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4.6-Superestr Lastro 4

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4.

2 –LASTRO - (15 de 25)


B
Custo de limpeza de lastro &
P
4.2.8- Custo de limpeza de lastro:
Somente a título de notícia pode-se citar valores aproximados praticados e cotados para limpeza do
lastro na EFVM, no ano de 1999.
 Limpeza manual cotada por Empreiteiros: . . . . . . . . . . . . . US$ 12.000,00 por km de linha.
 Desguarnecimento mecanizado (limpeza): . . . . . . . . . . . . . US$ 6.000,00 por km de linha.
No valor de desguarnecimento acima não entrou o custo de capital do equipamento. Como o valor do
equipamento usado na EFVM é aproximadamente US$ 3.300.000,00, internado, o valor final do
desguarnecimento mecanizado alcançaria a:
 Desguarnecimento mecanizado (custo de produção + custo de capital): US$ 17.500,00 por km de linha.
É lógico que mesmo 37,5 % mais caro, o serviço mecanizado seria vantajoso devido a sua eficiência.
O fabricante Plasser & Theurer divulgou um custo médio de manutenção de lastro praticado em
diversas ferrovias, conforme apresentado na Figura 4.28. No quadro verifica-se, na primeira linha, que o
custo de desguarnecimento está em US$ 17.200,00 / km em países de baixo custo, valor coerente com o da
EFVM. No entanto para a limpeza manual o quadro apresenta um valor de US$ 63.000,00/km, muito
superior aos 12.000 praticados no Brasil, o que é justificado pelo baixo valor do homem x hora brasileiro.
O quadro da Figura 4.20 apresenta também os demais itens constantes do custo de manutenção de
lastro.
Figura 4.28 – Quadro de custos de manutenção de lastro divulgado pela Plasser & Theurer

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4.2 –LASTRO - (16 de 25)
B
Dimensionamento da altura de lastro &
P
4.2.9 – Dimensionamento da altura de lastro
De acordo com o já explanado no início desse item 4, as altas cargas impostas aos trilhos, da ordem
de 3.000 kg/cm2, devem chegar à plataforma com uma grandeza não superior à baixa capacidade de suporte
do solo, com aproximadamente 0,6 kg/cm2, como ilustrado na Figura 4.4, abaixo repetida.
A tensão de contato roda/trilho gerará, através das distribuições de área nos componentes chapa de
apoio e dormente, uma tensão muito menor sobre a capa superior do lastro, tensão “Tt” sobre a área “Sd”. A
tensão “Tp” que chegará à plataforma (capa inferior do lastro) será tão menor quanto maior for a área “Ss”,
isso decorrente da distribuição de carga proporcionada pelo prisma de carregamento do lastro. Ver Figuras
4.4 e 4.29.

Tt

Figura 4.29
h
Tp

Tt – tensão na capa superior do lastro

Tp – tensão na capa inferior do lastro

Assim, no prisma de carregamento, Figura 4.29, verifica-se que:


 “Tt” e “Sd” serão inputs para o dimensionamento, valores fixos oriundos do carregamento do trem e das
dimensões dos trilhos, chapas de apoio, dormente e bitola da linha.
 “Tp” será função de “Ss”. Quanto maior a área, tanto menor a tensão decorrente.
 “Ss” será função da altura “h” (também haverá a influência do espaçamento dos dormentes e do ângulo
de espraiamento, como será mostrado a seguir)

CONCLUSÃO: O dimensionamento do lastro se resumirá na determinação dessa altura “h” que irá
nortear uma tensão “Tp” inferior a tensão admissível no solo (Tadm).

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4.2 –LASTRO - (17 de 25)
B
Cálculo da altura de lastro &
P
No gráfico da Figura 4.30 é mostrado o resultado da relação entre a altura de lastro e a razão das tensões
“Tt/Tp”, para variadas metodologias adotadas por diversas ferrovias (gráfico extraído do livro Tratado de
Ferrocarriles I, de Rives e Lopes Pita)

Figura 4.30 – distribuições das pressões no lastro segundo distintas formulações

O gráfico demostra que são várias as teorias sobre a altura ideal do lastro, o que deverá ser debatido no
capítulo 8 deste curso, ANÁLISE DO COMPORTAMENTO MECÂNICO DA VIA. No presente capítulo será
somente apresentado, a título ilustrativo, a metodologia que foi usada na EFVM para o dimensionamento da
altura de lastro e espaçamento dos dormentes, em fevereiro de 1983.

