Cereais

Figura 1. Estrutura hierárquica do CICES ilustrada com referência a um serviço de aprovisionamento


(culturas cultivadas - cereais). Crédito: Haines-Young e Potschin.

Capítulo 2 43
Machine Translated by Google

os resultados do sistema, como a energia eólica ou A experiência sugere que eles precisarão ser
hidroeléctrica, ou minerais como o sal, devem ser desenvolvidos de forma iterativa, usando a
categorizados como “serviços ecossistémicos”. No experiência para descobrir o que funciona, onde e
final, o argumento de que a categoria “serviços como as convenções e definições de nomenclatura
ecossistêmicos” deveria ser restrita aos produtos podem ser melhoradas. Embora tenhamos utilizado
ecossistêmicos que dependiam de processos o CICES para ilustrar algumas destas questões, é
vivos venceu, porque fortaleceu os argumentos importante não ignorar o facto de que é um sistema
sobre a importância da “biodiversidade” para as que, apesar das limitações, tem sido utilizado de forma eficaz.
pessoas; uma classificação provisória de serviços
abióticos que segue a lógica CICES foi, no entanto, Por exemplo, o CICES faz parte do quadro de
desenvolvida e está disponível. mapeamento concebido para apoiar a Estratégia
de Biodiversidade da UE para 2020 (o segundo
relatório do Mapeamento e Avaliação dos Serviços
Vale ressaltar que o desafio final que encontramos Ecossistémicos (MAES) utiliza classes CICES para
na concepção do CICES foi a dificuldade que as identificar uma série de indicadores que podem ser
pessoas têm em distinguir serviços e benefícios. A usado para fins de mapeamento e avaliação3 ; ver
distinção é difícil de fazer porque envolve decidir também Capítulo 7.1). Vários artigos apareceram
onde o “produto final da natureza” é transformado na literatura científica revisada por pares que
num bem, produto ou benefício, produto ou benefício usaram o CICES ou o comentaram como parte de
como resultado de algum tipo de acção humana. sua discussão metodológica.
A distinção que usamos no CICES é se a conexão
com os processos e estruturas ecológicas
subjacentes é mantida; portanto, a colheita O CICES foi, por exemplo, utilizado como base
permanente de trigo no campo é um serviço final para o estudo alemão TEEB, bem como para o
de um ecossistema agrícola, mas o grão no silo é trabalho de delimitação do âmbito da Avaliação
o bem ou o benefício. Nacional Alemã do Ecossistema, NEA-DE. O
relatório TEEB sobre Agricultura também
recomenda o uso do CICES. Noutros locais, o
CICES foi aperfeiçoado ao nível de classe mais
A distinção entre serviços e benefícios é importante detalhado para satisfazer os requisitos de avaliação
porque um único serviço pode dar origem a múltiplos de ecossistemas na Bélgica. A investigação na
bens e benefícios que precisam de ser identificados Finlândia utilizou o CICES para desenvolver um
para que os serviços sejam valorizados de forma quadro de indicadores à escala nacional. Esses
adequada. No caso do arroz por exemplo, além da tipos de aplicações sugerem que o nível de classe
colheita do grão, a palha e a casca do arroz podem detalhado no CICES pode ser útil como elemento
ser utilizadas para alimentação animal ou como de construção de categorias de relatórios mais
matéria-prima para energia. amplas, com a vantagem de que essas categorias
mais amplas são elas próprias definidas de forma
transparente. Esses tipos de uso ilustram os tipos
de aplicação que qualquer bom sistema de

Usando CICES – Fazendo um balanço classificação deve ser capaz de suportar. Muitas
outras aplicações podem ser encontradas – várias
estão listadas no material de leitura adicional.
Neste capítulo utilizamos o CICES para explorar
alguns dos desafios que precisamos enfrentar ao
desenvolver sistemas para categorizar SE. Esses 3
ver também (acessado em 30/01/2016): http://
sistemas são complexos e biodiver-sity.europa.eu/maes/#ESTAB

44 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

Panorama
Leitura adicional

Embora as aplicações do CICES sugiram que o quadro Boyd J, Banzhaf S (2007) O que são serviços
ecossistêmicos? A necessidade de unidades
actual é apropriado para muitas utilizações, também é
claro que precisamos de pensar cuidadosamente sobre de contabilidade ambiental padronizadas.
como tais sistemas podem ser desenvolvidos. Por
Economia Ecológica 63: 616–626.

exemplo, os investigadores sugeriram que poderá ser


necessário adaptá-lo para garantir que seja adequado Haines-Young R, Potschin M (2013) Classificação
para a avaliação dos ecossistemas marinhos e Internacional Comum de Serviços
costeiros, ou integrá-lo mais estreitamente com Ecossistêmicos (CICES), versão 4.3. Relatório
tipologias para descrever as funções subjacentes dos para a Agência Europeia do Ambiente EEA/
BSS/07/007 (download: www.cices.eu).
ecossistemas.
É provável que os interesses marinhos tenham sido
sub-representados nas consultas que levaram à versão Potschin M, Haines-Young R (2016a) Definição
actual do CICES. e medição de serviços ecossistêmicos.
In: Potschin M, Haines-Young R, Fish R,
Assim, embora a versão actual do CICES funcione Turner RK (Eds.) Manual Routledge de
claramente para muitos propósitos, dada a importância Serviços Ecossistêmicos. Routledge, Londres
e Nova York: 25-44.
de categorizar os SE de forma clara e transparente, o
desenvolvimento deste e de outros sistemas precisa de
ser revisto constantemente à medida que as nossas Potschin M, Haines-Young R (2016b) Relatório
necessidades e conceitos evoluem. São ferramentas sobre o Workshop sobre “Personalização do
CICES nos estados membros”. Marco 19 da
essenciais para o nosso trabalho de mapeamento e
avaliação. Foi sugerido, por exemplo, que uma ESMERALDA (download em: http://www.
classificação, como a CICES, poderia fazer parte de esmeralda-project.eu/documents/).
uma abordagem sistemática mais geral ou de um
“modelo” para mapear e modelar serviços ecossistémicos.
Outros autores enfatizaram que é importante
desenvolver sistemas de classificação, como o CICES,
que sejam “geográfica e hierarquicamente consistentes”
para que possamos fazer comparações entre regiões e
integrar estudos locais detalhados numa compreensão
geográfica mais ampla.

O nosso ponto de conclusão é que, quer o CICES tenha


ou não um papel a desempenhar, estes tipos de
sistemas não se construirão sozinhos. Precisamos de
estar conscientes dos desafios que a categorização
dos SE ainda coloca e do facto de apenas começarmos
a enfrentá-los.

Nota: No momento em que este artigo foi escrito, a


versão 4.3 deveria ser usada. Esta versão está
atualmente em revisão e a versão 5 está em
desenvolvimento. Todos os detalhes estão disponíveis na página do CICES4 .

4
www.cices.eu

Capítulo 2 45
Machine Translated by Google
Machine Translated by Google

CAPÍTULO 3

Mapeamento em segundo plano


Machine Translated by Google
Machine Translated by Google

3.1. Noções básicas de cartografia


Kremena Boyanova e Benjamin Burkhard

Introdução Sistemas coordenados


Cartografia (do grego ÿÿÿÿÿÿ khartÿs, “mapa”; e O sistema de coordenadas de um conjunto de
ÿÿÿÿÿÿÿ graphein, “escrever”) é a arte e a ciência dados é usado para definir as posições dos
de representar dados geográficos por meios fenômenos mapeados no espaço. Além disso, atua
geográficos. Os mapas são os principais produtos como uma chave para combinar e integrar
do trabalho cartográfico e são representações diferentes conjuntos de dados com base na sua
gráficas de características de uma área da Terra localização. Isso permite o desempenho de diversas
ou de qualquer outro corpo celeste desenhada em operações analíticas integradas, como sobrepor ou
escala. Independentemente do tipo de mapa ou da mesclar camadas de dados de diferentes fontes.
técnica de mapeamento aplicada (Capítulo 3.2), Os sistemas de coordenadas podem ser sistemas
cada mapa possui um sistema de coordenadas, geográficos, projetados ou verticais.
uma projeção, uma escala e inclui elementos
cartográficos específicos. Estes atributos geralmente
Sistemas de coordenadas geográficas
dependem do tamanho e da forma da área
geográfica mapeada e do design gráfico da Um Sistema de Coordenadas Geográficas (GCS)
representação do mapa que precisa ser informativo utiliza uma superfície esférica tridimensional para
e compreensível para o usuário do mapa (Capítulos definir localizações na Terra, ou seja, a Terra é
5.4 e 6.4). representada como uma esfera ou um esferóide.
Um ponto nessa esfera é referenciado pelos seus
Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) são valores de longitude e latitude. A longitude e a
ferramentas poderosas para introdução, gestão, latitude são ângulos medidos em graus desde o
análise e apresentação de dados (princípio IMAP), centro da Terra até um ponto na sua superfície. O
proporcionando múltiplas possibilidades para uma meridiano principal e o Equador atuam como
melhor compreensão das estruturas e padrões das referência para longitude e latitude respectivamente (Figura 1).
atividades e fenómenos humanos e naturais
(Capítulo 3.4). No entanto, grande parte da sua
funcionalidade padrão fácil de aplicar pode ser 80

enganosa para um cartógrafo inexperiente. 60


60°E 55°N

40

No presente capítulo, discutimos as principais 20 55° Lat.

características dos mapas, como sistema de 60°

coordenadas, datum geodésico, projeção, escala e 0 20 40 60


Longitude
elementos do mapa; como escolhê-los
adequadamente e qual é o seu papel para o uso
adequado de um mapa. O uso do SIG simplificou
significativamente o mapeamento e fornece um
bom ambiente para a visualização dos Serviços
Figura 1. O mundo como um globo com longitude e
Ecossistêmicos (SE). valores de latitude.

Capítulo 3 49
Machine Translated by Google

Sistemas de coordenadas projetadas Portanto, é muito importante, ao utilizar ferramentas de


Um Sistema de Coordenadas Projetadas (PCS) é baseado mapeamento digital, que os conjuntos de dados utilizados
em um GCS que é transferido para uma superfície plana sejam definidos num sistema de coordenadas elegível.
e bidimensional. Para isso, um PCS requer uma projeção
cartográfica, que é definida por um conjunto de parâmetros
de projeção que personalizam a projeção cartográfica Dados geodésicos e
para um determinado local. As várias projeções
transformações
cartográficas são discutidas em detalhes abaixo.

O datum geodésico define a) o tamanho e a forma da


Terra eb) a orientação e origem do sistema de coordenadas
utilizado através de um conjunto de constantes. O da-tum
Sistemas de coordenadas verticais
geodésico pode ser baseado em modelos terrestres
Um sistema de coordenadas verticais define a posição
planos, esféricos ou elipsoidais:
vertical do conjunto de dados a partir de uma posição
vertical de referência - geralmente sua elevação (altura)
ou profundidade em relação ao nível do mar (Figura 2).
– Modelos de Terra plana são usados em distâncias
curtas para que a curvatura real da Terra seja
+6,3 insignificante (< 10 km); – Os modelos
significa água baixa esféricos representam a figura da Terra como uma esfera
significa água do mar com um raio especificado, conduzindo a deformações
+5,8 +6,0
no modelo que são maiores nos pólos; usado para
navegação de curto alcance e aproximações de
Figura 2. Dois sistemas de coordenadas verticais: nível
médio do mar e maré baixa média. distâncias globais; e – Os modelos elipsoidais são
os modelos mais precisos da Terra; usado para
Embora a definição de um sistema de coordenadas cálculos em longas distâncias; o elipsóide de referência é
geográficas ou projetadas seja obrigatória para todos os definido por semi-maior (raio equatorial) e
conjuntos de dados, os sistemas de coordenadas verticais achatamento (a relação entre os raios equatorial e
só são necessários se a altura vertical dos dados for polar).
relevante. A falta ou a definição incorreta de informações
do sistema de coordenadas leva a problemas de integração
de dados espaciais. (Figura 3).
O modelo elipsoidal pode representar a superfície
topográfica da Terra (superfície real da terra e do mar em
Uso da terra
algum momento), o nível do mar (nível médio dos
Ruas
oceanos), a superfície gravitacional da Terra (modelo
Distritos
gravitacional) ou o geóide. . O Geóide é a superfície
Pacotes
equipotencial que os oceanos da Terra ocupariam devido
à gravitação e rotação da Terra, negligenciando todas as
outras influências, como ventos, correntes e marés.
Parques

Rio

Areia e cascalho Descarga


Arenito
Apontar
Lençol freático Aquífero O dado do Sistema Geodésico Mundial de 1984
Xisto (WGS-84) define as alturas geóides para toda a Terra
em uma grade de dez por dez graus. O
Figura 3. Integração de conjuntos de dados para a mesma
área (inspirado em Buckley 1997).

50 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

O Sistema de Posicionamento Global (GPS) é A transformação de uma superfície esférica em


baseado no WGS-84. plana leva a diferentes distorções nos comprimentos,
ângulos, formas e áreas da superfície mapeada.
Os datums geodésicos podem ser horizontais As distorções são geralmente menores ao longo
(latitude e longitude), verticais (altura) e completos. das linhas padrão e próximas ao ponto de fixação.
A transformação entre dados requer a aplicação Dependendo da forma e tamanho da área mapeada,
de regras matemáticas estritas e conjuntos de devem ser selecionadas projeções apropriadas e
parâmetros, dependendo da transformação linhas padrão. As distorções são inevitáveis e é
necessária. impossível criar o mapa projetado “perfeitamente”
A maioria das plataformas GIS e de mapeamento que atenda a todas as propriedades de projeção
suportam transformação automatizada entre dados do mapa.
e sistemas de coordenadas. As quatro propriedades do mapa e seus respectivos
tipos de projeção são:

Projeções cartográficas – As formas locais das feições no mapa são as


mesmas da superfície da Terra.
Esta projeção conforme mantém todos os
As projeções cartográficas são representações ângulos.
matemáticas do corpo esférico da Terra em uma
superfície plana por meio de transformações – As áreas das feições na Terra estão nas mesmas
matemáticas de coordenadas esféricas (latitude, proporções que no mapa. Outras propriedades
longitude) para coordenadas cartesianas (x, y). As – forma, ângulo e distância – são distorcidas
projeções cartográficas geralmente dependem, em projeções de áreas iguais.
para a transformação, de uma forma que pode ser
desenvolvida ou achatada – um plano, um cone
ou um cilindro – que está fixada à esfera em um – As distâncias escalonadas ao longo das linhas
ponto ou em uma ou duas linhas padrão. As padrão, ou do ponto de fixação, a todos os
respectivas projeções cartográficas são outros pontos do mapa são mantidas em
denominadas planas, cônicas e cilíndricas (Figura 4). projeções equidistantes. Isto não é válido ao
longo de todas as linhas ou entre quaisquer
dois pontos num mapa.

Superfícies
– As direções no mapa estão corretas na projeção
planificáveis
da direção verdadeira (azimutal).
Fornece as direções (ou azimutes) de todos
os pontos do mapa corretamente em relação
ao centro. Algumas projeções na direção
verdadeira também são conformes, de áreas
iguais ou equidistantes.

Mapas planos Para cada mapa, apenas uma ou duas dessas


propriedades podem ser cumpridas e o cartógrafo
tem que fazer uma escolha, dependendo da
finalidade e das necessidades do mapa (ver
Capítulo 5.4).

Figura 4. Superfícies desenvolvíveis (aplaináveis)


(em Monmonier 1996).

Capítulo 3 51
Machine Translated by Google

Escala Seleção de escala

A escala representa a razão entre a distância entre As escalas do mapa podem ser expressas como
dois pontos no mapa e a distância correspondente uma razão, uma declaração verbal ou como uma
no solo. Assim, mapas de grande escala (com um escala gráfica (barra) (Figura 6). Em mapas não
grande valor recíproco da escala, como 1:5.000) análogos (digitais), é imprescindível a utilização de
cobrem áreas pequenas com grande detalhe e uma barra de escala gráfica (barra linear). Uma barra
precisão, enquanto mapas de pequena escala (por de escala se ajusta à resolução da respectiva
exemplo, 1:1.000.000) cobrem áreas maiores com exibição, parâmetro que não pode ser controlado
menos detalhe (Figura 5). A escala do mapa também pelo cartógrafo. A variabilidade do tamanho do mapa
influencia a generalização (Capítulo 3.4) e a com o uso de um projetor é um exemplo desse problema.
simbolização (Capítulo 3.3) do mapa.
Ao escolher a escala do mapa, o cartógrafo deve
considerar:
Elementos de um mapa
– Finalidade do mapa - os fenômenos mapeados
precisam estar bem representados na escala Os elementos de um mapa são cruciais para fornecer
selecionada; – ao usuário do mapa informações críticas sobre o
Tamanho do mapa - a escala precisa ser adaptada conteúdo do mapa. Fazer um mapa temático é, em
ao tamanho da área mapeada e ao tamanho grande medida, um ato criativo e a escolha dos
(formato) final desejado do mapa; elementos do mapa depende do contexto, do público
– Detalhe – a escala precisa ser adaptada ao detalhe e das preferências do cartógrafo.
com que os fenômenos são mapeados. Contudo, existem três níveis de representação dos
elementos de um mapa, aqui apresentados pelo seu
nível de relevância (Figura 7):
Seleção de escala

1:5.000 1:25.000 1:50.000 1:100.000 1:200.000 1:500.000 1:1.000.000

Área terrestre mapeada


Pequeno Grande

Mais
Detalhe da informação Menos

Simbolização
Mais generalizado Menos generalizado

Figura 5. Interação entre conteúdo do mapa e seleção de escala.

Escalas de proporção Escalas verbais Escalas gráficas

10.000 5.000 0 10.000 milhas


1: 10.000 Um centímetro (no mapa) representa 10.000 centímetros (na realidade)
(ou 100 metros) Barra de escala alternada

1: 25.000 Um centímetro (no mapa) representa 25.000 centímetros (na realidade) 10.000 5.000 0 10.000 milhas
(ou 250 metros)
1: 100.000 Um centímetro (no mapa) representa 100.000 centímetros (na realidade) Barra de escala dupla alternada
(ou 1 quilômetro)
10.000 5.000 0 10.000 milhas
1: 1.000.000 Um centímetro (no mapa) representa 1.000.000 de centímetros (na realidade)
(ou 10 quilômetros) Barra de escala oca

Figura 6. Exemplos de escalas de razão, verbal e gráfica.

52 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

– Elementos que possibilitam a correta leitura do mapa • Projeção – fornece informações sobre a
e recomenda-se adicioná-los a todos os mapas: projeção e possíveis distorções na área,
distância, direção e forma das feições mapeadas;
• Informações de escala;
• Direção do mapa – um símbolo, geralmente • Nome do cartógrafo e/ou autoridade
uma seta, que indica o norte verdadeiro (a responsável pela composição do mapa;
direção para o Pólo Norte); se uma grade de
coordenadas (gratícula) for adicionada ao mapa • Data de produção;
ou em mapas de pequena escala (por exemplo, • Fontes de dados usadas para criar o mapa.
continentais), uma seta norte não é necessária;
• – Elementos usados seletivamente para auxiliar a
Legenda – a legenda lista todos os símbolos, comunicação eficaz (opcional):
seus tamanhos, padrões e cores usados no • Neatlines (linhas de recorte) – usadas para
mapa e as características que eles representam enquadrar o mapa e indicar a área exata do mapa;
(ver Capítulo 3.3); deverão aparecer na legenda
exatamente como aparecem no corpo do mapa; • Mapas de localização – para colocar o corpo do
mapa dentro de uma área geográfica maior
contexto;
– Elementos que fornecem contexto: • Mapa inserido – um mapa “ampliado” de
• Título – deve fornecer uma declaração curta e pequenas áreas do mapa com alta relevância,
clara sobre o conteúdo do mapa, geralmente onde as informações estão muito agrupadas
informando o nome da área mapeada e o tema para a escala do corpo do mapa;
do mapa (nos mapas ES - o ES mapeado) • Mapas de índice – quando os rótulos ou outras
juntamente com o ano representado nos mapas informações não podem ser colocados de forma
temáticos; deve-se considerar que esta eficaz no corpo do mapa, eles podem ser
informação também pode ser incluída no título inseridos separadamente para aumentar a legibilidade.
da legenda do mapa;

Sistema de Coordenadas: WGS 1984 UTM Zona 34N


BACIA HIDROGRÁFICA DO SUPERIOR OGOSTA Projeção: Mercator Transversal
Dados: WGS 1984
Unidades: Metro

Autor: Kremena Boyanova


Academia de Ciências da Bulgária, 2014
Fonte de dados: resultados do modelo SWAT

Abastecimento de água doce


(média 2000-2005)
Bacia
0 - nenhum fornecimento relevante

1 – baixa oferta relevante


2 – demanda relevante Figura 7. Exemplo de mapa e seus
3 - oferta média relevante elementos: mapa real, escala, seta norte,
4 – oferta altamente relevante legenda, título, sistema de coordenadas
5 – demanda relevante muito alta
e projeção, nome do cartógrafo e instituição,
data de produção, fonte de dados e linha limpa.
Sistema de Coordenadas: WGS 1984 UTM Zona 34N Autor: Kremena Boyanova
Projeção: Mercator Transversal Academia de Ciências da Bulgária, 2014
Dados: WGS 1984 Fonte de dados: resultados do modelo SWAT
Unidades: Metro

Capítulo 3 53
Machine Translated by Google

Conclusões Pearson F (1990) Projeção de mapas: teoria e


aplicações. CRC Press, Boca Raton, Flórida.
A cartografia é baseada em uma longa tradição
e conhecimento abrangente de criação e uso
de mapas. Os cartógrafos ES ainda precisam Snyder JP (1987) Projeções cartográficas - Um
estar cientes dos princípios gerais, técnicas manual de trabalho. Artigo profissional 1395 do
(Capítulo 3.2) e lógica (Capítulo 3.3) da US Geological Survey. Escritório de impressão
cartografia, embora com os programas de do governo dos EUA. Washington DC
software atuais pareça muito fácil criar muitos
mapas rapidamente. Os mapas digitais são o Snyder JP (1993) Achatando a Terra: Dois Mil Anos
principal meio de representação cartográfica de Projeções de Mapas. University of Chicago
atualmente e a principal ferramenta para Press. Chicago, Illinois.
interpretação, visualização e comunicação de
dados geográficos. Eles oferecem múltiplas
oportunidades, mas também “armadilhas” Recursos online
para o cartógrafo. Portanto, em vez de produzir
grandes quantidades de mapas mal compilados ArcGIS (ajuda do ESRI Desktop): http://re-
e enganosos, os produtores de mapas SE sources.arcgis.com/en/help/
devem aproveitar o conhecimento e as
técnicas disponíveis para apoiar a aplicação Buckley DJ (1997) O GIS Primer. Pacific
adequada do SE e do mapeamento SE na Meridian Resources Inc.: http://planet.bot-
ciência, na tomada de decisões e na sociedade (Capítulo 7).
any.uwc.ac.za/nisl/GIS/GIS_primer/index.
htm

Leitura adicional Avançar:

Bugayevskiy LM, Snyder JP (1995) Projeções de http://geokov.com/education/map-project-


mapas - um manual de referência. Taylor & tion.aspx
Francis, Grã-Bretanha.
http://www.progonos.com/furuti
Fenna D (2007) Ciência Cartográfica: Um Compêndio
de Projeções de Mapas, com Derivações. CRC http://www.colorado.edu/geography/gcraft/
Press, Boca Raton, Flórida. notas/mapproj/mapproj_f.html

http://www.colorado.edu/geography/gcraft/
Bureau Hidrográfico Internacional (2003) notas/cartocom/cartocom_ftoc.html
Manual do usuário sobre transformações de
dados envolvendo WGS 84. 3ª edição (última http://www.colorado.edu/geography/gcraft/
correção em agosto de 2008). Publicação notas/datum/datum_f.html
Especial nº 60. Mônaco.
http://www.librry.arizona.edu/help/how/
Maling DH (1992) Sistemas de Coordenadas e encontrar/mapas/escala

Projeções de Mapas, 2ª Ed. Imprensa Pérgamo.


Oxford. http://awsm-tools.com/geo/convert-datum

Monmonier M (1996) Como mentir com mapas. 2ª http://gitta.info/LayoutDesign/en/html/in-


edição. A Imprensa da Universidade de Chicago. dex.html

54 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

3.2. Técnicas de mapeamento


Christoph Traun, Hermann Klug e Benjamin Burkhard

Introdução Dados correspondentes e tipo de mapa

Mapear trata da representação gráfica de fenômenos Os dados são o resultado de medições (Capítulo 4.1),
espaço-temporais. Ilustrar o nosso ambiente complexo modelagem (Capítulo 4.4) ou outras quantificações
através de símbolos e gráficos requer decisões (Capítulo 4) de fenômenos geográficos. Os dados de
importantes: O tipo de mapa escolhido reflete temperatura do ar, por exemplo, são normalmente
adequadamente o(s) Serviço(s) Ecossistêmico(s) (SE) coletados por meio de medições em vários pontos.
a ser retratado? Existem opções de design mais Os dados sobre os diâmetros das árvores podem
intuitivas disponíveis para visualizar e explicar um parecer semelhantes, uma vez que utilizam a mesma
conjunto de dados específico? O que acontece se o geometria (pontos) e são medidos em nível métrico.
tipo de mapa não corresponder aos dados? Este No entanto, o fenómeno representado (árvores) é de
capítulo tem como objetivo investigar tipos de mapas natureza totalmente diferente, uma vez que as árvores
populares, como mapas de pontos, mapas coropléticos, só existem em locais discretos no espaço, enquanto
mapas de símbolos proporcionais, mapas isarítmicos as condições atmosféricas são continuamente
e mapas de marcadores. distribuídas e podem ser medidas em qualquer lugar.
Relacionamos esses tipos com características espaciais
e estatísticas inerentes a certos fenômenos SE e
damos conselhos sobre vantagens e possíveis Diferentes modelos de dados podem ser usados para
armadilhas relacionadas ao seu uso. armazenar, analisar e apresentar dados espaciais, por
exemplo em Sistemas de Informação Geográfica
Cada mapa ES, seja em papel ou digital, é uma (GIS): Modelos de dados vetoriais representam
representação gráfica do ES no seu contexto fenômenos espaciais discretos ou contínuos usando
geográfico. Na maioria dos casos, tais mapas são pontos, linhas e polígonos. Os dados vetoriais têm alta
construídos para facilitar a compreensão dos SE na precisão para exibir recursos com limites distintos;
sua dimensão espacial (Capítulo 5.2) e/ou temporal arquivos de dados de mapas vetoriais geralmente
(Capítulo 5.3). Que tipo de dados de SE devem ser usam menos capacidade de memória.
apresentados a quem (por exemplo, público em geral,
comunidade científica, praticantes de SE) determina Os dados raster representam o mundo em uma grade
em grande parte o processo de mapeamento: um regular de células (pixels). Modelos raster são
processo de abstração da realidade geográfica até o frequentemente usados para fenômenos que variam
mapa final. A cartografia científica desenvolveu um continuamente ou são o resultado de sensoriamento remoto.
extenso corpo de teoria e derivou diretrizes práticas
para realizar esse processo. Um dos seus principais É possível converter dados vetoriais em raster e vice-
objectivos é o fornecimento de mapas que possam versa. No entanto, com base nos diferentes conceitos
ser lidos intuitivamente e correctamente compreendidos de modelo de dados, tais conversões normalmente
e utilizados pelo utilizador final pretendido (Capítulo levam à perda de informações e/ou precisão dos dados.
6.4).

Capítulo 3 55
Machine Translated by Google

Ao definir mapas como representações gráficas com o Embora tal esquema possa ajudar na seleção de uma
objetivo de facilitar a compreensão dos fenômenos técnica de mapeamento temático apropriada para dados
espaciais, devem ser escolhidas técnicas de mapeamento quantitativos, há outras considerações correspondentes:
que reflitam adequadamente suas principais
características espaciais. Mas o que significa refletir
adequadamente? De acordo com o princípio de – Qual é a utilização prevista do mapa ES (Capítulo
congruência do design cognitivo, a estrutura e o conteúdo 5.4)? Funciona apenas como uma interface com
das visualizações devem corresponder à estrutura e ao as entidades relevantes do SE, deve fornecer

conteúdo desejados das representações mentais. O uma visão geral dos padrões espaciais gerais ou
conceito básico de mapeamento de escalonamento do destina-se a permitir comparações locais?
espaço geográfico é apropriado a este respeito, uma
vez que as distâncias e direções entre entidades são
adequadamente representadas pelas distâncias e – Os dados estão relacionados com locais individuais ou

direções escalonadas de seus símbolos cartográficos estão agregados a unidades de enumeração?


correspondentes (exceto quando mapear em escala

continental e distorção de projeção). é aparente). Assim – Os dados são padronizados (por exemplo, taxas) ou
facilita o desenvolvimento de modelos mentais sobre a não (contagens brutas)?
respectiva configuração espacial. No entanto, faz
diferença se um fenómeno geográfico espacialmente A seção seguinte descreve importantes técnicas de
contínuo como o ar é representado como um conjunto mapeamento temático ao mesmo tempo em que aborda
de pontos discretos ou por meios gráficos alternativos tais considerações.
que correspondem melhor à sua continuidade espacial.

Técnicas de mapeamento

Os fenômenos espaciais podem ser categorizados com As técnicas comuns de mapeamento temático incluem
base na continuidade espacial e na (in)dependência mapas de pontos (densidade), mapas de marcadores,
espacial. Para cada combinação possível, a Figura 1 mapas coropléticos, mapas de símbolos proporcionais e
sugere uma técnica de mapeamento específica, mapas isarítmicos.
conforme discutido na seção seguinte.

Espacialmente discreto
(O fenômeno ocorre Espacialmente contíguo Mapas de pontos (densidade)
apenas em locais distintos e (O fenômeno está
separados) definido em todos os lugares)

Mudanças
abruptas
Exemplo: Exemplo: Em sua forma mais simples de correspondência de
Número de pessoas Força do meio
(Propriedades
que trabalham no Nacional ambiente características um-para-um, os mapas de pontos
medidas
Parques (escala continental) leis de proteção
mudar (também conhecidos como mapas de distribuição de
abruptamente Considere usar um Considere usar um
no espaço) Símbolo Proporcional Coropleto pontos) seguem um conceito muito fácil: em cada
mapa mapa
localização da entidade mapeada, há um pequeno
Mudanças Exemplo: Exemplo: símbolo correspondente no mapa. Embora esta
suaves Número de avistamentos de Mudança da média anual
(Propriedades salamandras em diferentes temperatura de abordagem de um ponto por recurso seja cada vez mais
medidas regiões de um parque nacional 1950-2015
mude
popular, mesmo em pequenas escalas e com um grande
Considere usar um Considere usar um
suavemente
Isarítmico
número de recursos1
, pontos rapidamente se aglutinam em um
Ponto (densidade)
sobre o espaço)
mapa mapa
sombreamento de intensidade variável, o que pode ser incomum.

Figura 1. Modelos de fenómenos geográficos e


métodos de simbolização sugeridos. 1 http://demographics.coopercenter.org/DotMap/
Simplificado após MacEachren (1992).

56 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

favorável para certas aplicações. Nesse caso, uma cores (portanto, “calor”), enquanto áreas com dados
abordagem um-para-muitos é favorável, onde cada esparsos são normalmente coloridas em azul.
ponto representa um número fixo de entidades (por Embora os mapas de calor sejam bastante populares,
exemplo: 1 ponto = 100 pessoas). A escolha do é um tanto difícil derivar números reais de
número de entidades por ponto está relacionada ao características de pontos para uma determinada área.
tamanho do ponto escolhido, à escala e à densidade
das localizações das características. Como regra geral,
os pontos devem começar a se unir nas áreas de Mapas de marcadores
densidade máxima do mapa.

Os mapas de pontos são especialmente adequados Os mapas de marcadores são uma forma especial de
para focar nos padrões de distribuição de entidades mapas de pontos que surgiram com o advento dos
ou nas diferenças nas densidades locais. Ao utilizar a aplicativos de mapeamento da web, como o Google
abordagem de densidade de pontos para dados Maps. Colocado no topo de um mapa topográfico de
agregados poligonais (por exemplo, número de base, cada marcador ou “alfinete” simboliza uma
pessoas por distrito), o número correspondente de característica de interesse em sua localização
pontos é colocado dentro de cada polígono. Para geográfica. Com cada marcador sendo hiperlinkado,
determinar a posição de cada ponto dentro do seu o usuário pode obter informações adicionais do objeto
polígono, aplicam-se várias opções: ou desencadear determinadas ações, como reservar
um quarto de hotel. O próprio mapa atua principalmente
– A distribuição aleatória de pontos é simples e como uma interface para dados que são estruturados
frequentemente utilizada, embora possa ser por sua localização espacial.
enganosa em casos com uma distribuição muito
desigual (por exemplo, distribuição aleatória de Mapas em papel que mostram a localização de
pontos que representam a população do Egipto entidades geralmente usam símbolos diferentes para
na área do país). diferentes tipos de objetos referenciados em uma
legenda. Assim a seleção do objeto atualmente
– Ajuste o posicionamento do ponto dentro de um relevante é realizada visualmente pelo usuário. Ao
polígono usando informações sobre densidades contrário disso, um mapa web permite ao usuário
em polígonos vizinhos. consultar primeiro os objetos de interesse em um
banco de dados e depois mostrar o resultado da
– Utilização de informações auxiliares (por exemplo, informações consulta no mapa. Conseqüentemente, nenhuma
sobre assentamentos provenientes de dados de diferenciação gráfica adicional de marcadores é necessária (mas ain
sensoriamento remoto) para uma alocação de pontos mais precisa.
Marcadores de ponto são usados para representar
Os mapas de densidade de pontos baseados em qualquer tipo de geometria de recurso no mapa, sejam
dados agregados requerem contagens absolutas pontos, linhas ou áreas. A principal razão pela qual se
como base (por exemplo, número de pessoas por evitam símbolos de área clicáveis é explicada pelos
condado). Além disso, o uso de uma projeção desafios de interação com outros objetos situados na
cartográfica que preserve a área (ver Capítulo 3.1) é mesma área. Mapas de marcadores são frequentemente
essencial, uma vez que a impressão de densidade usados para codificar informações qualitativas. Eles
resulta do número de pontos por unidade de área no mapa. informam principalmente o usuário sobre localizações
individuais e o padrão de distribuição espacial das
Os mapas de calor são frequentemente derivados de entidades de interesse. Para evitar que os marcadores
mapas de pontos. Em vez de mostrar os pontos reais, se aglutinem em pequenas escalas, diferentes
eles usam cores de área para representar sua mecanismos de agrupamento e/ou seleção podem ser
densidade. Áreas densas ficam mais avermelhadas aplicados.

Capítulo 3 57
Machine Translated by Google

Mapas coropléticos relação resultante entre o tamanho da unidade e a cor para


corrigir a impressão errada das distribuições espaciais
Os mapas coropléticos são preferencialmente usados para (comparar a Figura 2).
mapear dados coletados para unidades de área, como Contudo, na maioria dos casos, os valores padronizados

estados, áreas censitárias ou ecorregiões. Seu principal podem ser facilmente derivados de contagens brutas.
objetivo é fornecer uma visão geral dos padrões espaciais
quantitativos em toda a área de interesse. Para construir Em resumo, os mapas coropléticos são uma boa escolha
um mapa coroplético, os dados de cada unidade são para demonstrar dados padronizados agregados a
agregados em um valor. unidades de área, especialmente se houver pouca variação
De acordo com seus valores, as unidades de área são dentro das unidades e os limites das unidades forem

normalmente agrupadas em classes e uma cor é atribuída significativos para o fenômeno mapeado.
a cada classe. Isto requer a utilização de esquemas de
cores significativos2 (Capítulo 3.3), representando a
natureza sequencial ou divergente do fenómeno mapeado.

Mapas de símbolos proporcionais

Embora os mapas coropléticos sejam muito comuns,


várias armadilhas estão inerentemente associadas a eles: Com base na nossa suposição de que “maior” significa
“mais”, os mapas de símbolos proporcionais usam
variação no tamanho do símbolo para representar quantidades.
A variação dentro das unidades é ignorada, embora o Embora o tamanho dos símbolos pontuais possa ser usado
fenómeno mapeado possa variar consideravelmente para denotar atributos quantitativos de características
dentro das unidades (especialmente as maiores). pontuais (por exemplo, símbolos de nascentes
dimensionados para saídas de água), os símbolos pontuais
Os limites entre as unidades muitas vezes não se alinham escalonados também são usados para representar dados
com as descontinuidades do fenómeno mapeado. agregados a áreas, conforme discutido para mapas
Especialmente os limites historicamente definidos das coropléticos. Ao contrário deste último, não apenas a cor
unidades administrativas muitas vezes não se alinham com das unidades de área é modificada com base em um

as descontinuidades espaciais dos processos sociais ou atributo, mas um símbolo de ponto é posicionado dentro de
naturais actuais (Capítulo 5.2). Ambos os problemas, cada área e o tamanho deste símbolo é dimensionado de
nomeadamente a variação dentro das unidades e a acordo com o atributo desejado. Como comparar tamanhos
definição de limites espaciais, aplicam-se a muitos SE e é muito mais fácil do que comparar tonalidades, os mapas
pertencem ao chamado Problema da Unidade de Área de símbolos proporcionais são especialmente eficazes
Modificável (MAUP; ver Capítulo 6.1). para tarefas de comparação. De acordo com o esquema
da Figura 1, os mapas de símbolos proporcionais conotam
melhor entidades espacialmente discretas com atributos
Os mapas coropléticos são adequados apenas para mapear espacialmente não relacionados. Em contraste com os
dados padronizados (“normalizados”) como taxas mapas coropléticos, eles são capazes de lidar com dados
(rendimento por ha por ano) ou densidades (pessoas por absolutos, como contagens de objetos brutos em áreas de
km²). Mapear valores absolutos (por exemplo, contagens tamanhos diferentes. Isto é possível devido ao fato de que
de pessoas por unidade) é errado, uma vez que as símbolos maiores podem ser relacionados a áreas maiores
diferenças de tamanho das unidades individuais afectarão de forma bastante intuitiva (Figura 3).
grandemente o resultado: unidades grandes tenderão a ter
valores mais elevados e unidades pequenas, valores mais
baixos. Mesmo para usuários experientes de mapas, é Na sua forma básica, a área de um símbolo é dimensionada
impossível desembaraçar mentalmente o proporcionalmente à magnitude do

2 http://colorbrewer2.org

58 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

unidades de área de tamanho diferente

objeto

1 km

1 km
Distribuição (regularmente dispersa) de objetos subjacentes.

1 objeto/km²

Valores relativos do mapeamento (padrão de área): número de objetos por km².

16 objetos
4

Mapear o número absoluto de objetos por unidade leva a uma impressão errada da distribuição espacial.

Figura 2. Somente dados padronizados (taxas etc.) devem ser mapeados com mapas coropléticos. Inspirado em
Slocum (2009).

16
objetos

Figura 3. O tamanho do símbolo relaciona-se bem com o tamanho das unidades de área, tornando os mapas de
símbolos proporcionais capazes de mapear valores absolutos não padronizados (veja a Figura 2 para a distribuição
subjacente do objeto). Inspirado em Slocum (2009).

Capítulo 3 59
Machine Translated by Google

o atributo mapeado. No entanto, diversas variantes se Mapas isarítmicos


aplicam:
Muitos processos ecossistêmicos, como a regulação
– Embora o assunto seja controverso, a escala perceptiva climática ou a regulação da qualidade do ar, ocorrem de
tenta ajustar o tamanho do símbolo para compensar maneira espacialmente contínua. Como consequência,
a tendência empiricamente testada de subestimar os SE relacionados também variam gradualmente ao
a área de símbolos grandes. longo do espaço. Os mapas isarítmicos conectam pontos
do mesmo valor (em certos intervalos) por uma linha
(=isolinha) e são especialmente úteis para mapear dados
– O uso de símbolos 3D como esferas ou cubos permite de 'campo contínuo' que mudam suavemente. Os
dimensionar proporcionalmente ao volume do exemplos mais proeminentes de isolinhas são linhas de
símbolo em vez da área. contorno em mapas topográficos, conectando pontos da
Embora os volumes sejam ainda mais mal mesma elevação. Este conceito pode ser usado para
estimados, isso pode ser útil quando grandes todos os tipos de campos contínuos. Mapas isarítmicos
extensões de valores de dados precisam ser podem ser combinados com coloração de área usando
acomodadas no mapa. rampas de cores contínuas. Alternativamente, as áreas
entre as isolinhas podem ser preenchidas com uma
– Para dados com intervalos de valores extremamente sequência de cores classificadas. Uma combinação de

grandes ou muito pequenos, os valores dos dados isolinhas com sombreamento analítico intensifica o
podem ser classificados e às classes é atribuído caráter de “superfície” do fenômeno mapeado.
um conjunto de símbolos “graduados”. Embora os
tamanhos dos símbolos ainda representem a
ordem das classes, os símbolos não são mais
proporcionais à magnitude dos valores. Assim, A construção de mapas isarítmicos requer dados de
informações adicionais (por exemplo, numa superfície, comumente modelados como grade de pontos
legenda) que apontem para esse facto são cruciais para ou
a interpretação.
Rede Irregular Triangulada (TIN). Com base em um
valor base e um intervalo, as isolinhas são construídas a
– Por vezes, os dados são compostos por vários partir do modelo de campo usando interpolação espacial.
subgrupos (por exemplo, população total por sexo
ou grupos etários). Para mostrar esta subdivisão Utilizando, por exemplo, um valor base de 50 e um
adicional, diagramas em escala podem ser usados intervalo de 100 para exibir uma superfície com valores
em vez de símbolos simples. variando entre 54 e 320, o resultado será isolinhas de
Os gráficos de pizza são frequentemente escolhidos devido à sua valor 150 e 250. Como os mapas isarítmicos enfatizam
compacidade. o caráter contínuo e suavemente variável de um
fenômeno, é aconselhável utilizá-los para tais fenômenos,
Freqüentemente, símbolos proporcionais ou graduados mesmo que os dados sejam fornecidos como amostras
se sobrepõem. Embora a redução geral possa ser uma discretas. Como exemplo, poderiam ser considerados
solução, uma pequena sobreposição é aceitável. Usar dados sobre vulnerabilidade ecológica baseados em
símbolos simples e semitransparentes, como círculos, distritos: embora cada distrito possa ter atribuído um
também é uma boa estratégia para lidar com valor que indique a sua vulnerabilidade, a vulnerabilidade

sobreposições. Os mapas da Web às vezes usam local pode mudar suavemente ao longo do espaço,
cruzamentos de marcadores e símbolos proporcionais: independentemente das fronteiras distritais nítidas.
em vez de permitir a sobreposição de marcadores em Dependendo da mensagem pretendida (“representação
pequenas escalas, os marcadores próximos são objetiva do risco” versus “ei, governador,
agregados em um símbolo dimensionado de acordo com
o número de marcadores que ele contém.

60 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

você é responsável por este distrito altamente portanto, depende do tópico SE mapeado, que
vulnerável, aja!') pode fazer sentido criar uma tipo de características geográficas devem
superfície de vulnerabilidade contínua a partir de fazer parte do mapa base. Embora alguns
dados poligonais e utilizar um mapa isarítmico para mapas básicos se concentrem na rede viária7
sua comunicação. Ao seguir tal abordagem, é , outros enfatizam o terreno ou
importante usar apenas valores padronizados destacam limites administrativos.
(relativos) de unidades de enumeração para geração Os usuários devem pensar cuidadosamente
de superfície. sobre que tipo de informação é necessária
Métodos como interpolação picnofilática ou krigagem para apoiar o tópico ES mapeado.
área a ponto garantem que o volume geral
permaneça constante enquanto a superfície é – Destaque visual: Os mapas base fornecem
suavizada. informações auxiliares, portanto seu lugar é
no fundo visual. Em um contexto digital,
Além dos conceitos básicos de mapeamento existem dois conceitos comuns para conseguir
temático descritos até agora, existem inúmeras isso: um mapa base escuro com informações
outras técnicas: cartogramas3 , mapas dasimétricos, temáticas brilhantes e saturadas no topo ou
mapas de fluxo, mapas animados4 ou vistas em um mapa base claro e não saturado
perspectiva são apenas alguns exemplos de sobreposto por camadas temáticas mais
técnicas que atendem a propósitos mais escuras e saturadas.
especializados.
– Densidade visual: Em cada nível de escala, o
mapa base deve ter aproximadamente a
mesma densidade visual (número de feições
Escolhendo uma base apropriada
mostradas por área). Se as camadas
mapa temáticas do SE forem bastante complexas,
deverá ser escolhido um mapa base com uma
Um mapa ES típico consiste em um mapa densidade visual bastante baixa (por exemplo,
topográfico de base e uma ou mais camadas apenas a linha costeira e as fronteiras do país).
temáticas sobrepostas mostrando os dados ES desejados.
O mapa base fornece a referência geográfica aos
dados ES, informando o usuário sobre a localização Generalização
e, ao mesmo tempo, fornecendo uma noção da
escala real do mapa. Dependendo da estrutura de
mapeamento usada5 , muitas vezes Devido a limitações de escala, não é possível
há uma escolha entre vários mapas básicos6 . Alguns mostrar todos os objetos espaciais com todos os
mapas básicos também podem ser editados pelo seus detalhes no espaço limitado do mapa. A
usuário para destacar ou subjugar certas classes de objetos. generalização visa representar a informação SE
num nível de detalhe apropriado para uma
Ao escolher um mapa base, vários aspectos devem determinada escala, grupo de utilizadores e contexto
ser considerados: de utilização. É necessário nos casos em que a
densidade visual nos mapas aumenta rapidamente,
– Apoio temático: O mapa base deverá apoiar a os símbolos se sobrepõem ou os conflitos
informação temática do SE; topológicos se tornam evidentes devido ao
dimensionamento gráfico. A Figura 4 mostra
3 http://www.worldmapper.org/ http:// operações típicas aplicadas no processo de
4
hint.fm/wind/ 5 http:// generalização. Embora a aplicação de alguns desses operadores
tools.geofabrik.de/mc/ http://
6
maps.stamen.com 7 https://www.openstreetmap.org

Capítulo 3 61
Machine Translated by Google

Mapa Original Mapa Generalizado sistemas, consistindo em recursos discretos e


contínuos. Esta complexidade também deverá
Simplificação
reflectir-se respectivamente nos mapas, que
devem ser lógicos, claros, compreensíveis e
Suavização
bem concebidos.

Agregação
Leitura adicional

Amalgamação Brewer CA (1999) Diretrizes de uso de cores para


representação de dados. Artigo apresentado
em Proceedings of the Section on Statistical
Aeroporto Aeroporto Graphics, Alexandria.
Colapso

Salzburgo Escola Escola de Salzburgo


Krygier J, Wood D (2011) Fazendo mapas,
segunda edição: um guia visual para design
Mesclando de mapas para GIS: The Guilford Press.
Estação Estação

MacEachren AM (1992) Visualizando informações


Baía
incertas. Revisão de. Perspectivas
Baía
Exagero
Cartográficas (13):10-9.
Entrada Entrada

MacEachren AM (2004) Como funcionam os


Aprimoramento
mapas - representação, visualização e design.
2ª edição. Nova York, Londres: The Guilford
Press.

Fluxo Fluxo

Deslocamento Estrada Estrada


Muehlenhaus I (2013) Cartografia web: design de
mapas para dispositivos interativos e móveis:
CRC Press.
Seleção

Slocum TA, McMaster RB, Kessler F, Howard HH

Figura 4. Operadores típicos para generalização. (2009) Cartografia Temática e Geovisualização.


Modificado após Phillipe Thibault (em: Slocum, 2009). Clarke KC (Ed.) 3ª ed, Série Prentice-Hall em
Ciência da Informação Geográfica. Upper
Saddle River, NJ: Pearson Prentice Hall.
responsabilidade do cartógrafo decidir sobre a
relevância de informações ES específicas.
Tversky B (2005) Prolegômeno para visualizações
científicas. Em Visualização na educação

Conclusões científica, Springer, 29-42.

Os cartógrafos podem aproveitar a ampla base


de conhecimento, experiência e técnicas
disponíveis na cartografia. Os mapas ES exibem
informações humano-ambientais altamente complexas

62 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

3.3. Semântica e
sintática do mapa
Benjamin Burkhard e Marion Kruse

Introdução

A elaboração de mapas e a cartografia combinam ciência, relativos à sua localização na realidade, à escala do mapa
artes, estética e técnicas que seguem uma lógica e à projeção do mapa (Capítulo 3.1). Informações
específica do mapa. Assim, a cartografia é fortemente adicionais são comunicadas pela escolha das formas,
baseada na semiótica, na teoria e no estudo de signos e tamanhos, matizes de cores, valores de cores, intensidades
símbolos. A simbolização do mapa é um atributo chave de de cores e texturas dos símbolos do mapa. De acordo

cada mapa que determina os elementos do mapa (Capítulo com a semântica das diferentes variáveis gráficas, elas são
3.1) e a sua aplicabilidade para comunicação (Capítulo 6.4) mais bem utilizadas para mostrar diferenças qualitativas e/
e outros usos (Capítulo 7). ou quantitativas. A maioria dos mapas ES e dos resultados
dos modelos ES (Capítulo 4.4) são mapas coropléticos
O conhecimento sobre os princípios semióticos básicos é (Capítulo 3.2) que mostram áreas de oferta ou procura de
necessário para produzir mapas de serviços ecossistêmicos ES. Alguns recursos ES e de paisagem são exibidos como
(SE) adequados que sejam adequados ao propósito. recursos de ponto ou linha. A Figura 1 fornece uma visão
geral das seis principais variáveis gráficas e como elas
A semiótica compreende semântica, sintática e pragmática: podem ser usadas para mapeamento.

• Semântica é o estudo das relações entre sinais e


símbolos e o que eles representam,
Forma
• A Sintática trata das propriedades formais das
linguagens e dos sistemas de símbolos e • A As formas dos símbolos dos mapas são usadas para
Pragmática representar diferenças qualitativas em mapas temáticos.
analisa as relações entre os signos e os seus utilizadores. Em muitos casos, a forma é uma ligação lógica à
característica que representa (por exemplo, uma bomba de
gasolina representando um posto de gasolina ou uma cama
Este capítulo apresenta a semântica e a sintática do mapa, indicando um hotel). Texto ou respectivas letras/
que são a base para o uso adequado de símbolos, padrões abreviaturas também são frequentemente utilizados (por
e cores para diferentes propósitos e escalas de exemplo, 'P' para estacionamento ou 'H' para hotel). Formas
mapeamento. O Capítulo 6.4 trata da pragmática dos ou adaptações de formas são mais frequentemente usadas
mapas. para feições pontuais espacialmente discretas (ver Capítulo
3.2). Eles raramente são usados para feições de linha, mas
podem ser aplicados na forma de cartogramas (ou mapas
Variáveis gráficas
anamórficos) para feições de área. Em mapas anamórficos,
as áreas mapeadas são redimensionadas com base em
As feições do mapa podem ser pontos, linhas ou áreas valores de indicadores específicos.1
(polígonos). Eles estão posicionados em um mapa
1
Veja exemplos: http://www.worldmapper.org/

Capítulo 3 63
Machine Translated by Google

Pontos Linhas Áreas Melhor para mostrar

possível, mas também qualitativo


Forma cartograma
estranho de mostrar diferenças

quantitativo
Tamanho cartograma diferenças

Cor qualitativo
diferenças
Matiz

Cor quantitativo
Valor diferenças

Cor qualitativo
diferenças
Intensidade

qualitativo e
Textura quantitativo
diferenças

Figura 1. Principais variáveis gráficas e sua aplicação no mapeamento (inspirado na compreensão gráfica).

