0% acharam este documento útil (0 voto)
348 visualizações

ED XI Quest 1 e 2

O texto discute três questões: 1) Quem tem o direito de falar sobre política; 2) A política não se resume à distribuição de bens, mas também à circulação de afetos; 3) Os afetos definem como somos afetados e o que podemos ver e sentir, delimitando nossas ações.

Enviado por

Meire Da Silva
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
348 visualizações

ED XI Quest 1 e 2

O texto discute três questões: 1) Quem tem o direito de falar sobre política; 2) A política não se resume à distribuição de bens, mas também à circulação de afetos; 3) Os afetos definem como somos afetados e o que podemos ver e sentir, delimitando nossas ações.

Enviado por

Meire Da Silva
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 38

QUESTIONÁRIO 1

• Pergunta 1
0,5 em 0,5 pontos
Leia o texto a seguir:

Criminologia – Eduardo Galeano

“A cada ano, os pesticidas químicos matam pelo menos três milhões de camponeses.
A cada dia, os acidentes de trabalho matam pelo menos dez mil trabalhadores.
A cada minuto, a miséria mata pelo menos dez crianças.
Esses crimes não aparecem nos noticiários. São como as guerras, atos normais de
canibalismo.
Os criminosos andam soltos. As prisões não foram feitas para os que estripam multidões. A
construção de prisões é o plano de habitação que os pobres merecem.”

Fonte: https://dissencialistas.wordpress.com/2012/10/11/eduardo-galeano-
criminologia/. Acesso em: 24 ago. 2016.
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas:

I. Do texto, apreende-se que práticas econômicas e sociais vigentes causam a morte de


milhões de cidadãos.
II. Quando o autor afirma que “os criminosos estão soltos”, quer dizer que o sistema
prisional tem vagas insuficientes para abrigar aqueles que são responsáveis por estripar
multidões.
III. Os pesticidas, os acidentes de trabalho e a miséria, por não serem indivíduos, não podem
ser presos. Portanto, quando alguém morre por uma dessas causas, não há culpados.
IV. O autor considera que a justiça poupa grandes corporações e instituições e defende a
ideia de que as prisões sejam habitações destinadas aos mais pobres.

Está correto o que se afirma somente em:


Resposta Selecionada: b.

I.
Respostas: a.

I e IV.
b.

I.
c.

I, III e IV.
d.

I, II e IV.
e.

II, III e IV.


Comentário Resposta: B
da resposta: Comentário: I – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. O autor denuncia as
mortes provocadas legitimamente pelo sistema. II – Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. De acordo com o texto, os criminosos são os que detêm o
poder econômico e político e que não são responsabilizados pelos males que
causam. III – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O autor aponta que os
culpados são os que detêm o poder político e econômico. IV – Afirmativa
incorreta. JUSTIFICATIVA. O último verso revela, ironicamente, a indignação
do autor pelo fato de a justiça agir de forma diferenciada com os poderosos
e com o povo.

• Pergunta 2
0,5 em 0,5 pontos
Leia o texto e os quadrinhos a seguir:

O Brasil de hoje é herdeiro de uma sociedade colonial e imperial escravocrata, em que o negro
ocupou fundamentalmente a posição de pessoa escravizada. O Brasil, em 1888, foi o último país a
abolir a escravidão nas Américas. Um abolicionismo incompleto, que não permitiu incluir o negro
na ordem social capitalista (BASTIDE; FERNANDES, 2008).
A escravidão negra deixou marcas profundas de discriminação em nossa sociedade, inclusive
escutamos insultos raciais atuais exigindo que negros e negras voltem “para a senzala”. Mas será
que o racismo contra o negro brasileiro, atualmente, só existe por causa do “tempo do cativeiro”?
Há pessoas racistas que nem sabem e nem mencionam esse contexto. Elas afirmam que não
gostam de “negros”, têm raiva dos “pretos” e que estes são “fedidos”, “sujos” e “preguiçosos”. O
racismo opera cotidianamente por meio de piadas, causos, ditos populares etc. Afinal de contas,
temos uma variedade de expressões correntes na língua portuguesa recheadas de racismo contra
os negros.

Fonte: http://www.comfor.unifesp.br/wp-content/docs/COMFOR/biblioteca_virtual /UNIAFRO.


Acesso em: 13 jun. 2016.

Fonte: http://photos1.blogger.com/blogger/7946/2941/1600/mafaldapreconceito1.1.gif. Acesso


em: 18 jun. 2016.
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as afirmativas:

I. Os quadrinhos visam a criticar o fato de que as acusações de racismo têm se tornado cada vez
mais frequentes.
II. Os quadrinhos ilustram o comportamento descrito no texto: as pessoas mantêm na linguagem
o seu preconceito.
III. O texto coloca, entre as raízes do preconceito racial, o sistema escravocrata, que imperou até o
final do século XIX, no Brasil.
IV. De acordo com o texto, a abolição da escravidão no Brasil, embora tardia, permitiu que os
negros se integrassem completamente à sociedade capitalista.

Está correto o que se afirma somente em:


Resposta Selecionada: a.

II e III.
Respostas: a.

II e III.
b.

II e IV.
c.

I e III.
d.

I e II.
e.

I e IV.
Comentário Resposta: A
da resposta: Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Os quadrinhos criticam as
pessoas que não se dão conta de que são racistas. II – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. A amiga de Mafalda fala em “pretos sujos”, o que confirma a ideia
de que o racismo opera por falas e ações do cotidiano, como afirma o texto. III –
Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. “O Brasil de hoje é herdeiro de uma sociedade
colonial e imperial escravocrata”. IV – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. De
acordo com o texto, o abolicionismo foi incompleto, pois o negro não pôde,
realmente, se incluir na ordem social capitalista.

• Pergunta 3
0,5 em 0,5 pontos
Considere a ilustração e as afirmativas a seguir:

Fonte: http://www.materiaincognita.com.br/wp-content/uploads/2012/04/TV-faz-mal-
ao-cerebro.jpg. Acesso em: 20 jun. 2016.
I. O objetivo da ilustração é mostrar que os meios de comunicação tecem o conhecimento
das crianças, contribuindo para um mundo mais bem informado.
II. A ilustração é uma crítica aos meios de comunicação ultrapassados, que não promoviam o
acesso à informação como a internet faz atualmente.
III. A ilustração sugere que os meios de comunicação de massa provocam a perda de
autonomia do raciocínio.

Está correto o que se afirma somente em:


Resposta Selecionada: c.

III.
Respostas: a.

I.
b.

II.
c.

III.
d.

I e III.
e.

II e III.
Comentário Resposta: C
da resposta: Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A ilustração faz uma
crítica ao modo como os meios de comunicação desfazem os pensamentos
próprios dos indivíduos. II – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A crítica
refere-se à falta de pensamento crítico que os meios de comunicação
causam; não se trata de uma questão de desenvolvimento tecnológico. III –
Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. A figura mostra a criança perdendo seu
raciocínio próprio, ao ficar exposta à televisão.

• Pergunta 4
0,5 em 0,5 pontos
Leia o texto de autoria de Vladimir Safatle e analise as afirmativas a seguir:

Quem tem o direito de falar? Estabelecer que minorias só podem falar dos
problemas de seu grupo é uma forma astuta de silenciamento.

A política não é uma questão apenas de circulação de bens e riquezas. Ou


seja, ela não se funda simplesmente em uma decisão a respeito de como as
riquezas e os bens devem circular, como eles devem ser distribuídos.

Embora essa seja uma questão central que mobiliza todos nós, ela não é
tudo, nem é razão suficiente de todos os fenômenos internos ao campo que
nomeamos "política". Na verdade, a política é também uma questão de
circulação de afetos, da maneira com que eles irão criar vínculos sociais,
afetando os que fazem parte destes vínculos.

A maneira com que somos afetados define o que somos e o que não somos
capazes de ver, o que somos e não somos capazes de sentir e perceber.
Definido o que vejo, sinto e percebo, define-se o campo das minhas ações, a
maneira com que julgo, o que faz parte e o que está excluído do meu
mundo.

Percebam, por exemplo, como um dos maiores feitos políticos de 2015 foi a
circulação de uma mera foto, a foto do menino sírio morto em um naufrágio
no mar Mediterrâneo.

Nesse sentido, foi muito interessante pesquisar as reações de certos


europeus que invadiram sites de notícias de seu continente com posts e
comentários. Uma quantidade impressionante deles reclamava daqueles
jornais que decidiram publicar a foto. Por trás de sofismas primários, eles
diziam basicamente a mesma coisa: "parem de nos mostrar o que não
queremos ver", "isto irá quebrar a força de nosso discurso".

Pois eles sabiam que seu fascismo ordinário cresce à condição de


administrar uma certa zona de invisibilidade.

É necessário que certos afetos não circulem, que a humanização bruta


produzida pela morte estúpida de um refugiado não nos afete. Todo
fascismo ordinário é baseado em uma desafecção.
Toda verdadeira luta política é baseada em uma mudança nos circuitos
hegemônicos de afetos. Prova disso foi o fato de tal foto produzir o que
vários discursos até então não haviam conseguido: a suspensão temporária
da política criminosa de indiferença em relação à sorte dos refugiados.

Mas essa quebra da invisibilidade também se dá de outras formas. De fato,


sabemos como faz parte das dinâmicas do poder decidir qual sofrimento é
visível e qual é invisível. Mas, para tanto, devemos, antes, decidir sobre
quem fala e quem não fala, qual fala ouvirei e qual fala representará, para
mim, apenas alguma forma de ressentimento.