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4.2 –LASTRO - (18 de 25)
B
Cálculo da altura de lastro – Estudo EFVM 23/02/1983 &
P
4.2.9.1- Cálculo EFVM da altura de lastro em função da tensão admissível no solo:
Estudo elaborado em 23/02/1983

X- ESTUDO SOBRE A RELAÇÃO ENTRE O ESPAÇAMENTO DOS DORMENTES E A ALTURA DO LASTRO


EFVM - 23 de fevereiro de 1983 - Ernani Duval

PREMISSA BÁSICA: A altura de lastro é diretamente proporcional à capacidade de suporte da linha e


inversamente proporcional à resistência aos seus movimentos, bem como ao número
de dormentes por km. Disso resulta que economicamente seria aconselhável a adoção de uma maior altura
de lastro para, em consequência, reduzir o custo com adoção de um menor quantitativo de dormentes.
Todavia, tecnicamente o adequado é a adoção da altura mínima de lastro compatível com a capacidade de
suporte dos elementos da via, em seu estado tensional.

Assim sendo, o estudo é desenvolvido no sentido da pesquisa da melhor relação técnica entre a altura de
lastro e o espaçamento dos dormentes, para as condições e elementos da EFVM.
O cálculo é complementado com a verificação do carregamento no leito em função do ângulo de
espraiamento para a relação "h = f (e)" obtida em função de um modelo geométrico de distribuição de
carga, com definição do maior espaçamento ("e = f {h}") possível para as condições atuais da via da EFVM.

x.1- RELAÇÃO ENTRE a ALTURA de LASTRO e o ESPAÇAMENTO dos DORMENTES

PREMISSA de DIMENSIONAMENTO: A altura “h”, do lastro, deverá ser tal que a tensão na plataforma
("Tp") não ultrapasse a tensão admissível do solo, "Tadm".

Sd - área de apoio do dormente, sobre o lastro, correspondente


Tt a um único trilho.
Sd Ss - área de distribuição das cargas no solo, correspondente a
solicitação de um único trilho.
Tt - tensão na superfície inferior do dormente, em apoio no lastro
Tp Ss Tp - tensão na plataforma decorrente da solicitação de carga
de um único trilho.

De acordo com a premissa de dimensionamento -> Tp = f (h) Tadm .

da figura acima tira-se a relação: .Tp


. .=. .Tt. . .Sd
. . . . ou Tt . Sd Tadm
Ss Ss

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4.2 –LASTRO - (19 de 25)
B
Cálculo da altura de lastro – Estudo EFVM 23/02/1983 &
P

x.1.1- PARÂMETROS da EFVM


_ Índice de CBR da plataforma praticado da fase das obras de duplicação . . . . 12
_ ombro do dormente - distância de sua extremidade ao eixo do trilho . . . . . . . 61,32 cm
_ altura útil do dormente de madeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17,00 cm
_ largura do dormente de madeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24,00 cm
,
x.1.2- Cálculo da tensão admissível no leito, Tadm
De acordo com Heukelom e Klomp, a "Tadm" pode ser expressa

por: Tadm = 0,006 . Ed onde: Ed = módulo de elasticidade dinâmico do solo


o 6
1 + 0,7 LogN N = n de ciclos de carga 2 . 10 .

Na aplicação prática dessa fórmula, o professor Eisenmann usou o coeficiente


de segurança dinâmico tal que permitess a seguinte correlação entre o módulo de
elasticidade dinâmico e o índice CBR (Califórnia Bearing Ratio):
Ed = 30,03 . CBR
Usando o índice CBR praticado nas obras de duplicação da linha . . . . . . . . .. 12
ter-se-á: Ed . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . -> 360,36
Tadm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . -> 0,40

x.1.3- Cálculo das áreas "Ss" e "Sd" de distribuição de carga.


As áreas Ss e Sd podem ser calculadas de acordo com a proposição de Clarke,
que considerou a distribuição do tipo espacial para a distribuição das pressões:
conforme:

o
Sd

Ss L
L

f dormente f

b a L
a h
lastro
leito

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B
Cálculo da altura de lastro – Estudo EFVM 23/02/1983 &
P
.

x.1.3.1- Cálculo da área "Sd", área de distribuição de carga do dormente sobre o lastro

Sd = L . b onde b - largura do dormente


L - comprimento de solicitação de carga ao
longo do dormente
* Cálculo de L:

de acordo com Clarke => L = 2.o. 1 - 0,036 . o


3/4
f

onde: o = ombro do dormente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61,32 cm


f = altura útil do dormente .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17,00 cm
=> L = 2 . o . ( 1 - (0,035 . o / f 3/4)) . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . 90,30 cm

