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Circuito RLC

1) O documento descreve uma unidade curricular de Análise de Circuitos com 80 horas de carga horária. 2) Os tópicos incluem Circuito em Corrente Contínua e Circuito em Corrente Alternada, cobrindo conceitos como Leis de Kirchhoff, Teoremas de Thevenin e Norton, e circuitos RC, RL e RLC. 3) O conteúdo programático abrange definições importantes, métodos de resolução de circuitos e aplicação dos conceitos a circuitos trifásicos.

Enviado por

Marcos Bezerra
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1) O documento descreve uma unidade curricular de Análise de Circuitos com 80 horas de carga horária. 2) Os tópicos incluem Circuito em Corrente Contínua e Circuito em Corrente Alternada, cobrindo conceitos como Leis de Kirchhoff, Teoremas de Thevenin e Norton, e circuitos RC, RL e RLC. 3) O conteúdo programático abrange definições importantes, métodos de resolução de circuitos e aplicação dos conceitos a circuitos trifásicos.

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1

Cursos Técnicos de Eletrotécnica


Eletrônica

Unidade Curricular: ANÁLISE DE CIRCUITOS

Carga horária: 80h

Conteúdo programático:

Circuito em C.C.

 Leis de Kirchhoff
 Divisor de tensão com e sem carga
 Capacitância
 Associação de capacitores
 Indutância
 Associação de Indutores
 Teorema de Thevenin
 Teorema de Norton
 Teorema da máxima transferência de potência
 Transformação estrela-triângulo

Circuito em C.A.

 Tensão elétrica alternada


 Conceitos de impedância e admitância
 Circuito RC série
 Circuito RC paralelo
 Circuito RL série
 Circuito RL paralelo
 Circuito RLC série
 Circuito RLC paralelo
 Comparação dos circuitos RLC série e paralelo
 Circuito trifásico
 Sistemas equilibrados e desequilibrados
 Ligação em estrela
 Ligação em triângulo
 Potência trifásica

Curso Técnico Eletrotécnica ou Eletrônica


2

Unidade Curricular: ANÁLISE DE CIRCUITOS

Carga horária: 80h

Conteúdo Programático Proposto

Circuito em C.C.

• Definição de nó, ramo e malha


• Fonte de tensão e de corrente; Receptor ativo e passivo
• Leis de Kirchhoff
• Divisor de tensão; Divisor de corrente.
• Teorema de Maxwell
• Resolução de circuitos por sistema de equações; Matrizes
• Teorema de Thevenin e de Teorema de Norton
• Teorema da Superposição
• Teorema da Máxima Transferência de Potência
• Capacitância; Associação de capacitores
• Indutância; Associação de indutores
• Transformação estrela-triângulo

Circuito em C.A.

• Números Complexos
• Definição de tensão elétrica alternada e geração de uma senóide
• Valor máximo; Valor instantâneo; Valor médio; Valor eficaz RMS).
• Circuitos RC série, RL série e RLC série.
• Resposta em freqüência nos circuitos RC e RL série
• Conceitos de reatância, impedância, condutância, susceptância e
admitância.
• Circuitos RC paralelo, RL paralelo e RLC paralelo
• Resposta em freqüência nos circuitos RC e RL paralelo
• Circuito RLC misto
• Definição de sistema trifásico
• Sistemas trifásicos equilibrados e desequilibrados
• Neutro aterrado
• Ligação em estrela
• Ligação em triângulo
• Potência trifásica
3

Escola Técnica Senai de Areias


Joseph Turton Júnior

1. Identificação
 Modalidade: Curso Técnico
 Unidade Curricular: Análise de Circuitos
 Carga Horária Total: 80 horas
 Nome do docente: Fredson Oliveira
 Bibliografia:
1. Análise de Circuitos em Corrente Contínua - Rômulo de Oliveira Albuquerque
2. Análise de Circuitos em Corrente Alternada - Rômulo de Oliveira Albuquerque
3. Introdução à Análise de Circuitos – Robert Boylestad
4. Análise de Circuitos – John O´Malley
5. Circuitos Elétricos – Joseph A. dminister
6. Circuitos Elétricos – Dorf - Svoboda

Circuito em C.C.

Definições
Ramo: Componente simples de um circuito como um resistor ou uma
fonte. Eventualmente este termo pode ser aplicado a um grupo de componentes
que é percorrido pela mesma corrente.
Nó: Ponto de conexão entre dois ou mais ramos. Em um diagrama de
circuito, um nó é indicado por um ponto, que pode ser um ponto de solda no
circuito real.
Malha: Caminho fechado em um circuito.

Receptor Passivo e Ativo


O receptor elétrico é um bipolo que transforma energia elétrica em outro
tipo de energia. Os receptores chamados de passivos são os resistores, por
exemplo, que transformam energia elétrica apenas em calor. Os receptores
chamados de ativos transformam energia elétrica em movimento, por exemplo,
como é o caso dos motores.
O circuito elétrico equivalente de um receptor ativo está representado a
seguir, com sua curva característica.
E’ ( fcem - força contra eletromotriz ), é responsável pelo aparecimento da
potência útil dissipada pelo receptor. Na resistência interna do receptor é
dissipada potência em forma de calor.