Há várias maneiras de silêncio. A mais comum é simplesmente calar quem


não tem direito à voz. Isso é o que nos lembram todos aqueles que se
engajaram na luta por grupos sociais vulneráveis e objetos de violência
contínua (negros, homossexuais, mulheres, travestis, palestinos, entre
tantos outros).

Mas há, ainda, outra forma de silêncio. Ela consiste em limitar sua fala.
Assim, um será a voz dos negros e pobres, já que o enunciador é negro e
pobre. O outro será a voz das mulheres e lésbicas, já que o enunciador é
mulher e lésbica. A princípio, isto pode parecer um ato de dar voz aos
excluídos e subalternos, fazendo com que negros falem sobre os problemas
dos negros, mulheres falem sobre os problemas das mulheres e por aí vai.

Essa é apenas uma forma astuta de silêncio, e deveríamos estar mais


atentos a tal estratégia de silenciamento identitário. Ao final, ela quer nos
levar a acreditar que negros devem apenas falar dos problemas dos negros,
que mulheres devem apenas falar dos problemas das mulheres.

Pensar a política como circuito de afetos significa compreender que sujeitos


políticos são criados quando conseguem mudar a forma como o espaço
comum é afetado.

Posso dar visibilidade a sofrimentos que antes não circulavam, mas quando
aceito limitar minha fala pela identidade que supostamente represento, não
mudarei a forma de circulação de afetos, pois não conseguirei implicar
quem não partilha minha identidade na narrativa do meu sofrimento. Minha
produção de afecções continuará circulando em regime restrito, mesmo
que, agora, codificada como região setorizada do espaço comum.

Ser um sujeito político é conseguir enunciar proposições que implicam todo


mundo, que podem implicar qualquer um, ou seja, que se dirigem a esta
dimensão do "qualquer um" que faz parte de cada um de nós. É quando nos
colocamos na posição de qualquer um que temos mais força de
desestabilização de circuitos hegemônicos de afetos.

O verdadeiro medo do poder é que você se coloque na posição de qualquer


um.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/234248-quem-tem-o-direito-de-
falar.shtml. Acesso em: 13 jun. 2016.

I. Segundo o autor, grupos de minorias estão sendo silenciados, pois


vivemos em um regime autoritário, não democrático.
II. O autor defende que os políticos sejam os legítimos representantes dos
grupos minoritários, já que as minorias tendem a ser silenciadas na
sociedade.
III. A publicação da foto do menino sírio, morto no naufrágio ao tentar
chegar à Europa como imigrante, foi, segundo o texto, uma forma de
sensacionalismo da imprensa e, por isso, gerou conflitos políticos.

Assinale a alternativa correta:

Resposta Selecionada: e.

Nenhuma alternativa é correta.

Respostas: a.

Todas as afirmativas são corretas.

b.

Apenas as afirmativas I e II são corretas.

c.

Apenas as afirmativas II e III são corretas.

d.

Apenas a afirmativa III é correta.

e.

Nenhuma alternativa é correta.

Comentário Resposta: E
da resposta: Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O autor
não afirma que vivemos em um regime autoritário e aponta
como silenciamento a restrição de fala a apenas sujeitos
representativos de determinado grupo. II – Afirmativa
incorreta. JUSTIFICATIVA. O autor afirma que a política é
também uma questão da circulação dos afetos e não atribui
aos políticos o papel de representar grupos identitários. III –
Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. De acordo com o texto, a
divulgação da foto contribuiu para a quebra de invisibilidade de
uma questão importante no cenário atual.

• Pergunta 5
0,5 em 0,5 pontos
Leia o texto a seguir:

Energia solar contra a escuridão do Amazonas:


Brasil gera, com placas fotovoltaicas, apenas 0,02% da produção total de eletricidade

Heriberto Araújo – 08 mai. 2016.

A visão romantizada da Amazônia convida a pensar num lugar idílico em que a


pegada humana esteja entre as menores do planeta. Mas a vida na maior reserva
natural é dura para o homem, como Daniel Everett narrou em seu clássico Don’t
Sleep, There are Snakes ( Não durma, há serpentes, sem tradução para o
português). Comunidades inteiras vivem completamente desconectadas, e não
apenas nas profundezas da selva, mas sim nas movimentadas margens dos rios
— únicas vias de comunicação, num ambiente em que a eletricidade é um bem
desejado, escasso e administrado a conta-gotas.

“No Estado do Amazonas há mais de dois milhões de pessoas sem eletricidade de


qualidade”, explica Otacílio Soares Brito, membro do Instituto de
Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. “A enorme área da floresta torna
inviável a criação de uma rede de distribuição e os povoados só conseguem
produzir eletricidade das 6 às 10 da noite, com geradores a gasolina fornecidos
pelo governo. Depois dessa hora, acaba tudo: luz, refrigeração e lazer”, relata do
município amazônico de Tefé.

O Instituto Mamirauá está desenvolvendo um projeto para fornecer eletricidade


por meio de painéis solares a dezenas de comunidades amazônicas de
pescadores e camponeses, com o objetivo de melhorar suas condições de vida,
segundo Soares Brito.

Duas comunidades instalaram placas fotovoltaicas — um sistema flutuante,


sobre boias no rio e, o outro, no telhado de uma fábrica de gelo — para permitir,
a um, o envio da água desde o leito do rio até as casas, e ao outro, a fabricação
de barras de gelo. O fornecimento da água do rio por meio de uma bomba
elétrica alimentada por painéis permitiu, entre outras coisas, que as crianças
passassem a tomar quantos banhos quisessem sem que seus pais fiquem com
medo que um jacaré lhes tire a vida na escuridão das margens.

“Estamos cuidando de melhorar a vida das pessoas, mas também queremos


permitir que elas agreguem valor a produtos como polpa de frutas e peixe. Sem
gelo, esses produtos dificilmente podem ser comercializados no exterior ou
simplesmente conservados”, diz Soares Brito.

Os resultados positivos da fase experimental estão criando consciência nessa


imensa região normalmente esquecida pelos centros brasileiros de poder,
concentrados no sudeste e que priorizam as políticas públicas nas regiões
densamente povoadas (de eleitores). Um grupo de pescadores da comunidade
amazônica de Boa Esperança pediu ao Mamirauá a construção de uma pequena
fábrica — prevista para abril — com 3 congeladores alimentados por painéis
solares para poder extrair das frutas a polpa, congelá-la e vendê-la em mercados
situados a horas de barco do povoado, como Manaus.

A revolução solar que alguns especialistas preveem para o Brasil durante a


próxima década, após a implementação, em 1º de março, de novas regras que
permitem, pela primeira vez, a geração distribuída de energia e sua ligação às
redes de distribuição, trará consequências, principalmente, para os grandes
centros urbanos.

Depois de três anos de secas históricas e consequentes apagões, que


evidenciaram a excessiva dependência do Brasil de seu sistema hidroelétrico, que
gera cerca de 70% da eletricidade consumida, milhões de brasileiros poderão se
tornar agora “prosumidores”, neologismo que reflete o novo paradigma sob o
qual parece avançar a geração de eletricidade: o consumidor é o produtor de,
pelo menos, uma parte de sua demanda. “Estamos diante do início de uma
revolução, porque, pela primeira vez, a sociedade brasileira pode participar
diretamente da criação de uma nova matriz energética”, diz Rodrigo Sauaia,
presidente da Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (Absolar).

As regras aprovadas pela Aneel permitem, segundo Sauaia, “a geração


compartilhada de energia solar entre vários clientes, que podem se agrupar em
forma de consórcio ou de cooperativas, assim como a conexão de seus sistemas
fotovoltaicos domésticos ou comerciais à rede elétrica para abastecê-la quando
os painéis produzirem mais do que é consumido e vice-versa”.

A Absolar estima que, se fossem instalados painéis solares em todas as


residências do país, a produção de energia abasteceria mais do que o dobro da
totalidade da demanda dos domicílios brasileiros. Os especialistas indicam que a
região brasileira menos exposta à irradiação solar tem potencial para gerar, pelo
menos, 25% mais energia do que a região mais favorecida na Alemanha, país que
já gera cerca de 7% de sua eletricidade com placas fotovoltaicas.

Fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/04/29/ciencia/1461915967_041451.html. Acesso


em: 10 jun. 2016.

Com base na leitura, analise as afirmativas:

I. O novo paradigma da geração de energia elétrica é o de que o próprio


consumidor produza 30% da sua demanda, tornando-se “prosumidor”.
II. De acordo com a estimativa da Absolar, a instalação de painéis solares em
todas as residências do país faria com que a produção brasileira de energia
superasse a alemã em 18%.
III. O projeto desenvolvido pelo Instituto Mamirauá tem como foco as
comunidades da Amazônia, onde há, aproximadamente, dois milhões de pessoas
sem acesso à energia elétrica de qualidade.
IV. O principal problema da Amazônia é a seca, que afeta a sua produção
hidrelétrica e, por isso, a energia solar é uma boa alternativa.

Assinale a alternativa correta:

Resposta Selecionada: c.

Apenas a afirmativa III é correta.

Respostas: a.

Todas as afirmativas são corretas.

b.

Apenas as afirmativas I e II são corretas.

c.

Apenas a afirmativa III é correta.

d.

Apenas as afirmativas II, III e IV são corretas.

e.

Nenhuma afirmativa é correta.