Outra característica gráfica relevante que pode ser turs. O tamanho das feições de ponto e linha pode ser
relacionada à forma é a orientação, que pode ser, por escolhido de acordo, mas seguindo uma regra prática para
exemplo, usada para indicar direções de fluxos de SE, escolher a diferença no tamanho de acordo com as
movimentos ou conexões direcionais de ES (Capítulo diferenças quantitativas nas feições (por exemplo, tamanho
5.2). Mapas de tópicos específicos (por exemplo, mapas duplo para uma quantidade dupla; consulte 'Classificação
geológicos ou mapas meteorológicos) contêm símbolos de dados' abaixo) . Por razões gráficas, algumas
altamente complexos e especializados. Esses mapas características lineares ou pontuais mais pequenas (por
geralmente usam sua própria lógica semântica e não exemplo, fluxos) são frequentemente ampliadas, embora
especialistas podem ter dificuldades em interpretá-los. o tamanho proporcional a outros símbolos possa não
representar a realidade (ver 'generalização', Capítulo 3.2).
O significado dos diferentes tamanhos (sua semântica)
deve ser explicado na legenda do mapa, fornecendo os
Tamanho números quantitativos que estão por trás dos símbolos
(Capítulo 3.1).
As variações de tamanho das feições da área devem referir-

O tamanho é aplicado principalmente em gráficos para se a mapas ou cartogramas anamórficos.


expressar diferenças quantitativas, ou seja, variações em
quantidade ou contagem (como “quanto mais, maior” e, São possíveis combinações de diferentes variáveis visuais,
vice-versa, “quanto menor, menor”). O tamanho também como mapas de pontos (ver Capítulo 3.2), ilustrando
pode ser usado para suprimir recursos menos importantes. distribuições e densidades

64 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

pelas formas dos símbolos e pelas quantidades Devido à natureza onipresente dos produtos
pelos seus tamanhos. Dependendo da escala do cartográficos em todos os tipos de mídia, o cartógrafo
mapa e da complexidade da paisagem a ser exibida, precisa estar ciente de que muitas cores estão
a forma e o tamanho podem não oferecer detalhes ligadas a fenômenos geográficos específicos (por
ou visibilidade suficientes para pequenos símbolos. exemplo, verde para florestas, azul para corpos
d'água, vermelho ou preto para áreas urbanas; ver,
por exemplo, o conjunto de dados europeus sobre

Matiz, valor e intensidade da cor cobertura do solo CO-RINE)2 . A aplicação desses


esquemas de cores comumente usados é essencial
para uma comunicação fácil e correta do conteúdo
O matiz da cor é sem dúvida a mais poderosa das do mapa (ver Capítulo 6.4).
variáveis gráficas. Pode ser aplicado a elementos
de mapas pontuais, lineares e de área. Diferentes
matizes de cores podem ilustrar com relativa Textura
facilidade diferenças qualitativas, como diferentes
tipos de cobertura do solo em mapas de área.
Variações no valor ou intensidade da cor são A textura pode ilustrar com eficiência diferenças
comumente usadas para retratar diferenças qualitativas, por exemplo, diferentes tipos de solo,
quantitativas em mapas de pontos e coropléticos (ver Capítulo
usos 3.2).
da terra ou unidades hidrológicas. Semelhante
ao matiz da cor, a textura pode ser aplicada para
Ao usar cores em mapas, o cartógrafo precisa estar recursos de mapa de pontos, lineares e de área
ciente de que as diferentes cores têm significados (veja a Figura 1). Em combinação com vários tons
específicos para muitas pessoas e causam diferentes de cores, diferentes camadas temáticas (tópicos)
efeitos psicológicos quando visualizadas. A Figura 2 podem ser mostradas em um mapa. As diferenças
mostra alguns exemplos, observando que existem quantitativas podem ser retratadas em mapas
muitas interpretações diferentes sobre as cores com coropléticos aplicando densidades de textura
base na área temática e na cultura. Em muitas crescentes ou decrescentes (Capítulo 3.2). No
culturas, o verde representa desenvolvimentos entanto, misturar muitos tipos de textura diferentes
positivos, enquanto o vermelho está frequentemente ou alterar a direção de padrões lineares pode
resultar em um design de mapa excessivamente complicado e dev
relacionado com coisas negativas, como calor intenso ou perigo.

ter esperança
poder autoridade
simplicidade
sofisticação maturidade limpeza Classificação de dados
mistério segurança
morte bondade
estabilidade
pureza

intelecto amor O usuário normal do mapa tem uma capacidade


inovação
simpatia paixão
criatividade
limitada para diferenciar um grande número de
cordialidade romance
Cuidado pensamento
perigo valores ou intensidades de cores (ou cinza).
Ideias
covardia energia Portanto, muitas vezes é necessário classificar
(agrupar) os dados quantitativos que serão retratados
paz
realeza no mapa temático. Uma pequena quantidade de
crescimento de vida sinceridade
luxo
natureza confiança variações gráficas aparece então no mapa com base
sabedoria
dinheiro integridade
frescor tranquilidade
dignidade no número reduzido de classes de dados pré-
definidas. A agregação de feições do mapa em
Figura 2. Possíveis associações psicológicas de classes adequadamente definidas aumenta a
diferentes cores para os telespectadores (com base
em: http://gui-ty-novin.blogspot.de/2014/07/chapter-70-
2 http://www.eea.europa.eu/data-and-maps/fig-
history-of-color-color-wheel.html).
ures/ corine-land-cover-types-2006

Capítulo 3 65
Machine Translated by Google

legibilidade e utilidade do mapa. as turmas 0-2; 2-4; 4-6; etc)3 . Dados distribuídos
Os padrões de distribuição na paisagem podem igualmente (mostrando uma forma retangular no
ser identificados mais facilmente. A escolha do histograma) resultariam em um número igual de
método adequado de classificação dos dados e valores em cada classe. No entanto, os dados
do número de classes tem influência significativa geralmente são distribuídos normalmente com
na qualidade do mapa final. A classificação dos menos valores nas classes extremas (mínimo e
dados deve ser realizada cuidadosamente e máximo). Isso pode levar a uma representação
levando em consideração a distribuição dos desigual de valores em cada classe. No entanto,
dados e a finalidade do mapa. A distribuição dos classificações de dados em intervalos iguais são
dados pode ser verificada por meio de histogramas recomendadas para muitos dados quantitativos e
(Figura 3). fenômenos naturais. Em combinação com
valores de cores ou saturações igualmente
espaçadas de uma classe para outra, o mapa
classificado pode normalmente ser compreendido
mais rapidamente (por exemplo, a 4ª classe
representa uma quantidade dupla em comparação
com a 2ª classe; ver também Capítulo 5.6.4).

Quantil

Ao usar quantis, todos os valores de dados


disponíveis são divididos em intervalos de
tamanhos desiguais para que o número de
Figura 3. Exemplo de interface de classificação de valores seja o mesmo em cada classe. Diferente
dados ArcGIS™ com histograma.
do método de intervalo igual, cada classe
(incluindo os extremos) possui o mesmo número de valores.
Os métodos de classificação de dados mais
Isso geralmente leva a mapas com mais classes
comuns são:
retratando as faixas de valores médios. O usuário
do mapa deve estar ciente do método de
• Intervalos iguais,
classificação e verificar cuidadosamente a legenda
• Quantil,
do mapa ao lê-lo.
• Quebras naturais (Jenks),
• Intervalos geométricos e
• Desvio padrão.
Pausas naturais (Jenks)

Os programas de software GIS ou de cartografia O método de classificação de quebras naturais é


(ver Capítulo 3.4) normalmente oferecem aplicado verificando a distribuição dos dados (por
algoritmos e procedimentos padronizados para
exemplo, em um histograma ou gráfico) e
classificação de dados (Figura 3). colocando quebras de classe em torno dos dados

Intervalos iguais 3 Para evitar a representação dupla dos dados, cada


classe subsequente deve começar com o próximo
Os dados são divididos em intervalos de
valor mais alto do que a anterior (ou seja, 0-2;
tamanhos iguais (como um intervalo de 2, resultando em
2,1-4; 4,1-6 etc.) (cp. Figura 4).

66 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

Figura 4. Efeitos de diferentes métodos de classificação de dados nos mapas resultantes.

aglomerados. Isso evita grandes variações de valores Um erro comum, que tem sido fortemente estimulado
dentro de uma classe e destaca diferenças entre pela aparentemente fácil criação de mapas com
diferentes classes. Tal como acontece com os mapas vários programas de SIG, cartografia e software de
classificados baseados em quantis, o criador e o leitor apresentação, é a escolha de rampas de cores
do mapa devem estar cientes dos efeitos desta demasiado vibrantes que combinam matizes
classificação de dados (às vezes subjetiva) no mapa contrastantes e atravessam, por exemplo, vermelho-
resultante. azul-laranja. - esquemas de cores verde-amarelo-
marrom ignorando os efeitos que diferentes cores têm
A Figura 4 mostra exemplos dos diferentes métodos no usuário do mapa.
de classificação aplicados ao mesmo conjunto de A maioria dos usuários de mapas pode não conseguir
dados. No exemplo, os quantis produzem o mapa diferenciar mais de seis ou oito cores diferentes dentro
mais heterogêneo, mas existem apenas pequenas de um mapa, dependendo da complexidade do mapa
diferenças para intervalos iguais e jenkos. O método e do tamanho dos símbolos representados. Este
de classificação deve ser cuidadosamente selecionado número pode ser menor para pessoas com visão de
com base no conjunto de dados e no produto cores limitada. Outra consideração importante ao
cartográfico desejado. criar mapas coloridos é que as cores não serão
reconhecíveis se o mapa for reproduzido em preto e
branco ou em escala de cinza. Mesmo que impresso
Erros comuns a cores, podem ocorrer incompatibilidades entre a
versão impressa e o ecrã do computador se forem
utilizados modelos de cores diferentes.
Uma seleção e aplicação inadequadas de variáveis
gráficas ou o método errado de classificação de
dados podem levar à má interpretação do mapa
O uso de símbolos de mapa ruins que não seguem a
(Capítulo 6.4), confusão ou produção de produtos
lógica da semântica, sintática e pragmática do mapa
cartográficos de má qualidade. A má escolha das
muitas vezes leva a ruídos na comunicação entre o
cores, a variável gráfica mais poderosa, pode
criador do mapa e o usuário do mapa (código do mapa).
inutilizar um mapa.

Capítulo 3 67
Machine Translated by Google

ing; Capítulo 6.4). Diferentes origens culturais,


sociais ou educacionais podem levar a diferentes
interpretações dos símbolos. Um cartógrafo ou um
usuário de mapa treinado interpretará um mapa de
maneira diferente de um usuário novato.

Outro erro comum de mapeamento está relacionado


ao Problema da Unidade de Área Modificável
(MAUP; ver Capítulos 3.2 e 6.1). O MAUP torna-se
especialmente relevante ao usar diferentes valores
ou intensidades de cores em mapas coropléticos. Figura 5. Exemplos de rampas de cores de matiz único.
Além disso, o uso e a combinação de muitas cores,
padrões e símbolos diferentes dificultam a e branco. A textura pode ser uma escolha melhor do
compreensão fácil e apropriada do mapa, dando ao que o matiz ou a intensidade da cor para retratar
mapa uma aparência “nervosa”. diferentes classes em mapas em preto e branco.
Mapas sobrecarregados de informações podem
correr o risco de serem ignorados. As peculiaridades regionais precisam ser levadas
em conta na compilação de mapas SE devido à
O cartógrafo precisa estar ciente da capacidade natureza transdisciplinar e complexa dos SE.
finita do usuário do mapa para diferenciar entre as Envolver as partes interessadas e aproveitar o seu
diversas variáveis gráficas, especialmente em conhecimento local ou específico pode ajudar a
mapas complexos que cobrem grandes escalas evitar armadilhas culturais ou interpretações
espaciais (Capítulo 5.7). A classificação adequada erradas. Um processo gradual que busca feedback
dos dados quantitativos é, portanto, um passo muito das partes interessadas e dos usuários dos mapas
importante na compilação de mapas temáticos. pode ajudar a melhorar os mapas e reduzir o número
de interpretações errôneas dos mapas.

Soluções Uma legenda de mapa adequada mostrando todos


os símbolos, tamanhos de símbolos, matizes de
cores, valores, intensidades e orientações que
Ao escolher entre as diferentes variáveis gráficas aparecem no mapa é obrigatória em cada mapa, a
forma, tamanho, matiz de cor, valor, intensidade e fim de ler o mapa adequadamente (ver Capítulo 3.1).
textura apresentadas acima, o cartógrafo precisa O texto nos mapas, quando útil e apropriado, pode
estar ciente da semântica e da sintática relevantes apoiar as informações fornecidas pelos símbolos do
para as escolhas. mapa. Deve ser legível, de fácil compreensão e na
Os efeitos semânticos e psicológicos das diferentes linguagem do usuário do mapa.
cores devem, portanto, ser cuidadosamente
considerados e os mapas não devem ser
sobrecarregados com demasiadas cores diferentes.
Especificidades dos mapas de serviços
Ao ilustrar diferenças quantitativas, a rampa de cores
deve ter apenas uma ou duas tonalidades de cor ecossistêmicos
(Figura 5) e as intensidades de cor devem ser
adaptadas de acordo com os dados quantitativos. A ciência ES envolve diversas disciplinas científicas
e liga múltiplos tópicos e métodos de quantificação
(Capítulo 4) em várias escalas espaciais e temporais
Também é aconselhável verificar a visibilidade das (Capítulo 5.7).
cores selecionadas após imprimir em preto Portanto, o mapeamento ES inclui vários desafios

68 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

extensões (ver Capítulo 3.7), que podem ser devido à sua elevada relevância social, os mapas SE
relacionadas à semântica e à sintática do mapa. devem ser concebidos com cuidado. Mapas bem
As seis principais variáveis gráficas descritas acima construídos podem comunicar e explicar
também são aplicadas em mapas ES, dependendo adequadamente fenômenos SE complexos.
do SE a ser exibido, o que deve ser mapeado
(Capítulo 5.1), onde (Capítulo 5.2), quando (Capítulo
5.3) e por quê ( Capítulo 5.4). Muitos SE reguladores
(Capítulo 5.5.1) podem, por exemplo, estar
Leitura adicional
relacionados com fenómenos naturais que são
frequentemente indicados pela escolha da textura ou Bertin J (1967) Sémiologia Gráfica. Os diagramas, os
orientação (por exemplo, para fluxos). Diferentes planos, os cartões. Com Marc Barbut [et al.].
intensidades são representadas com tons de cores Paris: Gauthier-Vil-lars. (Tradução 1983.
apropriados. Os mapas ES de provisionamento Semiologia dos Gráficos de William J. Berg).
(Capítulo 5.5.2) geralmente exibem áreas de
prestação de serviços (Capítulo 5.2), que podem ser
unidades de ponto (formato gráfico) ou unidades de Dent B, Torguson J, Hodler T (2008) Cartografia:
área (exibidas principalmente em mapas coropléticos; Design de Mapa Temático. 6ª edição.
consulte o Capítulo 3.2). As quantidades de McGraw-Hill Ciência/Engenharia/Matemática.
fornecimento de ES podem ser retratadas por
variações de tamanho (fontes pontuais, fluxos Monmonier M (1996) Como mentir com mapas. 2ª
lineares) e valores gradacionais de cores, intensidades edição. A Imprensa da Universidade de Chicago.
ou texturas. ES Cultural (Capítulo 5.5.3) pode estar
relacionado a características pontuais espacialmente Muehrcke PC (2005) Uso de mapas: leitura, análise
discretas (por exemplo, marcos icônicos ou locais e interpretação. 5ª edição. JP Pubns.
religiosos exibidos por variações de formato de
símbolo de mapa) ou características de área mais
contínuas (experiência estética baseada em mirantes Wood D (1992) O poder dos mapas. A imprensa de
Guilford.
ou configuração de paisagem exibida por características da área).

Conclusões

Os cartógrafos têm de assumir a responsabilidade


pelos seus produtos, pois é fácil impressionar ou
enganar os utilizadores de mapas com mapas
coloridos e atraentes. Os mapas ES são de elevada
relevância política, social e económica (Capítulo 7).
Portanto a sua compilação deverá seguir de perto a
lógica e o conhecimento fundamentado da semiologia
gráfica. Com base na diversidade de cartógrafos ES,
usuários de mapas, os tópicos complexos a serem
exibidos e

Capítulo 3 69
Machine Translated by Google

3.4. Ferramentas para mapear serviços

ecossistêmicos

Ignacio Palomo, Kenneth J. Bagstad, Stoyan Nedkov,


Hermann Klug, Mihai Adamescu e Constantin Cazacu

Fundo

As ferramentas de mapeamento evoluíram de forma estudos foram realizados e uma variedade de ferramentas
impressionante nas últimas décadas. Desde as primeiras foram desenvolvidas para sistematizar o mapeamento de
técnicas de mapeamento informatizado até às atuais SE. O progresso que testemunhamos corresponde a
abordagens de mapeamento baseadas na nuvem, temos avanços no poder computacional, modelagem e GIS, ao
testemunhado uma evolução tecnológica que facilitou a reconhecimento de uma pluralidade de abordagens ES
democratização dos Sistemas de Informação Geográfica (ou seja, mapeamento participativo (Capítulo 5.6.2) e
(SIG). Estes avanços tiveram impacto em múltiplas modelagem biofísica (Capítulos 4.1 e 4.4) , e o consenso
disciplinas, incluindo o mapeamento dos serviços de que os mapas SE fornecem uma ligação direta entre
ecossistémicos (SE). A informação que alimenta SE e a paisagem e, portanto, com a política (Capítulo 7.1).
diferentes ferramentas de mapeamento também está cada
vez mais acessível e complexa.
Neste capítulo, revisamos a evolução das ferramentas de
mapeamento que estão moldando o campo do mapeamento
Descrição dos principais softwares de
SE, juntamente com as diferentes fontes de informação
que existem neste momento. Discutimos brevemente a mapeamento, ferramentas e bancos de dados
adequação destas abordagens para mapear diferentes
tipos de SE e para diferentes objetivos científicos e O poder computacional e a disponibilidade de dados que
políticos. Por fim, discorremos sobre a integração de suportam a análise GIS evoluíram substancialmente nos
múltiplas ferramentas (desde aplicativos de desktop até últimos anos. Várias plataformas GIS freeware foram
sensores, baseados na web ou dispositivos móveis) e desenvolvidas, como QGIS (Quantum GIS), GRASS GIS
sobre os desenvolvimentos futuros desses métodos e as (Geo-graphic Resources Analysis Support System GIS),
possibilidades que eles podem abrir para o mapeamento SAGA (System for Automated Geo-cientific Analyses) e
SE. gvSIG (Generalitat Valenciana Sistema de Información
Geográ- fica) que fornecem funcionalidade semelhante ao
popular software comercial ArcGIS da ESRI (uma lista de
softwares GIS está disponível aqui1 ).

Introdução

O mapeamento SE alcançou progressos rápidos num


espaço de tempo muito curto. Até onde sabemos, os Abordagens de modelagem específicas para mapeamento
primeiros mapas de serviços ecossistêmicos revisados ES foram desenvolvidos por diferentes instituições
por pares foram publicados em 1996 e, desde então, um
grande número de mapeamentos ad hoc 1 https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_geograph-
ic_information_systems_software

70 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

em todo o mundo, resultando em uma ampla (por exemplo, modelos hidrológicos como a
variedade de possibilidades para uso dos analistas Ferramenta de Avaliação de Solo e Água, SWAT ou
de SE (Tabela 1, ver também o capítulo 4.4). A modelo de Capacidade de Infiltração Variável, VIC
maioria dessas ferramentas está abertamente para ES relacionados com a água); e (3) ferramentas
disponível ao público e está em constante evolução. de modelagem integradas projetadas especificamente
A formação dos potenciais utilizadores destas para avaliação de ES (por exemplo, InVEST, ARIES).
ferramentas é importante para a sua acessibilidade e utilização no apoio
A primeira à decisão.
abordagem é aplicável para análises
O tempo operacional necessário para sua aplicação simples baseadas na cobertura do solo e mapeamento
em estudos de caso varia de horas (ferramentas de SE baseado em indicadores (ver Capítulo 5.6.4)
simples baseadas em planilhas) a vários meses que foram usados, por exemplo, no Mapeamento e
(ferramentas de software avançadas). Avaliação de Ecossistemas e seus Serviços (MAES). O segundo

Tabela 1. Lista das ferramentas de mapeamento ES mais comuns.

Ferramenta Plataforma Escala2 Fonte

Avaliação Integrada de
ArcGIS/Stand- Municipal para http://www.naturalcapitalproject.
Serviços Ecossistêmicos e
sozinho provincial org/investir/
Compensações (InVEST)

Usuário gráfico
Inteligência Artificial para Municipal para http://aries.integratedmodelling.
Interface (GUI)/
Serviços Ecossistêmicos (ARIES) provincial organização/
Baseado na Web

Multiescala Integrada http://www.afordablefutures.com/


Aldeia/fazenda
Modelos de ecossistema Software semelhante orientação-para-o-que-fazemos/serviços/
para global
Serviços (MIMES) mímicos

Valores Sociais para o Ecossistema Municipal para


ArcGIS
Serviços (Resolve)
http://solves.cr.usgs.gov/
provincial

Capacidade de utilização da terra Aldeia/fazenda


ArcGIS http://www.lucitools.org/
Indicador (LUCI) para provincial

Modelo Integrado para Avaliar o Meio http://themasites.pbl.nl/models/


Ambiente Global Conjunto de modelos Global imagem/index.php/Welcome_to_
(IMAGEM) IMAGE_3.0_Documentação

Baseado na Web, Municipal para http://www.policysupport.org/


Co$tando a Natureza
Google Earth provincial custosnatureza

Avaliação do Ecossistema Municipal para


Baseado na Web http://esavaliação.org/
Conjunto de ferramentas
provincial

Android Municipal para http://www.ufz.de/index.


Aplicativo ESM
Aplicativo para smartphone provincial php?en=33303

O uso de SIG no mapeamento SE pode adotar três abordagem é apropriada para análises mais
abordagens gerais: (1) ferramentas de análise complexas baseadas em modelos de serviços que
integradas em pacotes de software SIG; (2) modelos integram conhecimentos de disciplinas específicas
biofísicos disciplinares aplicados para avaliação de SE (por exemplo, ecologia para polinização de culturas ou hidrologia

2 Malinga et al. (2015) definem escalas da seguinte forma: aldeia/fazenda < 60 km2 ; municipal 60-8.709 km2 ; provincial
8.709-83.000 km2 ; nacional 83.000-1.220.000 km2 ; continental > 1.220.000 km2 .

Capítulo 3 71
Machine Translated by Google

para mapeamento da regulação de inundações). A abordagem (Capítulos 5.5.3 e 5.6.2). Outros serviços,
terceira abordagem amplia a segunda, utilizando como a produção de alimentos, podem utilizar modelos
ferramentas de modelagem que podem avaliar agrícolas complexos ou abordagens baseadas em
compensações e cenários para múltiplos serviços. indicadores (Capítulo 5.5.2).
No entanto, a natureza complexa dos SE e as interligações
Várias bases de dados de avaliação de serviços entre serviços de abastecimento, regulação e culturais
ecossistêmicos também foram desenvolvidas, como o levaram à utilização de diferentes ferramentas para cada
Banco de Dados de Avaliação da Economia dos serviço ecossistémico.
Ecossistemas e da Biodiversidade (TEEB) e o Kit de Também é importante considerar como diferentes
Ferramentas de Avaliação de Ecossistemas, e estes ferramentas de mapeamento levam em conta a precisão,
podem ser usados para criar mapas SE. A Ferramenta a confiabilidade e a incerteza. A precisão é estabelecida
de Visualização da Parceria de Serviços Ecossistêmicos através de uma calibração bem-sucedida, a confiabilidade
(ESP) é uma base de dados composta por mapas SE através da aplicação bem-sucedida em diferentes
elaborados por diferentes pesquisadores com o objetivo contextos e a incerteza através de métodos que estimam
de promover a síntese de estudos de mapeamento (ver e comunicam a incerteza de forma transparente. Estes
capítulo 7.9). aspectos não foram adequadamente abordados no
passado e ainda precisam de ser desenvolvidos para
diversas ferramentas.
É necessária maior transparência na apresentação dos
Aplicabilidade das ferramentas de mapeamento
resultados e das incertezas associadas (Capítulo 6) para
que possam ser tomadas decisões informadas sobre até
É necessária uma avaliação aprofundada das diferentes que ponto os mapas SE podem ser utilizados para

ferramentas de mapeamento para entender qual delas se diferentes fins e quais as ferramentas que são melhor
adequa melhor ao contexto de mapeamento SE do aplicadas em diferentes contextos e Localizações.
usuário: disponibilidade de tempo e dados, habilidades
de mapeamento, tipos de serviços a serem mapeados,
precisão necessária, expectativa impacto na tomada de
decisões e nos objetivos gerais do estudo. Isso significa
Desenvolvimentos futuros
que nenhuma ferramenta atende perfeitamente a todos
os critérios. Alguns modelos altamente complexos podem
fornecer apoio político em regiões com recursos Vários desafios estão por vir para o mapeamento dos SE.
consideráveis em termos de tempo, dados e pessoal. Estas estão relacionadas com o progresso que está
Existem outras abordagens que permitem mapear os SE actualmente em curso na investigação e monitorização,
com orçamentos mais limitados e prazos mais curtos. A detecção remota, redes de sensores, armazenamento de
utilização pretendida dos mapas (ou seja, para aumentar dados, integração de dados e conhecimentos,
a sensibilização ou para utilização direta na elaboração harmonização e partilha de dados, manutenção de bases
de políticas) também influenciará a decisão sobre quais de dados e ferramentas e crowdsourcing, entre outros.
as ferramentas a utilizar (ver Capítulo 5.6.1).

Em muitos casos, o tipo de SE sob avaliação determinará Do lado técnico, a acumulação de uma quantidade
a abordagem de mapeamento ou as ferramentas a utilizar. crescente de dados levanta o desafio do armazenamento
Serviços como a regulação da água geralmente requerem e análise eficazes de grandes quantidades de dados e
abordagens de modelagem que integrem bancos de está a conduzir a uma maior ênfase na aprendizagem
dados meteorológicos, vegetação, solos e dados automática, no reconhecimento de padrões (em dados
topográficos (Capítulo 5.5.1), enquanto outros, como a complexos ou na detecção remota). produtos) e
identidade cultural, podem exigir uma aplicação de mineração de dados.
mapeamento participativo. Inicialmente, os elevados requisitos de armazenamento de dados eram

72 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

resolvidos por grandes instalações de armazenamento Leitura adicional


de dados e supercomputadores, mas a queda dos
custos das soluções distribuídas empurrou a computação
para clusters escaláveis de computadores, redes e Bagstad KJ, Semmens DJ, Waage S, Winthrop R
computação em nuvem, todos destinados a aumentar (2013) Uma avaliação comparativa de
o poder computacional orientado pela procura. ferramentas de apoio à decisão para quantificação
Algumas abordagens de modelagem SE usando grades e avaliação de serviços ecossistêmicos. Serviços
incluem: Rede de Avaliação e Monitoramento de Ecologia Ecossistêmicos 5: 27-39.

Tropical (TEAM), Ambientes de Análise e Acesso a


Dados baseados na Web para Serviços Ecossistêmicos, Bagstad KJ, Reed JM, Semmens DJ, Sher-rouse
ARIES, enviroGRIDS e laboratório eletrônico virtual de BC, Troy A (2015) Vinculando modelos biofísicos
biodiversidade (Bio-Vel). A vantagem das grids/nuvens e preferências públicas para avaliações de
é que elas são abordagens de autoatendimento sob serviços ecossistêmicos: um estudo de caso
demanda, de modo que o usuário pode obter para as Montanhas Rochosas do Sul. Mudança
unilateralmente os recursos de computação necessários, Ambiental Regional: 1-14.
como tempo de servidor e armazenamento de rede, sem
ter que interagir com o provedor de cada serviço. . Bateman IJ, Jones AP, Lovett AA, Lake IR, Day BH
Ferramentas e interfaces de modelagem baseadas em (2002) Aplicando Sistemas de Informação
nuvem (por exemplo, OpenMI) permitirão o Geográfica (GIS) à economia ambiental e de
recursos. Economia Ambiental e de Recursos
desenvolvimento conjunto e o acesso a ferramentas de
modelagem e visualização. 22: 219-269.

Crossman ND, Burkhard B, Nedkov S, Wil-lemen L,


O desenvolvimento e manutenção contínuos de Petz K, Palomo I, Drakou E, Martín-López B,
ferramentas de mapeamento SE (incluindo software de McPhearson T, Boyano-va K, Alkemade R,
código aberto gratuito) requerem financiamento adequado. Egoh B, Dunbar MB, Maes J (2013) Um modelo
Uma maior integração das ferramentas de mapeamento para mapear e modelar serviços ecossistêmicos.
dos SE com as políticas contribuirá para o Serviços Ecossistêmicos 4: 4-14.
desenvolvimento contínuo no terreno e para uma
abordagem personalizada para os objectivos de tomada de decisão.
Drakou EG, Crossman ND, Willemen L, Burkhard B,
Palomo I, Maes J, Peedell S (2015) Uma
Isenção de responsabilidade ferramenta de visualização e compartilhamento
de dados para mapas de serviços ecossistêmicos:
Lições aprendidas, desafios e o caminho a seguir.
Qualquer uso de nomes comerciais, de produtos ou de Serviços Ecossistêmicos 13: 134-140.
empresas é apenas para fins descritivos e não implica
endosso pelos EUA ou qualquer outro governo ou pelos Eade JDO, Moran D (1996) Avaliação econômica
autores deste artigo. espacial: transferência de benefícios usando
sistemas de informação geográfica. Revista de
Gestão Ambiental 48: 97-110.

Capítulo 3 73
Machine Translated by Google

Klug H, Kmoch A (2015) Operacionalização de Schröter M, Remme RP, Sumarga E, Barton DN,
indicadores ambientais para tomada de Hein L (2015) Lições aprendidas para
decisão multifuncional em tempo real e apoio modelagem espacial de serviços ecossistêmicos
à ação. Modelagem Ecológica 295: 66-74. em apoio à contabilidade ecossistêmica.
Serviços Ecossistêmicos 13: 64-69.
Malinga A, Gordon L, Jewitt G, Lindborg R (2015)
Mapeamento de serviços ecossistêmicos em Stoll S, Frenzel M, Burkhard B, Adamescu M,
escalas e continentes – uma revisão. Serviços Augustaitis A, Baeßler C et al. (2015)
Ecossistêmicos 13: 57-63. Avaliação da integridade dos ecossistemas e
gradientes de serviços em toda a Europa
Nelson E, Mendoza G, Regetz J, Polasky S, Tallis utilizando a rede LTER Europe. Modelagem
H, Cameron RD, Chan KMA, Dai-ly GC, Ecológica 295: 75-87.
Goldstein J, Kareiva PM, Lonsdorf E, Naidoo
R, Ricketts TH, Shaw RM (2009) Modelagem
de múltiplos ecossistemas -vícios, conservação
da biodiversidade, produção de commodities
e compensações em escalas paisagísticas.
Fronteiras em Ecologia e Meio Ambiente 7(1):
4-11.

74 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

3.5. Mapeando tipos e condições


de ecossistemas
Markus Erhard, Gebhard Banko, Dania Abdul Malak e
Fernando Santos Martins

Introdução

Os ecossistemas são definidos pela Convenção das diversidade de espécies destes ecossistemas que
Nações Unidas sobre a Diversidade Biológica (CDB) também são desencadeadas pelo conteúdo e gestão de
como «um complexo dinâmico de comunidades vegetais, nutrientes.
animais e de microrganismos e o seu ambiente não vivo
interagindo como uma unidade funcional». Os O conceito de mapeamento de ecossistemas e avaliação
ecossistemas são, portanto, por definição, multifuncionais. de condições pode ser aplicado em todas as escalas
Cada ecossistema fornece uma série de serviços para espaciais e temporais. A explicação espacial é
o bem-estar humano, quer directamente, por exemplo, importante para caracterizar os ecossistemas em
como alimentos e fibras, quer mais indirectamente, por termos das suas condições naturais determinadas pelo

exemplo, fornecendo ar e água limpos, prevenindo clima, geologia, propriedades do solo, altitude, etc. e,
inundações ou proporcionando actividades recreativas em termos das suas condições físicas e químicas, como
ou espirituais. benefícios. são influenciados pelas pressões antrópicas.

As avaliações locais ou regionais requerem informações


Os ecossistemas contêm uma multiplicidade de mais detalhadas para um apoio adequado à decisão.
organismos vivos que se adaptaram para sobreviver e Normalmente, o mapeamento nacional e continental é
reproduzir-se num ambiente físico e químico específico, menos detalhado, mas fornece informações importantes
ou seja, na sua condição natural. Qualquer coisa que a nível estratégico.
provoque uma alteração nas características físicas ou Em qualquer caso, recomenda-se o envolvimento activo
químicas do ambiente tem o potencial de alterar a das partes interessadas para conceber e adaptar as
condição de um ecossistema, a sua biodiversidade e avaliações para uma implementação bem-sucedida no
funcionalidade e, consequentemente, a sua capacidade processo de decisão.
de prestação de serviços. Até ao presente, as
avaliações dos serviços ecossistémicos (SE) têm-se
baseado na extensão do ecossistema e na distribuição
Mapeando tipos de ecossistemas
espacial como parâmetros básicos de entrada. A
inclusão da avaliação das condições acrescentaria valor
em termos de qualidade do ecossistema. Caso não esteja disponível nenhum mapa de
ecossistemas ou habitats, deve ser desenvolvido um
O fornecimento de madeira, por exemplo, não depende proxy viável, conforme mostrado na Figura 1. A
apenas da disponibilidade de florestas, mas também da geometria básica e as principais classes na resolução
composição de espécies e da distribuição por classes espacial apropriada podem ser derivadas diretamente de imagens de s
etárias das florestas. Os serviços de polinização podem ou de mapas existentes de cobertura/uso da terra.
ser mais elevados em pastagens e terras agrícolas,
mas também são altamente influenciados pelas plantas.
1
Veja, por exemplo, http://www.earthobservations.org/geoss.php

Capítulo 3 75
Machine Translated by Google

Cobertura do solo Corine Mapeando a extensão do ecossistema


Batimetria, EUSeaMap

Cobertura do solo Renimento geométrico


transversal - tipo de ecossistema, Floresta HRL, agricultura, zonas húmidas, corpos de água,
aulas marinhas impermeabilização de áreas ribeirinhas, feições lineares verdes
Mapa de tipo de ecossistema
versão básica

Dados EUNIS
Renimento temático
Dados de espécies e habitats
Elevação, solo, geologia, clima, fenologia, potencial,
vegetação natural

Mapa do ecossistema
versão aprimorada

Indicadores de condição
HD, BD, WFD, MSFD Mapas de pressão

Mapas de

Diretiva Habitat da UE (HD), condições do ecossistema

Diretiva Aves (BD),


Diretiva-Quadro da Água (DQA),
Quadro de Estratégia Marinha
Diretiva (DQEM)
Mapeando a condição do ecossistema

Serviços de ecossistemas

Figura 1. Fluxo de trabalho para mapeamento de ecossistemas e avaliação de condições.

Para obter informações relevantes para as políticas, características dos ecossistemas e da sua
o mapa deve ser reclassificado utilizando uma biodiversidade. Baseada em GIS, a chamada
tipologia de ecossistema que represente os tipos modelagem de envelope ou nicho, desenvolvida
mais importantes da sua gestão humana para fazer para estudos de impacto de habitat ou de mudanças
o melhor uso dos seus serviços, por exemplo, climáticas, permite a combinação de espécies ou
através da agricultura, silvicultura, pesca, gestão informações de habitat não referenciadas
da água, protecção da natureza ou planeamento espacialmente com um conjunto de parâmetros
territorial. Estas linhas de gestão também são ambientais, como elevação, solo, geologia, clima ,
normalmente implementadas nas respectivas fenologia, vegetação natural potencial, etc. para
legislações, que são pilares importantes no processo delinear as áreas mais prováveis de presença do ecossistema.
de tomada de decisão. Caso sejam necessários
mais refinamentos geométricos, estes podem ser Este mapeamento probabilístico da presença do
realizados, por exemplo, integrando informações ecossistema depende da precisão dos descritores
mais detalhadas sobre rios e lagos, elementos dos seus limites naturais (por exemplo, prados
lineares verdes, como sebes, ou mapas detalhados alpinos ou florestas calcárias de folha larga) e da
de áreas urbanas ou áreas protegidas. disponibilidade e qualidade dos respetivos dados
para delinear e mapear esses limites. Outras
melhorias podem ser realizadas através da atribuição
Se necessário, esse mapa básico pode ser ainda de informações estatísticas, por exemplo,
mais refinado tematicamente, fornecendo rendimentos agrícolas ou dados de inventário
informações mais detalhadas sobre as características naturais.
florestal, às respectivas classes de ecossistemas.

76 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

Mapeando as condições do ecossistema As pressões afectam as condições dos ecossistemas


quer pela concentração (por exemplo, ozono) quer
O mapeamento dos tipos de ecossistemas fornece pela acumulação (por exemplo, azoto e carga poluente).
informações sobre as condições naturais. Avaliar a A Avaliação dos Ecossistemas do Milénio de 2005
capacidade actual dos ecossistemas para fornecer identificou cinco principais pressões antropogénicas
serviços para o bem-estar humano requer informações diferentes que afectam as condições dos ecossistemas:
sobre as suas condições actuais que são induzidas alterações de habitat, alterações climáticas, espécies
pelas actividades humanas. invasoras, gestão de terras e poluição/enriquecimento
de nutrientes.
Para apoio à decisão, a abordagem mais abrangente
e informativa para a avaliação das condições dos Motoristas

População,
ecossistemas deve incluir mapeamento direto e
crescimento econômico,
avaliações em combinação com informações sobre as tecnologia
pressões diretas e indiretas que induzem essas
condições. Esta abordagem fornece informações sobre
o estado ambiental atual e as mudanças esperadas Resposta Pressões
devido a pressões constantes, crescentes ou Medidas políticas para Mudança de habitat,
reduzir impactos alterações climáticas,
decrescentes. (protecção, redução da sobreexploração,
poluição, gestão do espécies invasivas,
território poluição
Além disso, podem ser obtidas informações importantes
para avaliações de risco. Os desfasamentos temporais
entre as pressões e as alterações nas condições dos
ecossistemas são frequentemente desencadeados por
Impactos Estado/condição
processos de amortecimento que indicam a resiliência Mudança no estado do Qualidade do habitat,
ecossistema (perda ou abundância e diversidade
das espécies e dos ecossistemas aos diferentes tipos
degradação de de espécies, qualidade da
de factores de stress que afectam a sua condição. habitat, mudança na água, etc.
abundância de espécies, etc.)

Para uma melhor compreensão dos diferentes


processos que afectam a condição do ecossistema e Figura 2. Estrutura DPSIR para avaliar a
condição do ecossistema.
a ligação às actividades humanas, a abordagem
DPSIR (Motivadores, Pressões, Estado ou Condição,
Impacto, Resposta) é frequentemente utilizada (Figura 2). As pressões humanas são directas, ou seja,
Os factores que visam cobrir a nossa procura de SE principalmente decorrentes da utilização dos solos, ou
e outros recursos naturais induzem pressões que indirectas, ou seja, através da poluição atmosférica ou
afectam as condições dos ecossistemas. Os impactos das alterações climáticas antropogénicas. Importantes
deverão criar respostas (políticas) que deverão alterar para as condições do ecossistema são a força do sinal
novamente os impulsionadores e a forma como de pressão, a sua persistência, se cumulativa, e a sua
gerimos o nosso ambiente para lidar com os impactos mudança ao longo do tempo. As séries temporais de
negativos. A abordagem DPSIR não deve ser mudanças observadas nas pressões são, portanto,
considerada absoluta, mas relativa aos processos importantes para analisar as conectividades causais
ecossistémicos em consideração. entre as pressões e as condições atuais para cada tipo
As condições nutricionais dos agroecossistemas, por de ecossistema e cada unidade espacial. A tendência
exemplo, são as pressões para os ecossistemas de das pressões também proporciona uma primeira visão
água doce e ambas as condições são pressões para das mudanças esperadas no futuro próximo. A
os ecossistemas marinhos. diminuição das tendências observadas pode

Capítulo 3 77
Machine Translated by Google

Caixa 1. Mapa do ecossistema europeu

Para a implementação da Estratégia de Biodiversidade da UE para 2020, os países membros1 e as instituições europeias realizam
avaliações dos ecossistemas nos seus territórios. O mapa europeu baseia-se num proxy que segue o esquema descrito na Figura 1
com base na cobertura do solo Corine (CLC)2 . A geometria do mapa básico foi ainda mais refinada utilizando as camadas de alta
resolução dos serviços terrestres do Copernicus2 e reclassificada em oito tipos de ecossistemas agregados: urbano, terras agrícolas,
pastagens, florestas e bosques, charnecas e arbustos, terras com vegetação escassa, zonas húmidas e rios e lagos . Para os mares
da Europa, apenas está atualmente implementada uma classificação muito simplificada, baseada principalmente no mapeamento do
fundo do mar EUSeaMap3 e em dados de batimetria. A versão básica foi tematicamente melhorada utilizando a informação de habitat
não referenciada espacialmente da base de dados do Sistema Europeu de Informação sobre a Natureza (EUNIS)4 em combinação
com um conjunto de parâmetros ambientais para delinear as áreas mais prováveis de presença de ecossistemas.

Mapa do ecossistema (agregado)


Águas marinhas Vegetação e habitats interiores Habitats interiores sem vegetação ou com
vegetação esparsa
Águas abertas Tundra
Screes, clis interior
Mares regionais europeus Matagais e pastagens árticas, alpinas e subalpinas
Habitats dominados por neve ou gelo
Fundos marinhos e habitats costeiros Esfoliação e escovas de montanha mediterrânea

Sedimento sublitoral Esfoliante de charneca


Construções e habitats feitos pelo homem
Pastagens e terras dominadas por forbs
Rocha infralitoral e circalitoral e Habitats construídos, industriais e outros artificiais
outros substratos duros Agrícola regularmente ou recentemente cultivada,
habitats hortícolas e domésticos
Habitats marinhos Áreas não classificadas
Florestas decíduas e perenes com folhas largas
Habitats costeiros Áreas não classificadas
Floresta mista decídua e conífera

Águas superficiais interiores Floresta perene de coníferas e folhas largas Área externa de interesse

Águas interiores e costas Zonas húmidas - lamaçais, pântanos e pântanos

Figura 3. Mapa do ecossistema da Europa versão 2.1 (mapa de maior resolução pode ser baixado em: http://www.eea.europa.eu/
data-and-maps/data/ecosystem-types-of-europe).

1 http://biodiversity.europa.eu/maes/maes_countries 2 http://
land.copernicus.eu/pan-european 3 http://
www.emodnet.eu/seabed-habitats http://
4
eunis.eea.europa.eu/

78 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

indicam melhorias adicionais nas condições dos O caminho a seguir


ecossistemas e vice-versa, ou seja, informações
importantes para a tomada de decisões sobre O mapeamento dos tipos de ecossistemas e as
medidas para mitigar e adaptar-se aos efeitos avaliações das condições têm de ser melhorados,
positivos ou negativos. fazendo uso de novas informações e fluxos de dados
provenientes de investigação, relatórios e outras fontes.
Na prática, as informações sobre as condições dos Uma questão importante é a falta de informações
ecossistemas são muitas vezes insuficientes para detalhadas sobre como a condição do ecossistema
mapeamento e avaliações adequadas. Outro afecta a prestação de serviços ecossistémicos. A
problema é o mapeamento e avaliação dos efeitos prestação de serviços ecossistêmicos depende dos
combinados das pressões sobre a condição do processos biológicos, físicos e químicos e da
ecossistema. Geralmente, podem ser produzidos biodiversidade envolvida (Capítulos 2.2 e 2.3), mas
mapas espacialmente explícitos das diferentes existem poucos dados quantitativos para modelar e
pressões e dos seus gradientes em toda a área sob avaliar como esses processos e características
investigação, mas o conhecimento sobre os efeitos funcionais são afetados por pressões como poluição,
combinados sobre a biodiversidade e a estrutura e gestão ou alterações climáticas e seus efeitos
função do ecossistema ainda é insuficiente. Assim, combinados. É necessária mais investigação para
em muitos casos, os indicadores substitutos têm de preencher estas lacunas e melhorar o nosso
ser utilizados para indicar a condição atual do conhecimento sobre as relações entre as pressões
ecossistema, conforme ilustrado na Caixa 2. – condições dos ecossistemas, biodiversidade
relacionada e capacidade de serviços ecossistémicos.

Quadro 2. Mapeamento da condição do ecossistema

A Figura 4 mostra um exemplo de como a condição do ecossistema pode ser derivada combinando o mapeamento do ecossistema,
dados reportados da Diretiva Europeia Habitat e dados estatísticos. A combinação de informações em unidades diferentes exige muitas
vezes uma reescalonagem de valores absolutos para valores relativos, por exemplo, de “baixo” para “alto”.

Indicador agregado de
intensidade de gestão
pressão sobre as terras agrícolas como
combinação de manejo da
terra e rendimento das colheitas

Muito baixo

Baixo

Médio

Alto

Muito alto

Terras não agrícolas

Sem dados

Cobertura externa

Figura 4. Mapa das condições das terras agrícolas europeias.

Capítulo 3 79
Machine Translated by Google

Tabela 1. Pressões e indicadores para avaliação das condições dos ecossistemas.

Pressões Indicadores para avaliação das condições dos ecossistemas

Mudança de ocupação do solo, ocupação/impermeabilização, fragmentação,


Mudança de habitat
abandono de terras, regularização de rios, barragens

Mudanças na temperatura, precipitação, umidade, sazonalidade, eventos extremos,


Das Alterações Climáticas incêndios, secas, geadas, inundações, tempestades, fluxos médios dos rios, temperatura
do mar (superfície), aumento do nível do mar

Espécies exóticas invasoras Introdução ou expansão de espécies exóticas invasoras, doenças

Intensificação, irrigação, degradação/desertificação, erosão, (excesso) colheita,


Uso ou exploração da terra/mar desflorestação, extracção de água, (excesso) pesca, aquicultura, mineração

Aplicação de fertilizantes e pesticidas, poluição do ar, deposição de ácidos e


Poluição e enriquecimento de nutrientes
nitrogênio, contaminação do solo, qualidade da água

Leitura adicional

De Groot RS, Alkemade R, Braat L, Hein L, Maes J, Teller A, Erhard M et al. (2013)
Willemen L (2010) Desafios na integração do Mapeamento e Avaliação de Ecossistemas e
conceito de serviços e valores ecossistêmicos seus Serviços. Um quadro analítico para
no planejamento, gestão e tomada de decisão avaliações de ecossistemas no âmbito da
da paisagem. Complexidade Ecológica 7: ação 5 da estratégia de biodiversidade da UE para 2020.
260-272. Serviço de Publicações da União Europeia,
Luxemburgo http://ec.europa.eu/environ-ment/
AEA (2016) Mapear e avaliar o estado dos nature/knowledge/ecosystem_assessment/
ecossistemas da Europa: progressos e pdf/MAESWorkingPaper2013 .
desafios. Relatório EEE 03/2016 http:// pdf acessado em 12 de dezembro de 2015.
www.eea.europa.eu/publications/mapping-
europes-ecosystems acessado em 31 de maio Plataforma de informação MAES: Mapeamento e
de 2016. Avaliação de Ecossistemas e seus Serviços
(MAES): http://biodiversity.europa.
Harrison PA, Berry PM, Simpson G, Haslett JR, eu/maes acessado em 31 de maio de 2016.
Blicharska M, Bucur M, Dunford R, Egoh B,
Garcia-Llorente M, Geam N, Geertsema W, Avaliação do Ecossistema do Milénio (2005)
Lommelen E, Meiresonne L, Turkelboom F Ecossistemas e bem-estar humano: Syn-
(2014) Ligações entre atributos de thesis, Millennium Ecosystem Assessment,
biodiversidade e serviços ecossistêmicos: Island Press, Washington, DC, EUA: http://
uma revisão sistemática. Serviços www.maweb.org/en/index.aspx acessado em
Ecossistêmicos 9: 191-203. 31 de maio de 2016.

Potschin M, Haines-Young R, Fish R, Turner RK


(Eds.) (2016) Manual Routledge de Serviços
Ecossistêmicos. Routledge Londres e Nova
York 629 pp.

80 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

3.6. Métricas de paisagem


Susanne Frank e Ulrich Walz

Introdução

As métricas da paisagem têm sido usadas para derivar estética da paisagem) e regulação dos SE (por
indicadores em ecologia da paisagem e disciplinas exemplo, erosão do solo, controlo biológico de pragas).
relacionadas há décadas. Mais de cem métricas foram No entanto, são predominantemente aplicados para
desenvolvidas com o propósito de descrever processos medir o funcionamento ecológico (biodiversidade,
e funções da paisagem na forma de termos conectividade, qualidade do solo) e processos de uso
matemáticos. Depois de um período de muito da terra (consumo da terra, fragmentação, expansão
entusiasmo, o foco atual está em medidas significativas urbana).
e mais simples que possam ser aplicadas na prática.
Neste capítulo, revisamos o conhecimento dos
Entretanto, as métricas da paisagem desempenham desafios relacionados aos padrões no mapeamento
um papel crucial não só na ciência, mas também em SE, usando os exemplos de conectividade de habitat
questões práticas, como o planeamento espacial ou a e atração paisagística. Contribuímos para uma melhor
monitorização da biodiversidade. As métricas aplicadas compreensão das razões dos desafios no mapeamento
com mais frequência são usadas para descobrir a dos SE dependentes da estrutura e demonstramos
biodiversidade ou a fragmentação da paisagem. alguns métodos para enfrentá-los.
Embora já tenham sido feitos grandes avanços, novas
métricas continuam a ser desenvolvidas. As métricas
utilizadas regularmente são testadas e atualizadas
quanto à sua interpretação. Este assunto não é isento
Métricas de paisagem como método
de controvérsia. Uma questão que é frequentemente
levantada nos círculos de pesquisa é: para mapeamento ES?

Que papel podem as métricas da paisagem As métricas da paisagem são ferramentas que podem
desempenhar no conjunto de indicadores para ser usadas para preencher a lacuna metodológica
mapeamento e avaliação de SE? entre a estrutura da paisagem e a provisão de SE.
Eles levam em conta a manifestação espacial visível
As seções a seguir abordam essa questão. dos padrões de uso da terra. A composição e
No que diz respeito ao modelo em cascata de SE configuração de manchas (unidades homogêneas de
(Capítulo 2.3) e na sequência dele, as estruturas uma propriedade, por exemplo, tipo de uso da terra)
paisagísticas apoiam a biodiversidade e as funções são características fundamentais dos mapas.
dos ecossistemas que são a base para a prestação Conseqüentemente, as métricas e o mapeamento da
final de serviços ecossistémicos (SE) aos seres paisagem estão inerentemente inter-relacionados. A
humanos. A questão crucial é se as métricas da Tabela 1 fornece uma visão geral das métricas de
paisagem aplicadas aos mapas de uso/cobertura da paisagem selecionadas que são aplicáveis para mapeamento e avalia
terra podem fornecer indicações diretas ou indiretas As métricas da paisagem quantificam as estruturas
sobre a prestação de SE. físicas da paisagem que determinam processos e
funções. Embora algumas estruturas paisagísticas
Até agora, as métricas da paisagem têm sido aplicadas possam ser medidas e relacionadas com a prestação
para indicar SE culturais (por exemplo, recreação, de SE específicos,

Capítulo 3 81
Machine Translated by Google

Tabela 1. Exemplos de métricas de paisagem adequadas indicando biodiversidade e SE (provisionamento,


regulação, cultural; seguindo CICES (2013)), sem pretensão de completude.

