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TCC Faveni

Este documento discute Transtornos de Aprendizagem como dislexia, discalculia, disortografia e disgrafia. Ele fornece uma introdução sobre a importância de se obter uma educação de qualidade para estudantes com esses transtornos. O documento também define cada um dos transtornos e discute como a pandemia impactou negativamente a aprendizagem desses alunos.

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Débora Leal
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TCC Faveni

Este documento discute Transtornos de Aprendizagem como dislexia, discalculia, disortografia e disgrafia. Ele fornece uma introdução sobre a importância de se obter uma educação de qualidade para estudantes com esses transtornos. O documento também define cada um dos transtornos e discute como a pandemia impactou negativamente a aprendizagem desses alunos.

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FAVENI

FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE

METODOLOGIA DE ENSINO NEUROPSICOPEDAGOGIA,


EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA

DEBORA ANDREA LEAL DOS SANTOS DE ANDRADE

TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM DISLEXIA,


DISCALCULIA, DISORTOGRAFIA E DISGRAFIA

ASCURRA SC
2021
TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM DISLEXIA,
DISCALCULIA, DISORTOGRAFIA E DISGRAFIA

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o
mesmofoi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja
parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e
corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de
investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de violação aos
direitos autorais. “Deixar este texto no trabalho conforme se apresenta, fonte e cor vermelha”.

RESUMO- A Educação passa por constantes transformações, uma delas é a inclusão de


pessoas portadoras de Transtornos de Aprendizagem e Deficiências. Mas, como obter uma
Educação de qualidade em uma escola regular, que promova um aprendizado real, aos estudantes
que apresentam Transtornos como: dislexia, disgrafia, disortografia e discalculia. Os objetivos desta
pesquisa são de diagnosticar caracteristicas de alunos que apresentam estes transtornos;
determinar os tratamentos mais adequados e apresentar soluções educacionais para que a
aprendizagem dos aluno, que apresenrtam tais transtornos, para que sejam mais efetivas e
benéficas, ao aluno, que deseja entrar no mercado de trabalho. Cabe a familia e a escola
promoverem uma educação digna a sua inteligencia e de forma concomitante, para que nem só a
escola e nem só a familia tratem-a de forma coesa. É preciso de um esforço paralelo e direcionado
ao transtorno diagnosticado no aluno. As crianças que apresentam tais transtornos, tem dificuldades
maiores para se estabelecerem no mercado de trabalho, mas não deve ser um obstáculo, deve ser
tomado como um incentivo ao desenvolvimento cognitivo do aluno, que na profissão deve encontrar
maneiras objetivas para que o transtorno não interfira na vida profissional..

PALAVRAS-CHAVE: Educação. Disgrafia. Disortografia. Discalculias. Dislexia. Aprendizagem.


INTRODUÇÃO

A Educação passa por constantes transformações, uma delas é a inclusão


de pessoas portadoras de Transtornos de Aprendizagem e Deficiencias. Mas, como
obter uma Educação de qualidade, em uma escola regular, que promova um
aprendizado real, aos estudantes que apresentam Transtornos como: dislexia,
disgrafia, disortografia e discalculia.
Os objetivos desta pesquisa são de diagnosticar caracteristicas de alunos
que apresentam estes transtornos; determinar os tratamentos mais adequados e
apresentar soluções educacionais para que a aprendizagem do aluno que
apresenta tais transtornos sejam mais efetivas e benéficas ao aluno, que deseja
entrar no mercado de trabalho.
Para tal pesquisa, procura-se materiais bibliográficos que são especializados
na área e nos tipo de transtornos, a fim, de demonstrar opções de ensino para este
tipo de aluno.
Ao final, buscaremos ter em mãos dados suficientes para determinar, o grau
de competitividade, que um aluno assim, que apresenta transtornos globais de
desenvolvimento educacional tem em relação ao aluno “normal” ao entrarem no
mercado de trabalho.
Estabelecendo características deste tipo de aluno, que muitas vezes
demoram anos, para serem diagnosticados, dentro da própria escola, que tem em
seu carácter protagonista um(a) professor(a) que não está preparado para fazer tais
constatações e direcionar o aluno a um tratamento mais especifico, a este tipo de
transtorno.
Este tipo de trabalho, se torna relevante pela quantidade, de estudantes, que
apresentam transtornos de desenvolvimento educacional, confrontando com a ideia
do MEC (Ministério da Educação e Cultura) determinar que cabe a família, o parecer
de decidir se a criança, que apresenta tais transtornos, devem viver em local
diferenciado das crianças normais. Justificando que não há, uma aprendizagem real
na convivência de pessoas com deficiência e pessoas normais.
INTRODUÇÃO

