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Aulas Experimentais

Este documento apresenta um projeto de ensino de química para alunos do 2o ano do ensino médio utilizando experimentos práticos com kits de baixo custo. O projeto visa tornar o aprendizado de química mais interessante e relevante para a vida diária dos estudantes através da realização de experimentos em sala de aula.
Direitos autorais
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Aulas Experimentais

Este documento apresenta um projeto de ensino de química para alunos do 2o ano do ensino médio utilizando experimentos práticos com kits de baixo custo. O projeto visa tornar o aprendizado de química mais interessante e relevante para a vida diária dos estudantes através da realização de experimentos em sala de aula.
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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

ANDREIA NEVES ASAMI

ELAINE DOS SANTOS SILVA

EMERSON FERNANDO RYLO

VALQUÍRIA PIANHERI SOUZA

“Aulas experimentais e práticas como ferramenta no auxílio ao


aprendizado de química para alunos do 2º ano do ensino médio –
kit de experimentos para determinação de CO2”

Link do vídeo de apresentação do protótipo:


https://www.youtube.com/watch?v=oeVKNBAROOg

São Paulo
2018
ANDREIA NEVES ASAMI

ELAINE DOS SANTOS SILVA

EMERSON FERNANDO RYLO

VALQUÍRIA PIANHERI SOUZA

“Aulas experimentais e práticas como ferramenta no auxílio ao


aprendizado de Química para alunos do 2º ano do ensino médio–
kit de experimentos para determinação de CO2”

Projeto apresentado à Universidade


Virtual do Estado de São Paulo -
UNIVESP como Projeto Integrador do
oitavo semestre do curso de
Licenciatura em Química

Professor(a) Mediador (a) Rogério


Herlon Furtado Freire

São Paulo
2018
RESUMO
A Química é uma matéria que ao ser mencionada remete aos alunos a imaginação
de laboratório, com instrumentos apropriados. Porém ao terem o contato com a
matéria vem a decepção de um ensino tradicional pausado na exposição de teorias
e fórmulas sem vínculo com o cotidiano. Este trabalho abordou a utilização de aulas
práticas e experimentais como ferramenta no auxílio ao aprendizado de Química
para alunos do 2º ano do ensino médio, com a apresentação de um kit para
determinação de CO2 elaborado a partir de materiais de baixo custo e ou
recicláveis. Para a elaboração deste foi realizada a escuta com alunos do 1º e 2º
ano do ensino médio da Escola Estadual Professor Isaltino de Mello assim foi
possível levantar o problema e determinar o objetivo. Para embasar os estudos foi
realizada consultas bibliográficas e um questionário aplicado aos alunos do 2º ano
do ensino médio. Os resultados demonstraram que os alunos não fazem uma
correlação da Química com seu cotidiano, os professores não ministram aulas
práticas dificultando o entendimento dos conteúdos e que praticamente todos tem
acesso a Internet. A partir destes resultados elaborou-se um protótipo que descreve
uma metodologia buscando conciliar as aulas teóricas com as experimentais
ministradas em sala de aula. Utilizando para isto materiais recicláveis e de baixo
custo para os experimentos e o auxílio da Internet para a elaboração da aula. O
protótipo foi aplicado e observou se que os alunos que tiveram aulas com base na
metodologia descrita participaram ativamente da aula e os resultados das atividades
propostas foram mais satisfatórias do que com os alunos onde foi ministrada a
mesma aula utilizando a metodologia tradicional.

Palavras chaves: Metodologia, aulas práticas, química.


ABSTRACT

Chemistry is a subject that, when mentioned, refers students to the laboratory imagination
with appropriate instruments. However, having the contact with the subject comes the
disappointment of a traditional teaching paused in the exposition of theories and formulas
without link with the daily life. This work covered the use of practical and experimental
classes as a tool to aid the learning of chemistry for students of the second year of high
school, with the presentation of a kit for determination of CO2 made from low cost and
recyclable materials. For the elaboration of this one was realized the listening with students
of the first and second year of the high school of the State School Professor Isaltino de Mello
so it was possible to raise the problem and to determine the objective. To support the
studies, a bibliographic consultation was carried out and a questionnaire was applied to the
students of the second year of high school. The results showed that students do not correlate
chemistry with their daily life, teachers do not teach practical classes, making it difficult to
understand the contents and that practically everyone has access to the Internet. From these
results a prototype was elaborated that describes a methodology seeking to reconcile the
theoretical classes with the experimental ones taught in the classroom. Using recyclable and
inexpensive materials for the experiments and the help of the Internet to prepare the lesson.
The prototype was applied and it was observed that the students who had classes based on
the described methodology participated actively in the class and the results of the proposed
activities were more satisfactory than with the students where the same class was taught
using the traditional methodology.

Keywords: Methodology, practical classes, chemistry.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Planejamento da aula............................................................................. 24


Figura 2- Execução da aula............................................................................. 25
Figura 3 – Kit para experimentos..................................................................... 30
Figura 4- Enchimento do balão 1..................................................................... 31
Figura 5 - Enchimento do balão 2.................................................................... 31
Figura 6 - Sopro água com cal......................................................................... 32
Figura 7 - Serpente do faraó............................................................................ 36
Figura 8 - Camaleão químico 1........................................................................ 37
Figura 9 - Camaleão químico 2........................................................................ 37
Figura 10 - Glicerina + permanganato 1.......................................................... 37
Figura 11 - Glicerina + permanganato 1.......................................................... 37
Figura 12 – Foguete......................................................................................... 38
Figura 13 - Pasta elefante1.............................................................................. 38
Figura 14 - Pasta elefante2.............................................................................. 38
Figura 15 - Produção de hidrogênio................................................................. 39
Figura 16 - Mini canhão de fumaça 1............................................................... 39
Figura 17 - Mini canhão de fumaça 2............................................................... 39
Figura 18 - Fogo no dinheiro 1......................................................................... 40
Figura 19 - Fogo no dinheiro 2......................................................................... 40
Figura 20 - Fogo no dinheiro 3......................................................................... 40
Figura 21 - Roteiro ......................................................................................... 46
Figura 22 - Capa 3 ano ................................................................................... 47
Figura 23 - Modelo atômico 3º ano ................................................................. 47
Figura 24 – Substância da semana 3º ano ..................................................... 47
Figura 25 – Roteiro experimento 3º ano parte 1.............................................. 48
Figura 26 – Roteiro experimento 3º ano parte 2.............................................. 48
Figura 27 – Roteiro experimento 3º ano parte 3 ............................................. 49
Figura 28 – Capa 2º ano ................................................................................. 49
Figura 29 – Modelos atômicos 2º ano ............................................................. 50
Figura 30 – Ligações químicas 2º ano ............................................................ 50
Figura 31 – Geometria molecular 2º ano ........................................................ 51
Figura 32 – Destilador ..................................................................................... 51
Figura 33 – Separação fracionada .................................................................. 52
Figura 34 – Decantação .................................................................................. 52
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Sexo (gênero)............................................................................. 17


Tabela 2 - Idades......................................................................................... 17
Tabela 3 - Você gosta de estudar química?................................................ 18
Tabela 4 - Você utiliza no seu dia a dia o que aprende em Química?........ 19
Tabela 5 - O professor de química dá aulas práticas envolvendo
experimentos?............................................................................ 20
Tabela 6 - Você tem acesso fácil à internet?............................................... 20
Tabela 7 - Acessa a internet por qual meio?............................................... 21
Tabela 8 - Qual o local de acesso a Internet?............................................ 21
Tabela 9 - Quantidade de Alunos/ano........................................................ 41
Tabela 10 - O experimento ajudou a compreender algum conteúdo?........ 41
Tabela 11 - Alunos que conseguiram correlacionar os experimentos com
o cotidiano................................................................................... 42
Tabela 12 - Aulas e trabalhos com experimentos ajudam a compreender
melhor a Química?...................................................................... 42
Tabela 13 - Gostaria de realizar esse tipo de atividade novamente?.......... 43
Tabela 14 - Qual meio de pesquisa você utilizou para a elaboração do
trabalho?..................................................................................... 44
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Sexo (gênero)................................................................................ 17


Gráfico 2 – Idades........................................................................................ 17
Gráfico 3 - Você gosta de estudar química?................................................ 18
Gráfico 4 - Você utiliza no seu dia a dia o que aprende em Química?........ 19
Gráfico 5 - O professor de química dá aulas práticas envolvendo
experimentos?............................................................................ 20
Gráfico 6 - Você tem acesso fácil à internet?.............................................. 20
Gráfico 7 – Acessa a internet por qual meio?.............................................. 21
Gráfico 8 - Qual o local de acesso a Internet?............................................. 22
Gráfico 9 - Quantidade de alunos/ano......................................................... 41
Gráfico 10 - O experimento ajudou a compreender algum conteúdo?........ 41
Gráfico 11 - Alunos que conseguiram correlacionar os experimentos com
o cotidiano................................................................................... 42
Gráfico 12 - Aulas e trabalhos com experimentos ajudam a compreender
melhor a Química?...................................................................... 43
Gráfico 13 - Gostaria de realizar esse tipo de atividade novamente?......... 43
Gráfico 14 - Qual meio de pesquisa você utilizou para a elaboração do
trabalho?..................................................................................... 44
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVAS.......................................................... 08
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................. 10
3 PROBLEMA E OBJETIVOS....................................................................... 13
4 METODOLOGIA EMPREGADA................................................................ 14
5 ANÁLISE DOS DADOS ............................................................................ 17
5.1. APRESENTAÇÃO DO PROTÓTIPO.................................................. 23
5.1.1 – ESQUEMA DO PROTÓTIPO................................................ 23
5.1.2 – EXEMPLIFICAÇÃO DE EXECUÇÃO DO PROTÓTIPO........ 25
5.2.RESULTADOS DA APLICAÇÃO DO PROTÓTIPO- EE
PROF.ISALTINO DE MELLO NA CIDADE DE SÃO PAULO
30
/SP.............................................................................................................
5.2.1 – PRIMEIRO EXPERIMENTO.................................................. 31
5.2.2 – SEGUNDO EXPERIMENTO.................................................. 32
5.3 – APLICAÇÃO DO PROTÓTIPO – CENTRO EDUCACIONAL
MARANATHA EM CAMANDUCAIA/MG................................................... 33
5.3.1 – EXECUÇÃO DO PROTÓTIPO............................................. 34
5.3.2 – RESULTADOS DA APLICAÇÃO DO PROTÓTIPO –
40
CENTRO EDUCACIONAL MARANATHA ................................................
5.3.3 – PROSSEGUIMENTO COM A UTILIZAÇÃO DO
45
PROTÓTIPO – CENTRO EDUCACIONAL MARANATHA.........................
5.3.4 – APLICAÇÃO DO PROTÓTIPO FASE II – CENTRO
46
EDUCACIONAL MARANATHA .................................................................
5.3.5 – RESULTADOS DO PROTÓTIPO FASE II – CENTRO
53
EDUCACIONAL MARANATHA .................................................................
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................... 54
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................... 59
ANEXOS..................................................................................................... 62
8

