Pontos Gatilho - Dor Miofascial
Pontos Gatilho - Dor Miofascial
UMA INTRODUÇÃO
À DOR MIOFASCIAL
Dor miofascial:
A dor originada por um ponto-gatilho miofascial ativo.
Ponto-gatilho miofascial:
Um local hiper irritado dentro de uma banda tensa do músculo
esquelético ou sua fáscia associada. É doloroso mediante com-
pressão e pode lembrar um padrão de referência característico
de dor ou disfunção autonômica. Pode apresentar um sinal do
pulo (jump sign) ou ocorrer uma reação contrátil (reação de
twitch). [2]
1
UMA BREVE
VISÃO
HISTÓRICA
No Oriente, observações e tratamentos clínicos para PGs provavelmente levaram à
evolução das primeiras técnicas de Acupuntura. A descrição de pontos Ah Shi ba-
seia-se na exclamação positiva do paciente (“ah sim, essa é a minha dor)” quando o
ponto é comprimido e isso é clinicamente muito semelhante ao “sinal do pulo”. Essa
exclamação geralmente ocorre em sequência à esse reflexo involuntário, que é fre-
quentemente visto ao palparmos a banda tensa de um PG ativo. A localização dos
PGs geralmente está precisamente correlacionada com o de pontos de Acupuntura
clássicos[3][4] e seus padrões de sensação referida associados às vezes descrevem
um caminho muito semelhante ao dos meridianos descritos pela Acupuntura clássi-
ca. Um exemplo muito familiar dessa associação é o do PG encontrado próximo à
borda do músculo trapézio superior, precisamente no ponto de acupuntura GB21.
Ao longo dos últimos 150 anos, no Ocidente, inúmeros termos foram aplicados ao PG,
causando confusão no meio médico. Termos como “calosidade muscular”,[5] “reu-
matismo muscular”,[6] “miosite crônica reumática”,[7] “miogelose”[8] e “rigidez
muscular” [9] foram os termos que antecederam o termo “fibrosite”, que foi introduzi-
do por Gowers em 1904.[10] Esse último termo surpreendentemente sobreviveu no uso
comum até há pouco tempo, considerando que a inflamação do tecido conjuntivo
nunca foi demonstrada consistente e confiantemente em estudos de biopsia.[2]
Em 1938, após observar os padrões de dor referida descritos por alguns de seus paci-
entes com nódulos musculares sensíveis, Kellgren investigou os padrões de dor referi-
da gerados ao injetar solução salina hipertrônica nos músculos e em outros tecidos
moles de indivíduos saudáveis num contexto experimental e, em nome da ciência, ele
próprio sujeitou-se a vários desses procedimentos.[11] No músculo, ele descobriu que
a dor distribuía-se de forma mais difusa que em outros tecidos moles e que, conforme
o estímulo intensificava, o padrão de dor irradiava para uma área ainda mais ampla.
Kellgren e seus colegas concluíram que as distribuições desses padrões de sensação
referida eram geralmente segmentares, mas reconheceram que a dor deve ter um
“caminho comum” no sistema nervoso central quando diversos segmentos medu-
lares eram incluídos.
Travell, uma médica americana, dedicou a sua carreira ao estudo dos “pontos-gatilho
miofasciais”. Inicialmente, ela enfatizou a importância do padrão de referência do PG
e sugeriu que qualquer proliferação fibroblástica era secundária a um distúrbio fun-
cional, com as alterações patológicas ocorrendo somente se a condição existia há
muito tempo. Ela desenvolveu o conceito de que a característica de autoperpetuação
dos PGs dependia de um mecanismo de retroalimentação entre o PG e o sistema ner-
voso central.[14] Posteriormente, ela colaborou com Simons na criação de um manual
muito abrangente acerca do campo de conhecimento, que agora é conhecido popu-
larmente como síndrome da dor miofascial (SDM).[2]
2
FISIOPATOLOGIA
Para dar uma dimensão clínica, Couppé et al realizaram um trabalho importante que
correlaciona as características clínicas do PG com locais que apresentam AEE.[25]
Shah et al foram especialmente inovadores no desenvolvimento de uma agulha que
pode ser usada para obter amostras, durante o agulhamento, dos constituintes do
fluido tecidual contido na região de um PG.[26]
A agulha tem as mesmas dimensões que uma agulha de Acupuntura padrão, mas é
oca e contém duas aberturas para a microdiálise. O estudo preliminar com um
pequeno número de indivíduos (n=9) mostrou que concentrações de prótons, bradi-
cinina, peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, substância P, fator de necrose tu-
moral alfa, interleucina-1 beta, serotonina e noradrenalina foram significativamente
mais altas e o pH foi significativamente mais baixo em locais de PGs ativos, em com-
paração àqueles latentes ou músculo normal.
