Apostila Eletrogate - Kit Arduino Start 4
Apostila Eletrogate - Kit Arduino Start 4
6 – Outubro/2024
Olá, Maker!
Esta apostila foi desenvolvida especialmente para você, servindo como um guia teórico
e prático para o Kit Arduino Start. O kit possui todos os componentes necessários para
os projetos propostos e, assim, permitirá que você tenha uma experiência completa.
Se você ainda é novo no universo Arduino, não se preocupe! Vamos te guiar desde o
começo, com uma introdução à plataforma, instalação, configuração e o passo a passo
para você dominar todos os recursos da sua placa Arduino. E o melhor: com projetos
práticos que vão te levar da programação à montagem, até ver o seu projeto ganhar
vida!
Mas as oportunidades não param por aí! Com o Kit Arduino Start, as possibilidades são
infinitas. Você poderá criar inúmeros projetos utilizando sensores, motores, shields e
muito mais. Tudo o que você precisa para soltar sua criatividade e inovar está no nosso
Kit.
Então, se você ainda não garantiu o seu, não perca mais tempo! Acesse agora o nosso
site e garanta já o seu Kit Arduino Start para desbloquear todo o seu potencial criativo!
Prepare-se para uma aventura de aprendizado e criação. Estamos ansiosos para ver
tudo o que você vai criar.
Sumário
Parte I – Conceitos elétricos, introdução aos componentes e instalação da IDE ................ 4
Introdução ................................................................................................................................ 4
Revisão de circuitos elétricos................................................................................................ 5
Carga e corrente elétrica .................................................................................................... 6
Tensão elétrica .................................................................................................................... 7
Potência e energia ............................................................................................................... 7
Conversão de níveis lógicos e alimentação correta de circuitos .................................. 8
Revisão de componentes eletrônicos ................................................................................. 10
Resistores elétricos .......................................................................................................... 10
Capacitores ........................................................................................................................ 12
Diodos e LEDs ................................................................................................................... 14
Transistores ....................................................................................................................... 16
Protoboard ......................................................................................................................... 18
Parte II - Instalando e conhecendo a Arduino IDE ................................................................. 20
Parte III - Seção de Exemplos Práticos ................................................................................... 25
Exemplo 1 - Leitura de Sinais Analógicos com Potenciômetro ................................... 26
Exemplo 2 - Divisores de Tensão com Resistores ........................................................ 29
Exemplo 3 - Controle de LEDs com Botões ................................................................... 31
Exemplo 4 - Acionamento de buzzer com um botão ..................................................... 33
Exemplo 5 - Acionamento de LED conforme do Luz Ambiente ................................... 36
Exemplo 6 - Controle de Servo Motor com Potenciômetro .......................................... 39
Exemplo 7 - Medindo a Temperatura do Ambiente ........................................................ 42
Exemplo 8 – Efeito fade .................................................................................................... 44
Exemplo 9 - Controlando o brilho do LED com potenciômetro ................................... 46
Exemplo 10 – Explorando o efeito de persistência da visão (POV) com LED ............ 48
Exemplo 11 - Controlando LEDs com funções diferentes sem usar delay() .............. 49
Exemplo 12 – Diferença entre transistores NPN e PNP na prática .............................. 52
Exemplo 13 – Acionamento de cargas usando transistores ........................................ 54
Exemplo 14 – Semáforo com Arduino ............................................................................ 56
Exemplo 15 – Acionando displays de 7 segmentos ...................................................... 58
Parte VI - Cálculo do resistor de base dos transistores ....................................................... 62
Parte V – Principais comandos do Arduino ........................................................................... 64
Considerações finais ............................................................................................................ 66
Parte I – Conceitos elétricos, introdução aos
componentes e instalação da IDE
Introdução
A primeira parte da apostila faz uma revisão sobre circuitos elétricos, com destaque para
questões práticas de montagem e segurança que surgem no dia a dia do usuário do Kit
Start para Arduino.
Todos os conteúdos da Parte I são focados na apostila Arduino Start, tendo em vista a
utilização adequada dos componentes e da realização prática de montagens pelos
usuários. No entanto, recomenda-se a leitura das referências indicadas ao final de cada
seção para maior aprofundamento.
A apostila Start, bem como todas as outras apostilas que tratam de Arduino e eletrônica
em geral, tem como conhecimento de base as teorias de circuitos elétricos e de
eletrônica analógica e digital.
Em todo circuito você vai ouvir falar das grandezas elétricas principais, assim, vamos
aprender o que é cada uma delas.
Carga e corrente elétrica
A grandeza mais básica nos circuitos elétricos é a carga elétrica. Carga é a propriedade
elétrica das partículas atômicas que compõem a matéria (prótons, nêutrons e elétrons),
e é medida em Coulombs.
Do conceito de carga elétrica obtemos o conceito de corrente elétrica, que nada mais
é do que a taxa de variação da carga ao longo do tempo, ou seja, quando você tem um
fluxo de carga em um condutor, a quantidade de carga (Coulomb) que atravessa esse
condutor por unidade de tempo, é chamada de corrente elétrica. A medida utilizada
para corrente é o Ampére(A).
Aqui temos que fazer uma distinção importante. Existem corrente elétrica contínua e
alternada:
Com o Arduino UNO e na maioria dos componentes eletrônicos, lidamos com a corrente
elétrica contínua. É diferente da corrente e tensão elétrica da tomada de sua casa, que
são alternadas.
Na realidade, os elétrons, que possuem carga negativa, se movem do polo negativo para
o polo positivo. Isso ocorre porque, em um circuito, o excesso de elétrons em um lado
(polo negativo) cria uma região negativa em relação ao lado com menos elétrons (por
conter menos elétrons, dizemos que essa região está positiva). Essa diferença de
potencial cria uma força que faz com que os elétrons se movam em direção ao lado
positivo.
