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Aromaticos 1

Este documento descreve reações de substituição eletrofílica aromática em compostos aromáticos. Ele discute a estrutura e estabilidade do benzeno e apresenta exemplos de reações como halogenação, sulfonação, nitração e alquilação de Friedel-Crafts, explicando seus mecanismos de substituição eletrofílica.
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Aromaticos 1

Este documento descreve reações de substituição eletrofílica aromática em compostos aromáticos. Ele discute a estrutura e estabilidade do benzeno e apresenta exemplos de reações como halogenação, sulfonação, nitração e alquilação de Friedel-Crafts, explicando seus mecanismos de substituição eletrofílica.
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Universidade Federal do Ceará

Centro de Ciências
Departamento de Química Orgânica e Inorgânica
Química Orgânica II

Reações de
Substituição Eletrofílica
em Aromáticos
Assista a video-aula
https://www.youtube.com/watch?v=lzL-Ogk2gyo

Prof. Dr. José Nunes da Silva Jr.


1 Atualizado em mar/2017 Prof. Nunes
nunes.ufc@gmail.com
Compostos Aromáticos
Muitos derivados de benzeno, foram originalmente isolados a partir das
bálsamos perfumados obtidos a partir de árvores e plantas, e, por
conseguinte,

estes compostos foram descritos como sendo aromáticos em


referência aos seus odores agradáveis.

Ao longo do tempo, os químicos descobriram que muitos derivados de


benzeno são, na verdade, inodoros.

No entanto, o termo "aromático" é ainda utilizada para descrever todos os


derivados de benzeno, independentemente de se eles são perfumadas ou
inodoras.

2
Compostos Aromáticos
A fragmento aromático - anel benzênico - é uma característica estrutural
particularmente comum em drogas.

3
Estrutura do Benzeno

Em 1825, Michael Faraday isolou benzeno resíduo oleoso descartado da


iluminação de gás em lâmpadas de rua de Londres.

Outras investigações revelaram que


a fórmula molecular deste composto foi C6H6:
um hidrocarboneto constituída de seis átomos de carbono e
seis átomos de hidrogênio.

Em 1866, August Kekulé usou sua teoria estrutural recentemente publicada


para propor uma estrutura para o benzeno.
ele propôs um anel formado por ligações duplas e
simples alternadas.

4
Estrutura do Benzeno

Kekulé descreveu a troca de ligações simples e duplas como sendo um


processo de equilíbrio.

Com o tempo, essa visão foi refinada pelo advento da teoria da ressonância e
conceitos orbitais moleculares de deslocalização de elétrons.

Os dois desenhos acima são agora vistos como estruturas de ressonância,


não como um processo de equilíbrio.

5
Estabilidade do Benzeno

A estabilidade da porção de aromático é observada quando se comparam


calores de hidrogenação para vários compostos semelhantes.

lembre-se que a hidrogenação de uma ligação π ocorre na presença


de um catalisador de metal.

O calor de hidrogenação (∆H) para esta reação é -120 kJ/mol.

6
Estabilidade do Benzeno

O benzeno , quando submetido às mesmas condições reacionais, reage com


três equivalentes de hidrogênio molecular para formar cicloexano. Portanto,
deveríamos esperar ∆H = -360 kJ/mol.

mas, na verdade, o calor de hidrogenação para hidrogenação de


benzeno é de apenas -208 kJ / mol.

7
Estabilidade do Benzeno

Em outras palavras, o benzeno é muito mais estável do que o esperado para


um hipotético cicloexatrieno. Isto é atribuído à conjugação observada no
benzeno.

A diferença entre o valor esperado (-360) e o valor observado (-208) é


152kJ/mol, que é chamada de energia de estabilização do benzeno.

Este valor representa a estabilização associada com a aromaticidade.


8
Estrutura do Benzeno
O benzeno é um hexágono simétrico planar com seis átomos de carbono
trigonal plano (sp2), cada um tendo um átomo de hidrogênio no plano do
anel.

Ligação π

9
Estrutura do Benzeno

Todos os comprimentos das ligações C-C são iguais a 1.39 Angstron.

(Para comparação: C-C 1.47 de C=C 1.33)

Esta característica geométrica advém da ressonância existente no anel


(deslocalização dos seis elétrons π dos orbitais p da estrutura).