3
Pontos-gatilho miofasciais (PGs) podem ser classificados da seguinte forma:
Pontos-gatilho miofasciais são reconhecidos por muitos médicos como uma das
causas mais comuns de dor e disfunção do sistema musculoesquelético. Na
atenção primária do Reino Unido, estimou-se que até 20% das consultas provêm
da dor miofascial.[32] Foram detectados PGs na musculatura da cintura escapular
em quase metade de um grupo de funcionários militares jovens e assintomáti-
cos[33] e com uma prevalência semelhante nos músculos da mastigação de um
grupo de estudantes de enfermagem.[34] Pontosgatilho ativos, ou seja, aqueles
que causam dor espontânea, foram diagnosticados como a fonte principal de dor
em 74% dos 96 pacientes com dor musculoesquelética examinados por um neurol-
ogista em um centro clínico de dor comunitário [35] e em 85% das 283 admissões
consecutivas em um centro de dor especializado.[36] Constatou-se que 55% dos
164 pacientes encaminhados para uma clínica odontológica por dor de cabeça e
no pescoço crônicos tinham pontos-gatilho miofasciais ativos como a causa prin-
cipal de sua dor,[37] assim como 30% daqueles com dor que se apresentaram a
um centro de medicina interna universitário de uma série consecutiva de 172 paci-
entes.[38] Um estudo de disfunções musculoesqueléticas em vilarejos da zona
rural na Tailândia demonstrou dor miofascial como o diagnóstico principal em 36%
dos 431 pacientes com dor durante os sete dias anteriores.[39]
4
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
A dor miofascial é profunda, em peso e dolorida por natureza, e pode variar muito
em gravidade. Conforme aumenta em gravidade, fica mais suscetível a um
padrão de referência amplo e não é incomum que o paciente não saiba o local ini-
cial de origem da dor. O padrão de dor referida é geralmente típico do músculo de
origem; no entanto, algumas pessoas parecem ser mais suscetíveis a desenvolver
uma referência à distância do que outras. A dor pode aumentar ao alongar ou con-
trair o músculo que contém o PG ativo. Isso pode se manifestar como uma exacer-
bação aguda da dor com o movimento ou pode se desenvolver de forma mais in-
sidiosa durante o repouso, especialmente ao dormir à noite, quando o músculo em
questão fica em uma posição mais curta ou sob leve tensão. Massagens e banhos
quentes podem aliviar a dor, mas especialmente se seguidos de um alongamento
específico do músculo em questão.
Tome cuidado com pacientes com PGs simétricos e sintomas bilaterais. As sín-
dromes de dor miofascial são raramente simétricas. Esses pacientes podem ter, ou
estar desenvolvendo, fibromialgia. Tais pacientes podem ter anormalidades sutis
do processamento sensorial e a abordagem direta de seus PGs pode não ser a in-
tervenção terapêutica ideal.