A Educação passa por constantes transformações, uma delas é a inclusão


de pessoas portadoras de Transtornos de aprendizagem e Deficiencias. Mas como
obter uma Educação de qualidade em uma escola regular que promovam um
aprendizado real, aos estudantes que apresentam Transtornos como: dislexia,
disgrafia, disortografia e discalculia.
Os objetivos desta pesquisa são de diagnosticar caracteristicas de alunos
que apresentam estes transtornos; determinar os tratamentos mais adequados e
apresentar soluções educacionais para que a aprendizagem dos aluno que
apresenrtam tauis transtornos sejam mais efetivas e benéficas ao aluno que deseja
entrar no mercado de trabalho.
Para tal pesquisa procura materiais bibliograficos que são especializados na
área e nos tipo de transtornos, a fim de demonstrar opções de ensino para este tipo
de aluno.
Ao final, buscaremos ter em mãos dados suficientes para determinar, o grau
de competitividade que um aluno assim, que apresenta transtornos globais de
desenvolvimento educaciol tem em relação ao aluno “normal” ao entrarem no
mercado de trabalho.
Estabelecendo caracteristicas deste tipo de aluno, que muitas vezes
demoram anos para serem diagnosticados dentro da propria escola, que tem em
seu caracter protagonista um(a) professor(a) que não esta preparado para fazer tais
consdtatações e direcionar o alouno a um tratamento mais especifico, a este tipo de
aluno.

Este tipo de trabalho se torna relevante pela quantidade de estudantes que


apresentam transtornos de desenvolvimento educacional, confrontando com a ideia
de o MEC (Ministério da Educação e Cultura) determinar que cabe a familia o
parecer de decidir se a criança que apresenta tais transtornos devem viver em local
diferenciado das crianças normais. Justificando que não há uma aprendi\zagem real
na convivencia de pessoas com deficiencia e pessoas normais.
1 DESENVOLVIMENTO

Em pleno ano de 2021, está se discutindo muito sobre o quanto a escola é


capaz de proporcionar atividades diferenciadas a alunos que apresentam
dificuldades de aprendizagem.
Aprendizagem esta, que se tornou um grande obstáculo para a retomada,
mesmo de forma paralela e remota, ao qual precisa-se fazer com que os alunos a
retomem de forma regular e que sofram menor dano possivel, depois de quase um
ano e meio tendo aula totalmente remotas ou hibridas.
E os alunos que antes já aresentam transtortnos no desenvolvimento
eduxcacional, agora estão ainda mais desorientados e perdidos em suas atividades
academicas, pois não tinham uma regularidades na aprendizagemn desenvolvida
pelos pais e responsáveis e pelo meio digital.
O que era para ser algo momentaneo e que suprisse as necessidades do
desenvolvimento educacional dos alunos, passou a ser um meio de fracassos e
insucessosd educacionais. As criaças apresentaram baixo, desenvolvimento dfe
aprendizagem, muitas ainda acabam desistindo da sua formação básica, para dar
lugar ao trabalho e ao sustento da familia, como participante ativo nestas
responsabilidades, mesmo que de forma indireta.
Aqui, procurarei, encontrar argumentos plausíveis, para que pais e
responsáveis, encontrem juntamente com a escola motivos para não9
abandonarem seus filhos a merce de um sistema que muitas vezes é cruel e
exclusivo a sociedade.
Primeiramente, conceituarei os quatro tipos de transtornos de aprendizagem
ao qual a pesquisa esta baseada: Discalculia, Dislexia, Disortografia e Disgrafia.