Métrica de estrutura/paisagem Processo/função Mapeamento de alvo

Dimensão da Biodiversidade

Índice de diversidade de Shannon, Heterogeneidade de padrões


Diversidade paisagística
Densidade de patch e variedade

Índice de forma Condições naturais Diversidade de espécies

Índice de proximidade, Isolamento,


Diversidade de espécies
Índice do vizinho mais próximo Conectividade de habitat

Tamanho efetivo da malha Fragmentação Diversidade de espécies

Serviço de provisionamento

Área total da mancha Alimentos e forragens


Alimentos e forragens
(de terra arável) Produção

Área total da mancha


Produção de biomassa Biomassa
(de terras aráveis/florestadas)

Área total de manchas de lagos Comida (peixe)

Serviço regulador

Nº/comprimento dos elementos da Erosão do solo devido a


Fluxo de massa
paisagem (sebes, linhas de árvores) o escoamento da água

Fornecimento de habitat
Comprimento da borda (de sebes,
parapolinizadores Polinização
florestas e outros ecótonos)
(estruturas marginais)

Índice de diversidade de Shannon /


Desenvolvimento
Heterogeneidade das Controle de pragas
populacional
áreas agrícolas

Serviço cultural

Área total da mancha (de água), Atração,


Estética paisagística
Comprimento da borda das águas Complexidade

Índice de forma Complexidade e


Estética paisagística
Índice de hemerobia Condições naturais

Nº de elementos da paisagem Legibilidade, mistério Estética paisagística

82 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

a interpretação funcional direta de métricas únicas em ser identificado como potencial de aplicação de
relação ao SE permanece limitada. Para a avaliação e métricas de paisagem no mapeamento de SE. Os
interpretação de métricas da paisagem, por exemplo, serviços culturais, como o potencial das paisagens
é necessária uma base de avaliação normativa que para a recreação humana, estão inter-relacionados

relacione a situação atual da estrutura da paisagem com aspectos estruturais. No entanto, a estética da
com uma situação de referência ou alvo de prestação paisagem é apenas um dos muitos serviços espirituais,
de SE. experienciais e educativos. As métricas da paisagem
Contudo, a estrutura da paisagem é uma informação podem, portanto, servir como um método complementar
importante numa avaliação mais complexa da SE. As de mapeamento e avaliação para os SE culturais.
métricas da paisagem devem, portanto, ser consideradas
como parâmetros significativos, juntamente com
outros, no mapeamento e avaliação de SE. Uma
aplicação sólida de métricas de paisagem é possível Aplicação de métricas de
considerando duas dimensões da biodiversidade:
espécies e diversidade de paisagem. Muitas espécies
paisagem para mapeamento ES
e comunidades de espécies dependem de estruturas
ou elementos paisagísticos específicos e das suas inter- As métricas da paisagem têm sido aplicadas em vários
relações. estudos de mapeamento e avaliação de SE. Dois
exemplos ilustram como podem estar relacionados com
O fornecimento de serviços depende fortemente da a integridade ecológica, considerada como base para
extensão da terra gerida e da intensidade do uso da qualquer oferta de SE (Quadro 1) e atração cênica,
terra. Contudo, para a quantificação da produtividade como exemplo para SE culturais (Quadro 2). De
ou do fornecimento de alimentos, são essenciais maneira semelhante, as estruturas espaciais
informações adicionais, por exemplo sobre a qualidade determinam fortemente os SE reguladores. A regulação
ou a gestão do solo, para obter uma estimativa válida da erosão do solo, por exemplo, pode ser estimada
sobre o fornecimento de alimentos. No que diz respeito utilizando o número e a disposição espacial dos
aos serviços de regulação, as métricas paisagísticas elementos da paisagem, como sebes.
também incluem o potencial para fornecer informações
complementares. Índices como o comprimento da Esses elementos reduzem o comprimento das encostas,
borda ou o número de elementos da paisagem podem o que é um fator determinante para a erosão do solo.
quantificar algumas pré-condições para funções e No entanto, métricas de paisagem adequadas, como o
serviços. Embora a modelação e/ou medição da número de manchas ou o comprimento das bordas,
abundância de espécies ou fluxos de massa (dados não têm sido frequentemente utilizadas para avaliação
qualitativos; Capítulo 4.1) não possam ser substituídas e mapeamento dos SE reguladores.
por indicadores estruturais, devem ser considerados
como uma parte importante da informação necessária. Além disso, elementos paisagísticos de pequena
escala, como ecótonos nas bordas das florestas,
árvores isoladas, sebes incluindo margens de campo,
Fortes inter-relações entre índices de biodiversidade e são importantes para a regulação da polinização ES.
estética da paisagem podem

Capítulo 3 83
Machine Translated by Google

Quadro 1. Exemplo de aplicação de métricas paisagísticas à


escala regional: avaliação do impacto das estruturas
paisagísticas na biodiversidade
Uma abordagem, como as métricas da paisagem podem contribuir para o mapeamento e avaliação de SE, é ilustrada
na Figura 1. Seis métricas foram aplicadas a uma região de planejamento administrativo (3.434 km²) na Saxônia Central,
Alemanha, para avaliar a integridade ecológica como pré-condição para a biodiversidade e a cultura. serviço de estética
paisagística. Eles foram implementados no software de simulação de mudanças no uso da terra GISCAME como
indicadores suplementares. Neste software, a avaliação básica do SE é baseada nos tipos de uso da terra. Um
complemento adicional de estrutura paisagística torna o impacto da composição e configuração visível e avaliável.

O exemplo centra-se na conectividade do habitat, que é uma função da paisagem relacionada com a biodiversidade (ver
Tabela 1). Usando o método de “janela móvel”, que é independente de qualquer zoneamento administrativo ou
geográfico, combinado com uma análise de custo-distância, os padrões da paisagem local foram examinados no espaço
e interpretados. O tamanho da janela móvel é determinado pelo raio de ação de uma espécie-alvo. Com base no grau
de hemerobia dos tipos de uso do solo, foram identificadas áreas próximas da natureza, bem como áreas de habitat
central e áreas funcionalmente conectadas. Estas últimas foram definidas como potenciais áreas de habitat que são
demasiado pequenas e não suficientemente compactas para fornecer áreas núcleo de habitat. No entanto, estão
suficientemente próximos de outra área central para serem habitats apropriados para espécies que se deslocam através de uma paisagem.
Essas áreas funcionalmente conectadas também foram consideradas parte da rede de habitats. As áreas (semi)naturais
foram consideradas isoladas e, portanto, não contribuíam para a rede de habitats se estivessem separadas por estradas,
áreas urbanas e tipos de uso de terra semelhantes que funcionassem como barreiras.

O mapa foi classificado de acordo com a interpretação funcional de um mapa de uso da terra. Pode servir tanto aos
cientistas como aos planeadores espaciais para identificar i) a parcela de terra que contribui para uma rede de habitats
e ii) a sua distribuição espacial. Esta informação permite conclusões espacialmente explícitas sobre áreas prioritárias
para melhoria da conectividade e sobre o estado geral da conectividade dos habitats como um factor que influencia a
biodiversidade.

Área (semi-)natural sem Área (semi)natural conectada Índice de 31,9%


conexão
área central de áreas (semi)naturais: 19:94 Tamanho efetivo da
Área (semi)natural malha de áreas não fragmentadas: 4,29/km2
funcionalmente conectada Índice de Forma de áreas (semi-)naturais: Índice 1,50

de Diversidade de Shannon: 2,66


Área (semi-)natural:
Densidade da Mancha: 0,32/km2
área central

Produção de madeira

Ecológico Comida e
integridade Forragem

Seca Solo
risco erosão
regulamento proteger

20 km
Lazer
C- sequestro

1 Mais informações: www.giscame.com

84 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

Quadro 2. Exemplo de aplicação de métricas paisagísticas


em escala nacional: aplicação de ES para estimar o atrativo
cênico cultural do ES
Com base nas comodidades e características naturais, é apresentado um modelo de avaliação da atração cênica das
paisagens. Trata-se de uma análise da aptidão de uma área para recreação baseada na natureza, assumindo que
determinadas características da paisagem têm um impacto positivo ou negativo na atratividade da paisagem e da recreação.
Neste modelo, métricas de paisagem são usadas para diversos parâmetros. Foram selecionados a diversidade do relevo, a
proporção de espaços abertos, o Índice de hemerobia, a densidade de ecótonos dominados por florestas, a densidade de
margens de água (sem costas), os litorais e a proporção de espaços abertos não fragmentados maiores que 50 km².

A diversidade do relevo (relação 3D/2D) reflete não apenas a diferença máxima de altura (energia do relevo), mas também
as diferenças cumulativas de altitude. Uma baixa proporção de espaços abertos indica áreas urbanas ou densamente
urbanizadas que podem diminuir a atracção natural da paisagem pela forte influência de artefactos técnicos. Em congruência
com o índice de hemerobia, a condição natural é um fator importante para a atração das paisagens. Com a densidade dos
ecótonos dominados por árvores e arbustos e a densidade das margens de água, a diversidade e a estrutura da paisagem
são tidas em conta. Este parâmetro caracteriza principalmente a variedade e os efeitos de borda. Dado que as costas
desempenham um papel muito importante em termos de atracção e lazer, são representadas por parâmetros próprios - as
costas. Finalmente, o efeito perturbador da fragmentação pela rede de transporte é considerado com o parâmetro 'proporção
de espaços abertos não fragmentados superior a 50 km²'.

Todos os dados utilizados foram baseados nos dados oficiais de uso do solo das autoridades estaduais e federais de
pesquisa alemãs (ATKIS Basis DLM ou modelo de cobertura do solo LBM-DE) em formato vetorial coletados em 2010. O
indicador da atração cênica foi calculado com base em um 5 Rede de -km (padronizada de acordo com a diretiva INSPIRE da UE).

Para determinar as cinco classes de atração cênica foi


utilizado o desvio padrão da média nacional. A razão por trás
desta abordagem é principalmente não usar uma escala fixa,
mas partir dos valores médios da atração cênica, para poder
fazer afirmações sobre se uma área é menos ou mais
atrativa do ponto de vista paisagístico. As paisagens que são
significativamente afectadas por impactos antropogénicos e,
portanto, muitas vezes particularmente fragmentadas,
intensamente cultivadas ou povoadas, podem ser encontradas
na classe “menos atractivas”. As paisagens médias atrativas
já cumprem funções recreativas num contexto regional,
enquanto as paisagens muito ou particularmente atrativas
representam alvos para o turismo relacionado com a natureza
e são, na sua maioria, bem conhecidas a nível nacional.

A monitorização do desenvolvimento da atracção cénica


utilizando este indicador agregado forneceria aos decisores
indicações sobre onde a atracção cénica é particularmente

reduzida ou melhorou.
As informações derivadas do indicador agregado baseado em métricas da paisagem revelam que as mudanças individuais
afetam os valores da paisagem em sua soma. Além disso, a informação espacial sobre a atracção cénica pode ser usada
para evitar invasões em áreas cénicas altamente atractivas e, assim, conseguir uma melhor gestão.

Capítulo 3 85
Machine Translated by Google

Conclusões Leitura adicional


As métricas da paisagem e o mapeamento ES são Burkhard B, Kandziora M, Hou Y, Müller F (2014)
tópicos inerentemente relacionados, uma vez que as Potenciais, Fluxos e Demandas de Serviços
métricas da paisagem quantificam as características Ecossistêmicos - Conceitos para Localização,
espaciais dos padrões da paisagem. Portanto, Indicação e Quantificação Espacial. Paisagem
recomendamos a aplicação de métricas de paisagem Online 34: 1-32.
no contexto do mapeamento de SE e também da
avaliação de SE. Estes índices têm o poder de apoiar Botequilha Leitão A, Ahern J, McGarigal K (2006)
a identificação e monitorização de características Medindo Paisagens. Manual do planejador.
espaciais das paisagens que têm implicações no Imprensa da Ilha; 2ª edição.
desempenho da biodiversidade e de vários SE.
Frank S, Fürst C, Koschke L, Makeschin F (2012)
Uma contribuição para a transferência do
Algumas dimensões da biodiversidade e dos SE conceito de serviço ecossistêmico para o
culturais podem ser indicadas de forma abrangente planejamento paisagístico usando métricas de paisagem.
por métricas de paisagem. Indicadores Ecológicos 21: 30-38.

A validade e a verificabilidade das métricas da Haines-Young R, Potschin M (2013) Classificação


paisagem, no entanto, são limitadas. Quantificam e Internacional Comum de Serviços
ilustram processos e/ou funções, que podem servir Ecossistêmicos (CICES), versão 4.3.
como substitutos para SE específicos. Relatório para a Agência Europeia do Ambiente
Devido a essas ligações indiretas com os SE, as EEA/BSS/07/007 (download: www.cices.eu).
métricas da paisagem só devem ser usadas como
indicadores suplementares para avaliações dos SE.
No caso da estética paisagística e da recreação, McGarigal (2015) AJUDA DE FRAGSTATS.
podem estar mais diretamente ligadas à oferta do V. 4.2, 21 de abril de 2015, disponível online:
SE. Contudo, as métricas da paisagem descrevem http://www.umass.edu/landeco/research/
aspectos estruturais dos SE (que são importantes e fragstats/documents/fragstats.help.4.2.pdf
não devem ser esquecidos), mas geralmente são
necessárias informações adicionais (por exemplo, Walz U, Stein C (2014) Indicadores de hemerobia
dados sobre a qualidade do uso da terra). Ainda para monitoramento de paisagens na
Alemanha. Journal for Nature Conservation
assim, eles têm um grande significado em termos de mapeamento.
22 (3): 279-289.
A interpretação espacial dos mapas de uso do solo
com a ajuda de métricas da paisagem serve como Walz U (2015) Indicadores para monitorar a
um método valioso para comunicar questões diversidade estrutural das paisagens.
relacionadas com a SE. No que diz respeito à Modelagem Ecológica 295: 88-106.
aplicação atual de mapeamento e avaliação de SE
na ciência e na prática, prevemos uma grande
capacidade para aplicação futura de métricas de
paisagem, especialmente na prática. O benefício da
utilização de métricas de paisagem para o
mapeamento SE está atualmente abaixo do seu potencial estimado.

86 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

3.7. Desafios específicos do


mapeamento dos serviços ecossistémicos
Joaquim Maes

Os ecossistemas são espacialmente explícitos, assim garantido. No entanto, o mapeamento SE é um


como as suas condições e a sua capacidade de desafio por uma série de razões. Eles estão listados
fornecer serviços ecossistémicos (SE). Os diferentes aqui, referindo-se aos próximos capítulos que
biomas e ecossistemas que cobrem a superfície apresentam e discutem soluções para enfrentar esses
terrestre fornecem vários pacotes de SE em diferentes desafios.
quantidades e qualidades. Esses serviços são
frequentemente consumidos ou utilizados em outros Um desafio frequentemente ouvido é que nem todos
locais. Mapear os SE faz, portanto, sentido, em os SE podem ser mapeados. Os artigos de revisão
particular para quantificar e somar stocks e fluxos geralmente constataram que os SE regulatórios e de
(Capítulo 5.1) de serviços em diferentes escalas provisionamento são mapeados com mais frequência,
espaciais (Capítulo 5.7). mas os SE culturais nem tanto. Quanto à regulação
dos SE, a maior parte dos esforços tem sido
Além disso, os mapas são ferramentas muito direccionada para o mapeamento da regulação
poderosas para comunicar e organizar dados. Não é climática, enquanto que para o abastecimento dos
de admirar que a geografia seja uma disciplina SE, o foco está nos alimentos, na água e na madeira.
importante na escola. A maioria das pessoas está Evidentemente, estes estudos de mapeamento
familiarizada com mapas para navegar ou encontrar beneficiaram em grande parte do conhecimento
locais para férias ou recreação. Os mapas são proveniente das ciências ambientais e da investigação
utilizados para apresentar dados e comparar o agrícola e florestal. No entanto, foram feitos
desempenho de países e regiões em todo o mundo progressos substanciais no mapeamento dos SE na
para praticamente todos os indicadores possíveis. última década (ver capítulos 5.5.1, 5.5.2 e 5.5.3) e
Muitos de nós ainda temos mapas em papel nos foram encontradas soluções para mapear serviços
nossos carros ou mapas digitais nos nossos que anteriormente eram considerados impossíveis
telemóveis, bem como o popular Google Maps que é de mapear (ver capítulo 6.2). Avanços específicos
uma ferramenta essencial e benéfica para as nossas vidas.foram realizados para mapear certos SE culturais ou
para mapear SE reguladores que envolvem áreas de
Segue-se que existe uma base sólida na nossa prestação de serviços (Capítulo 5.2) que operam em
sociedade para mapas e cartografia e, portanto, escalas espaciais muito pequenas (como polinização ou controle bi
também para cartografia de serviços ecossistémicos.
Em particular, existe uma procura por parte dos Um desafio específico está relacionado com a
decisores políticos para mapear os SE (ver Capítulo natureza transdisciplinar dos serviços ecossistémicos.
7.1) e construir contas de capital natural que devem A investigação ES tornou-se um importante campo
basear-se em dados georreferenciados fiáveis dos académico, recorrendo a diversas disciplinas
ecossistemas. académicas, perspetivas e abordagens de
investigação. O conceito multifacetado de ES inclui,
Apesar da popularidade dos mapas, eles também adicionalmente, uma componente normativa. Isto
são armadilhas. Alguns afirmam que “os mapas têm expõe os mapas ES (e os investigadores que os
um ar de autoridade”. O que significa que os mapas criaram) à crítica geral de não serem suficientemente
e o seu conteúdo são muitas vezes tomados como inclusivos e à crítica específica.

Capítulo 3 87
Machine Translated by Google

crítica específica de especialistas disciplinares sobre por exemplo, um SE muito local que ocorre num
a simplificação excessiva dos processos ecológicos período específico do ano quando a temperatura
detalhados que sustentam a SE. A ambos os desafios permite que as abelhas e outros polinizadores estejam
a comunidade de mapeamento SE respondeu bem. activos. A recarga das águas subterrâneas, em
O Capítulo 5.6 demonstra como diferentes pontos de contraste, é um processo em grande escala que
vista expressos por diferentes partes interessadas e geralmente é medido em décadas. Os SE relacionados
investigadores podem ser acomodados no quadro com a água, o clima e a atmosfera demonstram um
SE. O mapeamento da SE hoje em dia não se comportamento totalmente diferente dos serviços
restringe às ciências naturais, mas inclui também as relacionados com o solo. Requerem diferentes
ciências sociais e económicas. Além disso, estudos abordagens de quantificação e são medidos para
recentes promovem a adopção de uma abordagem diferentes unidades espaciais. Isso resulta em mapas
de mapeamento em níveis que permite incorporar que variam em escala e unidade espacial. Reuni-los
níveis crescentes de detalhes espaciais e ecológicos numa série de mapas SE consistentes e harmonizados
em estudos de mapeamento (capítulo 5.6.1). para o planeamento espacial e apoio político requer
a aplicação de operações espaciais (tais como
aumento, redução, estatísticas espaciais) que, por
Além destes desafios temáticos, existem desafios sua vez, podem introduzir incertezas (Capítulo 6). A
técnicos significativos para mapear os SE. utilização de indicadores escaláveis (por exemplo,
indicadores que podem ser medidos em diferentes
Uma questão que surge frequentemente diz respeito escalas espaciais, como a densidade das árvores)
ao que os mapas de SE devem expressar: potenciais, poderia superar erros que surgem quando os dados
fluxos ou procura de SE (Capítulo 5.1)? ES são locais são aumentados ou quando os dados globais
realizados quando os humanos se beneficiam deles. são reduzidos. Mas tais indicadores nem sempre
Neste ponto, a oferta satisfaz a procura e os SE estão disponíveis. Em particular para a água, o ar e
“fluem” de onde são gerados para onde são recebidos o solo, as medições de ES relacionadas são
(Capítulo 5.2). Estes fluxos são dinâmicos ao longo principalmente locais e não escaláveis para escalas
do tempo e, portanto, difíceis de captar em mapas; espaciais maiores.
as ações apresentam menos dinâmica e são,
portanto, mais fáceis de mapear. Um exemplo típico O mapeamento SE poderia, portanto, ser
é a regulação climática; este serviço é frequentemente substancialmente avançado através de um
mapeado pelo stock de carbono no solo ou na desenvolvimento mais sistemático de comparações e métodos entre c
vegetação acima do solo, assumindo que o stock está Vários capítulos deste livro abordam esses desafios
relacionado com a capacidade de fornecer um fluxo relacionados à escala espacial e fornecem soluções
de serviço. A captura de carbono como tal é menos para lidar com incertezas decorrentes do tratamento
mapeada. A noção de stocks e fluxos é crucial para de dados espaciais (diferentes seções em 5.7). À
efeitos contabilísticos. A dimensão do stock não está medida que mais esforços e pesquisas se concentram
necessariamente relacionada com a magnitude dos nessas áreas, parece provável que os conjuntos de
fluxos de SE, pelo que este desafio precisa de ser dados gerados em diferentes escalas espaciais e
abordado quando os mapas de SE são aplicados temporais e, usando diferentes tipos de dados, se
em contextos de tomada de decisão. complementem para fornecer uma mensagem
coerente sobre a saúde dos ecossistemas globais. ,
A seleção de uma escala espacial apropriada e de a biodiversidade e os benefícios que conferem à
uma unidade de mapeamento apropriada é outra sociedade.
questão importante e continua a ser um desafio para
os estudos de mapeamento SE (Capítulo 5.7). Os
processos ecológicos ocorrem em diferentes escalas Os diferentes desafios temáticos e metodológicos são
espaciais e temporais. A polinização por insetos é, por fontes de incertezas que

88 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

devem ser considerados ao usar mapas ES. Crossman ND, Burkhard B Nedkov S, Wil-lemen
Os cartógrafos do SE devem tentar detectar L, Petz K, Palomo I, Drakou EG, Martín-Lopez
fontes de incerteza e fornecer orientações sobre B, McPhearson T, Boyano-va K, Alkemade R,
como lidar com elas (Capítulo 6.3). De igual Egoh B, Dunbar MB, Maes J (2013) A modelo
importância é a transparência. O criador do para mapeamento e modelagem de serviços
mapa deve ser claro sobre como os mapas são ecossistêmicos. Serviços Ecossistêmicos 4:
4-14.
gerados. Uma ferramenta útil é fornecida pelo
Blueprint para mapeamento e modelagem de
SE (ver leitura adicional e Capítulo 7.9). O Dick J, Maes J, Smith RI, Paracchini ML, Zulian G
objetivo principal deste modelo é fornecer um (2014) Análise em escala cruzada de serviços
modelo e uma lista de verificação das ecossistémicos identificados e avaliados a
informações necessárias para aqueles que nível local e europeu. Indicadores Ecológicos
realizam um estudo de modelagem e 38: 20-30.

mapeamento de SE. Um segundo objectivo é


reduzir as incertezas associadas à quantificação Hauck J, Görg C, Varjopuro R, Ratamäki O, Maes
J, Wittmer
e ao mapeamento dos SE e, assim, ajudar a colmatar a lacuna H, a
entre Jax K (2013)
teoria Os mapas têm um
e a prática.
ar de autoridade: benefícios e desafios
potenciais dos mapas de serviços
ecossistêmicos em diferentes níveis de
Leitura adicional
tomada de decisão. Serviços Ecossistêmicos 4: 25-32.

Abson DJ, von Wehrden H, Baumgärtner S, Fischer Martnez-Harms MJ, Balvanera P (2012)
J, Hanspach J, Härdtle W, Hein-richs H, Klein Métodos para mapear a oferta de serviços
AM, Lang DJ, Martens P, Walmsley D (2014) ecossistêmicos: uma revisão. Jornal
Serviços ecossistêmicos como um objeto limite Internacional de Ciência da Biodiversidade,
para a sustentabilidade. Economia Ecológica Serviços e Gestão de Ecossistemas 8: 17-25.
103: 29-37.

Capítulo 3 89
Machine Translated by Google
Machine Translated by Google

Capítulo 4
Quantificação de serviços
ecossistêmicos

Capítulo 4 91
Machine Translated by Google

O valor econômico do melhor lugar do planeta foi quantificado


(Foto: Benjamin Burkhard 2008).

92 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

4.1. Quantificação biofísica


Petteri Vihervaara, Laura Mononen, Fernando Santos,
Mihai Adamescu, Constantin Cazacu, Sandra Luque,
Davide Geneletti e Joachim Maes

Introdução

Os serviços ecossistêmicos (SE) surgem quando processos, funções e fluxos de serviço (também
estruturas ecológicas e processos ecológicos contribuem conhecido como lado esquerdo ou lado da oferta da
direta ou indiretamente para o bem-estar humano e cascata). Os benefícios e valores (também conhecidos
atendem a uma determinada demanda das pessoas. como lado direito ou lado da procura da cascata) são
Este fluxo de SE dos ecossistemas para a sociedade é mais frequentemente medidos utilizando unidades
bem representado pelo conceito de cascata de SE (ver sociais (ver Capítulo 4.2) ou económicas (ver Capítulo
Capítulo 2.3). Os ecossistemas fornecem a estrutura 4.3). No entanto, os benefícios e os valores também
e os processos necessários que sustentam as funções podem por vezes ser expressos em unidades biofísicas.
dos ecossistemas, que são definidas como a capacidade Consideremos novamente o exemplo acima de
ou potencial para fornecer serviços. Os ES são purificação de água em zonas húmidas. O benefício
derivados de funções ecossistêmicas e representam deste serviço ecossistêmico é a água limpa e isso
o fluxo realizado de serviços em relação aos benefícios pode ser expresso como a concentração de substâncias
e valores das pessoas. Este modelo é útil para poluentes.
quantificar SE. Considere o seguinte exemplo: as zonas
húmidas (um ecossistema ou uma estrutura) fornecem Para quantificar o SE ao longo dos diferentes
habitat para bactérias que decompõem o excesso de componentes da cascata do SE, precisamos abordar
azoto (desnitrificação, um processo). Isto resulta na duas questões: o que medimos e como medimos
remoção de nitrogênio da água (um serviço), resultando (Figura 1)? Para efeitos deste capítulo, assumimos que
em melhor qualidade da água (um benefício). As a questão de saber por que medimos (por exemplo,
pessoas podem valorizar o aumento da qualidade da questões políticas, âmbito de uma avaliação do
água de diversas maneiras (por exemplo, expressando ecossistema) foi respondida.
a sua vontade de pagar por água potável). Cada uma
destas diferentes etapas pode ser quantificada utilizando
métodos de avaliação biofísicos, económicos ou sociais. A primeira questão é abordada na literatura científica
através do desenvolvimento e proposição de indicadores.
Os indicadores de serviços ecossistêmicos são usados
para monitorar o estado ou as tendências dos
Este capítulo concentra-se na quantificação biofísica, ecossistemas e da prestação de serviços ecossistêmicos
que é a medição de ES em unidades biofísicas. dentro de um determinado intervalo de tempo. Nos
Unidades biofísicas são utilizadas para expressar, por últimos anos, foi desenvolvida uma base substancial

exemplo, quantidades de água captadas de um lago, de indicadores em todo o mundo para avaliar ou medir os SE.
área de floresta ou estoques de carbono no solo.
Olhando para a cascata ES, parece evidente que a Uma vez proposto ou selecionado um indicador para
quantificação biofísica se concentra, em particular, na inclusão numa avaliação de ecossistema, a segunda
medição das estruturas dos ecossistemas, questão torna-se importante: como podemos medir o
serviço ou o indivíduo?

Capítulo 4 93
Machine Translated by Google

Quantificação biofísica de serviços ecossistêmicos

Objetivo da avaliação

Público-alvo
O que medir? Posição na cascata ES
Selecione um indicador apropriado

Escala espacial e temporal

Disponibilidade de dados

Como medir?
Selecione um método apropriado

1 2 3
Medição direta Medição indireta Medição indireta

Observações de campo Sensoriamento remoto e Modelos de ecossistemas e


Experimentos de campo observação da Terra (NDVI, serviços ecossistêmicos baseados
Pesquisas e questionários cobertura da terra, em especialistas, estatísticos e
temperatura da superfície, …) baseados em processos
Dados socioeconômicos
Indicadores proxy

Figura 1. Quantificação biofísica de serviços ecossistêmicos (Ícones de Freepik).

cator em termos ou unidades biofísicas? Que métodos A finalidade e o público-alvo são critérios importantes
ou procedimentos devem ser aplicados para se chegar a para a seleção ou concepção de indicadores para SE.
uma estimativa razoável da quantidade de serviço Faz diferença se os indicadores forem usados para

prestado? informar os decisores políticos, jornalistas, gestores de


conservação e de terras, cientistas ou estudantes. Nem
todos têm uma compreensão igual do fluxo de SE, que é

O que medir: Indicadores de de facto um conceito relativamente complexo. Assim, os

serviços ecossistêmicos indicadores são por vezes expressos em termos


relativos, fixando um valor de referência igual a, por
exemplo, 100 e calculando outros valores relativos a esta
Os indicadores SE são informações que comunicam de referência.
forma eficiente as características e tendências dos SE,

permitindo aos decisores políticos compreender a Isto facilita a interpretação para alguns grupos de
condição, as tendências e a taxa de mudança nos SE. usuários. De igual importância é o propósito de um
indicador. Por que é usado? Muitos indicadores de SE
são propostos para relatar o estado e as tendências dos
Diferentes indicadores podem ser usados para medir ou SE sob diferentes políticas de biodiversidade, da escala

indicar um único serviço ecossistêmico. A escolha de um global à local. Mas tais indicadores não são
indicador depende de muitos fatores, incluindo a necessariamente úteis para aplicação por planeadores
finalidade, o público, a sua posição na cascata SE, a espaciais ou para apoio científico à gestão de bacias
escala espacial e temporal considerada e a disponibilidade hidrográficas.
de dados. Consideremos a polinização, um ecossistema regulador

94 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

tem serviço. Um cientista poderia estar interessado receber dos ecossistemas. Um stock refere-se à
na diversidade e densidade das diferentes populações capacidade dos ecossistemas de proporcionar esses
de abelhas e zangões; um agricultor pode querer benefícios. Os fluxos são sempre expressos por
saber até que ponto pode confiar na polinização unidade de tempo. A produção de madeira serve
selvagem para ajudar a polinizar as suas árvores de como um bom exemplo para ilustrar a diferença entre
fruto; um responsável pela política de biodiversidade um indicador que mede o estoque e um indicador
poderá necessitar de saber se, à escala nacional, os que mede o fluxo. A produção de madeira é muitas
serviços de polinização estão a diminuir ou a vezes medida através da quantificação da colheita
aumentar. Claramente, estas partes interessadas (quanta madeira é cortada, normalmente expressa
têm diferentes pedidos de informação que requerem num volume de madeira por unidade de área e por
diferentes indicadores com diferentes unidades unidade de tempo, por exemplo, m3 /ha/ano). Às
biofísicas, embora a polinização seja o denominador comum.
vezes, a produção de madeira também pode ser
indicada pelo estoque de madeira disponível que
O exemplo acima também ilustra a importância das pode ser explorada. Essa diferença é sutil no caso
escalas espaciais e temporais. A questão da escala da madeira. Se o estoque for colhido, o estoque vira
é frequentemente apresentada em todos os livros fluxo. Contudo, para outros serviços, a diferença
didáticos sobre ecologia, uma vez que a biodiversidade entre stock e fluxo é importante porque os indicadores
e os processos ecológicos que ela suporta (e, de stock e fluxo nem sempre podem ser expressos
portanto, também a entrega de SE) são fortemente nas mesmas unidades. As zonas húmidas têm uma
dependentes do tempo e do espaço. Os processos certa capacidade de limpar a água, mas nem sempre
são influenciados por diferentes ciclos temporais (dia- é fácil expressar esta capacidade em termos de
noite, estações) e ocorrem em ritmos diferentes (ver remoção de poluentes (por exemplo, quantidade de
também Capítulo 5.3). A capacidade de azoto removido ou imobilizado nos sedimentos em
autopurificação da água é, por exemplo, altamente kg/ha/ano). Muitas vezes, o tamanho da zona húmida
dependente da velocidade com que a água flui. Os (em ha) é utilizado como proxy para indicar esta
serviços de purificação de água, por exemplo, que capacidade. A justificativa é que as zonas húmidas
podem ser medidos pela quantidade de poluentes maiores têm mais capacidade de purificar a água do
removidos, diferem entre cursos de água rápidos e que as zonas húmidas mais pequenas. Neste
lagos estagnados, tendo estes últimos ecossistemas, contexto, o conceito de condição do ecossistema
em geral, uma maior capacidade (mais tempo) para também é importante (ver Capítulo 3.5). Não só a
remover azoto, mas uma menor capacidade de quantidade (extensão espacial) de um ecossistema
é importante para avaliar os valores físicos da
limpar a poluição orgânica. A escala espacial também é importante.
As abelhas e os zangões prestam os seus serviços capacidade SE, a qualidade do ecossistema ou a
de polinização a uma distância de algumas centenas condição do ecossistema também é um determinante
de metros, enquanto o armazenamento de carbono importante da entrega do ecossistema. As mudanças
nas árvores opera numa escala quase global. nos ecossistemas através da degradação podem,
Os indicadores e, em particular, as suas unidades de portanto, alterar os fluxos de SE e devem, portanto,
medida devem considerar a escala em que os SE ser medidas também por indicadores.
são relevantes. Às vezes, os indicadores são
concebidos para serem independentes de escala.
Isso significa que eles podem ser aumentados ou Uma observação final sobre indicadores refere-se a
reduzidos, uma técnica muito útil para mapeamento. indicadores ou índices compostos que agregam
diferentes tipos de informação num único número.
Uma questão importante frequentemente levantada Geralmente tais indicadores são elaborados para
na literatura sobre SE é: devem os indicadores medir fins específicos ou para informar sobre desafios
o stock e o fluxo? Um fluxo de serviço refere-se ao específicos com um valor único. Num contexto
uso real dos benefícios reais que as pessoas semelhante para ES, tais indicadores existem, mas

Capítulo 4 95
Machine Translated by Google

geralmente são compostos por versões normalizadas o planeamento, a gestão e a conservação dos
de indicadores para serviços individuais que são recursos naturais criaram indicadores adicionais.
somados ou agregados. Eles não podem ser Por isso listamos na Tabela 1 algumas iniciativas
quantificados diretamente, mas dependem da importantes onde os leitores podem encontrar uma
quantificação separada dos seus componentes individuais.seleção de indicadores, organizados desde iniciativas
globais até setoriais.
Este capítulo não fornece uma lista de indicadores
para SE pela simples razão de que existem centenas Em resumo, os indicadores de SE expressam o que
de indicadores disponíveis. medir ao quantificar os SE de maneira biofísica. Os
Muitos países e regiões desenvolveram conjuntos bons indicadores de SE vêm com informações sobre
de indicadores ambientais; a definição de metas a sua posição na cascata de SE, sobre os dados
globais ou regionais de biodiversidade também disponíveis, sobre o público-alvo e o objetivo e sobre
estimulou o desenvolvimento de indicadores. Além se avaliam um stock ou um fluxo.
disso, a aplicação do conceito ES para

Tabela 1. Exemplos de fontes, websites e principais publicações para indicadores de serviços ecossistêmicos.

Escala Localização Publicação

Medindo os benefícios da natureza: um roteiro preliminar para melhorar os


indicadores de serviços ecossistêmicos (http://pdf.wri.org/measuring_natures_
benefícios.pdf)

http://www.bipindicators.net/ (relatório ISBN 92-9225-376-X)

Medindo serviços ecossistêmicos: Orientação sobre o desenvolvimento de


Global
indicadores de serviços ecossistêmicos (ISBN: 978-92-807-4919-5)

http://es-partnership.org/community/workings-groups/thematic-working-groups/
twg-3-es-indicators/

Um sistema global para monitorar mudanças nos serviços ecossistêmicos


(doi: 10.1525/bio.2012.62.11.7)

europeu website: http://biodiversity.europa.eu/maes/mapping-ecosystems


Subglobal
União artigo: doi:10.1016/j.ecoser.2015.10.023
Finlândia site: http://www.biodiversity.fi/ecosystemservices/home
artigo: doi:10.1016/j.ecolind.2015.03.041
Canadá Site: https://www.ec.gc.ca/indicateurs-indicators/
Suíça Site: http://www.bafu.admin.ch/publikationen/publikation/01587/
Nacional index.html?lang=en

Alemanha artigo: Rumo a um conjunto nacional de indicadores de serviços ecossistêmicos:


Insights da Alemanha (doi:10.1016/j.ecolind.2015.08.050)

Espanha Site: http://www.ecomilenio.es/informe-de-resultados-eme/1760


Artigo: doi:10.1371/journal.pone.0073249

96 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

Como medir? água das camadas subterrâneas (abastecimento de


água) ou perguntar aos cidadãos quantas vezes
Os indicadores devem ser medidos, mas como isso é visitam uma floresta para colher frutos silvestres,
feito para o SE? Alguns dos exemplos dados acima já cogumelos ou castanhas (produtos alimentares
fornecem a resposta. O número de abelhas numa terra silvestres). Quando a extensão espacial ou a área
agrícola, a colheita de madeira numa floresta ou a superficial relativa dos ecossistemas é usada para
desnitrificação numa zona húmida podem ser aproximar o ES, também inventários botânicos e
monitorizados ou medidos com diferentes métodos florestais, parcelas permanentes ou qualquer outra
ou dispositivos. No entanto, medir os stocks ou fluxos observação direta no terreno podem ser usados como
de SE é menos evidente do que parece. Apresentamos substitutos. Em certos casos, a detecção remota pode ser considerad
aqui três abordagens que podem ser consideradas medição correta.

para quantificar estoques e fluxos biofísicos de SE:


medições diretas, medições indiretas e modelagem Estes exemplos de medição direta partilham uma série
(numérica). de características. Consomem tempo e recursos e,
portanto, são dispendiosos, na sua maioria adequados
para serem executados a nível local ou à escala local
e medem fluxos tangíveis de SE, em particular para o
Medições diretas de fornecimento de SE. As medições diretas também são
viáveis no caso de um serviço claramente definido que
serviços ecossistêmicos fornece espécies (ou áreas), como a polinização, a
observação de aves ou o controlo biológico.
Medições diretas de um indicador de serviço
ecossistêmico é a medição real de um estado, uma
quantidade ou um processo a partir de observações, Como muitos destes indicadores são efetivamente
monitoramento, pesquisas ou questionários que medidos por outras razões, nem sempre é necessário
cobrem toda a área de estudo de forma representativa. estabelecer esquemas de medição dispendiosos. A
As medições diretas do SE fornecem um valor biofísico maior parte dos SE de aprovisionamento, incluindo
do SE em unidades físicas que correspondem às culturas, peixe, madeira e água, são registados pelos
unidades do indicador. As medições diretas quantificam governos nacionais e regionais. Além disso,
ou medem um valor de estoque ou fluxo. Medições determinados grupos de espécies e taxa são
diretas também são chamadas de dados primários. monitorizados para avaliar tendências na biodiversidade.

TESSA1 é um kit de ferramentas para avaliação rápida


Exemplos de medições diretas de SE (ver também de SE em nível local, que fornece muitos
Tabela 2) são a contagem do número de visitantes procedimentos e sugestões para medição de SE no
que visitam um parque nacional (recreação baseada local.

na natureza); medir o volume total de madeira em um


povoamento florestal (produção madeireira); As medições diretas e a utilização de dados primários
monitoramento da liberação de óxidos nitrosos do são a forma mais precisa de quantificar os SE, mas
canavial ou da deposição de dióxido de enxofre nas tornam-se impraticáveis e dispendiosas para além do
folhas (filtração de água e ar); registrar o rendimento nível do local ou simplesmente não estão disponíveis
da colheita de uma fazenda (culturas); medição da para todos os SE.

capacidade volumétrica de uma planície de inundação


(controle de inundação); monitorizar ao longo do tempo Portanto, o próximo passo a considerar para a
a melhoria da qualidade da água (purificação da água); quantificação biofísica é a medição indireta.
comentários.
medindo a abstração de

1 http://tessa.tools/

Capítulo 4 97
Machine Translated by Google

Tabela 2. Exemplos de diferentes métodos para medir indicadores de serviços ecossistêmicos

Serviços de
O que medir Como medir (método)
ecossistemas

(turma CICES) Indicador Direto Indireto Modelo

Sensoriamento remoto de
biomassa agrícola usando
NDVI e análise de

Estatísticas de fotos aéreas por muito tempo


Rendimento da Mudanças temporais
Culturas cultivadas colheita (obtidas através na produção agrícola
colheita (tonelada/ha/ano) modelos
de relatórios oficiais) Acoplamento de
observações estruturais

com informações de
sensoriamento remoto

Estatísticas pecuárias

Animais criados e Pecuária (cabeças/ (contagens de

seus resultados ha) cabeças obtidas

através de relatórios)
Observações de campo

Plantas selvagens, algas Rendimento de frutos e pesquisas com Distribuição de espécies

e seus resultados silvestres (tonelada/ha/ano) pessoas que colhem modelos; modelo de


frutas silvestres produção ecológica

Estatísticas da
Animais de dentro Rendimento de peixes (tonelada/ aquicultura (obtidas Modelos de produção
aquicultura situ ha/ano) através de relatórios de peixe

oficiais)
Estatísticas da água Sensoriamento remoto
Água captada Balanço hídrico
Água (Nutrição) (obtido através de de corpos d'água e solo
(m3 /ano) modelos
relatório oficial) umidade

Estoque de produção
Estande florestal Sensoriamento remoto Madeira
Biomassa de madeira (m3 /ha) e
medições e de biomassa florestal usando modelos de
(Materiais) colheita de madeira
estatísticas florestais NDVI produção
(m3 /ha/ano)

Área ocupada por matas


Dados de cobertura terrestre de
ciliares (ha) Observações do local
observação da Terra

(Mediação de Medição de
Nitrogênio e
resíduos, tóxicos e deposição de NO2
Remoção de enxofre Sensoriamento remoto Modelos de
outros incômodos) e SO2 ; medição
na atmosfera ou em da estrutura do dossel (índice transporte e destino
de campo de
corpos d'água (kg/ha/ de área foliar) para N e S
desnitrificação em
ano)
corpos d'água

Estabilização de massa
Risco de erosão do solo Medições de campo da Erosão do solo
e controle de
(tonelada/ha/ano) erosão do solo modelos (RUSLE)
taxas de erosão

Modelos e dados de elevação;

Área de várzea e zonas análise de fotos aéreas; Modelagem de


Protecção contra inundações Observações do local
húmidas (ha) sensoriamento remoto transporte aquático
da cobertura do solo

98 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

Serviços de
O que medir Como medir (método)
ecossistemas

Potencial de Modelos
polinização; número Amostragem de campo de distribuição
Polinização e
e abundância de espécies polinizadoras; contagem de espécies; modelagem
dispersão de sementes
de espécies polinizadoras de colmeias ecológica de
(número/m2 ) adequação de habitat

Levantamentos de campo;
Decomposição e
Área de culturas estatísticas de colheita Modelos de produção
fixação
fixadoras de nitrogênio (ha) (obtidas através de agrícola
processos
relatórios oficiais)

Armazenamento de
Clima global carbono (no
Medições
regulação por solo ou biomassa
no local de estoque de Sensoriamento remoto de Modelos do ciclo
redução de acima do solo) (tonelada/
carbono e fluxos de vegetação do carbono
concentrações de ha); sequestro
carbono
gases com efeito de estufa de carbono
(tonelada/ha/ano)

Modelagem
Físico e Dados dos visitantes e Monitoramento de
Estatísticas de visitantes do uso potencial de
experiencial questionários de estacionamentos, mapeamento
(número/ano) reservas naturais pelas
interações visitantes de trilhas ou campings
pessoas

Medições indiretas de ES medem estoques ou fluxos de SE, mas são altamente


úteis para quantificar a regulação climática global,
bem como todos aqueles SE que dependem
Medições indiretas de SE fornecem um valor diretamente da biomassa vegetal dos ecossistemas
biofísico em unidades físicas, mas esse valor precisa para regular ou mediar o meio ambiente.
de interpretação adicional, certas suposições ou A protecção do solo e a regulação da água, por
processamento de dados, ou precisa ser combinado exemplo, são fortemente impulsionadas pela
em um modelo com outras fontes de informação presença de vegetação que pode ser inferida a partir
ambiental antes de poder ser usado para medir. um de conjuntos de dados de observação da Terra. A
serviço ecossistêmico. Medições indiretas de SE regulação climática local pode ser inferida a partir
fornecem um valor biofísico de SE em unidades de padrões de temperatura da superfície espacial e
físicas que são diferentes das unidades do indicador temporalmente explícitos. A filtragem do ar pelas
selecionado. árvores e florestas está diretamente relacionada à
estrutura da copa que, por sua vez, pode ser medida
Em muitos casos, as variáveis recolhidas através da pelo índice de área foliar. Além disso, a regulação
detecção remota são qualificadas como medidas microclimática nas cidades (redução da temperatura
indirectas. Exemplos de ecossistemas terrestres durante ondas de calor através da evapotranspiração
são a temperatura da superfície terrestre, o NDVI e fornecimento de sombra) pode ser aproximada
(Índice de Vegetação por Diferença Normalizada), a medindo a área total da superfície da floresta urbana.
cobertura do solo, as camadas de água, o índice de
área foliar e a produção primária. Exemplos de Uma função específica é reservada para dados de
ecossistemas marinhos incluem a temperatura da cobertura e uso da terra, que são usados para
superfície do mar, a concentração de clorofila A e os quantificação direta e indireta de SE. Informações
sólidos em suspensão. Muitos desses produtos de dados detalhadas
não e precisas sobre a extensão da

Capítulo 4 99
Machine Translated by Google

ecossistemas ou de unidades prestadoras de serviços fluxos reais de serviços ecossistêmicos. Isto é


ecossistêmicos, constituem uma base de dados essencial particularmente evidente quando os ecossistemas
para todas as avaliações de ecossistemas. É importante regulam ou medeiam stocks e fluxos de solo, carbono,
ressaltar que os dados fundiários também podem ser usados azoto, água ou poluentes. Consideremos a protecção
para quantificar a procura de SE. do solo – também denominada regulação da erosão
ou controlo da erosão – que é o papel que os
Nem todas as medições indiretas são fornecidas pela ecossistemas e a vegetação desempenham na
observação da Terra. A densidade de trilhas e parques retenção do solo ou na prevenção da erosão do solo
de campismo pode fornecer uma estimativa indireta como resultado do vento ou do escoamento da água.
de recreação e turismo (Tabela 2). A erosão do solo pode ser medida diretamente em
locais propensos à erosão, geralmente terras
As medições indiretas, em particular a observação da agrícolas em encostas. No entanto, não é possível
Terra, oferecem vantagens substanciais. medir a quantidade de solo que não sofre erosão
Fornecem fontes consistentes de informação, muitas devido à cobertura protetora da vegetação. No
vezes com cobertura global, e são actualizadas entanto, pode ser modelado comparando a quantidade
regularmente, o que os torna adequados para a de erosão do solo com um modelo que simula a
contabilização do capital natural e para a monitorização presença de vegetação com um modelo onde a
de tendências. cobertura vegetal protetora é deliberadamente definida
como zero ou com parâmetros que correspondem aos
parâmetros para terras agrícolas ou solo nu. A
diferença entre estes dois modelos resulta numa
Modelagem como alternativa
estimativa da erosão evitada do solo e pode
para quantificar ES representar o fluxo de serviço realizado. Uma lógica
semelhante aplica-se à purificação da água, à
A modelagem SE pode ser usada para quantificar o regulação da qualidade do ar ou a outros serviços
SE se não houver medições diretas ou indiretas que exercem controlo sobre o destino e o transporte
disponíveis. Este é praticamente sempre o caso em de materiais abióticos e orgânicos.
qualquer avaliação de ecossistema. Com a modelação
SE, entendemos a simulação da oferta, utilização e
procura de SE com base em dados ou conhecimentos
Implementando métodos
ecológicos e socioeconómicos.
Os modelos podem variar desde simples sistemas de
biofísicos para tomada de decisão
pontuação baseados em especialistas até modelos
ecológicos complexos que simulam os ciclos As avaliações dos serviços ecossistémicos têm sido
planetários de carbono, nitrogênio e água. Mais cada vez mais utilizadas para apoiar políticas de
detalhes também estão disponíveis no Capítulo 4.4 gestão ambiental, baseadas principalmente em
indicadores biofísicos e económicos. Portanto, as
No contexto da quantificação biofísica, os modelos avaliações ambientais devem integrar dados e
podem ser utilizados para preenchimento de lacunas informações sobre os componentes biofísicos dos
espaciais e temporais de medições diretas e indiretas, ecossistemas, incluindo a biodiversidade, com os
extrapolação de medições diretas e indiretas, componentes do sistema socioeconómico e os
modelagem de SE para os quais não há medições contextos sociais e políticos em que estão inseridos.
disponíveis ou para análise de cenários.

A quantificação de SE usando métodos biofísicos tem


Para serviços de regulação, a modelação é por sido usada para diversas perspectivas e para diversos
vezes a única opção para quantificar propósitos,

100 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

incluindo a gestão da paisagem, a contabilização Leitura adicional


do capital natural, a sensibilização, a definição
de prioridades de projectos ou políticas e a Boerema A, Rebelo AJ, Bodi MB, Esler KJ, Meire P

concepção de instrumentos políticos. No entanto, (2016) Os serviços ecossistêmicos estão


a transferência dos resultados das avaliações adequadamente quantificados? Journal of Applied
biofísicas para a política não é simples e é Ecology. DOI: 10.1111/1365-
2664.12696.
necessário algum trabalho adicional para garantir
um grau mínimo de consistência e evitar
conclusões demasiado simplistas. De Araujo Barbosa CC, Atkinson PM, Dear-ing JA
(2015) Sensoriamento remoto de serviços
Diferentes métodos são relevantes em diferentes ecossistêmicos: uma revisão sintética. Indicadores
Ecológicos 52: 430-443.
níveis políticos (desde as escalas internacional,
da UE, nacional, regional e local).
A literatura existente reconhece frequentemente Kareiva P, Tallis H, Ricketts TH, Daily GC, Polasky S
que, nestes casos, deve ser tida em consideração (2011) Capital Natural: Teoria e Prática de
a inter-relação entre diferentes escalas, o que Mapeamento de Serviços Ecossistêmicos. Imprensa
pode colocar desafios significativos. Os da Universidade de Oxford, Oxford.

enquadramentos gerais para estes métodos


incluem o trabalho realizado globalmente pela Mononen L, Auvinen AP, Ahokumpu AL, Rönkä M,
Plataforma Intergovernamental sobre Aarras N, Tolvanen H, Kamp-pinen M, Viirret E,
Biodiversidade e Serviços Ecossistémicos Kumpula T, Viher-vaara P (2016) Indicadores
(IPBES) e o Mapeamento e Avaliação de nacionais de serviços ecossistémicos: Medidas de
Ecossistemas e seus Serviços (MAES) no sustentabilidade sócio-ecológica. Indicadores
contexto da Estratégia de Biodiversidade da UE. Ecológicos 61: 27-37.
O trabalho metodológico inicial sobre métodos
biofísicos servirá de base para a avaliação do
valor económico dos SE e promoverá a Peh KS-H et al. (2013) TESSA: Um kit de ferramentas

integração destes valores nos sistemas para avaliação rápida de serviços ecossistêmicos
contabilísticos e de reporte. em locais de importância para a conservação da
biodiversidade. Serviços Ecossistêmicos 5: e51-e57.