Quando conectamos os dois polos por meio de uma carga (como um LED, resistor,
motor, por exemplo), a corrente elétrica é gerada e flui devido a essa diferença de
potencial (conceito que será explicado mais adiante). A corrente é a forma como a
energia é transportada e utilizada pelos componentes do circuito.
Tensão elétrica
O mais comum é você ver apenas “tensão” nos artigos e exemplos com Arduino.
Assim, definindo formalmente o conceito: Tensão elétrica é a energia necessária para
mover uma unidade de carga através de um condutor, e é medida em Volts (V).
Potência e energia
A tensão e a corrente elétrica são duas grandezas básicas, e juntamente com a potência
e energia, são as grandezas que descrevem qualquer circuito elétrico ou eletrônico. A
potência é definida como a variação de energia (que pode estar sendo liberada ou
consumida) em função do tempo, e é medida em Watts (W). A potência está associada
ao calor que um componente está dissipando e a energia que ele consume.
Nós sabemos da vida prática que uma lâmpada de 100W consome mais energia do que
uma de 60 W. Ou seja, se ambas estiverem ligadas por 1 hora por exemplo, a lâmpada
de 100W vai implicar numa conta de energia mais cara.
A potência se relaciona com a tensão e corrente pela seguinte fórmula:
P=VxI
Essa é a chamada potência instantânea. Com essa fórmula, para saber qual a potência
dissipada em um resistor, por exemplo, basta informar a tensão aplicada nos terminais
do resistor e a corrente que passa por ele. O conceito de potência é importante pois
muitos hobbistas acabam não tendo noção de quais valores de resistência usar, ou
mesmo saber especificar componentes de forma adequada.
Um resistor de 33 ohms de potência igual a 1/4W, por exemplo, não pode ser ligado
diretamente em circuito de 5V, pois nesse caso a potência dissipada nele seria maior
que a que ele pode suportar.
Vamos voltar a esse assunto em breve, por ora, tenha em mente que é importante ter
uma noção da potência dissipada ou consumida pelos elementos do circuito que você
irá montar.
Por fim, a energia elétrica é o somatório da potência elétrica durante todo o tempo em
que o circuito esteve em funcionamento. A energia é dada em Joules (J) ou Wh (watt-
hora). A unidade Wh é interessante pois mostra que a energia é calculada multiplicando-
se a potência pelo tempo (apenas para os casos em que a potência é constante).
Essa primeira parte é um pouco conceitual, mas é importante saber de onde vieram
todas as siglas que você irá encontrar nos manuais e artigos na internet. Na próxima
seção, vamos discutir os componentes básicos que compõem o Kit Start para Arduino.
É muito comum que hobbistas e projetistas em geral acabem cometendo alguns erros
de vez em quando. Na verdade, mesmo alguns artigos na internet e montagens
amplamente usadas muitas vezes acabam por não utilizar as melhores práticas de forma
rigorosa. Isso acontece frequentemente com situações em que os níveis lógicos dos
sinais usados para integrar o Arduino com outros circuitos não são compatíveis entre si.
Isso significa que quando você quiser usar o seu Arduino UNO com um sensor ou CI que
trabalhe com 3.3V, é preciso fazer a adequação dos níveis de tensão, pois se você enviar
um sinal de 5V (saída do Arduino) em um circuito de 3.3V (CI ou sensor), você poderá
queimar o pino daquele componente.
Em geral, sempre que dois circuitos que trabalhem com níveis de tensão diferentes
forem conectados, é preciso fazer a conversão dos níveis lógicos. O mais comum é ter
que abaixar saídas de 5V para 3.3V. Subir os sinais de 3.3V para 5V na maioria das vezes
não é necessário pois o Arduino entende 3.3V como nível lógico alto, isto é, equivalente
a 5V.
Para fazer a conversão de níveis lógicos você tem duas opções:
O divisor de tensão é a solução mais simples, mas usar um CI conversor é mais elegante
e é o ideal. O divisor de tensão consiste em dois resistores ligados em série (Z1 e Z2), em
que o sinal de 5V é aplicado em um dos terminais de Z1. O segundo terminal de Z2 é
ligado ao GND, e o ponto de conexão entre os dois resistores é a saída do divisor, cuja
tensão é dada pela seguinte relação:
Um divisor de tensão muito comum é fazer Z1 igual 1KΩ e Z2 igual 2KΩ. Dessa forma a
saída Vout fica sendo 3.33V. Como o Kit Start para Arduino não contém resistores de 2K,
você pode associar dois resistores de 1K ligados em série para formar o resistor Z2.
Fazendo isso, teremos Z1 = 1KΩ e Z2 = (1KΩ + 1KΩ), resultando numa saída de 3.33V
segundo a fórmula mostrada (Vout = (1KΩ + 1KΩ)/(1KΩ+(1KΩ + 1KΩ)) x 5).
Vamos exemplificar como fazer um divisor de tensão como esse na seção de exemplos
da parte II da apostila.
Revisão de componentes eletrônicos
O Kit Start para Arduino possui os seguintes componentes básicos para montagens de
circuitos:
Resistores elétricos
Os resistores mais comuns do mercado são construídos com fio de carbono e são
vendidos em várias especificações. Os resistores do Kit são os tradicionais de 1/4W e 5%
de tolerância. Isso significa que eles podem dissipar no máximo 1/4W (0,25 watts) e seu
valor de resistência pode variar em até 5% para mais ou para menos, ou seja, o resistor
de 1KΩ pode então ter um valor mínimo de 950Ω e um valor máximo de 1050Ω para ser
considerado em condições de uso.