Um exame deve revelar um ponto sensível em uma banda tensa do músculo, ou
seja, um nó do músculo. A pressão sobre esse ponto provavelmente reproduzirá os
sintomas do paciente e, conforme os dedos do médico passam pelo ponto sensível
da banda (como puxar lentamente a corda de um violão), o paciente terá um re-
flexo involuntário (o “sinal do pulo”), saindo levemente da mão do médico. O paci-
ente geralmente fala algo breve ao pular, até mesmo pacientes não familiarizados
com a expressão chinesa correta, normalmente falam algo como “Ah, sim”, “é isso
mesmo”, ou “essa é minha dor”. Em músculos superficiais, é possível ver a banda
tensa contrair ao realizar essa manobra, a “Reação Contrátil Local” ou “local twitch
response”.
O agulhamento realizado por profissional habilitado pode ser útil do ponto de vista
do diagnóstico, especialmente quando é difícil sentir uma banda tensa ou ver uma
reação contrátil local (twitch). O paciente é mais suscetível a sentir dor com as
agulhas que com a compressão digital,[40] e a reação de twitch pode geralmente
ser sentida mais facilmente que visualizada.
5
Não é incomum observar que os PGs mudam de local ao longo do tratamento. Isso
é um movimento aparente decorrente da inativação de PGs satélites e da desco-
berta gradual do PG primário.
PGs podem produzir sintomas que parecem ser muito mais graves do que se espe-
raria sentir a partir da lesão original apresentada pelo paciente. Não é incomum
um médico imaginar que o paciente está exagerando os sintomas ou que são pri-
mariamente psicogênicos. Uma lesão leve e corriqueira pode produzir dor miofas-
cial grave em um paciente com inúmeros PGs latentes aguardando a sua
ativação. Esses PGs latentes podem ter surgido após lesões anteriores ou se
desenvolvido gradualmente da utilização crônica excessiva, mas permaneceram
subclínicos. Uma coleção assim de PGs latentes pode ser chamada de “banco de
lesões” e um trauma relativamente pequeno pode ativá-los todos de uma só vez,
gerando dor desproporcional à gravidade da lesão.
M. Trapézio M. Infra-Espinal
M. Glúteo Médio
6
EXAME DO MÚSCULO
PARA IDENTIFICAR PGS
Há duas técnicas principais que são usadas para palpar o músculo es-
quelético para identificar PGs. A mais universalmente aplicada é a pal-
pação plana perpendicular à direção das fibras musculares. O músculo
fica em uma posição de alongamento e os dedos passam na pele sobre o
músculo e apalpam firmemente dentro de uma distância curta de movi-
mento para que a pele se movimente com os dedos sobre as fibras mus-
culares. A mão então se movimenta em uma distância curta ao longo do
músculo e o processo se repete. O outro método é a técnica de pinçamen-
to. Ela somente pode ser aplicada a determinados músculos, especial-
mente àqueles com bordas livres como o trapézio, esternocleidomastoide
e peitoral maior, mas, em pacientes magros, a técnica também pode ser
útil para examinar alguns músculos superficiais grandes e planos, espe-
cificamente glúteo máximo e oblíquo externo. A “pinça” é formada entre o
dedão e o indicador ou dedo médio e é aplicada em uma borda ou dobra
do músculo. As fibras podem deslizar entre a ponta do dedo e o dedão
conforme a mão se afasta perpendicularmente das fibras. O músculo pre-
cisa estar mais relaxado para a realização dessa técnica que para a pal-
pação plana.
1 2 3 4 5
Reconheci-
mento da dor Reação de
normalmente Banda tensa Ponto sensível Dor referida contrátil local
experimentada (twitch)
pelo paciente
7
TRATAMENTO
DE PGS
A conclusão lógica pode ser que a agulha está mediando o feito, como tem
sido sugerido já há algum tempo;[49] no entanto, a agulha pode simples-
mente ser um placebo poderoso. Julgando a partir das estimativas de ta-
manho de amostra necessários para comparar a Acupuntura com o agul-
hamento falso (sham), não há nenhum ensaio clínico grande o suficiente
para comparar adequadamente diferentes técnicas de agulhamento para
o tratamento da dor miofascial,.[50] No entanto, um pequeno ensaio clínico
demonstrou com sucesso um benefício de curto prazo do agulhamento de
pontos-gatilho em comparação ao agulhamento de músculos próxi-
mos,[51] e meta-análises de pequenos ensaios de agulhamento miofascial
seco demonstraram efeitos específicos em comparação a controles sh-
am.[52,53]
Há fatores causando a
O PG primário não foi O diagnóstico da perpetuação do PG trata-
identificado e tratado SDM está errado do que não foram recon-
corretamente hecidos ou devidamente
abordados.