Pettorelli N, Owen HJF, Duncan C (2016)


Conclusões
Como queremos que a detecção remota por satélite
apoie a conservação da biodiversidade a nível
“Não se pode gerenciar o que não se mede”. mundial? Métodos em Ecologia e Evolução 7:
656-665.
Esta conhecida expressão também é válida para
ES que é, em essência, um conceito para
orientar e apoiar a gestão de recursos naturais,
ecossistemas e sistemas socioecológicos. Os
ES representam os fluxos de materiais, energia
e informações dos ecossistemas para a
sociedade. A medição precisa destes fluxos,
bem como a extensão e a condição dos
ecossistemas que suportam estes fluxos, é,
portanto, fundamental para fundamentar
decisões, monitorizar o progresso para atingir as
metas de biodiversidade e criar uma base de conhecimento sólida para o capital natural.

Capítulo 4 101
Machine Translated by Google

4.2. Abordagens de avaliação


sociocultural
Fernando Santos-Martín, Eszter Kelemen, Marina García-Llorente,
Sander Jacobs, Elisa Oteros-Rozas, David N. Barton, Ignacio Palomo,
Violeta Hevia e Berta Martín-López

Introdução

Qualquer avaliação dos SE requer uma análise Um quadro odológico, capaz de explorar formas de
integrada, tendo em conta a oferta e a procura de SE representar respostas cognitivas, emocionais e éticas
e as suas dimensões de valor biofísico, sociocultural à natureza, juntamente com formas de expressar
e económico (ver Capítulos 4.1, 4.2 e 4.3, preferências, necessidades e desejos das pessoas
respetivamente). A literatura recente reconheceu que em relação à SE, é muito necessário. Neste contexto,
muitas das contribuições sobre a avaliação de SE o presente capítulo pretende contribuir para este
ainda usam o termo “valor” exclusivamente num desafio através da revisão de métodos de valoração
sentido monetário, ignorando as contribuições mais sociocultural que têm sido frequentemente aplicados
amplas dos ecossistemas e da biodiversidade para na literatura ES.
a sociedade em termos culturais, terapêuticos,
artísticos, valores inspiradores, educacionais,
espirituais ou estéticos. A avaliação sociocultural é definida neste capítulo
como um termo abrangente para os métodos que
visam analisar as preferências humanas em relação
Para preencher esta lacuna científica, a literatura aos SE em unidades não monetárias. Sob este guarda-
sobre abordagens de avaliação sociocultural tem chuva, termos como 'avaliação psicocultural',
crescido nos últimos dez anos, principalmente 'avaliação social', 'avaliação deliberativa', 'avaliação
relacionada com SE culturais (Figura 1). O recente qualitativa' e 'avaliação subjetiva' representam
aumento no número de artigos científicos sobre a abordagens de avaliação que visam revelar valores e
valoração sociocultural do SE coincide com a criação percepções individuais e coletivas de SE sem
da Plataforma Intergovernamental de Biodiversidade depender da lógica do mercado e das métricas
e Serviços Ecossistêmicos (IPBES) em 2012. Alguns monetárias.
dos desafios enfrentados pelo IPBES estão
relacionados com questões socioculturais. valorização
dos SE, como a inclusão de diferentes sistemas de
Uma revisão abrangente
conhecimento ou o reconhecimento do pluralismo de
valores.
Existem múltiplas abordagens para descobrir os
Apesar do aumento do número de publicações, as valores socioculturais dos SE, dependendo da
abordagens de valoração sociocultural ainda não disponibilidade de dados e da finalidade da avaliação.
formalizaram um quadro metodológico comum. Neste capítulo, vamos nos concentrar em sete
Projetando um método métodos que são frequentemente usados na literatura.

102 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

estão dispostos a dedicar-se a uma mudança na


quantidade ou qualidade de um determinado
serviço ecossistémico. Este método não é apenas
uma métrica não monetária, mas também uma
forma de medir a vontade de contribuir ativamente
para a conservação da natureza através de ações práticas.

As pesquisas de foto-elicitação procuram


descobrir o valor sociocultural da SE, traduzindo
as experiências visuais, percepções e preferências
das paisagens das pessoas em valores de
serviços ecossistêmicos. A utilização de inquéritos
Figura 1. Tendências na literatura científica
que exploram abordagens de avaliação sociocultural de foto-elicitação provou ser uma técnica útil para
para ES culturais.1 extrair valores socioculturais da SE, uma vez que
utiliza um canal de comunicação (ou seja,

1
fotografias) que é facilmente compreendido por
Nota: esta ilustração não representa o número
múltiplos actores sociais (por exemplo, ver Capítulo
total de artigos publicados sobre avaliação de
7.3). .3).
serviços culturais, mas sim a cronologia das
publicações dos artigos mais relevantes que se
Os métodos narrativos diferem dos três
concentram em seis SE culturais: recreação e
anteriores porque são usados principalmente para
turismo não extrativista (por exemplo, recreação
coletar dados qualitativos. Ao utilizar métodos
ao ar livre, ecoturismo), ( 2) recreação extrativista
narrativos (por exemplo, entrevistas estruturadas,
e turismo (ex. pesca esportiva, caça recreativa),
semiestruturadas e não estruturadas, grupos
(3) conhecimento ecológico local, (4) conhecimento
focais, observação participante, análise de
científico e educação ambiental, (5) interações
conteúdo, gravação de voz e vídeo de eventos,
espirituais com a natureza e (6) experiência estética.
expressão artística, etc.), os participantes podem
articular os valores plurais e heterogéneos da ES
A avaliação de preferências é um método através das suas próprias histórias e ações diretas
consultivo direto que avalia a importância individual (verbal e visualmente).
e social dos SE, analisando motivações,
percepções, conhecimentos e valores associados Três outras abordagens, frequentemente utilizadas
aos SE. Os dados são recolhidos através de na avaliação sociocultural, centram-se na
exercícios de listagem livre, classificação de integração de sistemas de conhecimento,
serviços ecossistémicos, classificação ou outros mecanismos de seleção.
disciplinas e dados diversos. O mapeamento
Técnicas para ponderar as preferências participativo dos SE (ou por vezes referido como
relacionadas aos impactos no serviço ecossistêmico sistemas de informação geográfica participativos
de diferentes alternativas de gestão, como a ou SPIG de revisão e padronizado, ver Caixa 1)
análise multicritério, são exemplos de avaliação avalia a distribuição espacial dos SE de acordo
integrada de avaliação de preferências. com as percepções e conhecimentos das partes
interessadas através de workshops e/ou inquéritos .
Da mesma forma, mas visando um indicador mais O SPIG facilita a participação de vários
quantitativo dos valores socioculturais da SE, o intervenientes (por exemplo, membros da
método de uso do tempo cria cenários hipotéticos comunidade, profissionais ambientais,
para a disposição em abrir mão do tempo (WTT). representantes de ONG, decisores, etc.) integrando
Este método estima o valor de ES perguntando às as suas percepções, conhecimentos e valores em
pessoas quanto tempo mapas de SE (ver Capítulo 5.6.2).

Capítulo 4 103
Machine Translated by Google

O planeamento de cenários combina várias dados produtivos, colaborando com estudiosos de


ferramentas e técnicas (por exemplo, entrevistas, outras áreas e partes interessadas não acadêmicas

brainstorming ou exercícios de visão em workshops, (por exemplo, SPIG, planejamento de cenários


muitas vezes complementados com modelização) para participativos e avaliação deliberativa), também
desenvolver descrições plausíveis e internamente chamadas de abordagens integradas (Tabela 1). Este
consistentes de futuros alternativos, onde os valores terceiro grupo de métodos foi aplicado para descobrir
de SE podem ser evocados. As suposições sobre valores de SE em escalas nacionais (e internacionais
acontecimentos ou tendências futuras são questionadas no caso de cenários), enquanto os dois primeiros
e as incertezas são explicitadas para estabelecer grupos não são normalmente aplicados em escalas tão
ligações transparentes entre as mudanças na SE e o amplas. Além disso, o terceiro tipo de métodos pode
bem-estar humano. contribuir para a aprendizagem social e a coprodução
de conhecimento, uma vez que promove a discussão
Os métodos deliberativos compreendem diversas entre diferentes grupos de partes interessadas sobre a

ferramentas e técnicas para envolver e capacitar importância dos diferentes SE (valorização


participantes não científicos. Estes métodos (por deliberativa), a sua distribuição espacial (SPIG) e as
exemplo, workshops de avaliação, júris de cidadãos, tendências futuras dos SE. e suas implicações para o
foto-voz, etc.) convidam as partes interessadas e os bem-estar humano (planeamento de cenários
cidadãos a formar as suas preferências em matéria participativos).
de SE através de um diálogo aberto. Os métodos
deliberativos podem abordar crenças éticas, O SPIG também é o método mais adequado para
compromissos morais e normas sociais e são fornecer resultados espaciais, embora a avaliação de
frequentemente utilizados em combinação com outras preferências, o uso do tempo e a elicitação de fotos
também possam contribuir com resultados
abordagens (por exemplo, mapeamento ou avaliação monetária).
espacialmente explícitos, estimando valores
representativos para diferentes áreas geográficas. O
Exame minucioso de métodos SPIG é particularmente adequado para identificar

específicos de avaliação sociocultural áreas que beneficiam de serviços ecossistémicos, ou


seja, locais onde convergem a utilização ou a procura de SE (ver Capítu

A diversidade de métodos socioculturais descritos Apesar de todos os desenvolvimentos relativos à


acima é determinada por diferentes requisitos avaliação sociocultural dos SE, a questão de como os
metodológicos (Tabela 1) e pela capacidade dos métodos de avaliação sociocultural podem revelar a
diferentes métodos de fornecer diferentes resultados ampla gama de valores associados à natureza ainda é
e de descobrir diferentes tipos de valores (Tabela 2). relativamente inexplorada. Seguindo as definições
Em relação aos requisitos metodológicos, os métodos conceituais fornecidas para categorias de valor no
socioculturais podem ser agrupados em três grupos Valor Econômico Total (TEV), na Economia dos
diferentes: (1) métodos que requerem múltiplas Ecossistemas e da Biodiversidade (TEEB) e no IPBES,
observações, pois são métodos quantitativos e uma abordagem integrativa aos métodos de avaliação
geralmente são desenvolvidos em colaboração com sociocultural tem a capacidade de descobrir maioria
estudiosos da mesma área (ou seja, avaliação de das diferentes categorias de valor (Tabela 2). Em
preferências, uso do tempo e fotoelicitação), (2) termos gerais, a Tabela 1 mostra que alguns métodos
métodos baseados em dados qualitativos que são mais específicos para determinados tipos de
geralmente são aplicados em colaboração com partes valores (por exemplo, métodos narrativos), enquanto
interessadas não acadêmicas (ou seja, narrativas), (3) outros métodos são geralmente capazes de capturar
métodos que são capazes de coletar dados qualitativos múltiplos valores, mas não são especificamente
e quantitativos concebidos para qualquer tipo de valor em particular
(por exemplo, métodos participativos).

104 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

planejamento de cenário ou avaliação deliberativa). As análises resultantes refletem até que ponto
Todos os tipos de valores são adequadamente diversos métodos de avaliação capturam tipos de
cobertos por um ou mais métodos, mas todos os valor específicos ou têm potencial integrativo, bem
métodos possuem pontos cegos, o que implica viés como qual conjunto de métodos complementares
e aplicação condicional. Conseqüentemente, é pode ser aplicado para capturar valores múltiplos.
necessário usar vários métodos para cobrir todos os tipos de valores.

Tabela 1. Requisitos metodológicos dos métodos socioculturais de valorização da SE. Os métodos são avaliados de acordo com a sua
adequação para valorizar o SE em diferentes escalas espaciais e para descobrir dados quantitativos ou qualitativos - (•) alto, (•) moderado,
(•) baixo - e de acordo com o nível de requisitos em termos de dados, colaboração -ração, tempo e recursos econômicos - (•) alto, ( ) médio,
( ) baixo - Fonte: Kelemen et al. (2015).

SÓCIO CULTURAL
ESCALA ESPACIAL DADOS RECURSOS DE COLABORAÇÃO
MÉTODOS

Regional Nacional Quantidade Qualitativo Quantitativo Próprios campo Outro interessadas


Partes Econômico

Preferência
avaliação
••••••••
Uso do tempo
•••••••
Foto-elicitação

pesquisas
••••••••
Narrativas
••• •• •
SIG Participativo
(PGIS)
••• •• ••
Planejamento de cenário • • • •• ••
Avaliação
deliberativa ••• •• ••

Capítulo 4 105
Machine Translated by Google

Tabela 2. Os principais métodos socioculturais são apresentados em relação à sua capacidade de


integração de diferentes tipos de valores - (•) alto, (•) moderado, (•) baixo, (•) não adequado - e de acordo com
sua capacidade de integração valores - (•) alto, ( ) médio, ( ) baixo - Fonte: Kelemen et al. (2015).

SOCIO-
CULTURAL Valores IPBES Valores TEEB Valor Econômico Total
MÉTODOS

Potencial

Intrínseco Relacional Instrumental Ecológico Sócio Monetário Valores Valores Valores Valores Valores

Preferência
avaliação •••••••••••
Uso do tempo
•••••••••••
Foto-
elicitação
•••••••••••
pesquisas

Narrativas
•••••••••••
Participativo
SIG (PGIS)
••••••••••••

Planejamento de cenário
••••••••••••
Deliberativo
avaliação ••••••••••••
Grau de valores
capturados por
todos os métodos •
Variabilidade interna dos técnicas deliberativas e deliberativas que vão além

métodos de avaliação sociocultural da agregação de preferências individuais. Os


métodos de avaliação sociocultural visam valorizar
os SE de uma forma ponderada, descobrindo os
Uma semelhança fundamental entre os métodos contextos e condições psicológicos, históricos,
socioculturais é a suposição de que os valores da culturais, sociais, ecológicos e políticos, bem como
SE estão enraizados nos indivíduos e, ao mesmo as percepções sociais que moldam os valores
tempo, moldados pelo contexto social e cultural dos defendidos individualmente ou comummente partilhados. .
indivíduos. Na verdade, as abordagens
socioculturais têm a capacidade de suscitar valores A variabilidade entre os métodos torna a avaliação
sociocultural capaz de flexibilidade
colectivos e partilhados de SE através da participação participativa.

106 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

adaptação a visões de mundo e contextos de métodos de consulta ou engajamento. Existem três


decisão específicos. Os principais aspectos desta opções para adquirir conhecimento sobre
variabilidade incluem (Figura 2): preferências, dependendo se as preferências
(valores) são consideradas pré-existentes ou em
1. O tipo de valores suscitados: métodos centrados processo de formação. As preferências podem ser
no valor para os indivíduos versus métodos observadas e relatadas quando os participantes
centrados no valor para a sociedade. têm uma relação direta com o tema da avaliação
Os valores podem ser considerados ao nível do (por exemplo, usam ou gostam frequentemente de
indivíduo (o que é considerado útil, importante, algum SE). Contudo, não ter relação direta com o
bom ou moralmente aceitável por uma pessoa) e a tema da avaliação não significa necessariamente
níveis mais elevados de organização social, que os participantes não lhe atribuam valor. Para
incluindo um grupo, uma comunidade ou a explorar estas preferências sociais, os participantes
sociedade como um todo (Figura 2). podem ser consultados ou questionados através
Este último tipo inclui valores sociais e culturais e de questionários ou entrevistas sobre as suas
refere-se ao facto de as sociedades possuírem percepções de SE. Se não se espera que as
princípios e virtudes partilhados, bem como um preferências existam a priori, ou estão em processo
sentido partilhado do que vale a pena e do que é de formação (ou seja, os participantes não têm
significativo. Os valores sociais partilhados conhecimento a priori ou não enfrentaram as
influenciam os valores individuais porque todos nós percepções de outros sobre certos SE), também
fazemos parte e fomos socializados dentro de uma podemos envolver os participantes numa formação
comunidade e de um contexto social específicos. conjunta de preferências. processo através de
Os métodos de avaliação diferem em termos de avaliação deliberativa, planeamento de cenários
enfoque nas compreensões pessoais (individuais) participativos ou SPIG.
de valor ou na obtenção das dimensões de valor
que são partilhadas por um grupo de pessoas e 4. As abordagens dominantes no tratamento de
culturalmente incorporadas numa sociedade. dados: abordagens predominantemente
quantitativas, predominantemente qualitativas e
2. O tipo de racionalidade atribuída aos participantes abordagens metodológicas mistas. Todos os três
(fornecedores de valor): abordagens metodológicas auto- tipos de métodos podem ser usados para coletar
dados quantitativos e qualitativos. Os dados
orientadas versus abordagens metodológicas orientadas para os outros.
Podemos distinguir entre racionalidade individual quantitativos podem ser recolhidos em forma
(I) e coletiva (Nós) como as duas principais regras numérica de grandes populações e, se
práticas por trás de ações razoáveis (Figura 2). Ao representativos, podem fornecer resultados que
seguir a racionalidade do “eu”, consideramos os são aplicados, num sentido geral, desde escalas
benefícios e custos individuais das ações pessoais locais a regionais ou mesmo a escalas espaciais
e escolhemos a opção mais benéfica para nós mais amplas. Os dados quantitativos podem ser
mesmos. Por outro lado, seguir a racionalidade do recolhidos tanto a nível individual como de grupo e
“Nós” significa que antes de agir, consideramos o depois agregados para generalizar os resultados
que é bom e mau para a nossa comunidade/ da amostra para populações maiores. Os dados
sociedade e como as nossas ações podem impactar qualitativos permitem uma compreensão
os outros. Portanto, a racionalidade do “eu” refere- aprofundada dos valores e das motivações
se a ações e escolhas auto-orientadas, enquanto a subjacentes, mas normalmente para uma amostra
racionalidade do “nós” refere-se a ações e escolhas muito menor (e muitas vezes não representativa).
em relação ao outro. Os dados qualitativos podem ser recolhidos a nível
individual e de grupo sob a forma de argumentos narrativos (princ
3. O processo de inclusão de participantes Devido à heterogeneidade dos tipos de dados, a
(fornecedores de valor) na avaliação: observação, agregação é muitas vezes impossível e outras

Capítulo 4 107
Machine Translated by Google

meios de síntese devem ser usados (por exemplo, ser colocados ao longo de um continuum (Figura
métodos narrativos ou deliberação). Na prática, 2) e, em muitos casos, são utilizados numa
as abordagens quantitativas e qualitativas podem abordagem mista e complementar.

AUTO-
ORIENTADO

CONTACTAR
Avaliação de preferência ABORDAGEM
Foto-elicitação
SIG de base participativa CONSULTA
Uso do tempo NOIVADO
Abordagens narrativas OBSERVAÇÃO

INDIVIDUAL PREFERÊNCIAS SOCIAL

Avaliação de preferência Avaliação de preferência


Foto-elicitação Planejamento de cenário participativo
SIG de base participativa SIG de base participativa
Abordagens narrativas Abordagens narrativas
Abordagens deliberativas

OUTROS-
ORIENTADO

Figura 2. Variabilidade entre métodos de valoração sociocultural em relação a três eixos: tipo de valores
eliciados, tipo de racionalidade atribuída aos fornecedores de valor e abordagem dominante de tratamento de dados.

Implementação de A dimensão sociocultural pode obscurecer as


métodos de valoração relações entre o homem e a natureza e dificultar
a integração dos SE nos sectores sociais e no
sociocultural no apoio à decisãoapoio à decisão.

As avaliações dos serviços ecossistémicos têm A avaliação integrada visa clarificar as


sido cada vez mais chamadas a apoiar o interdependências entre os múltiplos valores
planeamento ambiental, principalmente com base associados a diferentes SE (ver também a Caixa
em indicadores biofísicos e económicos. No 2 para um exemplo). A dimensão biofísica, ou
entanto, as expectativas dos decisores em relação seja, a capacidade de um ecossistema fornecer
à forma como estas avaliações podem apoiar a serviços, determina a gama de utilizações
tomada de decisões nem sempre são cumpridas. potenciais da sociedade, o que também influencia
Além disso, poucos estudos incluíram a dimensão os seus valores socioculturais e monetários.
sociocultural da SE, apesar de ser considerada Os valores socioculturais também podem ter
uma prioridade de investigação. Com vista para o influência nos valores monetários porque os indivíduos

108 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

as motivações individuais e sociais determinam a comparações de idade entre contextos. Além disso,
“utilidade” que uma pessoa obtém de um determinado vários métodos de avaliação sociocultural são
serviço. Por outro lado, os valores monetários têm aplicados em escalas locais para avaliar determinados
interpretações sociais e o processo de avaliação valores em profundidade.
monetária é em si uma articulação de valores. Estas
interdependências entre as dimensões de valor e 3. Os métodos de avaliação sociocultural são uma
as diferentes informações por elas fornecidas ferramenta útil para identificar como os valores
justificam a combinação dos diferentes domínios de plurais estão interligados. Estes ajudam a identificar
valor para informar adequadamente os processos valores plurais e heterogéneos que são relevantes
de tomada de decisão ambiental. para diferentes pessoas (por exemplo, diferentes
Nesta seção, formulamos diversas proposições perfis sociodemográficos, diferentes culturas ou
sobre como os métodos de valoração sociocultural cosmologias), em diferentes escalas temporais (por
podem fornecer suporte na tomada de decisões: exemplo, estações do ano) e diferentes situações
de escolha (individuais). versus grupo). Os métodos
de avaliação sociocultural podem revelar como os
1. As abordagens socioculturais ajudam a alargar o valores plurais e heterogêneos estão interligados e
âmbito da avaliação e a capturar múltiplos valores contribuem para o bem-estar humano.
que complementam outros métodos de avaliação.
Métodos de avaliação sociocultural podem ser 4. Os métodos socioculturais são mais apropriados
usados para identificar como os valores e em situações de conflito social do que outros
percepções em relação aos SE diferem entre as métodos de avaliação. Visando uma compreensão
partes interessadas e oferecer insights sobre as aprofundada das relações homem-natureza, alguns
motivações para a conservação da natureza e os métodos socioculturais integram diferentes formas
valores simbólicos, culturais e espirituais que são de conhecimento (por exemplo, conhecimento
frequentemente invisíveis em outros países. abordagens de avaliação. ou técnico e conhecimento
especializado
Além disso, os métodos de avaliação sociocultural experiencial e local) detidos por diferentes atores
podem abordar valores relacionais que são sociais. Por vezes, os interesses de um grupo de
preferências, princípios e virtudes associados às partes interessadas podem estar em conflito com
relações natureza-humano. Por exemplo, os métodos os interesses de outras partes interessadas e podem
deliberativos permitem a consideração de crenças existir relações de poder entre eles. Nesse caso, a
éticas, compromissos morais e normas sociais. valoração sociocultural pode apoiar a identificação
de conflitos decorrentes de diferentes percepções,
necessidades e usos dos SE, bem como
2. Os métodos de avaliação sociocultural podem desigualdades de poder no acesso aos SE.
abranger diferentes escalas espaciais. Valores
derivados de grandes amostras representativas de
uma população podem ser transferidos para outros 5. As preferências socioculturais podem servir como
locais quando as condições sociais, culturais e indicadores do impacto das diferentes opções de
ecológicas forem semelhantes e agregados em gestão na capacidade dos ecossistemas de prestar
escalas maiores que as do estudo original. Dada a serviços. As preferências socioculturais estão
ênfase dos métodos de avaliação sociocultural na frequentemente associadas a pacotes de serviços
formação social e na dependência do contexto dos ecossistémicos. São úteis na identificação de
valores, algumas abordagens, como transferência sinergias de serviços ecossistémicos e de
de valor, agregação e escalonamento, são menos compromissos resultantes de interesses e
comuns do que na avaliação económica, onde conhecimentos divergentes das partes interessadas.
pressupostos de preferências individuais pré- As preferências sociais por SE podem ser utilizadas
existentes incentivam como indicadores das pressões presentes e futuras sobre as paisa

Capítulo 4 109
Machine Translated by Google

mudar. Por exemplo, a análise multicritério pode Em resumo, os métodos de avaliação sociocultural
combinar uma avaliação dos serviços podem fornecer apoio à decisão sob a forma de
ecossistémicos biofísicos com a vontade das sensibilização, reconhecimento de valores e
pessoas de trocar um serviço ecossistémico por conhecimentos, identificação de conflitos de
outro, estabelecendo uma ordem de classificação valores e definição de prioridades. Eles também
de alternativas de gestão da paisagem que podem ajudam a trazer diferentes vozes e partes
ser utilizadas na definição de prioridades. interessadas para o processo de tomada de decisão.

Quadro 1. Mapeamento participativo dos fluxos de serviços


ecossistêmicos em um Parque Nacional (Serra Nevada, Espanha)

O SIG participativo procura produzir mapas de serviços ecossistémicos em regiões de escassez de dados, ao mesmo
tempo que envolve as partes interessadas através do processo de mapeamento. Estes dois objectivos foram prosseguidos
no processo desenvolvido na Serra Nevada para mapear os fluxos de serviços ecossistémicos. Num workshop de dois dias,
20 participantes mapearam a oferta e a procura (ou seja, pontos críticos de prestação de serviços e áreas beneficiárias de
serviços) de 11 SE. Os resultados mostraram a importância das áreas protegidas para a prestação de SE e permitiram a
elaboração de propostas políticas concretas para a área protegida e a paisagem circundante. No que diz respeito à oferta
de serviços ecossistémicos, foram identificadas áreas potenciais de restauração e áreas que requerem uma estratégia de
melhoria de valor. Os mapas de procura de serviços ecossistémicos mostraram a necessidade de uma estratégia multi-
escala para a gestão de áreas protegidas para além dos limites da área protegida, para poder gerir a procura que afecta o
ecossistema dentro da área protegida.

Mapeamento participativo dos SE desenvolvido por especialistas (ou seja, gestores e cientistas) na Área Protegida da
Serra Nevada.

110 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

Caixa 2. Valorização sociocultural da SE na


Hungria (Homokhátság)
O principal objectivo deste estudo ES foi ajudar as partes interessadas e os decisores locais a avançar para um
sistema de gestão da paisagem mais sustentável. Para tanto, foram aplicadas entrevistas em profundidade e
semiestruturadas e grupos focais. Realizámos métodos narrativos para compreender os mecanismos institucionalizados
que afectam as escolhas dos agricultores que muitas vezes estão em conflito com a conservação da natureza.

Além disso, realizámos uma avaliação deliberativa para compreender como os agricultores se relacionam com a
biodiversidade e se esta tem diferentes significados e valores para diferentes grupos de agricultores. Foi realizado um
inquérito de avaliação de preferências para mobilizar os membros da comunidade e recolher informações sobre os
seus conhecimentos, opiniões e sentimentos relacionados com a SE. Isto foi então canalizado para um processo
participativo de planeamento de cenários, combinado com modelização, para permitir que as partes interessadas e os
especialistas explorassem opções futuras alternativas e escolhessem em conjunto as mais desejáveis. Este processo
de pesquisa duradouro foi capaz de destacar múltiplas dependências entre os habitantes locais e o ambiente
circundante. Poderíamos identificar valores plurais e heterogêneos e suas possíveis mudanças no tempo e no espaço.

Grupo focal com atores locais usando estímulos visuais para extrair valores socioculturais da SE e
sua distribuição espacial na paisagem.

Capítulo 4 111
Machine Translated by Google

Leitura adicional Brady E, Bryce R e Igreja A (2015)


Quais são os valores partilhados e sociais dos
Chan K, Balvanera P, Benessaiah K, Chapman M, ecossistemas? Economia Ecológica, 111: 86-99.
Díaz S, Gómez-Baggethun E, Gould R, Hannahs
N, Jax K, Klain S, Luck G, Martín-López B, Muraca Kovács E, Kelemen E, Kalóczkai Á, Margóczi K,
B, Norton B, Ott K, Pascual U, Satterfield T, Pataki G, Gébert J, Málovics G, Balázs B, Roboz
Tadaki M, Taggart J, Turner NJ (2016) Por que Á, Kovács E, Mihók B (2015)
proteger a natureza? Repensando Valores e Meio Compreender as ligações entre as compensações
Ambiente. PNAS 113:1462-1465. de serviços ecossistémicos e os conflitos em
áreas protegidas. Serviços Ecossistêmicos 12:
117-127.
García-Llorente M, Martín-López B, Inies-ta-Arandia
I, López-Santiago CA, Aguilera PA, Montes C Martín-López B, Iniesta-Arandia I, García-Llorente M,
(2012) O papel da multifuncionalidade nas Palomo I, Casado-Arzuaga I, Del Amo DDG,
preferências sociais em relação às paisagens Gómez-Baggethun E, Oteros-Rozas E, Palacios-
rurais semiáridas: uma abordagem de serviço Agundez I, Wil-laarts B, González JA, Santos-
ecossistêmico . Ciência e Política Ambiental Martín F, Onaindia M, López-Santiago C, Montes
19-20: 136-146. C (2012) Descobrindo pacotes de serviços
ecossistêmicos por meio de preferências sociais.
Gómez-Baggethun E, Martín-López B (2015) PLoS UM 7(6): e38970.
Perspectiva da Economia Ecológica na valoração
de serviços ecossistêmicos. In: Martínez-Alier J,
Muradian R (Eds) Manual de Economia Ecológica, Oteros-Rozas E, Martín-López B, González JA,
260-282. Edward Elgar, Londres. Plieninger T, López CA, Montes C.
(2014) Valorização sociocultural de serviços
ecossistêmicos em uma rede socioecológica de
Iniesta-Arandia I, García-Llorente M, Aguil-era P, transumância. Mudança Ambiental Regional 14:
Montes C, Martín-López B (2014) 1269-1289.
Valorização sociocultural dos serviços
ecossistémicos: descobrindo as ligações entre Plieninger T, Bieling C, Ohnesorge B, Schaich H,
valores, motores de mudança e bem-estar humano. Schleyer C, Wolff F (2013) Explorando o futuro
Economia Ecológica 108: 36-48. dos serviços ecossistêmicos em paisagens
culturais por meio do desenvolvimento de cenários
IPBES (2015) Guia preliminar sobre a conceituação participativos nos Alb da Suábia, Alemanha.
diversificada de múltiplos valores da natureza e Ecológico e Sociedade 18(3): 39.
seus benefícios, incluindo biodiversidade e
funções e serviços ecossistêmicos, IPBES 15 Santos-Martín F, Martín-López B, García-Llorente M,
Entregável 3 (d). Aguado M, Benayas J, Montes C (2013)
Desvendando as relações entre ecossistemas e
Kelemen E, García-Llorente, M, Pataki G, Martín- bem-estar humano na Espanha. PLoS Um 8:
Lopez B, Gómez-Baggethun E (2014) Técnicas e73249.
não monetárias para a valoração de serviços
ecossistêmicos. Artigos Open-NESS Syntehsis Teddlie C, Tashakkori A (Eds) (2009)Fundamentos
No. da pesquisa de métodos mistos: Integrando
abordagens quantitativas e qualitativas nas
Kenter J, O'Brien L, Hockley N, Ravenscroft ciências sociais e comportamentais.
N, Fazey I, Irvine K, Reed M, Christie M, Sage Publicações Inc.

112 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

4.3. Quantificação económica


Luke M. Brander e Neville D. Crossman

Introdução

A quantificação económica dos SE tenta medir o esses bens ou serviços. A demanda por bens ou
bem-estar humano derivado do uso ou consumo serviços é impulsionada pelo benefício, utilidade
de SE. A quantificação ou avaliação económica ou bem-estar que os consumidores obtêm deles.
é uma forma de avaliar e comunicar a importância A oferta de bens ou serviços é determinada pelo
dos SE aos decisores e pode ser utilizada em custo para os produtores de sua produção. O
combinação com outras formas de informação painel esquerdo da Figura 1 fornece uma
(por exemplo, quantificação biofísica ou social - representação simplificada da procura (benefício
ver Capítulos 4.1 e 4.2). A vantagem comparativa marginal) e da oferta (custo marginal) de bens
da avaliação económica é que ela transmite a comercializados num mercado à quantidade 'Q' e ao preço 'P'.
importância dos SE diretamente em termos de A área 'A' representa o excedente do consumidor,
bem-estar humano e utiliza uma unidade de conta que é o ganho obtido pelos consumidores porque
comum (ou seja, dinheiro) para que os valores eles são capazes de comprar um produto a um
possam ser diretamente comparados entre os SE preço de mercado inferior ao preço mais alto que
e entre outros bens e serviços. que são estariam dispostos a pagar (que está relacionado
consumidos pela sociedade. com o benefício do consumo e representado pela
curva de demanda). O excedente do produtor,
representado por 'B', é o montante que os
O objectivo deste capítulo é apresentar os produtores beneficiam ao vender a um preço de
conceitos-chave subjacentes à quantificação mercado superior ao preço mais baixo pelo qual
económica dos SE e fornecer uma explicação estariam dispostos a vender (que está relacionado
para os vários métodos económicos que podem com os seus custos de produção e representado
ser aplicados. pela oferta curva). A área «C» representa custos
de produção que diferem entre produtores e/ou
consoante a escala de produção. A soma das
O valor económico do ES áreas A e B é denominada «excedente» e é
interpretada como o ganho económico líquido ou
bem-estar resultante da produção e do consumo
Nesta seção, fornecemos definições dos vários com uma quantidade de Q ao preço P.
conceitos de valor econômico que podem ser
encontrados ao quantificar o SE.
É importante reconhecer que, quando tomamos
Na economia do bem-estar neoclássica, o valor uma decisão de alocar recursos para produzir
económico dos bens ou serviços é o bem-estar bens ou serviços específicos, estamos também
derivado da sua produção e consumo, geralmente a decidir não alocar esses recursos para produzir
medido em unidades monetárias. Num mercado bens ou serviços alternativos. Os bens ou
que funciona perfeitamente, o valor económico serviços dos quais abrimos mão são chamados
dos bens ou serviços é determinado pela procura de “custo de oportunidade” da nossa decisão. O
e oferta de bens e serviços. custo de oportunidade pode ser definido como o valor do

Capítulo 4 113
Machine Translated by Google

renunciar ao próximo melhor uso de recursos. Este é Os consumidores não pagam um preço pela quantidade
um conceito importante no contexto da ES, uma vez (Q) que lhes está disponível e toda a área sob a curva
que é frequentemente o valor da utilização alternativa da procura (D+E) representa o seu excedente do
dos recursos (por exemplo, agricultura, extracção de consumidor. É útil ter este quadro em mente quando se
madeira, aquicultura) que conduz à perda de ecossistemas. considera a quantificação económica dos SE.

No caso dos ES não serem comercializados num

mercado, a interpretação do bem-estar derivado da sua


provisão também pode ser representada em termos de Valor Econômico Total
excedente. O painel direito da Figura 1 representa a
oferta e a procura de um serviço ecossistémico não
comercializado. Neste caso, o serviço ecossistêmico O conceito de Valor Econômico Total (VET) de um
não possui uma curva de oferta no sentido convencional ecossistema é usado para descrever o conjunto
de que representa a quantidade do serviço que os abrangente de valores utilitários dele derivados. Este
produtores estão dispostos a fornecer a cada preço. conceito é útil para identificar os diferentes tipos de
valor que um ecossistema proporciona. O TEV é
A quantidade de serviços ecossistémicos que é composto por valores de uso e valores de não uso. Os
“fornecida” não é de todo determinada através de um valores de uso são os benefícios derivados de algum

mercado, mas por outras decisões relativas à protecção uso físico do recurso. Os valores de uso directo podem

dos ecossistemas, uso da terra, gestão, acesso, etc. derivar da extracção local de recursos (por exemplo,
independente do seu valor. Isso é representado como lenha) ou de actividades não consumíveis (por exemplo,
uma linha vertical. Na maior parte dos casos, os recreação). Os valores de uso indirecto são derivados
indicadores biofísicos da SE medem a quantidade de serviços externos que estão relacionados com o
ofertada, mas não o bem-estar obtido. A curva da recurso (por exemplo, controlo de cheias a jusante,

procura de SE não comercializados ainda é representada regulação climática). O valor da opção é o valor que as
como uma linha descendente, uma vez que se espera pessoas atribuem à manutenção da opção de utilização
que os benefícios marginais diminuam com a quantidade de um recurso ecossistémico no futuro, dada a incerteza
(quanto mais tivermos de um serviço, menor será o bem- de que realmente o utilizariam. Os valores de não uso
estar adicional de consumir mais). Neste caso, o são derivados do conhecimento de que um ecossistema
consumo é mantido sem necessidade de recuperação.

Prestação de
Fornecer
serviços
Preço Valor ecossistêmicos

A D
P Demanda V Demanda
B E
C
P Quantidade P Quantidade

Figura 1. Demanda e oferta de SE.

114 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

em relação a qualquer uso pessoal atual ou futuro. registo inteligente das transacções entre unidades
Os valores de não uso podem estar relacionados económicas. No contexto da comparação dos
com motivações de altruísmo (manutenção de valores dos SE com os valores do sistema de
um ecossistema para outros), de herança (para as contas nacionais, é portanto necessário avaliar a
gerações futuras) e de existência (preservação quantidade total de SE aos preços de mercado
não relacionada com qualquer uso humano). Os que teriam ocorrido se os serviços tivessem sido
componentes constituintes do TEV estão livremente comercializados e trocados.
representados na Figura 2. É importante Por outras palavras, é necessário medir o valor de
compreender que o “total” em Valor Económico troca e não o valor de bem-estar.
Total refere-se à agregação de diferentes fontes
de valor e não à soma de todos os valores derivados deAs
umdiferenças
recurso. entre os conceitos de valor de bem-
Assim, muitas estimativas do VET referem-se a estar e valor de troca são a inclusão do excedente
alterações marginais na prestação de SE, mas do consumidor (A) no primeiro e a inclusão dos
são “totais” no sentido de que assumem uma custos de produção no segundo (C). O conceito
visão abrangente das fontes de valor. de valor de bem-estar corresponde a uma medida
de bem-estar teoricamente válida no sentido de
que uma mudança no valor representa uma

Valor de troca mudança no bem-estar para os produtores e/ou


consumidores dos bens e serviços em consideração.
O conceito de valor de troca não corresponde a
O conceito de valor de bem-estar é utilizado na uma medida de bem-estar teoricamente válida e
maioria das avaliações económicas do SE, mas uma alteração no valor de troca não representa
não é utilizado no sistema de contas nacionais necessariamente uma alteração no bem-estar,
(SCN) que é utilizado para calcular o produto tanto para os produtores como para os
interno bruto (PIB) e outras estatísticas económicas. consumidores.
O SCN utiliza o conceito de valor de troca que é
uma medida do excedente do produtor mais os
custos de produção. No painel esquerdo da Figura
Quantificando valores econômicos
1, isto é representado pelas áreas B e C ou
equivalentemente P vezes Q. Sob o conceito de
valor de troca, os gastos totais dos consumidores Uma variedade de métodos foram desenvolvidos
e a receita total dos produtores são iguais. Para para quantificar o valor económico dos SE.
efeitos de contabilidade nacional, esta abordagem Estes métodos de avaliação são concebidos para
à avaliação permite uma avaliação consistente e abranger a gama de desafios de avaliação
levantados pela aplicação de análises económicas a

Valor Econômico Total

Usar Valores Valores de não uso

Uso Direto Uso Indireto Opção Altruísmo Legado Existência

Figura 2. Componentes do Valor Econômico Total.

Capítulo 4 115
Machine Translated by Google

a complexidade do ambiente natural. A transferência de valor é a utilização de resultados de

Existe uma distinção importante entre métodos que investigação de estudos primários existentes num ou
produzem informação nova ou original, geralmente mais locais ou contextos políticos (“locais de estudo”)
utilizando dados primários (métodos de avaliação para prever estimativas de bem-estar ou informações

primários) e aqueles que utilizam informação existente relacionadas para outros locais ou contextos políticos
em novos contextos políticos (métodos de transferência (“locais políticos”).1
de valor).
Além da necessidade de informação rápida e barata, há
frequentemente necessidade de informação sobre o
valor dos SE numa escala geográfica diferente daquela
Métodos de avaliação primários
para a qual foram realizados estudos de avaliação
primários. Assim, mesmo nos casos em que está
A Tabela 1 fornece uma visão geral dos métodos de disponível alguma investigação de avaliação primária
avaliação primários, aplicações típicas e limitações e para o ecossistema de interesse, é muitas vezes
indica quais métodos de avaliação primários podem necessário extrapolar ou ampliar esta informação para
ser usados para avaliar quais serviços ecossistêmicos. uma área maior ou para múltiplos ecossistemas na
O leitor deve estar ciente da importante distinção entre região ou país. Os estudos de avaliação primária tendem
métodos de avaliação primária, ou seja, a diferença a ser realizados para ecossistemas específicos à escala
entre métodos de preferência revelada (aqueles que local, enquanto a informação necessária para a tomada
observam o comportamento real do uso de ES para de decisões é frequentemente necessária à escala
obter valores) e métodos de preferência declarada regional ou nacional. A transferência de valor fornece,
(aqueles que utilizam pesquisas públicas pedir aos portanto, os meios para obter informações para a escala
beneficiários que declarem as suas preferências necessária.
relativamente a, em geral, alterações hipotéticas na
prestação de SE). Os métodos de preferência revelada
podem ser favorecidos, uma vez que reflectem o O número de estudos primários sobre o valor dos SE é
comportamento real, mas são limitados na sua substancial e está crescendo rapidamente. Isto significa
aplicabilidade a alguns SE. Os métodos de preferência que existe um conjunto crescente de evidências a que
declarada, por outro lado, baseiam-se em respostas recorrer para efeitos de transferência de valores para
registadas em inquéritos ou experiências, mas são mais uma tomada de decisão informada. Com uma base de
flexíveis na sua aplicação. informações em expansão, o potencial de utilização da
transferência de valor é melhorado.

Métodos de transferência de valor A transferência de valor pode potencialmente ser usada


para estimar valores para qualquer serviço ecossistêmico,
desde que existam avaliações primárias desse serviço
A tomada de decisões muitas vezes requer informações ecossistêmico a partir do qual transferir valores. O uso
rápidas e de baixo custo. Contudo, novas pesquisas de da transferência de valor é generalizado, mas requer

avaliação “primárias” são geralmente demoradas e uma aplicação cuidadosa.


caras. Por esta razão, há interesse em utilizar Os métodos alternativos para conduzir a transferência
informações de estudos de avaliação primária existentes de valor são descritos aqui.

para tomar decisões informadas sobre os impactos nos


ecossistemas que são de interesse atual.
1 A transferência de valor também é conhecida como
Esta transferência de informações de valor de um transferência de benefícios, mas como os valores transferidos
contexto para outro é chamada de transferência de valor. podem ser tanto custos como benefícios, o termo

transferência de valor é mais geralmente aplicável.

116 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

Tabela 1. Métodos primários de avaliação econômica.

Método de
Abordagem Candidatura ao ES Exemplo de serviço ecossistêmico
avaliação

Preços de Preços de ES que são observados ES que são negociados diretamente Madeira e lenha proveniente de florestas;

mercado diretamente nos mercados. nos mercados. Recreação em parques nacionais

que cobram entrada.

Preços públicos Despesas públicas ou incentivos ES para os quais existem despesas Proteção de bacias hidrográficas
monetários (impostos/subsídios) para públicas. para fornecimento de água
SE como indicador de valor. potável; Compra de terras para áreas
protegidas.

Despesas Despesas com proteção de ecossistemas. ES de ecossistemas Filtragem de nutrientes por

defensivas protegidos. zonas úmidas protegidas

Substituir- Estime o custo de substituir um SE por ES que possuem um equivalente feito Proteção costeira por dunas;
custo de investimento
um serviço feito pelo homem. pelo homem. armazenamento de água e filtração
por zonas húmidas.

Restauração Estimar o custo da restauração de Qualquer SE que possa ser fornecido Proteção costeira por dunas;
custo ecossistemas degradados para por ecossistemas restaurados. armazenamento de água e filtração
garantir o fornecimento de SE. por zonas húmidas.

Custo de danos Estimar os danos evitados devido aos Ecossistemas que fornecem Proteção costeira por dunas;
evitado serviços ecossistémicos. proteção contra tempestades ou controle do fluxo do rio por zonas úmidas.
inundações para casas ou outros bens.

Fator líquido Receita proveniente da venda de bens Ecossistemas que fornecem um insumo Filtração de água por zonas húmidas;
renda relacionados ao meio ambiente na produção de bens comercializados. pesca comercial apoiada por zonas

menos o custo de outros insumos. húmidas costeiras.

Função de Estimativa estatística de Ecossistemas que fornecem um insumo Qualidade do solo ou qualidade da água
produção função de produção para bens na produção de bens comercializados. como insumo para a produção agrícola.

comercializados, incluindo um insumo


SE.

Preço Estimar a influência das características Características ambientais que variam Espaço aberto urbano; qualidade

hedônico ambientais no preço dos bens entre bens (geralmente casas). do ar.

comercializados.

Custo de viagem Use dados sobre custos de viagem e Locais de recreação Recreação de acesso aberto ao ar
taxas de visita para estimar a livre.

demanda por locais de recreação.

Avaliação Peça às pessoas que declarem a Todos ES Perda de espécies; áreas naturais;
contingente sua vontade de pagar por um SE através qualidade do ar; estética paisagística

de inquéritos. da qualidade da água.

Modelagem Peça às pessoas para fazerem Todos ES Perda de espécies; áreas naturais;

de escolha concessões entre ES e outros qualidade do ar; qualidade da água;

bens para provocar a disposição a estética da paisagem.

pagar.

Avaliação Peça aos grupos de partes interessadas Todos ES Perda de espécies; áreas naturais;

grupal/participativa que declarem a sua vontade de qualidade do ar; qualidade da água;

pagar por um SE através de estética da paisagem.

discussão em grupo.

Capítulo 4 117
Machine Translated by Google

A transferência de valor unitário utiliza valores para SE escassez de outros ecossistemas nas proximidades do
num local de estudo, expressos como um valor por “local de estudo”, é possível estimar uma relação
unidade (geralmente por unidade de área ou por quantificada entre a escassez e o valor dos serviços
beneficiário), combinados com informações sobre a ecossistêmicos. Este parâmetro pode então ser utilizado
quantidade de unidades no local de política para para ter em conta as mudanças na escassez do
estimar os valores do local de política. Os valores ecossistema ao realizar transferências de valor em
unitários do local de estudo são multiplicados pelo grandes escalas geográficas.
número de unidades no local da política. Os valores
unitários podem ser ajustados para reflectir as diferenças Esses três métodos principais para transferência de
entre os locais de estudo e as políticas (por exemplo, níveis devalores
rendimento e de preços).
de serviços ecossistêmicos estão resumidos na
Tabela 2. A escolha de qual método de transferência
A transferência de função de valor utiliza uma função de de valor usar para fornecer informações para um
valor estimada para um local de estudo individual em contexto político específico depende em grande parte
conjunto com informações sobre valores de parâmetros da disponibilidade de estimativas de avaliação primária.
para o local de política para calcular o valor de um e o grau de semelhança entre os locais de estudo e as
serviço ecossistêmico no local de política. Uma função políticas (em termos de características e contexto
de valor é uma equação que relaciona o valor de um biofísicos e socioeconómicos). Nos casos em que a
serviço ecossistêmico às características do ecossistema informação de valor está disponível para um local de
e aos beneficiários do serviço ecossistêmico. As funções estudo muito semelhante, a transferência de valor
de valor podem ser estimadas a partir de vários métodos unitário pode constituir o meio mais simples e fiável de
de avaliação primários, incluindo preços hedónicos, realizar a transferência de valor. Por outro lado, quando
custos de viagem, função de produção, avaliação os locais de estudo e os locais de política são diferentes,
contingente e experiências de escolha. a transferência da função de valor ou da função meta-
analítica oferece um meio de ajustar sistematicamente
os valores transferidos para refletir essas diferenças.
A transferência de função meta-analítica utiliza uma Da mesma forma, no caso em que a informação de
função de valor estimada a partir dos resultados de valor é necessária para vários locais de política
vários estudos primários que representam vários locais diferentes, a transferência de função de valor ou de
de estudo em conjunto com informações sobre valores função meta-analítica pode ser um meio mais preciso e
de parâmetros para o local da política para calcular o prático para transferir valores.
valor de um serviço ecossistêmico no local da política.
Uma função de valor é uma equação que relaciona o
valor de um serviço ecossistêmico às características do
ecossistema e aos beneficiários do serviço
Representando valores econômicos
ecossistêmico. Como a função valor é estimada a partir
dos resultados de múltiplos estudos, ela é capaz de em mapas
representar e controlar maiores variações nas
características dos ecossistemas, beneficiários e outras A representação de valores económicos em mapas
características contextuais. envolve estimar combinações variáveis de oferta e
procura através de unidades espaciais e traçar os
Esta característica da transferência de função meta- valores resultantes. As unidades espaciais em um
analítica fornece um meio de contabilizar mudanças mapa de valores podem incluir parcelas de terra (por
simultâneas no estoque de ecossistemas ao estimar exemplo, polígonos que representam propriedade),
valores econômicos para SE (ou seja, o “problema de manchas de ecossistema (por exemplo, polígonos que
aumento de escala”). Ao incluir uma variável explicativa representam ecossistemas distintos de tipos diferentes),
nos dados que descrevem cada “local de estudo” que unidades de ecossistema (por exemplo, grades raster
mede o do tipo de ecossistema), células de grade (por exemplo, grades raster gr

118 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

Tabela 2. Métodos de transferência de valor.

Abordagem Forças Fraquezas

Selecionar valores apropriados a


É pouco provável que seja
partir de estudos de avaliação
capaz de ter em conta todos
primária existentes para
os factores que determinam as
ecossistemas e contextos
diferenças de valores entre os
socioeconómicos semelhantes. Simples
locais de estudo e de política.
Transferência de valor unitário
Ajustar os valores unitários para
Informações de valor para sites
reflectir as diferenças entre os locais
altamente semelhantes
de estudo e de política (geralmente
raramente estão disponíveis.
para níveis de rendimento e de preços).

Use uma função de valor derivada de Permite que as diferenças entre os Requer informações
Transferência
um estudo de avaliação primária locais de estudo e as políticas sejam detalhadas sobre o
de função de valor
para estimar os valores de ES no(s) controladas (por exemplo, diferenças nas características do(s) site(s) da
local(is) da política. características da população). política.