Em algumas aplicações você pode precisar de resistores com precisão maior, como 1%.
Também há casos em que a precisão não é tão importante, podendo ser utilizados
resistores com tolerância de 10%. Em alguns casos, pode ser necessário usar resistores
com maior potência, como 1W, enquanto em outros a potência pode ser menor, como
1/8W. Essas variações dependem da natureza específica de cada circuito."
Em geral, para as aplicações típicas e montagens de prototipagem que podem ser feitos
com o Kit Start para Arduino, os resistores tradicionais de 1/4W e 5% de tolerância são
mais que suficientes.
V=RxI
Ou seja, se você sabe o valor de um resistor e a tensão aplicada em seus terminais, você
pode calcular a corrente elétrica que fluirá por ele. Juntamente com a equação para
calcular potência elétrica, a lei de Ohm é importante para saber se os valores de corrente
e potência que os resistores de seu circuito estão operando estão adequados.
Para fechar, você deve estar se perguntando, como saber o valor de resistência de um
resistor? Você tem duas alternativas: Medir a resistência usando um multímetro ou
determinar o valor por meio do código de cores do resistor.
Se você pegar um dos resistores do seu kit, verá que ele possui algumas faixas coloridas
em seu corpo. Essas faixas são o código de cores do resistor. As duas primeiras faixas
dizem os dois primeiros algarismos decimais. A terceira faixa colorida indica o
multiplicador que devemos usar. A última faixa, que fica um pouco mais afastada, indica
a tolerância.
Capacitores
Os capacitores são os elementos mais comuns nos circuitos eletrônicos depois dos
resistores. São elementos que armazenam energia na forma de campos elétricos. Um
capacitor é constituído de dois terminais condutores e um elemento dielétrico entre
esses dois terminais, de forma que quando submetido a uma diferença de potencial, um
campo elétrico surge entre esses terminais, causando o acúmulo de cargas positivas no
terminal negativo e cargas negativas no terminal positivo.
O importante que você deve saber para utilizar o Kit é que os capacitores podem ser de
quatro tipos:
⚫ Eletrolíticos;
⚫ Cerâmicos;
⚫ Poliéster;
⚫ Tântalo.
Capacitor eletrolítico
Capacitores cerâmicos
Capacitores cerâmicos não possuem polaridade, e são caracterizados por seu tamanho
reduzido e por sua cor característica, um marrom claro um tanto fosco. Possuem
capacitância da ordem de pico Farad. Veja nas imagens abaixo um típico capacitor
cerâmico e sua identificação:
Figura 4: Capacitores cerâmicos
Por fim, há também os capacitores de poliéster e de tântalo. No Kit Start para Arduino,
você receberá apenas exemplares de capacitores eletrolíticos e cerâmicos.
Diodos e LEDs
Diodos e LEDs são tratados ao mesmo tempo pois são, na verdade, o mesmo
componente. Diodos são elementos semicondutores que só permitem a passagem de
corrente elétrica em uma direção.
São constituídos de dois terminais, o Anodo(+) e o catodo(-), sendo que para que possa
conduzir corrente elétrica, é preciso conectar o Anodo na parte positiva do circuito, e o
Catodo na parte negativa. Do contrário, o diodo se comporta como um circuito aberto,
bloqueando a passagem dos elétrons.
O LED é um tipo específico de diodo - Light Emitter Diode, ou seja, um diodo que emite
luz. Trata-se de um diodo que quando polarizado corretamente, emite luz para o
ambiente externo. O Kit Start para Arduino vem acompanhado de LEDs nas cores
vermelha, verde e amarela, as mais tradicionais.
Nesse ponto, é importante você saber que sempre deve ligar um led junto de um
resistor, para que a corrente elétrica que flua pelo led não seja excessiva e acabe por
queimá-lo. Além disso, lembre-se que por ser um diodo, o led só funciona se o Anodo
estiver conectado ao polo positivo do sinal de tensão.
Para identificar o Anodo do Led, basta identificar o terminal mais longo do componente,
como na imagem abaixo:
▪ NPN: No transistor NPN, a corrente principal entra pelo coletor e sai pelo
emissor (considerando o sentido convencional da corrente). Para que o
transistor NPN conduza, é necessário aplicar um sinal positivo na base.
Esse sinal permite que a corrente flua do coletor para o emissor, habilitando a
condução do transistor.
▪ PNP: O funcionamento do transistor PNP é oposto ao NPN. Nele, a corrente
principal entra pelo emissor e sai pelo coletor. Entrando em condução ao
aplicarmos um sinal negativo na base. Esse sinal negativo na base permite que
a corrente flua do emissor para o coletor, habilitando a condução do transistor.
Modos de operação
Para facilitar a compreensão do funcionamento do transistor, vamos associar o tipo
NPN a uma torneira. Nesta analogia, o coletor representa a entrada de água na
torneira, o emissor representa a saída de água e, a base, equivale ao registro. Para o
PNP, a analogia é a mesma, diferenciando-se apenas na função do coletor e do
emissor.
Modo Ativo: Chamamos de região ativa porque o transistor está funcionando como
um amplificador. Neste estado, a corrente de base controla a corrente de coletor, mas
o transistor não está completamente saturado. A corrente de coletor é proporcional à
corrente de base, multiplicada pelo ganho do transistor. Isso faz com que a tensão
entre o coletor e o emissor seja alta o suficiente para permitir essa amplificação.
Associando à torneira, você abre o registro parcialmente, permitindo um fluxo
controlado e proporcional da água. Da mesma forma, no transistor, a corrente de base
controla a quantidade de corrente que flui do coletor (entrada da água) para o emissor
(saída da água).