10
Reações do Benzeno

Enquanto os alcenos sofrem reação de adição quando tratados com bromo,

o benzeno é inerte sob as mesmas condições.

sua estrutura plana com duas regiões ricas em elétrons (acima e


abaixo do plano), torna o benzeno um alvo para o ataque de
espécies deficientes de elétrons, os eletrófilos.

11
Reações do Benzeno

Curiosamente, quando Fe (ferro) é introduzido na mistura, uma reação


ocorre, embora o produto não seja o que poderíamos ter esperado.

Em vez de uma reação de adição,

é observada uma reação de substituição eletrofílica


aromática.
um dos hidrogênios aromáticos é substituído por um
eletrófilo.
12
Substituição Eletrofílica Aromática

Muitos outros grupos que também podem ser adicionados ao anel


aromático através de uma reação de substituição eletrofílica aromática.

acilação de
halogenação Friedel-Crafts

halogenação alquilação de
sulfonação Friedel-Crafts
nitração

13
Mecanismo Geral

Embora envolvam diferentes eletrófilos, as reações de substituição


eletrofílica aromáticas têm o mesmo mecanismo geral.

ataque nucleofílico

transferência de próton

complexo sigma

14
Mecanismo Geral

15
Halogenação

Durante a bromação de um alceno, o alceno atua como um nucleófilo e o Br2


atua como um eletrófilo.

nucleófilo eletrófilo

Quando a nuvem de elétrons π do alceno se aproxima, a molécula Br2 torna-


se temporariamente polarizada, tornando um dos átomos de bromo
electrofílico (δ+). Este átomo de bromo se torna suficientemente eletrofílico
para reagir com o alceno,

mas não é suficientemente eletrofílico para reagir com benzeno.

16
Halogenação

A presença de ferro (Fe) na mistura de reação aumenta a elecrofilicidade do


presente átomo de bromo.

Para entender como ferro realiza esta tarefa, devemos reconhecer que o
próprio ferro é não o verdadeiro catalisador. Em vez disso, ele primeiro reage
com Br2 para gerar tribrometo de ferro (FeBr3).

O FeBr3 é um ácido de Lewis, que é o verdadeiro catalisador da reação entre


o benzeno e o bromo.

Especificamente, FeBr3 interage com Br2 para formar um complexo o qual


reage “como se fosse Br+”.

17
Mecanismo da Halogenação

Este complexo serve como um reagente eletrofílico promove a bromação do


anel aromático, através um mecanismo de duas etapas

ataque nucleofílico transferência de próton

complexo sigma

18
Mecanismo da Halogenação

Uma reação semelhante ocorre quando o cloro é utilizado em vez de bromo.

A cloração de benzeno é realizada com um ácido de Lewis


adequado, tal como tricloreto de alumínio.

ataque nucleofílico transferência de próton

19 complexo sigma
Mecanismo da Halogenação

20
Sulfonação

Quando o benzeno é tratado com ácido sulfúrico fumante (mistura de H2SO4 e


gás SO3), uma reação de sulfonação ocorre e ácido benzenossulfônico é
obtido.
H2SO4 concentrado

fumegante

A reação entre o benzeno e o SO3


é altamente sensível às concentrações do reagentes e, portanto, é
reversível
H2SO4 concentrado

fumegante

H2SO4 diluído

21
Mecanismo da Sulfonação

protonação
do ânion

ataque nucleofílico
transferência
de próton

complexo sigma

22
Nitração

Quando o benzeno é tratado com uma mistura de ácido nítrico e ácido


sulfúrico, uma reação de nitração ocorre na qual nitrobenzeno é formado .

Esta reação processa-se através de uma substituição eletrofílica aromática


envolvendo o íon nitrônio (NO2+) como eletrófilo, o qual é formado pela
reação entre o ácido nítrico e o ácido sulfúrico.

23
Mecanismo da Nitração

ataque nucleofílico

transferência
de próton

complexo sigma

24
Redução do Grupo Nitro

Uma vez no anel, o grupo nitro pode ser reduzido para dar um grupo
amino (NH2).

25
Alquilação de Friedel-Crafts

Vimos que uma variedade de eletrófilos


“Br+”
“Cl+”
SO3
NO2+
reagem com benzeno em reações de substituição eletrofílica aromática.