1. Introdução e Justificativas
Quando se pensa na matéria escolar de Química, na mente de muitos já vem a
lembrança de um laboratório com instrumentos apropriados, pois até as capas dos
livros didáticos nos remetem a este universo, porém a realidade nas escolas
públicas de ensino médio é bem diferente, os alunos são submetidos a aulas
teóricas, sem ligação com o seu cotidiano o que faz com que eles percam o
interesse pela matéria
A química por outro lado está tão presente na nossa vida assim como a
matemática e a língua materna, porém cabe aos professores chamar a atenção de
seus alunos para que desperte o interesse pela matéria, buscando orientá-los sobre
o porquê de estudar química.
Para além da indústria farmacêutica, a química está na natureza - no processo
da fotossíntese, no metabolismo - digestão dos alimentos, no ar que respiramos, nos
produtos de limpeza que utilizamos em casa, etc.
Segundo CHASSOT (1990, p. 30) “a Química é também uma linguagem.
Assim, o ensino da Química deve ser um facilitador da leitura do mundo. Ensina-se
Química, então, para permitir que o cidadão possa interagir melhor com o mundo”.
Ao professor está o desafio de como passar essas informações de uma
maneira agradável e interessante, tendo poucos recursos e pouco tempo disponível.
Neste trabalho será apresentada uma metodologia que permita ao professor
conciliar a teoria e a prática, fazendo uso das tecnologias existentes e de materiais
debaixo custo ou recicláveis para a elaboração de experimentos que podem facilitar
o entendimento da química por parte dos alunos, o foco do trabalho será alunos do
2º ano do ensino médio. O trecho abaixo do Currículo de Química do Estado de São
Paulo prevê o ensino de Química contextualizando com o uso das tecnologias e sua
correlação com o cotidiano.
“No domínio da contextualização e ação, o ensino de Química
deve ocorrer de forma que o aluno possa compreender a
ciência e a tecnologia como partes integrantes da cultura
humana contemporânea; reconhecer e avaliar o
desenvolvimento da Química e suas relações com as ciências,
seu papel na vida humana, sua presença no mundo cotidiano e
seus impactos na vida social; reconhecer e avaliar o caráter
9

ético do conhecimento científico e tecnológico; e utilizar esses


conhecimentos no exercício da cidadania.” (Currículo do
Estado de São Paulo, p 129)
Quando o aluno participa ativamente das aulas ele se torna protagonista do
seu aprendizado e o professor passa da figura autoritária e detentora do
conhecimento para um mediador e instigador da curiosidade atuando pontualmente
nas dúvidas, assim o aluno passa a levantar hipóteses, fazer suas críticas e tirar
conclusões.
Para Cardoso:
“O estudo da química deve-se principalmente ao fato de
possibilitar ao homem o desenvolvimento de uma visão crítica
do mundo que o cerca, podendo analisar, compreender e
utilizar este conhecimento no cotidiano, tendo condições de
perceber e interferir em situações que contribuem para a
deterioração de sua qualidade de vida. Cabe assinalar que o
entendimento das razões e objetivos que justificam e motivam
o ensino desta disciplina, poderá ser alcançado abandonando-
se as aulas baseadas na simples memorização de nomes de
fórmulas, tornando-as vinculadas aos conhecimentos e
conceitos do dia-a-dia do alunado.” (Cardoso, Colinvaux.2000,
p. 401).
10

2. Fundamentação Teórica

O primeiro simulado do ENEM (exame nacional do ensino médio) realizado


entre maio e abril de 2016, divulgado pelo MEC (ministério da educação) revelou
que o pior desempenho dos alunos foi na disciplina de química onde os 711.746
inscritos acertaram apenas 29% das questões. O histórico de desempenho na prova
do ENEM nas questões de química entre 2009 e 2014 de acertos nas questões foi
em média de 26% segundo dados do INEP ( Instituto Nacional de estudos de
pesquisas educacionais Anísio Teixeira) divulgados pelo site Carta educação
(www.cartaeducação.com.br).
O baixo desempenho dos alunos de ensino médio em ciências naturais, física,
química e matemática nas provas de avaliação nacionais refletem muitos problemas
e dificuldades que o ensino das ciências exatas apresenta no Brasil, em especial na
área de química.
Um desses problemas segundo Salesse (2012), Oliveira & Silva (2012),
Medeiros et al (2012), Junior et al (2015) é a falta de aulas práticas e experimentais
no ensino de química, os professores em sua maioria repassam conteúdos teóricos
que por demasiadamente abstratos não são absorvidos pelos alunos, gerando
desmotivação e desinteresse pela matéria (Macedo et al 2012).
Maldaner (2003, p.55) apud Trevisan & Martins revela que diversos estudos
sobre a experiências práticas em química mostram que estas servem como agente
motivador dos alunos para aprenderem a matéria. São amplamente difundidas as
teorias cognitivas de Vigotsky e Piaget sobre o construtivismo do conhecimento
onde a pessoa aprende pela interação com os objetos e na participação ativa na
resposta e solução das questões propostas, em atividades que podem ser
essencialmente reflexivas e de pensamento. Para Amaral (1996) apud Farias et al,
reconhece-se que é preciso reformular o ensino de química nas escolas inserindo
atividades experimentais em sala de aula para proporcionar um melhor aprendizado
aos alunos. Para Medeiros et al, op cit, “Não havendo uma articulação entre os dois
tipos de atividades, isto é, a teoria e a prática, os conteúdos não serão muito
relevantes à formação do indivíduo ou contribuirão muito pouco ao desenvolvimento
cognitivo deste”.
11

Fonseca (2001) in Faria et al (2009) compartilha da mesma visão que


Domingues (1975) e entende que:
“a melhoria da qualidade do ensino de Química deve
contemplar também a adoção de uma metodologia de ensino
que privilegie a experimentação como uma forma de aquisição
de dados da realidade, oportunizando ao aprendiz uma
reflexão crítica do mundo e um desenvolvimento cognitivo, por
meio de seu envolvimento, de forma ativa, criadora e
construtiva, com os conteúdos abordados em sala de aula,
viabilizando assim a dualidade: teoria e prática.”

Apesar dos alunos gostarem de interagir em aulas práticas, Junior et al (2015),


a realidade da maioria das escola é desalentador; faltam laboratórios, ou quando
existem não são utilizados por falta de reagentes,e de estrutura e os professores
alegam falta de tempo para preparar as experiências (Salesse op. cit.), além disso,
professores não são adequadamente formados para ministrarem aulas práticas e
com isso a atividade prática não faz parte da metodologia do professor Rosito
(2003) apud Junior et al (2015).
Farias et al op. cit. relataram em seu trabalho que: “ a dificuldade dos alunos
em compreender conteúdos de química, pode ser superada/minimizada através da
utilização de aulas experimentais, que o auxilia na compreensão dos temas
abordados e em suas aplicações no cotidiano”. Sabendo dessa necessidade dos
alunos, Vieira et al 2007 apostam na experimentação de baixo custo como
alternativa as carências de recursos e materiais. Para Lucas et al (2013) apud
Clemente et al a utilização de experimentos alternativos é uma boa saída para a
falta de laboratórios e reagentes para o ensino de química utilizando materiais com
os quais os alunos estão familiarizados, de baixo custo, sucatas e recicláveis.
Benigno et al (2012) também divulgaram resultados de um programa criado no
interior do estado de Alagoas que possibilitou o acesso a experiências em sala de
aula com materiais de baixo custo e fácil aquisição, sendo relevantes os resultados
de aprendizado e motivação para o estudo da química numa comunidade carente e
que se ressentia da falta de atividades práticas no estudo de química.
O mais importante para o sucesso da experiência prática em sala de aula é que
o professor faça um bom planejamento da atividade, planeje de acordo com os
objetivos e utilizando produtos e materiais que não sejam perigosos ou com
potencial de provocar danos a escola ou aos alunos, pois como bem lembrado no
12

trabalho de Silva & Machado (2008) a utilização de produtos químicos requer


treinamento e utilização de equipamentos de proteção individual (E.P.Is) e
equipamentos coletivos como extintores de incêndio, lavador de olhos etc... A
aprendizagem deve acontecer mas sem que haja acidentes, intoxicações ou outros
problemas decorrentes da utilização de produtos químicos ou utilização de chama e
produtos inflamáveis pois apesar de não ter uma legislação específica sobre a
responsabilidade do professor o código civil em seu artigo 927 determina que
“aquele que por ato ilícito (art. 186* ) causar dano a outrem fica obrigado a repará-lo,
então o professor e a escola serão responsabilizados por qualquer problema que os
alunos venham a ter em decorrência da experiência. Outro problema levantado
pelos autores citados é da necessidade de se pensar no correto descarte dos
produtos utilizados na experiência, sendo necessário a verificação prévia da
disponibilidade da escola de descartar corretamente os resíduos, sendo essa uma
parte importante de ensino aos alunos com relação a preservação do meio
ambiente.
No Brasil existem instituições que conseguem conciliar o ensino teórico e
prático com bons resultados como as Escolas SENAI (Serviço nacional de
aprendizagem industrial) (Pereira 2009). O ensino profissional das Escolas SENAI é
um exemplo de como há a integração da teoria e da prática havendo uma
complementação do conhecimento. Nas escolas SENAI que possuem curso de
segundo grau os alunos aprendem as matérias do currículo de segundo grau em
concomitância com as matérias técnicas do curso em que se pretende formar o
profissional.
Porém o ensino nessas unidades é integral: num período do dia se aprende
teoria e em outro, atividades práticas que complementam o ensino teórico e o aluno
põe a “mão na massa” interagindo com objetos do estudo. O professor de sala de
aula ensina teoria, enquanto o instrutor de laboratório está sempre pensando em
desenvolver atividades práticas para os alunos.
13