Permite que as diferenças entre os

locais de estudo e as políticas sejam


Utilize uma função de valor
Meta- controladas (por exemplo, diferenças nas Requer informações
estimada a partir dos resultados de
características da população, área do detalhadas sobre as
vários estudos primários para estimar
transferência ecossistema, abundância de substitutos, características do(s) local(is) da
os valores de ES no(s) local(is) da
de função analítica etc.). Prático para avaliar política. Analiticamente complexo.
política.
consistentemente um grande número
de sites de políticas.

com uso/cobertura da terra) ou beneficiários (por água limpa, área de espaço recreativo, toneladas de
exemplo, pessoas loteadas usando localização carbono armazenadas) e métodos económicos são
residencial ou de atividade). Na maioria dos casos, as usados para estimar valores marginais espacialmente
unidades espaciais são usadas para representar o variáveis por unidade de serviço ecossistémico
ecossistema que fornece o serviço ecossistêmico, mas fornecido e consumido. O mapeamento de valores
o mapeamento de valores pela localização dos económicos envolve, portanto, necessariamente, a
beneficiários pode ser útil em alguns contextos de ligação de mapas da oferta de ecossistemas biofísicos
tomada de decisão (por exemplo, para representar as com métodos de avaliação económica.

consequências distributivas das mudanças na prestação


de serviços ecossistêmicos). entre comunidades; ou
para conceber mecanismos de pagamento para SE).
Estatísticas de produção/
consumo
Ao mapear os valores dos serviços ecossistêmicos,
cada unidade espacial é tratada como um submercado
separado para o serviço ecossistêmico. Os métodos Além da quantificação do bem-estar humano derivado
para mapear os valores dos serviços ecossistémicos dos SE em unidades monetárias, a quantificação
podem abordar variações espaciais na oferta, na económica dos SE abrange o registo ou estimativa de
procura ou numa combinação de ambos os determinantes. estatísticas de produção e consumo em unidades
físicas.
Em termos gerais, métodos biofísicos (ver Capítulo Na verdade, a medição de unidades físicas de produção
4.1) são usados para estimar as quantidades e consumo de SE é um passo necessário no processo
espacialmente variáveis de SE fornecidos (por de quantificação do valor económico. Quantificação
exemplo, probabilidade de danos causados por inundações, econômica
quantidade de

Capítulo 4 119
Machine Translated by Google

Contudo, a informação pode não chegar a estimar os produtos florestais não-madeireiros (PFNM),
valores e reportar directamente estatísticas de como o mel silvestre, podem ser medidos em
produção e consumo como informação útil para quilogramas; a água extraída para consumo é
apoiar a tomada de decisões. medida em quilolitros ou megalitros, o sequestro
de carbono é convencionalmente medido em
Em grande medida, a produção de SE é toneladas de carbono ou CO2 ; e o uso recreativo
quantificada através de métodos biofísicos (ver de espaços abertos naturais pode ser medido em
Capítulo 4.1). Para a maioria dos SE, no entanto, números de visitas – todas geralmente expressas
também é necessário utilizar conhecimentos e por unidade de tempo durante o qual o fluxo de
métodos da economia para medir as quantidades serviço é registrado (por exemplo, por ano). Em
que são realmente utilizadas (ou seja, para muito poucos casos a quantidade de um serviço
quantificar os serviços utilizados em oposição ecossistémico será explicitamente observada e
aos serviços potenciais). Isto geralmente envolve registada de uma forma sistemática e acessível
medir a extensão da procura de SE em termos da (ou seja, geralmente não existe um equivalente
população e das preferências dos beneficiários. aos inquéritos à actividade empresarial realizados para o SCN).
Na maioria dos casos, é necessário estimar o
As unidades físicas nas quais são reportadas as nível de produção e consumo utilizando alguma
estatísticas de produção e consumo são forma de modelização bioeconómica.
específicas para cada serviço ecossistêmico. Por exemplo,

Quadro 1. Exemplo de avaliação e mapeamento de ES de água doce

Os ecossistemas de água doce fornecem uma variedade de SE que podem ser afetados por alterações na
qualidade da água. Neste estudo de caso, as mudanças futuras projetadas na qualidade da água para o período
2000-2050 são quantificadas utilizando o modelo IMAGE-GLOBIO. Esta informação é combinada com uma função
de valor meta-analítica para estimar o valor económico das mudanças na qualidade da água. A análise é realizada
na resolução de células de grade de 50 km. A oferta de SE a partir de corpos d'água (rios e lagos) é modelada
implicitamente dentro da função de valor meta-analítica. Os resultados desta aplicação de transferência de valor
são mapeados para comunicar a distribuição espacial dos benefícios (perdas) derivados de melhorias (declínios)
na qualidade da água (ver Figura 3). Nesta aplicação, as unidades espaciais utilizadas para mapear as mudanças
no valor são os beneficiários (famílias agregadas em células de grelha de 50 km) e não os rios ou lagos que fornecem o SE.

> -435
-435 – -23
-23 – -8
-8 – -5
-5 – -2
-2 – 0
0–3
3–8
8 – 19
19 – 234

Figura 3. Mapa de valores para mudanças na qualidade da água 2000-2050 (disponibilidade anual para pagar; milhões de
dólares; níveis de preços de 2007).

120 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

Quadro 2. Exemplo de avaliação e mapeamento do sequestro de carbono

O serviço regulador do sequestro de carbono pelos ecossistemas representa um caso especial em que a oferta é
espacialmente variável (depende do tipo de vegetação, características do solo, etc.), mas a procura é totalmente
desconectada espacialmente (uma vez que o CO2 é um poluente de mistura uniforme, o benefício marginal do
sequestro de carbono -o sequestro não está relacionado com o local onde o sequestro ocorre). A Figura 4 representa
uma estimativa dos retornos económicos da plantação de árvores para sequestrar carbono sob diferentes cenários
de preços de carbono no período 2010-2050 no Sul da Austrália. As taxas anuais de sequestro de carbono foram
modeladas com base nas ações de gestão do clima, do solo e da terra e, em seguida, foi utilizado um modelo
económico para estimar o valor atual líquido da conversão da agricultura existente (culturas e pecuária) em árvores para obter carbono.

US$ 10/tCO2 -e US$ 20/tCO2 -e

US$ 30/tCO2 -e US$ 40/tCO2 -e

Retornos econômicos

($VPL/ha)
Menos de 0
0 - 1.000
1.000 - 2.500
2.500 - 5.000
5.000 - 7.500
7.500 - 10.000
10.000 - 12.500
12.500 - 15.093
US$ 50/tCO2 -e

Figura 4. Valor presente líquido dos retornos económicos do sequestro de carbono por espécies de monocultura
de carbono sob cinco cenários diferentes de preços de carbono ($/tCO2 -e). Fonte: Bryan e Crossman (2013).

Capítulo 4 121
Machine Translated by Google

Caixa 3. Exemplo de estimativa de estatísticas de produção para


produtos florestais não madeireiros (PFNMs)

Este estudo de caso fornece um exemplo de como a modelagem biofísica e econômica pode ser combinada para
quantificar estatísticas de produção para um serviço ecossistêmico de abastecimento. A produção de produtos florestais
não-madeireiros (PFNMs) na província de Mondulkiri, Camboja, é quantificada pela combinação de um modelo biofísico
validado (InVEST) de disponibilidade de PFNMs com um modelo econômico de decisões familiares relativas ao número
de viagens de colheita a serem realizadas e um modelo separado modelo econômico de rendimento de colheita por
viagem. O modelo biofísico quantifica a disponibilidade de seis PFNMs dada a variação espacial na cobertura florestal e
na diversidade de espécies. A função de viagem de colheita, estimada com base em dados de um inquérito aos
agregados familiares, quantifica quantas viagens cada agregado familiar faz, tendo em conta o seu rendimento, o
tamanho do agregado familiar e a disponibilidade de PFNMs dentro da distância de colheita da sua aldeia. A função de
rendimento da colheita, também estimada utilizando dados de um inquérito aos agregados familiares, quantifica quanto
de cada PFNM é colhido por viagem, dadas as características do agregado familiar, o número de viagens realizadas e a
disponibilidade de PFNM. A Figura 5 representa o quadro metodológico para esta quantificação económica dos PFNM.

Figura 5. Combinação de modelos biofísicos e económicos para estimar a produção espacialmente variável
de PFNM na província de Mondulkiri, Camboja. hhs: a casa deve ser pesquisada. Fonte: Brander (2015).

122 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

Leitura adicional

Bagstad KJ, Johnson GW, Voigt B, Villa F (2013) DEFRA (2013) Orientação para formuladores de políticas e
Dinâmica espacial dos fluxos de serviços tomadores de decisão sobre o uso de uma abordagem
ecossistêmicos: uma abordagem abrangente para ecossistêmica e a valorização dos serviços ecossistêmicos.
quantificar os serviços reais. Serviços Departamento de Meio Ambiente, Alimentação e
Ecossistêmicos 4: 117-125. Assuntos Rurais https://www.gov.uk/ecosys-
tems-services.
Bouma JA, van Beukering PJH (Eds) (2015)
Serviços Ecossistêmicos: Do Conceito à Prática. DEFRA (2007) Um guia introdutório para avaliar os
Cambridge University Press. serviços ecossistêmicos (2007) Departamento
de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos
Brander LM, Brauer I, Gerdes H, Gherman-di A, Kuik Rurais.
O, Markandya A, Navrud S, Nunes PALD,
Schaafsma M, Vos H, Wag-tendonk A (2012) Freeman AMI (2003) A Medição de Valores Ambientais
Usando meta-análise e GIS para transferência de e de Recursos. Recursos para o Futuro,
valor e escalonamento up: Valorização das perdas Washington DC
induzidas pelas alterações climáticas nas zonas
húmidas europeias. Economia Ambiental e de Johnston RJ, Rolfe J, Rosenberger RS, Brou-wer R
Recursos 52: 395-413. (Eds) (2015) Transferência de benefícios de
valores ambientais e de recursos: um manual
Brander LM (2013) Manual de orientação sobre para pesquisadores e profissionais.
métodos de transferência de valor para serviços Springer. ISBN 978-94-017-9929-4.
ecossistêmicos. Programa das Nações Unidas
para o Ambiente. ISBN 978-92-807-3362-4. Pascual U, Muradian R, Brander L, Gómez-Bag-
gethun E, Martín-López B, Verma M (2010) A
Brander LM (2015). Avaliação econômica dos serviços economia da valorização dos serviços
ecossistêmicos na paisagem das planícies ecossistêmicos e da biodiversidade. Em Kumar (Ed.)
orientais, Modulkiri, Camboja. Relatório para WWF A Economia dos Ecossistemas e da
Camboja. Biodiversidade: Fundamentos Ecológicos e Económicos.
Earthscan, Londres e Washington.
Brouwer R et al. (2009) Avaliação Económica dos
Custos e Benefícios Ambientais e de Recursos na Pearce D et al. (2001) Guia resumido de técnicas de
Directiva-Quadro da Água: Directrizes Técnicas avaliação econômica com preferência declarada.
para Profissionais. AquaMoney. Departamento de Transportes, Governo Local e
Regiões, Londres.

Bryan BA, Crossman ND (2013) Impacto de múltiplos Schägner JP, Brander LM, Maes J, Hartje V (2013)
incentivos financeiros interativos na mudança do Mapeando valores de serviços ecossistêmicos:
uso da terra e no fornecimento de serviços Prática atual e perspectivas futuras.
ecossistêmicos. Serviços Ecossistêmicos 4: 60-72. Serviços Ecossistêmicos 4: 33-46.

Capítulo 4 123
Machine Translated by Google

4.4. Modelagem computacional


para avaliação de serviços ecossistêmicos
Robert W. Dunford, Paula A. Harrison e Kenneth J.
Bagstad

Introdução O que é um modelo?

Os modelos computacionais são representações Um modelo é uma simplificação da realidade que


simplificadas do ambiente que permitem quantificar representa a relação entre dois ou mais conjuntos
e explorar características biofísicas, ecológicas e/ou de fatores e usa um conjunto de fatores para prever
socioeconômicas. os valores do outro: y = x2
As abordagens de modelagem diferem das é um modelo simples onde a variável y pode ser
abordagens de mapeamento (Capítulo 5) porque (i) prevista a partir da variável x executando a função
não são forçosamente espaciais (embora muitos quadrada em x. No entanto, existem muitos tipos
modelos produzam resultados espaciais); (ii) diferentes de modelos, muitos dos quais são
concentram-se na compreensão e quantificação consideravelmente mais complexos.
das interações entre diferentes componentes dos
sistemas sociais e/ou ambientais e (iii) ao alterar Quando usados em pesquisas sobre SE, os modelos
parâmetros dentro dos modelos, são capazes de são geralmente usados para prever os próprios SE
explorar tanto cenários alternativos como dinâmicas ou os aspectos ambientais subjacentes dos quais
internas do modelo. derivam os SE. Os modelos ES usam diversos tipos
de variáveis de entrada, mas geralmente incluem
Quando aplicados à avaliação de serviços medições de parâmetros ambientais (por exemplo,
ecossistêmicos (SE), os modelos são ferramentas altura das árvores, fluxos de rios, contagem de
importantes que podem quantificar as relações que espécies), respostas de pesquisas ou pontuações
sustentam a oferta, a demanda e os fluxos de SE e, dadas por cientistas ou partes interessadas (por
em alguns casos, produzir mapas que representam exemplo, a partir de respostas a questionários ou
esses fatores. Além disso, como os modelos podem entrevistas). ) ou os resultados de outro modelo (por
explorar cenários, as compensações resultantes de exemplo, os resultados de um modelo climático
diferentes cenários podem ser avaliadas. podem fornecer dados de precipitação para um modelo de fluxo de á
Este capítulo fornece uma visão geral dos diferentes
tipos de modelos que foram aplicados às avaliações
de ES e discute, com exemplos, as formas como Que tipos de modelos são úteis
esses modelos têm potencial para serem usados na
para avaliação de SE?
prática.

No contexto da ES, existem várias formas de A modelagem computacional é anterior à


distinguir entre diferentes tipos de modelos. Aqui, popularização do conceito de SE e os modelos têm
distinguimos entre modelos individuais focados em uma história de décadas de uso nas ciências
ES únicos e estruturas de modelagem que podem ambientais. Como tal, há um grande número de
avaliar múltiplos ES dentro da estrutura de uma modelos que podem ser usados para auxiliar na
única ferramenta de modelagem. avaliação de ES, embora os mais antigos

124 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

Modelos determinísticos Um
os modelos biofísicos podem ser menos deliberadamente
orientados para os beneficiários do que os modelos ES modelo determinístico pressupõe ligações entre causa e
mais modernos. efeito. O exemplo y = x2 acima é um modelo determinístico
muito simples: para cada exemplo de x o valor de y será
Está além do escopo deste capítulo fornecer uma visão x2
geral completa da modelagem em si. . Os modelos determinísticos são geralmente baseados
No texto a seguir, descrevemos cinco tipos gerais de em leis físicas fundamentais derivadas de uma
modelos que são usados para ES compreensão da ciência baseada em processos (por
avaliação.
exemplo, as ciências físicas ou, como acima, uma relação
derivada estatisticamente).

Modelos conceituais Os Uma implicação implícita dos modelos determinísticos é


modelos conceituais, embora raramente que existe apenas uma saída possível para um
informatizados, são o primeiro estágio de qualquer determinado conjunto de entradas (x2 sempre será
processo de modelagem computacional. Eles são enumerado como x2 ). Isto pode levar a uma falsa

usados para obter uma compreensão das ligações impressão de precisão ao modelar sistemas complexos
entre os diferentes componentes do sistema que onde a incerteza é comum. Modelos probabilísticos
está sendo estudado. Os ciclos do carbono e da surgiram para resolver essas questões.
água, por exemplo, fornecem os modelos
conceptuais subjacentes a uma série de modelos
informáticos mais detalhados utilizados para prever Os modelos determinísticos sustentam muitas
os SE, tais como o sequestro de carbono pela abordagens comuns de avaliação de SE. A Equação
vegetação ou o papel da vegetação na mediação Universal Revisada de Perda de Solo (RUSLE), por
das inundações. O primeiro passo de qualquer exemplo, é um modelo determinístico comumente usado,
novo processo de modelagem computadorizada é desenvolvido para compreender melhor os fatores que
desenhar um diagrama conceitual que ilustre impulsionam a perda de solo em terras agrícolas.
como os componentes do modelo se interligam e, Expressado como: A = R x K x LS x C x P, relaciona a
em seguida, determinar como quantificar essas ligações.perda de solo (A) à erosividade da chuva (R), à
erodibilidade do solo (K), à inclinação e comprimento das

Modelos estatísticos encostas (LS), às práticas de manejo (C) e à conservação.


praticar (P).
Quando não existe uma relação quantificada conhecida
entre os componentes do modelo conceptual, os modelos Modelos probabilísticos
estatísticos podem ajudar a estabelecer relações com
base nos dados recolhidos. Por exemplo, se um modelo Os modelos probabilísticos reconhecem que o
conceptual sugerir que o abastecimento de água doce é comportamento aleatório costuma fazer parte de um
impulsionado pelas chuvas e pela cobertura florestal sistema; eles expressam probabilidades de ocorrência de
numa área de captação, os dados correspondentes eventos (por exemplo, o período de retorno de uma
podem ser recolhidos e podem ser utilizadas abordagens inundação de uma determinada magnitude). Em vez de
baseadas em regressões para explorar a força destas usar valores únicos como entradas, as abordagens
relações. As relações suficientemente fortes identificadas probabilísticas usam funções de distribuição de
podem então ser utilizadas num modelo determinístico probabilidade (PDFs) como parâmetros de entrada. Em
para prever o abastecimento esperado de água doce em vez de utilizar a precipitação média, uma abordagem
áreas para as quais não existem dados. probabilística pode utilizar uma série de dados
amostrados a partir de uma distribuição normal em torno
da média até às observações máximas e mínimas registadas. Esses

Capítulo 4 125
Machine Translated by Google

os valores amostrais podem ser seleccionados de sobre o momento, a identidade e as consequências


forma sistemática ou aleatória (a abordagem “Monte das interações dos agentes. Se houver um elemento
Carlo”) e depois analisados através de um modelo de aleatoriedade nas regras orientadoras (ou seja,
determinístico para explorar a gama de resultados resultantes.
50% das vezes que um agente faz a escolha X e 50%
Isto permite avaliar a probabilidade de um determinado a escolha Y), então o mesmo resultado não será
produto, em vez de implicar que, num sistema replicado em execuções repetidas do modelo, embora,
complexo, um único valor de produto pode ser ao longo de um grande número de é executado, um
esperado para uma determinada combinação de dados. comportamento emergente comum pode ser aparente.

Na avaliação de SE, os ABMs oferecem oportunidades


Modelagem baseada em regras
significativas para compreender como as interações
Modelos baseados em regras podem ser aplicados, entre atores individuais podem influenciar os SE. Isto
usando decisões booleanas (sim/não) e instruções se- poderia envolver intervenientes humanos (por
então para construir um caminho da entrada até a exemplo, agricultores) interagindo com políticas e
saída. Freqüentemente, são representados como estruturas institucionais para determinar os melhores
árvores de decisão aninhadas. Estes são comuns em tipos de culturas para as suas explorações agrícolas
chaves de sensoriamento remoto e classificação e o impacto associado desta mudança na prestação
biológica e usam opções se-então para decidir entre de SE. Ou poderia avaliar os efeitos das interações
possíveis classes de saída (por exemplo, se a entre espécies predador-presa no SE fornecido por
variável x, representando a cobertura de árvores, essas espécies.
estiver acima de um determinado limite, então classe
y = floresta, outro- classe sábia y = pastagem). Os Sistemas de modelagem integrados
modelos baseados em regras também podem ser
incorporados em plataformas de seleção de modelos Os modelos tendem a ser desenvolvidos para fins
apoiadas por inteligência artificial (IA) sensíveis ao específicos, para resolver um problema específico
contexto que levam em conta o contexto selecionando levantado num determinado sector. Contudo, dentro
em uma biblioteca de dados e modelos possíveis. de um modelo setorial único, qualquer número de
modelos individuais pode ser usado para representar
Os modelos baseados em agentes (ABMs) são um diferentes ligações dentro do modelo conceitual.
tipo especial de modelo baseado em regras que Além disso, as saídas de um modelo podem ser
definem regras (geralmente simples) para “agentes” usadas para fornecer entradas para outro modelo,
individuais. Ao permitir que os agentes individuais criando cadeias de modelagem. Isto pode permitir a
interajam num modelo, surge o comportamento coletivo. criação de sistemas de modelização integrados que
Os “agentes” dentro de um ABM podem representar tenham em consideração interacções intersectoriais,
qualquer coisa, desde espécies individuais ou sinergias e compromissos, incluindo, por exemplo, as
decisores até instituições ou países a nível implicações para um SE (por exemplo, fornecimento
internacional. Outro aspecto importante dos ABMs é de água potável) como resultado de mudanças. -es
que o aprendizado dos agentes a partir da experiência em outro (por exemplo, regulação da erosão do solo).
pode ser simulado dentro do modelo à medida que
ele é executado, permitindo que os ABMs modelem
aspectos como a transferência de ideias entre
Como os modelos podem nos ajudar
indivíduos e outros processos orgânicos.
a entender melhor a SE?

A abordagem ABM é muito diferente das abordagens


determinísticas, onde um caminho claro pode ser A seção anterior forneceu uma breve visão geral dos
traçado entre as entradas e as saídas do modelo. tipos de modelos que existem para fornecer
Dentro de um ABM, os resultados dependem informações para ajudar na avaliação de SE.

126 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

mento. Em seguida, centrar-nos-emos na forma como “métodos de perfil” estatísticos simples, técnicas e
estes modelos podem ser utilizados, ou seja, sobre abordagens baseadas em regressão que usam
que aspectos do ambiente os modelos fornecem aprendizado de máquina. Abordagens avançadas de
informação e como é que isto nos ajuda a avaliar melhor os SE?
SDM combinam estes mapas com modelação do uso
da terra (ver abaixo) para determinar onde os habitats
Nas seções a seguir, consideramos quatro aplicações estão disponíveis e, utilizando modelos de dispersão e
principais de modelos. Primeiro, modelos do ambiente conectividade, podem projectar as capacidades das
natural que não fornecem informações diretas sobre espécies para colonizar novos habitats.
SE, mas podem avaliar estruturas e funções
ecossistêmicas subjacentes a partir das quais os SE Os resultados dos modelos de distribuição de espécies
podem ser compreendidos. Em segundo lugar, são mapas de distribuição de espécies para um
modelos centrados em SE, tanto em serviços individuais determinado cenário. Estes podem ser usados para
como naqueles destinados a permitir a avaliação de um avaliar a oferta de SE relacionada com estas espécies.
conjunto de SE diferentes. Terceiro, modelar sistemas Por exemplo, mapas de distribuições de espécies
que adotem uma abordagem integrada para SE, o que carismáticas ou endémicas podem ajudar a avaliar se
permite uma avaliação de compensações e sinergias áreas específicas podem manter ou perder espécies
entre grupos de serviços. Finalmente, modelos com determinado valor religioso, social ou cultural.
concebidos para explorar SE com decisores ou partes
interessadas.
Modelagem de uso/cobertura da terra

Os dados de uso/cobertura da terra são insumos


Modelos do ambiente natural essenciais para muitas abordagens de mapeamento de
SE (ver Capítulo 5) e existem várias maneiras de
Muitos mais modelos abordam o ambiente natural do vincular o LULC com conjuntos de dados adicionais
que abordam o campo mais recente da SE. Tais para mapear SE (por exemplo, a “abordagem matricial”
modelos poderão necessitar de ser alargados para ver Capítulo 5.6.4). Os dados iniciais sobre a cobertura
avaliar a SE. No entanto, como alguns têm sido do solo são muitas vezes derivados da detecção remota
utilizados há muitas décadas, podem ser bem ou do mapeamento de habitats e o uso do solo pode

conhecidos, compreendidos e merecedores da confiança ser modelado a partir desta linha de base de diversas
das partes interessadas. Isto pode torná-los pontos de maneiras. Dados os impactos das mudanças de LULC
entrada úteis para introduzir o conceito de SE, ou pode na SE (ou seja, através da urbanização, da
introduzir uma barreira de inércia (“temos uma intensificação agrícola ou da restauração ecológica),
ferramenta que funciona, então porquê mudá-la?”). os dados LULC têm um valor óbvio para compreender
como os fluxos de serviços ecossistémicos estão a
Modelos de distribuição de espécies, modelos de uso/ mudar ao longo do tempo. Três abordagens comuns são detalhadas a
cobertura da terra (LULC) e modelos biofísicos gerais
são modelos comuns de sistemas naturais que podem Primeiro, os modelos do “tipo Lowry” podem quantificar
fornecer avaliação de SE. onde a localização de um atributo de interesse (por

exemplo, dados demográficos ou oportunidades


recreativas) é uma função dos custos de atração e
Modelagem de distribuição de espécies
viagem associados a diferentes locais (usando, por

A modelagem de distribuição de espécies (SDM) é exemplo, o modelo Rural). Modelo de Crescimento


frequentemente usada para identificar como as espécies Urbano (RUG) ou Ferramenta de Mapeamento de
de plantas e animais respondem às mudanças nos Serviços Ecossistêmicos (ESTIMAP)).
parâmetros ambientais, como CO2 atmosférico , clima
ou disponibilidade de habitat. Há uma ampla gama de Em segundo lugar, ao atribuir probabilidades às
abordagens para SDM, como transições entre tipos de uso da terra (por exemplo,

Capítulo 4 127
Machine Translated by Google

50% das pastagens se transformarão em florestas), as Equação Universal Revisada de Perda de Solo (RUSLE)

abordagens de probabilidade de transição podem projetar acima mencionada.


mudanças no uso da terra no futuro. Estas probabilidades
podem elas próprias ser impulsionadas por outras variáveis Tais modelos tendem a concentrar-se num único aspecto
espaciais e/ou de cenário para produzir padrões de mudança do ambiente (como o subsistema hidrológico, do solo ou
mais complexos. biológico) e podem não ser directamente apropriados para
avaliar os SE no seu sentido mais estrito. Muitas vezes,
Terceiro, os modelos de estado e transição (STM) são será necessário um componente de modelagem adicional

modelos conceptuais que utilizam abordagens simples e para converter um parâmetro biofísico (como a perda anual
diagramáticas para abordar mudanças não lineares nos de solo) em seu ES (por exemplo, impactos da perda de
ecossistemas em resposta a perturbações ambientais ou solo na qualidade da água potável), particularmente para
antropogénicas externas. conectar esses processos aos seus beneficiários humanos. .
Os modelos de estado e transição são normalmente criados No entanto, devido à sua longa história, muitos destes
através de um processo de consulta com especialistas e a modelos são frequentemente confiados pelos decisores

sua abordagem diagramática torna-os adequados para o ambientais, tornando-os por vezes mais preferíveis do que
trabalho participativo com as partes interessadas. Um STM algumas ferramentas específicas de SE mais recentes.
consiste em um número reconhecido de estados possíveis

de um ecossistema e nos fatores que impulsionam as


transições entre esses estados. Alguns, mas não todos,
STMs são espacialmente explícitos.
Modelagem de sistemas que focam
explicitamente em ES

Finalmente, a modelação baseada em agentes também À medida que o interesse em SE cresceu, foram
pode ser usada para compreender como as interações desenvolvidas ferramentas com foco explícito em SE
entre grupos de atores e o seu ambiente (por exemplo, individuais ou conjuntos de serviços. Algumas destas

agricultores individuais ou decisores políticos sob alterações ferramentas foram desenvolvidas para serem transferíveis
de fatores ambientais ou socioeconómicos) levam a entre contextos, enquanto outras estão integradas no seu

diferentes padrões de LULC. Tais abordagens permitem contexto local. Nas seções seguintes, discutiremos algumas
que o LULC evolua em resposta à mudança na compreensão dessas ferramentas para ilustrar categorias amplas de

do ambiente pelos agentes, à medida que se adaptam e abordagens disponíveis e como elas são usadas para
aprendem. avaliação de SE.

Abordagens baseadas em matriz


Os ABMs fornecem, portanto, uma ferramenta poderosa
para explorar propriedades emergentes na mudança de LULC. As abordagens baseadas em matrizes situam-se na fronteira
entre o mapeamento e a modelagem SE. Eles combinam

Modelos biofísicos análise de GIS (sistema de informação geográfica) e


planilhas de dados de entrada de LULC para produzir mapas
Um grande número de modelos biofísicos abordam os de oferta e/ou demanda de SE. Na sua forma mais simples,
principais sistemas ambientais, incluindo modelos estas são apenas técnicas de mapeamento (ver Capítulo
climáticos, ecológicos, hidrológicos e geoquímicos de 5.6.4 para uma descrição mais completa): elas combinam
sistemas terrestres importantes, como ar, solo e água. camadas LULC do GIS e valores pontuados para o
fornecimento de SE para fornecer mapas de provisão de
SE em uma área de estudo. Ao utilizar valores padronizados,
Exemplos bem conhecidos incluem o Solo e a oferta de ES pode ser comparada entre regiões ou,
Ferramenta de Avaliação da Água (SWAT), que pode utilizando
ser usada para avaliar os SE relacionados com a água e a

128 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

valores ES direcionados localmente, valores mais esses serviços; isto permite avaliar os desfasamentos
apropriados localmente podem ser gerados. O processo entre a oferta e a procura.
pode ser realizado com as partes interessadas para

permitir o mapeamento da oferta e da procura de SE. Os modelos InVEST estão disponíveis gratuitamente e
Conjuntos de dados GIS adicionais podem ser incluídos são de código aberto. O InVEST requer habilidades
para melhorar o processo – um processo conhecido quantitativas para ser executado; embora seja necessária
como tabela de consulta multiatributos – e podem ser experiência com GIS para mapear resultados, a
modificados para refletir cenários de gerenciamento. codificação não é necessária e os modelos podem ser
executados independentemente de software
especializado (usando plataformas GIS padrão da
As abordagens baseadas em matrizes podem ser indústria ou de código aberto para visualizar e preparar
aplicadas com conhecimentos técnicos muito limitados. dados de entrada e saída). Coletar e processar os
No entanto, quanto mais os valores da matriz dependem conjuntos de dados necessários pode levar tempo e esforço.
do conhecimento especializado em vez da quantificação
com dados primários, mais estão abertos à crítica da Cada uma das ferramentas do InVEST é um modelo
simplificação excessiva e da subjetividade, especialmente separado e pode ser executada de forma independente,
quando comparados com dados primários ou abordagens dependendo apenas das necessidades do usuário. Os
de modelização mais detalhadas. Incluímos esta técnica resultados podem ser produzidos em unidades biofísicas
aqui para enfatizar que a modelagem computacional do (isto é, toneladas C km-2) ou monetizados, no entanto as
ES nem sempre precisa ser complexa. interacções entre SE não são modeladas especificamente.

O InVEST tem sido utilizado numa ampla gama de


contextos, incluindo a utilização de métricas ES para
Estruturas de modelagem ES
avaliar a gestão costeira sustentável em Belize, apoiando
transferíveis
a tomada de decisões sobre o abastecimento de água
Uma série de estruturas foram desenvolvidas com limpa na América Latina e o planeamento nacional de
métodos padronizados projetados para serem transferidos ecossistemas na China. O InVEST é um bom exemplo
entre contextos. Três das estruturas de modelagem mais de um conjunto de ferramentas que ganhou espaço
comumente aplicadas, InVEST, ESTIMAP e AR-IES, são através do seu uso em múltiplos contextos. No entanto,
descritas abaixo, mas existem inúmeras outras (por ainda não avalia toda a gama de SE e, como muitos
exemplo, Co$ting Nature, LUCI, MIMES; consulte o modelos biofísicos, é mais fraco em SE culturais mais
Capítulo 3.4) e ainda outras que estão em desenvolvimento. difíceis de avaliar (ver Capítulo 6.6).

ESTIMATIVA
Investir
ESTIMAP é uma coleção de abordagens de modelagem
InVEST1 é um conjunto de ferramentas de modelagem espacialmente explícitas que avaliam a oferta, a demanda
que fornece uma abordagem padrão para aplicação em e o fluxo de SE. É implementado num SIG e foi concebido
contextos variados. O InVEST inclui 18 ferramentas para para ser um sistema padronizado e replicável
avaliar SE marinhos, costeiros, terrestres e de água desenvolvido para utilização na União Europeia (UE).
doce. Cada saída é espacialmente explícita e orientada Utiliza metodologias diferentes para alguns SE e
por conjuntos de dados espaciais de entrada do usuário. abrange SE diferentes do InVEST, concentrando-se
A maioria dos modelos InVEST considera tanto a oferta principalmente na regulação dos SE (regulação da
como a procura de SE, em termos da localização das qualidade do ar, protecção contra a erosão do solo,
pessoas que beneficiariam de retenção de água, polinização, habitat para aves e
recreação).
1 http://www.naturalcapitalproject.org/invest/

Capítulo 4 129
Machine Translated by Google

Embora a abordagem ESTIMAP tenha sido comparar modelos setoriais ou ES individuais para
desenvolvida para ser aplicada à escala da UE para o mesmo cenário não pode. Por exemplo, um
apoio político, é bastante flexível e pode ser modelo agrícola pode calcular a disponibilidade de
personalizada para aplicação a estudos de caso água para irrigação com base nas precipitações,
locais ou problemas específicos de uma forma que mas sem integrar um modelo de alocação de água
é mais difícil com a abordagem pré-fabricada do InVEST. que
modelos.
divida a disponibilidade de água entre diferentes
sectores (por exemplo, irrigação, abastecimento

ÁRIES doméstico, indústria ou energia), seria impossível


saber se essa água de irrigação estava realmente
ARtificial Intelligence for ES (ARIES) é uma estrutura disponível para uso.
de modelagem flexível que usa IA para selecionar
os componentes de modelagem mais apropriados Existem duas classes principais de modelos de
(determinísticos, probabilísticos ou ABM) para avaliação integrada, diferenciados
mapear ES em escalas apropriadas ao contexto. predominantemente pela sua aplicação em escala
Esta abordagem afasta-se da ideia de que um global ou regional. Um exemplo de cada um é
modelo deve adequar-se a todas as circunstâncias. ilustrado abaixo.
A estrutura ARIES tenta reconhecer o dinamismo e
a complexidade dos sistemas ambientais e equilibra GLOBIO-ES
isto com a necessidade de modelos que sejam
suficientemente simples para permanecerem GLOBIO-ES é um exemplo de modelo de sistema
utilizáveis numa variedade de escalas espaciais e global dinâmico. É uma ferramenta para avaliar os
numa variedade de contextos. ARIES tem um forte impactos passados, presentes e futuros das
foco na identificação dos beneficiários e não na atividades humanas na biodiversidade e nos SE. Os
simplificação excessiva dos SE para valores impactos na biodiversidade são capturados em
estáticos, mas sim em benefícios dinâmicos que termos do indicador de biodiversidade Abundância
mudam com o espaço e o tempo. É baseado em Média de Espécies (MSA) e extensão do
nuvem e semântico, o que permite que diversos ecossistema. Os impactos no SE estão incluídos
usuários contribuam com dados e modelos para para 10 serviços. O modelo foi aplicado tanto à
uma biblioteca crescente que o sistema de IA pode escala nacional como global (ver Capítulo 5.7.3).
selecionar, aumentando seu poder e flexibilidade.
Por outro lado, partilha muitos atributos comuns com O GLOBIO-ES utiliza relações de causa-efeito entre
o InVEST (ou seja, é espacialmente explícito, de variáveis ambientais e SE identificadas por revisão
código aberto e baseado em funções de produção). de literatura. Simula mudanças futuras nas funções
e serviços dos ecossistemas em escala global. A
metodologia utiliza dados espacialmente explícitos
sobre os fatores ambientais do modelo climático e
Modelos de avaliação integrados
agrícola global IMAGE e do modelo global de uso
Para combater o facto de muitos modelos se da terra GLOBIO.
centrarem em SE individuais e poderem ignorar ou
simplificar demasiado as interacções-chave, foram
desenvolvidos modelos de avaliação integrados que A estreita ligação com o quadro IMAGE-GLOBIO
ligam modelos sectoriais de forma a que os permite a avaliação das interacções entre o
resultados de um sejam utilizados como inputs de desenvolvimento humano (por exemplo, padrões de
outro. Esta abordagem, embora muitas vezes consumo) e o ambiente natural (por exemplo,
tecnicamente desafiadora e demorada para clima) com base em factores-chave como o
implementar, garante que os resultados tenham crescimento populacional, o desenvolvimento
levado em consideração outros setores de uma forma queeconómico, a política e governança, tecnologia,

130 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

estilo de vida e disponibilidade de recursos naturais. elementos necessários para produzir esses serviços.
As direções futuras destes fatores são quantificadas Perfis de demanda, criados para diferentes grupos
a partir de diferentes cenários de desenvolvimentos sociais, são usados para determinar como os
socioeconómicos futuros. processos ambientais levam à produção e uso de SE.
O MIMES também foi projetado para auxiliar no

Plataforma de Avaliação Integrada aprendizado sobre os processos do sistema e a


ampla gama de futuros possíveis, em vez de fornecer
CLIMSAVE (IAP)
mapas definitivos dos futuros esperados. No entanto,
O CLIMSAVE IAP é um exemplo de modelo de enquanto o CLIMSAVE utiliza modelos interligados
avaliação integrada regional. É um modelo baseado baseados em processos, o MIMES adopta uma
na web de acesso gratuito que oferece opções para abordagem que utiliza funções de produção ligadas
avaliação de ES em escala europeia. Baseia-se num a um modelo económico de input-output.
sistema integrado de modelos para vários sectores
diferentes, incluindo crescimento urbano, água doce,
Modelos para ajudar na tomada de decisões
inundações costeiras/fluviais, biodiversidade,
agricultura e silvicultura. O conceito SE proporciona aos tomadores de decisão
uma maneira diferente de encarar os problemas de
gestão ambiental. Uma floresta não é mais apenas
O modelo fornece uma série de variáveis de resultados um estoque de madeira, mas também um fornecedor
dos modelos integrados, incluindo indicadores de regulação climática, fornecimento de habitat,
relacionados ao uso da terra e uma variedade de SE. beleza cênica e recreação. Embora isto traga uma
perspectiva mais ampla ao valor dos ecossistemas,
também traz novos desafios: como decidimos quais
Uma ampla seleção de cenários climáticos está SE são mais importantes?
incluída no sistema, bem como quatro cenários Quais são as implicações se decidirmos explorar a
socioeconômicos definidos pelas partes interessadas. floresta como madeira?
As configurações de insumos socioeconómicos
podem ser totalmente personalizadas para além dos A modelagem pode ajudar a fornecer respostas
cenários predefinidos para uma série de fatores quantitativas para muitas dessas questões. Nas
socioeconómicos e opções de adaptação. Isto permite seções seguintes, fornecemos exemplos de como a
ao IAP a capacidade de explorar uma gama muito modelagem pode ajudar os tomadores de decisão a
ampla de cenários socioeconómicos e climáticos explorar as implicações das alternativas de gestão.
combinados para analisar os seus impactos sobre o A linha entre as ferramentas de modelagem
SE e permite que opções de adaptação sejam mencionadas anteriormente e os elementos de apoio
exploradas. Isto permite que as sinergias e os à decisão, discutidos abaixo, é um tanto confusa e
reconhecemos que os modelos e ferramentas de
compromissos ambientais sejam investigados à escala europeia.
modelagem mencionados anteriormente podem ser

MIMES (Modelo Integrado integrados com as abordagens a seguir.

Multiescala de Serviços Ecossistêmicos)


Redes Bayesianas de Crenças (BBNs)
MIMES é um sistema de avaliação integrado que
modela cinco “esferas” distintas: a litosfera, a Uma Rede de Crenças Bayesiana é um tipo de
hidrosfera, a atmosfera, a biosfera e a antroposfera. modelo que utiliza probabilidade condicional para
As interações entre as esferas são controladas por atribuir probabilidades a um conjunto de produtos
meio de uma matriz e os ES são modelados pela potenciais, dado um estado conhecido de alguns ou
aplicação de funções de produção que ligam o SE de todos os insumos (ver Capítulo 4.5 para obter
ao sistema mais informações sobre Redes de Crenças Bayesianas).

Capítulo 4 131
Machine Translated by Google

Quando aplicados aos SE, os insumos da BBN serão vários ES em uma variedade de cenários diferentes. O
provavelmente factores que determinam a oferta de SE MCDA foi explicitamente concebido como uma
(tais como cobertura do solo, tipos de solo e outros ferramenta de apoio à decisão e tem sido utilizado tanto
parâmetros ambientais), enquanto os resultados serão com decisores individuais como com grupos de partes
a oferta de SE, os custos ou benefícios da procura. interessadas para analisar preferências para diferentes
resultados de decisão.

BBNs têm uma série de vantagens. Primeiro, são muito


flexíveis em termos dos dados que podem integrar.
Modelagem participativa
Podem ser utilizados valores qualitativos e quantitativos,
com stakeholders
permitindo que sejam preenchidos a partir de dados de
campo, resultados de outros modelos e opiniões de A modelagem tem sido tradicionalmente realizada por
especialistas. Eles também são capazes de integrar especialistas isolados dos tomadores de decisão e das
modelos mais complexos dentro deles. partes interessadas. Isto levou a críticas de elitismo e
demonstrou reduzir o interesse, a compreensão e a

Em segundo lugar, se as probabilidades condicionais confiança das partes interessadas na modelização.


não forem conhecidas, podem ser inferidas a partir de Contudo, foi demonstrado que a inclusão de partes
dados existentes utilizando aprendizagem automática de interessadas no processo de modelagem aumenta a
máquina ou uma abordagem estatística. Terceiro, a legitimidade da modelagem aos olhos das partes
sua abordagem probabilística condicional leva interessadas. Além disso, levar em consideração o
explicitamente em consideração a incerteza, de modo conhecimento local das partes interessadas melhora
que nem os insumos nem os produtos são tratados à muitas vezes a qualidade da própria modelização (ver
força como um valor único determinístico. Capítulo 4.6).
Quarto, as BBNs podem ser incorporadas em um GIS
ou em uma plataforma baseada na web para fornecer
resultados que possam ser demonstrados espacialmente. Num contexto SE, a importância de determinados SE
Finalmente, são adequados para explorar cenários para a população local pode ser fundamental para o seu
interactivamente com as partes interessadas, uma vez valor global. A modelação participativa assegura que a
que a modificação dos inputs permite uma identificação modelação realizada destaca os SE que são de maior
rápida das probabilidades de mudança dos resultados importância para o contexto local, em vez de abordar um
que podem ser realizadas directamente com as partes conjunto padrão de resultados de serviços que ignoram
interessadas. os SE importantes localmente.

Análise de decisão multicritério


Uma abordagem de “coprodução de conhecimento” pode
(MCDA) ser adotada com qualquer abordagem de modelagem
Análise de decisão multicritério é um termo genérico que coloque as interações entre o modelador e as
para um conjunto de abordagens de modelagem partes interessadas em pé de igualdade.
flexíveis projetadas para destacar a escolha ideal em Devido à sua natureza iterativa, tais abordagens são
uma situação com muitas alternativas de decisão. Divide muitas vezes consideravelmente mais demoradas. Na
os problemas em componentes mais pequenos e analisa- verdade, pode exigir que os modeladores desenvolvam
os e avalia-os relativamente uns aos outros em termos modelos inteiramente novos para responder às questões
de uma série de consequências (por exemplo, custos, colocadas pelas partes interessadas, em vez das
impactos ecológicos e sociais). questões que eles próprios colocam. Isto pode significar
que as abordagens que os modeladores teriam planeado
seguir (por exemplo, a expansão dos modelos
Quando aplicado à avaliação de ES, o MCDA pode ser existentes) podem não ser apropriadas para responder
usado para avaliar compensações entre às necessidades das partes interessadas.

132 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

Considerações sobre modelagem ES podem ser modelados e sobrepostos para identificar


Concluímos discutindo cinco questões gerais que incompatibilidades entre os dois (por exemplo, a
devem ser consideradas ao modelar SE. filtragem da poluição do ar pelas árvores pode ser
modelada usando dados florestais e comparada com
um mapa da exposição humana aos níveis de

Qual ES? poluentes). No entanto, muitas vezes é muito melhor


aplicar outro modelo que tenha em conta os fluxos de
SE através de mecanismos de fluxo específicos de
Nem todos os ES são tão fáceis de modelar como serviços, em vez de apenas identificar in situ incompatibilidades entre
outros. Em geral, os serviços de provisionamento e
regulação têm uma história de modelagem mais longa Embora menos comumente mencionado, é claro que é
do que os SE culturais. Na verdade, a modelação dos possível, com as mesmas advertências, modelar os
SE culturais tende a limitar-se à análise de serviços desserviços ecossistémicos ou o seu inverso – os
com aspectos físicos relativamente tangíveis na sua benefícios naturais que controlam os desserviços.

prestação, como recreação, turismo e, até certo ponto,


beleza estética. Isso ocorre porque fatores com maior
significado social ou cultural são consideravelmente Valores
mais difíceis de vincular a parâmetros ambientais. É em
situações como estas que as abordagens participativas Quanto vale um serviço ecossistêmico?
ganham destaque (ver Capítulo 5.6.2 para uma Esta é uma questão chave nos estudos de ES – e pode
discussão sobre o uso de abordagens participativas ser uma questão muito carregada. Estudos de
para mapear os SE culturais). modelagem são muitas vezes capazes de produzir
resultados quantificados de SE (ou seus substitutos)
em biofísica (por exemplo, estoque florestal como tonelada C/
Deve-se ter cuidado ao interpretar os resultados do ha) e unidades monetárias (por exemplo, preço de
modelo como SE, uma vez que esses resultados muitas venda da madeira em £/$/€). No entanto, o valor é um
vezes representam proxies e não o SE real de interesse. conceito muito mais elusivo, especialmente quando se
Um exemplo claro é o sequestro de carbono, que é comparam serviços díspares entre si. Perguntas como
frequentemente utilizado como um substituto para o ES “valor para quem?” e “valor a partir de quando?” são
da regulação climática, mas existem muitos outros (por questões-chave que também precisam ser consideradas
exemplo, a distância até espaços verdes localmente tanto pelos modeladores quanto por aqueles que
acessíveis como um substituto para a oferta de utilizam os resultados dos modelos. Isto ocorre porque
recreação). É muito importante compreender exatamente os valores são plurais; eles não são estáticos e variam
o que o resultado representa: avalia apenas a estrutura dependendo de quais grupos atribuem valor ao ES.
e função subjacente do ecossistema ou proporciona
um benefício direto com beneficiários concretos? Contudo, os modelos, especialmente os determinísticos
que produzem resultados únicos, geralmente não
Além disso, quantifica a prestação real de serviços reflectem estas questões. Isto é particularmente
(utilizada diretamente pelos beneficiários) ou a potencial problemático para os serviços culturais, que são muito
prestação de SE (que poderia ser assumida pelos determinados socialmente, mas mesmo o fornecimento
beneficiários, se tivessem procura e acessibilidade aos e a regulação de serviços terão valores diferentes em
ecossistemas que fornecem o serviço)? diferentes contextos sociais, em resposta a factores

ambientais, socioeconómicos ou políticos em mudança,


tais como mudanças climáticas, políticas tensões,
Se a oferta ou a procura de SE é modelada é outra proibições comerciais ou novas oportunidades de
consideração. Para alguns ES, ambos abastecimento.

Capítulo 4 133
Machine Translated by Google

Validação colocar os conjuntos de dados usados para treinar o


A validação é uma prática recomendada fundamental modelo refletem as condições para as quais se destinam
em modelagem; é uma boa prática de modelagem testar (incerteza dos dados) (ii) até que ponto o modelo
a validade do modelo em relação a dados conhecidos. representa os processos que acontecem na realidade
Num modelo estatístico, pode ser utilizada uma medida (incerteza do modelo) e (iii) para modelos que prevêem
de qualidade de ajuste, como um valor R2 numa o futuro , até que ponto é provável que esse futuro
regressão ou um valor kappa para a classificação LULC. ocorra (incerteza do cenário)?

Porém, para validar um modelo, é necessário saber


quais deveriam ser os valores verdadeiros. Isto é difícil A validação do modelo é frequentemente usada para

para alguns SE, especialmente aqueles baseados na lidar com a incerteza do modelo. Estudos de
opinião de peritos e serviços culturais contra os quais comparação entre modelos também revelam diferenças
não existem valores objectivos a testar. Isto deixa tais nos resultados devido a diferentes tipos de modelos.
modelos mais abertos à crítica da sua robustez científica. Abordagens probabilísticas e análise de sensibilidade
também podem ser usadas para abordar a incerteza do
cenário e dos dados de entrada, explorando a influência
das mudanças nos parâmetros de entrada nos resultados
Interpretando os resultados do modelo
do modelo, realizando múltiplas execuções e
Ao lidar com modelos, é importante lembrar que eles (i) identificando padrões gerais. É, no entanto, raro que a
são construções feitas pelo homem, (ii) são apenas uma incerteza holística completa (que aborda todos estes
forma de acessar informações sobre o meio ambiente factores) seja abordada. Uma estatística de validação
e (iii) precisam ser considerados no contexto. É fácil pode ser produzida dizendo, por exemplo, “este modelo
imaginar situações em que os tomadores de decisão explica 80% da variação no conjunto de dados contra o
sejam levados a conclusões erradas se os resultados qual o testamos”, mas isso não fornece informações
do modelo forem tomados como prova indiscutível sem sobre a confiança neste conjunto de dados (ele foi
compreender até que ponto os resultados do modelo amostrado aleatoriamente ou retirado de um banco de
representam a questão ambiental em questão, ou dados). locais de fácil acesso pelas equipes de
porque um modelador aplicou um pré- modelo existente monitoramento?); os fatores dentro do modelo que
a uma nova situação sem adaptá-lo às condições locais. proporcionam ao modelador confiança na abordagem
adotada (por exemplo, há algum fator de ajuste
selecionado subjetivamente?); ou os factores
pragmáticos, como o tempo, a experiência e o
O conceito ES foi concebido para conscientizar os financiamento, que moldaram o desenvolvimento do
tomadores de decisão sobre os benefícios oferecidos modelo.
pela natureza. Este foco no tomador de decisão significa
que os desenvolvedores de modelos ES precisam estar Enfatizamos isso porque é extremamente importante
profundamente conscientes das implicações de como que o contexto da modelagem seja considerado ao
seus modelos são usados. interpretar seus resultados para a tomada de decisão.
Isto não quer dizer que os modelos sejam mais
inerentemente falhos do que qualquer outra forma de
Incerteza
compreender o ambiente; haverá alguns modelos,
A incerteza é um aspecto fundamental da interpretação especialmente aqueles fortemente orientados por leis
do modelo: até que ponto temos certeza de que o físicas que podem reproduzir de forma confiável e
resultado do modelo representa o fenômeno do mundo repetida os resultados do mundo real. Salientamos
real que ele procura quantificar? Existem vários simplesmente que os modelos são simplificações da
elementos de incerteza (ver Capítulo 6), por exemplo: realidade e devem ser interpretados com cuidado. Em
(i) até que ponto os in- qualquer momento

134 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

possível, a interpretação do modelo deve ocorrer Dunford RW, Smith A, Harrison PA, Hanganu D
com a assistência do modelador (ou de alguém (2015) Serviços Ecossistémicos numa Europa
que entenda o modelo) e das partes interessadas em mudança: adaptação aos impactos das
locais que entendam o contexto de sua alterações climáticas e socioeconómicas combinadas.
aplicação. Ecologia da Paisagem 30 (3): 443-461.