Agora, vamos explorar eletrófilos cujo centro eletrofílico é um átomo de


carbono.

A alquilação de Friedel-Crafts, descoberto por Charles Friedel e Crafts James


em 1877, torna possível a inserção de um grupo alquila em um anel
aromático.

26
Alquilação de Friedel-Crafts

Embora um haleto de alquila, tal como 2-clorobutano seja, por si só,


eletrofílico, ele não é suficientemente eletrofílico para reagir com benzeno.

No entanto, na presença de um ácido de Lewis, tal como o tricloreto de


alumínio, o haleto de alquila é convertido em um carbocátion.

carbocátion

27
Alquilação de Friedel-Crafts

Após a formação do carbocátion, dois passos estão envolvidos nesta


substituição eletrofílica aromática.

1) Na primeira etapa, o anel aromático atua como um nucleófilo e ataca o


carbocátion, formando um complexo sigma.

2) O complexo sigma é, então, desprotonado para restaurar a aromaticidade.

ataque nucleofílico transferência


de próton

carbocátion

complexo sigma
28
Alquilação de Friedel-Crafts

Haletos de alquila primários não são convertidos em carbocátions, uma vez


que carbocátions primários possuem energias extremamente elevadas.

No entanto, uma alquilação de Friedel-Crafts é observada, quando o benzeno


é tratada com cloreto de etila, na presença de AICI3.

Presume-se, neste caso, que o agente eletrofílico seja um complexo entre


cloreto de etilo e AlCl3.

29 agente eletrofílico
Alquilação de Friedel-Crafts

Este complexo pode ser atacado por um anel aromático, assim como se viu
durante cloração.

Embora a alquilação de Friedel-Crafts seja eficaz com o cloreto de etila é


usado,
a maioria dos outros haletos de alquila primários usados não
podem ser utilizados de forma eficaz,

porque os seus complexos com AlCl3 se rearranjam para


formar carbocátions secundários e terciários.

migração
hidreto

carbocátion
secundário

30
Acilação de Friedel-Crafts

Na seção anterior, aprendemos como inserir um grupo alquila em um anel


aromático.

Um similar método pode ser utilizado para inserir um grupo acila. A


diferença entre um grupo alquila e um grupo acila é mostrado abaixo.

grupo grupo
alquila acila

Uma reação que insere um grupo acila é chamada de uma acilação.

31
Acilação de Friedel-Crafts

Em uma acilação de Friedel-Crafts, o mecanismo é muito semelhante ao


processo de alquilação discutido anteriormente.

Um cloreto de acila é tratado com um ácido de Lewis para formar uma


espécie catiônica, chamada um íon acílio.

íon acílio

Um íon acílio é estabilizado por ressonância e, portanto, não é susceptível a


rearranjos.

estabilizado por ressonância

32
Acilação de Friedel-Crafts

O íon acílio é atacado pelo anel benzênico para produzir um complexo


intermediário sigma, o qual é desprotonado para restaurar a aromaticidade.

ataque nucleofílico

transferência
de próton

complexo sigma

33
Acilação de Friedel-Crafts

O produto de uma acilação de Friedel-Crafts é uma arilcetona, que pode ser


reduzida através de uma redução de Clemmensen.

Na presença de amálgama de zinco Zn-Hg e HCl, a carbonila (–C–)


completamente reduzida em um grupo metileno (–CH2–).

Quando uma acilação de Friedel-Crafts é seguida por uma redução


Clemmensen, o resultado líquido é a inserção de um grupo alquila.

34
Acilação de Friedel-Crafts

35
Velocidade da S.E.A.

Até o momento, falamos apenas das reações do benzeno, isto é, um anel


aromático sem substituintes.

Entretanto, dados experimentais mostram que substituintes no anel tornam o


anel mais o menos reativos.

Por exemplo, temos a seguinte série de reatividade:

CH3 H CF3
>>> >

Dizemos que o grupo CH3 ativou o anel e que o grupo CF3 desativou o anel.

36
Grupos Ativantes

Até agora, temos tratado apenas com reações do benzeno.

Temos agora expandir nossa discussão para incluem reações de compostos


aromáticos que já possuem substituintes, tais como tolueno.