Embora o ganho (β) do transistor ainda esteja presente, sua influência é menor neste
modo já que existe um excesso de elétrons na base. A corrente de coletor passa a ser
mais influenciada pela configuração do circuito do que pela corrente de base. Na
torneira, é como se o registro estivesse completamente aberto, permitindo o fluxo
máximo de água.
Note que, nessa orientação, temos colunas numeradas de 1 a 30, enquanto as linhas
são nomeadas de A a E no segmento inferior e de F a J no segmento superior. A ligação
entre os pinos é bem simples de entender: em cada coluna numérica, as 5 linhas
correspondentes estão interligadas entre si (linhas verdes), mas não há conexão com
as colunas vizinhas (números), nem entre os segmentos superior e inferior (grupos A-E
e F-J).
A tela seguinte nos propõe fazer uma contribuição para a plataforma, pode clicar em
“Just Download” – Aqui é de suma importância que seu navegador não traduza a
página, pois essa opção não é exibida quando traduzida.
Na tela seguinte, clique novamente em “Just Download”.
Após esses passos, o download irá iniciar automaticamente. Quando terminar, execute
o arquivo baixado e clique em “Eu concordo” na janela exibida.
Nas telas seguintes, basta clicar em “Próximo” e “Instalar”. Ao término, clique em
concluir para abrir a IDE.
Com a IDE instalada e aberta, vamos conhecer os recursos que serão úteis nessa
apostila. Primeiramente, vamos fazer uma pequena configuração, que será útil
futuramente. Clique em “Arquivo”, na parte superior e vá em “Preferências”. A tela
abaixo será exibida:
Nela, marque as caixinhas “compilar” e “enviar”. Elas são responsáveis por exibir logs e
possíveis erros quando começarmos a programar o Arduino. Você também pode alterar
o idioma, ativar o modo escuro e alterar a fonte, conforme sua preferência. Clique em
“OK” para salvar as alterações.
Agora, vamos fazer um simples teste para verificar o funcionamento da placa. Primeiro,
precisamos conectar o pino RESET do Arduino ao GND e conectar os pinos 0 (RX) e 1 (TX)
entre si, usando jumpers. Isso nos permite realizar um teste chamado loopback, que
nada mais é do que um teste de comunicação entre o Arduino e o computador, onde
enviamos uma mensagem e a placa nos retorna exatamente o que foi enviado se tudo
estiver funcionando corretamente. Abaixo, o diagrama de conexão:
Com a conexão feita, vamos conectar a placa ao computador e preparar a Arduino IDE.
Nela, precisaremos apenas selecionar o modelo de placa e a porta COM em que seu
Arduino está conectado e abrir um recurso chamado Monitor Serial. Veja abaixo onde
encontrá-lo:
Nela, podemos usar o campo de texto para enviar comandos/mensagens para o Arduino
e configurar a velocidade de comunicação. Para os exemplos dessa apostila, podemos
manter em 9600 bauds mesmo.
Para fazer o teste de loopback, você só precisa digitar uma mensagem e apertar a tecla
Enter, para enviá-la. O Arduino deverá retorná-la na sequência, como mostrado abaixo:
Agora vamos entrar nas seções de exemplos em si. Os conceitos da Parte I são
importantes caso você esteja começando a trabalhar com eletrônica. No entanto,
devido ao aspecto prático da montagem, não necessariamente você precisa de ler toda
a parte introdutória para montar os circuitos abaixo, mas recomendamos que estude os
componentes e suas particularidades para complementar seu conhecimento.
Em cada exemplo vamos apresentar os materiais utilizados, o diagrama, o código e mais:
em um exemplo específico, deixamos um desafio para que você complete o
funcionamento do projeto com base nos conhecimentos adquiridos.
Vamos começar!
O potenciômetro nada mais do que um resistor cujo valor de resistência pode ser
ajustado de forma manual. Existem potenciômetros slides e giratórios. Na figura abaixo
mostramos um potenciômetro giratório dos mais comumente encontrados no mercado.
Em ambos, ao variar a posição da chave manual, seja ela giratória ou slide, o valor da
resistência entre o terminal de saída e um dos outros terminais se altera. O símbolo do
potenciômetro é o mostrado na imagem a seguir:
Tensão = Valor*(5/1024)
Lista de materiais:
⚫ Arduino UNO;
⚫ Protoboard;
⚫ Potenciômetro 10K;
⚫ Jumpers.
Diagrama de circuito
Carregue o código abaixo no Arduino e você verá as leituras no Monitor serial da IDE.
void setup(){
Serial.begin(9600); // monitor serial - velocidade 9600 Bps
delay(100); // atraso de 100 milissegundos
}
void loop(){
sensorValue = analogRead(sensorPin); // leitura da entrada analógica A0
voltage = sensorValue * (5.0 / 1024); // cálculo da tensão
Na função void setup(), nós inicializamos o terminal serial com uma taxa de transmissão
de 9600 bits por segundo. Na função void loop(), primeiro faz-se a leitura da entrada
analógica A0 com a função analogRead(SensorPin) e armazenamos a mesma na variável
sensorValue. Em seguida, aplicamos a fórmula para converter a leitura (que é um
número entre 0 e 1023) para o valor de tensão correspondente. O resultado é
armazenado na variável Voltage e em seguido mostrado na interface serial da IDE
Arduino.
Esse exemplo é para ilustrar como usar um divisor de tensão. Sempre que você precisar
abaixar um sinal lógico de 5V para 3.3V você pode usar esse circuito. Explicamos o divisor
de tensão na seção de introdução, mais especificamente, quando conversamos sobre
conversão de níveis lógicos.
Esse circuito será útil sempre que você tiver que abaixar as saídas do Arduino de 5V para
3.3V.