3. Problema e Objetivos

O problema levantado a partir da escuta de alunos do 1º e 2º ano do ensino


médio da Escola Estadual Professor Isaltino de Mello, foi a falta de interesse dos
alunos por química devido a dificuldade de se fazer o relacionamento dessa matéria
com o cotidiano, bem como a ausência de aulas práticas. Como tornar a química
mais interessante fazendo com que os alunos a identifiquem no seu cotidiano?
O objetivo do nosso trabalho será descrever uma metodologia que permita ao
professor ministrar aulas práticas e experimentais utilizando como ambiente a sala
de aula e materiais de baixo custo e ou recicláveis bem como a tecnologia para
auxiliar na elaboração dos conteúdos e dos experimentos.
Testar se aulas experimentais e práticas desperta o interesse dos alunos para
as aulas de química e ajudam na correlação da química com o seu cotidiano.
14

4. Metodologia empregada.

Para Lakatos e Marconi (pag.83) todas as ciências se caracterizam pela


utilização do método científico. Este estudo insere-se numa abordagem qualitativa
de pesquisa, pois procurou analisar uma proposta de Aprendizagem Baseada em
Problemas (PBL) que é o método utilizado pela UNIVESP na prática de
aprendizagem.
Para realizar o projeto integrador com o tema proposto pela UNIVESP
“produção de metodologias e ferramentas para melhoria do aprendizado de ciências
e matemática”, realizou-se uma reunião entre os integrantes do grupo para definição
do local e turma para execução de uma escuta. Segundo Lakatos e Marconi op cit a
obtenção de dados pode ser realizada através de pesquisa documental, pesquisa
bibliográfica e contato direto, sendo esse último utilizado neste trabalho.
A definição desta turma de ensino médio levou em consideração que a
disciplina de química consta do PCN nacional do ensino médio.
A escuta inicial foi realizada na Escola Estadual Professor Isaltino de Mello com
alunos do 1º e 2º ano do ensino médio e nessa conversa inicial se propôs a escutar
o que os alunos achavam da química.
Para Lakatos e Marconi op. cit. página 196 o tipo de entrevista despadronizada
ou desestruturada “é uma forma de explorar mais amplamente uma questão. Em
geral as perguntas são abertas e podem ser respondidas dentro de uma
conversação informal”. Neste momento não foi feito nenhum direcionamento de
questões aos alunos sendo que o entrevistador buscou identificar problemas sobre o
ensino de química na percepção e perspectiva dos alunos ouvidos.
Na perspectiva dessa escuta os alunos consideram a química uma disciplina
“chata”, “difícil” de ser entendida, com muita teoria e cálculos matemáticos, uma
matéria muito abstrata e com pouca prática. Na escola o laboratório está interditado
e o professor não utiliza de experimentos práticos, aulas externas, visitas externas
em museus como o “Catavento”. Os alunos não veem a Química presente no seu
cotidiano, a não ser em medicamentos e coisas ruins, por exemplo, em alimentos
com ou sem conservantes, contaminação química do solo, enfim, a química não é
algo que traz benefícios, mas é um problema.
O grupo reuniu-se novamente para discutir o que se ouviu dos alunos, chegou-
se então ao problema: a falta de interesse dos alunos por química devido à
15

dificuldade de se fazer o relacionamento dessa matéria com o cotidiano, bem como


a ausência de aulas práticas. Como tornar a química mais interessante fazendo com
que os alunos a identifiquem no seu cotidiano? E assim a definição do tema: Aulas
experimentais e práticas como ferramenta no auxílio ao aprendizado de química
para alunos do 2º ano do ensino médio – kit de experimentos para determinação de
CO2.
Para Lakatos e Marconi (pág. 44), o tema é uma dificuldade sem solução, que
é mister determinar com precisão, para intentar em seguida, seu exame, crítica e
solução.
Para corroborar essa percepção do grupo quanto a escuta optou-se pela
aplicação de um questionário direcionado com o objetivo de identificar demais
fatores relacionados à problemática de aulas práticas. Este questionário encontra-se
no ANEXO 1 de acordo com Moreira e Caleffe (2008) as vantagens de se utilizar
questionários é que estes proporcionam eficiência de tempo, anonimato aos
respondentes, possibilita alta taxa de retorno e a utilização de perguntas
padronizadas. As respostas podem ser quantificadas através de técnicas estatísticas
e os resultados serão apresentados através de gráficos estatísticos.
Outra forma de obter dados sobre o tema escolhido foi a de pesquisa
bibliográfica sobre o assunto afim de buscar outros estudos que embasem possíveis
causas e soluções testadas sobre o assunto, além de aprofundar sobre a
problemática
A partir das informações obtidas na pesquisa e no levantamento bibliográfico o
grupo reuniu-se para a discutir a realização de um protótipo.
Partindo do problema real dos estudantes da Escola Isaltino de Melo foi
pensado e elaborado um protótipo, descrevendo uma metodologia de ensino que
proporcione uma aula mais participativa por parte dos alunos.
Lançando mão da tecnologia existente para auxiliar na exposição dos
conteúdos e pesquisas bibliográficas, elaboração de um kit de experiência para
aulas práticas de fácil realização com materiais e equipamentos de baixo custo e
fácil aquisição. Este fator é determinante para que o kit possa ser utilizado não
somente nesse estudo de caso, mas que pudesse ser utilizado por qualquer
professor de química.
16

O protótipo será aplicado no local de pesquisa a fim de verificar sua viabilidade.


O professor deverá desenvolver a metodologia e realizar os experimentos em sala
de aula a fim de demonstrar a existência, formação do gás carbônico a partir de
outros elementos que reagirão e formarão o gás.
Os resultados serão avaliados pelo professor, o que possibilitará um feedback
sobre a viabilidade e possibilidades do protótipo, sendo possível propor alterações
ou adequações para que o protótipo atinja seu objetivo junto aos alunos
pesquisados.
17

5. Análise dos dados


A pesquisa foi realisada com 32 alunos do 2º ano do ensino médio da Escola
Estadual Professor Isaltino de Mello do Estado de São Paulo, sendo 17 do sexo
masculino e 15 do sexo feminino com idades entre 15 e 18 anos como demonstra as
tabelas e gráficos 1 e 2.

Sexo (gênero)
masculino 17
feminino 15
Tabela1: Sexo (gênero)

Gráfico 1: Sexo (gênero)

Idades
15 anos 10
16anos 15
17anos 5
18 anos 1
Não respondeu 1
Tabela 2: Idades

Gráfico 2: Idades
18

Foi elaborado um questionário (ANEXO 1), e aplicado aos alunos a fim de


fundamentar a pesquisa e ter base de apoio para elaborar-se um protótipo que ajude
o professor a ministrar uma aula que desperte o interesse do aluno em participar
ativamente das aulas. A seguir a análise dos dados coletados:
Questão 1: Você gosta de estudar química? Sim por quê? Não por quê?
17 alunos dos 32 entrevistados reponderam que sim, sendo em porcentagem
53%, podendo-se considerar que a maior parte dos alunos gostam de estudar
química, dos que reponderam sim, disseram que gostam, entre outras respostas,
porque: “Estou tirando boas notas”, “Gosto da professora”, “Acho interessante a
explicação de como as coisas são feitas, dos elementos e como se juntam e formam
outras coisas”, já os que responderam que não gostam devemos considerar que é
uma parcela grande dos alunos sendo 47% dos pesquisados, responderam que não
gostam porque: “Não entendo, mas acho interessante”, “A professora não explica
direito”, “Complexo e difícil”, “Tenho dificuldade”, “Por ser complexo e não ter aula
prática”, “Não vejo utilidade na minha vida profissional”. Mediante as respostas
considerando os que responderam que gostam, deixam transparecer que a matéria
é por si é instigante e desafiadora, por outro lado analisando os que responderam
que não gostam verifica-se que um dos motivos apontado por vários alunos foi o
desinteresse pela dificuldade de entender a matéria, achando a complexa, assim
fica a questão “O aluno não entende por quê?”, “Ele não aprende ou o professor não
utiliza uma metodologia que leve o aluno ao conhecimento?”

1.Você gosta de estudar


química?
sim 17
não 15
Tabela 3 – Você gosta de estudar química?

Gráfico 3 - Você gosta de estudar química?


19

Questão 2: Você utiliza no seu dia a dia o que aprende em química?


Já nesta questão a resposta de 25 alunos dos 32 pesquisados responderam
que não utiliza o que aprende em química no seu dia a dia sendo 78% , esta
resposta é preocupante uma vez que são alunos do 2º ano do ensino médio e não
conseguem relacionar o que aprendem em química com o seu cotidiano.

2.Você utiliza no seu dia a dia o que


aprende em química?
sim 7
não 25
Tabela 4 - Você utiliza no seu dia a dia o que
aprende em química?

Gráfico 4 – Você utiliza no seu dia a dia o que


aprende em química?

Questão 3: Descreva pelo menos três situações que você acha que a química
está presente, considerando seu cotidiano.
Algumas respostas coletadas:
 “Na geladeira, em tudo e na relação um com outro”;
 “Oxigênio, carbono, H2O”;
 “Ligando o fogão, lavando a louça, tomando remédios”;
 “Está em todos os lugares se você considerar no pé da letra”;
 “Infelizmente não utilizo muito em momentos do dia a dia por não ter
recursos necessários”.

Questão 4: O professor de química dá aulas práticas envolvendo


experimentos?
31 dos alunos responderam que não, sendo 97% somente um aluno disse que
o professor dá aulas práticas e quando perguntamos onde essa aula ocorre o
mesmo respondeu que fora em sala de aula, nesta questão tem se a percepção que
o professor praticamente não ministra aulas práticas envolvendo experimentos,
20

assim evidentemente aulas práticas não fazem parte da metodologia de ensino dos
professores desse grupo estudado.

4.O professor de química dá aulas


práticas envolvendo experimentos?
sim 1
não 31
Tabela 5 – O professor de química dá aulas
práticas envolvendo experimentos?

Gráfico 5 - O professor de química dá aulas práticas


envolvendo experimentos?

Questão 5 : Você tem acesso fácil à internet? Se sim, por qual meio acessa e
onde ocorre o acesso?
Nesta questão 31 dos alunos questionados responderam que tem acesso fácil
a internet e o acesso é por vários meios como tablet, celular, lan house e PC sendo
possível o acesso na própria casa, por meio de plano de celular, rede livre.

5.Você tem acesso fácil a internet?


sim 31
não 1
Tabela 6 – Você tem acesso fácil à internet?

Gráfico 6 - Você tem acesso fácil à internet?


21

5a.Se sim,você se utiliza de qual


meio para acessar?
somente no tablet 0
tablet,celular e PC 5
celular e PC 8
somente no celular 17
somente no PC 2
Tabela 7 – Acessa a internet por qual meio?

Gráfico 7 – Acessa a internet por qual meio?