Comentário Resposta: C
da resposta: Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto afirma
que o “prosumidor” deve produzir uma parte da energia que
consome, mas não determina essa porcentagem. II – Afirmativa
incorreta. JUSTIFICATIVA. De acordo com o texto, a região brasileira
menos exposta à irradiação solar tem potencial para gerar, pelo
menos, 25% mais energia do que a região alemã mais favorecida.
Não há comparação referente à produção ou à capacidade
geradora dos dois países. III – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. No
texto, consta a informação de que, na região amazônica, há mais de
2 milhões de pessoas sem energia elétrica e melhorar as condições
de vida das comunidades é o objetivo do Instituto Mamirauá, por
meio da instalação de painéis solares. IV – Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Não se afirma que o principal problema da Amazônia
é a seca. Na verdade, trata-se de uma região bastante abastecida
por complexos hidrográficos. O texto menciona que houve secas no
Brasil, o que prejudicou a geração de energia hidroelétrica.

• Pergunta 6
0,5 em 0,5 pontos
Leia o texto e a charge a seguir:

ACNUDH condena violência em presídios brasileiros

O Escritório Regional para América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para os
Direitos Humanos (ACNUDH) condenou a violência ocorrida nesta semana em distintos
presídios brasileiros.
Na Penitenciária Estadual de Cascavel, no Paraná, pelo menos cinco presos foram mortos
durante uma rebelião. Informações indicam que duas das vítimas teriam sido decapitadas e
mais duas foram jogadas do telhado do presídio.

Em Minas Gerais, dois motins acabaram com outro preso morto e dezenas de feridos.
Autoridades revelaram que mais um homem foi morto no complexo penitenciário de
Pedrinhas, no Maranhão.
“Pedimos às autoridades competentes uma apuração rápida, imparcial e efetiva dos fatos e
das causas das revoltas, e que os responsáveis pelos crimes respondam na Justiça”,
comentou o representante do ACNUDH, Amerigo Incalcaterra. “Ficamos consternados com o
nível de violência observado recentemente nos presídios brasileiros. Não é admissível que,
no Brasil, a violência e as mortes dentro das prisões sejam percebidas como normais e
cotidianas”, disse Incalcaterra.

Além disso, ele instou as autoridades brasileiras a adotarem medidas para prevenir a
violência nas unidades prisionais. “Superlotação, condições penitenciárias inadequadas,
torturas e maus-tratos contra detentos são uma realidade em muitos presídios do Brasil, e
isso também contribui com a violência e constitui grave violação aos direitos humanos”,
apontou o representante do escritório na América do Sul. “O país deve reformar seu sistema
penitenciário, incluindo, pelo menos, uma revisão integral da política criminal brasileira e
do uso excessivo da privação de liberdade como punição a crimes”, concluiu Incalcaterra.

Fonte: Adaptado de: http://acnudh.org/pt-br/2014/08/21813/. Acesso em: 06 nov. 2014.


Fonte: http://www.diariodagardenia.com.br/2013_04_01_archive.html. Acesso em: 06 nov.
2014.
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta:

I. A charge evidencia a inadequação do sistema prisional brasileiro e sugere a aplicação de


penas alternativas.
II. Segundo Amerigo Incalcaterra, os motins e as rebeliões têm estreita relação com a
inadequação das unidades prisionais brasileiras.
III. De acordo com o ACNUDH, a impunidade contribui com o aumento da violência no Brasil.

Resposta Selecionada: b.

Apenas a afirmativa II está correta.


Respostas: a.

Apenas a afirmativa I está correta.


b.

Apenas a afirmativa II está correta.


c.

Apenas as afirmativas I e II estão corretas.


d.

Apenas as afirmativas II e III estão corretas.


e.

Apenas a afirmativa III está correta.

Comentário Resposta: B
da resposta: Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A charge não propõe
penas alternativas. Há um comentário irônico sobre a falta de eficiência do
sistema prisional brasileiro. II – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. No
texto, há a declaração do representante do ACNUDH, Amerigo Incalcaterra,
que culpa a superlotação e as más condições de vida nas prisões pelas
revoltas. III – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto não aborda a
impunidade.

• Pergunta 7
0,5 em 0,5 pontos
Leia o texto a seguir:

Pesquisa aponta que 45,9% dos brasileiros não fazem exercícios físicos

Pesquisa feita pelo Ministério do Esporte mostrou que 45,9% dos brasileiros
de 15 a 74 anos estão sedentários, o que significa cerca de 67 milhões de
pessoas sem praticar nenhum esporte ou nenhuma atividade física. A maior
fatia de sedentários está na região sudeste: 54,4%.
Os motivos? Falta de tempo (para 58,8%), problemas de saúde (em 9,5% dos
casos) e a preguiça ou falta de interesse, declarada por 11,8% dos
entrevistados. A pesquisa teve 8.902 entrevistas pessoais, realizadas em
2013. Foi considerado sedentário quem declarou não ter feito esporte ou
atividade física no tempo livre.

Abandono:
além de avaliar quem está sedentário, o Ministério também perguntou a
quem estava parado, se havia deixado alguma prática física. Concluiu que
quase 90% dos brasileiros abandonam a prática esportiva e viram
sedentários até os 34 anos. Como a estudante Isabela Markman, 20 anos:
“Eu fazia academia, mas parei no começo do ano e noto a diferença. Passear
e brincar com minha cachorrinha me deixa mais cansada”.

Fonte: Adaptado de: http://www.metrojornal.com.br/nacional/plus/brasileiros-se-


tornam-sedentarios-antes-dos-34-anos-diz-pesquisa-200699. Acesso em: 08 jun. 2016.

Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta:

I. De acordo com a pesquisa, 9,5% das pessoas apresentam problemas de


saúde causados pelo sedentarismo.
II. Conforme o texto, quase 90% dos brasileiros acima de 34 anos são
sedentários, pois abandonam as práticas esportivas.
III. Cerca de 60% dos brasileiros praticam futebol, segundo a pesquisa.

Resposta Selecionada: a.

Nenhuma afirmativa está correta.

Respostas: a.

Nenhuma afirmativa está correta.

b.

Apenas as afirmativas II e III estão corretas.

c.

Apenas as afirmativas I e II estão corretas.

d.

Apenas a afirmativa III está correta.

e.

Todas as afirmativas estão corretas.


Comentário Resposta: A
da resposta: Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. De acordo
com a pesquisa, 9,5% das pessoas apresentam problemas de
saúde como motivo para uma vida sedentária. II – Afirmativa
incorreta. JUSTIFICATIVA. Conforme o texto, “quase 90% dos
brasileiros abandonam a prática esportiva e viram sedentários
até os 34 anos”. III – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Entre
os que declaram fazer algum esporte, 60% praticam futebol.

• Pergunta 8
0,5 em 0,5 pontos
Observe a charge e analise as afirmativas a seguir:

Fonte: https://www.pinterest.com/gaagabriel/a-evolucao-humana-chargues/. Acesso em:


08 fev. 2015.
I. A charge enaltece a evolução humana, ilustrando a saída de um passado primitivo e a
chegada ao desenvolvimento tecnológico, que melhora as condições de vida da população.
II. O código de barras, na figura, representa a “coisificação” do homem no atual sistema
socioeconômico.
III. A crítica da charge refere-se ao uso de novas tecnologias na atualidade, uma vez que elas
não são acessíveis a todos.
IV. A charge mostra que o ser humano ainda é primitivo, apesar das novas tecnologias.

Está correto o que se afirma somente em:


Resposta Selecionada: b.

II.
Respostas: a.

II e IV.
b.

II.
c.

I e III.
d.

I e IV.
e.

II e III.
Comentário Resposta: B
da resposta: Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A charge mostra a
transformação do ser humano em código de barras, parodiando a
tradicional ilustração da evolução do homem. Não há qualquer menção à
melhoria das condições de vida; trata-se de uma crítica à sociedade de
consumo.
II – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. O código de barras representa o
consumo na nossa sociedade. Assim, vê-se que o homem se transformou em
mercadoria, perdendo a sua identidade. III – Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. A charge não se refere ao acesso das pessoas às novas
tecnologias. IV – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A charge não mostra
o homem como primitivo, mas, sim, como “coisificado”, integrado ao
mercado de consumo.

• Pergunta 9
0,5 em 0,5 pontos
Leia os quadrinhos e o trecho a seguir, que expõe o pensamento do professor e jornalista Ciro Marcond

Fonte: http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2014/03/10/noticia_saude plena,147


usa-personagens-de-tirinhas-para-explicar-funcao-de-estereoti.shtml. Acesso em
Marcondes Filho (1986) descreve a prática sensacionalista como nutriente psíquico, desviante ideológi
de pulsões instintivas. Caracteriza sensacionalismo como “o grau mais radical da mercantilização da inf
o que se vende é aparência e, na verdade, vende-se aquilo que a informação interna não irá desenvolve
que a manchete. Esta está carregada de apelos às carências psíquicas das pessoas e explora-as de forma
caluniadora e ridicularizadora. (...) No jornalismo sensacionalista, as notícias funcionam como pseudoa
carências do espírito. (...) O jornalismo sensacionalista extrai do fato, da notícia, a sua carga emotiva e a
enaltece. Fabrica uma nova notícia que, a partir daí, passa a se vender por si mesma”.

Fonte: http://www.wejconsultoria.com.br/site/wp-content/uploads/2013/04/Danilo-Angrimani-Sob
Espreme-que-sai-sangue.pdf. Acesso em: 8 nov. 2014.

Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as asserções e assinale a alternativa correta:

I. A reação do personagem diante da televisão revela uma visão antagônica àquela apresentada por Mar
sobre o sensacionalismo.
PORQUE

II. De acordo com Marcondes Filho, as notícias sensacionalistas suprem as carências de informação dos
uma vez que são comprometidas com os elementos factuais essenciais.
Resposta Selecionada: e.

As duas asserções são falsas.