1. Simons DG, Travell JG, Simons PT. Travell & 19. McNulty WH, Gevirtz RN, Hubbard DR, et al.
Simons’ Myofascial Pain & Dysfunction. The Needle electromyographic evaluation of trigger
Trigger Point Manual. Volume 1. Upper Half of point response to a psychological stressor. Psy-
Body. 2nd ed. Baltimore: : Williams & Wilkins chophysiology 1994;31:313–6.
1999.
20. Hong CZ, Simons DG. Pathophysiologic and
2. Travell JG, Simons DG. Myofascial Pain & Dys- electrophysiologic mechanisms of myofascial
function. The Trigger Point Manual. Volume 1. trigger points. Arch Phys Med Rehabil
The Upper Extremities. Baltimore: : Williams & 1998;79:863–72.
Wilkins 1983.
21. Simons DG, Hong C-Z, Simons LS. Endplate
3. Melzack R, Stillwell DM, Fox EJ. Trigger points potentials are common to midfiber myofacial
and acupuncture points for pain: correlations trigger points. Am J Phys Med Rehabil
and implications. Pain 1977;3:3–23. 2002;81:212–22.
4. Dorsher PT. Poster 196 myofascial pain: redis- 22. Partanen J V, Ojala TA, Arokoski JP a. Myo-
covery of a 2000-year-old tradition? Arch Phys fascial syndrome and pain: A neurophysiologi-
Med Rehabil 2004;85. cal approach. Pathophysiology 2010;17:19–28.
doi:10.1016/j.pathophys.2009.05.001
5. Froriep R. Ein Beitrag zur Pathologie und Ther-
apie des Rheumatismus. Weimar 1843. 23. Simons DG. New views of myofascial trigger
points: etiology and diagnosis. Arch Phys Med
6. Virchow R. Ueber parenchymatösa entzünd- Rehabil 2008;89:157–9. doi:10.1016/j.ap-
ung. Arch Path Anat 1852;4:261–79. mr.2007.11.016
7. Helleday U. Om myitis chronica (rheumatica). 24. Gerwin RD, Dommerholt J, Shah JP. An ex-
Et bidrag till dess diagnostik och behandling. pansion of Simons’ integrated hypothesis of
Nord Med Arch 1876;8:Art.8. trigger point formation. Curr Pain Headache
Rep 2004;8:468–75.
8. H S. Untersuchungen in der Erkältungstrage:
III. Uber den Rheumatismus, insbesondereden 25. Couppe C, Midttun A, Hilden J, et al. Sponta-
Muskelrheumatismus (Myogelosis). Müench neous needle electromyographic activity in
Med Wochenschr 1921;68:95–9. myofascial trigger points in the infraspinatus
muscle: a blinded assessment. J Musculoskele
9. Lange F, Eversbusch G. Die bedeutung der Pain 2001;9:7–16.
Muskelhärten für die allgemeine Praxis. Müench
Med Wochenschr 1921;68:418–20. 26. Shah JP, Phillips TM, Danoff J V, et al. An in
vivo microanalytical technique for measuring
10. Gowers WR. Lumbago: its lessons and ana- the local biochemical milieu of human skeletal
logues. BMJ 1904;1:117–21. muscle. J Appl Physiol 2005;99:1977–84.
doi:10.1152/japplphysiol.00419.2005
11. Kellgren JH. Observations on referred pain
arising from muscle. Clin Sci 1938;3:175–90. 27. Li LT, Ge HY, Yue SW, et al. Nociceptive and
non-nociceptive hypersensitivity at latent my-
12. Good MG. Objective diagnosis and curability ofascial trigger points. Clin J
of nonarticular rheumatism. Br J Phys Med Pain2009;25:132–7.PM:19333159
1951;14:1–7.