5b.Se sim,qual o local de acesso?


somente de casa 15
somente plano de celular 3
de casa e plano celular 4
de casa e rede livre 2
de casa,rede livre e plano de celular 2
de casa,escola, rede livre e plano de celular 3
de casa,lan house,rede livre e plano de celular 1
de casa,lan house, escola, rede livre e plano de
celular 1
não respondeu 1
Tabela 8 – Qual o local de acesso a Internet?
22

Gráfico 8 - Qual o local de acesso a Internet?

Em linhas gerais, os alunos que fizeram parte deste grupo de estudo atribui a
dificuldade na matéria de química por achá-la complexa e não ver ligação com o seu
cotidiano, demonstrando um conhecimento mínimo, identificando algumas áreas
onde se aplica a química, porém muito limitado, considerando o amplo espectro que
a química possui em todas as áreas. Também se observa que os professores de
química desse grupo de alunos não tem o hábito de ministrar aulas práticas
envolvendo experimentos. Os dados da pesquisa mostram que quase a totalidade
dos alunos tem acesso a internet.
23

Assim com base nesses dados e considerando as pesquisas bibliográficas,


elaborou-se um protótipo onde inclui uma metodologia envolvendo aulas práticas
com experimentos de baixo custo e materiais recicláveis bem como a utilização da
internet para auxílio na elaboração e execução dessas aulas.

5.1. Apresentação do Protótipo


A partir da escuta feita junto aos alunos do 1º e 2º ano do ensino médio da
Escola Estadual Professor Isaltino de Mello, o problema identificado foi a falta de
aulas práticas e a dificuldade dos alunos em relacionar os conteúdos aprendidos em
química com o seu cotidiano, assim o objetivo deste trabalho é apresentar um
protótipo onde o professor poderá ministrar aulas práticas de química, utilizando
material de baixo custo e recicláveis, demonstrar também como o professor poderá
utilizar as tecnologias disponíveis nos dias atuais como uma ferramenta de auxílio a
fim de agilizar a parte teórica da matéria e com isso ter um tempo a mais para
ministrar aulas práticas.
A partir do levantamento do problema e a definição do o objetivo deste projeto,
foi elaborado um questionário para os alunos (ANEXO I) o qual os resultados foram
apresentados na análise dos dados e estes confirmaram a percepção da escuta,
onde a falta de aulas práticas é eminente, os alunos não fazem uma conexão direta
com o que se aprende em química e o seu cotidiano. No questionário também se
perguntou sobre a facilidade de conexão dos alunos com a Internet e quase a
totalidade dos alunos entrevistados tem fácil acesso a rede. Esses resultados
permitiram então que se colocasse em prática a elaboração do protótipo descrito
abaixo:

5.1.1 Esquema do Protótipo

Este protótipo apresenta uma metodologia, onde os alunos deverão ter


participação ativa nas aulas incluindo a parte dos conteúdos até a execução dos
experimentos, o professor atuará como mediador, isto proporciona aos estudantes o
protagonismo e a possibilidade de descobrirem por si próprios, formularem
hipóteses, testar estas hipóteses e chegarem a conclusões.
24

Fig. 1 – Planejamento da aula

No esquema apresentado na figura 1, mostra como o professor deverá planejar


sua aula:

1-O professor irá definir o conteúdo que será estudado, podendo seguir o que
consta no currículo escolar ou escolhendo um tema transversal.
2- Após a definição do tema, ele fará busca em sites confiáveis para que possa
indicar aos alunos para realização de pesquisas. Os sites podem trazer conteúdos
descritivos ou vídeos ilustrativos para facilitar o entendimento do aluno.
3- O professor também deve pesquisar temas do cotidiano que tem
relacionamento com o conteúdo estudado, elaborar um trabalho em grupo
envolvendo este tema e pesquisar um experimento que possa ser trabalhado com o
tema escolhido.
25

4 – O professor por fim fará a definição dos experimentos. Para isso fará
pesquisas em fontes bibliográficas ou em sites de experimentos que possam ser
executados em sala de aula e sejam de baixo custo e ou materiais recicláveis, assim
ele terá condições de montar um kit para execução dos experimentos.

Fig. 2 – Execução da aula

5.1.2 - Exemplificação da execução do protótipo


Será apresentado a seguir um exemplo da execução deste protótipo, o foco
deste trabalho são os alunos do 2º ano do ensino médio, este modelo pode ser
desenvolvido em duas aulas.
Aula 1:
1º Passo: Escolha do conteúdo, ao analisar a proposta curricular do Estado de
São Paulo para Química, escolheu-se um tema transversal onde conteúdo do 2º
Bimestre pudessem ser abordados - “Aquecimento global e captura do CO2”.
26

2° Passo: Orientação aos alunos sobre a importância do trabalho colaborativo,


como a participação ativa nas aulas trará benefícios e ajudará absorção dos
conhecimentos.
3º Passo: O professor indicará os sites previamente pesquisados para que os
alunos acessem e seja possível a discussão sobre o assunto na próxima aula,
seguem dois links de vídeos sobre o tema abordado:

Efeito Estufa: O Que Está Acontecendo com o Tempo? (Dublado) Documentário.


Este vídeo é um documentário sobre o aquecimento global.
https://www.youtube.com/watch?v=Pwqzk-NMUxQ – (acessado em 19/05/2017)
duração 01h55min.

CO2 e aquecimento global. Este vídeo é apresentação de um trabalho de faculdade


de bioquímica, faz uma apresentação mais sucinta sobre o assunto.
https://www.youtube.com/watch?v=UrEnvucqBvA – (acessado em 19/05/17) duração
11 minutos

Os alunos poderão assistir a outros vídeos que encontrarem sobre o assunto, bem
como documentos de texto, pois existem vários com explicações sobre este assunto.
4º Passo: Após os alunos terem assistido os vídeos o professor colocará
algumas explicações específicas sobre fórmulas, como é formado o CO 2,
características químicas, etc. Então promoverá uma discussão na sala de aula sobre
o assunto, alguns questionamentos podem ser levantados pelo professor como:
1- O que eles conseguiram identificar nos vídeos sobre o que vem causando
o aquecimento global?
2- Quais são os gases responsáveis pelo efeito estufa?
3- Qual a participação do CO2 neste processo?
4- Como é produzido o CO2?
5- Ele é encontrado livre na natureza?
5º Passo: O professor solicitará que os grupos façam um trabalho sobre o gás
carbônico e sua relação com o aquecimento global.
Aula 2:
Nesta aula os alunos farão a apresentação dos trabalhos e o professor
promoverá a aula prática utilizando o kit preparado com material debaixo custo e
recicláveis, a seguir exemplo de um de dois experimentos envolvendo o conteúdo
abordado:
27

Experimento 1:

Material

 Uma garrafa pet ou de vidro transparente de boca estreita;

 Um funil;

 Um balão de festa;

 Vinagre (ácido acético) – de preferência de cor clara;

 Bicarbonado de sódio;

 1 vela.

Procedimento 1

 Coloque um pouco de vinagre na garrafa;

 Com o funil coloque o bicarbonato de sódio dentro do balão

 Com cuidado encaixe o balão na boca da garrafa

 Levante o balão para que o bicarbonato de sódio entre em contato com o


vinagre.

 Observe o que acontece.

Questões:

1 - O que acontece quando o bicarbonato de sódio se mistura com o vinagre?

R: Quando o bicarbonato de sódio (NaHCO3) entra em contato com vinagre


(CH3COOH(l) ) ocorre uma reação dos componentes existentes nestas
substância, produzindo etanoato de sódio (CH3COONa(aq)), gás carbônico
(CO2(g)) e água H2O(l);

NaHCO3 (s)+ CH3COOH(l)  CH3COONa(aq) + CO2(g) + H2O(l)

2 – Por que o balão enche?

R: Porque com a reação existe a liberação de CO2 que é um gás e este enche o
balão.

Procedimento 2

 Acenda a vela;

 Tire o balão com cuidado da boca da garrafa de forma que o gás armazenado
28

não escape;

 Aproxime o balão da chama da vela e libere o ar;

 Observe o que ocorre.

Questões:

1 – O que acontece quando a chama da vela entra em contato com o gás carbônico
liberado pelo balão?

R: Quando o CO2 liberado entra em contato com a chama da vela ela se apaga.

2- Por que isso ocorre?

R:O gás carbônico reduz o contato do material que está queimando com o
oxigênio, assim a chama se apaga, este é o princípio dos extintores.

Experimento 2:

Material:

 Um recipiente transparente (pode ser garrafa pet ou vidro de conserva) ;

 Um canudo;

 Um pouco de cal virgem (CaO(s));

 Água (H2O);

 Água mineral com gaseificada;

 Uma colher.

Procedimento 1:

 Coloque a cal no recipiente

 Coloque água

 Misture com a colher

 Através do canudo sopre dentro da solução

 Observe

Questões:
29

1 - O que acontece quando misturou o cal na água?

R: Formou-se uma concentração de Hidróxido de cálcio.

CaO(s) + H2O(ℓ) → Ca(OH)2(aq)

2 – O que acontece quando sopramos na solução?

R: Ao soprarmos na solução liberamos gás carbônico na solução, o que


provoca uma reação química de neutralização, como demonstra a fórmula
abaixo:

CO2 + Ca (OH)2 → CaCO3 + H2O

Através da equação podemos notar a presença do gás de carbônico, mas como


visualizar no líquido a presença desse óxido? Na verdade, o produto CaCO 3
(carbonato de cálcio) é uma prova disso, ele aparece como o sal insolúvel e branco
que se deposita no fundo do recipiente.

Procedimento 2

Como o processo acima pode ser um pouco demorado devido a quantidade de gás
carbônico que liberamos quando expiramos, o professor que não dispõe de muito
tempo pode utilizar a água natural gaseificada.

 Coloque a cal no recipiente

 Coloque água

 Misture com a colher - esta mistura será nossa amostra

Em outro recipiente

 Coloque a cal

 Coloque água gaseificada

 Misture

 Observe.

O efeito será o mesmo da experiência em que sopramos no recipiente, pois o


gás que existe na água gaseificada e em refrigerantes é o CO2
30

Os questionamentos acima, assim como outros referentes aos experimentos


devem ser levantados durante a aula e discutidos entre alunos e professor. Nestes
experimentos os alunos observarão que o gás carbônico estudado nesta aula pode
ser obtido da reação de dois produtos como no caso do 1º experimento e que ele
também está presente na nossa respiração, na água gaseificada, refrigerantes como
no caso do 2º experimento.