Respostas: a.

As duas asserções são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.


b.

As duas asserções são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.


c.

A asserção I é verdadeira e a II é falsa.


d.

A asserção I é falsa e a II é verdadeira.


e.

As duas asserções são falsas.


Comentário da Resposta: E
resposta: Comentário: I – Asserção falsa. JUSTIFICATIVA. A reação não é antagônica ao que afirm
pois ele comenta que o sensacionalismo explora as carências psíquicas das pessoas e, a
atraídas. II – Asserção falsa. JUSTIFICATIVA. O autor não afirma que as notícias sensac
comprometidas com os elementos factuais essenciais. Para ele, o sensacionalismo extr
sua carga mais apelativa.

• Pergunta 10
0,5 em 0,5 pontos
Leia o texto a seguir:

EUA e China anunciam acordo para reduzir emissão de gases poluentes

Os presidentes Barack Obama, dos Estados Unidos, e Xi Jinping, da China,


assinaram nesta quarta-feira (12.11.2014), em Pequim, um acordo para a
luta contra a mudança climática, que incluirá reduções de suas emissões de
gases do efeito estufa na atmosfera. A iniciativa constitui o primeiro anúncio
de corte das emissões de gases poluentes por parte da China e mais um
pelos EUA.

Pelo acordo, os EUA pretendem cortar entre 26% e 28% as emissões de


gases em até 11 anos, ou seja, até 2025, o que representa um número duas
vezes maior que as reduções previstas entre 2005 e 2020. Os chineses se
comprometem a cortar as emissões até 2030, embora isso possa começar
antes. Segundo o presidente chinês, até lá, 20% da energia produzida no
país vai ter origem em fontes limpas e renováveis.

Estados Unidos e China representam, juntos, 45% das emissões planetárias


de CO², um dos gases apontado como culpado pela mudança climática. A
União Europeia representa 11% das emissões planetárias de CO². No mês
passado, o bloco se comprometeu a reduzir em, pelo menos, 40% as
emissões até 2030, na comparação com os níveis de 1990.

Fonte: Adaptado de: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2014/11/eua-e-china-


anunciam-acordo-para-reduzir-emissao-de-gases-poluentes.html. Acesso em: 14 nov.
2014.

Com base na leitura, analise as afirmativas:

I. O comprometimento da China em reduzir as emissões de poluentes, até


2030, significa que a poluição proveniente do país continuará em crescente
aumento por mais uma década.
II. Apesar da importância do acordo entre Estados Unidos e China, a União
Europeia será responsável por um corte maior nos volumes de gases
poluentes emitidos do que o corte dos dois países, uma vez que reduzirá
40% das emissões.
III. Se os Estados Unidos e a China, juntos, cumprirem a meta de cortar 28%
da emissão dos gases poluentes, eles serão responsáveis por 27% das
emissões planetárias, em 2025.

Assinale a alternativa correta:

Resposta Selecionada: a.

Nenhuma afirmativa está correta.

Respostas: a.

Nenhuma afirmativa está correta.

b.

Apenas a afirmativa I está correta.

c.

Apenas as afirmativas I e II estão corretas.

d.

Apenas as afirmativas II e III estão corretas.

e.

Apenas a afirmativa III está correta.

Comentário Resposta: A
da resposta: Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto não

afirma que a poluição proveniente dos gases emitidos pelos


chineses continuará em crescimento até a data estipulada no
acordo. A informação é de que “os chineses se comprometem a
cortar as emissões até 2030, embora isso possa começar
antes”. II – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto afirma
que EUA e China são responsáveis por quase metade das
emissões de poluentes no mundo. Mesmo que a Europa tenha
uma redução percentual maior das emissões de gases, o
impacto não será o mesmo que o provocado pela redução da
emissão de gases dos dois países. III – Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Porcentagens são valores relativos, que
dependem do valor total sobre o qual são aplicadas. A redução
de 28% na emissão de gases seria calculada com base no
volume de gases emitidos pelos dois países e não sobre o total
das emissões planetárias.
QUESTIONÁRIO 2

• Pergunta 1
0,5 em 0,5 pontos
Leia a charge de autoria de Quino e o texto de autoria de Rubem Alves.

Disponível em <http://blogs.sapo.pt/noauth?blog=perguntasparvas>.
Acesso em 13 fev. 2015.
Minha estrela é a educação. Educar não é ensinar matemática, física, química, geografia e
português. Essas coisas podem ser aprendidas nos livros e nos computadores. Dispensam
a presença do educador. Educar é outra coisa. De um educador pode-se dizer o que Cecília
Meireles disse de sua avó – que foi quem a educou: “O seu corpo era um espelho pensante
do universo”. O educador é um corpo cheio de mundos.... A primeira tarefa da educação
é ensinar a ver. O mundo é maravilhoso, está cheio de coisas assombrosas. Zaratustra ria
vendo borboletas e bolhas de sabão. A Adélia ria vendo tanajuras em voo e um pé de mato
que dava flor amarela. Eu rio vendo conchas, teias de aranha e pipocas estourando...Quem
vê bem nunca fica entediado com a vida. O educador aponta e sorri – e contempla os olhos
do discípulo. Quando seus olhos sorriem, ele se sente feliz. Estão vendo a mesma coisa.
Quando digo que minha paixão é a educação estou dizendo que desejo ter a alegria de ver
os olhos dos meus discípulos, especialmente os olhos das crianças.

Disponível em <http://rubemalves.com.br/site/educador.php>. Acesso em 10 dez.


2014.
Com base na leitura, analise as afirmativas.

I. A charge e o texto apresentam visões semelhantes sobre o ato de ensinar e o de educar.


II. De acordo com Rubem Alves, o educador deve espelhar o mundo para os alunos,
transmitindo os conhecimentos escolares necessários ao seu desenvolvimento pessoal e
profissional.
III. Os olhos dos discípulos sorrindo simbolizam a compreensão dos alunos em relação
ao que o educador apontou.
IV. De acordo com a charge e o texto, o saber do educador não é importante; o
conhecimento só é essencial no ato de ensinar.

Está correto o que se afirma somente em:

Resposta Selecionada: c.

I e III.
Respostas: a.

II e III.
b.

I e IV.
c.

I e III.
d.

I, III e IV.
e.

II e IV.
Comentário Resposta: C.
da resposta: Comentário: I – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. Os dois textos indicam
que há diferença entre ensinar e educar. Ensinar está ligado a transmitir
conteúdo e educar está associado a despertar o olhar e a compreensão do
outro. II – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Rubem Alves não reduz o
ato de educar à transmissão de informações escolares importantes para o
sucesso individual. III – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. O olhar
sorridente dos discípulos indica que a missão do educador foi cumprida e
que ele apontou corretamente a direção da compreensão.
IV – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Nenhum dos textos afirma que o
educador não deve ter conhecimento.

• Pergunta 2
0,5 em 0,5 pontos
Leia o texto a seguir.
Energia eólica no Brasil

No início da década de 2000, uma grande seca no Brasil diminuiu o nível de


água nas barragens hidrelétricas do país, causando uma grave escassez de
energia. A crise, que devastou a economia do país e levou ao racionamento
de energia elétrica, ressaltou a necessidade urgente do país em diversificar
suas fontes de energia. (...) A primeira turbina de energia eólica do Brasil foi
instalada em Fernando de Noronha em 1992. Dez anos depois, o governo
criou o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica
(Proinfa) para incentivar a utilização de outras fontes renováveis, como
eólica, biomassa e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). (...) Desde a
criação do Proinfa, a produção de energia eólica no Brasil aumentou de 22
MW em 2003 para cerca de 1.000 MW em 2011 (quantidade suficiente para
abastecer uma cidade de cerca de 400 mil residências). (...) Segundo o Atlas
do Potencial Eólico Brasileiro, publicado pelo Centro de Pesquisas de Energia
Elétrica da Eletrobrás, o território brasileiro tem capacidade para gerar cerca
de 140 GW.
O potencial de energia eólica no Brasil é mais intenso de junho a dezembro,
coincidindo com os meses de menor intensidade de chuvas, ou seja, nos
meses em que falta chuva é exatamente quando venta mais! Isso coloca o
vento como uma grande fonte suplementar à energia gerada por
hidrelétricas, a maior fonte de energia elétrica do país. Durante esse período
podem-se preservar as bacias hidrográficas fechando ou minimizando o uso
das hidrelétricas. O melhor exemplo disto é na região do Rio São Francisco.
Por essa razão, esse tipo de energia é excelente contra a baixa pluviosidade
e a distribuição geográfica dos recursos hídricos existentes no país. A maior
parte dos parques eólicos se concentra nas regiões nordeste e sul do Brasil.
No entanto, quase todo o território nacional tem potencial para geração
desse tipo de energia.

Disponível em http://evolucaoenergiaeolica.wordpress.com/energia-eolica-no-
brasil/. Acesso em 05 nov. 2014 (com adaptações).

Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta.

I. De acordo com o texto, a energia eólica é uma alternativa viável para


atender à demanda de cidades com até 400 mil habitantes.
II. Em 2011, a energia eólica gerada no Brasil foi de menos de 1% do
potencial eólico do país.
III. De 2003 a 2011, a produção de energia eólica cresceu 978%.

Resposta Selecionada: b.

Apenas a afirmativa II está correta.

Respostas: a.

Apenas a afirmativa I está correta.

b.

Apenas a afirmativa II está correta.

c.

Apenas as afirmativas II e III estão corretas.

d.

Apenas as afirmativas I e II estão corretas.

e.

Todas as afirmativas estão corretas.