28. Ge H-Y, Zhang Y, Boudreau S, et al. Induction
13. Kelly M. The nature of fibrositis: 1. The myalgic of muscle cramps by nociceptive stimulation of
lesion and its secondary effects: a reflex theory. latent myofascial trigger points. Exp Brain Res
Ann Rheum Dis 1945;5:1–7. 2008;187:623–9. doi:10.1007/s00221-008-1331-y
14. Travell J. Myofascial trigger points: clinical 29. Zhang Y, Ge H-YY, Yue S-WW, et al. Attenu-
view. In: Bonica JJ, Albe-Fessard D, eds. Ad- ated skin blood flow response to nociceptive
vances in Pain Research and Therapy Vol. 1. stimulation of latent myofascial trigger points.
New York: : Raven Press 1976. 919–26. Arch Phys Med Rehabil 2009;90:325–32.
doi:10.1016/j.apmr.2008.06.037
15. De Stefano R, Selvi E, Villanova M, et al.Image
analysis quantification of substance P immu- 30. Ge H-Y, Serrao M, Andersen OK, et al. In-
noreactivity in the trapezius muscle of patients creased H-reflex response induced by intra-
with fibromyalgia and myofascial pain syn- muscular electrical stimulation of latent myo-
drome. J Rheumatol 2000;27:2906–10. fascial trigger points. Acupunct Med
2009;27:150–4. doi:10.1136/aim.2009.001099
16. Gerwin RD. Neurobiology of the myofascial
trigger point. Baillière’s Clin Rheumatol 31. Cummings M. Myofascial trigger points: does
1994;8:747–62. recent research gives new insights into the
pathophysiology? Acupunct Med
17. Hubbard DR, Berkoff GM. Myofascial trigger 2009;27:148–9. doi:10.1136/aim.2009.001289
points show spontaneous needle EMG activity.
Spine (Phila Pa 1976) 1993;18:1803–7. 32. Filshie J, Cummings TM. Western medical
acupuncture. In: Ernst E, White A, eds. Acupunc-
18. Durette MR, Rodriquez AA, Agre JC, et al. ture - A Scientific Appraisal. Oxford: : Butter-
Needle electromyographic evaluation of pa- worth Heinemann 1999. 31–59.
tients with myofascial or fibromyalgic pain. Am
J Phys Med Rehabil 1991;70:154–6.
10
Referências
33. Sola AE, Rodenberger ML, Gettys BB. Inci- 45. Hong CZ. Lidocaine injection versus dry nee-
dence of hypersensitive areas in posterior dling to myofascial trigger point. The impor-
shoulder muscles. Am J Phys Med tance of the local twitch response. Am J Phys
1955;3:585–90. Med Rehabil 1994;73:256–63.
34. Schiffman EL, Fricton JR, Haley DP, et al. The 46. Garvey TA, Marks MR, Wiesel SW. A prospec-
prevalence and treatment needs of subjects tive, randomized, double-blind evaluation of
with temporomandibular disorders. J Am Dent trigger-point injection therapy for low-back
Assoc 1990;120:295–303. pain. Spine (Phila Pa 1976) 1989;14:962–4.
35. Gerwin RD. A study of 96 subjects examined 47. Cummings TM, White AR. Needling therapies
both for fibromyalgia and myofascial pain. J in the management of myofascial trigger point
Musculoskele Pain 1995;3(Suppl 1):121. pain: a systematic review. Arch Phys Med Reha-
bil 2001;82:986–92. doi:10.1053/apmr.2001.24023
36. Fishbain DA, Goldberg M, Meagher BR, et al.
Male and female chronic pain patients catego- 48. Fine PG, Milano R, Hare BD. The effects of
rized by DSM-III psychiatric diagnostic criteria. myofascial trigger point injections are naloxone
Pain 1986;26:181–97. reversible. Pain 1988;32:15–20.