Lista de materiais:
⚫ 5 resistores de 1KΩ;
⚫ 1 Arduino UNO;
⚫ Protoboard;
⚫ Jumpers.
Diagrama de circuito:
Esse é um diagrama com dois divisores de tensão. O primeiro é composto por três
resistores, sendo cada um de 330R. Assim, o resistor Z1 é de 330R e o resistor Z2 é
formado pela associação em série dos outros dois, resultando numa resistência
equivalente de 660R.
O segundo divisor é formado por dois resistores de 1K, dessa forma, a tensão de saída
é a tensão de entrada dividida pela metade:
O código para o exemplo 2 é uma extensão do código usada na seção anterior para ler
valores de tensão do potenciômetro. Nesse caso, nós fazemos a leitura de dois canais
analógicos (A0 e A1), fazemos as conversões para as tensões e mostramos os resultados
de cada divisor na interface serial.
Carregue o código abaixo e observe os dois valores no Monitor Serial da IDE Arduino.
void setup()
{
Serial.begin(9600); // monitor serial - velocidade 9600 Bps
delay(100); // atraso de 100 milissegundos
}
void loop()
{
sensorValue1 = analogRead(sensorPin1); // leitura da entrada analógica A0
sensorValue2 = analogRead(sensorPin2); // leitura da entrada analógica A1
voltage1 = sensorValue1 * (5.0 / 1024); // cálculo da tensão 1
voltage2 = sensorValue2 * (5.0 / 1024); // cálculo da tensão 2
Serial.print("Tensão do divisor 1: "); // imprime no monitor serial
Serial.print(voltage1); // imprime a tensão 1
Serial.print(" Tensão do divisor 2: "); // imprime no monitor serial
Serial.println(voltage2); // imprime a tensão 2
delay(500); // atraso de 500 milissegundos
}
Esses dois componentes são trabalhados por meio das entradas e saídas digitais do
Arduino. Neste exemplo vamos fazer uma aplicação básica que você provavelmente vai
repetir muitas vezes. Vamos ler o estado de um push-button e usá-la para acender ou
apagar um LED.
Lista de materiais:
Diagrama de circuito:
Esse pequeno código abaixo mostra como ler entradas digitais e como acionar as
saídas digitais. Na função void setup(), é preciso configurar qual pino será usado como
saída e qual será usado como entrada.
Na função void loop(), fizemos um if no qual a função digitalRead é usada para saber se
o push-button está acionado ou não. Caso ele esteja acionado, nós acendemos o LED,
caso ele esteja desligado, nós desligamos o LED.
Carregue o código abaixo e pressione o botão para acender o LED.
void setup()
{
pinMode(PinButton, INPUT); // configura D8 como entrada digital
pinMode(ledPin, OUTPUT); // configura D7 como saída digital
Serial.begin(9600); // monitor serial - velocidade 9600 Bps
delay(100); // atraso de 100 milissegundos
}
void loop()
{
if (digitalRead(PinButton) == HIGH) // se chave = nível alto
{
digitalWrite(ledPin, HIGH); // liga LED com 5V
Serial.println("Acendendo LED"); // imprime no monitor serial
}
else // senão chave = nível baixo
{
digitalWrite(ledPin, LOW); // desliga LED com 0V
Serial.println("Desligando LED"); // imprime no monitor serial
}
delay(100); // atraso de 100 milissegundos
}
Repare que o circuito do buzzer ativo não é acessível, estando coberto com resina. Já o
buzzer passivo você pode visualizar uma pequena placa de circuito interna, onde os
terminais estão conectados.
Nosso kit traz o buzzer ativo de 5V, que é mais fácil de acionar e desenvolver projetos,
já que, para emitir som, precisa apenas ser energizado. No projeto a seguir, vamos
utilizar o Arduino e um botão para fazer o acionamento desse buzzer.
Lista de materiais:
• Arduino Uno;
• Protoboard;
• Push Button;
• Jumpers.
Diagrama de circuito:
Carregue o código abaixo em seu Arduino:
#define BUTTON 3
#define BUZZER 4
void setup(){
pinMode(BUTTON, INPUT_PULLUP);
pinMode(BUZZER, OUTPUT);
Serial.begin(9600);
delay(100);
}
void loop(){
if (digitalRead(BUTTON) == LOW){
digitalWrite(BUZZER, HIGH);
} else {
digitalWrite(BUZZER, LOW);
}
delay(100);
}
Exemplo 5 - Acionamento de LED conforme do Luz Ambiente
O sensor LDR é um sensor de luminosidade. LDR é a sigla para Light Dependent Resistor,
ou seja, um resistor cuja resistência varia com a quantidade de luz que incide sobre ele.
Esse é seu princípio de funcionamento.
É importante considerar a potência máxima do sensor, que é de 100 mW. Ou seja, com
uma tensão de operação de 5V, a corrente máxima que pode passar por ele é de 20 mA.
Felizmente, com 8KΩ (que medimos experimentalmente com o ambiente bem
iluminado), que é a resistência mínima, a corrente ainda está longe disso, sendo
0,625mA. Dessa forma, podemos conectar o sensor diretamente ao Arduino.
*Nota: Em suas medições, pode ser que encontre um valor de resistência mínimo
diferente, pois depende da iluminação local e da própria fabricação do componente em
si.
Este sensor de luminosidade pode ser utilizado em projetos com o Arduino e outros
microcontroladores para diversas aplicações, como alarmes, automação residencial,
sensores de presença e vários outros.
Nesse exemplo, vamos usar uma entrada analógica do Arduino para ler a variação de
tensão no LDR e, consequentemente, saber como a luminosidade ambiente está se
comportando. Veja na especificação que, com muita luz, a resistência fica em torno de
10-20KΩ, enquanto no escuro pode chegar a 1MΩ.