Para a realização desta aula prática o Kit de material utilizado e o custo será:

Garrafa pet transparente ou vidro de conserva (reciclável) - custo R$ 0,00

Funil plástico feito de garrafa pet – custo R$ 0

Balão – custo R$ 3,00 (pacote com 50 unidades)

Vinagre – custo R$ 1,00 (garrafa de 500 ml)

Bicarbonato de sódio – custo R$ 1,20 (pacote 100 gramas)

Vela – custo R$ 0,25 (unidade)

Canudo – custo R$1,99 (pacote com 50 unidades)

Cal virgem – custo R$ 2,00 (pacote 1000 gramas)

Garrafa de água gaseifica – custo R$ 2,00 (garrafa de 500 ml – comprada em


mercado)

Total de gastos com o kit para os dois experimentos – R$ 11,44

Fig 3 – Kit para experimentos


31

5.2 – Resultados da Aplicação do Protótipo – EE Prof. Isaltino de Mello


na cidade de São Paulo/SP

Para concluirmos os estudos, o protótipo foi aplicado em uma sala de aula do


2º ano do Ensino Médio da EE Prof. Isaltino de Mello, após a exposição do conteúdo
previamente preparado - reações químicas realizadas no processo da respiração
celular, fotossíntese e fermentação - foram realizados os experimentos em questão.

5.2.1 - Primeiro experimento:


O primeiro experimento, consistia em misturar o ácido acético, que estava
dentro de uma garrafa pet transparente, com o bicarbonato de sódio que se
encontrava no interior de uma bexiga e da reação entre estas duas substâncias,
resultaria na formação do gás carbônico, que encheria o balão, de um precipitado e
água na garrafa Pet utilizada.

Fig. 4 – Enchimento do balão 1 Fig. 5 Enchimento do balão 2

Os alunos se apresentaram curiosos e alguns deles auxiliaram na execução


do experimento. Após a execução, foram questionados sobre o que havia ocorrido.
Muitos souberam relacionar o ácido acético com a fermentação alcoólica, mas
acharam que o gás que encheu o balão foi o gás oxigênio, gás hélio, e poucos,
responderam gás carbônico. Porém, por se tratar de experimento realizado dentro
da sala de aula, por motivo de segurança, não pode se realizar a parte em que o gás
presente no balão apaga uma chama acesa de vela, mas explicou se que era gás
carbônico e que ele também é utilizado em alguns tipos de extintores.
Neste momento foi colocada na lousa a fórmula do ácido acético e do
bicarbonato de sódio demonstrando o que ocorreu quando houve a mistura das
32

substâncias, para que os alunos não ficassem com dúvidas sobre qual gás havia se
formado na reação.

NaHCO3 (s)+ CH3COOH(l)  CH3COONa(aq) + CO2(g) + H2O(l)

Terminado o experimento, alguns alunos associaram a produção de gás


carbônico ao que ocorre quando se coloca comprimidos efervescentes em água, ao
fermento do bolo e a formação de bolhas na massa do bolo. Foi solicitado para que
pesquisassem sobre esses assuntos, se possível fizessem esses experimentos em
casa e depois relatassem na sala o que eles encontraram como resultado.

5.2.2 – Segundo experimento


O segundo experimento, era assoprar com um canudo, um recipiente
contendo cal virgem dissolvido em água e comparar a cor resultante com o
recipiente controle, que continha a mesma mistura.
A princípio, acharam que estavam jogando oxigênio na água, mas logo
mudaram de opinião, quando pediu-se para que inspirassem e expirassem, para
depois responderem. Quando perceberam a mudança de cor, puderam comprovar
que o gás carbônico é liberado na respiração e que foi formado um composto no
recipiente.

Fig. 6 : Sopro água com cal


33

Neste momento foi colocada na lousa a fórmula da cal virgem e da água e


depois a fórmula da mistura obtida em contato com o gás carbônico. Assim os
alunos puderam compreender o que ocorreu nas reações.

CaO(s) + H2O(ℓ) → Ca(OH)2(aq)

CO2 + Ca (OH)2 → CaCO3 + H2O

Alguns alunos questionaram se houve alteração do PH nesta reação, o


professor aproveitou para relacionar o experimento com o refrigerante, que possui
caráter ácido e depois os fez questionamentos sobre o papel do gás carbônico no
efeito estufa e qual a sua relação na fotossíntese.
Para finalizar a aula, os alunos responderam questões da apostila do aluno
relacionadas aos processos de respiração, fotossíntese e efeito estufa. Também foi
solicitado que realizassem uma pesquisa sobre efeito estufa, aquecimento global e
camada de ozônio, para discussões posteriores.
Para fins comparativos e com o intuito de testar se as aulas com
experimentos despertam o interesse dos alunos e consegue que os mesmos
participem mais ativamente das aulas bem como permite que os mesmos
correlacionem o que estão aprendendo com o seu cotidiano, a mesma aula foi
ministrada em uma outra sala de aula só que somente com a exposição dos
conteúdos, o que observou-se foi o que no início da aula alguns alunos prestavam
atenção, mas com o passar do tempo a maioria se dispersaram, não fizeram
questionamentos sobre o que estava sendo ministrado. Ao término da aula assim
como na turma anterior foi solicitado que resolvessem exercícios da apostila do
aluno, e observou-se que tiveram muita dificuldade na resolução dos mesmos.
Os alunos que participaram da aula com o emprego da metodologia gostaram
muito e pediram outras aulas desse estilo, não apontaram nenhuma alteração para
ser inclusa no protótipo.

5.3 –Aplicação do Protótipo – Centro Educacional Maranatha

O protótipo foi apresentado à professora de Química do Centro Educacional


Maranatha em Camanducaia/MG, ela mostrou interesse em fazer a aplicação junto
34

aos seus alunos das turmas de 1º a 3º ano do ensino médio no 4º bimestre do ano
letivo.
A dificuldade da professora era o tempo disponível, então trabalhando em
conjunto com a estagiária integrante deste grupo, ficou planejado que a aplicação do
protótipo seria a avaliação mensal da turma.

5.3.1 - Execução do protótipo:

A professora foi bastante democrática, expos para cada turma qual era a sua
proposta “Neste bimestre proponho fazermos um trabalho, onde cada grupo irá
escolher um experimento de química, este experimento pode ser pesquisado na
Internet, livros ou neste material de apoio que possuo (roteiros com experimentos
variados para alunos do ensino médio), vocês irão fazer uma parte teórica contendo
a descrição do experimento, reações químicas, quais materiais serão utilizados e o
roteiro do experimento. No dia da execução do experimento farão uma prova com
questões sobre os experimentos executados. A nota será computada da seguinte
maneira 5 pontos pelo trabalho e 5 pontos da prova.” Nesta aula foi feita a
demonstração do experimento 1 (Enchimento de balão utilizando vinagre +
bicarbonato de sódio) do exemplo deste protótipo em sala de aula para cada turma,
isto despertou o interesse dos alunos em participar e eles puderam ver que não
precisariam de ter materiais sofisticados para a realização dos experimentos, assim
os alunos concordaram, então foi realizada a divisão da turma em grupos de 3 a 4
alunos, eles tiveram 3 semanas para realizar o trabalho . Durante estas semanas as
professoras atuaram como mediadoras, orientando sobre quais tipos de substâncias
ofereceriam menos perigo para esse tipo de atividade considerando ainda que a
escola não possui laboratório e a execução seria no pátio, quais tipo de vidraria ou
vasilhames alternativos poderiam ser utilizados. Esclarecendo dúvidas que surgiram
durante a fase de pesquisa e teste dos experimentos.

Semana 1: escolha do experimento.

Após as pesquisas realizadas e dúvidas esclarecidas os alunos apresentaram o


roteiro (Anexo II) para a execução dos seguintes experimentos:

 Produção de hidrogênio;
35

 Mini canhão de fumaça;

 Glicerina+permanganato de potássio;

 Camaleão químico;

 Pasta de dente de elefante;

 Fogo no dinheiro;

 Reação ativada pela voz;

 Serpente de faraó;

 Lançamento de foguete.

Semana 2: teste dos experimentos.

A professora disse para as turmas que após as aulas ficaria na escola para
que eles fizessem os testes antes do dia da apresentação assim ela poderia
esclarecer dúvidas e também orientá-los, alguns grupos fizeram os testes, assim foi
possível fazer algumas constatações como por exemplo:

Experimento: Glicerina+permanganato de potássio – os alunos puderam ver que


essa reação acontecia aos poucos e quanto mais reagentes colocassem maior seria
o resultado esperado (reação de combustão- produção de fogo) não podendo ser
realizado simplesmente sobre uma mesa, para maior segurança as professoras
orientaram que eles usassem um utensílio doméstico de vidro resistente ao calor
para ser a base no dia da apresentação.

Experimento: Serpente do faraó - os alunos fizeram a execução conforme o roteiro ,


porém quando realizaram o primeiro teste o resultado não foi o esperado, assim sob
a orientação das professoras eles foram realizando outros testes, substituíram o
álcool a 46º por álcool a 96º ou etanol – assim já puderam observar que a
concentração do reagente influencia no resultado; substituíram o açúcar cristal por
açúcar refinado – aqui observaram que quanto mais diluído for as substâncias elas
se misturam a outras mais rapidamente.
36

Experimento: Produção de hidrogênio – os alunos fizeram a execução conforme o


roteiro e observaram que a quantidade de produto dependia da quantidade de
reagentes utilizados, utilizaram alguns materiais para armazenar o hidrogênio
liberado como “Balão de festa – luvas látex – preservativos”, após os testes
chegaram a conclusão que o melhor material seria o preservativo pela resistência do
material.

Semana 3: apresentação dos experimentos.

Os experimentos foram realizados no pátio da escola, segue algumas imagens:

Serpente do Faraó

Fig.7: Serpente do faraó


37

Camaleão Químico

Fig.8: Camaelão químico 1 Fig.9: Camaleão químico 2

Glicerina + Permanganato de potássio

Fig.10: Glicerina + permanganato 1 Fig.11: Glicerina+ permanganato 2


38

Lançamento de foguete

Fig.12: Foguete

Pasta de elefante

Fig.13: Pasta elefante1 Fig.14: Pasta elefante2


39

Produção de Hidrogênio

Fig.15: Produção de hidrogênio

Mini Canhão de fumaça

Fig.16: Mini canhão de fumaça 1 Fig.17: Mini canhão de fumaça 2


40

Fogo no dinheiro

Fig.18: Fogo no dinheiro 1 Fig.19: Fogo no dinheiro 2 Fig.20: Fogo no dinheiro 3

A professora aplicou a prova, contendo questionamentos sobre quais reações


foram observadas, qual o conteúdo do experimento, roteiro seguido, etc.
Os resultados da apresentação surpreenderam as professoras, direção e
demais funcionários da escola, pois os alunos se dedicaram, mostraram interesse
em ver a execução de todos os experimentos, fizeram questionamentos aos
professores e seus colegas, foram organizados.