Nesta reação de nitração, a presença do grupo metila levanta duas questões:


1) qual o efeito da grupo metila na velocidade da reação?
2) qual o efeito do grupo metila na regioquímica da reação.

Vamos começar com a velocidade de reação.

37
Grupos Ativantes
CH3 H
>>>

O tolueno sofre nitração aproximadamente 25 vezes mais rapidamente do


que o benzeno.

Em outras palavras, o grupo metila é dito para ativar o anel aromático.

Por quê?

38
Grupos Ativantes
CH3 H
>>>

Recorde-se que os grupos alquila são doadores de elétrons.

Como resultado,
um grupo metila doa densidade eletrônica para o anel,
estabilizando, assim,

o complexo sigma carregado positivamente, e

baixando a energia de ativação para a sua formação.

39
Grupos Ativantes - Regioquímica

O grupo nitro pode ser inserido nas posições -orto, -meta ou -para em
relação ao grupo metila,

mas os três possíveis produtos não são obtidos em iguais


quantidades.

orto- meta-
nitrotolueno nitrotolueno para-
nitrotolueno
(63%)

Os produtos orto e para predominam, enquanto muito pouco produto meta é


obtido.

Para explicar esta observação, temos de comparar a estabilidade do


complexo sigma formado para o ataque em cada uma das três posições.
40
Grupos Ativantes - Regioquímica
estabilizada

ataque
orto

ataque
meta

estabilizada

ataque
para

41
Grupos Ativantes - Regioquímica

A energia relativa de cada complexo sigma é melhor visualizada comparando


os diagramas de energia para os ataques orto, meta e para.

ataque orto ataque meta ataque para

Energia
Livre
(G)

Coordenada da reação Coordenada da reação Coordenada da reação

Intermediário mais estável implica em um estado de transição de menor


energia, e consequentemente uma velocidade de reação maior, o que leva a
uma maior produção dos isômeros orto e para.
42
Grupos Desativantes

Vimos que certos grupos ativam o anel para a substituição eletrofílica


aromática.

Nesta seção, vamos explorar os efeitos do grupo nitro, que desativa o anel
para substituição eletrofílica aromática.

Para entender por que o grupo nitro desativa o anel, devemos explorar os
efeitos eletrônicos de um grupo nitro ligado a um anel aromático.

o grupo nitro é atrator de elétrons por efeito indutivo

porque um nitrogênio carregado positivamente é um


átomo extremamente eletronegativo.

43
Grupos Desativantes

Agora vamos considerar ressonância.

Muitas das estruturas de ressonância exibem uma carga


positiva no anel.

A carga positiva indica que o grupo nitro retira densidade de elétrons do anel,

desestabilizando o complexo sigma carregado positivamente


complexa e

aumentando a energia de ativação para a sua formação.


44
Grupos Desativantes

Este efeito desestabilizador é muto significativo e pode ser observado


comparando as velocidades de nitração.

Especificamente, nitrobenzeno é 100.000 vezes menos reativo


do que o benzeno em uma reação de nitração, e a reação só
pode ser realizada a uma temperatura elevada.

Quando a reação é forçada a proceder, o resultado


regioquímico é oposto daquele observado anteriormente

orto meta para


45
Grupos Desativantes
desestabilizada

ataque
orto

ataque
meta

desestabilizada

ataque
para

46
Grupos Desativantes

O complexo sigma obtido pelo ataque meta não apresenta instabilidade e é,


portanto, menos energético.

ataque orto ataque meta ataque para

Energia
Livre
(G)

Coordenada da reação Coordenada da reação Coordenada da reação

47
Halogênios – a Exceção

Vimos que:

grupos ativadores são orto-, para-dirigentes (doadores de elétrons) e

grupos desativadores são meta-dirigentes (retiradores de elétrons).

ativador desativador

ativadores R= - OH - NR3 - OR - OCOR -X

desativadores R= - CHO - COR - COOH

48
- COCl - COOR - NO2
Regra – Efeito Dirigente

Vimos que:

grupos ativadores são orto-, para-dirigentes (doadores de elétrons) e

grupos desativadores são meta-dirigentes (retiradores de elétrons).

ativadores R= - OH - NR3 - OR - OCOR

desativadores R= - CHO - COR - COOH -X


- COCl - COOR - NO2

49
Halogênios – A Exceção

Há uma exceção importante a essas regras gerais:


os halogênios (F, Cl, Br, ou I).

apesar do fato de que eles são desativadores, mas são


orto-, para-dirigentes.