Lista de materiais:
⚫ LDR;
⚫ Resistor de 10KΩ;
⚫ 1 Arduino UNO;
⚫ Protoboard;
⚫ Jumpers.
Diagrama de circuito:
void setup()
{
pinMode(ledPin, OUTPUT); // configura D13 como saída digital
Serial.begin(9600); // monitor serial - velocidade 9600 Bps
delay(100); // atraso de 100 milissegundos
}
void loop()
{
Leitura = analogRead(AnalogLDR); // leitura da tensão no pino analógico
A0
VoltageLDR = Leitura * (5.0/1024); // cálculo da tensão no LDR
Serial.print("Leitura sensor LDR = "); // imprime no monitor serial
Serial.println(VoltageLDR); // imprime a tensão do LDR
Nesse caso, definimos uma tensão de limiar, a partir da qual desligamos ou ligamos um
LED para indicar que a intensidade da luz ultrapassou determinado valor. Esse limiar
pode ser ajustado por você para desligar o led em intensidades diferentes de luz
ambiente.
Ou seja, o servo motor é um atuador rotativo para controle de posição, que atua com
precisão e velocidade controlada em malha fechada. De acordo com a largura do pulso
aplicado no pino de controle PWM, a posição do rotor é definida (0 a 180 graus) . Os
pulsos devem variar entre 0,5 ms. e 2,5 ms.
No caso dos servomotores digitais, mais caros e mais precisos, o controle da posição do
rotor utiliza um encoder digital.
A figura abaixo mostra um típico servo motor analógico. Trata-se do Micro Servo Tower
Pro SG90 9G que acompanha o Kit Start para Arduino.
Os Servos são acionados por meio de três fios, dois para alimentação e um
correspondente ao sinal de controle para determinar a posição. Em geral, os três fios
são:
• Marrom ou preto: GND;
• Vermelho: Alimentação positiva;
• Laranja ou branco: Sinal de controle PWM.
Lista de materiais:
void setup()
{
myservo.attach(6); // configura pino D6 - controle do Servo
}
void loop()
{
val = analogRead(potpin); // leitura da tensão no pino A0
val = map(val, 0, 1023, 0, 179); // converte a leitura em números (0-179)
myservo.write(val); // controle PWM do servo
delay(15); // atraso de 15 milissegundos
}
O aspecto mais importante desse software é a utilização da biblioteca servo.h. Esta
biblioteca possui as funções necessárias para posicionar a servo para a posição desejada.
Na função Void Setup() nós associamos o objeto servomotor, do tipo Servo, a um pino
do Arduino. Na mesma função, nós inicializamos o servo na posição 0º, utilizando o
método write do objeto que acabamos de criar.
Para atualizar a posição do servo a cada contagem do loop, nós chamamos o método
write() do objeto servomotor, passando como parâmetro o valor lido do potenciômetro
traduzido para a escala de 0-179. Assim, sempre que mexermos no potenciômetro, o
servo motor irá atuar e atualizar a sua posição.
Assim, o princípio para medir o sinal de um termistor é o mesmo que usamos para medir
o sinal do LDR. Vamos medir na verdade, a queda de tensão provocada na resistência
do sensor.
O grande problema dos termistores é que é necessária fazer uma função de calibração,
pois a relação entre temperatura e resistência elétrica não é linear. Existe uma equação,
chamada equação de Stein Hart-Hart que é usada para descrever essa relação (vide
referências).
O código que vamos usar nesse exemplo utiliza a equação de Stein-Hart conforme a
referência 1.
Lista de materiais:
Diagrama de circuito:
Carregue o código abaixo e meça a temperatura com o NTC:
void setup(){
Serial.begin(9600); // monitor serial - velocidade 9600 Bps
beta = (log(RT1 / RT2)) / ((1 / T1) - (1 / T2)); // cálculo de beta
Rinf = R0 * exp(-beta / T0); // cálculo de Rinf
delay(100); // atraso de 100 milissegundos
}
void loop(){
Vout = Vin * ((float)(analogRead(0)) / 1024.0); // cálculo de V0 e leitura de A0
Rout = (Rt * Vout / (Vin - Vout)); // cálculo de Rout
TempKelvin = (beta / log(Rout / Rinf)); // cálculo da temp. em Kelvins
TempCelsius = TempKelvin - 273.15; // cálculo da temp. em Celsius
Serial.print("Temperatura em Celsius: "); // imprime no monitor serial
Serial.print(TempCelsius); // imprime temperatura Celsius
Serial.print(" Temperatura em Kelvin: "); // imprime no monitor serial
Serial.println(TempKelvin); // imprime temperatura Kelvins
delay(500); // atraso de 500 milissegundos
}
Este projeto demonstra como criar um efeito de fade no LED, onde seu brilho aumenta
e diminui gradativamente e de forma automática.
Lista de materiais:
• Arduino Uno + cabo;
• LED;
• Resistor de 330Ω;
• Protoboard;
• Jumpers.
Diagrama de circuito:
void setup(){
pinMode(LED, OUTPUT); //seta o pino 3 como saída
}
void loop(){
for(int i=0; i<255; i++){ //incrementa os valores de 0 até 255
analogWrite(LED, i); //liga o LED proporcionalmente a i
delay(10); //aguarda 10 milissegundos
}
for(int i=255; i>0; i--){ //decrementa os valores de 255 até 0
analogWrite(LED, i); //liga o LED proporcionalmente a i
delay(10); //aguarda 10 milissegundos
}
}
Lista de materiais:
void setup(){
pinMode(LED, OUTPUT); //configura o pino do led como saída
}
void loop(){
int brilho = map(analogRead(POT), 0, 1023, 0, 255); //conversão de valores
analogWrite(LED, brilho); //varia o brilho do LED
}
Faça o upload do código após as conexões e gire o eixo do potenciômetro para variar o
brilho do LED.