1.1 Disgrafia

A Disgrafia deriva de dis (desvio) + grafia (escrita), portante, a criança que


apresenta disgrafia, tem um desvio na escrita. São crianças que apresentam “uma
perturbação de tipo funcional que afeta a qualidade da escrita do sujeito, no que se
refere ao seu traçado ou à grafia.” (Torres & Fernández, 2001, p. 127); onde,
prende-se com a “codificação escrita (…), com problemas de execução gráfica e de
escrita das palavras” (Cruz, 2009, p. 180).
Enfim a criança que apresenta disgrafia, é aquela que apresenta a chamada
“letra feia”, ao qual nem ela própria, consegue entender ou decifrar o que escreve.
O que especificamente corresponde a uma “caligrafia deficiente, com letras pouco
diferenciadas, mal elaboradas e mal proporcionadas” (A.P.P.D.A.E., 2011b).
Além destas características o disgrafico, apresenta outras características:
 Dificuldade no ato motor da escrita;
 Perturbação da escrita no que diz respeito ao traçado das letras e á
disposição dos conjuntos gráfico usados no espaço utilizado;
 Grafia praticamente indecifrável;
 Escrita de maneira desviante ao padrão;
 Calegrafia deficiente;
 Letras pouco diferenciadas e mal elaboradas
Como podemos observar na Imagem 1, que apresenta características de
uma criança que apresenta Disgrafia
IMAGEM 1 – Caracteristicas de uma criança que apresenta Disgrafia

Fonte: Diário da Cidade


A escrita é um processo que envolve fatores como a conversão de
pensamentos em símbolos gráficos e sequências.
Conforme descreve Ciasca (2009, p. 185), “A escrita representa não somente
a última e mais complexa habilidade adquirida durante o processo de
desenvolvimento, mas também é a mais vulnerável a danos, perdas e influências
genéticas adversas”.
Sendo a escrita uma caracteristica da pessoa, pois nenhuma escreve igual a
outra, a Disgrafia é dificil de ser diagnosticada, em um primeiro momento, demorando
meses ao professor ter esta percepção e diagnóstico.
Para Coelho (2014), a outras características importates para o diagnóstico
da criança disgráfica:
“É comum, ainda, que os disgráficos usem todo o braço quando escrevem e
não tenham o cuidado de segurar a folha com a outra mão. É importante,
por isso mesmo, o treino da independência do ombro-braço-mão: fazer
círculos numa folha de tamanho A3, por exemplo, pode auxiliar a criança
neste aspeto. Podemos pedir-lhe que realize alguns movimentos
ascendentes/descendentes em papel de cenário (ou outro) de grandes
dimensões e irmos encurtando essas folhas: se inicialmente ela usa todo o
braço para fazer o seu desenho, quando reduzimos o tamanho da folha, ela
deve ser capaz de fixar o seu antebraço e apenas mexer o pulso/mão”.