Comentário Resposta: B.
da resposta: Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto
afirma que a energia eólica gerada em 2011 era suficiente para
atender a 400 mil residências, e não que se trata de uma
alternativa para cidades de até 400 mil habitantes. II –
Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. De acordo com o texto, o
Brasil tem capacidade para produzir 140 GW de energia eólica
e, em 2011, produziu 1.000MW, o que equivale a 1 GW. Assim,
a produção foi de menos de 1% do potencial. III – Afirmativa
incorreta. JUSTIFICATIVA. No período, houve aumento de 978
MW, o que equivale a um crescimento de 4.445%. Chega-se a
esse valor, com os seguintes cálculos: 978/22=44,45 e 44,45x
100 =4.445%.

• Pergunta 3
0,5 em 0,5 pontos
Leia o texto a seguir.

Tá lá mais um corpo estendido no chão – Flavio Moura.

Uma juíza de São Paulo mandou soltar o policial que matou o camelô Carlos
Augusto Muniz Braga durante ação na Lapa, no último dia 18. De acordo
com a ordem de soltura, o assassinato se deveu ao fato de que o braço
esquerdo do PM foi seguro “bruscamente”. E ainda à situação tensa em que
ele se encontrava, cercado de “populares insatisfeitos com a polícia no
local”. O tumulto, no entender da juíza, justifica a necessidade de o policial
“então encontrar-se armado”. O vídeo circulou por todo canto.

O policial aponta por três minutos a arma em todas as direções. As pessoas


em volta gritam “baixa a arma!”, enquanto dois colegas seus tentam
imobilizar um vendedor de rua no chão. O vendedor se recusara a entregar
os CDs piratas que tinha na mão. A polícia partiu pra cima e a situação se
criou.

Acuado, o assassino tira do bolso um spray de pimenta para dispersar o


grupo ao redor. Ato contínuo, Carlos Augusto tenta tirar o spray de sua mão.
É o que basta para ser executado. Ele ainda correu por alguns metros com a
bala na cabeça, antes de tombar no asfalto. Isso às 17h, numa rua
movimentada de um bairro de classe média de São Paulo.

Não chega a surpreender a decisão da juíza (o nome da figura é Eliana


Cassales Tosi de Melo e ela faz parte da 5ª Vara do Júri do Foro Central
Criminal de São Paulo). A lógica peculiar é praxe entre seus colegas. Basta
lembrar o juiz que recentemente queria manter preso o manifestante Fabio
Hideki, detido injustamente em manifestação durante a Copa do Mundo,
por considerá-lo “esquerda caviar”.

O que assusta é a comoção relativamente branda em torno do episódio. Da


declaração tosca do prefeito, “foi um ato isolado”, aos indignados de plantão
das redes sociais, tudo se passou como se fosse mais um tropeço da polícia,
entre tantos outros.

Fiquei pensando o que ocorreria se a cena fosse na Paulista, nas


manifestações de junho do ano passado. E se a vítima fosse um jovem de
classe média quebrando uma vitrine de loja ou banco (gesto a meu ver mais
grave do que vender CD pirata). O governo estadual corria o risco de ser
deposto.

Não custa lembrar que foi a violência policial o estopim para as


manifestações de junho de 2013. As primeiras passeatas foram pequenas e
reprovadas pela imprensa e pela maioria da população. Quando vieram à
tona as cenas de manifestantes feridos por balas de borracha, o cenário
virou. Dali em diante, os editoriais deram razão aos manifestantes e a classe
média ganhou as ruas em defesa do direito de protestar.

O episódio da semana passada me fez lembrar uma declaração do poeta


Sergio Vaz, organizador dos saraus da Cooperifa. No documentário “Junho”,
produzido pela TV Folha e bom retrato das manifestações do ano passado,
ele pondera. “Bala de borracha? Se lá no meu bairro a polícia usasse bala de
borracha meus amigos ainda estavam vivos”.

Com todo respeito aos feridos em junho de 2013, o que se deu com o
camelô Carlos Augusto é motivo para alguns milhares de passeatas. A
letalidade da polícia brasileira é quatro vezes maior que a dos EUA e 100
vezes maior que a inglesa. Se antes o Rio era o palco dos principais
descalabros da corporação, esse posto agora parece ser ocupado por São
Paulo.

Na véspera do assassinato na Lapa, a PM paulista transformou o centro da


cidade num campo de guerra, com gás lacrimogêneo e barricadas em
chamas para despejar 200 ocupantes de um prédio vazio. Em apenas uma
semana, a cidade viu repetir-se o despreparo e a truculência em duas
regiões próximas. Se voltamos para trás no tempo, há exemplos a perder de
vista.

O governador segue blindado e na liderança das intenções de voto para as


próximas eleições. E o prefeito, que não tem responsabilidade direta pela
ação da PM, poderia retificar sua frase infeliz. Bem que a gente gostaria, mas
o crime da semana passada não foi um ato isolado.

Disponível em https://br.noticias.yahoo.com/blogs/flavio-moura/ta-la-mais-um-corpo-
estendido-no-chao-030622918.html. Acesso em 07 nov. 2014.
Com base na leitura, analise as afirmativas.

I. O autor mostra-se indignado com a banalização da morte, afirmando que


as pessoas não se mobilizam diante da violência da polícia, seja ela contra
ricos ou pobres.
II. O autor destaca que a violência policial contra os trabalhadores e contra
os moradores de periferia geralmente não ganha grande repercussão na
mídia e não estimula protestos populares.
III. O objetivo do texto é criticar a pirataria, que é crime e gera confrontos
entre ambulantes e policiais, espalhando violência pela cidade.
IV. O texto critica a violência da polícia brasileira, mas defende a atuação
repressiva diante de manifestações e crimes, uma vez que é esse o papel da
instituição.

Está correto o que se afirmar somente em:

Resposta Selecionada: e.

II.

Respostas: a.

I e II.

b.

II e III.

c.

I e IV.

d.

II e IV.

e.

II.

Comentário Resposta: E.
da resposta: Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O autor
mostra-se indignado com a banalização da morte, mas afirma
que, em geral, só há protestos contra a morte provocada por
policiais quando a vítima é de classe média ou alta. II –
Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. O autor comenta sobre o
caso do camelô assassinado, que foi pouco divulgado pela
imprensa e não gerou protestos, e atribui isso ao fato de ele
ser pobre. III - Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O objetivo
do texto é criticar a atuação violenta da polícia. IV - Afirmativa
incorreta. JUSTIFICATIVA. O autor não defende a atitude
repressiva da polícia.

• Pergunta 4
0,5 em 0,5 pontos
Leia o texto a seguir.

Geografia e meio ambiente: uma análise da legislação dos resíduos sólidos.


Fernanda Sampaio da Silva

O processo de industrialização foi responsável por grandes transformações


urbanas. Influenciou a multiplicação de diversos ramos de serviços que
caracterizam a cidade moderna. Também influenciou no desenvolvimento
dos meios de transporte e comunicação, que interligaram distintas regiões.
Foi responsável pela maior produtividade e pela consequente elevação da
produção agrícola. Contribuiu ainda com o êxodo rural. Além disso,
introduziu um novo modo de vida e novos hábitos de consumo, criou novas
profissões, promoveu uma nova estratificação da sociedade e uma nova
relação desta com a natureza.

Algumas das tecnologias existentes hoje no mercado ainda trazem


problemas ao meio ambiente. Entre os resíduos gerados pelo avanço
desenfreado da produção e do consumo são encontrados os resíduos
sólidos industriais, que podem trazer impactos com consequências para a
saúde das pessoas e ao meio ambiente, desde uma escala local até mesmo
global.

Para que se possa reduzir a geração de resíduos sólidos industriais,


minimizando possíveis impactos negativos ao meio ambiente, é necessário
que haja um processo de gestão para a diminuição de resíduos durante o
processo produtivo e/ou, quando possível, substituição do material
utilizado, por outro que tenha maior facilidade de ser reciclado. Portanto, a
reciclagem é um elemento importante para a minimização de resíduos em
lixões e aterros sanitários.

Assim, a geração e a disposição dos resíduos sólidos industriais em locais


inapropriados constituem um problema ambiental e, por isso, seu
gerenciamento deve ocorrer de forma correta e dentro da legislação, para
que não seja comprometida a qualidade de vida das pessoas e do meio
ambiente.
O controle do acondicionamento, armazenamento e destinação final dos
resíduos sólidos perigosos deve ocorrer de acordo com a norma ABNT - NBR
1004 de 2004, que faz uma classificação dos resíduos. Os resíduos são
classificados em Classe I quando se trata de resíduos sólidos perigosos
(classificados pelo seu grau de risco à saúde pública) e Classe II quando são
resíduos não perigosos.

Os resíduos de Classe II são subdivididos em: Classe II A, quando não são


inertes e Classe II B, inertes. Os resíduos sólidos gerados devem ser
controlados nas indústrias, pois fazem parte do licenciamento pelo órgão
ambiental competente. Por isso, para que esse órgão tenha conhecimento
dos resíduos gerados, o Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA
dispõe de uma resolução com o objetivo de inventariar os resíduos sólidos
gerados em todo o país, para que seja elaborado o Plano Nacional para
Gerenciamento de Resíduos Sólidos Gerados. O inventário é elaborado a
partir de informações como quantidade, formas de acondicionamento e
armazenamento e destinação final, enviadas trimestralmente ao órgão
estadual competente (Resolução CONAMA Nº 313/2002).

Disponível em http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-
2.2.2/index.php/reget/article/viewFile/4083 /2797. Acesso em 12 nov. 2014 (com
adaptações).