Para racionalizar essa curiosa exceção, devemos explorar:


os efeitos eletrônicos de um átomo de halogênio ligado a
um anel aromático
efeitos indutivos e ressonância.

50
Halogênios – A Exceção

Vamos começar explorando os efeitos indutivos.

Os halogênios são mais eletronegativos do que de carbono e, portanto, são


retiradores de elétrons por efeito indutivo.

Quando desenhamos as estruturas de ressonância, uma imagem diferente


surge.

51
Halogênios – A Exceção

Três das estruturas de ressonância apresentam uma carga negativa no anel.

Isto sugere que o halogênio doa densidade de elétrons para o anel.

Há a competição entre a ressonância (efeito doador) e indução


(efeito retirador).

Embora a ressonância seja, geralmente, o fator dominante, neste


caso, é a exceção. A indução é realmente o fator dominante para
halogênios. Como resultado, os halogênios retiram densidade de
elétrons do anel, desestabilizando, desta forma, o complexo sigma
52
carregado positivamente, e aumentando a energia de ativação.
Halogênios – A Exceção

53
Determinando o Efeito Dirigente de um Substituinte

Ativadores:

Fortes são caracterizados pela presença de um par de elétrons livres


imediatamente adjacente ao anel aromático.

Moderados exibem um par de elétrons livre, porém ele está deslocalizado


fora do anel.

54
Determinando o Efeito Dirigente de um Substituinte

Ativadores

Fracos: os grupos alquila são ativadores fracos, porque eles doam elétrons
por através de um efeito de hiperconjugação relativamente fraco.

55
Determinando o Efeito Dirigente de um Substituinte

Desativadores Fortes:

Há apenas alguns substituintes comuns que são desativadores fortes.

O grupo nitro é um desativador forte porque é desativador por ressonância e


por indução.

Os outros dois grupos são fortes porque são desativadores através de


poderosos efeitos indutivos.
Um átomo de nitrogênio carregado positivamente é
extremamente eletronegativo, e
O outro tem três halogênios que promoverão remoção de
56 elétrons.
Determinando o Efeito Dirigente de um Substituinte

Desativadores Moderados: são grupos que apresentam uma ligação π


compartilhada com um átomo eletronegativo, onde a ligação π é conjugada
com o anel aromático.

Cada um destes grupos retira densidade eletrônica do anel através de


ressonância.

57
Determinando o Efeito Dirigente de um Substituinte

Desativadores Fracos: Halogênios desativam o anel.

Vimos que os efeitos eletrônicos de halogênios são determinados pela


concorrência delicada entre a ressonância e o efeito indutivo,

com o efeito indutivo sobressaindo-se como o efeito dominante

58
Determinando o Efeito Dirigente de um Substituinte

59
Efeitos de Substituintes Múltiplos

Quando o anel benzênico carrega dois ou mais substituintes, suas


reatividades e sítios de substituição, em muitos casos, podem ser preditos a
partir de efeitos cumulativos de seus substituintes.

O exemplo mais simples é encontrado quando todos os sítios de substituição


são equivalentes, isto é, em qualquer lugar que ele entrar levará à formação
do mesmo produto:

CH3 CH3
NO2
HNO3/H2SO4

CH3 CH3
60
Efeitos de Substituintes Múltiplos

Outra possibilidade é quando os substituintes do anel orientam para as


mesmas posições. Neste caso, dizemos que temos orientações
convergentes.

No exemplo abaixo, o grupo metila e o grupo nitro orientam a entrada do


eletrófilo na mesma posição, orto ao grupo metila.

61
Efeitos de Substituintes Múltiplos

Outra possibilidade é quando os substituintes do anel orientam para


diferentes posições. Neste caso, dizemos que temos orientações
divergentes.

Nestes caso, será o grupo “mais ativante” que definirá a posição de entrada
do eletrófilo.
62
Efeitos de Substituintes Múltiplos

Efeitos estéricos.

majoritário minoritário

Para a maioria dos anéis aromáticos monossubstituídos, o produto para


geralmente domina sobre o produto orto como resultado de considerações
de natureza espacial.