Podemos perceber, que a autora, descreve características ao qual, as


crianças podem ser auxiliadas, por um professor que deseja, sim, ajudar a criança.
E há professores que não conseguirão diagnosticar, e acabarão por culpar a criança
e a família pelo “relaxo” na caligrafia do aluno..
O tratamento é importante, pois, pode trazer a criança um futuro
diferenciaqdo aos que são, tratados e aos que são deixados de lado, pela calegrafia
ruim.
Camargo (2008) descreve formas de como a criança, que apresenta
Disgrafia pode ser ajudada e tratada.
A reeducação do grafismo está relacionada com três fatores fundamentais:
desenvolvimento psicomotor, desenvolvimento do grafismo em si e
especificidade do grafismo da criança. Para o desenvolvimento psicomotor,
deverão treinarse aspetos relacionados com a postura, controle corporal,
dissociação de movimentos, representação mental do gesto necessário para
o traço, perceção espácio-temporal, lateralização e coordenação
visomotora. Quanto aos aspetos relacionados com o grafismo, o educador
deve preocupar-se com o aperfeiçoamento das habilidades relacionadas
com a escrita, distinguindo atividades pictográficas (pintura, desenho,
modelagem) e escriptográficas (utilização do lápis e papel – melhorar os
movimentos e posição gráfica). Deverá, também, corrigir erros específicos
do grafismo, como a forma/tamanho/inclinação das letras, o aspeto do texto,
a inclinação da folha e a manutenção das margens/linhas.

1.2 Discalculia
O conceito de Discalculia é etimologicamente, derivado dos conceitos “dis”
(desvio) + “calculare” (calcular, contar), ou seja, é “um distúrbio de aprendizagem que
interfere negativamente com as competências de matemática de alunos que, noutros
aspetos, são normais.” (Rebelo, 1998a, p. 230). Assim, trata-se de “uma desordem
neurológica específica que afeta a habilidade de uma pessoa compreender e manipular
números.” (Filho, 2007).
Esse tipo de transtorno é comum, nas crianças, porém, deve ser dignosticado
e tratado, o mais cedo possível, para que não aconteça maiores danos no
aprendizado matemático.
Algumas características podem ser observadas, neste tipo de transtorno,
como:
 Dificuldade para Cálculos e Números;
 Não identificam os sinais das quatro operações básicas da
Matemática e não sabem usá-los;
 Não entendem enunciados de problemas;
 Não conseguem quantificar ou fazer comparações;
 Não entendem sequências lógicas;
 Padrão de déficit cognitivo vinculado á dislexia;
 Déficit estrutural nas conexoes da rede neurais relacionadas a
inibição, que afeta a agudez mental dificultando a aprendizagem na
área da Matemática;
 A habilidade cognitiva faz alusão ao armazenamento temporário e a
capacidade para manipular as informações, para manipular tarefas
complexas;
 Algumas dificuldades podem ser o problema para seguir direções,
com o esquecimento das indicações e tarefas;
 Memórias incompletas;
 Se distrai com facilidade;
 Não lembra dos números;
 Memória de curto prazo.
Bastos (2006) faz uma alusão, dos problemas que a pessoa que apresenta
transtorno de discalculia, pode enfrentar em seu diagnóstico de forma errônia.
A matemática parece ser privilégio de poucos, sobre essa posição, também
obtenho uma análise, onde verifico, que a língua portuguesa, também
parece ser é um privilégio de poucos. O que se pode concluir, é que a
matemática em si parece mais assustadora por apresentar tantas fórmulas,
gráficos, tabuada, símbolos em tamanho amplo entre outros. Já o português
parece bom, tranquilo e mais fácil de aprender por se tratar de ser a nossa
língua materna, a língua portuguesa a qual falamos diariamente e
adquirimos desde que aprendemos ás primeiras palavras, nessa hipótese,
acredita-se que escrever competentemente será muito mais fácil do que
aprender matemática. Mas, há um engano, um mito, um equívoco sobre
esse pensamento, pois o português não é tão fácil como pensam, nem muito
bom como parece, e escrever competentemente é um privilegio de poucos.