IPBES (2016) Resumo para formuladores de


Conclusões políticas da avaliação metodológica de cenários
e modelos de biodiversidade e serviços
ecossistêmicos da Plataforma Intergovernamental
A modelagem está sendo amplamente aplicada de Política Científica sobre Biodiversidade e
na área de ES. Há um grande número de Serviços Ecossistêmicos. Ferrier S, Ninan KN,
abordagens de modelagem e uma ampla gama Leadley P, Alkemade R, Acosta LA, Akçakaya
de modelos existentes que podem ser usados HR, Brotons L, Cheung W, Christensen V,
para avaliação de SE. A modelização tem um Harhash KA, Kabu-bo-Mariara J, Lundquist C,
potencial considerável para avaliar tanto a Obersteiner M, Pereira H, Peterson G, Pichs
estrutura e função do ecossistema subjacente -Madruga R, Ravindranath NH, Rondinini C,
aos SE como a oferta e procura dos próprios Win-tle B (Eds.) Secretariado da Plataforma
SE. Além disso, a modelação proporciona o Intergovernamental de Política Científica sobre
potencial para explorar os impactos das Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos,
alterações e gestão ambientais na futura Bonn, Alemanha, 32 pp.
prestação de SE através de cenários, tornando-
os ferramentas vitais para o apoio à decisão de SE.
Schröter M, Remme RP, Sumarga E, Barton DN,
Hein L (2015) Lições aprendidas para

Isenção de responsabilidade
modelagem espacial de serviços ecossistêmicos
em apoio à contabilidade ecossistêmica.
Serviços Ecossistêmicos 13: 64-69.
Qualquer uso de nomes comerciais, de produtos
ou de empresas é apenas para fins descritivos Wainright J, Mulligan M (Eds) Modelagem
e não implica endosso pelos EUA ou qualquer Ambiental: Encontrando Simplicidade na
outro governo ou pelos autores deste artigo. Complexidade, 2ª Edição, Wiley, 494 pp.

Leitura adicional

Bagstad KJ, Semmens DJ, Waage S, Winthrop R


(2013) Uma avaliação comparativa de
ferramentas de apoio à decisão para
quantificação e avaliação de serviços
ecossistêmicos. Serviços Ecossistêmicos 5: 27-39.

Christin ZL, Bagstad KJ, Verdone MA (2016)


Uma estrutura de decisão para identificar modelos para
estimar os ganhos dos serviços ecossistêmicos florestais
decorrentes da restauração. Ecossistemas Florestais 3: 3.

Capítulo 4 135
Machine Translated by Google

4.5. Redes de crenças bayesianas


Dries Landuyt, Adrienne Grêt-Regamey e
Roy Haines-Young

Introdução

A complexidade dos sistemas naturais e as consiste em selecionar variáveis adequadas e


interações entre a natureza e a sociedade definir relações causais putativas. Ao assumir
impedem o uso de técnicas de ponta, orientadas que o uso e o tipo de solo são os fatores mais
por dados e baseadas em processos, para a importantes que determinam a produção de
modelagem de serviços ecossistêmicos (SE). Em madeira, as variáveis do modelo restringem-se à
vez disso, podem ser utilizadas abordagens “adequação do solo”, “uso da terra” e “produção
simplificadas e pragmáticas para fornecer de madeira”. Assumindo que o tipo de solo e o uso
estimativas iniciais da prestação de serviços da terra influenciam a produção de madeira e que
ecossistémicos. Embora a simplificação leve a um ambas as variáveis são independentes, a estrutura
aumento na incerteza dos resultados do modelo, do gráfico é definida (Figura 1). Para implementar
muitas abordagens de modelagem, por mais o modelo, é necessário definir distribuições de
complexas que sejam, muitas vezes não levam probabilidade: incondicionais para os nós de
em conta as incertezas. Apesar de sua aparente entrada, condicionais para os demais. Ao combinar
simplicidade, as Redes de Crenças Bayesianas as informações capturadas nas tabelas de
(BBN) levam em conta a incerteza e, como resultado, merecem atenção.
probabilidade condicional (CPTs) do modelo com
as distribuições de probabilidade iniciais dos nós
Os modelos da Rede de Crenças Bayesianas são de entrada da rede, as distribuições de
modelos probabilísticos gráficos que conceituam probabilidade para outros nós podem ser
o sistema sendo representado como uma cadeia calculadas com base no teorema de Bayes, que
de relações causais, visualizada como um Gráfico descreve a probabilidade condicional. de um
Acíclico Direcionado (DAG). Tal gráfico consiste evento. Existem diversas ferramentas de software
em nós que representam as variáveis do sistema disponíveis que permitem aos usuários fazer esses
e setas que representam relações causais entre cálculos automaticamente. As distribuições de
elas. As variáveis são tipicamente discretas e as probabilidade calculadas são representadas como
relações entre elas são quantificadas através de as chamadas barras de crenças no modelo (Figura
regras probabilísticas, capturadas como 1).
distribuições de probabilidade condicional. Estas
distribuições podem ser derivadas de dados, de A aplicação das BBNs geralmente consiste na
conhecimento especializado ou de uma inserção de novas informações ou evidências em
combinação de ambos. um ou mais nós do modelo e, posteriormente, na
análise das mudanças de crenças resultantes.
Um exemplo de BBN que permite uma análise de Esta nova informação pode ser determinística ou
como nossa estimativa de produção de madeira probabilística dependendo se a informação implica
mudaria, dadas as informações sobre o uso da que um estado é exatamente conhecido ou não. A
terra e o tipo de solo, é fornecido na Figura 1. A Figura 2 fornece dois exemplos de inserção de
primeira etapa do processo de desenvolvimento do modelo
evidências determinísticas em

136 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

Figura 1. Um exemplo de modelo que ilustra os componentes estruturais de uma Rede de Crenças Bayesiana: (a) o gráfico
acíclico direcionado (DAG) e (b) as tabelas de probabilidade condicional (CPT).

Figura 2. Atualização de crenças preditivas e diagnósticas em um modelo Bayesiano de Rede de Crenças.

o modelo que foi apresentado na Figura 1. for alto, podemos inferir que a adequação do solo
Quando a evidência é inserida em uma das será alta com alta probabilidade. Além disso, com
variáveis de entrada do modelo, o modelo será base nas informações inseridas, podemos inferir
executado em modo preditivo e irá prever os que o povoamento florestal considerado
efeitos das mudanças de entrada (Figura 2a). definitivamente não é uma reserva florestal.
Sabendo que a aptidão do solo é elevada, a nossa
crença numa elevada produção de madeira
aumentará substancialmente. Nossa crença no Forças e fraquezas
estado 'zero', porém, não mudará, pois ainda
sabemos que 10% (essa informação não mudou)
das florestas são reservas e, portanto, não Embora os modelos BBN tenham sido usados
produzem madeira. Quando a evidência é inserida desde a década de 1980, as aplicações foram
no nó de saída, os modelos são executados no restritas ao diagnóstico médico, onde os BBNs
modo diagnóstico e irão prever causas em vez de foram usados para combinar informações
probabilísticas sobre a ocorrência de doenças com dados probab
efeitos (Figura 2b). Se soubermos que a produção de madeira

Capítulo 4 137
Machine Translated by Google

informações sobre o desenvolvimento dos sintomas para Outra vantagem importante no contexto da modelagem
apoiar o processo de obtenção de um diagnóstico. de serviços ecossistêmicos é que as BBNs se enquadram
No final da década de 1990, as BBNs foram introduzidas extremamente bem na “cascata de serviços
no domínio da modelagem ambiental, predominantemente ecossistêmicos”, que tem sido usada como base para

devido à sua capacidade de explicar explicitamente a muitos estudos de serviços ecossistêmicos (ver Capítulo
incerteza, um aspecto importante quando os processos 2.3) (Figura 3). A ideia de que os benefícios
naturais estão sendo modelados. Uma segunda razão ecossistémicos são gerados através de serviços,
importante para a sua adoção foi o potencial da técnica serviços através de funções e funções através da
para integrar conhecimento especializado no processo estrutura biofísica do ambiente, assemelha-se muito a
de modelagem. O conhecimento especializado pode ser uma cadeia de relações causais que pode ser facilmente
usado para desenvolver a estrutura da rede ou para modelada numa BBN.
preencher os CPTs do modelo com probabilidades
subjetivas, também chamadas de crenças. Esta Embora uma representação linear do processo de
funcionalidade é especialmente útil no caso de ser produção de serviços ecossistémicos possa facilitar a
necessário incluir variáveis para as quais não existem compreensão do sistema, na realidade a maioria dos
dados de apoio disponíveis, um problema que ocorre processos de prestação de serviços ecossistémicos não
frequentemente na modelação de serviços ecossistémicos. são lineares e envolvem uma série de feedbacks que
Um último ponto forte da técnica de modelagem é sua as BBN não conseguem ter facilmente em conta.
natureza gráfica. Desenvolver vários modelos para etapas de tempo
sucessivas de um sistema e encadeá-los posteriormente
Devido a esse recurso, os BBNs são modelos é uma 'solução alternativa' que imita feedbacks com
transparentes e relativamente fáceis de entender. Isto BBNs. Contudo, esses modelos divididos no tempo

significa que as partes interessadas não especializadas tornam-se muitas vezes muito complexos e carecem de
podem ser envolvidas no desenvolvimento do modelo. transparência. Outra im-

Figura 3. Estrutura geral da Rede de Crenças Bayesianas para modelagem de serviços ecossistêmicos.

138 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

Uma desvantagem importante da BBN é a obrigação de incluindo ES no modelo. Esses pontos finais podem ser
discretizar variáveis contínuas para que possam ser quantidades biofísicas, pontuações que representam
representadas como tendo estados em um nó. Para valores sociais ou valores monetários de benefícios
minimizar a perda de informação, os métodos de gerados. A modelação de toda a cascata SE, até aos
discretização precisam ser escolhidos cuidadosamente. benefícios finais, pode ser alcançada através da
No entanto, para algumas aplicações, nós com estados integração de estudos de diferentes campos de
discretos são mais facilmente compreendidos do que investigação, como a economia e a sociologia.
variáveis contínuas. Se os limiares de discretização
forem escolhidos de acordo com o objetivo do modelo, a Para selecionar variáveis de entrada, duas coisas
discretização não conduz necessariamente à perda de precisam ser consideradas, nomeadamente as opções
informação. Onde a perda de informação não é aceitável, de gestão que precisam ser avaliadas pelo modelo e se
estão disponíveis pacotes de software mais complexos a aplicação espacial do modelo é desejada. Para
que permitem o uso de variáveis contínuas em BBNs. aplicações de modelagem espacial, os dados espaciais
nos nós de entrada do modelo ou em seus proxies
precisam estar disponíveis. Para tornar possível a
avaliação da gestão, todas as variáveis que são
As desvantagens discutidas acima sugerem que as BBNs influenciadas pela gestão e que têm impacto na prestação
são menos adequadas para modelar processos de serviços ecossistémicos precisam de ser incluídas.
complicados do que algumas outras abordagens.
Assim, para serviços bem estudados, o valor
acrescentado da utilização de BBNs em vez de modelos A discretização de variáveis contínuas é o próximo passo

validados baseados em processos é baixo. A verdadeira no processo de desenvolvimento do modelo. Em geral, o


força das BBN reside, no entanto, na integração de número de estados precisa ser mantido o mais baixo
serviços bem e mal estudados num modelo integrado. possível. Como o número de estados afeta diretamente
Esses modelos integrados poderão fornecer informações a complexidade dos CPTs do modelo, menos esforço
adicionais sobre compromissos e sinergias entre serviços. precisa ser investido na quantificação dos CPT caso o
Além disso, a sua natureza gráfica pode facilitar o número de estados seja mantido baixo.
envolvimento das partes interessadas e a aprendizagem
social, dois objectivos que são difíceis de alcançar Assim, é necessário encontrar um equilíbrio entre a
utilizando abordagens de modelização convencionais. redução da complexidade do modelo e a minimização
da perda de informação. Além disso, caso os CPT sejam
obtidos a partir dos dados, o número de estados precisa
ser restrito para garantir que informações suficientes
estejam disponíveis para todas as combinações de
Diretrizes de desenvolvimento de modelo
estados.

Para determinar quais variáveis precisam ser incluídas Para desenvolver a estrutura do modelo, especialistas
no modelo, diversas fontes de conhecimento podem ser são frequentemente consultados. Para integrar o
utilizadas. Especialistas do domínio podem ser conhecimento local na estrutura do modelo, as partes
consultados para selecionar variáveis que são interessadas também podem ser consultadas. Como as

importantes para a modelagem biofísica da prestação partes interessadas e os especialistas geralmente não
de serviços, enquanto as partes interessadas podem ser estão cientes das restrições técnicas de um modelo (por
consultadas para incluir interesses sociais, ou seja, os exemplo, o fato de que os ciclos de feedback não podem
serviços ecossistêmicos que são considerados importantes ser incluídos), os modeladores precisam orientar o
na área de estudo, ou os valores associados a eles. O processo de desenvolvimento do modelo e, se necessário,
tipo de endpoint que está sendo modelado também é um ajustar a estrutura posteriormente. Embora os dados
aspecto importante a ser considerado quando possam ser usados para criar estruturas de modelos e estimar probabilid

Capítulo 4 139
Machine Translated by Google

utilizando algoritmos de aprendizagem, as relações que e as partes interessadas para avaliação do modelo não

são definidas através deste processo não são são, de preferência, aquelas consultadas durante o
necessariamente resultado de causalidade e, portanto, desenvolvimento do modelo.
são por vezes difíceis de interpretar.
Para executar as tarefas acima, uma variedade de
A quantificação dos CPTs é a etapa final para a pacotes de software estão disponíveis. Os pacotes de
implementação do modelo. Uma ampla gama de fontes software frequentemente utilizados no domínio da
de conhecimento pode ser consultada para isso, modelação de serviços ecossistémicos são 'Netica' e 'Hugin'.
incluindo conhecimento de especialistas e de partes Ambos fornecem uma interface gráfica amigável para o
interessadas, equações empíricas, simulações com desenvolvimento de modelos que pode ser
modelos existentes, dados de literatura e dados de potencialmente usada pelas partes interessadas.
campo. Embora os dados possam parecer a forma mais A maioria dos pacotes também inclui algoritmos que
objetiva de quantificar um CPT, os conjuntos de dados podem ser usados para treinar e validar modelos

muitas vezes não são suficientes para quantificar usando conjuntos de dados existentes. Além disso, por
completamente os CPT de um modelo. Nestas meio de interfaces de programação de aplicativos (API),
situações, podem ser consultados especialistas para os pacotes de software podem ser estendidos com
definir CPT anteriores e os dados podem ser utilizados todos os tipos de ferramentas. Seguindo esta
para atualizar os CPT; este é um fluxo de trabalho abordagem, as BBNs podem, por exemplo, ser
bayesiano típico. Além da quantificação do CPT, as acopladas a sistemas de informação geográfica (GIS).
tabelas de probabilidade dos nós de entrada também Esta é uma funcionalidade importante quando BBNs
precisam ser quantificadas. Se os nós de entrada são usados para mapeamento de serviços ecossistêmicos.
representarem variáveis espaciais, histogramas de
conjuntos de dados espaciais poderão ser usados para preencher essas tabelas de probabilidade.
Conclusões
Para aumentar a credibilidade de uma Rede Bayesiana
de Crenças, é necessária a validação do modelo. Para
avaliar o desempenho preditivo de um modelo, está Conforme ilustrado neste capítulo, as BBNs têm muito
disponível uma ampla gama de métricas de validação, potencial para modelar e mapear SE. Operam num
semelhantes àquelas amplamente utilizadas em outros nível intermédio de complexidade, o que os torna
domínios de modelagem. especialmente úteis quando os volumes de dados e
O desempenho preditivo das BBNs, entretanto, é conhecimentos disponíveis não são suficientes para a

geralmente baixo comparado a outras técnicas. Embora modelação empírica ou baseada em processos. Além
a maioria dos modelos se concentre apenas na disso, as BBNs são ferramentas úteis para ajudar a
execução ideal de uma tarefa específica, as BBNs estruturar o conhecimento disponível em formas
tentam aproximar a distribuição de probabilidade compreensíveis que possam apoiar a aprendizagem
conjunta sobre todas as variáveis, principalmente às social e a participação das partes interessadas na
custas de seu desempenho preditivo. O desempenho modelagem de serviços ecossistêmicos e em estudos
preditivo não é, portanto, geralmente o objetivo mais de gestão.
importante de um modelo BBN, especialmente no
campo da modelagem de serviços ecossistêmicos.
Outros critérios de avaliação incluem a capacidade do
Leitura adicional
modelo para descrever um sistema, para melhorar a
aprendizagem social e para facilitar a tomada de
decisões. Para avaliar esses aspectos, a avaliação Cain J (2001) Planejando melhorias na
através de especialistas e partes interessadas pode ser gestão de recursos naturais. Diretrizes
mais apropriada. Os especialistas consultados para o uso de redes bayesianas para
apoiar o planejamento e gestão do desenvolvimento

140 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

programas de investimento no sector da água e Distribuição de probabilidade


não só. Wallingford: Centro de Ecologia e Hidrologia. O conjunto de probabilidades atribuídas aos estados
de uma variável que expressa a probabilidade de
a variável ser igual a um de seus estados. Este
Haines-Young R (2011) Explorando questões de conjunto de probabilidades sempre soma 1.
serviços ecossistêmicos em diversos domínios de
conhecimento usando Redes de Crenças Bayesianas.
Progresso em Geografia Física 35(5): 681-699. Seta

Representação gráfica das relações causais entre


as variáveis do sistema em uma Rede Bayesiana
Landuyt D, Van der Biest K, Broekx S, Staes J, Meire P, de Crenças. Cada seta flui de um nó pai para um
Goethals PLM (2015) Um plug-in GIS para redes nó filho.
de crenças bayesianas: Rumo a uma estrutura de
software transparente para avaliar e visualizar Probabilidade condicional
incertezas no mapeamento de serviços As probabilidades que quantificam as relações
ecossistêmicos . Modelagem Ambiental e Software causais do modelo e expressam a distribuição de
71: 30-38. probabilidade de um nó filho dado o status de seus
nós pais.
Landuyt D, Broekx S, D'hondt R, Engelen G, Aertsens
J, Goethals PLM (2013) Uma revisão das redes de Tabela de probabilidade condicional ou CPT
crenças bayesianas na modelagem de serviços Uma tabela que contém distribuições de
ecossistêmicos. Modelagem Ambiental e Software probabilidade sobre os estados de um nó,

46(0): 1-11. condicionadas a todas as combinações possíveis


dos estados de seus nós recebidos.

Potschin M, Haines-Young R (2016) Definindo e


medindo serviços ecossistêmicos. Gráfico acíclico direcionado ou DAG
In: Potschin M, Haines-Young R, Fish R, Turner RK Representação gráfica do sistema que está sendo
(Eds) Manual Routledge de Serviços Ecossistêmicos. modelado por meio de nós que representam
Routledge, Londres e Nova York, 25-44. variáveis do sistema e setas que representam
relações causais entre as variáveis do sistema.

Glossário BBN

Representação gráfica das variáveis do sistema em


um modelo Bayesiano de Rede de Crenças.

Estado

Um valor, classe discreta ou nível qualitativo ao


qual uma variável pode ser atribuída. Cada variável
em um modelo de Rede de Crenças Bayesiana
possui um conjunto de estados que pode se manifestar.

Capítulo 4 141
Machine Translated by Google

4.6. Aplicação de conhecimento


especializado para
quantificação de serviços ecossistêmicos
Sander Jacobs e Benjamin Burkhard

Os serviços ecossistêmicos (SE) são um campo de ciência e ciências sociais, pode ser definida como
estudo complexo. A aplicação na prática apresenta “supercomplexa”. Problemas supercomplexos ou
vários desafios adicionais. Embora as quantificações de chamados de perversos exigem o envolvimento de
SE possam basear-se na experiência, métodos e dados diversas disciplinas teóricas e profissionais na
existentes (ver Capítulos 4.1- implementação real desde o início do processo de
4.5), as configurações específicas do sistema humano- resolução de problemas.
ambiental, os quadros políticos e os SE característicos
precisam ser considerados minuciosamente. O O que parece ser apenas um simples mapa SE é muitas
envolvimento de especialistas pode fornecer informações vezes uma combinação complexa de dados quantitativos
em casos onde faltam outras fontes, gerando resultados selecionados, proxies e estimativas de especialistas,
e validando mapas de forma eficiente. julgamentos qualitativos, pressupostos teóricos, escolhas
Além disso, o envolvimento estrutural de peritos em técnicas e objetivos visuais comunicativos (ver Capítulos
projectos transdisciplinares pode melhorar a eficácia 3.3 e 6.4). A qualidade do processo de mapeamento em
dos projectos orientados para o impacto no mundo real. si determina diretamente as qualidades do mapa em
Este capítulo fornece considerações básicas sobre o todos os seus aspectos (credibilidade, relevância,
envolvimento de especialistas e apresenta algumas clareza, utilidade; ver Capítulo 5.4). A criação de um
diretrizes para enfrentar os desafios relacionados ao mapa que atenda até mesmo às ambições mínimas de
mapeamento transdisciplinar. aplicação no mundo real obriga o envolvimento de
“especialistas” para legitimar, esclarecer, melhorar e
validar mapas para serem relevantes para qualquer
contexto de aplicação específico.
Por que especialistas?

As expectativas em relação à ciência e aplicação das


ES são muito elevadas. Os desafios socioecológicos
O que torna um especialista?
globais que os investigadores pretendem enfrentar são
urgentes e importantes.
Ainda assim, a quantidade de confiança e de recursos Delinear quem é especialista e quem não é não é
públicos destinados aos estudos e mapeamento de SE é simples. Do exposto, fica claro que, na resolução de
relativamente elevada em comparação com o seu problemas do mundo real, os méritos do diploma e da
impacto actual na resolução de problemas do mundo real. disciplina não são, de longe, suficientes. Um técnico GIS
brilhante é certamente um especialista necessário, mas
A ecologia aplicada e a sociologia são consideradas sem a contribuição complementar do especialista em
campos complexos, combinando vários quadros ecologia, do modelador, do economista e do cientista
disciplinares, modos de pensar e métodos relacionados. social, não há realmente nada para mapear ou interpretar.
ES, na encruzilhada da ecologia aplicada, economia, Além disso, sem o local
sustentabilidade

142 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

ou especialistas específicos para colocar as teorias disponível. Note-se que este argumento técnico ignora o
socioeconómicas e das ciências naturais num contexto facto de os modelos quantitativos (ver Capítulo 4.4) terem
específico, os mapas serão difíceis de validar. sido originalmente compilados e concebidos por
Além disso, sem o especialista que liga exigências políticas, especialistas. Muitas vezes são aplicados/extrapolados
culturas e conhecimentos específicos, a implementação para outro contexto através da implementação de
dos mapas em estratégias de solução reais raramente modificações e suposições baseadas em especialistas.
acontecerá. E, finalmente, decidir sobre a importância Além disso, muitos aspectos do mapeamento SE não são
social de questões ou valores de SE específicos para simplesmente quantitativos no sentido das ciências
decidir sobre compromissos requer a contribuição dos naturais: dados económicos, avaliações, estimativas de
decisores políticos e/ou dos utilizadores finais diretos qualidade ecológica – todos se baseiam, em grande
destes serviços. medida, em estimativas qualitativas de peritos. A
colaboração entre diversos e múltiplos especialistas desde
Todos estes conhecimentos são indispensáveis para o o início poderia ajudar a evitar o preconceito disciplinar
processo de mapeamento e não estão necessariamente dos especialistas que orientam o processo de mapeamento.
relacionados com o nível de escolaridade ou competências
estritamente técnicas. A ideia central é que todos os

especialistas – ou detentores de conhecimento – precisam 2. Especialistas geram resultados rápidos


de estar cuidadosamente envolvidos. Uma segunda razão pragmática para envolver especialistas
é que eles fornecem acesso rápido a uma ampla gama de
conhecimentos e mapas SE comparáveis podem ser
obtidos de uma forma relativamente rentável. Com efeito,
Envolvimento seletivo de especialistas
com um mínimo de recursos, podem ser obtidos mapas
com reconhecida fiabilidade e elevada credibilidade
Do ponto de vista de um projecto de mapeamento técnico, (desde que sejam seguidas algumas regras básicas
o envolvimento de especialistas é muitas vezes relativas aos peritos a selecionar, à representatividade
considerado dispendioso, tedioso e complicado. desta seleção e à forma de avaliar os níveis de
Mostraremos que o envolvimento de especialistas especialização). Uma quantificação baseada em modelo
estruturais agregará valor a todo o processo de criação de de processo (nível 3; ver Capítulo 5.6.1) não fornece
mapas e resolução eficaz de problemas. necessariamente resultados mais úteis ou “verdadeiros”
Três exemplos de envolvimento seletivo são discutidos do que uma quantificação de nível 1 (pontuação relativa
aqui. A secção, após esta discussão, volta a abordar o baseada em especialistas) ou de nível 2. Num caso óptimo,
envolvimento mais profundo dos especialistas na várias abordagens (níveis) podem ser aplicadas para o
investigação transdisciplinar. mesmo SE numa região e os resultados podem ser
triangulados para validar cruzadamente e aumentar a
fiabilidade. Existe o risco de que uma abordagem
1. Especialistas tapam buracos em seus dados excessivamente pragmática ignore os dados e modelos
O argumento mais comumente ouvido para envolver existentes já disponíveis. Além disso, os especialistas
especialistas é fornecer “suposições fundamentadas” e envolvidos ficam frequentemente frustrados quando o
estimativas da oferta de SE, locais ou contextos onde um conhecimento altamente detalhado e complexo que
determinado conjunto de dados ou modelo não fornece possuem é reduzido, por exemplo, a um formato de
informações quantitativas. Na verdade, esta é uma forma pontuação comparável para indicadores predefinidos.
altamente eficaz de preencher dados faltantes para obter Muito mais potencial reside na combinação e comparação
um conjunto de dados que permite a criação de um mapa. de diversas abordagens de diferentes níveis de
A suposição explícita é que estas estimativas são de mapeamento (ver Capítulo 5.6.1) e métodos de
“segunda escolha” e “menos confiáveis”, e é melhor quantificação (ver Capítulos 4.1-4.4), desde o início.
substituí-las pelos resultados do modelo assim que estes
se tornarem

Capítulo 4 143
Machine Translated by Google

3. Especialistas consertam sua credibilidade benefícios adicionais para a eficácia de um projeto de

Uma terceira aplicação comum do envolvimento de mapeamento.


especialistas é garantir a validade local ou tópica dos
mapas criados. Isto diz respeito ao conhecimento ecológico
Engajamento estrutural de
local ou à obtenção de valores sociais, mas também pode
implicar a validação espacial e a adaptação dos mapas
especialistas
resultantes.
Embora o tipo de validação possa variar, esta etapa é O mapeamento dos SE no contexto da resolução de
essencial para qualquer mapa que pretenda fornecer problemas do mundo real precisa de ir mais longe. O
informações confiáveis e credíveis para a tomada de envolvimento estrutural de especialistas parte de um
decisões. paradigma diferente. O princípio subjacente é que não
existe distinção de facto entre especialistas e leigos, ou
A dificuldade com tais métodos e resultados relacionados entre partes interessadas e investigadores. Todas as
é que estes muitas vezes não chegam antes do final do pessoas envolvidas ou potencialmente afetadas pelo
estudo. Os especialistas são confrontados com um projeto de mapeamento SE são partes interessadas e
produto final que nem sempre faz parte de um processo também especialistas num determinado aspecto.
claro ou está ligado a um problema reconhecível. Os mapas
representam tipos de dados altamente complexos e
variáveis, combinações e escolhas técnicas em uma Este ponto de vista transdisciplinar tem duas consequências
representação 2D estática e única (ver Capítulo 3.2). imediatas: primeiro, os investigadores encarregados de
realizar o projecto de mapeamento partem de uma atitude
Além de avaliar a plausibilidade geral do resultado e humilde (ver Capítulo 5.4). Em segundo lugar, os
“recolorir” as correções locais, é muito difícil obter especialistas/partes interessadas fora da equipa do projecto
informações para (re)calibrar modelos ou avaliar a são “promovidos” ao nível de detentores de conhecimentos
credibilidade das suposições feitas. Além disso, se um e proprietários de projectos potencialmente indispensáveis.
mapa não for de todo útil, muitas vezes é tarde demais Estes incluem pessoas que encomendam o projeto,
para mudar de rumo. especialistas em determinados temas de SE, especialistas
técnicos em diferentes métodos, especialistas no contexto
local ou temático em que o projeto de mapeamento está
Uma análise das partes interessadas, um inventário das enquadrado e pessoas que realmente dependem dos SE.
necessidades de conhecimento e uma estratégia de
envolvimento no início de um projeto de mapeamento de SE
O que
permite o envolvimento de especialistas chave (incluindo especialistas foi dito acima não significa, é claro, que todo projeto
locais/
especialistas no assunto) e garantir validação e credibilidade de mapeamento deva envolver um grande número de
para desenvolver um produto cartográfico eficaz. especialistas ao longo de todo o projeto para ser eficaz. O
número real de especialistas não é a questão aqui, mas

sim a competência, a diversidade, a qualificação e o papel


Todas as três perspectivas de selecção são pragmáticas que desempenham no projeto. Na seção seguinte é
e instrumentais para melhorar a qualidade, eficiência e apresentada uma ilustração teórica do ciclo de um projeto
eficácia dos projectos de mapeamento. Ainda assim, estas de mapeamento. Este exemplo imagina um projecto ideal
perspectivas consideram os mapeadores como proprietários sem problemas de restrições políticas ou orçamentais.
de projectos, mandatados para seleccionar “outros
especialistas” para um determinado objectivo e dentro de
um período restrito de envolvimento.
Na próxima seção, mostramos que uma abordagem 1. Escopo
transdisciplinar não só combina as vantagens mencionadas Esta primeira fase estabelece objetivos claros do projeto,
acima, mas também proporciona acrescentando requisitos e condições para

144 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

produtos cartográficos finais bem definidos, bem como a – Especialistas especializados em subtópicos detalhados
inclusão de vários pontos de vista no processo. Uma (por exemplo, determinados SE, habitats, práticas
seleção ampla e realista de especialistas é feita para se de uso da terra, grupos de partes
juntar à equipe do projeto e co-projetar, conduzir, orientar interessadas); – Especialistas em usuários finais para
e avaliar o projeto de mapeamento. acompanhar
a usabilidade do mapa; – Peritos políticos para acompanhar
a relevância; – Representação de stakeholders para
Perguntas a serem acompanhamento de diferentes objetivos e condições;
respondidas: Por que o projeto é necessário? Qual – Conhecimento técnico para projetar e facilitar o processo
problema precisa ser resolvido? Quem são os usuários de participação e feedback entre desenvolvedores
finais dos mapas? Para que exatamente os mapas serão de produtos, usuários finais, órgãos de
usados? Quem será afetado pela solução prevista? Quão comissionamento e partes interessadas.
dependentes são as diferentes pessoas/grupos do sistema
humano-ambiental, quão grande é o impacto potencial no 3. Criação de mapas fiáveis Esta
seu bem-estar? Que poder ou representação eles têm, até fase produz mapas com fiabilidade transparente, decisões
que ponto podem governar o seu próprio ambiente? conscientes que afectam a interpretação e o melhor
conhecimento disponível, salvaguardando ao mesmo
tempo a finalidade, a usabilidade e as especificidades
locais/temáticas.
Experiência necessária para responder a estas perguntas:
– Especialistas de política e administração que Perguntas a serem
encomendam o projeto; – respondidas: Como podemos incluir e combinar vários

Especialistas do lado do usuário final em relação ao tipos de dados? Como podemos determinar a
formato e requisitos do mapa (ver Capítulo 5.4); – confiabilidade de diferentes tipos de dados e conhecimento?
Conhecimento técnico em Como podemos selecionar dados e comunicar

políticas e definição da demanda do cliente para confiabilidade? Como fazemos escolhas técnicas que
desenvolvimento de produtos impactam o resultado (por exemplo, interpretação de
mento; mapas)?
– Especialistas em vários pontos de vista das partes
interessadas, diretamente ou por representantes Conhecimento especializado necessário para
(por exemplo, responder a estas questões: – Todos os especialistas e
ONG); – Conhecimento técnico em análise de stakeholders partes interessadas precisam chegar a acordo sobre
e participação de grupos especiais. as escolhas relativas à confiabilidade dentro do
projeto específico; – Diferentes especialistas em temas
2. Seleção do método e concepção do projeto Esta semelhantes precisam triangular e validar métodos
fase desenvolve um plano de trabalho acordado, uma e resultados; Os

estrutura de governança do projeto e uma distribuição da especialistas técnicos precisam projetar e facilitar
carga de trabalho. processos de decisão eficientes e comunicar decisões.

Perguntas a serem
respondidas: Quais métodos e dados precisamos para 4. Implementação dos mapas
criar o produto? Que métodos e conhecimentos precisamos Esta fase garante a implementação eficaz dos produtos,
para configurar o processo adequadamente? bem como o cumprimento das metas acordadas.
Idealmente, esta fase decorre ao longo do projeto, a fim
Experiência necessária para responder a estas perguntas: de testar versões iniciais dos mapas e adaptar métodos
– Especialistas de diferentes áreas disciplinares; (ou objetivos) com base nesses testes.
– Especialistas em mapeamento técnico;

Capítulo 4 145
Machine Translated by Google

Perguntas a responder: Leitura adicional


Como podemos garantir a aplicação eficaz dos mapas
na solução/instrumento previsto? Bradshaw GA, Borchers JG (2000) Incerteza
Como podemos avaliar a distância até o alvo? como informação: estreitando a lacuna entre
ciência e política. Ecologia da Conservação
São necessários conhecimentos especializados para 4(1): 7.
responder a estas questões: – Todos os peritos e partes
interessadas precisam de chegar a acordo sobre o
Cornell S, Berkhout F, Tuinstra W, Tàbarae JD,
envolvimento na implementação e os Jäger J, Chabay I, de Wit B, Langlais R, Mills
critérios de avaliação; – Os especialistas usuários finais
D, Moll P, Otto IM, Petersen A, Pohl C, van
precisam testar a aplicação e fornecer feedback. Kerkhoff L (2013) Abrindo sistemas de
conhecimento para melhores respostas às
mudanças ambientais globais. Ciência e
Soluções e Política Ambiental 28: 60-70.

recomendações
Drescher M, Perera AH, Johnson CJ, Buse LJ,
Drew CA, Burgman MA (2013) Rumo ao uso
• Metas claras. Ser eficaz requer o produto certo, rigoroso do conhecimento especializado em
produzido da maneira certa. pesquisa ecológica. Ecosfera 4: 1-26.
Metas claramente formuladas são essenciais.
• Diversidade. As melhores pessoas devem ser Gunderson LH, Holling CS (Eds.) (2002)
identificadas com as diversas habilidades e tipos Panarquia. Island Press, Washington Covelo
Londres.
de conhecimento necessários. Considere-os
iguais independentemente dos seus diplomas e
promova esta atitude. Hay I (2010) Métodos de Pesquisa Qualitativa em
• Facilitação. Não pense que um processo Geografia Humana. 3ª Edição. Imprensa da
transdisciplinar ocorrerá sozinho. Universidade de Oxford.
A facilitação de projetos é uma habilidade e
serão necessárias pessoas qualificadas para Jacobs S, Burkhard B, Van Daele T, Staes J,
manter o processo Schneiders A (2015) The Matrix Reload-ed:
funcionando sem problemas. • Parcimônia. Não Uma revisão do uso de conhecimento
exagere. Pese os custos e esforços em relação especializado para mapear serviços
aos riscos. Seja pragmático quando necessário, ecossistêmicos. Modelagem Ecológica 295: 21-30.
mas sem abrir mão dos objetivos do projeto.
Adapte metas irrealistas a objetivos mais realistas. Seidl R et al. (2013) Ciência com sociedade no
• Teste e avaliação. • Não espere antropoceno. Ambio 42(1): 5-12.
que sua equipe produza um produto perfeito ao final
do projeto. Procure os pontos fracos do projeto Voinov A, Seppelt R, Reis S, Nabel JEMS, Shokravi
e resolva-os. Teste os mapas o mais rápido S (2014) Valores na modelagem
possível e evite a armadilha da autoavaliação. socioambiental: persuasão para ação ou
desculpa para inação. Modelagem Ambiental
Quanto mais cedo uma fraqueza ou falha for
identificada, maiores serão as chances de e Software 53: 207-212.
finalizar seu projeto com alto nível de sucesso e
impacto.

146 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

CAPÍTULO 5

Mapeamento de serviços
ecossistêmicos

capítulo 5 147
Machine Translated by Google

148 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

5.1. O que mapear?


Ralf-Uwe Syrbe, Matthias Schröter, Karsten
Grunewald, Ulrich Walz e Benjamin Burkhard

Introdução

Os serviços ecossistémicos (SE) surgiram como um estimativas qualitativas. O mapeamento e avaliação


conceito que reflecte o valor da natureza para os de SE incluem propriedades e condições do
seres humanos e fornece razões adicionais para a ecossistema, potencial de SE, oferta de SE, fluxo de
protecção e gestão sustentável dos ecossistemas SE e demanda de SE, que definimos genericamente
(ver Capítulo 2.3). Muitos SE enfrentam pressões nas próximas seções.
espacialmente explícitas ou dependem de
contribuições antropogénicas, como tecnologia,
energia ou conhecimento. Os mapas de SE podem
Termos de mapeamento ES e
ajudar a descobrir riscos para a saúde do
ecossistema, utilização insustentável de potenciais seus relacionamentos
para fornecer um serviço, impactos prejudiciais numa
paisagem, fluxos espaciais de SE prejudicados, bem A estrutura aqui apresentada visa retratar diferentes
como incompatibilidades entre a oferta e a procura aspectos da SE importantes para o mapeamento. A
de SE (ver Capítulo 5.2). Essas informações podem nossa estrutura liga vários ecossistemas e sistemas
indicar onde melhorar a prestação de SE e onde socioeconómicos interconectados, incluindo as
priorizar a conservação da natureza e da biodiversidade. interações entre os seus componentes. A Figura 1
destaca aspectos do SE que podem ser considerados
Vários componentes desempenham um papel no relevantes para o mapeamento. Os ES são gerados
fornecimento e uso dos SE, que podem ser no contexto de diferentes aspectos ou componentes,
mapeados, avaliados e monitorados. Os SE podem que estão inter-relacionados, mas podem ser
mapeados
ser mapeados e avaliados através de indicadores quantitativos ou separadamente.

Ecossistema Socio-econômico
sistema
Propriedades e condições
do ecossistema

Potencial ES Contribuições humanas Demanda ES

Fornecimento ES Fluxo Benefícios

Figura 1. Mapeamento de aspectos de SE (ilustração própria, versão adaptada da cascata de SE por Haines-
Young & Potschin (ver Capítulo 2.3), Wolff et al. 2015, Bastian et al. 2013). Cinza negrito: assuntos relevantes para
mapeamento; tracejado: pode ser mapeado; fino: aspectos adicionais para os quais o mapeamento poderia ser desenvolvido.

capítulo 5 149
Machine Translated by Google

As propriedades e condições do ecossistema fornecem a base Delimitação: As propriedades e condições refletem tanto o
ecológica para os potenciais SE que, juntamente com os estado do ecossistema natural como o tipo de ecossistema
insumos humanos, formam a capacidade de um sistema como resultado de um uso específico da terra. Dado que as
sócio-ecológico para fornecer SE (fornecimento de SE). Os condições para o fornecimento de SE diferem entre SE
fluxos de SE (ou seja, a utilização real de SE) podem específicos, o âmbito das avaliações relacionadas tem de ser
representar uma fracção desta oferta, ou ser mais elevados definido com muito cuidado por SE.
caso as reservas se esgotem ou os ecossistemas sejam
utilizados de forma insustentável. A procura de SE orienta os
fluxos de SE, ou seja, sem procura de um serviço, não há Necessidade e aplicabilidade: Os indicadores das
utilização real. Esta procura pode, no entanto, ser superior ao propriedades e condições dos ecossistemas devem ser
fluxo real, por exemplo, nos casos em que as preferências da aplicados a diferentes bens de proteção ou classes de uso da
sociedade por serviços específicos permanecem insatisfeitas. terra. São relevantes porque fornecem as pré-condições
Dentro do sistema socioeconómico, surgem benefícios de espaciais e físicas para a SE (ver Capítulo 2.2). Os potenciais
vários tipos de utilização de SE, dependendo das exigências SE podem, por exemplo, fornecer um ponto de referência
das pessoas envolvidas. Os feedbacks do sistema para planeamento e cenários (ver Capítulo 7.2).
socioeconómico, tais como a mudança no uso da terra, a
manutenção da paisagem ou as pressões ambientais, afectam Tanto o uso e cobertura da terra das manchas individuais
o ecossistema e, portanto, o fornecimento de SE. As seções como a configuração e disposição de tais manchas são
a seguir explicam esses termos em detalhes. importantes para o fornecimento de SE. Portanto, a estrutura
da paisagem com o seu mosaico de manchas deve ser
considerada (ver Capítulo 5.2).

Possíveis indicadores: A cobertura do solo pode fornecer


Propriedades e condições
uma base de dados essencial para o mapeamento dos SE. O
do ecossistema conjunto de dados de cobertura do solo CORINE é

frequentemente utilizado em estudos europeus (ver Capítulo


Definição: As propriedades descrevem o caráter, a estrutura 3.5). A nível nacional, estão frequentemente disponíveis dados
e os processos de um ecossistema. sobre a utilização dos solos provenientes de levantamentos
As condições referem-se à integridade e ao estado de saúde fundiários ou mapeamento de habitats. Dados adicionais
de um ecossistema que determinam a sua capacidade de precisam ser integrados em avaliações mais detalhadas (ver Exemplo 1).
gerar SE (ver Capítulo 3.5).
O uso ou cobertura da terra constituem a base de muitos As propriedades e condições dos ecossistemas estão
mapas SE. Além disso, as propriedades do ecossistema, como diretamente ligadas ao estado da biodiversidade. Um elevado
o tipo de solo, o gradiente e a inclinação das encostas, as nível de biodiversidade – na maioria dos casos – sustenta a
condições climáticas e a posição em relação à linha costeira oferta de múltiplos SE (ver Capítulo 2.2).
ou dentro de uma bacia hidrográfica, são propriedades que
controlam essencialmente a oferta de muitos SE. As
características da estrutura da paisagem, como a densidade
de certos objetos, as condições das bordas, a conexão e a
Potencial ES
forma das áreas, também podem ser muito importantes.
Definição: O potencial de SE descreve as contribuições
As condições dos ecossistemas, no entanto, abrangem muito naturais para a geração de SE. A capacidade ES é
mais: por exemplo, a carga de poluentes, a composição das frequentemente usada como sinônimo. O potencial de SE
espécies e a saúde podem ser pré-condições cruciais para os mede a quantidade de SE que pode ser fornecida ou usada

SE. de forma sustentável em

150 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

Exemplo 1. Ecótonos dominados por madeira e florestas não fragmentadas

Grandes áreas contíguas de floresta são vitais para a proteção da natureza, oferecendo habitats para animais e
plantas e proporcionando às pessoas áreas de relaxamento. O tamanho da floresta ininterrupta, não dissecada por
estradas e ferrovias, é um critério importante para as condições do ecossistema.

Os ecótonos são áreas de transição entre habitats. Como tal, albergam uma variedade particularmente rica de
espécies, não apenas das comunidades adjacentes, mas também de espécies que se especializaram no próprio
ecótono. Em paisagens abertas, tais elementos são importantes como habitat para insetos polinizadores e para
outros organismos benéficos. Ao mesmo tempo, uma paisagem com grandes proporções desses elementos é
muito atrativa para a recreação humana. Neste contexto, a configuração da paisagem com ecótonos é um indicador
da condição do ecossistema. O cálculo do perímetro dos ecótonos dominados pela floresta tem em conta todas as
sebes, fileiras de árvores e margens de pequenas matas, bem como todas as margens da floresta (ver Walz 2015).

capítulo 5 151
Machine Translated by Google

bem como substitutos para processos como taxas de


Exemplo 2. Potencial de cultivo
recarga de águas subterrâneas.
Para indicar o potencial bruto de produção agrícola,
foi utilizado o Potencial de Rendimento Natural do O potencial SE é particularmente aplicável para fins de
Atlas de Solos da Saxônia, Alemanha. Mapas planeamento, gestão e investigação preditiva. Dado que é
comparáveis estão disponíveis para a maioria dos conceptualizado hipoteticamente e a longo prazo, o
países do mundo. Em um procedimento em duas potencial SE não deve ser avaliado por curtos períodos de
etapas, primeiramente foi avaliada a fertilidade do tempo (como apenas uma época).
solo através da capacidade de campo, umidade
capilar, capacidade de troca catiônica e saturação Preferencialmente, o potencial SE deve ser orientado nas
por bases. Em segundo lugar, a relação entre a taxas de regeneração natural. As intervenções humanas
evaporação real e a evaporação potencial, a duração diretas, como a fertilização, os insumos técnicos de energia
do período de vegetação e o gradiente da encosta ou a criação e a engenharia genética, não devem ser
foram levados em conta, resultando em cinco graus consideradas como uma contribuição para os potenciais
no total. Medidas técnicas como fertilização, calagem, SE. Em contraste, o tipo de uso da terra (pastagens,
proteção de plantas e irrigação foram aqui excluídas (ver Bastian et al. 2013).
campos, florestas, assentamentos) e as consequências de
impactos duradouros ou muito fortes, como a mineração,
devem ser considerados naturalmente. A distinção de um
uma determinada região, considerando o uso atual da terra estado “natural” real que contribui para a SE não é simples.
e as propriedades e condições dos ecossistemas.
Recomenda-se considerar este potencial por um período
de tempo suficientemente longo.

Delimitação: O potencial (natural) de SE é frequentemente Fornecimento ES


complementado por insumos do sistema humano para
gerar fornecimento de SE (ver Seção Insumos Humanos).
A provisão real (coprodução) de SE (fluxo) por vezes inclui Definição: A oferta é a prestação de um serviço por um
grandes esforços humanos, é fortemente dependente do determinado ecossistema, independentemente da sua
refinamento tecnológico e pode ser muito difícil de utilização efetiva. Pode ser determinado por um período

determinar. específico de tempo (como um ano) no presente, passado


ou futuro.

Necessidade e aplicabilidade: Em termos de potencial SE, Delimitação: A quantidade de fornecimento de SE depende


a capacidade de suporte ecológico e a resiliência precisam das condições naturais e muitas vezes dos contributos
ser consideradas. O potencial SE permite a distinção entre humanos (ver abaixo), tais como contribuições para a
um SE realizado e as oportunidades e limites de utilização, gestão da terra, conhecimento e tecnologia. Embora existam
o que é muitas vezes significativo para fins de planeamento, alguns SE sem coprodução humana, eles podem, no
cenários e questões de gestão. Às vezes, um indicador do entanto, depender da preservação do ecossistema.
potencial de SE pode ajudar a compreender e calcular
melhor os indicadores físicos para regular o fornecimento A oferta de SE também inclui estoques de ativos naturais
de SE. como pontos de partida dos fluxos de materiais, energia,
informações e organismos como resultados tanto do
potencial do ecossistema quanto da coprodução humana.
Os possíveis indicadores são, por exemplo, o
Classificação de qualidade do solo de Muencheberg (SQR),
métricas para diversidade de relevo e participação de corpos Necessidade e aplicabilidade: A oferta de SE é um tema
d'água como parte da estética da paisagem, bem como central a ser mapeado e pode ser

152 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

Delimitação: O fluxo de serviço pode ser restringido por um


Exemplo 3. Crescimento de madeira na Alemanha
fornecimento inadequado de ES, o que levaria à superação do
Os estoques florestais e o crescimento da madeira são potencial de ES. Mais uma vez, isto pode levar a uma utilização

registrados por um inventário florestal a cada 10 anos na excessiva de determinados potenciais de SE, à degradação do
Alemanha. A regeneração de madeira como indicador de capital natural ou à procura não satisfeita de SE.
oferta resulta em 122 milhões de m³ por ano (comparável
a uma exploração madeireira de 84 milhões de m³ em
2013). Descreve apenas o status quo; outro crescimento Necessidade e aplicabilidade: Os mapas de fluxo de SE podem
da madeira poderia ser realizado em diferentes níveis de revelar incompatibilidades espaciais entre prestadores de SE e
estoque, por exemplo, alterando as espécies de árvores beneficiários. Se existirem processos naturais essenciais que
e estruturas etárias = “potencial gerenciado”. apoiam estas interações entre prestadores e beneficiários, o
O estoque de madeira nas florestas alemãs, que também mapeamento do fluxo SE fornece informações sobre as Áreas
pode ser considerado como abastecimento, é de 3,7 de Conexão de Serviços (SCA; ver Capítulo 5.2). As suas
bilhões de m³, ou 336 m³ ha-1. Mas como ninguém poderia condições, tais como possíveis barreiras ou outras características
utilizar todos eles, este número não dá nenhuma indicação que moldam o fluxo, são itens que podem ser mapeados de
significativa (Grunewald et al. 2016). forma significativa.

considerado um complemento à procura de SE (ver abaixo). Os possíveis indicadores são a captura de peixe, a exploração

madeireira, o ganho de bioenergia, a extracção de águas


subterrâneas (através de poços), a redução dos picos de cheias
Os possíveis indicadores são os rendimentos médios das e o número de visitantes.

culturas, a regeneração da madeira nas florestas, a retenção de


cheias nas bacias hidrográficas ou nas planícies aluviais, a
quantidade de carbono armazenado no solo e na vegetação, a
Exemplo 4. Regulamentação de inundações
redução relativa do ruído ou dos poluentes, a estética da paisagem.
Os ES de regulação de inundações fornecem excelentes
exemplos de ligações de ZPEs e SBAs através de SCAs.
Ao contrário de muitos SE de abastecimento, os SE de
Fluxo ES
regulação de cheias não podem ser fornecidos e
importados de áreas remotas. As ZPE e as SBA precisam
Definição: O fluxo é uma medida da quantidade de SE que são estar fisicamente conectadas (por exemplo, por um corpo

realmente mobilizados numa área e num período específicos. ou riacho de água) ou localizadas na mesma unidade de

Impulsionada pela procura de um serviço, a oferta de SE é processo (por exemplo, uma bacia hidrográfica). O “fluxo”

transformada em fluxos de SE (Figura 1). Caso a oferta e a dos SE reguladores de cheias ocorre por unidades

procura do SE sejam quantificadas utilizando a mesma dimensão espaciais que são capazes de captar o excesso de água

e unidade, é possível uma comparação quantitativa (cálculo (por exemplo, das chuvas torrenciais) e de regular o

orçamental da oferta-procura). O fluxo pode, num sentido mais escoamento de águas superficiais que contribuem para as

tangível, também envolver um movimento de material, energia cheias. Os seres humanos e as suas propriedades

ou informação através do espaço. beneficiam desta regulação do fluxo de SE através de


menores quantidades de água das cheias que chegam à
SBA. A procura do SE excede a oferta em caso de perigo

Caso a oferta e a procura não sejam espacialmente congruentes, de inundação. A mudança no uso do solo (por exemplo,

os mapas de fluxo podem mostrar ligações espaciais entre as florestação) nas ZPE pode ajudar a aumentar os fluxos

Áreas de Prestação de Serviços e as Áreas Beneficiárias de SE que regulam as inundações (ver Nedkov e Burkhard 2012).

Serviços (ZPE – SBA; ver Capítulo 5.2).

capítulo 5 153
Machine Translated by Google

O fluxo de SE deve ser particularmente incluído nas entre diferentes regiões causadas pelo uso inter-regional de
avaliações integrativas da oferta e da procura. SE. A procura (regional) também poderá ser inferior ao fluxo,
Existe uma vasta gama de modelos de processos (ver caso os ES sejam exportados. A demanda é então expressa

Capítulo 4.4), conhecimentos especializados (ver Capítulo por outros sistemas socioecológicos enquanto o fluxo de SE
4.6) ou métodos de avaliação monetária (ver Capítulo 4.3) ocorre na região de interesse.
que podem ser aplicados aqui.

