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Campilobacteriose

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Campylobacter
Campilobacteriose
Campylobacter jejuni
Especialidade infecciologia
Classificação e recursos externos
CID-10 A04.5
CID-9 008.43
CID-11 e 1012026026 794462570 e 1012026026
DiseasesDB 1914
MedlinePlus 000224
eMedicine ped/2697 med/263
MeSH D002169
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Campilobacteriose ou infecção por Campylobacter é uma zoonose comum causada por bactérias Campylobacter, bacilos curvos ou em espiral, gram-negativos, móveis, não-esporuladores. Geralmente é uma gastroenterite com diarreia (frequentemente com sangue), febre, dores abdominais e câimbra. Em recém-nascidos, idosos e imunodeprimidos também pode causar bacteriemia fatal. Nos Estados Unidos, estima-se que a campilobacteriose causa mais de um milhão de casos de intoxicação alimentar por ano.[1]

A doença é geralmente causada pelo Campylobacter jejuni ou pelo Campylobacter coli, flora normal do intestino de bovinos, suínos e aves, onde é não causa doenças, mas a doença pode também ser causada por Campylobacter upsaliensis (flora normal em cães e gatos) e, ainda, pelo Campylobacter lari (flora normal em algumas aves).

O C. jejuni também pode causar um efeito auto-imune latente sobre os nervos das pernas, que geralmente aparece várias semanas após um procedimento cirúrgico no abdômen. O efeito é conhecido como polirradiculoneurite aguda ou síndrome de Guillain-Barré, no qual ocorre paralisia ascendente, disestesias geralmente abaixo da cintura, e, nas fases posteriores, insuficiência respiratória.

Quase 90% dos casos ocorre pelo consumo de carne mal cozida, especialmente frango e carne bovina.[2] Porém, também pode ser transmitida pelo contato direto com animais, bebendo água infectada ou leite não pasteurizado.

A maioria das pessoas se recupera em 2 a 5 dias depois do aparecimento dos sintomas mesmo sem tratamento, mas devem tomar mais líquidos e descansar enquanto durar a diarreia. azitromicina e fluoroquinolonas (por exemplo, ciprofloxacina) são comumente utilizados para o tratamento destas infecções, mas resistência a fluoroquinolonas é comum.[3]

Referências

  1. «Campylobacteriosis - Chapter 4 - 2020 Yellow Book». wwwnc.cdc.gov. Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Consultado em 30 de janeiro de 2021 
  2. Wilson, Daniel J.; Gabriel, Edith; Leatherbarrow, Andrew J. H.; Cheesbrough, John; Gee, Steven; Bolton, Eric; Fox, Andrew; Fearnhead, Paul; Hart, C. Anthony (26 de setembro de 2008). «Tracing the Source of Campylobacteriosis». PLOS Genetics (em inglês) (9): e1000203. ISSN 1553-7404. doi:10.1371/journal.pgen.1000203. Consultado em 30 de janeiro de 2021 
  3. «Campylobacter». www.asae.gov.pt. Consultado em 30 de janeiro de 2021 

Ligações externas

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