A dificuldade de aprendizagem matemática, não pode ser confundida com a


Discalculia, uma é na dificuldade de aprendizagem, de modo a que com treino e
alguns macetes, que existem na matemática, podem ser solucionados e a dificuldade
maior, acaba sendo, na resolução de calculos. Já a pessoa com Discalculia, não tem
conexões matemáticas, não sabendo nem identificar números e operações básicas,
entre outros, como direção e memorização de fórmulas e/ou funções matemáticas.
A discalculia ou transtorno específico da habilidade em aritmética (CID – 10)
(1993) ou transtorno da matemática (DSM – IV – TR, 2003), portanto,
manifesta-se através da dificuldade para realizar operações elementares de
adição, subtração, multiplicação e sem que seja resultado de um ensino
inadequado ou retardo mental global (CID-10, 1993). O número de pessoas
com dificuldades para resolver problemas do dia a dia é significativamente
expressivo, atingindo 5% da população escolar. O que nos mostra que tal
transtorno prejudica significativamente o rendimento escolar e as atividades
cotidianas. (COELHO, 2015, p. 17)

O tratramento se baseia mais, em encontrar formas, para diminuir o máximo


possível dos efeitos causados por este transtorno e encontrar formas para que
atividades, que chamam a atenção da criança, possam ser estimulantes ao
desenvolvimento matemático.
Outra grande atividade lúdica, as conexoes matemáticas ao aluno com
discalculia, é trazer brincadeiras, que ajudem a comparações e após ao
desenvolvimento, mais lento e não menos eficiente de cálculos e concepções
matemáticas.
1.3 Disortografia

A disortografia é etimologicamente, derivada dos conceitos “dis” (desvio) + “orto”


(correto) + “grafia” (escrita), ou seja, é uma dificuldade manifestada por “um conjunto de
erros da escrita que afetam a palavra, mas não o seu traçado ou grafia” (Vidal, 1989, cit.
por Torres & Fernández, 2001, p. 76), pois uma criança disortográfica não é,
forçosamente, disgráfica.
“Perturbação que afeta as aptidões da escrita e que se traduz por dificuldades
persistentes e recorrentes na capacidade da criança em compor textos escritos.
As dificuldades centram-se na organização, estruturação e composição de textos
escritos; a construção frásica é pobre e geralmente curta, observa-se a presença
de múltiplos erros ortográficos e [por vezes] má qualidade gráfica.” (Pereira,
2009, p. 9).

As características mais comuns da pessoas com Disortografia, são:


 Consiste na dificuldade em memorizar as regras ortográficas, e de sintaxe;
 Conjunto de erros da escrita;
 Erros sintáticos grosseiros;
 Confusão de gênero;
 Pode aparecer como consequência da dislexia;
 Troca de grafemas ss/s, s/c, rr/r, ch/x entre outros;
 Desmotivação para escrever;
 Aglutinação ou sepração indevida das palavras;
 Falta de percepçãoe compreensão dos sinais de pontuação e acentuação
Além destas, outras características ainda podem ser estabelecidas, na
linguagem e códigos na Lingua Mãe do aluno, porém, ela não afeta somente a Lingua
Mãe, afeta toda a forma de escrita, que o aluno pretende estabelecer, mas como a
Lingua Mae é a mais usada, é nela que o transtorno primeiramente será observado.
O diagnóstico pode ser estabelecido, ja nos primeiros anos do ensino
fundanetal, quando a crança não conseguir identificar letras do alfabeto,
principalmente as vogais.
Caracteriza-se pelas trocas ortográficas e confusões com as letras. Esta
dificuldade não implica na diminuição da qualidade do traçado das letras.
Essas trocas são normais nas primeiras séries (do ensino fundamental),
porque a relação entre a palavra impressa e os sons ainda não está
totalmente dominada. Porém, após estas séries, se as trocas ortográficas
persistirem repentinamente, é importante que o professor esteja atento já
que pode se tratar de uma disortográfica. (CRENITTE: GONÇALVES, 2009
p. 197-198).