37. Fricton JR, Kroening R, Haley D, et al. Myofas- 49. Lewit K. The needle effect in the relief of my-
cial pain syndrome of the head and neck: a ofascial pain. Pain 1979;6:83–90.
review of clinical characteristics of 164 patients.
Oral Surg Oral Med Oral Pathol 1985;60:615–23. 50. Linde K, Niemann K, Schneider A, et al. How
large are the nonspecific effects of acupunc-
38. Skootsky SA, Jaeger B, Oye RK. Prevalence of ture? A meta-analysis of randomized controlled
myofascial pain in general internal medicine trials. BMC Med 2010;8:75.
practice. West J Med 1989;151:157–60. doi:10.1186/1741-7015-8-75
39. Chaiamnuay P, Darmawan J, Muirden KD, et 51. Pecos-Martín D, Montañez-Aguilera FJ, Gal-
al. Epidemiology of rheumatic disease in rural lego-Izquierdo T, et al. Effectiveness of dry nee-
Thailand: a WHO-ILAR COPCORD study. Com- dling on the lower trapezius in patients with
munity Oriented Programme for the Control of mechanical neck pain: a randomized controlled
Rheumatic Disease. J Rheumatol trial. Arch Phys Med Rehabil 2015;96:775–81.
1998;25:1382–7. doi:10.1016/j.apmr.2014.12.016
40. Hong CZ, Kuan TS, Chen JT, et al. Referred 52. Kietrys DM, Palombaro KM, Azzaretto E, et al.
pain elicited by palpation and by needling of Effectiveness of Dry Needling for Upper Quarter
myofascial trigger points: a comparison. Arch Myofascial Pain: A Systematic Review and Me-
Phys Med Rehabil 1997;78:957–60.http://ww- ta-analysis. J Orthop Sports Phys Ther Pub-
w.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9305268 (ac- lished Online First: 11 July 2013. doi:10.2519/-
cessed 3 Nov2013). jospt.2013.4668
41. Wolfe F, Simons DG, Fricton J, et al. The fibro- 53. Liu L, Huang Q-M, Liu Q-G, et al. Effectiveness
myalgia and myofascial pain syndromes: a of dry needling for myofascial trigger points as-
preliminary study of ponto sensívels and trigger sociated with neck and shoulder pain: a sys-
points in persons with fibromyalgia, myofascial tematic review and meta-analysis. Arch Phys
pain syndrome and no disease. J Rheumatol Med Rehabil 2015;96:944–55. doi:10.1016/j.ap-
1992;19:944–51. mr.2014.12.015
42. Nice DA, Riddle DL, Lamb RL, et al. Intertester 54. Cummings TM. A computerised audit of
reliability of judgments of the presence of trig- acupuncture in two populations: civilian and
ger points in patients with low back pain. Arch forces. Acupunct Med 1996;14:37–9.
Phys Med Rehabil 1992;73:893–8. doi:10.1136/aim.14.1.37
43. Njoo KH, Van der Does E. The occurrence and 55. Sonkin LS. Therapeutic trials with thyroid
inter-rater reliability of myofascial trigger hormones in chemically euthyroid patients with
points in the quadratus lumborum and gluteus myofascial pain and complaints suggesting
medius: a prospective study in non-specific low mild thyroid insufficiency. J Back Musculoskele
back pain patients and controls in general Rehabil 1997;8:165–71.
practice. Pain 1994;58:317–23.
56. Gerwin RD. A review of myofascial pain and
44. Gerwin RD, Shannon S, Hong CZ, et al. Inter- fibromyalgia--factors that promote their per-
rater reliability in myofascial trigger point ex- sistence. Acupunct Med 2005;23:121–34.
amination. Pain 1997;69:65–73.
11
DR. MIKE CUMMINGS
AUTOR
12
EXPEDIENTE
Realização: Tradução:
Myomed Brasil Lítero
Fotos:
Acervo Myomed Brasil