5.3.2 – Resultados da Aplicação do Protótipo – Centro


Educacional Maranatha

Para fundamentarmos este projeto após a execução desta atividade foi


aplicado aos alunos um questionário (Anexo III) segue os resultados apurados.
A pesquisa foi realizada com quarenta e um alunos da Centro Educacional
Maranatha, localizada na cidade Camanducaia/MG, sendo vinte e três do sexo
feminino (23,56%) e dezoito do sexo masculino (18,44%). O questionário aplicado
possui cinco questões, as quais se referem aos experimentos propostos à turma, a
saber: Produção de hidrogênio, Mini canhão de fumaça, Glicerina+permanganato de
41

potássio, Camaleão químico, Pasta de dente de elefante, Fogo no dinheiro, Reação


ativada pela voz, Serpente de faraó e Lançamento de foguete.

Quantidade de alunos/ano
1º ano 14
2º ano 19
3º ano 8
Tabela 9 : Qde. Alunos/ano

Gráfico 9: Qde. de alunos/ano

Perguntas Objetivas:

O desenvolvimento deste trabalho


envolvendo a execução de
experimentos ajudou na
compreensão de algum conteúdo
estudado?

Sim 39

Não 2

Tabela10 : O experimento ajudou a


compreender algum conteúdo?
Gráfico 10 : O experimento ajudou a compreender algum
conteúdo?

Constatou-se que 95% dos entrevistados viram conexão entre os conteúdos


apresentados ao longo do ano letivo com os experimentos propostos do projeto.
42

Essa alta proporção também foi verificada no trabalho de Braga et ali (2012) que
propuseram metodologias diferenciadas no ensino de química.
Para Scheibel et al (2009) a aprendizagem cooperativa deve ser
acrescentada aos cursos de formação de professores pois possibilitam aos alunos
uma excelente forma de motivação a aprendizagem científica.

Alunos que conseguiram correlacionar os


experimentos com o seu cotidiano

Sim 28

Não 13

Tabela 11 : Alunos que conseguiram


correlacionar os experimentos com o
cotidiano.

Gráfico 11 : Alunos que conseguiram correlacionar


os experimentos com o cotidiano.

Como observado no processo de escuta muitos alunos tem dificuldade em


relacionar a teoria química apresentada na teoria e a química presente no cotidiano.
Para Gomes, Brito e Moita Neto (2007)

“Tratar a Química no cotidiano do aluno é uma dificuldade


enfrentada por grande parte dos professores, principalmente
devido à falta de uma estrutura física que possibilite a
execução de aulas práticas, muito importantes para a melhor
compreensão das transformações químicas”.

O experimento possibilitou a maioria dos alunos verificar que a prática tinha


correlação com seu cotidiano, e segundo Gomes, Brito e Moita Neto isso ocorre,
pois possibilita aos alunos a tirar suas próprias conclusões a respeito do processo
tratado, são “assuntos de interesse do aluno ou esteja voltado para aspectos do
cotidiano ou da carreira do instruindo”.
43

Você considera que trabalhos e aulas


envolvendo a execução de
experimentos ajudam a compreender
melhor a matéria de Química?

Sim 40

Não 1

Tabela 12: Aulas e trabalhos com


experimentos ajudam a compreender
melhor a Química?

Gráfico 12: Aulas e trabalhos com experimentos ajudam


a compreender melhor a Química?

Constatou-se que a aplicação de experimentos como atividade investigativa


tem aceitação ampla nas turmas de Ensino Médio.
Para Barata (2000) citado por Scheibel et al (2009) a aprendizagem de grupos ou
aprendizagem cooperativa apresenta-se como uma proposta viável complementar a
atuação em sala de aula do professor que é individualizada e competitiva.
As relações sociais adquirem com isso um papel motivador para os alunos que
aprendam com seus pares, compartilhem as aprendizagens e conhecimentos
deixando de ser meros expectadores para também serem protagonistas no processo
ensino aprendizagem.

Você gostaria de realizar esse tipo


de atividade novamente?
Sim 39
Não 2
Tabela 13 : Gostaria de realizar esse tipo
de atividade novamente?

Gráfico 13 : Gostaria de realizar esse tipo de atividade


novamente?
44

A quase totalidade gostaria que atividades práticas fossem feitas novamente


sendo incrementada a metodologia de ensino. Para (NIQUINI, 2006) pesquisado por
Scheibel et al 2009 as atividades práticas têm características que podem
proporcionar aos estudantes oportunidades que preencham a “lacuna deixada pela
falta de participação dos alunos na abordagem convencional, colocando-os como
agentes protagonistas no processo de ensino.”

Qual meio de pesquisa você utilizou


para a elaboração do trabalho?
Internet 22
Professor 1
Livros/Cadernos/Apostilas 1
Todos os anteriores 17

Tabela 14: Qual meio de pesquisa você


utilizou para a elaboração do trabalho?

Gráfico 14 : Qual meio de pesquisa você utilizou para a


elaboração do trabalho?

A internet foi a principal fonte de dados de pesquisa para os alunos. O


professor utilizou-se de seu poder de persuasão não para transmitir diretamente o
conhecimento, mas para motivar o aluno a buscar o conhecimento. Para Garrido
(2002) pesquisado por Souza e Ferreira (2010)
“o papel mediador do professor ainda, aproxima, cria pontes,
coloca andaimes, estabelecem analogias, semelhanças ou
diferenças entre cultura “espontânea e informal do aluno”, de
um lado, e as teorias e as linguagens formalizadas da cultura
elaborada, de outro favorecendo o processo interior de
ressignificação e retificação conceitual”.

Souza e Ferreira (2010) ainda dizem que a geração atual de alunos vive em
um mundo no qual o “apelo ao visual, à imagem é atraente e recorrente e como isso
modifica, de forma significativa, seu modo de ver e compreender a realidade, sendo
assim necessário que o professor mude sua postura pedagógica concebendo que
existem outras “maneiras de explorar e representar o mundo”.
45

5.3.3 – Prosseguimento com a utilização do Protótipo – Centro


Educacional Maranatha

Como os resultados com a aplicação do protótipo foi bom, a professora


resolveu adotá-lo como metodologia para o ano letivo de 2018 e o incluiu no seu
plano de aula. Para uma participação mais ativa dos alunos nas aulas e uma forma
de avaliação diferenciada da tradicional, cada aluno terá de montar um portfólio
utilizando pasta arquivo (pasta com plásticos para por as folhas), onde terá de citar
os conteúdos estudados nas aulas e relacioná-los com o seu cotidiano. Os portfólios
devem ser manuscritos, com desenhos, esquemas, mapas conceituais; além do
exposto em sala de aula os alunos devem fazer pesquisas na Internet, livros
didáticos, etc. Entre os conteúdos estudados durante o bimestre um deles será
escolhido para que os alunos realizem experimentos e o relatório será parte do
portfólio.
Os experimentos como já mencionado anteriormente devem ser elaborados
em grupo, os alunos pesquisam, elaboram o experimento, apresentam e fazem
relatório dos mesmos.
A avaliação por sua vez será composta pela média da nota do portfólio +
prova mensal e da nota da prova bimensal.
46

5.3.4 – Aplicação do Protótipo fase II – Centro Educacional Maranatha

Roteiro para a construção do portfólio:

Fig.21- Roteiro
47

Imagens de algumas páginas do portfólio elaborado por aluno do 3º ano

Fig.22- Capa 3 ano

Fig.23- Modelo atômico 3º ano Fig.24 – Substância da semana 3º ano


48

Fig. 25 – Roteiro experimento 3º ano parte 1

Fig. 26 – Roteiro experimento 3º ano parte 2


49

Fig. 27 – Roteiro experimento 3º ano parte 3

Imagens de algumas páginas do portfólio elaborado por aluno do 2º Ano:

Fig. 28 – Capa 2º ano


50

Fig. 29 – Modelos atômicos 2º ano

Fig. 30 – Ligações químicas 2º ano


51

Fig. 31 – Geometria molecular 2º ano

Imagens dos experimentos elaborados pelos alunos do 1º ano do ensino


médio, tema separação de misturas heterogêneas e homogêneas.

Fig. 32 – Destilador
52

Fig. 33 – Separação fracionada

Fig. 34 – Decantação
53

5.3.5 – Resultados do Protótipo fase II – Centro Educacional Maranatha


em Camanducaia/MG

Durante as aulas experimentais foi notável a empolgação dos alunos e


observou-se que cada grupo se empenhou para a elaboração e execução dos
experimentos. Observou-se também a utilização de materiais de baixo custo e ou
recicláveis como lata de produto alimentício, garrafas pet, utensílios domésticos,
pedaço de cano PVC,etc.
Vale ressaltar que como já citado anteriormente a escola não possui
laboratório os experimentos foram executados nas salas de aulas e ou no pátio.
Foi realizado um levantamento juntamente com a professora sem a
participação dos alunos. Para a professora, com a elaboração dos portfólios e
experimentos que é parte integrante do mesmo, os resultados da avaliação mensal
foram bastante relevantes, como os alunos do 2º e 3º ano na sua maioria são
veteranos foi possível diagnosticar uma melhora significativa nos resultados. Isto
implica na continuidade da metodologia para os demais bimestres.
Em conversa com os alunos veteranos do 2º e 3º ano do ensino médio, sem a
presença da professora, os alunos deram seus depoimentos de como a nova
metodologia tem ajudado segue algumas respostas:
“Desta maneira consegui fixar melhor a matéria”;
“As notas melhoraram em relação ao ano passado, pois a elaboração dos
portfólios e execução dos experimentos ajudam a compreender o conteúdo”;
“Consegui entender melhor a matéria”;
“Todos estão participando mais das aulas”;
Todos os alunos que participaram da conversa concordam e a nova
metodologia os ajudou a tirar notas melhores nas provas, isto implica dizer que as
notas das avaliações podem nos dar um parâmetro positivo sobre a eficácia da
metodologia aplicada.
54