Outra grande caracteristica, das crianças que apresentam este tipo de


transtorno, é a complexidade de escrever. As mesmas preferem digitais com corretor
ortográfico, quando assim quiserem, mas preferem não escrever nada. Ou se opõem
a isso.
Coelho (2015) ainda nos mostra, como podemos diminuir os efeitos do
transtorno, com as crianças e alunos que o apresentam, de modo a tratar de certa
forma a disortografia.
a disortográfica é a incapacidade de estruturar gramaticalmente a escrita. É
preciso que o professor tenha sabedoria e paciência para com esses alunos
que apresentam tais dificuldades de aprendizagem. O professor deve
incentivar e encorajar seus alunos no desenvolvimento do hábito da leitura
e da escrita, não corrigindo somente e totalmente seus erros de gramática,
mas apresentando-lhes caminhos concretos para obter soluções. Verifica-
se, a importância da escola, juntamente com professores e a equipe escolar,
em elaborar uma proposta de intervenção com base nas dificuldades reais
de seus discentes, isto é, uma pedagogia centrada na criança, nas suas
necessidades, limitações de aprendizagem, e não apenas na grade
curricular como é analisado na maioria das escolas. De fato, quando
obtermos esse privilégio pedagógico, o ensino-aprendizagem será muito
mais qualitativo, e as dificuldades de leitura, escrita e raciocínio lógico serão
minimizadas.

A disortografia, como a discalculia, não pode ser identificado com


dificuldades em linguagens, pois a dificuldade em linguagens é própria para aqueles
que sabem escrever, porém tem a sua diciculdades em memorização de como se
escreve corretamente, algumas palavras, ja o indivíduo que apresenta disortografia,
tem uma complexidade, na identificação das letras e “juntá-las” para a formação
correta de palavras.
Torres & Fernández (2001) destacam duas áreas importantes na reeducação
da disortografia:
a intervenção sobre os fatores associados ao fracasso ortográfico e a
correção dos erros ortográficos específicos. No que diz respeito à primeira,
são importantes os aspetos relacionados com a perceção, discriminação e
memória auditiva (exercícios de discriminação de ruídos, reconhecimento e
memorização de ritmos, tons e melodias) ou visual (exercícios de
reconhecimento de formas gráficas, identificação de erros, perceção figura-
fundo); as características de organização e estruturação espacial (exercícios
de distinção de noções espaciais básicas, como direita/esquerda,
cima/baixo, frente/trás); a perceção linguístico-auditiva (exercícios de
consciencialização do fonema isolado, sílaba, soletração, formação de
famílias de palavras, análise de frases); e também exercícios que
enriqueçam o léxico e vocabulário da criança. Quanto à intervenção
específica sobre os erros ortográficos, atente-se particularmente nos de
ortografia natural (exercícios de substituição de um fonema por outro, letras
semelhantes, omissões/adições, inversões/rotações, uniões/separações);
de ortografia visual (exercícios de fonemas com dupla grafia, diferenciação
de sílabas, reforço da aprendizagem); e de omissão/adição do “h” e das
regras de ortografia (letras maiúsculas/minúsculas, “m” antes de “b”/“p”,
“r”/“rr”).

Desta forma, cabe salientar, que a intervenção é necessaria, porém deve ser
realizada por profissionais aptos ao diagnóstico, e saber como intervir de forma
menos danosa, aos alunos que detém este problema, que deve ser observado de
forma criteriosa e objetiva.

1.4 Dislexia

A dislexia é um tipo de transtorno mais objetivo de ser identificado,


etimologicamente, dislexia deriva dos conceitos “dis” (desvio) + “lexia” (leitura,
reconhecimento das palavras).
“É caracterizada por dificuldades na correção e/ou fluência na leitura de palavras
e por baixa competência leitora e ortográfica. Estas dificuldades resultam
tipicamente de um défice na componente fonológica da linguagem que é
frequentemente imprevisto em relação a outras capacidades cognitivas e às
condições educativas. Secundariamente podem surgir dificuldades de
compreensão leitora, experiência de leitura reduzida que podem impedir o
desenvolvimento do vocabulário e dos conhecimentos gerais.” (Associação
Internacional de Dislexia, 2003, cit. por Teles, 2009).