* b - largura do dormente da EFVM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24,00 cm


2
==> Sd = L.b = . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.167,27 cm

x.1.3.2- Cálculo da área "Ss", área de distribuição de carga do lastro sobre o sublastro
De acordo com as figuras acima, pode-se deduzir:
Ss = (L + 2.h.tg(a)) . (b + 2.h.tg(a))
onde: "L" e "b" já foram enunciados anteriormente.
h - altura de lastro
a - angulo de espraiamento

* Cálculo do ângulo de espraiamento "a"


O ângulo de distribuição de carga, ou de espraiamento, é adotado nas diversas
o o
ferrovias na ordem de 30 a 45 . No entanto, de acordo com Rafirou, existe
uma relação entre o ângulo e o módulo de elasticidade do lastro,
2 te
na razão de: Log E = C = 22 onde E = módulo de elasticidade do lastro
Sen d
de acordo com resultados de Kjellman e Jacobson, sobre deformação do lastro,
os seguintes valores de módulo de elasticidade são válidos:
E = 2.400 a 2.700 kg/cm2 para lastro de escória
E = 2.000 a 2.200 kg/cm2 para lastro granítico normal -3,66

_ para efeito de cálculo, adotou-se E = 2.100 para a EFVM 2.100,00

2
=> ângulo a = arc sen .((Log E) / 22) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30,11 graus
.............................. 0,53 radianos
==> Ss = (L + 2.h.tg(a)) . (b + 2.h.tg(a))
ou
2
= 1,345 h +132,58 h + 2167,27

2
===> portanto: Sd = . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.167 cm
2
Ss = 1,345.h + 132,58.h + 2167,27
-

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Cálculo da altura de lastro – Estudo EFVM 23/02/1983 &
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x.1.4- Cálculo da tensão "Tt" sob a face inferior do dormente.


Diversas são as fórmulas para cálculo desta tensão, porém somente Eisenmann
apresentou um cálculo relacionando a altura de lastro com o espaçamento dos

dormentes, conforme: Tt = Q . e . Sd . c
2 . Sd 8. EJ. e

sendo: Q - carga dinâmica da roda (kg)


e - espaçamento dos dormentes (cm)
2
Sd - área de apoio real de um dormente, correspondente a um trilho (cm )
2
E - módulo de elasticidade do aço = . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,1E+06 kg/cm .
4
J - momento de inércia do trilhos. Para a EFVM = TR 136 RE . . . . 3.949 cm .
3
c - coeficiente de lastro (kg/cm ). Para a EFVM . . . . . . . . . . . . . . . . 5
= 2 - para infra-estruturas ruins
= 5 - para infra-estruturas boas
= 10 - para infra-estruturas ótimas

Q = Qn (1 + )
sendo: Qn - carga estática (nominal) por roda. Para a EFVM = . . . . . . . . . . . 12.500 kg
 - fator de segurança por efeito do estado da via. Para a EFVM . . . . 0,3
= 0,1 - para vias em ótimo estado de conservação
= 0,2 - para vias em bom estado de conservação
= 0,3 - para vias em mal estado de conservação
 - fator de segurança por efeito da velocidade --> 1 + V - 60
onde v = velocidade em km/h 140

-> Q = Qn (1 + ) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16.250 kg

com substituição dos valores na fórmula . . . . . T


. t = Q . e . Sd . c
2 . Sd 8. EJ. e
3/4
resulta ==> Tt = x . e , sendo x = . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . 0,0754
.

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Cálculo da altura de lastro – Estudo EFVM 23/02/1983 &
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.
.
x.1.5- Relação entre a altura de lastro e espaçamento dos dormentes "e = f (h)"

da premissa de dimensionamento: Sd . Tt Tadm


Ss
3/4
tem-se: 2.167 . 0,0754.e 0,4
2
1,345.h + 132,58.h + 2.167,27

2 4/3
ou --> e= 0,4 * (1,345 h + 132,58 h + 2.167,27) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (1)
163,39

==> Da fórmula acima pode-se tirar a seguinte relação entre "h" e "e".
para . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . h = e=
20 30,93
25 38,57
30 47,20
35 56,83
40 67,53

A tabela acima resulta no seguinte gráfico de relação "h" X "e":


Relação entre altura de lastro e espaçamento dos
dormentes
Espaçamento (cm)

70

60

50

40

30

20
0 10 20 30 40 50
Altura de lastro (cm)

