4.6-Superestr Lastro 4
4.6-Superestr Lastro 4
Tt
Figura 4.29
h
Tp
CONCLUSÃO: O dimensionamento do lastro se resumirá na determinação dessa altura “h” que irá
nortear uma tensão “Tp” inferior a tensão admissível no solo (Tadm).
O gráfico demostra que são várias as teorias sobre a altura ideal do lastro, o que deverá ser debatido no
capítulo 8 deste curso, ANÁLISE DO COMPORTAMENTO MECÂNICO DA VIA. No presente capítulo será
somente apresentado, a título ilustrativo, a metodologia que foi usada na EFVM para o dimensionamento da
altura de lastro e espaçamento dos dormentes, em fevereiro de 1983.
Assim sendo, o estudo é desenvolvido no sentido da pesquisa da melhor relação técnica entre a altura de
lastro e o espaçamento dos dormentes, para as condições e elementos da EFVM.
O cálculo é complementado com a verificação do carregamento no leito em função do ângulo de
espraiamento para a relação "h = f (e)" obtida em função de um modelo geométrico de distribuição de
carga, com definição do maior espaçamento ("e = f {h}") possível para as condições atuais da via da EFVM.
PREMISSA de DIMENSIONAMENTO: A altura “h”, do lastro, deverá ser tal que a tensão na plataforma
("Tp") não ultrapasse a tensão admissível do solo, "Tadm".
o
Sd
Ss L
L
f dormente f
b a L
a h
lastro
leito
x.1.3.1- Cálculo da área "Sd", área de distribuição de carga do dormente sobre o lastro
x.1.3.2- Cálculo da área "Ss", área de distribuição de carga do lastro sobre o sublastro
De acordo com as figuras acima, pode-se deduzir:
Ss = (L + 2.h.tg(a)) . (b + 2.h.tg(a))
onde: "L" e "b" já foram enunciados anteriormente.
h - altura de lastro
a - angulo de espraiamento
2
=> ângulo a = arc sen .((Log E) / 22) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30,11 graus
.............................. 0,53 radianos
==> Ss = (L + 2.h.tg(a)) . (b + 2.h.tg(a))
ou
2
= 1,345 h +132,58 h + 2167,27
2
===> portanto: Sd = . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.167 cm
2
Ss = 1,345.h + 132,58.h + 2167,27
-
dormentes, conforme: Tt = Q . e . Sd . c
2 . Sd 8. EJ. e
Q = Qn (1 + )
sendo: Qn - carga estática (nominal) por roda. Para a EFVM = . . . . . . . . . . . 12.500 kg
- fator de segurança por efeito do estado da via. Para a EFVM . . . . 0,3
= 0,1 - para vias em ótimo estado de conservação
= 0,2 - para vias em bom estado de conservação
= 0,3 - para vias em mal estado de conservação
- fator de segurança por efeito da velocidade --> 1 + V - 60
onde v = velocidade em km/h 140
2 4/3
ou --> e= 0,4 * (1,345 h + 132,58 h + 2.167,27) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (1)
163,39
==> Da fórmula acima pode-se tirar a seguinte relação entre "h" e "e".
para . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . h = e=
20 30,93
25 38,57
30 47,20
35 56,83
40 67,53
70
60
50
40
30
20
0 10 20 30 40 50
Altura de lastro (cm)
Interceptando as linhas de carga por um plano sob os dormentes, plano esse formado pela plataforma,
pode-se definir o modelo simplificado para estudo da estrutura férrea.
Assim, de acordo com
e
o modelo ao lado tem-se
na plataforma duas áreas
distintas. A área "x",
composta de "g+b+g",
que sofre a distribuição
da carga transmitida a a R
h b
pelo lastro, e a área
"y", que não sofre
efeito do carregamento.
g b g y x
Essa área "y", não
solicitada, forma uma
descontinuidade no carregamento da plataforma, o que ocasiona levantamento do leito em solos menos
resistentes, como o ilustrado como "R" na figura acima. Essa situação inadequada leva à contaminação
do lastro pelo solo, com formação de "bolsão de lastro" e "laqueados".
.
Na prática, devido às tolerâncias de nivelamento permitidas tanto na plataforma (+/- 3cm) como no ângulo de
inclinação (3%), que podem gerar uma redução da ordem de 3 a 3,5 cm na altura de lastro, na condição
mais desfavorável, adota-se um espaçamento reduzido de tal ordem que garanta a eliminação da área "y",
de descontinuidade de carregamento. Isso poderá criar uma área "z" (ver figura abaixo) de sobregarga de
solicitação, mas ela não será prejudicial como o seria a "y".
O espaçamento de garantia será emax
aquele que gerará uma altura de lastro
reduzida em 6 cm (seis), 3 cm da
tolerância na altura da plataforma,
mais 3 cm referente à tolerância
percentual da inclinação. b
Assim, o espaçamento máximo a
h- 6
prático será:
emax b + 2.(h-6).tg(a)
b + 2.h.tg(a) - 12.tg(a)
z
o
Como o ângulo "a", de espraiamento é de 30,11 , concluído no item anterior, tem-se:
emax = b + 1,16 h - 6,96
para a EFVM, com b = 24 cm no dormente de madeira, decorrerá a expressão:
x.3- CONCLUSÃO:
A expressão (1) apresenta a relação "e = f (h)" em decorrência da resistência estrutural da via e
solicitações a ela imposta. A expressão (2) define a condição do maior espaçamento recomendado
para a altura de lastro em função de condições geométricas de distribuição de carga.
==> Das expressões (1) e (2) pode-se tirar os valores de "e = f (h)"
para . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . h = e = f (1) e = f (2)
20 30,93 40,24
25 38,57 46,04
30 47,20 51,84
35 56,83 57,64
40 67,53 63,44
O gráfico abaixo, resultante dos dados da tabela acima, de "e = f (h)" para as expressões (1) e (2), mostra
que:
=> O espaçamento máximo que atende às duas expressões é de 58,8 cm, para uma altura de lastro
de 36 cm
=> O espaçamento mínimo pode ser considerado de 50 cm, até então adotado na EFVM. A altura de
lastro praticada é de 40 cm.
70
65 "e" em função da expressão (1)
"e" em função da expressão (2)
60
55 p/ h = 36
54
(cm)
50 e = 58,8
45
40
35 33,6
30
0 10 20 30 40 50
Altura de lastro (cm)
Assim, pode-se considerar aceitável para a EFVM valores de espaçamento de dormentes variando
de 50 a 58,8 cm (2.000 a 1700 dormentes por km), com correspondente variação na altura de lastro
de 31,6 a 36 cm.
x.4- Sugestão:
Atendendo às expressões com segurança, pode-se sugerir a relação e = 54 cm e h = 35 cm,
ou seja altura de lastro de 35 cm e taxa de dormentação de 1851 peças por km