Fonseca (1999, cit. por Moura, 2011) destaca que tratar-se de uma “dificuldade
duradoura” que surge em "crianças inteligentes, escolarizadas, sem qualquer
perturbação sensorial e psíquica já existente.” De origem neurobiológica, a dislexia afeta,
portanto, a aprendizagem e utilização instrumental da leitura, resultando de problemas
ao nível da consciência fonológica , independentemente do quociente de inteligência (QI)
dos indivíduos.
Por se tratar de desvio de leitura a criança têm inúmeras características que
podem estar associadas, a dislexia e que são acometidas de duas formas:
1) De desenvolvimento primário ou específico: Que apresenta inabilidade
na aquisição completada, competência de leitura e é de origem
Constitucional e
2) Adquirida: Que apresenta habilidades de leitura ja desenvolvidas e são
perdidas devido a uma lesão cerebral.
E que apresentam características como:
 Acomete crianças com inteligencia dentro dos padrões de normalidade;
 Leitura inferior ao esperado, para a idade cronológica;
 Sem deficiências sensoriais, emocionais, com oprtunidades educacionais
adequadas.
Há estudos que descrevem, a dislexia, como um transtorno acometido ao gênero
masculino, como descreve Shaywitz (2003, cit. por Cruz, 2009):
sugere que estas conclusões estão relacionadas com a forma como são
identificados: geralmente as raparigas (pelo seu comportamento mais calmo e
sossegado) passam mais despercebidas e, consequentemente, não são tão
facilmente identificadas. Nos seus estudos, Shaywitz evidencia uma proporção
semelhante na distribuição desta problemática por género.

O tratamento é estabelecido, que na sala de aula, deve estar sentado (o aluno)


numa mesa/cadeira, próxima do professor (e não no fundo da sala), para que este
(professor) possa auxiliá-la sempre que haja necessidade e para que ela se sinta mais
confortável, quando pretende esclarecer alguma dúvida. Deve, ainda, reduzir-se
possíveis focos de distração, como algum colega, mais conversadores ou algum outro
barulho que possa distrair; estas crianças já estão pouco motivadas para se concentrar,
se puderem evitar-se distrações ambientais tanto melhor, para ela e também para o
professor.
Outro momento importante na vida acadêmica é o momento da avaliação, que
devem evitar-se questões longas e complexas, pois a criança poderá demorar mais
tempo a tentar compreender a pergunta e dar a resposta. Pode, por exemplo, ler as
perguntas ou pedir auxílio ao professor, de ensino especial e/ou a um colega de turma,
para que a criança compreenda o que é solicitado.
A questão de professor especial, é comum a todos os tipos de transtornos citados
nesta pesquisa, já que, se trata de uma comorbidade.
Caracterizados como Transtornos do desenvolvimento a Imagem 2 mostra os
pontos a serem trabalhados e quais os prejuízos, que os alunos que pertencem a este
grupo, sofrem durante o periodo escolar, aos quais estão acometidos, com o distúrbio e
encontrando formas de diminuir seus efeitos
IMAGEM 2 DISTURBIOS DO DESENVOLVIMENTO

