Relatório de Analítica - Espectros
Relatório de Analítica - Espectros
Manaus, AM
2025
2024306690: ANA KATARINA ABREU DAS NEVES
2024306832: ELIZE SILVA GUIMARÃES
2024327313: EVELY PAZ ROCHA
2024327340: GABRIELA ESMERALDA PACHECO BATISTA
2024327387: KENAY REIS PIRES
2024305862: NATÁLIA DE OLIVEIRA GAMA
2024307769: SARA SOPHIA DOS SANTOS BATISTA
Manaus, AM
2025
RESUMO
O presente relatório descreve os resultados obtidos no teste de chama utilizado para analises
espectroscópicas, realizado com o objetivo de identificar cátions metálicos e o espectro de luz
visivel emitido em diferentes amostras. A prática baseou-se na observação da coloração
característica emitida pela chama quando em contato com as substâncias analisadas. Foram
testadas amostras contendo sais de bário, potássio, cálcio, cobre e estrôncio, entre outros. As
cores observadas confirmaram a presença dos respectivos íons metálicos, de acordo com o
esperado para cada substância. O teste demonstrou ser uma técnica qualitativa simples, rápida e
eficiente para a identificação preliminar de metais alcalinos e alcalino-terrosos e para estudos
espectroscópicos.
2.1 OBJETIVO
2.1.1 Geral:
Observar as cores características emitidas pelos íons metálicos presentes em diferentes
sais durante o teste da chama, de modo a reforçar a compreensão dos fundamentos da
espectroscopia de emissão atômica.
2.1.2 Específicos:
Para realização experimental do teste da chama, utilizou-se o Bico de Busen que tem por
finalidade atuar na combustão das substâncias, consequentemente na excitação dos elétrons e alças de
platinas separadas respectivamente para cada reagente, com objetivo de manusear devidamente cada
reagente.
O procedimento foi realizado pelo manuseio dos elementos com a alça de platina de maneira
individual e respectiva, evitando a contaminação das amostras que são aquecidas na chama do Bico de
Bunsen em uma temperatura adequada, de modo que ocorra a excitação dos elétrons e por conseguinte a
visualização da coloração esperada.
Na prática do experimento separou-se os elementos: hidróxido de lítio - LiOH (figura 1),
cloreto de bário - BaCl2 (figura 2), nitrato de potássio - KNO3 (figura 3), cloreto de cobre ou cloreto
cúprico - CuCl2 (figura 4), nitrato de estrôncio - Sr(NO3)2 (figura 5), cloreto de cálcio - CaCl2 (figura 6),
nitrato de bário - Ba(NO3)2 e cloreto de sódio - NaCl.
Nome Fórmula
Hidróxido de Lítio LiOH
Cloreto de Bário BaCl2
Nitrato de Potássio KNO3
Cloreto de Cobre CuCl2
Nitrato de Estrôncio Sr(NO3)2
Cloreto de Cálcio CaCl2
Nitrato de Bário Ba(NO3)2
Cloreto de Cálcio NaCl
De modo geral, cada um dos reagentes encontrava-se organizado juntamente com sua
respectiva alça de platina, para que qualquer tipo de contaminação não atrapalhasse na observação do
resultado. Colocou-se uma pequena quantidade da substância no fio e posteriormente centralizou a alça
sob a chama do Bico de Busen para que fosse possível visualizar a coloração, repetindo esse mesmo
processo para cada um dos elementos.
Figura 1 - LiOH
Figura 2 - BaCl2
Figura 3 - KNO3
Figura 5 - Sr(NO3)2
Figura 6 - Cacl2
Em ampla visão, as cores registradas coincidiram com as cores teóricas, tendo poucas
discrepâncias nos resultados. Na prática laboratorial, é comum que as cores observadas no teste
de chama apresentem variações em relação às cores teóricas esperadas. Segundo Vogel (1981),
impurezas presentes nos sais ou nos instrumentos utilizados (como o fio de platina) podem
modificar significativamente a coloração da chama, dificultando a identificação precisa do cátion
presente. Além disso, a presença de sódio (um contaminante frequente em substâncias e vidrarias
de laboratório) pode mascarar outras cores devido à sua emissão amarelo-intensa (VOGEL,
1981). Harris (2010) complementa que fatores como a concentração da amostra, a temperatura
da chama e a umidade dos sais também podem interferir na intensidade e na tonalidade das cores
observadas, tornando o teste qualitativo dependente de condições cuidadosamente controladas.
Além disso, é evidênciado que essas cores resultam da excitação dos elétrons nos
átomos metálicos, que absorvem energia térmica e saltam para níveis mais altos. Quando esses
elétrons retornam ao estado fundamental, liberam energia na forma de luz visível cuja cor
depende diretamente da estrutura eletrônica de cada elemento químico.
Essa emissão de luz característica está diretamente ligada à espectrometria de emissão
atômica. O teste de chama, apesar de ser um método mais simples e qualitativo, ajuda a
visualizar de forma prática os fundamentos dessa técnica mais sofisticada. Além disso, como
reforçam Gracetto et al. (2006), os testes de chama, embora simples, têm grande valor didático
por introduzirem de forma prática conceitos fundamentais da química moderna, como níveis de
energia, quantização e espectros de emissão.
3. CONCLUSÃO
Diante das evidências apresentadas, foi possível observar que o teste da chama
demonstrou ser uma técnica prática e eficiente para identificação de cátions metálicos, com base
na emissão de luz característica de cada elemento químico. Os resultados mostraram que grande
parte das cores registradas das chamas coincidiram com os resultados teóricos. Essas colorações
são consequência da excitação e relaxamento dos elétrons nos níveis de energia dos átomos
presentes nos sais analisados. Entretanto observou-se que na prática experimental algumas cores
apresentaram variações ou foram mascaradas, principalmente por impurezas nos compostos ou
nas alças de platina, o que mostra que para garantir maior precisão e confiabilidade nos
resultados, é fundamental adotar rigorosos cuidados de limpeza dos materiais e controle das
condições experimentais durante o teste de chama.
Portanto, o experimento realizado permitiu não só a identificação visual de diferentes
íons, mas também a compreensão de como os fenômenos físicos por trás das cores das chamas
estão intimamente ligados aos princípios da espectroscopia, além disso, os testes de chama,
embora simples, têm grande valor didático por introduzirem de forma prática conceitos
fundamentais da química moderna, como níveis de energia, quantização e espectros de emissão.
4. REFERÊNCIAS
[1] Andrade, J. C.; Baccan, N. (2024). Aspectos teóricos e práticos da espectroscopia de emissão
em chama. Revista Chemkeys, 6, UNICAMP.
[2] GRACETTO, A. C.; HIOKA, N.; FILHO, O. S. Combustão, chamas e testes de chamas para
cátions. Revista Química Nova na Escola, número 23, Maio, 2006.
[3] HARRIS, Daniel C. Análise química quantitativa. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2010. 728 p.
[4] Pirolo, M. (2010). A contribuição de Robert Wilhelm Bunsen e Gustav Robert Kirchhoff para
a espectroscopia do século XIX. Dissertação de Mestrado,
[5] VOGEL, Arthur Israel. Análise química quantitativa. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1981. 759
p.