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x.2- VERIFICAÇÃO do CARREGAMENTO no LEITO em FUNÇÃO do ÂNGULO de ESPRAIAMENTO

* Distribuição de carga no sentido longitudinal da linha


De acordo com Talbot, a distribuição de carga sob os dormentes tem a
configuração do desenho abaixo:
Profundidade do lastro em
cm

Distribuição da pressão sob o dormente (% de P)

Interceptando as linhas de carga por um plano sob os dormentes, plano esse formado pela plataforma,
pode-se definir o modelo simplificado para estudo da estrutura férrea.
Assim, de acordo com
e
o modelo ao lado tem-se
na plataforma duas áreas
distintas. A área "x",
composta de "g+b+g",
que sofre a distribuição
da carga transmitida a a R
h b
pelo lastro, e a área
"y", que não sofre
efeito do carregamento.
g b g y x
Essa área "y", não
solicitada, forma uma
descontinuidade no carregamento da plataforma, o que ocasiona levantamento do leito em solos menos
resistentes, como o ilustrado como "R" na figura acima. Essa situação inadequada leva à contaminação
do lastro pelo solo, com formação de "bolsão de lastro" e "laqueados".
.

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Cálculo da altura de lastro – Estudo EFVM 23/02/1983 &
P
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A condição ideal de carregamento


no leito ocorrerá quando e
"y = 0",
ou seja, de acordo com o modelo
da figura ao lado. Assim, a
condição ideal será quando:
e = 2.g + b ou h a b a
e = 2 .h .tg(a) + b

sendo e - espaçamento entre dormentes


b - largura dos dormentes g b g x
a - ângulo de espraiamento
h - altura de lastro

Na prática, devido às tolerâncias de nivelamento permitidas tanto na plataforma (+/- 3cm) como no ângulo de
inclinação (3%), que podem gerar uma redução da ordem de 3 a 3,5 cm na altura de lastro, na condição
mais desfavorável, adota-se um espaçamento reduzido de tal ordem que garanta a eliminação da área "y",
de descontinuidade de carregamento. Isso poderá criar uma área "z" (ver figura abaixo) de sobregarga de
solicitação, mas ela não será prejudicial como o seria a "y".
O espaçamento de garantia será emax
aquele que gerará uma altura de lastro
reduzida em 6 cm (seis), 3 cm da
tolerância na altura da plataforma,
mais 3 cm referente à tolerância
percentual da inclinação. b
Assim, o espaçamento máximo a
h- 6
prático será:
emax b + 2.(h-6).tg(a)
b + 2.h.tg(a) - 12.tg(a)
z
o
Como o ângulo "a", de espraiamento é de 30,11 , concluído no item anterior, tem-se:
emax = b + 1,16 h - 6,96
para a EFVM, com b = 24 cm no dormente de madeira, decorrerá a expressão:

emax = 1,16.h + 17,04 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (2)

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x.3- CONCLUSÃO:
A expressão (1) apresenta a relação "e = f (h)" em decorrência da resistência estrutural da via e
solicitações a ela imposta. A expressão (2) define a condição do maior espaçamento recomendado
para a altura de lastro em função de condições geométricas de distribuição de carga.

==> Das expressões (1) e (2) pode-se tirar os valores de "e = f (h)"
para . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . h = e = f (1) e = f (2)
20 30,93 40,24
25 38,57 46,04
30 47,20 51,84
35 56,83 57,64
40 67,53 63,44

O gráfico abaixo, resultante dos dados da tabela acima, de "e = f (h)" para as expressões (1) e (2), mostra
que:
=> O espaçamento máximo que atende às duas expressões é de 58,8 cm, para uma altura de lastro
de 36 cm
=> O espaçamento mínimo pode ser considerado de 50 cm, até então adotado na EFVM. A altura de
lastro praticada é de 40 cm.

Relação entre o espaçamento dos dormentes e altura de lastro


Espaçamento dos dormentes

70
65 "e" em função da expressão (1)
"e" em função da expressão (2)
60
55 p/ h = 36
54
(cm)

50 e = 58,8

45
40
35 33,6
30
0 10 20 30 40 50
Altura de lastro (cm)

Assim, pode-se considerar aceitável para a EFVM valores de espaçamento de dormentes variando
de 50 a 58,8 cm (2.000 a 1700 dormentes por km), com correspondente variação na altura de lastro
de 31,6 a 36 cm.

x.4- Sugestão:
Atendendo às expressões com segurança, pode-se sugerir a relação e = 54 cm e h = 35 cm,
ou seja altura de lastro de 35 cm e taxa de dormentação de 1851 peças por km

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