FONTE: Renato Matos Lopes


2 CONCLUSÃO

Os distúrbios do desenvolvimento educacional, são transtornos que acometem


crianças nas primeiras fases do ensino fundamental da educação básica. E que, se não
forem tratados adequadamente, por um profissional, especializado, pode perdurar até a
idade adulta e não sendo tratada, pode acometer ao indivíduo por toda a vida.
Os distúrbios apresentados na pesquisa, foram a disgrafia, ao qual apresenta
caracteristicas e formas de acometimento, da grafia do indivíduo, onde além da letra, ser
“feia” ela é indecifrável e não respeita o espaço limitado da grafia. Porém, não se pode
confundir o transtorno, com problemas de caligrafia, pois a caligrafia é uma característica
única de cada ser humano, já a disgrafia é um transtorno, ao qual acomete principalmente
a caligrafia, se não tratada com cuidado, pode gerar problemas no indivíduo em sua
capacidade de construção de textos e avaliações, que necessitam de escrita, pela
dificuldade de se escrever de maneira a ser entendida até mesmo pelo próprio autor.
A disortografia, ja é a dificuldade de escrever corretamente, onde a criança
escreve de forma errada, não conhecendo algumas letras, principalmente as vogais, e
ortográficamente escreve de maneira errada, não tendo a capacidade de perceber erros
grosseiros com pontuação e acentuação. Também, não pode ser confundida, com
dificuldades na linguagem, pois a dificuldade em linguagens pode ser resolvida, com
muita leitura e prática de escrita. Já a criança que obtém o transtorno da disortografia,
ele não consegue sinalizar corretamente letras do alfabeto e nem mesmo ordenar as
letras para a formação de uma palavra ou frase.
A discalculia, são os transtornos ocasionados, pela dificuldade extrema de
reconhecer números, simbolos, direções, sentidos e operações matemáticas. Os
individuos acometidos por este transtorno, deve ter um acompanhamento mais próximo
de um profissional especializado e com desenvolvimento em matemática, pois necessita
estimular através de formas lúdicas o desenvolvimento matemático do individuo. Este
transtortno, também, não pode ser confundido com dificuldades em Matemática, já que,
a criança que acomete a dificuldade matemática, consegue reconhecer os números,
interpretar situações problema e trabalhar na resolução destes. A criança que apresenta
discalculia, ela não reconhece parte dos números, não interpreta textos matemáticos e
não consegue estabelecer comparações ou soluções de um problema-matemático.
E por fim, a Dislexia, que é um atraso geral na capacidade de concetração e de
estabelecer sentido ao estudo, ou seja, ela tem um tempo de aprendizagem muito inferior
aos demais alunos, e precisa ser tratado de forma diferenciada, inclusive com
espaçamento especifico, dentro da sala de aula, para que não aconteça distrações no
momento da aprendizagem. Momentos estes muito comum, em salas de ensino
fundamental I.
Todos estes transtornos tem especificação médica, e devem ser abordados de
forma objetiva, para que a criança não perdure muito tempo, sem um auxilio de um
professor extra, também chamado de professor especial, para que este, trate a criança
de forma paralela e diferenciada para diminuir os efeitos do transtorno.
Cabe a familia e a escola promoverem uma educação digna a sua inteligência e
de forma concomitante para que nem só a escola e nem só a familia tratem-a de forma
coesa. É preciso de um esforço paralelo e direcionado ao transtorno diagnósticado no
aluno.
As crianças que apresentam tais transtornos, tem dificuldades maiores para se
estabelecerem no mercado de trabalho, mas não deve ser um obstáculo, deve ser
tomado como um incentivo ao desenvolvimento cognitivo do aluno, que na profissão deve
encontrar maneiras objetivas para que o transtorno não interfira na vida profissional..

3 REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE PESSOAS COM DIFICULDADES DE


APRENDIZAGEM ESPECÍFICAS (2011b). Disgrafia. Disponível em:<
http://www.appdae.net/disgrafia.html >. Acessado em 28 set de 2021.

BASTOS, J. A. Discalculia: Transtorno específico da habilidade em matemática In:


ROTTA, N. T: OHLWEILER, L: RIESGO, R. dos S. Transtornos da aprendizagem:
abordagem neurobiológica e multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 2006

CAMARGO, M. J. G. (2008). Disgrafia Motriz. Disponível em:<


http://www.neuropediatria.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=93:dis
grafia-motriz&catid=59: transtorno-de aprendizagem-escolar&Itemid=147>. Acessado
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