6 – Considerações finais.
A partir do tema proposto pela UNIVESP neste semestre, utilizando de
técnicas do design thinking foi efetuada a escuta com os alunos do 1º e 2º ano do
Ensino Médio da Escola Estadual Prof. Isaltino de Mello na cidade de São Paulo,
assim definiu-se o problema a ser trabalhado e os objetivos que serem alcançados.
Os alunos não conseguem fazer uma correlação da matéria de química com seu
cotidiano por ver a química muito abstratamente, a falta de aulas práticas dificulta
essa concretização, os professores por sua vez se veem sem recursos, locais
apropriados para a execução dessas aulas com experimentos e falta de tempo –
levantamento através de consultas bibliográficas. Então, como tornar a química mais
interessante fazendo com que os alunos a identifique no seu cotidiano?
A partir desse ponto foi elaborado um questionário para se aprofundar os
estudos, em posse dos resultados elaborou se o protótipo apresentado. Foi possível
aplicar o protótipo e observar os resultados.
O esclarecimento da área da Química é factível, o professor dispõe de pouco
tempo e por vezes nenhum recurso, dada a importância do assunto para o
aprimoramento das aulas é imperiosa a necessidade de mudança na didática da
disciplina, a utilização de objetos simples podem promover o ensino de maneira
lúdica, lançar mão de temas transversais que constam nos PCNs é uma estratégia
que o professor pode utilizar para promover um ensino que oportunize uma visão de
360º dos alunos, ou seja uma visão global da importância da linguagem da Química
e sua empregabilidade em áreas farmacêutica, têxtil, ambiental, etc. Os discentes
poderão aprender que a Química faz parte de uma linguagem que a humanidade
criou para compreender o mundo e que a comunidade científica promove novos
estudos para fornecer produtos que facilitem o nosso dia a dia.
Na aplicação do protótipo foi possível observar a diferença que existe no
interesse dos alunos, quando a aula é ministrada com o uso da parte prática
auxiliando na compreensão da teoria.
Ao utilizar a metodologia descrita, os alunos participaram ativamente da aula,
auxiliando o professor, levantando questionamentos e no momento de fazer as
atividades propostas conseguiram ter um desempenho satisfatório. Os alunos ao
observar o experimento 1, não souberam identificar corretamente qual o tipo de gás
estava se formando, porém sabiam que era um gás, neste momento o professor
55

interveio colocando as fórmulas das substâncias e suas reações possibilitando o


entendimento do aluno. Já no segundo experimento quando os alunos tiveram
dúvidas de qual gás estava sendo depositado no recipiente quando sopravam, o
professor solicitou que respirassem e expirassem assim logo fizeram a correlação
com que já haviam aprendido em biologia sobre a respiração.
Quando o professor realizou a mesma aula sem o uso da metodologia, ou
seja, da maneira tradicional colocando a teoria na lousa e explicando verbalmente,
os alunos não demonstraram interesse e nem participaram da aula, na hora da
realização das atividades tiveram mais dificuldades do que a outra turma e os
resultados foram menos satisfatórios.
Observa-se então que enquanto a turma que teve a aula em acordo com a
metodologia descrita neste trabalho, participou da aula, fez perguntas,
questionamentos como – O PH da substância mudou? Conseguiram também fazer
uma correlação da Química com a Biologia e não apresentaram grandes
dificuldades na resolução da atividade.
A outra turma não demonstrou interesse desejado pela aula, não fez nenhum
questionamento e tiveram maiores dificuldades na resolução das atividades.
Pode-se então considerar que o aprendizado dos alunos está relacionado
com o conjunto de atitudes, a apresentação de uma aula com teoria e prática,
despertou o interesse, por consequência a participação ativa dos alunos e assim
eles conseguiram ter um bom desempenho na resolução das atividades e
conseguiram fazer correlações entre a Química e coisas do cotidiano, como a
presença do gás carbônico em refrigerantes, em alguns tipos de extintores,
respiração, fotossíntese, etc.
O protótipo também foi aplicado no Centro Educacional Maranatha em
Camanducaia /MG , a elaboração das atividades do protótipo ajudou a concluir que
os experimentos voltados aos conteúdos do Ensino Médio para Química são de fácil
execução e baixo custo. Experimentos como esses farão que os discentes consigam
unir o conteúdo trabalhado no livro didático e consiga compreendê-lo, além de
contextualizá-lo. Deve-se ressaltar que cabe ao professor criar estímulos para que o
aluno veja os conteúdos de maneira crítica a fim de promover a construção de um
cidadão pleno e que veja o consumo da sociedade em relação aos produtos
56

químicos de maneira crítica, principalmente no que concerne ao malefícios que


trazemos ao meio ambiente como um todo e por extensão, para nós mesmos.
Cabe ressaltar que o tempo dos conteúdos propostos é ínfimo e, aliado à
quantidade de alunos na sala, pode influenciar no acompanhamento pleno de que o
aluno precisa – contexto oposto que fora vivenciado no Centro Educacional
Maranatha. A aceitação dos alunos foi elevada e os mesmos pediram que as
atividades prosseguissem no cronograma das aulas. É perceptível que adaptações
foram necessárias para incluir a execução do protótipo nas aulas da professora de
Química, mostrando que se deve realizar um prévio planejamento das atividades
que serão executadas ao longo dos bimestres.
O prévio planejamento favorece uma aula mais rica e permite o devido
acompanhamento do desenvolvimento dos alunos. Evidenciamos que mesmo a
professora adaptando os experimentos nas aulas foi possível trabalhar os conceitos
necessários e realizar as pesquisas pela internet – ferramenta esta que impera em
nossa sociedade e é ótima aliada no processo de ensino-aprendizagem dos jovens.
Mesmo que o espaço escolar não tenha infraestrutura para a criação de
laboratório, outros espaços podem ser idealizados e usados para a concretização do
conteúdo programático. Mais que isso: ensinar aos alunos alinhar o uso das novas
tecnologias para a aprendizagem, a habilidade do pensamento crítico e a
conscientização da interferência humana sobre o planeta e os possíveis passos que
podemos dar à mitigação de nossos poluentes.
A maior dificuldade encontrada para a execução do protótipo foi a falta de
tempo dos professores pois eles têm um cronograma a cumprir de acordo com o
currículo escolar. O currículo escolar prevê que aulas práticas sejam executadas,
porém não disciplina de como as mesmas devem ser ministradas deixando para o
professor decidir, assim com o horário apertado e um currículo de conteúdos a
cumprir na maior parte das vezes o professor não utiliza dessa metodologia durante
suas aulas.
Com a elaboração do protótipo e sua aplicação observou se que é possível
através da utilização de objetos de baixo custo e ou recicláveis, com o auxílio da
tecnologia disponível “Internet”, planejar e executar uma aula que envolva o aluno,
ou seja, faz com que o aluno participe ativamente da aula e crie perspectivas
investigativas, questionando o que está aprendendo, como ocorre, por que ocorre?
57

Nessa nova forma de ensinar química mais do que ensinar conteúdos há uma
valorização de outros aspectos que por vezes são relegados ou ignorados por
muitos professores e são o cerne de uma aula mais atrativa e interessante. Com a
continuidade da aplicação do protótipo por parte da professora de química do Centro
Educacional Maranatha em Camanducaia/MG, os alunos estão tendo a
oportunidade de trabalhar os conteúdos e a prática tendo uma participação ativa nas
aulas e os resultados de melhora no desempenho de aprendizagem já puderam ser
observados neste primeiro bimestre, pois muitos alunos do 2º e 3º ano são
veteranos o que permitiu à professora um comparativo desse desempenho. O
desempenho não somente relacionado a notas pois este é consequência quando os
alunos estão interados, mas também relacionado ao comportamento e interesse
durante as aulas.
Os aspectos a que nos referimos são a valorização pelo professor das
atitudes e dos procedimentos dos alunos, ou seja, não se valoriza somente o
resultado numa avaliação de conhecimentos ao final de um período mas sim o
caminho pela qual o aluno percorre no encalço do conhecimento. A atividade prática
instiga o aluno que vai demonstrar interesse, curiosidade, conhecimentos tácitos e
do cotidiano, podendo o professor avaliar durante o processo. Além do mais o
aprendizado se dá intensamente na troca de experiências entre aluno-professor e
aluno-aluno sendo a atividade de aprendizado uma ação social intensa na qual a
troca entre os atores do processo educativo prova as teorias interacionistas de
Vigotsky e Piaget.
Há com isso uma construção do conhecimento onde todos participam, o papel
do professor se desloca para mediação e dos alunos de protagonistas de seu
aprendizado.
Durante o levantamento bibliográfico, apesar de grande quantidade de artigos
relatando a importância de aulas práticas, não se verificou trabalhos com pesquisas
relevantes em escolas que possuem em sua estrutura laboratórios estruturados e
aulas práticas exclusivas como no caso a escola SENAI, sendo uma possibilidade
para um trabalho futuro.
Cabe ressaltar que os aspectos atitudinais e procedimentais ainda podem ser
pesquisados no caminho a debelar problemas de indisciplina que é um problema
atual das escolas nacionais, além do fato da metodologia do aluno proativo servir
58

para formar um cidadão atuante e crítico sobre os avanços tecnológicos e seus


impactos sobre a sociedade do século XXI.
59

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https://www.youtube.com/watch?v=UrEnvucqBvA – (acessado em 19/05/17)


62

ANEXO I – Questionário aplicado aos alunos do 2 º Ano do Ensino Médio

Sexo: Idade:

1. Você gosta de estudar Química?

( ) Sim, porque
_________________________________________________________________

( ) Não, porque
_________________________________________________________________

2. Você utiliza no seu dia a dia o que você aprende em Química?

( ) Sim ( ) Não

3. Descreva pelo menos três situações que você acha que a química está
presente, considerando o seu cotidiano.

____________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

4. O professor de química dá aulas práticas envolvendo experimentos?

( ) Sim ( ) Não

4.a ) Se sim, onde elas ocorrem?

( ) Na sala de aula

( ) Fora da sala de aula

( ) No laboratório

4.b) Se sim, as aulas práticas ajudam na compreensão do conteúdo?

( ) Sim ( ) Não

5. Você tem acesso a fácil a Internet?

( ) Sim ( ) Não

5.a) Se sim, você utiliza de qual meio para acessar?

( ) Tablet

( ) Celular
63

( ) PC

5.b) Se sim, qual o local de acesso?

( ) De casa

( ) Lan House

( ) Escola

( ) Rede livre

( ) Plano de celular

6. O que, na sua opinião o que ajudaria a melhor compreensão de Química?


64

Anexo II – Roteiros dos experimentos

Serpente de faraó

O experimento “A serpente de faraó” é uma forma interessante de estudar a


ocorrência de fenômenos químicos (reações químicas), isto é, a transformação de
um ou mais materiais (reagentes) em outros (produtos)

Materiais necessários para a realização do experimento

 Açúcar comum
 Bicarbonato de sódio
 Álcool comum
 Êmbolo de seringa de 20 mL
 1 garrafa PET de 250 mL
 1 tesoura
 Bacia grande com areia
 1 palito de dente
 Caixa de fósforos
 1 prato de vidro
 1 pistilo
 1 colher de chá
 1 conta gotas

Procedimento

1o) Colocar no interior do prato uma colher de chá de bicarbonato de sódio e duas
colheres de açúcar. Em seguida, misturar e macerar, utilizando o pistilo, até que a
mistura se torne o mais fina e homogênea possível;

2o) Cortar a garrafa PET, com o auxílio da tesoura, cerca de dois dedos abaixo da
tampa;

3o) Adicionar, com o auxílio da colher de chá, a mistura do cadinho (1o


procedimento) no interior da parte recortada da garrafa até a altura da tampa;
65

4o) Adicionar de 10 a 15 gotas de álcool à mistura presente na tampa da garrafa pet.