Com base nas informações do texto, analise as afirmativas e assinale a


alternativa correta.

I. O controle da geração de resíduos sólidos industriais depende da


conscientização do consumidor a fim de que modifique seus hábitos.
II. A redução na geração de resíduos sólidos está atrelada ao gerenciamento
do acondicionamento, armazenamento e destinação final dos resíduos
classificados como perigosos.
III. A resolução CONAMA Nº 313/2002, que trata do Plano Nacional para
Gerenciamento de Resíduos Sólidos, tem como objetivo conscientizar a área
industrial para que exista a redução da geração de resíduos sólidos.

Resposta Selecionada: e.

Nenhuma afirmativa está correta.

Respostas: a.

Apenas a afirmativa I está correta.

b.
Apenas a afirmativa II está correta.

c.

Apenas as afirmativas I e III estão corretas.

d.

Apenas a afirmativa III está correta.

e.

Nenhuma afirmativa está correta.

Comentário Resposta: E.
da resposta: Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Os resíduos
sólidos são gerados, como destaca o texto, pelos processos
produtivos e, assim, a sua redução depende das indústrias, e
não da conscientização do consumidor. II – Afirmativa
incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto destaca que os resíduos são
gerados no processo de produção. III - Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. De acordo com o texto, a resolução tem o
objetivo de inventariar os resíduos sólidos gerados em todo o
país.

• Pergunta 5
0,5 em 0,5 pontos
Leia o texto e analise as afirmativas a seguir.

O celular se torna uma arma dos cidadãos contra a impunidade – Raquel Seco

A polícia começou dizendo que o tiro que matou Carlos Augusto Braga na
quinta-feira passada foi acidental. Poucas horas depois dos distúrbios no bairro
da Lapa (São Paulo), desencadeados por uma operação contra a pirataria, a
polícia se viu obrigada a retificar: o agente disparou contra a cabeça do
vendedor ambulante de 30 anos quando este tentou tomar dele um spray de
pimenta. Várias pessoas gravaram a cena. Os telefones celulares tornaram-se
uma arma dos brasileiros contra a impunidade, especialmente das forças de
segurança. A ONG Fórum Brasileiro de Segurança Pública registrou 1.890
mortes em operações policiais em 2012, atribuídas “rotineiramente” a tiroteios
com grupos criminosos.

O que aconteceria se ninguém tivesse filmado? Em 2013, 75,5% dos brasileiros


com mais de 10 anos de idade tinham um telefone celular, 5% a mais que no
ano anterior, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Em 2012, Paulo Batista do Nascimento, de 25 anos, morreu em São Paulo
depois de ser atingido por vários disparos da polícia. Um vizinho filmou-o sendo
retirado de casa sob a acusação de ter participado em um assalto. Em dado
momento, um policial se posiciona para atirar. Ouve-se um disparo e, quando a
câmera volta a mostrar a rua, a viatura está indo embora. Os quatro policiais
acusados foram absolvidos no mês passado.

Em fevereiro, o país ficou chocado com a imagem de um adolescente agredido


e acorrentado a um poste no Rio de Janeiro. Alguns vizinhos o castigaram por
supostos roubos no bairro e produziram uma imagem especialmente dolorosa
para uma nação que pôs fim à escravidão em 1888. Yvonne Bezerra de Melo, a
mulher de 66 anos que alertou as autoridades, recebeu uma enxurrada de
insultos nas redes sociais por ajudar “um delinquente”.

Cláudia Silva Ferreira, faxineira de 38 anos, morreu em 16 de março deste ano


atingida por uma bala perdida em uma favela do Rio de Janeiro. A viatura
policial que a levava para o hospital arrastou seu corpo pendurado no porta-
malas por 250 metros. Um motorista gravou tudo. O escândalo foi enorme. Seis
policiais acusados de matá-la já haviam retornado ao trabalho em julho,
embora em funções longe das ruas, de acordo com o jornal O Globo.

Há algumas semanas, em um centro comercial de São Paulo, a polícia abordou


dois jovens negros por suspeitar que tinham roubado uma loja de roupas. Até
chegar o momento em que a dona do comércio defendeu os dois, confirmando
que haviam pagado por tudo o que tinham na sacola. Dezenas de pessoas
gravaram a cena para deixar claro o que estava acontecendo, enquanto uma
multidão se reuniu para gritar em defesa dos jovens. Os garotos e o pai deles
denunciaram o comportamento da polícia.

A onda de linchamentos na América Latina também chegou ao Brasil. Em abril,


durante a febre de execuções populares, o sociólogo José de Souza Martins
dizia ao EL PAÍS: “Três anos atrás, eram três ou quatro por semana. Depois das
manifestações de junho (de 2013), passaram a uma média de uma tentativa por
dia. Hoje temos mais de uma tentativa por dia”. Um jovem de 24 anos foi
espancado até a morte por vizinhos dentro do hospital onde era examinado
para determinar se ele havia estuprado um menor. Uma pessoa filmou dezenas
de pessoas invadindo o centro médico. No total, 24 pessoas estão sendo
investigadas.

O presídio do Maranhão, que enfrenta problemas de corrupção, superlotação e


insegurança, chamou a atenção da mídia novamente quando o jornal Folha de
S. Paulo publicou o vídeo, extremamente violento, no qual três prisioneiros
apareciam decapitados.
Disponível
em http://brasil.elpais.com/brasil/2014/09/21/sociedad/1411333593_390676.html. Acesso
em 24 set. 2014.

I. As imagens captadas por celulares, de acordo com o texto, podem ser uma
arma para os cidadãos se defenderem da arbitrariedade do poder público.
II. De acordo com o texto, os celulares têm contribuído para a redução da
violência no Brasil.
III. As imagens gravadas serviram de prova em 1.890 mortes ocorridas em
operações policiais em 2012.

É correto o que se afirma apenas em:

Resposta Selecionada: a.

I.

Respostas: a.

I.

b.

I e II.

c.

III.

d.

I e III.

e.

II e III.

Comentário Resposta: A.
da resposta: Comentário: I – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. O texto cita
vários casos em que o registro com o celular serviu de prova para
revelar crimes e arbitrariedades do poder estatal. II – Afirmativa
incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto não cita redução da violência,
muito menos provocada pelo uso do celular. A matéria apenas
indica o celular como uma ferramenta de defesa dos cidadãos. III –
Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Esse número refere-se às
mortes ocorridas em operações policiais em 2012.
• Pergunta 6
0,5 em 0,5 pontos
Com base no texto a seguir, analise as afirmativas.

O vírus letal da xenofobia – Eliane Brum

Uma epidemia, como Albert Camus sabia tão bem, revela toda a doença de
uma sociedade. A doença que esteve sempre lá, respirando nas sombras (ou
nem tão nas sombras assim), manifesta sua face horrenda. Foi assim no Brasil
na semana passada. Era uma suspeita de ebola, fato suficiente, pela letalidade
do vírus, para exigir o máximo de seriedade das autoridades de saúde, como
aconteceu. Descobrimos, porém, a deformação causada por um vírus que nos
consome há muito mais tempo, o da xenofobia. E, como o outro, o
“estrangeiro”, a “ameaça”, era africano da Guiné, exacerbada por uma herança
escravocrata jamais superada.

O racismo no Brasil não é passado, mas vida cotidiana conjugada no presente.


A peste não está fora, mas dentro de nós. Foi ela, a peste dentro de nós, que
levou à violação dos direitos mais básicos do homem sobre o qual pesava uma
suspeita de ebola. Contrariando a lei e a ética, seu nome foi exposto. Seu rosto
foi exposto. O documento em que pedia refúgio foi exposto. Ele não foi tratado
como um homem, mas como o rato que traz a peste para essa Oran chamada
Brasil. Deste crime, parte da imprensa, se tiver vergonha, se envergonhará.

Ainda existe a espera de um segundo teste para o vírus do ebola. Não importa
se der negativo ou positivo, devemos desculpas. Não sei se há desamparo
maior do que alcançar a fronteira de um país distante, nessa solidão abissal. E
pedir refúgio, essa palavra-conceito tão nobre, ao mesmo tempo tão delicada.
E então se sentir mal, e cada um há de saber como a fragilidade da carne nos
escava. Corrói mesmo aqueles que têm o melhor plano de saúde num país
desigual. Ele, desabitado da língua, era desterrado também do corpo. Para
alcançar o que viveu o homem desconhecido, porque o que se revelou dele
não é ele, mas nós, é preciso vê-lo como um homem, não como um rato que
carrega um vírus. Para alcançá-lo, é preciso vestir o homem. Mas só um
humano pode vestir um humano.

E logo ouviu-se o clamor. Não é hora de fechar as fronteiras?, cobrou-se das


autoridades. Que os ratos fiquem do lado de fora, onde sempre estiveram.
Que os ratos apodreçam e morram. Para os ratos não há solidariedade nem
compaixão. Parece que nada se aprendeu com a Aids, com aquele momento
de vergonha eterna em que os gays foram escolhidos como culpados, o
preconceito mascarado como necessária medida sanitária.
E quem são os ratos, segundo parte dos brasileiros?

Há sempre muitos, demais, nas redes sociais, dispostos a despejar suas


vísceras em praça pública. No Facebook, desde que a suspeita foi divulgada,
comprovou-se que uma das palavras mais associadas ao ebola era “preto”.
“Ebola é coisa de preto”, desmascarou-se um no Twitter. “Alguém me diz por
que esses pretos da África têm que vir para o Brasil com essa desgraça de
bactéria (sic) de ebola”, vomitou outro. “Graças ao ebola, agora eu taco fogo em
qualquer preto que passa aqui na frente”, defecou um terceiro. Acreditam
falar, nem percebem que guincham.