Necessidade e aplicabilidade: A procura pode mudar ao


longo do tempo e pode apresentar um padrão desigual no
Demanda ES
espaço. Como resultado, faz sentido mapear a procura
independentemente do potencial, da oferta e do fluxo. A
Definição: A procura é a necessidade de SE específicos por procura regional pode exceder consideravelmente a oferta
parte da sociedade, de determinados grupos de partes (regional) e, através de um fluxo aumentado, isto pode
interessadas ou de indivíduos. Depende de vários factores, resultar em níveis regionais insustentáveis de extracção ou
tais como desejos e necessidades culturalmente dependentes, utilização de um serviço, de modo que o fluxo pode exceder
disponibilidade de alternativas ou meios para satisfazer essas o potencial SE. Como consequência, os ecossistemas locais

necessidades. Abrange também preferências para atributos correm o risco de utilização excessiva ou os ecossistemas
específicos de um serviço e relaciona-se com a consciência noutras partes do mundo são degradados pelas alterações
do risco. A procura liga os SE a beneficiários específicos. no uso do solo (pegada SE).
Isso significa que sem demanda por um serviço não há fluxo.
Os beneficiários expressam a procura e podem ter o poder

de traduzir essa procura numa utilização real dos SE. As


demandas por alguns SE (como vários SE regulamentadores) Exemplo 5. Procura de utilização recreativa em
podem ser descobertas, ou certos grupos da sociedade áreas florestais dinamarquesas

podem não saber que realmente se beneficiam de um SE. Utilizando, entre outros, custos de viagem, presença
de mirantes, distância até a floresta e costa,
estatísticas de população e renda, Termansen et al.

(2013) mapearam a procura de recreação em sítios


florestais dinamarqueses. Encontram heterogeneidade
Delimitação: A demanda pode ser diferente do fluxo que espacial na procura de recreação, com valores mais
mede a extração real de um serviço dentro de uma região. elevados em florestas próximas de aglomerações
A procura pode, por exemplo, ser superior ao fluxo naquela como Copenhaga e valores mais elevados para
região específica. Isto significa que, quando a procura for florestas de folhas largas do que para florestas de coníferas.

concretizada, poderá ser satisfeita através de serviços


provenientes de outra região. Por exemplo, muitos SE de

abastecimento (por exemplo, alimentos, madeira, energia)


podem ser importados. A procura de sequestro de carbono Os possíveis indicadores são a vulnerabilidade das pessoas
(regulação climática dos SE) pode ser satisfeita por uma ou o valor dos activos ameaçados ao risco de inundações,
região com um elevado potencial para sequestrar carbono atributos desejáveis para recreação, acessibilidade e custos

ou os SE culturais, como a recreação, podem ser ativamente de viagem dos visitantes, avaliação socioeconómica e
utilizados noutra região através de viagens (ver Capítulo 6.2). percepções das partes interessadas.
O fenómeno da procura não satisfeita a nível regional é

comum a muitos ES e até agora apenas começámos a A procura envolve preferências humanas que podem ser
compreender os efeitos a longa distância causados determinadas através de questionários, mas também envolve
necessidades básicas (por exemplo, ar não poluído) e SE
realmente utilizados (por exemplo, protecção contra
inundações nas margens de um rio), mesmo quando as pessoas não estão

154 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

ciente deles. Os aspectos de aversão ao risco podem ser influenciar a integridade dos ecossistemas, mas também
baseados em suposições, modelados ou por inquéritos a utilização e melhoria dos SE pode impactar outros
(preferências declaradas). No caso do fornecimento de serviços também. É importante analisar os compromissos
SE, o beneficiário poderia ser um agricultor que beneficia ambientais resultantes (ver Capítulo 5.7), mas muitas
de um ecossistema agrícola intacto. Poderia, no entanto, vezes são difíceis de mapear.
ser também a população regional quem formula a procura
de alimentos produzidos localmente.
Exemplo 6. Entrada de nitrogênio na Europa
O indicador Excedente Bruto de Nitrogênio
(GNS) indica o excedente potencial de
nitrogênio (N) nas terras agrícolas. Para a
Contribuições humanas
UE-27, manteve-se relativamente estável
entre 2005 e 2008, com cerca de 51 kg N/ha/
Definição: Os insumos humanos abrangem todas as ano. O GNS para a UE-15 reduziu entre 2001
contribuições antropogênicas para a geração de SE, como e 2008 de 66 para 58 kg N/ha/ano. O GNS
o uso e gestão da terra (incluindo insumos do sistema foi mais elevado entre 2005 e 2008 nos
como energia, água, fertilizantes, pesticidas, trabalho, países do Noroeste da Europa (Bélgica,
tecnologia, conhecimento), pressões humanas sobre o Países Baixos, Noruega, Reino Unido,
sistema (por exemplo, eutrofização , perda de Alemanha, Dinamarca) e nas ilhas
biodiversidade) e medidas de proteção que modificam os mediterrânicas de Malta e Chipre, enquanto
ecossistemas e a oferta de SE. muitos dos países do Mediterrâneo (Portugal) ,
Itália, Espanha, Grécia), os países da Europa
Delimitação: Os contributos humanos surgem Central e Oriental apresentam os mais baixos excedentes de
frequentemente como impactos prejudiciais para os
ecossistemas causados pela utilização monocultural da
terra, pela mudança ou intensificação do uso da terra.
Hoje, a maioria dos ecossistemas e dos serviços que Conclusões e
prestam são utilizados e influenciados pelos seres humanos. Recomendações

Necessidade e aplicabilidade: Os seres humanos


desempenham múltiplos papéis nos ecossistemas, Dependendo do âmbito de aplicação, os mapas SE podem
atuando como gestores, mas também como coprodutores, mostrar diferentes aspectos contextuais dos SE, que são
distribuidores ou beneficiários de SE. espacialmente heterogéneos de uma forma diferente e,
portanto, relevantes para o mapeamento SE. Dependendo
Os possíveis indicadores são o tipo e a intensidade do da disponibilidade de dados e da questão política ou das
uso do solo, a carga de poluentes, o consumo de materiais necessidades de informação em questão, o mapeamento
ou energia (como o azoto), o esforço de manutenção da de um ou dois destes aspectos pode ser suficiente.
paisagem e outras contribuições para a SE. Recomenda-se mapear apenas os aspectos que possam
Os impactos humanos são acompanhados, em muitos ser derivados de dados confiáveis. Quando é solicitado o
casos, por perdas substanciais de biodiversidade. monitoramento ou o equilíbrio sistemático ao longo do
tempo, os dados e os indicadores devem ser verificados
Deve ser dada especial atenção aos insumos humanos, duas vezes para fins de comparabilidade, o que também

uma vez que podem alterar consideravelmente a oferta de pode depender dos métodos ou da tecnologia de coleta
SE e este impacto difere espacialmente. Não apenas as de dados e da seleção apropriada de indicadores.
atividades direcionadas de uso da terra

capítulo 5 155
Machine Translated by Google

Leitura adicional
Ala-Hulkko T, Kotavaara O, Alahuhta J, Helle P, Hjort Liu J, Yang W, Li S (2016) Enquadrando os serviços
J (2016) Introduzindo a análise de acessibilidade ecossistêmicos no Antropoceno teleacoplado.
no mapeamento de serviços ecossistêmicos Fronteiras em Ecologia e Meio Ambiente 14:
culturais. Indicadores Ecológicos 66: 416-427. 27-36.

Albert C, Galler C. Hermes J, Neuendorf F, von Nedkov S, Burkhard B (2012) Serviços


Haaren C, Lovett, A (2015) Aplicação de ecossistémicos reguladores de inundações -
indicadores de serviços ecossistêmicos no Mapeamento da oferta e da procura, no
planejamento e gestão da paisagem: A estrutura município de Etropole, Bulgária. Indicadores Ecológicos 21: 67-7
ES-in-Planning. Indicadores Ecológicos 61,
Parte 1: 100-113. Remme RP, Edens B, Schröter M, Hein L (2015)
Contabilidade monetária de serviços
Bastian O, Syrbe RU, Rosenberg M, Rahe D, ecossistêmicos: um caso de teste para a
Grunewald K (2013) A estrutura EPPS de cinco província de Limburg, Holanda. Economia
pilares para quantificar, mapear e gerenciar Ecológica 112: 116-128.
serviços ecossistêmicos. Serviços Ecossistêmicos
4: 15-24. Termansen M, McClean CJ, Jensen FS (2013)
Modelagem e mapeamento da heterogeneidade
Burkhard B, Kandziora M, Hou Y, Müller F (2014) espacial em serviços de recreação florestal.
Potenciais, fluxos e demanda de serviços Economia Ecológica 92: 48-57.
ecossistêmicos – conceitos para localização,
indicação e quantificação espacial. Paisagem Villamagna AM, Angermeier PL, Bennet EM (2013)
Online 34: 1-32. Capacidade, pressão, demanda e fluxo: uma
estrutura conceitual para analisar a provisão e
Fischer A, Eastwood A (2016) Coprodução de entrega de serviços ecossistêmicos.
serviços ecossistêmicos como interações Complexidade Ecológica 15: 114-121.
homem-natureza - Uma estrutura analítica.
Política de Uso da Terra 52: 41-50. Walz U (2015) Indicadores para monitorar a
diversidade estrutural das paisagens.
Grunewald K, Herold H, Marzelli S, Meinel G, Syrbe Modelagem Ecológica 295 (1): 88-106.
RU, Walz U (2016) Avaliação dos serviços
ecossistémicos a nível nacional na Alemanha – Wolff S, Schulp CJE, Verburg PH (2015) Mapeando
ilustração do conceito e desenvolvimento de a demanda de serviços ecossistêmicos: uma
indicadores através do exemplo fornecimento revisão da pesquisa atual e perspectivas futuras.
de madeira. Indicadores Ecológicos 70: 181-195. Indicadores Ecológicos 55: 159-171.

Jones L, Norton Z, Austin AL, Browne D, Donovan


BA, Emmett ZJ, Grabowski DC, Howard JPG,
Jones JO, Kenter W, Manley C, Morris DA,
Robinson C, Short GM, Siri-wardena CJ,
Stevens J, Storkey RD, Waters G, Willis F (2016)
Estoques e fluxos de capital natural e de origem
humana em serviços ecossistêmicos. Política de
Uso do Solo 52: 151-162.

156 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

5.2. Onde mapear?


Ulrich Walz, Ralf-Uwe Syrbe e Karsten Grunewald

A abordagem espacial-estrutural

É uma característica importante dos ecossistemas Unidades. Para fins de mapeamento, tal SPU deve
naturais e cultivados o facto de não estarem ser considerada uma unidade espacial. Isto abre
uniformemente distribuídos pelas paisagens, áreas caminho para a aplicação de métodos de avaliação
costeiras ou marinhas e também variarem ao longo geográfica à escala da paisagem, baseados em
do tempo. Os serviços ecossistêmicos (SE) são unidades de paisagem correspondentes à área de
geralmente gerados por processos ecológicos dentro influência (ver acima).
de sua área de influência, tais como bacias
hidrográficas, habitats, regiões naturais ou unidades Para evitar confusão terminológica com diferentes
de uso da terra. Isto sugere a necessidade de variantes de SPU, denominamos os complexos
avaliações específicas do local. Portanto, cada serviço espacialmente definidos como Áreas de Prestação
ecossistêmico não deve ser avaliado apenas de Serviços (ZPE) (ver Caixa de Texto 1). As ZPE
considerando os tipos de ecossistemas subjacentes, mas também
são umacom relação
base a:
promissora para uma abordagem
inclusiva dos SE à escala da paisagem.
• condições regionais naturais subjacentes (geologia,
configuração do relevo, solo, clima, etc.), Dado que as áreas prestadoras de serviços definidas
acima incluem ecossistemas inteiros, as suas

suas relações posicionais com os principais populações constituintes e as características biofísicas
tipos de paisagem (urbana, agrária, próxima à subjacentes, a melhor forma de captá-los espacialmente
natureza), é como unidades espaciais ecológicas (por exemplo,
• a configuração (estrutura da paisagem) das unidades espaços habitacionais, massas de água ou áreas de
correspondentes (bacias hidrográficas, regiões solo) ou como área de influência do respectivo
naturais, etc.) com recursos naturais ou usos processos (por exemplo, áreas de captação, planícies aluviais).
da terra, • as relações Deste ponto de vista, tais áreas delineadas
entre os provedores ecossistêmicos de um serviço e biofisicamente são mais adequadas para análise do
os grupos de pessoas que dele fazem uso (ou que unidades administrativas.
seja, beneficiários) e
No quadro da análise espacial, contudo, não só as
• a utilização, gestão e manutenção do respectivo ZPE são de interesse, mas também as regiões para
ecossistema. as quais os seus benefícios revertem. Por exemplo,
pode-se perguntar: onde é necessário o benefício de
um determinado serviço ecossistêmico? Além das
Relações espaciais, tipos de área áreas de prestação de serviços (ZPE), devem ser
definidas as Áreas Beneficiárias de Serviços (SBA)
nas quais os beneficiários recebem o serviço (ver
A abordagem holística apresentada aqui pressupõe Caixa de Texto 1). Num quadro espacial, as áreas
que sistemas ecológicos complexos estão subjacentes urbanas, as áreas de assentamento rural e
à produção da maioria dos SE, que podem ser vistos especialmente as unidades administrativas poderiam
como SPUs, ou Serviços de Prestação de Serviços. ser consideradas como SBAs. Fatores como densidade populaciona

capítulo 5 157
Machine Translated by Google

A cidade, as instalações sociais (por exemplo, escolas,


hospitais, mas também parques para recreação) e as Caixa de texto 2. Exemplo
estruturas construídas (edifícios residenciais, comerciais
ou industriais) ou o número e tamanho dos agregados O serviço de regulação das águas das cheias depende
principalmente do carácter da bacia hidrográfica que está
familiares, são importantes como indicadores (por exemplo,
a montante dos beneficiários, enquanto o benefício da
medidas de procura por agregado familiar para ES específicos) .
redução do risco de cheias nas cidades populosas ao

longo das planícies aluviais é presumivelmente mais


Caixa de texto 1. Definições elevado nas regiões mais baixas e mais urbanizadas. Isto
levanta a questão de saber se os residentes nas zonas

Área de Prestação de Serviços (ZPE): unidade espacial superiores deveriam renunciar unilateralmente às opções

dentro da qual é prestado um serviço ecossistêmico. de desenvolvimento em favor dos beneficiários ribeirinhos

Esta área pode incluir populações animais e vegetais, a jusante e, em caso afirmativo, a que montante de

componentes abióticos, bem como intervenientes humanos. compensação deveriam ter direito? Deverão as casas
mais vulneráveis num assentamento a jusante ser
reassentadas fora das planícies aluviais ou melhor

Área Beneficiária de Serviços (SBA): unidade espacial protegidas?

para a qual um fluxo de serviços ecossistêmicos é A área de ligação de serviços também desempenha um

entregue aos beneficiários. Os SBAs delineiam papel importante, uma vez que, por exemplo, a geometria

espacialmente grupos de pessoas que, consciente ou do canal, os cursos de água tributários, as planícies

inconscientemente, beneficiam do serviço ecossistémico de interesse. aluviais naturais e as zonas húmidas e os reservatórios
ou outras infra-estruturas cinzentas podem modificar

Área de Conexão de Serviços (SCA): espaço de fortemente a gravidade de uma potencial inundação.

conexão entre áreas não adjacentes de prestação de


serviços ecossistêmicos e áreas beneficiárias de serviços.
As propriedades do espaço de ligação influenciam a a. «in situ»: os dois tipos de áreas são idênticos, ou
transferência do benefício (ver também a Caixa de Texto
seja, os SE são abastecidos e procurados na mesma
2).
área (por exemplo, a população utiliza as águas
subterrâneas da sua área de assentamento),
b. 'procura central': a área envolvente fornece/impacta
numa área de procura central (por exemplo, um
As áreas de prestação de serviços e de beneficiários de assentamento beneficia do fornecimento de ar
serviços podem sobrepor-se, mas também são possíveis fresco e frio que é gerado por espaços abertos na
diferenças espaciais significativas (ver exemplo na Caixa envolvente),
de Texto 2). Se as áreas prestadoras e beneficiárias do
serviço não forem adjacentes, as propriedades do espaço c. 'omnidirecional': a área que beneficia o serviço circunda

de ligação podem ter influência na prestação do serviço uma área que presta o serviço independente da
(ver Caixa de Texto 2). Incluímos esse espaço intersticial direção (por exemplo, terras agrícolas se beneficiam
entre áreas prestadoras de serviços e áreas beneficiárias de sebes como espaço de vida para insetos
de serviços em nossas considerações sob o termo Área de benéficos),
Conexão de Serviços (SCA) (cf. Fig. 1). d. 'Direcional sem dependência de um declive': a área
beneficiária do serviço está situada “atrás” da área
prestadora de serviço, protegida, por assim dizer, em
relação à direção de impacto predominante (por
Podem ser distinguidos os seguintes tipos fundamentais de exemplo, uma área residencial protegida contra o
relações entre as áreas prestadoras de serviços e as áreas ruído do tráfego por uma floresta ),
beneficiárias dos serviços (Fig. 1):

158 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

SPA
= SBA SPA
SBA
SPA SBA

a) 'in situ': SPA e SBA são b) 'central': entorno abastece/age c) 'omnidirecional': direcionado para
idênticos na área central beneficiada todos os lados - para um entorno maior
área

SPA SPA

S
P SCA SCA
A
SBA SBA
SBA

d) ‘direcional’ – separados e) 'direcional' – espacialmente f) “não direcional” – separados


espacialmente entre si: separados uns dos outros (por espacialmente um do outro
SBA está 'atrás' do SPA exemplo, dependente da inclinação)

Figura 1. Tipos de relações espaciais de Áreas Prestadoras de Serviços (ZPE), Áreas Beneficiárias de Serviços (SBA) e
Áreas de Conexão de Serviços (SCA) (adaptado e ampliado de Fisher et al. 2009; Syrbe & Walz 2012).

e. 'declive direcional': a área beneficiária do serviço Analisando as estruturas espaciais


está situada a jusante (a jusante) da área
prestadora do serviço, ou seja, o serviço depende Uma vez definidas as ZPE, SBA e SCA para cada

de processos gravitacionais (por exemplo, ar serviço ecossistêmico (ver exemplos na Tabela 1), elas
frio, água, avalanches) e podem ser descritas com mais detalhes de acordo com
suas propriedades, como estrutura, tipo e características
f. 'espacialmente separados': por exemplo, água da situação espacial. A caracterização abrangente de
potável, produção de alimentos, áreas recreativas. uma área prestadora de serviços deve conter pelo
Podem existir diferentes métodos de ligação, menos as seguintes informações:
por exemplo, fluxo hidrológico natural dentro de
bacias hidrográficas, infra-estruturas (tubulações/
aquedutos) ou redes de estradas/trilhas. 1. uma caracterização do local e classificação do

potencial de prestação do serviço no que diz


Os tipos de relação d, e e f podem exibir especialmente respeito aos processos naturais necessários e à
áreas consideráveis de conexão de serviços. sua dinâmica,

capítulo 5 159
Machine Translated by Google

Tabela 1. Exemplos de Serviços Ecossistêmicos, que dependem de processos paisagísticos laterais ou verticais, com
Áreas de Prestação de Serviços (SPA), Áreas Beneficiárias de Serviços (SBA), Áreas de Conexão de Serviços (SCA)
associadas (adaptado de Syrbe & Walz 2012).

Área de prestação de serviços Área de conexão de Área beneficiada pelo serviço


Serviços de ecossistemas *
(SPA) serviço (SCA) (SBA)

Caminhos de fluxo das águas


Terras aráveis, florestas,
subterrâneas (com possíveis
P recarga de águas pastagens, zonas húmidas e Áreas de assentamento, áreas
locais contaminados e áreas
subterrâneas outras terras abertas numa irrigadas
de risco para a proteção das
bacia hidrográfica
águas subterrâneas)

Corpos de águas subterrâneas, Áreas de assentamento, indústria


Cabeceiras e captação
P água potável córregos, rios (dutos); (ver (para produção, menos para
áreas
Capítulo 6.2) resfriamento)

Forragem P para animais de


Pastagens e culturas forrageiras Caminhos pastorais Fazendas
pasto

R proteção contra monte de Florestas, árvores rodoviárias, Aterros em estradas Por exemplo, estradas, linhas
neve, tempestade arbustos, sebes e linhas ferroviárias ferroviárias e pistas

Prevenção de erosão R Florestas, sebes, arbustos,


Áreas sob cultivo,
- pelo vento árvores e arbustos (pastagens, culturas Bordas de campo, ravinas
reservatórios de água
- Por água permanentes)

Florestas, lagoas, zonas húmidas,


Várzeas acima das áreas Área construída na várzea
R prevenção de inundações etc. na geração de inundações
beneficiadas
áreas

R regulação climática local Terrenos abertos, parques acima das Encostas (com ou sem obstáculos)
Cidade no vale
(ar frio/fresco) cidades ao redor de uma cidade

Áreas (se for o caso, edifícios)


Vegetação à beira da estrada, madeira, Área residencial e de
Redução de ruído R ao redor da fonte de ruído
muralhas lazer

Áreas residenciais
Prevenção de Floresta acima de áreas residenciais
Área de declive ou recreativas abaixo de encostas
ou recreativas
avalanches e deslizamentos de terra
íngremes

Raio de voo e habitat de Fazendas com culturas


Polinização R Habitats de nidificação de insetos
forrageamento que requerem polinização

Habitats de nidificação de
R controle de pragas Habitat de forrageamento Terra cultivada
predadores

R fluxo de água Massas de água superficiais, Áreas residenciais


Captações de água
purificação zonas húmidas ou recreativas

Viewsheds (áreas que podem ser


C apreciado Linha de visão, campo Assentamentos e
vistas de um local
cenário aberto infraestrutura turística
específico)

C recreação Corpos de água superficiais, Rede rodoviária e de caminhos


Unidades de alojamento turístico
Atividades montanhas, madeira entre SPA e SBA

*Tipo de serviço: P – serviços de abastecimento, R – serviços de regulação, H – serviços de habitat,


C – serviços culturais

160 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

2. uma análise dos padrões de uso humano também riscos de inundação) ou a taxas insustentáveis de
no que diz respeito à sua estrutura interna, por exploração de recursos (ver acima). Além disso,
exemplo, através de métricas de paisagem e recursos limitados ou amplamente exigidos exigem
regras claras para o acesso aos mesmos, a fim de
3. a consideração das condições de localização e evitar “efeitos de aproveitamento” (beneficiar de um
vizinhança de acordo com os respectivos serviço sem contribuir para ele) e maus investimentos.
processos. O tipo de acesso (privado, comum ou público) a um
recurso e a possibilidade de excluir pessoas desse
A comparação e as relações posicionais das áreas acesso determinam a comercialização ou não
prestadoras de serviços com as áreas beneficiárias comercialização do SE.
e conectadas de serviços associadas constituem
outro ponto focal da investigação espacial. As
características das áreas prestadoras de serviços Mesmo que uma área de ligação de serviços não
baseiam-se principalmente nas ciências naturais, exista separadamente porque as áreas de prestação
uma vez que se referem aos recursos naturais de serviços e de benefícios de serviços se
benéficos e - se for o caso - aos processos que sobrepõem, uma análise das propriedades de
asseguram a sua regeneração. Além disso, a análise ligação é útil, uma vez que os processos de
precisa examinar se os investimentos (medidas de transferência horizontal são influenciados pelas características da
proteção ou de gestão) são necessários para Se existir um espaço intersticial entre a área
preservar a capacidade de prestação de serviços. prestadora de serviços e a área beneficiária dos
Nesse caso, o tipo e a frequência das medidas de serviços, este espaço de ligação necessita primeiro
manutenção devem ser determinados e as regras de ser determinado mais de perto, o que por vezes
de cultivo necessárias devem ser conhecidas. Se o pode ser difícil. Isto pode ser modelado, por
capital natural for redutível (pelo consumo), a exemplo, utilizando os caminhos de transporte e
capacidade natural de regeneração tem de ser transformação de substâncias, energia, biota e
determinada, a fim de adaptar o consumo à taxa de possivelmente também informação.
regeneração, caso se pretenda alcançar uma gestão
sustentável dos recursos.

Unidades espaciais como base


para avaliações de serviços ecossistêmicos
A caracterização das áreas beneficiárias dos
serviços também inclui análises mais aprofundadas Dependendo do tipo de serviço ecossistêmico que
das ciências sociais. Especialmente, as exigências está sendo avaliado, unidades espaciais muito
dos utilizadores também têm de ser incorporadas na diferentes podem ser consideradas para prestação
análise dos SBA. Dependendo da área de de serviços, áreas beneficiárias e de conexão
investigação, as demandas, preferências e valores (Tabela 2). Além disso, certos intervenientes cujas
dos grupos populacionais beneficiados representam ações contribuem significativamente para o
indicadores da demanda pelo SE. O tamanho de um benefício podem participar na prestação de serviços
grupo populacional é uma base importante para ou na transferência de benefícios. Estimular o seu
determinar e avaliar o serviço. No entanto, a questão interesse económico (remunerando-os em vez de os
de saber se os valores-limite devem ou devem ser prejudicar) é um objectivo essencial da abordagem
definidos é também crucial para a avaliação. Este SE.
pode ser o caso, por exemplo, no que diz respeito a
pessoas ameaçadas por catástrofes naturais (por Exemplos de diferentes tipos de unidades espaciais
exemplo, restrição de áreas de construção devido a para capturar e avaliar serviços ecossistêmicos
individuais são:

capítulo 5 161
Machine Translated by Google

Tabela 2. Exemplo de adequação de unidades de paisagem para designação de áreas de oferta,


beneficiamento e ligação.

Natureza e origem do serviço Unidade espacial

Gerado por espécies específicas Habitats adequados

Baseado em recursos biofísicos Regiões naturais

Dependendo do mosaico paisagístico específico Unidade espacial com características espaciais comparáveis

Gerado por um processo abiótico Área de influência deste processo

Dependente de práticas específicas de gestão de terras Unidades de gestão

Enraizado na história e na cultura Unidades da paisagem cultural histórica

Serviços hidrológicos Áreas de captação de água

Demanda por serviços ecossistêmicos por parte das pessoas Unidades administrativas

a. Superfícies únicas (manchas), elementos da Conclusões


paisagem, como secções de campos aráveis ou
florestas, fornecem a base espacial de Uma vantagem decisiva de uma abordagem espacial-
referência mais frequentemente utilizada para estrutural é que ela torna possível compreender os
a avaliação beneficiários e fluxos dos SE. Assim que for possível
global. b. As unidades administrativas são úteis se determinar o beneficiário de um serviço, o benefício
forem analisados dados que tenham essas desse serviço também poderá ser identificado. Isto
unidades como base de referência, tais como aplica-se especialmente quando a prestação e a
dados socioeconómicos ou condições de utilização de tais serviços não se sobrepõem
enquadramento jurídico. c. As áreas de captação de espacialmente.
água são unidades morfológicas típicas que Só este conhecimento permite conceber sistemas de
podem ser bem delimitadas usando SIG com incentivos e pagamentos justos aos prestadores
base num modelo digital de elevação (ver Capítulo 3.4).
quando prestam este serviço (ver Capítulos 7.2 e
Representam, portanto, as unidades de 7.3). Este é também o pré-requisito para a
referência comuns para serviços hidrológicos. disponibilidade dos ES a longo prazo.
d. As unidades naturais devem ser utilizadas se as
propriedades naturais, como as condições do
solo, as formas da superfície, o clima, a geologia
ou a vegetação determinarem principalmente um serviço.Leitura adicional
e. As unidades de paisagem, delimitadas não apenas
de acordo com as condições naturais, mas Bagstad KJ, Villa F, Batker D, Harrison-Cox J,
também de acordo com o uso da terra, são Voigt B, Johnson GW (2014) Dos serviços
utilizáveis para a maioria dos serviços, ecossistêmicos teóricos aos reais:
especialmente para avaliação de SE à escala Mapeando beneficiários e fluxos espaciais
local. Estas unidades servem como base de em avaliações de serviços ecossistêmicos.
referência para avaliar diferentes aspectos da Ecologia e Sociedade 19(2): 64.
diversidade, para determinar a heterogeneidade
espacial e como quadro espacial para a gestão prática.

162 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

Bastian O, Grunewald K, Syrbe RU (2012) Grunewald K, Bastian O (Eds) (2015) Serviços


Aspectos espaciais e temporais dos serviços Ecossistêmicos. Conceito, Métodos e Estudos
ecossistémicos, usando o exemplo da Directiva- de Caso. Berlim, 312 pp.
Quadro da Água da UE. Revista Internacional
de Ciência da Biodiversidade, Serviços e Syrbe RU, Walz U (2012) Indicadores espaciais
Gestão de Ecossistemas: 1-12. para avaliação de serviços ecossistêmicos:
Fornecendo, beneficiando e conectando áreas
Burkhard B, Kandziora M, Hou Y, Müller F (2014) e métricas de paisagem. Indicadores
Potenciais, Fluxos e Demandas de Serviços Ecológicos 21: 80-88.
Ecossistêmicos - Conceitos para Localização,
Indicação e Quantificação Espacial. Paisagem
online 34: 1-32.

Fisher B, Turner RK, Morling P (2009) Definição


e classificação de serviços ecossistêmicos
para tomada de decisão. Economia Ecológica
68 (3): 643-653.

capítulo 5 163
Machine Translated by Google

5.3. Quando mapear?


Carlos Guerra, Rob Alkemade e Joachim Maes

Preparando a cena

O mapeamento dos serviços ecossistêmicos (SE) é não considera que SE específicos são frequentemente
frequentemente visto como um problema tridimensional fornecidos em diferentes momentos no tempo (por
estático onde o espaço (x, y) e o valor de um exemplo, polinização, produção de alimentos e
determinado serviço ecossistêmico (z) são referidos regulação de inundações) e geram benefícios que
como os principais fatores de análise. Um amplo podem ser igualmente deslocados temporalmente (por
grupo de exemplos que seguem esta abordagem exemplo, na regulação de inundações há um intervalo
povoam artigos científicos, livros e relatórios técnicos de tempo entre a diminuição acumulada de escoamento
atuais. O problema com estas avaliações é que muitas [vazão superficial de água] por percolação e a própria
vezes consideram que o valor de um determinado redução da planície de inundação a jusante).
serviço ecossistémico num determinado local é (a) Isto resulta do facto de os processos/ciclos ecológicos
estável no tempo ou (b) já encapsula os efeitos dos variarem ao longo do tempo e, porque a maioria dos
processos/ciclos ecológicos subjacentes. SE (nomeadamente, serviços de produção e regulação)
dependem de processos/ciclos ecológicos específicos,
Sob uma notação espacial (x, y, z), a oferta de serviços a oferta de serviços ecossistémicos também é
ecossistêmicos é representada por uma magnitude, dinâmica. Esta dinâmica pode ser ilustrada centrando-
uma distribuição ou configuração espacial e uma se num fornecedor de serviços ecossistémicos
extensão. Embora perspicaz, esta abordagem específico, por exemplo, uma árvore de folha caduca (Figura 1).

Figura 1. Exemplo de um ciclo anual de fornecimento de serviços ecossistêmicos considerando uma árvore caducifólia como o foco
do fornecimento de serviços ecossistêmicos.

164 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

De janeiro a dezembro, o ciclo de vida de uma árvore por exemplo, na proteção contra inundações, é
caducifólia permite o fornecimento de uma quantidade possível focar em variações horárias (se for
relativamente grande de SE. Com início na considerado um pico de cheia e for estudada a
primavera, esta única árvore representa um capacidade da vegetação em reduzir a velocidade
importante suporte para a nidificação de aves, do escoamento), variações mensais (se o objetivo
contribuindo para a qualidade do habitat e, ao mesmo for identificar hotspots da oferta de serviços
tempo, através de processos fotossintéticos, captura ecossistémicos), ou variações anuais que podem ser
carbono e outros poluentes atmosféricos, melhorando projectadas ao longo dos séculos (se o objectivo for
assim a qualidade do ar local. Com o passar do estudar a probabilidade de ocorrência de cheias ou
tempo, dá sombra para piqueniques no verão, mas a projecção de tendências).
também promove a absorção de calor e reduz o
efeito albedo que ajuda a reduzir as ondas de calor Outra dimensão da complexidade é também o
nas cidades ou a probabilidade de incêndios nas desfasamento significativo entre o potencial de
florestas. No final do verão, inicia-se a estação das fornecimento de serviços ecossistémicos e o
chuvas e a mesma árvore contribui para controlar a fornecimento real de serviços ecossistémicos. Esse
erosão do solo, reduzindo o poder erosivo da descompasso também está ligado a questões temporais.
precipitação.
No outono, as folhas caem contribuindo para a Considerar a protecção do solo como um serviço
fertilidade do solo local. A paisagem muda para cores regulador do ecossistema. Neste contexto, a
outonais que inspiram poetas, pintores e cobertura vegetal protege os solos da erosão. Se a
montanhistas. Quando chega o inverno, a mesma vegetação for removida, por exemplo através da
árvore que no verão absorvia o calor, agora deixa colheita de culturas, existe um maior risco de erosão.
passar a radiação solar e assim melhora a regulação Se avaliarmos a dinâmica temporal da cobertura
do calor local. Quando isolada, esta árvore vegetal (aqui representando o potencial para fornecer
caducifólia tem um potencial bastante limitado para prevenção da erosão do solo) e a oferta real de
fornecer todos estes SE mas, quando faz parte de serviços ecossistémicos (erosão evitada), estas
uma comunidade (por exemplo, integrada numa variáveis têm duas distribuições temporais muito
floresta caducifólia), este potencial é multiplicado e diferentes, resultando num descompasso entre
novos SE podem surgir. oferta e procura.

Este exemplo serve para mostrar a dinâmica e a Quanto à oferta de serviços ecossistémicos, a procura
complementaridade da oferta de serviços de SE também é dinâmica. Geralmente correlaciona-
ecossistémicos ao longo do tempo. Também destaca se com os ciclos de impacto ambiental (no caso dos
a necessidade de incluir variações temporais na serviços de regulação), ciclos de produção (por
avaliação dos SE, uma vez que a probabilidade de exemplo, a necessidade de serviços de polinização
representação incorrecta da oferta de serviços de acordo com os ciclos das culturas), exigências
ecossistémicos em avaliações estáticas é específicas dos consumidores (por exemplo, o
considerável. Na verdade, a dependência temporal aumento da procura de bacalhau ou peru durante o
dos SE corresponde a uma questão muito ampla e período de Natal) , ciclos recreativos (ex. aumento
complexa que inclui várias escalas de tempo, que da procura de zonas de caminhada durante o verão),
vão desde escalas de tempo muito curtas (dentro entre outros. As potenciais diferenças entre a
de um dia ou um ano) até vários anos, décadas ou dinâmica da procura e da oferta de SE estão entre
séculos, dependendo do serviço ecossistémico em avaliação. .
os motores da sobreexploração dos ecossistemas,
A seleção adequada da escala de avaliação é tornando a avaliação da dinâmica temporal ainda
fundamental e depende principalmente dos objetivos mais significativa.
da avaliação e do ciclo/processo ecológico em
estudo. Para

capítulo 5 165
Machine Translated by Google

Dinâmica dos serviços ecossistêmicos Para avaliar eficazmente a oferta de serviços


ecossistémicos, é essencial implementar abordagens
A avaliação do potencial, da oferta e da procura dos metodológicas que considerem indicadores que
serviços ecossistémicos (ver Capítulo 5.1) requer variam ao longo do tempo e do espaço. Muitos
uma compreensão profunda dos ciclos ecológicos e exemplos destas abordagens podem ser encontrados
dos mecanismos dos serviços ecossistémicos. Ambas na literatura (ver a secção “Leituras adicionais” neste
são dinâmicas e implicam o reconhecimento de que capítulo) e, mais recentemente, StDMs (metodologias
um serviço ecossistémico depende de múltiplos dinâmicas estocásticas) estão a ser utilizadas para
processos que ocorrem simultaneamente com realçar a influência de estratégias específicas de
objectivos diferentes (muitas vezes concorrentes) e gestão da terra na condição do ecossistema e nas
que o fornecimento de serviços ecossistémicos é condições relacionadas. oferta de serviços ecossistêmicos.
assegurado por diferentes prestadores de serviços
ecossistémicos com os seus próprios ciclos, metas e Independentemente do método escolhido, há três
tendências ecológicas específicas. dimensões principais a serem consideradas na
implementação de uma avaliação dinâmica da oferta
Este reconhecimento é fundamental na avaliação da de serviços ecossistêmicos: i) a amplitude temporal
oferta de serviços ecossistémicos, mas também significativa dos ciclos ecológicos subjacentes; ii)
depende dos objectivos da avaliação e da questão processos de codependência e seu impacto na
de investigação que está a ser abordada. prestação de múltiplos SE; e iii) sazonalidade.
Numa abordagem estática, os indicadores da oferta
de serviços ecossistémicos retratam um instantâneo
(uma imagem de um único momento no tempo). Os processos ecológicos desenvolvem-se dentro de
Estes indicadores negligenciam muitas vezes a uma ampla gama de ciclos temporais, de curto a
existência de ciclos e dinâmicas ecológicas ou longo prazo. Portanto, avaliar corretamente o SE
ambientais ou assumem que estes já estão depende fortemente da identificação da amplitude
contemplados nos resultados obtidos. Embora estes temporal relevante que permite capturar toda a
indicadores possam eventualmente ser utilizados extensão da oferta de serviços ecossistêmicos.
como indicadores de estado ou de impacto, muitas Outro aspecto a considerar é a determinação da
vezes não têm a capacidade de produzir uma boa amplitude temporal relevante para identificar o efeito
representação da oferta de serviços ecossistémicos de factores específicos na oferta de serviços
que seja adequada para apoio político, avaliações de ecossistémicos. Em alguns casos, dentro do mesmo
gestão de terras ou outras formas de tomada de decisão. processo ecológico, é necessário olhar para os ciclos
de curto e longo prazo, a fim de compreender a
Uma das razões para isto é a incapacidade dos contribuição da oferta de serviços ecossistémicos
indicadores estáticos de captar a influência de para a sociedade e a influência dos diferentes
práticas de gestão específicas na oferta global de factores. Bons exemplos vêm da avaliação da
serviços ecossistémicos. Ou pelo menos isto muitas contribuição do SE para mitigar um evento de
vezes só é verdade quando se utilizam ciclos longos inundação específico versus a determinação do
e quando é efectivamente estabelecida uma relação efeito de mitigação no caso de eventos extremos e
directa entre a oferta de serviços ecossistémicos e de longo prazo (por exemplo, um evento de
os efeitos acumulados de impactos específicos (por probabilidade de 0,01, como uma “inundação de 100 anos” ).
exemplo, o efeito da aragem intensiva na erosão do
solo). Neste exemplo, um indicador estático de Ao mesmo tempo, muitos processos ecológicos têm
prevenção de impacto pode ser usado para ilustrar a “múltiplas” relações de co-dependência entre si.
distribuição espacial da oferta de serviços Esta dependência é muitas vezes determinada pelo
ecossistêmicos, mas fornece pouca informação ciclo de um ou mais componentes do ecossistema e
sobre o processo subjacente. também é

166 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

reflectido na oferta de serviços ecossistémicos. Por da sedimentação do solo em zonas húmidas), mas
exemplo, tanto a regulação das cheias como a também pode permitir a determinação da influência de

prevenção da erosão do solo dependem dos processos factores específicos em relação a funções ecológicas
pelos quais a água se infiltra no solo e é retida pela específicas. Aqui reside o valor da análise de tendências,
vegetação. Embora utilize processos e interações a contribuição para a compreensão dos caminhos de
diferentes, a vegetação desempenha um papel desenvolvimento passados e atuais, a fim de criar
significativo no fornecimento destes dois serviços conhecimento sobre o futuro dos ecossistemas.
ecossistémicos diferentes. Tal como neste exemplo,
estes efeitos de co-dependência muitas vezes não
acontecem necessariamente ao mesmo tempo e são, As avaliações actuais dos SE nem sempre favorecem a
portanto, frequentemente ignorados pela análise da utilização de séries cronológicas. Isto muitas vezes

oferta de serviços ecossistémicos. resulta de limitações de dados relativamente à utilização


e disponibilidade de conjuntos de dados contemporâneos
Por exemplo, o rendimento das culturas depende para todos os componentes do sistema, mas também,
fortemente da água (da infiltração) e da disponibilidade e mais importante, da disponibilidade de conjuntos de
de nutrientes (por exemplo, da nitrificação), mas a dados temporais com uma amplitude e uma frequência
prestação de serviços destes três serviços ocorre e tem que são relevantes para os processos em estudo. Uma
de ser quantificada em diferentes níveis. limitação comum está relacionada com a disponibilidade
momentos no tempo. de séries temporais comparáveis de conjuntos de dados
de solo ou a existência e disponibilidade de dados de
Relacionada com isto está a sazonalidade da oferta de biodiversidade com extensão temática, temporal e espacial relevante.
serviços ecossistêmicos e os benefícios relacionados.
Anteriormente ilustrado na Figura 1, a intensidade e a No entanto, a utilização da análise de tendências
frequência da oferta de serviços ecossistémicos corresponde a uma das ferramentas mais valiosas para
dependem fortemente da sazonalidade dos processos identificar os determinantes da mudança. Exemplos
ecológicos subjacentes a um determinado ecossistema. disto podem ser vistos na literatura (ver leituras adicionais
para referências) usando longas séries temporais para
ilustrar os efeitos das políticas, gestão de terras, incêndios
Todos estes diferentes aspectos contribuem para florestais, entre outros. A Figura 2 apresenta uma
prejudicar a quantificação da oferta de serviços ilustração de uma série temporal de mudanças na
ecossistémicos e a sua análise. Ao avaliar as dinâmicas cobertura e uso do solo para uma paisagem de montado
de perturbação ou recuperação, uma avaliação da oferta no Sul de Portugal a partir da qual é possível calcular
de serviços ecossistémicos deve considerar pelo menos tendências de longo prazo. Esses dados são de
um ou mais destes diferentes aspectos, a fim de produzir importância crítica para a compreensão das mudanças
resultados consistentes e permitir a ilustração de nos SE ao longo do tempo, como resultado de mudanças
dinâmicas específicas de mudança. na gestão e na implementação de políticas.

Análise de tendências Análise de cenário

Os ecossistemas evoluem ao longo do tempo à medida Ao mesmo tempo, a análise de tendências também
que são afetados e reagem a diferentes fatores de apresenta uma oportunidade valiosa para melhor
mudança humanos e ambientais. Esta evolução pode conceber e descrever cenários futuros de desenvolvimento
resultar em efeitos cumulativos para o ecossistema (por de ecossistemas. Esses cenários são representações
exemplo, o efeito cumulativo plausíveis de possíveis estados futuros para um ou

capítulo 5 167
Machine Translated by Google

Mudança no uso da terra

Superfícies Terras aráveis e culturas permanentes Agro-silvicultura Pastagens Áreas florestais Superfícies de água
artificiais áreas permanentes

Mudança de cobertura do solo

Superfícies Terra arável irrigada Terra arável não irrigada Olivais Pomares Áreas agroflorestais com >50%
artificiais de cobertura arbórea
Áreas agroflorestais com 30- Áreas agroflorestais com 30- Áreas agroflorestais com Áreas agroflorestais com
50% de cobertura arbórea e >50% 50% de cobertura arbórea e <50% <30% de cobertura arbórea e >50% <30% de cobertura arbórea
de arbustos de arbustos de arbustos e <50% de arbustos

Pastagens permanentes Floresta mista Floresta de produção Associações de arbustos e/ou vegetação Corpos d’água
herbácea

1951 1969 1986 1995 2004 2012


tempo

Figura 2. Exemplo de alteração do uso e cobertura do solo ao longo de um período de 61 anos numa área de montado
no Sul de Portugal.

mais componentes de um sistema, ou como políticas um assunto específico e analisar os motores de mudança
alternativas ou opções de gestão destinadas a alterar o que provavelmente estarão envolvidos nas tendências
estado futuro desses componentes. previstas. Esta fase resulta em alguns cenários plausíveis.
A análise de cenários nas avaliações dos ecossistemas, Uma segunda fase consiste em traduzir estes cenários,
no apoio político e na tomada de decisões visa visualizar quantitativa ou qualitativamente, em variáveis que
os impactos futuros na biodiversidade e nos SE de descrevam os principais motores da mudança, como o
alterações globais, regionais ou locais, tais como desenvolvimento económico ou a demografia. Estes
alterações no uso dos solos, espécies exóticas invasoras, factores de mudança constituem então o contributo para
sobre-exploração, alterações climáticas e poluição. A modelos que relacionam estas mudanças com as
análise de cenários também fornece apoio à decisão alterações ambientais, tais como as alterações no uso
para o desenvolvimento de estratégias de gestão do solo ou as alterações climáticas, e com a biodiversidade
adaptativas e para a exploração das implicações de e os SE. Uma terceira fase começa com a análise dos
caminhos alternativos de desenvolvimento socioecológico resultados destes modelos e a formulação de opções
e opções políticas. Ao mesmo tempo, a análise e o políticas para evitar desenvolvimentos indesejados em
planeamento de cenários foram aplicados com sucesso variáveis-chave da biodiversidade e dos SE.
em muitos estudos locais, na avaliação nacional e em
avaliações regionais e globais (Capítulo 5.7.3).
Os modelos utilizados na análise de cenários são
normalmente capazes de descrever relações dinâmicas
Geralmente, a análise de cenário inclui três fases entre os fatores determinantes, a biodiversidade e os
principais. O passo inicial é definir as principais SE. Muitas vezes é necessária uma ampla gama de
tendências para uma região específica ou para modelos para realizar uma análise de cenário adequada. Não somente

168 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

são necessários modelos que quantifiquem mudanças Em alguns casos, se qualquer abordagem de modelagem
de SE com base em mudanças no uso da terra, mas for implementada, essas incompatibilidades não poderão
também modelos que impulsionem essas mudanças no ser simplesmente superadas e muitas vezes avaliações
uso da terra, tais como modelos económicos e demográficos. de propagação de erros deverão ser implementadas
Além disso, são necessários modelos hidrológicos e para minimizar efeitos indesejados.
outros modelos biofísicos em combinação com

interacções com a biodiversidade se questões mais Independentemente dos problemas ou possíveis


complexas estiverem a ser consideradas. advertências relacionadas a conjuntos de dados
específicos, a resolução temporal (ou seja, a amplitude
Novas abordagens para análise de cenários são e a frequência da coleta de dados) de um determinado
propostas e aplicadas, onde as partes interessadas e os conjunto de dados é um importante fator determinante
detentores de conhecimento local estão cada vez mais para a seleção do conjunto de dados na análise de
envolvidos. Outro desenvolvimento recente na tendências. Portanto, futuros estudos sobre a oferta de
modelação para análise de cenários é compreender os serviços ecossistêmicos devem incluir os efeitos da
ciclos de feedback desde a mudança na oferta de SE qualidade dos dados em seus resultados, pois podem
até uma mudança no desenvolvimento económico. produzir vieses importantes na interpretação geral e no
apoio à tomada de decisões.

Problemas com a qualidade dos


dados para avaliações dinâmicas Leitura adicional

A modelação ecológica e, particularmente, a modelação Bateman IJ, Harwood AR, Mace GM, et al.
ecológica baseada em processos, dependem de uma (2013) Trazendo os serviços ecossistêmicos para
vasta gama de conjuntos de dados ecológicos, biofísicos a tomada de decisões econômicas: uso da terra
e antropogénicos para gerar resultados relevantes. no Reino Unido. Ciência (80) 341: 45-50.
Embora nos últimos anos os sistemas de observação
da Terra tenham evoluído ao ponto de fornecer dados Guerra C, Metzger MJ, Maes J, Pinto-Cor-reia T
contínuos (temporalmente e espacialmente) para (2016) Impactos políticos na regulação dos
componentes específicos do ecossistema (por exemplo, serviços ecossistémicos: olhar para as
mudança e extensão da floresta, densidade de árvores, implicações de 60 anos de mudança paisagística
elevação, densidade humana, características económicas, na prevenção da erosão do solo num sistema
precipitação, etc.), muitos deles não têm a capacidade silvo-pastoril mediterrânico. Ecologia da Paisagem.
de serem comparados ou usados em um ambiente de doi: 10.1007/s10980-015-0241-1.
modelagem devido a diferentes resoluções e/ou métodos/
sensores. Kandziora M, Burkhard B, Müller F (2013)
Mapear o provisionamento de serviços
Além disso, existe uma clara incompatibilidade entre a ecossistêmicos em escala local usando dados de
data de publicação das variáveis a utilizar numa resolução espacial e temporal variável. Serviços
determinada avaliação (por exemplo, Ecossistêmicos 4: 47-59. doi: 10.1016/j.ecoser.2013.04.001.
dados de solo LUCAS de 2009) e a data de referência
para a avaliação em si (por exemplo, utilizando dados Koch EW, Barbier EB, Silliman BR et al.
de vegetação de 2016 para avaliar o efeito da prevenção (2009) Não linearidade nos serviços
da erosão do solo sem considerar a diferença de 7 ecossistémicos: variabilidade temporal e espacial
anos entre estes conjuntos de dados). Em várias na protecção costeira. Fronteiras em Ecologia e
Meio Ambiente 7: 29-37. doi: 10.1890/080126.

capítulo 5 169
Machine Translated by Google

Nelson E, Mendoza G, Regetz J et al. (2009) Leadley P, Alkemade R, Acosta-Michlik LA,


Modelagem de múltiplos serviços ecossistêmicos, Akçakaya HR, Brotons L, Cheung WWL, Christensen
conservação da biodiversidade, produção de V, Allam Harhash K, Kabubo-Mariara J, Lundquist
commodities e compensações em escalas paisagísticas. C, Obersteiner M, Pereira HM, Peterson G, Pichs-
Fronteiras em Ecologia e Meio Ambiente 7: 4-11. Madruga R, Ravindranath N, Ron-dinini C, Wintle
doi: 10.1890/080023. BA (Eds.) Secretariado da Plataforma
Intergovernamental para Biodiversidade e Serviços
IPBES (2016) Avaliação metodológica de cenários e Ecossistêmicos, Bonn, Alemanha.
modelos de biodiversidade e serviços
ecossistêmicos, Ferrier S, Ninan KN,

170 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

5.4. Por que mapear?


Sander Jacobs, Wim Verheyden e Nicolas Dendoncker

Mapeamento significativo

Os mapas de serviços ecossistêmicos (SE) são isto para dois exemplos específicos relativos à
elaborados para uma ampla gama de finalidades. avaliação regional e definição de prioridades.
Estas incluem advocacia (sensibilização, justificação,
apoio à decisão), avaliação de ecossistemas,
Parcimônia

definição de prioridades, concepção de instrumentos,


contabilidade de ecossistemas, responsabilidade
económica e análise espacial científica. A Figura 1
ilustra a relação teórica entre os propósitos do
mapeamento e os requisitos de qualidade. Os
requisitos dizem respeito, nomeadamente, à REQUISITOS DO MAPA
CONFIABILIDADE
resolução espacial e temporal, à precisão e PRECISÃO
RESOLUÇÃO

fiabilidade científicas e à facilidade de compreensão. CLAREZA

Risco

Os requisitos metodológicos adicionais não


representados na Figura 1 são a extensão do
exercício de mapeamento, a repetibilidade, o tema
do mapeamento (por exemplo, mapas de oferta,
procura, conflitos, etc.) e os fundamentos da
cartografia e da semântica do mapeamento (ver
capítulo termos 3.1 e 3.3). Estes variam dependendo
do contexto específico do exercício de mapeamento
(por exemplo, desenvolvimento comunitário versus avaliação nacional, ver Figura 1).