Exemplo 10 – Explorando o efeito de persistência da visão (POV) com
LED
Nesse exemplo, vamos explorar o efeito POV, sigla em inglês para Persistência da
Visão. Esse efeito se resume a uma ilusão de óptica, na qual nosso olho continua a ver
uma imagem mesmo após a fonte de luz cessar.
Lista de materiais:
Diagrama de circuito
Carregue o código abaixo em seu Arduino:
void setup() {
pinMode(ledPin, OUTPUT); // Configura o pino do LED como saída
}
void loop() {
int leituraPotenciometro = analogRead(A0); // Lê o valor do potenciômetro
Repare que, conforme você gira o potenciômetro, a frequência em que o LED pisca
aumenta ou diminui. Configuramos para que consiga variar de 1Hz (1x por segundo)
até 100Hz (100x por segundo), de modo que, quanto mais próximo de 100Hz menos
percepção do LED piscando você irá ter, graças ao efeito de persistência da visão.
Legal, né?
Para isso, utilizaremos a função millis(), que atua como um contador interno do
Arduino e começa a ser incrementado a partir do momento em que o
microcontrolador é energizado ou resetado, funcionando independentemente do
código em execução.
Essa função nos permite medir o tempo decorrido e gerenciar essas ações de forma
eficiente, sem interromper o fluxo do programa.
Lista de materiais:
• Arduino Uno;
• Protoboard;
• Potenciômetro 10KΩ;
• 2 LEDs;
• 2 Resistores de 330Ω;
• Jumpers.
Diagrama de circuito
No loop, fazemos duas verificações para saber quanto tempo passou. Primeiro,
verificamos se a diferença entre o valor atual de millis() e o valor armazenado em
millisPisca é menor que o intervalo definido para o LED piscar. Se essa condição for
verdadeira, o LED é ligado. Se for falsa, o LED será desligado e o valor de millisPisca é
atualizado, recebendo a contagem atual de millis(), reiniciando o ciclo.
void setup(){
//Definindo ambos os pinos dos LEDs como saída
pinMode(LED_BRILHO, OUTPUT);
pinMode(LED_PISCA, OUTPUT);
Lista de materiais:
• Arduino Uno;
• Protoboard;
• 2 LEDs;
• 2 Resistores de 330Ω;
• 2 resistores de 10KΩ;
• Transistor BC548;
• Transistor BC558;
• Jumpers.
Diagrama de circuito
Uma forma bem simples de entender como a corrente flui pelo transistor é observar a
setinha presente no emissor, na simbologia do componente. Note que, no transistor
NPN, essa seta está saindo do transistor, indicando que a corrente entra no transistor
pelo coletor e sai pelo emissor.
void setup() {
//Configura os pinos como saída
pinMode(NPN, OUTPUT);
pinMode(PNP, OUTPUT);
}
void loop() {
//Envia um sinal de nível lógico alto aos transistores
digitalWrite(NPN, HIGH);
digitalWrite(PNP, HIGH);
Lista de materiais:
• Arduino Uno;
• Protoboard;
• 10 LEDs;
• 10 Resistores de 330Ω;
• 1 Resistor de 10KΩ;
• Transistor BC548;
• Jumpers.
Diagrama de circuito:
void setup() {
//Configura os pinos como saída
pinMode(NPN, OUTPUT);
}
void loop() {
//Envia um sinal de nível lógico alto aos transistores
digitalWrite(NPN, HIGH);
delay(1000); // Aguarda 1 segundo
// Envia um sinal de nível lógico baixo aos transistores
digitalWrite(NPN, LOW);
delay(1000); //Aguarda 1 segundo
}
Por ser uma pessoa interessada em aprender, você pode estar se perguntando:
“Mas como chegaram a esses valores para o resistor de base nos exemplos 11 e 12?”
Ao final da apostila, deixamos uma explicação completa de como calcular esse resistor,
juntamente com exemplos de cálculo para que você aprenda a dimensioná-lo
corretamente.
Lista de materiais:
• Arduino Uno;
• Protoboard;
• 2 LEDs vermelhos;
• 2 LEDs verdes;
• 1 LED amarelo;
• 5 Resistores de 330Ω;
• Jumpers.
Diagrama de circuito
void setup() {
pinMode(VERDE_PED, OUTPUT);
pinMode(VERMELHO_PED, OUTPUT);
pinMode(VERDE_VEI, OUTPUT);
pinMode(AMARELO_VEI, OUTPUT);
pinMode(VERMELHO_VEI, OUTPUT);
}
void loop() {
digitalWrite(VERMELHO_VEI, LOW); //Desliga o LED vermelho dos veículos
digitalWrite(VERDE_VEI, HIGH); //Liga o LED verde dos veículos
digitalWrite(VERMELHO_PED, HIGH); //Liga o LED vermelho dos pedestres
delay(8000);
digitalWrite(VERDE_VEI, LOW); //Desliga o LED verde dos veículos
digitalWrite(AMARELO_VEI, HIGH); //Liga o LED amarelo do veículos
delay(3000);
digitalWrite(AMARELO_VEI, LOW); //Desliga o LED amarelo dos veículos
digitalWrite(VERMELHO_PED, LOW); //Desliga o LED vermelho dos pedestres
digitalWrite(VERMELHO_VEI, HIGH); //Liga o LED vermelho dos veículos
digitalWrite(VERDE_PED, HIGH); //Liga o LED verde dos pedestres
delay(5000);
digitalWrite(VERDE_PED, LOW); //Desliga o LED verde dos pedestres
Lista de componentes
• Arduino;
• Protoboard;
• 8 resistores de 330Ω;
• Display de 7 segmentos;
• Jumpers.