“Descrever uma epidemia é uma forma magistral de revelar as diversas formas


de totalitarismo que maculam uma sociedade. Neste quesito, os brasileiros
não economizaram. A divulgação, por meios de comunicação que atingem
dezenas de milhões de pessoas, da foto de um homem negro, vindo da África,
como suspeito de ebola, foi a apoteose do fantasma do estrangeiro como
portador da doença”, afirmou a esta coluna Deisy Ventura, professora de
direito internacional da Universidade de São Paulo, pesquisadora das relações
entre direito e saúde, autora do livro Direito e Saúde Global – O caso da
pandemia de gripe A (H1N1). “Veja que este fantasma é mobilizado em relação
aos pobres, sobretudo negros, nunca em relação aos estrangeiros ricos e
brancos. O escravagismo, terrível doença da sociedade brasileira, associa-se ao
desejo conjuntural de dizer: este governo não deveria ter deixado essas
pessoas entrarem. É uma espécie de lamento: tanto se esforçaram as elites
para branquear este país, e agora querem preteá-lo?”

A África desponta, de novo e sempre, como o grande outro. Todo um


continente povoado por nuances e diversidades reduzido à homogeneidade da
ignorância – a um fora.

Como disse um imigrante de Burkina Faso à repórter Fabiana Cambricoli, do


jornal O Estado de S. Paulo: “Os brasileiros não sabem que Burkina Faso é
longe dos países que têm ebola. Acham que é tudo a mesma coisa porque
somos negros”.

Ele e dezenas de imigrantes de diversos países da África estão sendo


hostilizados e expulsos de lugares públicos na cidade de Cascavel, no Paraná,
onde o primeiro caso suspeito foi identificado. Tornaram-se “os caras com
ebola”, apontados na rua “como os negros que trouxeram o vírus para o
Brasil”.

O ebola não parece ser um problema quando está na África, contido entre
fronteiras. Lá é destino. O ebola só é problema, como escreveu o pesquisador
francês Bruno Canard, porque o vírus saiu do lugar em que o Ocidente gostaria
que ele ficasse.

“A militarização da resposta ao ebola, que com a anuência do Conselho de


Segurança das Nações Unidas, em setembro último, passou da Organização
Mundial da Saúde a uma Missão da ONU, revela que a grande preocupação da
comunidade internacional não é a erradicação da doença, mas a sua
contenção geográfica”, reforça Deisy Ventura.

Para o homem que alcançou o Brasil em busca de refúgio e teve sua dignidade
violada na exposição de seu nome, rosto e documentos, ainda existe a espera
de um segundo teste para o vírus do ebola. Não importa se der negativo ou
positivo, devemos desculpas. Devemos reparação, ainda que saibamos que a
reparação total é uma impossibilidade, e que essa marca pública já o assinala.
Não é uma oportunidade para ele, é para nós.

É preciso reconhecer o rato que respira em nós para termos alguma chance de
nos tornarmos mais parecidos com um humano.

Disponível
em http://brasil.elpais.com/brasil/2014/10/13/opinion/1413206886_964834.html. Acesso
em 13 out. 2014.

I. Metaforicamente, a xenofobia é uma peste que se espalha na sociedade,


alimentada por postagens em redes sociais.
II. A xenofobia manifesta-se, no Brasil, contra o estrangeiro em geral, pois
somos um povo ainda culturalmente atrasado.
III. O ódio e o preconceito são geralmente dirigidos a grupos socialmente
excluídos ou desprivilegiados.

De acordo com o texto, é correto o que se afirma em:

Resposta Selecionada: d.

I e III, apenas.

Respostas: a.

I, II e III.

b.

I, apenas.

c.
II, apenas.

d.

I e III, apenas.

e.

III, apenas.

Comentário Resposta: D.
da resposta: Comentário: I – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. A autora

compara a xenofobia com uma peste, provocada por um vírus, e


considera que o preconceito e o ódio têm sido disseminados nas
redes sociais. II – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto
deixa claro que o preconceito se manifesta contra os imigrantes
pobres, que vêm de países subdesenvolvidos. III – Afirmativa
correta.
JUSTIFICATIVA. O texto destaca que o ódio e o preconceito se
dirigem aos negros e aos pobres.

• Pergunta 7
0,5 em 0,5 pontos
Leia o texto e a charge a seguir.

Podemos modificar a forma de ensinar – José Manoel Moran

Ensinar e aprender exigem, hoje, muito mais flexibilidade espaço-temporal, pessoal e de


grupo, menos conteúdos fixos e processos mais abertos de pesquisa e de comunicação. Uma
das dificuldades atuais é conciliar a extensão da informação, a variedade das fontes de
acesso, com o aprofundamento da sua compreensão, em espaços menos rígidos, menos
engessados. Temos informações demais e dificuldade em escolher quais são significativas
para nós e conseguir integrá-las dentro da nossa mente e da nossa vida.

A aquisição da informação dependerá cada vez menos do professor. As tecnologias podem


trazer hoje dados, imagens, resumos de forma rápida e atraente. O papel do professor - o
papel principal - é ajudar o aluno a interpretar esses dados, a relacioná-los, a contextualizá-
los.

Aprender depende também do aluno, de que ele esteja pronto, maduro, para incorporar a
real significação que essa informação tem para ele, para incorporá-la vivencialmente,
emocionalmente. Enquanto a informação não fizer parte do contexto pessoal - intelectual e
emocional - não se tornará verdadeiramente significativa, não será aprendida
verdadeiramente.

Ensinar com as novas mídias será uma revolução, se mudarmos simultaneamente os


paradigmas convencionais do ensino, que mantêm distantes professores e alunos. Caso
contrário, conseguiremos dar um verniz de modernidade, sem mexer no essencial. A
Internet é um novo meio de comunicação, ainda incipiente, mas que pode ajudar-nos a
rever, a ampliar e a modificar muitas das formas atuais de ensinar e de aprender.

Disponível em http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/T6%20TextoMoran.pdf. Acesso


em 18 dez 2014 (com adaptações).
Disponível em http://www.cartuns.com.br/page1.html. Acesso em 18 dez. 2014.
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta.

I. Segundo o texto, no futuro, os professores não serão mais necessários no processo de


ensino e aprendizagem.
II. A charge enaltece o fato de que já dispomos, hoje em dia, de profissionais autodidatas,
que aprenderam suas profissões consultando a internet, o que corrobora o texto.
III. A charge e o texto destacam a internet como forma de aprendizagem e consideram
ultrapassadas as formas tradicionais de ensino.
IV. Segundo o texto, é importante que o conteúdo a ser aprendido faça parte da realidade do
aluno; se não o fizer, não há a necessidade de se ensinar tal conteúdo.

Resposta Selecionada: a.

Nenhuma afirmativa está correta.


Respostas: a.

Nenhuma afirmativa está correta.


b.

Apenas as afirmativas II e III estão corretas.


c.

Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.


d.

Apenas as afirmativas I e III estão corretas.


e.

Todas as afirmativas estão corretas.


Comentário Resposta: A.
da resposta: Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto não afirma
que professores não serão necessários, mas que alunos terão mais acessos a
dados e informações e que o papel dos professores será auxiliá-los na
interpretação. I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A charge é irônica e
revela o frágil preparo do candidato que tem como base de sua instrução o
“Google”. III – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A reportagem destaca a
presença de tecnologias em novas formas de ensino, mas nem ela nem a
charge consideram ultrapassados os modelos tradicionais. IV – Afirmativa
incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto afirma que a informação tem de passar a
fazer parte do contexto do aluno para que a aprendizagem seja mais efetiva.

• Pergunta 8
0,5 em 0,5 pontos
Leia o texto a seguir.

Criada por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia


(Inpa), a tecnologia nomeada "Ecolágua" utiliza raios ultravioleta (UV) para
purificar água de rios e torná-la potável em poucos segundos. A ideia surgiu
após apelo de indígenas, que revelaram mortes por ingestão de água
contaminada no interior do Amazonas. Segundo o desenvolvedor do
equipamento, o pesquisador alemão Roland Vetter, a iniciativa para
elaboração da tecnologia veio em forma de apelo. Índios da etnia Deni
pediram ajuda para frear a ocorrência de doenças causadas por água
contaminada. “Nós queríamos instalar para eles um secador solar para
madeira e frutas. Eles disseram ‘É muito bom, mas não é disso que
precisamos’. Eles estavam morrendo por ingerir água suja do rio Xeruã”,
contou.

Conforme Vetter, 11 índios Deni morreram vítimas de doenças diarreicas


causadas por bactérias da espécie Escherichia coli somente em 2005. O
quadro clínico, semelhante ao da cólera, assustou os indígenas.

De acordo com o pesquisador, a desinfecção da água ocorre porque os


microrganismos, em contato com os raios ultravioleta tipo C, perdem a
capacidade de se multiplicar. Em termos técnicos, a luz provoca um dano
fotoquímico instantâneo no material genético dos microrganismos, o que
causa o efeito desinfetante.

Anteriormente nomeado ‘Água Box’, o equipamento pesa cerca de 15 kg e


pode "limpar" facilmente água de rios, poços e da chuva. De acordo com
Vetter, água de rios urbanos, como a Bacia do Turamã, em Manaus, ou o Rio
Tietê, em São Paulo, também pode ser purificada pelo equipamento, que
realiza uma filtragem prévia para conter alguns resíduos sólidos, como areia
e outros sedimentos.