Uma exceção notável é o tolueno (metilbenzeno), porque a razão de produtos


orto e para é sensível às condições reacionais, tais como a escolha do
solvente. Em alguns casos, o produto para é favorecido; em outros, o
63 produto orto é favorecido.
Efeitos de Substituintes Múltiplos

Efeitos estéricos.

majoritário minoritário

O resultado regioquímico desta reação é controlado por efeito estérico.

A nitração é mais provável de ocorrer no local que é menos


estereoquimicamente impedido (orto em relação ao grupo metila).

64
Efeitos de Substituintes Múltiplos

Efeitos estéricos.

não observado
majoritário minoritário

Para anéis aromáticos 1,3-dissubstituídos, é extremamente improvável que a


substituição irá ocorrer na posição entre os dois substituintes.

Essa posição é a mais impedida estericamente no anel, e a reação


geralmente não ocorre nessa posição.

65
Estratégias de Síntese
de Compostos Aromáticos Monossubstituídos

O caso mais simples de um problema de síntese é aquele que requer a


formação de um anel benzênico monossubstituído. Os efeitos que dirigem são
irrelevantes em tal caso. Você só precisa saber o quais os reagentes são
necessárias para instalar o grupo desejado.

66
Estratégias de Síntese
de Compostos Aromáticos Dissubstituídos

Propor a síntese de um anel benzênico dissubstituido requer uma análise


cuidadosa dos efeitos dirigentes
para determinar qual grupo deve ser instalado primeiro.

Como um exemplo, considere o seguinte composto.

A síntese deste composto, a partir do benzeno, requer duas etapas distintas de


bromação e nitração.
A bromação seguida por nitração não irá produzir o produto
desejado, porque um átomo de bromo substituinte é orto-para
dirigente.

A fim de alcançar a relação entre os dois meta grupos, a nitração


deve ser realizada primeiro. O grupo nitro é um dirigente meta, que,
67 em seguida, dirige a entrada do bromo para o local desejado.
Estratégias de Síntese
de Compostos Aromáticos Dissubstituídos

68
Estratégias de Síntese
de Compostos Aromáticos Dissubstituídos

Exercício

Rota 1

Rota 2

Rota 2

Rota 2
69
S.E.A. em Naftalenos

Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos sofrem S.E.A. quando tratados com


os mesmos reagentes que reagem com benzeno. Em geral, hidrocarbonetos
aromáticos policíclicos são mais reativos que o benzeno, por serem mais
ricos em elétrons.

Um exemplo é o naftaleno, um biciclo fundido por uma das faces.

O naftaleno sofre as mesmas S.E.A. que sofre o benzeno, todavia, as


posições de entrada do nucleófilo não apresentam nenhuma relação com
aquelas vistas no benzeno.

70
S.E.A. em Naftalenos - Regiosseletividade

Dois sítios são disponíveis para a substituição no naftaleno, C1 e C2, sendo


C1 o sítio normalmente preferido para o ataque eletrofílico.

C1
C2

71
S.E.A. em Naftalenos - Regiosseletividade

Ataque no C1

Ataque no C2

Na ressonância alílica do íon areno formado após o ataque em C2, o caráter


benzenóide do outro anel é sacrificado. Portanto, trata-se de um
intermediário menos estável do que aquele formado após o ataque em C1.

72
Reações de Aromáticos

73
Exercícios

Explique quais posições seriam preferencialmente nitradas.

74
Exercícios

Qual o produto majoritário em cada reação?

75
Exercícios

Mostre os produtos em cada reação em cada reação?

76
Exercícios

Mostre os produtos em cada reação em cada reação?

77
Exercícios

Mostre os produtos em cada reação em cada reação?

78
Exercícios

Sugira sínteses para os seguintes compostos.

79
Exercícios

Mostre os produtos em cada reação em cada reação?

80
Exercícios

Mostre os produtos em cada reação em cada reação?

81
Exercícios

Sugira sínteses para os seguintes compostos a partir do benzeno.

82
Exercícios

Sugira uma síntese para o seguinte composto a partir do benzeno.

83
Exercícios

Sugira sínteses para os seguintes compostos a partir do benzeno.

84

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