Logo após, misturar bem utilizando o palito de dente;

5o) Pressionar, utilizando o embolo da seringa, a mistura presente na tampa da


garrafa para que ela fique bem compactada. O objetivo é formar uma pastilha com a
mistura;

6o) Retirar a tampa da garrafa. Nela estará a mistura compactada;

7o) Retirar a pastilha da tampa com muito cuidado sobre a areia na bacia. O ideal é
que ela seja retirada inteira.

8o) Adicionar álcool em volta e sobre a pastilha. Em seguida, riscar o fósforo.

9o) Observar os acontecimentos:

→ Precauções

 Não deixar o frasco com álcool próximo ao experimento;


 Não adicionar álcool diretamente na chama;
 Não posicionar a pastilha próximo da borda da bacia.

http://manualdaquimica.uol.com.br/experimentos-quimica/experimento-a-serpente-
farao.htm

Camaleão Químico

O experimento denominado de camaleão químico aborda um assunto muito


importante dentro da Química, que é a alteração do número de oxidação (NOX) em
decorrência de uma oxidação ou redução. Nesses fenômenos, temos espécies que
recebem elétrons e outras que perdem elétrons.

Materiais necessários para o experimento são:

 Luvas descartáveis
 Jaleco
 1 Béquer de 1000 mL ou outro recipiente transparente de igual volume
66

 2 Béqueres de 250 mL ou outros recipientes transparentes de igual volume


 2 Baquetas ou colheres grandes convencionais
 Colheres descartáveis
 Água
 Cartela de comprimidos ou de flaconetes (cartelas que já vêm com o material
em pó) contendo permanganato de potássio.

OBS.: Caso opte por utilizar o permanganato em comprimido, é necessário


pulverizá-lo ou transformá-lo em pó utilizando um cadinho (ou pires) e um pistilo.

 Hidróxido de sódio ou soda cáustica (cerca de 80 gramas)


 Açúcar (cerca de 40 gramas)
 Pincel atômico

OBS: A execução do experimento deve ser feita com cautela para evitar que a soda
cáustica entre em contato com alguma região do corpo.

Procedimento experimental

a) Preparo da solução 1

Escrever solução 1 na lateral de um dos béqueres de 250 mL e logo após:

1º) Adicionar um flaconete ou um comprimido pulverizado;

2º) Adicionar 150 mL de água;

3º) Misturar bem com o auxílio de uma baqueta até que a mistura fique homogênea.

A solução preparada terá uma coloração violeta.

b) Preparo da solução 2

Escrever solução 2 na lateral do outro béquer de 250 mL e logo após:

1º) Adicionar 150 mL de água;

2º) Adicionar em seguida uma colher (a descartável) de hidróxido de sódio;

3º) Mexer muito bem com o auxílio da baqueta até que a mistura se torne
homogênea;
67

4º) Após homogeneizar, adicionar duas colheres (também descartáveis) de açúcar à


mistura de água e hidróxido de sódio;

5º) Mexer, novamente, muito bem com o auxílio da baqueta até que mistura se torne
homogênea.

A solução preparada será incolor.

c) Preparo da solução 3

A solução 3 é simplesmente a mistura das duas soluções anteriores no interior do


béquer de 1000 mL. Assim, escreva solução 3 na lateral do béquer e proceda da
seguinte forma:

1º) Adicione toda a solução 1 no interior do béquer 3;

2º) Com o auxílio da baqueta, mexa o líquido no interior do béquer, fazendo círculos
de forma bem rápida;

3º) Imediatamente após o procedimento anterior, adicione toda a solução 2 no


interior do béquer 3;

4º) Agora é só observar as mudanças de cor.

http://manualdaquimica.uol.com.br/experimentos-quimica/experimento-camaleao-
quimico.htm

Pasta de dente de elefante

A experiência de química denominada de “Pasta de dente de elefante” produz uma


grande quantidade de espuma vinda da decomposição da água oxigenada com um
catalisador.

Materiais necessários para o experimento são:

 Água oxigenada concentrada


 Permanganato de Potássio em pó
68

OBS.: Caso opte por utilizar o permanganato em comprimido, é necessário


pulverizá-lo ou transformá-lo em pó utilizando um cadinho e um pistilo.

 Sabão ou detergente
 Garrafa de vidro com boca estreita

Procedimento

Mistura-se a água oxigenada com sabão e corante em um recipiente pequeno, de


boca estreita. Não há regra fica para a quantidade de água oxigenada. Cerca de 40
ml são suficientes. Algumas gotas de sabão e de corante também bastam.

→ Precauções

Utilizar luvas, máscara e óculos;

http://www.manualdomundo.com.br/2012/05/pasta-de-dente-de-elefante-experiencia-
de-quimica/

Mini canhão de fumaça

Materiais necessários para o experimento são:

 mini garrafa pet,


 papel alumínio,
 palito de fósforo
 bexiga.

Procedimento

Coloque os palitos de fósforo sobre o papel alumínio e enrole formando um tubino,


feche a ponta onde estão os palitos e deixe a outra ponta aberta, coloque o tubinho
dentro da garrafa e coloque fogo na ponta onde estão as cabeças dos palitos de
fósforo e observe.

Precaução:

Não faça sem a supervisão do professor.


69

http://www.manualdomundo.com.br/2017/07/minicanhao-de-fumaca-muito-facil-de-
fazer/

Fogo no dinheiro

Você sabia que é possível atear fogo em qualquer tipo de papel e o mesmo não
queimar, mesmo estando totalmente coberto de álcool? Pois é isso é possível sim, e
essa experiência química vai provar isso.

Materiais necessários para o experimento são:

 50 ml de álcool isopropílico

 50 ml de água;

 Pedaço de papel ou algo para ser queimado (usem dinheiro, experiência fica
mais interessante);

 Fogo;

Procedimento:

Misture o álcool e a água, este é o segredo, o importante é que ambas as


substâncias estejam na mesma quantidade.

Depois de misturar a água e o álcool, molhe completamente o dinheiro ou o pedaço


de papel na solução e ateie fogo.

Observe o que acontece.

Precauções

 Não deixar o frasco com álcool próximo ao experimento;

http://fonteatomica.com/experiencia-queimando-dinheiro/

Glicerina + permanganato de potássio

Ao pingar glicerina líquida no permanganato de potássio, ocorre uma reação de


oxidação da glicerina.
70

Materiais necessários para o experimento são:

 Permanganato de potássio (KMnO4);


 Glicerina líquida;
 Colher.
 Papel
 Recipiente resistente ao calor

Procedimento:

1- Coloque o papel no centro do recipiente;

2. No centro do papel coloque uma colher de permanganato de potássio;

3. Adicione cerca de três gotas de glicerina líquida sobre o permanganato;

4. Afaste-se um pouco e observe o que acontece.

Precauções:

 Não faça isso sem a orientação de um professor;

Reação Ativada pela Voz

Um experimento muito legal e até simples de ser feito, é a prova de que as palavres
podem valer muito mais do que se imagina.

Materiais necessários para o experimento são:

 azul de bromotimol;
 25 mL de álcool etílico;
 um erlenmeyer.

Procedimento:

Coloque o álcool no erlenmeyer, adicione algumas gotas de azul de bromotimol e


aproxime o erlenmeyer da boca e comece a falar, a partir daí é só observar o que
acontece.
71

Lançamento de foguete

Materiais necessários para o experimento são:

 Garrafas pet (uma será utilizada como corpo do foguete e a outra é cortada
no meio, tendo sua parte da frente sendo colocada nos fundos da outra
garrafa para criar aerodinâmica)

 Partes de outra garrafa pet (utilizadas para formar as azas do foguete)

 Fita (para envolver a garrafa de forma que as azas e a parte da outra garrafa
acoplada no corpo do foguete não saiam)

 500ml de vinagre (CH3COOH)

 20gr de bicarbonato de sódio (NaHCO3)

Procedimento:

Cada lançamento do foguete requer 20 gramas de bicarbonato de sódio que vão


reagir com 500 ml vinagre. Para evitar que o bicarbonato reaja muito rapidamente
com o vinagre, o pó de bicarbonato deve ser embrulhado em um pacotinho de papel
absorvente, de forma a entrar com facilidade no gargalo. Para fazer um lançamento,
insira o pacotinho de bicarbonato, coloque os 500 ml de vinagre na garrafa, e feche
rapidamente a garrafa com a rolha.

Precauções

Faça sobre a supervisão do professor, no momento do lançamento manter distância


segura.

Produzindo Hidrogênio

Materiais necessários para o experimento são:

 Soda cáustica
 Papel alumínio
 Água
72

 1 Recipiente adaptados com tampa com furo para colocar uma das pontas da
mangueira flexível
 Um recipiente com furo lateral onde será colocado a outra ponta da
mangueira
 Um preservativo ou luva de látex ou bexiga.
 Colher
 Luvas

Procedimento:

No recipiente com tampa coloque água, uma colher de soda cáustica e o papel
alumínio picado tampe o recipiente e coloque na boca do outro recipiente o
preservativo ou a luva ou a bexiga e observe.

Precauções

Não faça isso sem a supervisão do professor, utilize luvas descartáveis e se afaste
no momento da reação.
73

Anexo III – Questionário aplicado após a execução dos experimentos

Sexo: Idade:

Série: Grupo:

1) Qual experimento o grupo realizou?

2) O desenvolvimento deste trabalho envolvendo a execução de experimentos ajudou na


compreensão de algum conteúdo estudado?

( ) Sim () Não

Se sim qual ou quais conteúdos?

____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________

3) Considerando o seu cotidiano, cite algumas situações em que possam ser empregadas ou
estão presentes, as reações químicas envolvidas neste experimento.

4) Você considera que trabalhos e aulas envolvendo a execução de experimentos ajudam a


compreender melhor a matéria de “Química”?

( ) Sim ()Não

5) Você gostaria de realizar esse tipo de atividade novamente?

() Sim () Não

6) Qual meio de pesquisa você utilizou para a elaboração do trabalho?

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