A luz do sol é capturada por painéis solares, que mantêm carregada uma
bateria dentro do equipamento. Dessa forma, a tecnologia garante o
funcionamento de uma lâmpada ultravioleta, responsável pela destruição
dos microrganismos. Com o processo de filtragem adequado - cujo
equipamento específico é anexado ao Ecolágua -, o pesquisador do Inpa,
Ray Cleise, que fez parte da concepção da tecnologia, garante que águas
turvas podem se tornar límpidas.

A máquina garante a eficiência de desinfecção em 99,99%, conforme testes


feitos em laboratório. Uma mostra d'água coletada do Rio Solimões
constatou a contaminação por bactérias Escherichia coli, que estão
presentes no intestino humano, além de índices de turbidez superiores ao
admissível. Após o tratamento com a tecnologia, as bactérias foram
destruídas e a turvação passou de 27,90 UNT - Unidade Nefelométrica de
Turbidez - para 1,64 UNT. O produto começou a ser disponibilizado no
mercado há cerca de dois meses, pela empresa Qluz Ecoenergia. De acordo
com o empresário responsável pela venda do produto, Roberto Lavor, a
expectativa é de que a máquina beneficie não só brasileiros, mas também
pessoas de todas as regiões do mundo. "Nós temos um grande potencial de
água doce, que não é mais potável, pois está suja e cheia de impurezas.
Vivemos na maior bacia hidrográfica do planeta, mas que não garante aos
ribeirinhos o acesso à água potável. O 'Ecolágua' é um instrumento viável
que torna a água potável de forma quase instantânea", explicou Lavor.

Disponível em http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2014/11/na-amazonia-
tecnologia-usa-raios-uv-e-sol-para-purificar-agua-de-rios.html. Acesso em 12 nov.
2014 (com adaptações).

Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta.

I. O raio ultravioleta do tipo C é usado para purificar a água de rios por meio
de danos no material genético dos microrganismos.
II. O equipamento desenvolvido pelo Inpa é composto por um conjunto de
filtros para redução da turbidez da água.
III. O Ecolágua tem painéis solares, que alimentam uma bateria responsável
pelo funcionamento de uma lâmpada ultravioleta cuja função é danificar o
material genético dos microrganismos.
IV. O Ecolágua tem filtros que, alimentados por uma bateria, são capazes de
retirar todo material particulado da água em tratamento.
V. Ray Cleise, que fez parte da concepção do desenvolvimento do
equipamento, garante que águas turvas podem se tornar límpidas apenas
pela ação solar.

Resposta Selecionada: c.

Apenas as afirmativas I e III estão corretas.

Respostas: a.

Apenas as afirmativas I e V estão corretas.

b.

Apenas as afirmativas II e IV estão corretas.

c.

Apenas as afirmativas I e III estão corretas.

d.

Apenas a afirmativa III está correta.

e.

Nenhuma afirmativa está correta.


Comentário Resposta: C.
da resposta: Comentário: O texto afirma que os microrganismos, quando
expostos aos raios ultravioleta tipo C, perdem a capacidade de
se multiplicar. Esse tipo de luz provoca danos fotoquímicos
instantâneos no material genético das bactérias, o que gera
efeito desinfetante. O texto descreve o Ecolágua como um
equipamento composto de painéis solares, bateria e uma
lâmpada ultravioleta. A aplicação de equipamentos de filtragem
complementa a ação do Ecolágua.

• Pergunta 9
0,5 em 0,5 pontos
Leia o texto a seguir.

Para especialista da OMS, ebola pode ter matado milhares além do oficial.
Especialista diz que famílias podem ter enterrado pessoas em segredo.
Cálculo é baseado em taxa de mortalidade de países mais afetados.

Agência France Presse (AFP)

O número real de vítimas mortais da letal epidemia de ebola provavelmente


excederá em milhares as 4.818 do último balanço, difundido pela
Organização Mundial da Saúde (OMS), advertiu um especialista desta
organização. "Há muitíssimas mortes não registradas nesta epidemia",
afirmou à AFP Christopher Dye, responsável pela Estratégia da OMS,
considerando que as vítimas mortais fora do registro oficial podem chegar a
5 mil.

Para chegar a esse número, ele se baseou na taxa de mortalidade da doença


nos países mais afetados (Guiné, Serra Leoa e Libéria), que é de 70%. A OMS
estimou haver um total de 13.042 casos diagnosticados, o que significa que
muitas mortes não foram comunicadas.

Segundo Dye, uma explicação para essa diferença é que as pessoas teriam
enterrado familiares em segredo, para evitar que autoridades interferissem
em seus ritos funerários, que incluem lavar e tocar o morto. O contato com
pessoas portadoras do vírus é o responsável por boa parte dos contágios,
razão pela qual as autoridades sanitárias dos países afetados no oeste da
África estão realizando um forte trabalho de conscientização para que os
corpos das pessoas infectadas sejam incinerados.

Disponível em http://g1.globo.com/bemestar/ebola/noticia/2014/11/para-especialista-
da-oms-ebola-pode-ter-matado-milhares-alem-do-oficial.html. Acesso em 07 nov. 2014
(com adaptações).

Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as afirmativas.

I. Se a taxa de mortalidade é de 70% e o número total de casos é de 13.042,


estimam-se mais de 9.000 mortes.
II. Segundo o texto, os rituais funerários de vários grupos revelam ignorância
e atraso cultural e isso explica o fato de algumas doenças primitivas só
existirem no continente africano.
III. Segundo o texto, as pessoas enterram seus familiares em segredo
porque as normas para evitar o contágio impediriam seus rituais.

Está correto o que se afirma em:

Resposta Selecionada: a.

I e III, somente.

Respostas: a.

I e III, somente.

b.

I e II, somente.

c.

III, somente.

d.

I, somente.

e.

I, II e III.

Comentário Resposta: A.
da resposta: Comentário: I – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. Calculando-
se o produto 0,70x13.042, chega-se ao número de 9.129
mortes. II – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto não
afirma que os povos são ignorantes ou atrasados, apenas
informa que deve haver mortes não declaradas.
III – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. Os ritos incluem lavar e
tocar os mortos, de acordo com o texto. Essas práticas seriam
proibidas pelos órgãos públicos porque poderiam propagar o
vírus.
• Pergunta 10
0,5 em 0,5 pontos
Leia a charge e a notícia a seguir.

Disponível em https://www.facebook.com/BoicoteOConsumismo/photos.
Acesso em 13 nov. 2014.
Brasil desperdiça 40 mil toneladas de alimentos todos os dias

Embrapa diz que 19 milhões de pessoas poderiam ser alimentadas com alimento jogado
fora. De acordo com o órgão, o desperdício ocorre, principalmente, durante a preparação de
refeições.

Mônica Clica/Flickr

São Paulo
– O desperdício de alimentos no Brasil chega a 40 mil toneladas por dia, segundo pesquisa
da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Empraba). Anualmente, a quantia
acumulada é suficiente para alimentar cerca de 19 milhões de pessoas diariamente. De
acordo com o estudo, a maior parte dos alimentos é desperdiçada durante o preparo das
refeições.

O nutricionista Gilcélio Gonçalves de Almeida explica que grande parte dos nutrientes dos
alimentos está na casca e que se perde muito com o hábito de descascar legumes e frutas. “A
casca da banana pode ser usada para fazer doce ou farofa e ela continua com as
propriedades alimentares que ela tem”, argumenta. Além disso, o nutricionista aponta que a
casca da abóbora ajuda a controlar o açúcar no sangue.

Disponível em http://www.redebrasilatual.com.br. Acesso em 13 nov. 2014 (com


adaptações).
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as afirmativas.

I. A culpa pelo desperdício de alimentos é, em grande parte, atribuída ao cultivo de produtos


orgânicos, como mostram os dois textos, pois esse tipo de produção requer técnicas que
descartam partes das frutas, das verduras e dos legumes.
II. A crítica da charge baseia-se na oposição entre aqueles que podem escolher o consumo de
produtos mais caros e os que não têm acesso à alimentação digna.
III. O foco da charge é a crítica à produção de orgânicos, que, por serem em geral mais caros
do que os não orgânicos, geram mais desperdícios.
IV. De acordo com a notícia, estima-se que 19 milhões de pessoas passem fome no Brasil.

Está correto o que se afirma somente em:

Resposta Selecionada: e.

II.
Respostas: a.

I e II.
b.

II e III.
c.

I e IV.
d.

II e IV.
e.

II.
Comentário Resposta: E.
da resposta: Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Nenhum dos textos
culpa os produtos orgânicos pelo desperdício de alimentos. II – Afirmativa
correta. JUSTIFICATIVA. O humor é construído pelo contraste irônico dos
personagens. De um lado, os que podem optar por produtos mais refinados,
por terem bom poder aquisitivo; de outro, o menino pobre, que tem que se
alimentar com o que acha no lixo. Também a polissemia da palavra
“orgânico” contribui para o efeito humorístico. III – Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. O foco da charge é a crítica à desigualdade social existente
no mundo. IV – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A notícia afirma que o
desperdício poderia alimentar 19 milhões de pessoas diariamente, e não
que esse é o número de brasileiros que passam fome.

Domingo, 4 de Setembro de 2022 17h53min29s GMT-03:00


OK

Você também pode gostar

pFad - Phonifier reborn

Pfad - The Proxy pFad of © 2024 Garber Painting. All rights reserved.

Note: This service is not intended for secure transactions such as banking, social media, email, or purchasing. Use at your own risk. We assume no liability whatsoever for broken pages.


Alternative Proxies:

Alternative Proxy

pFad Proxy

pFad v3 Proxy

pFad v4 Proxy