A Figura 1 pode ser interpretada entre propósitos Figura 1. Mapeamento de requisitos de serviços
para um requisito específico ou entre requisitos ecossistêmicos de acordo com a finalidade.

para um propósito específico. Por exemplo, a


clareza esperada de um mapa destinado à utilização
em investigação é inferior à que se destina à defesa
Bom o suficiente é simplesmente perfeito
de políticas. Por outro lado, os mapas utilizados
pela investigação devem ser altamente fiáveis,
enquanto os utilizados para a sensibilização (ad- Os requisitos de qualidade do mapeamento estão
vocacy) não exigem uma fiabilidade tão elevada. limitados pela disponibilidade de recursos e pelo
risco de decisões baseadas neles. O limite superior
Muitas aplicações de mapeamento atuais concentram- dos requisitos é definido pelo princípio da parcimônia,
se na avaliação quantitativa e na contabilidade. afirmando que “entre duas boas soluções, a mais
Normalmente, estes mapas não se destinam a ser simples é sempre a melhor”. Isto destaca a
compreendidos por uma vasta gama de partes necessidade de usar o mínimo de recursos ou
interessadas nem requerem necessariamente uma suposições necessárias para resolver um problema.
elevada resolução espacial, mas devem ser Em outras palavras, não se deve gastar tempo
altamente precisos e fiáveis. Este capítulo ilustra (projeto) e/ou (publicação) excessivo.

capítulo 5 171
Machine Translated by Google

lic) dinheiro para mapear com um nível de detalhe maior finalidade (ver Figura 1). Esta informação pode ser
do que o necessário. Por exemplo, mapas baseados no quantitativa e qualitativa e raramente é espacialmente
uso da terra (ver Capítulo 5.6), que podem ser produzidos explícita. Saber como os mapas serão combinados com
repetidamente a custos relativamente baixos (em termos estes dados não espaciais e utilizados num contexto
de tempo e dinheiro), são suficientemente adequados para específico é essencial para o processo de mapeamento.
a maioria dos propósitos, enquanto dados mais confiáveis Ilustramos isso abaixo, mostrando como os mapas são
às vezes só podem ser obtidos a custos excessivamente usados como parte das diversas informações para duas
elevados ou envolvendo pressupostos complexos. Além questões comuns de serviços ecossistêmicos: uma

disso, o tempo gasto num mapa específico deve ser definição de prioridade de uso da terra em um contexto
compensado pela urgência do objectivo. local e uma definição ecológica regional.
avaliação do sistema.

O limite inferior dos requisitos de qualidade do mapa é


determinado pelo impacto social das decisões baseadas
O modesto mapeador
no mapeamento. A incerteza (ou ausência de informação
sobre a incerteza) traduz-se num risco social de resultados Nesta seção final, fornecemos diretrizes para que os
adversos se as decisões forem baseadas em dados cartógrafos críticos se envolvam em um mapeamento SE
errados. A defesa pública ou política da importância dos eficaz. Embora a maioria delas pareça evidente, raramente
SE não requer mapas altamente precisos ou detalhados. são aplicadas na prática. Seguir estas diretrizes melhorará
No entanto, os mapas de comunicação não podem ser a eficácia dos mapas de serviços ecossistêmicos para
utilizados para fins que tenham requisitos mais rigorosos, impactar a tomada de decisões reais e contribuir para o
como a contabilização dos ecossistemas ou a avanço científico.
responsabilidade económica: o risco de resultados injustos
ou indesejados é demasiado elevado ou desconhecido.
• Definir claramente a finalidade para a qual o mapeamento
é necessário. Muitos mapas são criados sem um
propósito claro e posteriormente aplicados para o
Isto nos leva à questão do espaço operacional seguro propósito errado.
para cada tipo de mapa. Mapas com requisitos mais baixos • Determine a confiabilidade, precisão, resolução e clareza
não podem ser usados para fins que tenham requisitos mínimas necessárias.
mais elevados. Na Figura 1, isto ocorre em ambos os O risco de resultados indesejados aumenta se os
sentidos: por exemplo, os mapas feitos para fins científicos mapas forem usados para resultados de maior impacto.
precisam de simplificação para serem suficientemente decisões.

claros para a definição de prioridades, avaliação ou defesa, • Avaliar os recursos (tempo e dinheiro) necessários para
enquanto os mapas de avaliação têm de ser mais satisfazer estes requisitos.
detalhados para obter a precisão e fiabilidade necessárias. Mapas altamente caros, detalhados ou complexos
para alguns fins científicos. não são necessariamente mais eficazes.
• Delineie o espaço operacional seguro dos seus mapas. O
cartógrafo, estando ciente do poder e das limitações
dos mapas, tem a responsabilidade de alertar contra
aplicações erradas ou arriscadas (ver Capítulo 6.4).
Mapas são meios, não fins
• Direcionar a forma e a comunicação dos
mapas adequados ao processo em que são utilizados. Os
Os mapas são ferramentas instrumentais que se combinam mapas são essenciais para muitos processos, mas
com outros tipos de dados e informações contextuais para os objetivos do projeto nunca são apenas mapas.
atingir um determinado

172 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

Caixa 1. Exemplo local de definição de prioridades para consolidação de


terras para otimizar a prestação de SE

O mapeamento dos SE à escala local é frequentemente utilizado para definir prioridades e orientar a tomada de decisões
para otimizar a prestação dos SE. Este exemplo descreve como os mapas de serviços ecossistémicos foram combinados
com modelos biofísicos e dados de avaliação para servir um plano participativo de consolidação de terras para três
municípios na Valónia, Bélgica. É co-construído pelas administrações, cientistas e partes interessadas locais. O objetivo
do projeto é conceber uma metodologia replicável, baseada na experiência prática num primeiro estudo de caso. A Figura
2 descreve mais detalhadamente o quadro metodológico.

Figura 2. Quadro metodológico para a avaliação integrada dos SE para definir prioridades para a
consolidação de terras na Valónia: Os mapas são partes centrais e necessárias de um processo ainda mais amplo
(de Baptist et al. 2016).

Depois de selecionar uma lista de SE localmente relevantes e, com base numa tipologia de ecossistemas, são realizadas
avaliações biofísicas e valorações sociais. A avaliação biofísica inclui mapeamento e quantificação de SE selecionados
com base em indicadores obtidos a partir de um modelo hidrológico e desenvolvimento de cenário de potencial oferta de
serviços ecossistêmicos. A análise social compreende a análise das partes interessadas, a avaliação social de acordo
com essas partes interessadas, a validação participativa dos SE mapeados biofisicamente e o mapeamento participativo
da procura de serviços ecossistémicos. Estes mapas de oferta e procura são então utilizados para orientar a comparação
participativa das acções de consolidação de terras. Por exemplo, mapas de indicadores biofísicos foram comparados
com mapas de procura para destacar locais onde existe potencial melhoria da oferta. Os especialistas técnicos em
consolidação de terras sugerem então medidas potenciais (por exemplo, instalação de novas sebes, criação de novas
bacias de retenção de água, novas faixas de flores ao longo de um passeio, etc.) a serem implementadas no plano final
de consolidação de terras. Este exemplo demonstra claramente que os mapas são usados como um meio central em
combinação com vários outros dados, métodos e ações, para alcançar um objetivo mais amplo partilhado por várias
partes interessadas e levar a uma melhor tomada de decisões.

capítulo 5 173
Machine Translated by Google

Caixa 2. Exemplo regional – avaliação do ecossistema regional


As avaliações nacionais e regionais dos serviços ecossistémicos procuram avaliar o estado e as tendências dos SE na sua região, com
o objetivo de monitorizar a sua evolução e informar as políticas. O estado dos SE inclui informações sobre a procura, a oferta, o equilíbrio
entre a procura e a oferta, a utilização dos SE, as funções dos ecossistemas que os sustentam, os motores da mudança, os impactos
no bem-estar humano e na governação.
Os dados espaciais - também em regiões com elevada densidade de dados - não estão disponíveis para todos os aspectos de todos os
serviços e, para alguns aspectos, a dimensão espacial é mesmo irrelevante.

Figura 3. Proporção de dados espacialmente explícitos (distribuição disponível na escala de Flandres) ao longo dos
capítulos sobre serviços ecossistêmicos (painel esquerdo) e por tipo de dados (painel direito).

A avaliação regional da Flandres avaliou a procura, a oferta, o equilíbrio entre estes dois e as interações entre a utilização dos serviços.
Essas declarações foram baseadas em uma revisão detalhada de todos os dados e informações

ção em 16 capítulos sobre serviços ecossistêmicos para obter uma única tabela concisa sobre o estado do ES com confiabilidade
conhecida. Apesar do foco dos capítulos nos mapas, os dados que sustentam esta avaliação são apenas parcialmente explícitos
espacialmente e abrangem diferentes tipos de dados que são sintetizados nas principais conclusões (Figura 3). Embora os mapas
separados possam ser usados para responder a questões específicas, o contexto de uma avaliação regional requer a síntese de mapas
em declarações conclusivas curtas ou indicadores não espacialmente explícitos para comunicação política. Portanto, as declarações
derivadas dos 78 mapas para informar a avaliação regional do estado foram verificadas e revisadas por todos os cartógrafos envolvidos.

Em conclusão, os mapas integrados na comunicação, nas decisões ou mesmo na investigação serão reduzidos a resultados quantitativos
ou qualitativos e combinados com outros dados e informações para obter resultados finais. O mapeamento será mais eficaz quando se
envolve no contexto específico, ao direcionar e comunicar os mapas para o propósito específico e ao ajustá-los às diversas informações
com as quais são combinados.

Em muitos casos, os mapas são um ponto de Para aplicar mapas de forma eficaz, o cartógrafo
partida para uma discussão aberta sobre o que SE precisa envolver:
os mapas precisam indicar e sobre as suposições • Envolvimento interdisciplinar: aprender com as
feitas nos modelos subjacentes. A utilização de práticas existentes e cooperar com outros
mapas de cima para baixo como “dados objectivos” campos de pesquisa, como apoio à decisão
muitas vezes descarta as nuances da realidade ambiental, ciência da comunicação,
de um contexto local e é contraproducente na processos participativos, etc. .
maioria dos processos de decisão da vida real. Para efe-

174 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

• Envolvimento transdisciplinar: considere o uso de Capital natural e serviços ecossistêmicos


abordagens de co-design desde o início. Hoje informando decisões: da promessa à prática.
em dia, o envolvimento das partes interessadas Anais da Academia Nacional de Ciências 112(24):
é um indicador essencial para a satisfação do 7348-7355.

utilizador final e a aceitação final dos mapas


desenvolvidos e a única verificação da realidade Hauck J, Görg C, Varjopuro R, Ratamäki O, Maes J,
que o criador de mapas ES tem. Wittmer H, Jax K (2013) Os mapas têm um ar de
autoridade: benefícios e desafios potenciais dos
O mapeamento dos serviços ecossistémicos pode mapas de serviços ecossistêmicos em diferentes
ser altamente gratificante em termos de impacto na níveis de tomada de decisão. Serviços
tomada de decisões no mundo real. Isto exige sair da Ecossistêmicos 4, 25-32. doi:10.1016/j.
ecoser.2012.11.003.
zona de conforto de disciplinas únicas e camadas de
dados claras e encontrar o equilíbrio certo entre as
exigências científicas, as exigências dos utilizadores, Jacobs S, Dendoncker N, Keune H (Eds.)
a funcionalidade e os recursos disponíveis. para (2013) Serviços Ecossistêmicos: Questões Globais,
cada projeto de mapeamento novamente. Práticas Locais, Elsevier, Nova York.

Jacobs S, Spanhove T, De Smet L, Van Daele, T, Van


Reeth W, Van Gossum P, Stevens M, Schneiders
Leitura adicional A, Panis J, Demolder H, Mi-chels H, Thoonen M,
Simoens I, Peymen J (2016 ) O desafio da avaliação
Baptist F, Degré A, Grizard S, Maebe L, Pi-part N, dos serviços ecossistémicos: Reflexões da Flandres-
Renglet J, Sohier C, Dufrêne M, Dendoncker N REA.
(2016) Elaboração de uma metodologia de Indicadores Ecológicos 61: 715-727. doi:10.1016/
avaliação de incidências no ambiente de j.ecolind.2015.10.023.
aménagement foncier Isso se aplica à noção de
serviços ecológicos. Relatório geral. Di-rection McIntosh BS, Ascough JC, Twery M, Chewe J, Elmahdi
Générale Opérationnelle de l'Ag-riculture, des A, Haase D, Harou JJ, Hepting D, Cuddy S,
Ressources Naturelles et de l'Environnement, 187 Jakeman AJ, Chen S, Kassa-hun A, Lautenbach
pp. S, Matthews K, Mer-ritt W, Quinnm NWT, Rodriguez-
Roda I, Sieber S, Stavenga M, Sulis A, Ticehurst J,
Volk M, Wrobel M, van Delden H, El-Sawah S,
Gómez-Baggethun E, Barton DN (2013) Rizzoli A, Voinov A (2011)
Classificação e valoração dos serviços
ecossistêmicos para o planejamento urbano. Desenvolvimento de sistemas de apoio à decisão
Economia Ecológica 86: 235–245. ambiental (EDSS) - Desafios e melhores práticas.
Modelagem Ambiental e Software 26: 1389-1402.
Guerry AD, Polasky S, Lubchenco J, Chap-lin-Kramer
R, Daily GC, Griffin R, Ruck-elshaus M, Bateman
IJ, Duraiappah A, Pavlovskaya M (2006) Teorizando com GIS: uma
Elmqvist T, Feldman MW, Folke C, Hoek-stra J, ferramenta para geografias críticas? Planejamento
Kareiva PM, Keeler BL, Li S, McK-enzie E, Ouyang Ambiental A 38: 2003-2020. doi:10.1068/a37326.
Z, Reyers B, Ricketts
TH, Rockström J, Tallis H, Vira B (2015)

capítulo 5 175
Machine Translated by Google

5.5. Mapeando serviços ecossistêmicos


específicos
Joaquim Maes

Este capítulo é um dos capítulos centrais deste livro. Ele tipos, tipos de uso/cobertura da terra ou outras unidades
contém orientações e exemplos de como mapear serviços espaciais, como bacias hidrográficas ou dados cadastrais,
ecossistêmicos (SE) de abastecimento, regulação e para obter valores mapeados.
culturais. Estas três categorias constituem uma classificação
comummente utilizada para os SE (ver Capítulo 2.4) e, Os SE reguladores (ver Capítulo 5.5.1) são frequentemente
portanto, para o mapeamento dos SE. mapeados através da utilização de modelos biofísicos (por
exemplo, modelos de ecossistemas, modelos de
distribuição de espécies, modelos de qualidade da água e
Diferentes métodos e modelos são usados para mapear do ar; ver Capítulo 4.4). Estes modelos simulam o destino
SE específicos, pois os indicadores usados para quantificar e o transporte de, por exemplo, carbono, azoto, água ou
essas três categorias de SE diferem notavelmente. O poluentes através dos ecossistemas e do ambiente. Os
provisionamento de SE é frequentemente quantificado processos ecológicos modelados podem ser usados para
com base em indicadores de seu uso real/fluxo ou inferir valores para regulação e manutenção de SE. Os
demanda de SE (ver Capítulo 5.1) ou seu valor. Em investigadores mapeiam principalmente o potencial ou
contraste, a avaliação da regulação dos SE baseia-se fluxo de regulação dos SE (ver Capítulo 5.1). A procura
geralmente em indicadores de oferta, tais como os de regulamentação dos SE geralmente não é mapeada,
diferentes processos ecológicos que são a base da uma vez que é conceptualmente menos compreendida
regulação dos ecossistemas ou eventos evitados (por (ver Capítulo 6.2).
exemplo, erosão ou inundações) e perigos relacionados.
Os indicadores para os SE culturais têm-se limitado
principalmente ao lazer e ao (eco)turismo, para os quais Como já indicado, as avaliações dos SE culturais (ver
são quantificadas tanto a oferta (ecossistemas populares Capítulo 5.3.3), até à data, limitam-se principalmente à
a visitar) como a procura (número de visitantes). recreação e ao turismo. O uso real/fluxo de SE precisa ser

mapeado com base em pesquisas, contas nacionais e


coleta de dados (por exemplo, estatísticas de visitantes
A utilização de SE de abastecimento envolve a extracção de parques nacionais ou taxas de entrada). Estes dados
de um produto do ecossistema (por exemplo, biomassa podem ser combinados com dados espaciais para mapear
colhida em toneladas por ha por ano; ver Capítulo 5.5.2). e avaliar o serviço e fornecer informações detalhadas
O mapeamento do SE de aprovisionamento baseia-se, sobre como os ecossistemas contribuem para a recreação
portanto, frequentemente em dados de institutos de e o turismo.
estatística que recolhem estatísticas sobre o consumo de

água, colheitas agrícolas e de madeira, rendimentos


pesqueiros e dados pecuários. O restante deste capítulo entra em mais detalhes sobre
Às vezes, esses dados são georreferenciados e, portanto, cada um deles. Cada seção de categorias de SE contém
estão disponíveis como camadas de dados geoespaciais. uma seleção representativa de SE para os quais técnicas
Se não estiverem disponíveis, os dados estatísticos podem e métodos de mapeamento são ilustrados em diversas
ser alocados espacialmente em diferentes ecossistemas. escalas espaciais.

176 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

5.5.1. Mapeamento dos serviços


ecossistêmicos reguladores
Joachim Maes, Chiara Polce, Grazia Zulian, Ine
Vandecasteele, Carolina Perpiña, Inés Marí Rivero,
Carlos Guerra, Sara Vallecillo, Pilar Vizcaino e
Roland Hiederer

Introdução

Os ecossistemas regulam o nosso ambiente, manchas de floresta, mantêm os solos fixos e assim
controlando ou modificando os stocks e fluxos de evitam a erosão. Para fornecer o serviço, duas
materiais e energia que constituem o nosso ambiente. condições precisam ser atendidas. Primeiro, é
Os ecossistemas ajudam a fornecer ar e água limpos, necessário que haja uma procura pela protecção do
removendo poluentes. Eles regulam o clima global e solo. Normalmente, as terras agrícolas nuas nas
local através da evapotranspiração ou simplesmente encostas são propensas à erosão, pelo que os

fornecendo sombra. Eles mantêm habitats para insetos agricultores beneficiariam de uma maior capacidade
e pássaros que apoiam a produção de culturas ou que do ecossistema para proteger os solos. Em segundo
suprimem pragas e doenças. Eles armazenam carbono, lugar, os ecossistemas certos têm de estar presentes
amortecem os fluxos de água ou mantêm a fertilidade para prestar o serviço onde e quando o serviço for necessário.
dos solos. Todos estes serviços não são diretamente
consumidos como bens pelas pessoas, mas a Compreender as diferentes funções que sustentam a
regulamentação dos SE proporciona muitos benefícios prestação de SE reguladores é, portanto, o primeiro
diretos, mantendo um ambiente seguro e habitável, passo num processo de mapeamento. Em termos
apoiando sistemas de produção ou processamento de gerais, os ecossistemas prestam serviços reguladores
alimentos e removendo resíduos e poluição. armazenando, capturando, absorvendo ou imobilizando
materiais como carbono, água ou poluentes, mantendo
ou criando condições adequadas para espécies que
prestam serviços reguladores (por exemplo, polinização,
Antes do mapeamento, é importante compreender controlo de pragas ou regulação da qualidade do
primeiro quais os processos ecossistémicos que estão solo). ), ou amortecendo ou mediando estoques e
na base da regulação dos SE e quais são as fluxos de materiais e energia (regulação de resíduos e
características espaciais (escala e direção dos tóxicos, regulação da atmosfera, erosão da água ou
diferentes fluxos de materiais e energia). Além disso, do solo).
é crucial considerar a diferença entre a capacidade de
mapeamento e o fluxo ou utilização do mapeamento
(Capítulo 5.1). O uso real de um serviço regulador O restante deste capítulo apresenta exemplos
acontece quando há demanda para ele. Considere a detalhados de como diferentes ES de regulação e
proteção dos solos contra a erosão. A erosão do solo manutenção podem ser mapeados. Enquadramos o
em terras agrícolas ocorre quando o vento ou a água mapeamento ES usando o modelo em cascata ES (ver
removem os solos férteis (solo superficial). A Capítulo 2.3) e classificamos os mapas dependendo
vegetação, em especial pastagens e se eles representam eco-

capítulo 5 177
Machine Translated by Google

processos, funções do sistema (oferta potencial), uso Sistema (SIG). Exemplos de camadas espaciais
ou demanda. O foco está no mapeamento biofísico e relevantes para mapas de polinização são uso/cobertura
não no mapeamento de valores económicos. Para cada da terra, topografia, distância de estradas ou vegetação
serviço ecossistêmico, identificamos sempre quais seminatural. A escolha das camadas depende em grande
funções subjacentes podem ser mapeadas, mas também parte dos dados disponíveis e do conhecimento sobre
descrevemos como mapear o uso e a demanda reais. as características ecológicas das espécies polinizadoras.
Os mapas de adequação do habitat, baseados em
revisões da literatura e opiniões de especialistas,
Embora este capítulo não apresente todos os métodos envolvem a atribuição de um peso a cada factor e, em
disponíveis para mapeamento, ele dá ao leitor uma ideia seguida, uma pontuação de adequação a cada classe
de como mapear determinados SE reguladores. Vários dentro de um factor. As pontuações de adequação,
outros capítulos fornecem outras formas úteis de mapear combinadas com uma distância estimada de alimentação,
SE, por exemplo, com base em estatísticas Bayesianas são então combinadas para formar um único mapa de
(Capítulo 4.5) ou modelos matriciais (Capítulo 5.6.4). O adequação (habitat). Os mapas de aptidão de habitat
trabalho aqui apresentado enquadra-se em grande parte derivados de técnicas empíricas ou estatísticas requerem
na categoria de mapas de nível 3 (ver Capítulo 5.6.1). dados de ocorrência de espécies que podem ser registos
Esses mapas de serviços ecossistémicos baseiam-se de presença/ausência ou apenas de presença. A
em modelos resolvidos espacialmente. adequação é então derivada relacionando as ocorrências
de espécies com fatores de habitat por meio da técnica
escolhida.
Exemplos são métodos de regressão, técnicas de
Polinização de culturas aprendizado de máquina e estatísticas bayesianas.
Existem diferentes pacotes e softwares independentes
para implementar essas técnicas; exemplos incluem
Diferentes ecossistemas, particularmente bordas de pacotes disponíveis no software R ou ferramentas de
florestas, pastagens ricas em flores ou áreas ribeirinhas, modelagem independentes, como Maxent ou DIVA-GIS.
oferecem habitats adequados para insetos polinizadores Os resultados desses modelos são então importados

selvagens, como abelhas solitárias ou melíferas, para o software GIS para exibir mapas de probabilidade
zangões ou borboletas. Assim que estes insectos de ocorrência de espécies na paisagem de interesse. Os
começam a forragear, os ecossistemas que acolhem mapas de aptidão para insetos polinizadores,
estas populações de insectos têm o potencial de independentemente da abordagem adotada para obtê-
aumentar o rendimento das culturas adjacentes que los, podem ser interpretados como oferta (serviços
dependem da polinização mediada por insectos. Frutas, potenciais).
vegetais, nozes, especiarias e oleaginosas lucram com
a polinização. O mapeamento da oferta e da procura de
serviços de polinização envolve, portanto, o mapeamento O mapeamento da procura requer informações sobre
da adequação dos ecossistemas ou habitats para insectos onde são cultivadas as culturas que necessitam de
polinizadores, o mapeamento das distâncias de voo polinização, em combinação com informações sobre a
entre o ninho e as culturas que necessitam de polinização dependência das culturas relativamente à polinização por insectos.
(que variam de alguns metros a alguns quilómetros) e o Informações sobre a dependência de polinizadores
mapeamento da ocorrência de culturas que necessitam podem ser obtidas por meio de literatura e conhecimento
de polinização. especializado. A localização da colheita, por outro lado,
pode ser obtida através de uma variedade de recursos.
Exemplos destes recursos são estatísticas regionais
Os mapas de adequação de habitat são geralmente sobre terras agrícolas e produção, bases de dados
baseados em uma série de camadas ambientais online, amostras e modelos de campo (por exemplo,
organizadas dentro de um Sistema de Informação Geográfica. quando se olha para fu-

178 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

distribuição potencial de culturas). A escolha depende correlacionado com a quantidade de vegetação que,
muitas vezes da extensão da área (por exemplo, por sua vez, pode ser derivada de dados de
dados regionais vs. nacionais vs. globais), do tipo de sensoriamento remoto, como o Índice de Vegetação
cultura (por exemplo, perene vs. anual) e da prática por Diferença Normalizada (NDVI). A retenção do
agrícola (por exemplo, agricultura rotativa). O solo pode ser calculada como a diferença entre um
mapeamento da utilização pode basear-se na modelo que calcula a perda de solo sem cobertura
sobreposição da oferta (ou seja, a adequação do vegetal e um modelo que inclui o padrão atual de
habitat) e da procura (ou seja, a distribuição das cobertura do uso da terra. Um estudo de caso sobre
culturas) ou com base na modelização do impacto no mapeamento da proteção do solo é ilustrado no
rendimento na ausência de polinização. Quadro 1.

Proteção do solo Regulamentação climática

A rede radicular de grama, ervas, arbustos e árvores Os ecossistemas regulam o nosso clima em vários
mantém fisicamente o solo unido; assim, evita que o níveis. Dentro e ao redor das cidades, as florestas
solo seja erodido pelas forças físicas naturais da água urbanas proporcionam sombra durante os dias
ou do vento e descarregado a jusante, causando quentes de verão e, ao evaporarem a água através
problemas como perda de solo fértil ou assoreamento das suas folhas, arrefecem as cidades, proporcionando
de cursos de água. assim benefícios em termos de poupança de custos
A procura de serviços de controlo da erosão do solo de energia ou redução da produção e concentração
está normalmente associada a terras agrícolas de ozono. Em escalas espaciais maiores, as
dedicadas à produção agrícola em encostas. A florestas, as zonas húmidas, os sistemas costeiros e
precipitação em solos descobertos, por exemplo outros ecossistemas mantêm condições atmosféricas
após a colheita, aumenta a erosão. confortáveis e regulam o clima. No entanto, o
mapeamento dos SE que contribuem para a regulação
O mapeamento da protecção do solo baseia-se em do clima é muitas vezes limitado ao mapeamento do
grande parte no mapeamento da erosão do solo. armazenamento e do sequestro de carbono. A ciência
Cinco factores principais contribuem para a erosão e a política sobre as alterações climáticas são
do solo: precipitação, erodibilidade ou tipo de solo, evidentemente a razão deste foco. A produção
ausência de vegetação, declive e gestão da terra. primária líquida está na base deste e de muitos outros
Estes são geralmente modelados usando a equação SE e, portanto, é frequentemente mapeada. Muitas
da Equação Universal Revisada de Perda de Solo informações úteis para mapear a produção primária
(RUSLE). Ao ativar ou desativar o impacto da estão disponíveis através de sensoriamento remoto,
vegetação ou das práticas de conservação, a observações de campo e modelagem.
contribuição dos ecossistemas pode ser estimada
para evitar a erosão do solo, que é então considerada Dado o aumento do carbono atmosférico e as
um indicador para a proteção ou retenção do solo. consequências para o clima, os reservatórios de
Isto é quantificado por meio de dois indicadores: a carbono terrestre são um factor importante no balanço
capacidade dos ecossistemas para evitar a erosão de carbono. O reservatório de carbono orgânico
do solo e a retenção do solo (provisão real do terrestre (solo e vegetação) é estimado em 3.500 Pg
ecossistema). A capacidade ou potencial de um C, a maior parte do qual (75%) é armazenado no
determinado tipo de cobertura do solo para fornecer solo. Isso é quase cinco vezes a quantidade de
proteção ao solo pode ser mapeada com um indicador carbono na atmosfera. O carbono armazenado no
adimensional assumindo valores entre 0 e 1. Assume- solo provém principalmente de matéria orgânica
se que a capacidade é morta. O principal governo

capítulo 5 179
Machine Translated by Google

Caixa 1. Mapeamento da proteção do solo na Europa

Uma avaliação da protecção do solo na Europa em 2010: (a) Retenção do solo à escala europeia, b) Retenção do
solo no Centro de Portugal, c) Capacidade para evitar a erosão do solo no Centro de Portugal ed) Impacto estrutural
no Centro de Portugal. A retenção de solo (Es) foi calculada como a perda de solo sem cobertura vegetal (impacto
estrutural, Y) menos a perda de solo incluindo o padrão atual de uso/cobertura da terra (o impacto mitigado), medida
em toneladas ha-1 ano-1.

O impacto estrutural é o impacto total da erosão do solo quando nenhum serviço ecossistêmico é fornecido. A
capacidade de um determinado tipo de cobertura do solo em fornecer proteção ao solo (e) é expressa usando valores
que variam de 0 a 1 para cada célula da grade mapeada. Para estimar a capacidade, a vegetação por tipo de
cobertura do solo foi calculada utilizando o Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI), as zonas
ambientais e a cobertura de neve. Os valores mais elevados de retenção de solo corresponderam a áreas cobertas
por floresta, matas e arbustos de transição (áreas de vegetação seminatural) e pastagens.

A retenção do solo também é função do impacto estrutural (elevado potencial de erosão). Dito de outra forma, a
retenção do solo só ocorre onde os solos correm o risco de sofrer erosão. Nestes locais, a cobertura vegetal protege
o solo contra os fluxos de água (escoamento superficial), reduz o impacto estrutural e, portanto, presta um serviço
eficazmente.

É apresentado um close da parte centro de Portugal (regiões Alentejo e Centro). No vale do rio Tejo, a retenção do
solo é baixa (zonas laranja claro) devido ao baixo impacto estrutural e ao tipo de uso do solo dominante, principalmente
agrícola. A elevada retenção do solo (elevada prestação do serviço, a azul escuro) resulta da combinação de elevado
impacto estrutural e elevada capacidade de evitar a erosão do solo, por exemplo em zonas florestais. Em contraste,
se o impacto estrutural inerente for baixo, a prestação do serviço (protecção do solo) também é baixa, diminuindo
assim o papel da vegetação na protecção do solo.

c d

180 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

Os factores determinantes para o estado do e as condições de umidade favorecem a


reservatório de carbono orgânico (SOC) do solo decomposição das plantas em matéria orgânica do
são o uso/cobertura do solo e as condições solo. Contudo, sob condições húmidas e de elevada
climáticas locais. Mudanças no uso da terra e nas produtividade da vegetação, a matéria orgânica
práticas de gestão podem levar a desequilíbrios no também pode acumular-se em regiões tropicais,
fluxo entre os reservatórios de carbono. tais como nas turfeiras do Sudeste Asiático. Nas
Dependendo das condições ambientais, o florestas tropicais, a quantidade de carbono
reservatório SOC pode atuar como fonte de armazenado na vegetação acima do solo excede
o carbono
carbono atmosférico ou como sumidouro, ou seja, removendo armazenado
carbono no solo, com exceção das turfeiras.
da atmosfera.

O mapeamento das mudanças no conjunto SOC


pode basear-se na metodologia do Painel Regulação da água
Internacional sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
O método utiliza o tipo de clima, solo, categoria
de uso da terra, manejo e práticas de insumos Florestas, pastagens e zonas húmidas são
como fatores que influenciam os estoques de SOC. ecossistemas com elevada capacidade de
Para cada fator, o efeito relativo das alterações no regulação do fluxo de água. Isto é particularmente
conjunto SOC é fornecido para diferentes regiões importante para garantir o fornecimento de uma
de clima/solo. Quando todos os fatores permanecem quantidade suficiente de água para sustentar o
inalterados, presume-se que o equilíbrio no pool ambiente imediato, evitando flutuações extremas
SOC seja alcançado após 20 anos. nos fluxos de água. Onde a água não é devidamente
regulada pelo ecossistema (por exemplo, nas
Dados os factores que influenciam o conteúdo do cidades, onde o ciclo natural da água é muitas
SOC, a distribuição espacial dos stocks do SOC é vezes interrompido por superfícies impermeáveis),
muito variável (Figura 2). A maior parte do SOC existe um risco muito maior de tais flutuações,
global é armazenada no hemisfério norte, onde o frio podendo levar a inundações ou água.

Figura 2. Distribuição espacial da densidade global de carbono orgânico do solo (t C ha-1). Fonte: FAO e ITPS.

capítulo 5 181
Machine Translated by Google

escassez. A prestação de regulação da água pode ser A retenção de água na vegetação, nos corpos hídricos
mapeada dividindo o processo nos seus vários superficiais, no solo e na rocha (armazenamentos de
componentes. Idealmente, a paisagem deveria reter e água subterrânea) são considerados fatores de
armazenar naturalmente uma quantidade adequada de armazenamento da paisagem. Além disso, a influência
água para as suas necessidades, limitando ao mesmo da declividade e da impermeabilização da superfície são
tempo a quantidade de escoamento superficial - um consideradas fatores físicos que alteram a capacidade
excesso do qual pode causar inundações mais a jusante. real de retenção de água da paisagem. A contribuição
O fluxo de água através de uma paisagem pode ser de cada processo para o indicador final é aproximada
influenciado pelos seguintes processos naturais, todos utilizando um ou mais parâmetros ou características da
os quais contribuem para o armazenamento de água e, paisagem. Os parâmetros sombreados em cinza são
portanto, para a redução do escoamento superficial: aqueles que podem ser alterados ao longo do tempo. Os
interceptação pela vegetação, armazenamento em vários factores são combinados para dar o indicador
corpos d'água superficiais, infiltração e retenção no solo composto final que representa a retenção relativa da
e percolação para reservas de água subterrânea. água na paisagem ou, melhor, a capacidade do
ecossistema para fornecer regulação da água como um
serviço.
Além destes processos, a quantidade de água que pode
ser retida também será afetada pela inclinação da

paisagem e pelo grau de permeabilidade do solo. Controle de pragas

Encostas mais íngremes promoverão um escoamento


superficial mais rápido, enquanto áreas mais planas Os ecossistemas agrícolas são frequentemente
permitirão maior tempo para infiltração de água. prejudicados por pragas como insectos (isto é, lagartas)
Superfícies impermeáveis (por exemplo, infra-estruturas e pequenos mamíferos (isto é, toupeiras), reduzindo
artificiais como estradas e edifícios) representam uma significativamente a parte colhida da produção agrícola.
barreira à infiltração e retenção de água, promovendo No entanto, a natureza oferece combatentes naturais
assim o escoamento superficial. contra estas pragas, poupando assim aos agricultores
milhares de milhões de dólares anualmente, protegendo
A Figura 3 apresenta uma visão geral dos parâmetros as culturas e reduzindo a necessidade de controlo
levados em consideração para mapear a retenção de químico. Existem diferentes grupos de inimigos naturais
água como proxy da capacidade de regulação hídrica conhecidos por desempenharem um papel fundamental no controle de pra
do ecossistema.

Vegetação RV Índice de área foliar

Corpos de Água Rwb Proporção de massas de água superficiais

Paisagem
Fatores de armazenamento Capacidade de armazenamento de água

Solo Rs
Conteúdo de carbono orgânico
Retenção de água
Índice Base rochosa R Permeabilidade relativa do leito rochoso
gw

Declive
Físico
Fatores
Impermeabilidade da superfície

Figura 3. Visão esquemática da estrutura do indicador para mapeamento da retenção hídrica. Os parâmetros em
cinza são dinâmicos e, portanto, mudam com o tempo.

182 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

controle, como pássaros, mamíferos, aranhas, Coruja (Athene noctua), conhecida caçadora de ratos,
joaninhas e outros tipos de organismos. Assim, o ratazanas, musaranhos, toupeiras e coelhos e a Poupa
mapeamento do controlo de pragas depende claramente (Upupa epops) que tem uma dieta rica em insetos.
de informações espaciais sobre a distribuição de
espécies predadoras (modelos de distribuição de
espécies, ver também a secção sobre polinização). Os modelos de distribuição de espécies mapeiam a
probabilidade de ocorrência de espécies com base em
Mostramos abaixo um exemplo de mapeamento do observações de campo. Um limite de probabilidade
potencial controle de pragas por aves em sistemas pode ser definido, por exemplo, em 50% para assumir
agrícolas (Figura 4). O exemplo baseia-se em modelos a presença de uma determinada espécie. Ao sobrepor
de distribuição de espécies de 49 espécies de aves, todos os mapas de ocorrência das 49 espécies
reconhecidas como fornecedoras de controlo de modeladas, obtém-se um mapa do potencial controle
pragas. As espécies modeladas incluem o Pequeno de pragas por aves predadoras.

Figura 4. Distribuição espacial da riqueza de espécies de aves predadoras na União Europeia. O close-up em torno
de Paris mostra que a riqueza de espécies é menor perto de áreas urbanas (mapeadas em vermelho).

capítulo 5 183
Machine Translated by Google

Uma maior riqueza de espécies corresponde a uma O IAF é definido como a área foliar verde unilateral
comunidade mais diversificada de predadores por unidade de área de superfície do solo. Quanto
naturais e presume-se que exerça um maior controlo maior esta área, mais poluentes são capturados
sobre as populações de pragas. A Figura 4 mostra pelas árvores.
o potencial controlo de pragas por espécies de aves
em toda a Europa. A inserção é um close de Paris, Além disso, o fluxo de remoção de poluentes pela
mostrando diferenças espaciais na riqueza de vegetação, que é estimado como o produto da
espécies de aves, com valores baixos (áreas em velocidade de deposição seca de poluentes pela
amarelo) dentro e ao redor das áreas urbanas (em vermelho).
vegetação e da concentração de poluentes, é
geralmente considerado uma boa medida para o
fluxo de serviços ecossistêmicos.

Regulamentação da qualidade do ar Por fim, a demanda pelo serviço pode ser mapeada
a partir da exposição da população a concentrações
A poluição atmosférica é um dos principais riscos de poluentes além do limite estabelecido na legislação
ambientais para a saúde humana e é a principal atualmente em vigor.
causa de mortes prematuras. Neste contexto, a
redução da poluição tornou-se uma grande Os mapas da concentração atmosférica de poluentes
preocupação, especialmente em áreas com elevadas são insumos essenciais para mapear a regulação da
concentrações de poluentes, tipicamente áreas qualidade do ar como um serviço ecossistêmico.
urbanas. A manutenção e o desenvolvimento de Na sua maioria, dependem de uma rede de estações
zonas urbanas verdes podem fazer parte de uma de monitorização onde são medidos diferentes
estratégia integradora para ajudar a aumentar a poluentes. As medições coletadas por diferentes
qualidade do ar nas cidades europeias. As árvores estações de monitoramento podem então ser
reduzem a temperatura nas cidades através da interpoladas para obter mapas de concentrações.
evaporação da água e removem os poluentes Existem diversas técnicas GIS para realizar
atmosféricos e as partículas através das suas folhas interpolações, por exemplo, krigagem e regressões
através da deposição seca. As árvores urbanas, as espaciais.
áreas verdes e as florestas que rodeiam as cidades
têm a capacidade de remover quantidades A Figura 5 apresenta um exemplo para a região
significativas de poluentes, aumentando assim a qualidademetropolitana
ambiental e ade
saúde humana.
Barcelona. Neste caso, as
concentrações de NO2 foram estimadas utilizando
O mapeamento da regulação da qualidade do ar é modelos de regressão do uso da terra (LUR). O
baseado em três tipos de informações: a velocidade modelo LUR foi construído utilizando medições de
de deposição seca (oferta), a remoção de poluentes concentração de NO2 para o ano de 2013 das
atmosféricos (fluxo) e a exposição humana (demanda). estações de monitoramento operacionais como
variáveis dependentes e um conjunto de parâmetros
A velocidade de deposição seca de poluentes pela preditores espaciais (variáveis independentes) que
vegetação é frequentemente considerada como um foram considerados os mais relevantes para a
indicador para avaliar a capacidade dos ecossistemas distribuição de NO2. concentrações, relacionadas
de remover poluentes da atmosfera. Esta quantidade com o tipo de cobertura do solo, geomorfologia, clima
mede a taxa na qual os poluentes são coletados da e população. O mapa da procura insatisfeita de
atmosfera pelas folhas das árvores. A contribuição regulação da qualidade do ar foi gerado a partir da
da vegetação é frequentemente mapeada e modelada população que vive em áreas onde as concentrações
usando dados espacialmente explícitos do índice de médias anuais excedem o valor limite da UE (40 µg/
área foliar (IAF). m3 para NO2 ).

184 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

Figura 5. Indicadores para avaliação da regulação da qualidade do ar do NO2 na Região Metropolitana de


Barcelona: concentração, velocidade de deposição, capacidade de remoção e população afetada.

O mapeamento da capacidade dos ecossistemas


Conclusões para fornecer serviços reguladores pode basear-se na
combinação de diferentes camadas de dados para
Foram alcançados muitos progressos no mapeamento chegar a um índice composto entre 0 e 1, onde 0
da regulação dos SE. Os dados, mapas e modelos significa nenhuma capacidade para fornecer um
estão frequentemente disponíveis noutras disciplinas serviço e 1 significa capacidade máxima. Quando as
científicas, como a investigação sobre a qualidade do espécies prestam um serviço regulador, a capacidade
ar, a hidrologia, as alterações climáticas ou a é muitas vezes aproximada com base na ocorrência
biodiversidade, e necessitam de adaptações de espécies que podem ser mapeadas. No caso da
relativamente pequenas para aplicações num contexto SE. regulação da qualidade do ar, a capacidade de
mapeamento baseia-se no mapeamento do processo
O mapeamento que regulamenta os SE baseia-se físico dominante (deposição).
frequentemente no mapeamento da capacidade dos
ecossistemas para fornecer estes serviços, em vez de O caso da proteção do solo demonstra como pode ser
mapear a utilização real do serviço. Uma possível feito o fluxo real ou a utilização de serviços de
razão é que nem sempre é claro qual é a utilização de regulação. A erosão evitada é modelada como a

um serviço regulador em comparação com serviços de diferença entre a erosão na ausência de vegetação e

provisionamento. a erosão com proteção.

capítulo 5 185
Machine Translated by Google

cobertura ativa. Esta técnica pode ser aplicada a outros Nowak DJ, Crane DE, Stevens JC (2006)
serviços reguladores, como poluição e controle do Remoção da poluição do ar por árvores e
excesso de nutrientes. arbustos urbanos nos Estados Unidos. Floresta
Urbana e Ecologização Urbana 4: 115-123.
A procura de serviços de regulação pode ser mapeada Polce C, Termansen M, Aguirre-Gutiérrez J, Boatman
se estiverem disponíveis dados espaciais que identifiquem ND, Budge GE, Crowe A, Gar-ratt MP, Pietravalle
a utilização, os utilizadores ou os beneficiários. Exemplos S, Potts SG, Ramirez JA, Somerwill KE,
são culturas que necessitam de polinização, terras Biesmeijer JC (2013)
agrícolas expostas à erosão ou pessoas expostas a Modelos de distribuição de espécies para
baixos níveis de qualidade do ar. polinização de culturas: uma estrutura de
modelagem aplicada à Grã-Bretanha. PLoS UM 8: e76308.

Scharlemann JPW, Tanner EVJ, Hiederer R, Kapos


Leitura adicional e recursos V (2014) Carbono global do solo: Compreendendo
e gerenciando o maior reservatório de carbono
Civantos E, Thuiller W, Maiorano L, Guisan A, Arajo terrestre. Gestão de Carbono 5(1): 81-91.
MB (2012) Potenciais impactos das alterações
climáticas nos serviços ecossistémicos na
Europa: O caso do controlo de pragas por Zulian G, Maes J, Paracchini M (2013) Vinculando
vertebrados. BioScience 62: 658-666. dados de cobertura do solo e rendimentos
agrícolas para mapeamento e avaliação de
FAO e ITPS (2015) Situação dos Recursos do Solo serviços de polinização na Europa. Terreno 2: 472.
no Mundo (SWSR) – Relatório Principal.
Organização das Nações Unidas para a
Alimentação e a Agricultura e Painel Técnico
Intergovernamental sobre Solos, Roma, Itália. 650 pp.

Guerra CA, Maes J, Geijzendorfffer I, Metzger MJ


(2016) Uma avaliação da prevenção da erosão
do solo pela vegetação na Europa Mediterrânica:
Tendências actuais da prestação de serviços
ecossistémicos. Indicadores Ecológicos 60:
213-222.

186 Mapeando Serviços Ecossistêmicos


Machine Translated by Google

5.5.2. Mapeando serviços de


provisionamento
Marion Kruse e Katalin Petz

Introdução

A produção de materiais e energia dos ecossistemas e pesca/aquicultura e, consequentemente, os tipos


é geralmente classificada como serviços de de cobertura/uso do solo relacionados. Como
abastecimento. Estes são bens ou serviços tangíveis representam atividades económicas tradicionais e
que são diretamente utilizados, comercializados ou focos de investigação que existem há muito tempo,
trocados por todos os seres humanos. Podem ser está disponível um grande conjunto de
agrupados em nutrição (por exemplo, culturas conhecimentos e conjuntos de dados específicos
cultivadas, marisco da aquicultura, alimentos para quantificar a oferta de SE com base nestes
silvestres), materiais (por exemplo, fibras e materiais setores económicos. Este facto também dá a
genéticos) e serviços energéticos (por exemplo, oportunidade de analisar as mudanças e tendências
lenha). Alguns deles, como as culturas cultivadas e destes SE em muitas regiões. Estes sistemas de
a produção animal, estão entre os serviços produção são geralmente monoculturas e requerem
ecossistêmicos (SE) mais mapeados, enquanto uma grande quantidade de intervenção humana
outros, como os materiais genéticos e a energia (Capítulo 5.1). Pelo contrário, as plantas selvagens,
fornecida pelos animais, foram estudados ou a água e os recursos genéticos estão menos
mapeados com menos frequência até o momento (Figuraclaramente
1). ). associados a uma classe específica de
cobertura/uso do solo e são gerados em
Os serviços de provisionamento são frequentemente ecossistemas e paisagens mais diversos e seminaturais ou natura
produzidos e consumidos ou utilizados em diferentes
locais. Geralmente são transportados do local de A produção de ES não é apenas específica do
produção (ou seja, oferta) para o local de consumo local, mas também é dinâmica ao longo do tempo
(ou seja, demanda). É mais
comum e mais fácil mapear
a oferta, pois é espacialmente
explícita e depende
diretamente da estrutura e
funcionamento do ecossistema,
enquanto a procura é uma
função de fatores
socioeconómicos.

Os produtos agrícolas e
animais economicamente
importantes, bem como os
produtos madeireiros e
pesqueiros, podem estar Figura 1. Visão geral esquemática dos serviços de provisionamento menos e mais
mapeados.
intimamente associados à agricultura, silvicultura

capítulo 5 187
Machine Translated by Google

(Capítulo 5.3). Os exemplos incluem culturas características do ecossistema agrícola (por


cultivadas e colhidas principalmente no período exemplo, textura do solo, condições climáticas e
primavera-verão nas zonas temperadas. Na zona hidrológicas), que influenciam o nível e a qualidade
tropical, a estação de cultivo dura o ano todo. Outro dos SE gerados. Também é possível incluir factores
exemplo é o fornecimento dinâmico de água potável de produção antropogénicos e efeitos ambientais
a partir de regiões montanhosas, que acompanha como indicadores, em vez de apenas o rendimento
as mudanças sazonais nas condições hidrológicas das colheitas ou o número de animais. Devido ao
e climatológicas. carácter comercial, existe um grande contributo
adicional (por exemplo, fertilizantes, pesticidas) na
maioria dos agro-ecossistemas. Além disso, é
Mapeando métodos importante notar que, no caso dos animais de
criação, a cobertura/utilização do solo não
para provisionar serviços corresponde automaticamente à área de
fornecimento. O gado é frequentemente mantido
Com base na classificação CICES (Capítulo 2.4), em edifícios, resultando na acumulação de pontos no respectivo ma
os serviços de provisionamento podem ser
agrupados nas classes abaixo relatadas. Diferentes Existem também modelos de produção agrícola ou
métodos e conjuntos de dados estão disponíveis animal (por exemplo, modelo de Impacto
para mapear essas classes. Uma breve visão geral Regionalizado da Política Agrícola Comum (CAPRI)
dos métodos de mapeamento e conjuntos de dados ou modelo de Planeamento e Alocação de Produção
selecionados é fornecida nas seções a seguir. Agrícola (APPA)) que consideram a capacidade
do ecossistema, os efeitos ambientais e os insumos
Culturas cultivadas e animais criados e seus humanos para obter mais resultados precisos.
produtos (por exemplo, cereais, vegetais, carne, No entanto, esses modelos consomem muito tempo
leite) e dados. Eles são adequados se o objetivo for
compreender melhor um determinado sistema de
Estes serviços de abastecimento são principalmente produção ou criar um mapa de produção agrícola e
valorizados comercialmente e comercializados animal para um determinado local sob um cenário
como resultado directo da agricultura de terras socioeconômico específico ou restrição ambiental.
aráveis e pastagens. Estão entre os SE mais bem
monitorizados e o seu nível de produção está Para fins gerais e mapeamento de múltiplos serviços
documentado nas estatísticas agrícolas ou na de provisionamento, tabelas de consulta são de
contabilidade em muitas áreas. Portanto, eles uso comum (Capítulo 5.6.4). Para alguns resultados
podem ser facilmente mapeados usando mapas de de animais criados (carne, leite), existem apenas
cobertura/uso da terra em combinação com dados agregados ou médios (abate para uma data
indicadores de produção agrícola ou animal (por de referência definida).
exemplo, produção agrícola t/ha/ano, número de
animais/ha, produção de leite l/ha/ano) de produção Na escala local (por exemplo, fazenda), análises
nacional ou outras estatísticas. Isto corresponde a detalhadas podem ser incluídas em mapas, tais
uma abordagem de mapeamento de nível 2 (ver como variações ao longo de uma estação.
Capítulo 5.6.1). Este método tem requisitos Considerando a época de crescimento das culturas
mínimos de dados e é, portanto, fácil e rápido cultivadas, a oferta nem sempre corresponde à procura contínua.
quando os dados correspondentes estão disponíveis. Durante todo o período vegetativo, até ao momento
Com esses conjuntos de dados, mapas para esses da colheita, as culturas podem ser consideradas
serviços de provisionamento podem ser gerados apenas como potenciais serviços de abastecimento.
em escalas locais e globais. A utilização de um O uso real (fluxo) está ligado à colheita,
único indicador, no entanto, negligencia os efeitos do regime de gestão eedo
processamento impacto ambiental.
consumo.

188 Mapeando Serviços Ecossistêmicos

Você também pode gostar

pFad - Phonifier reborn

Pfad - The Proxy pFad of © 2024 Garber Painting. All rights reserved.

Note: This service is not intended for secure transactions such as banking, social media, email, or purchasing. Use at your own risk. We assume no liability whatsoever for broken pages.


Alternative Proxies:

Alternative Proxy

pFad Proxy

pFad v3 Proxy

pFad v4 Proxy