Diagrama de montagem
Quanto às funções, elas nos permitem nomear um conjunto de instruções que podem
ser reutilizadas em outras partes do código. Por exemplo, ao fazer um LED piscar com
o Arduino, em vez de repetir os comandos de ligar, aguardar e desligar, você pode criar
uma função chamada piscaLED(). Dentro dessa função, reunimos todos os comandos
necessários para realizar a tarefa de piscar o LED. Assim, sempre que precisar que o
LED pisque, em vez de repetir os quatro comandos, você simplesmente chama
piscaLED(), trazendo organização, praticidade e legibilidade ao seu código, facilitando
seu entendimento e manutenção.
Tendo isso em mente, carregue o código abaixo em seu Arduino:
//Exemplo 15 - Acionando displays de 7 segmentos
//Apostila Eletrogate - KIT START
void reset7Seg() {
for (int i = 0; i < 8; i++) {
digitalWrite(pinos[i], HIGH);
}
}
void setup() {
for (int i = 0; i < 8; i++) {
pinMode(pinos[i], OUTPUT);
}
}
void loop() {
for (int i = 0; i < 3; i++) { // Mude o limite para o número total de caracteres
configurados no switch + 1
exibir(i);
delay(1000); // Esperar 1 segundo entre os caracteres
}
}
Seu funcionamento é bem simples: criamos um array com 8 posições para armazenar
os pinos do Arduino onde os LEDs do display estão conectados. Também criamos
arrays de mesmo tamanho contendo os pinos que devem estar ligados ou desligados
para formar cada caractere. No setup, configuramos os pinos utilizando um laço for e o
comando pinMode(i, OUTPUT), que interpreta o valor em cada índice do array como
sendo o número do pino e o configura como saída.
Fazendo isso, você colocará à prova todo o seu aprendizado até aqui ao mesmo tempo
que o coloca em prática, desenvolvendo habilidades essenciais para a programação do
Arduino.
Parte IV - Cálculo do resistor de base dos
transistores
Vamos abordar aqui como o cálculo do resistor de base deve ser feito. É de suma
importância dimensioná-lo corretamente pois, como visto anteriormente, esse resistor
é o responsável por controlar a corrente que fluirá pelo transistor.
O primeiro passo é calcular a corrente de base usando a fórmula
𝐼𝑐
𝐼𝑏 = , onde:
𝛽
• O transistor opera como chave (em modo saturação - lembre-se, utilize 10% do
ganho mínimo especificado nessa situação);
• A corrente de coletor é 75mA (equivalente a 0,075A - para converter mA em A,
basta dividir por 1000);
• A tensão de base é 5V;
• O modelo do transistor é o BC548B.
Com esses dados em mãos, vamos aos cálculos. Primeiramente, encontramos o valor
da corrente de base:
𝐼𝑐 0,075
𝐼𝑏 = → 𝐼𝑏 = → 𝐼𝑏 = 0,00375
𝛽 20
Com o valor de Ib encontrado, vamos para a segunda fórmula. Nela, temos que:
• Vb equivale a 5V;
• Vbe equivale a 0,7V;
• Ib equivale a 0,00375A
Substituindo:
𝑉𝑏−𝑉𝑏𝑒 5−0,7 4,3
𝑅𝑏 = → 𝑅𝑏 = → 𝑅𝑏 = → 𝑅𝑏 = 1.146,66
𝐼𝑏 0,00375 0,00375
Veja que o valor encontrado para Rb é de 1.146Ω, porém não encontramos esse
resistor comercialmente. O valor mais próximo disponível no Kit Start é de 1KΩ
(1000Ω), portanto esse deve ser o resistor utilizado na base do transistor no exemplo
12.
E aí, já consegue confirmar o valor dos resistores de base para o exemplo 11?
Deixaremos essa tarefa como exercício para você!
Parte V – Principais comandos do Arduino
Nesta seção, trazemos um resumo dos comandos da Arduino IDE utilizados ao longo
dos exemplos. Essas referências são ferramentas valiosas para esclarecer suas dúvidas
sobre a sintaxe (a estrutura dos comandos) e, mais importante, para desvendar o
funcionamento de cada um deles. Aproveite esta oportunidade para aprofundar seu
conhecimento e dominar a programação no Arduino!
• https://www.arduino.cc/reference/pt/
Considerações finais
Essa apostila tem por objetivo apresentar alguns exemplos básicos sobre como utilizar
os componentes do Kit Start para Arduino, a partir dos quais você pode combinar e fazer
projetos mais elaborados por sua própria conta.
Nas referências finais, também tentamos indicar boas fontes de conteúdo objetivo e
com projetos interessantes. Sobre esse ponto, que consideramos fundamental,
gostaríamos de destacar algumas fontes de conhecimento que se destacam por sua
qualidade.
O fórum oficial Arduino possui muitas discussões e exemplos muito bons. A comunidade
de desenvolvedores é bastante ativa e certamente pode te ajudar em seus projetos. No
Project Hub poderá encontrar milhares de projetos com Arduino.
⚫ Instructables: https://www.instructables.com/
O Maker Pro é outro site referência no mundo em relação aos projetos com Arduino. Há
uma infinidade de projetos, todos bem explicados e com bom conteúdo.
No mais, esperamos que essa apostila seja apenas o início de vários outros projetos e,
quem sabe, a adoção de Kits mais avançados, como os de Robótica e Arduino Advanced.
Qualquer dúvida, sugestão, correção ou crítica a esse material, fique à vontade para
relatar em nosso blog oficial: http://blog.eletrogate.com/
Referências gerais