U = E' + Ri' .I
4
Obs.: o fluxo de corrente em um receptor, logicamente, é no sentido
contrário ao fluxo em uma fonte de tensão, o que afeta a equação característica.
Se multiplicarmos ambos os membros por I:

U .I = E'.I + Ri' .I 2
Onde
U.I = PE – potência elétrica solicitada pelo receptor
R i .I 2 = PD – potência dissipada dentro do receptor
E’.I = Pu – potência útil utilizada pelo receptor

O rendimento será:

PU E'.I E'
η% = .100 = .100 = .100
PE U .I U
Fonte ou Gerador de Tensão
Fonte de Tensão: Elemento de circuito que fornece uma determinada
tensão, idealmente de forma independente da corrente. (bateria, gerador).
São os mais usados na prática. São dispositivos que convertem algum tipo
de energia em energia elétrica. Alguns mantém a tensão constante entre seus
terminais (geradores CC como bateria, pilhas e dínamo), outros apresentam a
tensão variando de intensidade e de polaridade ao longo do tempo (geradores CA
como geradores de hidroelétricas).
Os geradores ideais mantém tensão constante independentemente da
corrente fornecida, isto porque não tem resistência interna, não tendo perdas. “E”
significa força eletromotriz de varia com a construção do gerador.
O rendimento do gerador obedece a fórmula:

PE
η% = .100
PM

Onde a potência elétrica fornecida ao circuito externo é igual a PE =U.I, e a


potência motriz, de origem não elétrica, que faz o gerador funcionar é a PM = E.I.
Para uma máquina ideal U = E, de forma que o rendimento será sempre
100% para qualquer valor de “I”.Isto significa dizer que toda energia não elétrica é
transformada em energia elétrica sem perdas.
5

Em um gerador de tensão real o rendimento é menor que 100% pois


existe uma resistência interna que gera perdas, de forma que U (tensão nos
terminais) depende da corrente circulante. Em uma pilha, por exemplo, a
resistência interna é a soma da resistência do eletrodo de carvão com a
resistência da pasta eletrolítica.
A equação característica pode ser conseguida aplicando a lei de kirchhoff
no circuito a seguir.

U = E – Ri.I onde Ri.I é a queda de tensão interna no gerador.


A curva característica pode ser obtida aplicando a equação característica
a duas condições extremas:
1. I = 0 (circuito sem carga), sendo U = E
2. I = Icc (circuito em curto circuito), sendo U = 0 e I = Icc, daí
E
Icc =
Ri
A condição de curto circuito na prática deve ser evitada pois causaria
super aquecimento do gerador.
A curva característica é uma reta, já que a equação característica é do
primeiro grau.
Multiplicando os dois lados da equação do gerador real por “I” temos:
6

U .I = E.I − Ri .I 2 ou E.I = U .I + Ri .I 2
Onde:
E.I é a potência motriz não elétrica transformada pelo gerador em potência
elétrica.

Ri.I 2 são as perdas internas do gerador.


U.I é a potência elétrica entregue a carga nos terminais do gerador, já
subtraídas as perdas.
O rendimento é:
PE U .I U
η% = .100 = .100 = .100
PM E .I E

Fonte ou Gerador de Corrente


Fonte de Corrente: Elemento de circuito que fornece uma determinada
corrente, independente da tensão.

Circuito com Gerador e Receptores Ativos e Passivos


Consideremos o circuito abaixo. O gerador tem E (fem) e R i (resistência
interna) e o receptor ativo tem E’ (fcem) e R i ‘(resistência interna).

Como U é igual para ambos podemos escrever:


U = E – Ri.I (para a fonte) e
U = E’ + R’i.I (para o receptor)

Igualando temos:

E – Ri.I = E’ + R’i.I
(R’i + Ri).I = E - E’

E − E'
I=
Ri + R1'

Basta representar as duas curvas sobre o mesmo plano cartesiano, a


7
intersecção das curvas será o ponto de operação do circuito.
No circuito a seguir foi incluído um resistor R entre o gerador e a o
receptor ativo:
Chamando Ug a tensão nos terminais do gerador, Ur a tensão nos
terminais do resistor e U’ a tensão nos terminais do receptor, teremos:

Ug = Ur + U’
E – Ri.I = R.I + E’ + R’i.I

I=
E − E'
=
∑ E − ∑ E'
Ri + R1' + R ∑R
O somatório de todas as fem (E dos geradores) menos o somatório de
todas as fcem (E dos receptores ativos) dividido pelas resistências (receptores
passivos), resultará na corrente circulante no circuito.
O sentido da corrente será inicialmente arbitrado, ao final do cálculo o
sinal positivo indica que o sentido foi arbitrado corretamente.

Métodos de Resolução de Circuitos


O circuito abaixo pode ser resolvido de duas maneiras:
• O método analítico consiste em resolver um sistema de duas
equações do primeiro grau com duas incógnitas.

U = E - R.I e U = R L .I sendo as incógnitas U e I, Daí :


R L .I = E - R.I
(R L .I) + (R.I) = E
(R L + R) I = E
8
E
I=
RL + R
• O método gráfico consiste em desenharmos, em um mesmo plano,
a representação gráfica da fonte e da carga, ou seja, as duas
equações características. O par ordenado (U, I) que representa a
intersecção das duas retas é a solução do circuito. Se a fonte ou a
carga tiver comportamento não linear, a solução gráfica será mais
simples que a solução analítica.

Associação de Geradores de Tensão em Série


Esta associação possibilita o aumento da tensão. A corrente será a
mesma.
U = U 1+ U 2+ U 3
U T = (E1 – R1 . I) + (E2 – R2 . I) + (E3 – R3 . I) = (E1 + E2 + E3 ) – (R1 + R2 + R3).I
U T = ET – RT .I
Considerando que os geradores associados normalmente são iguais,
podemos fazer para “n” geradores iguais:
9
U T = n.E – n.R .I
A corrente de curto do circuito da associação é a mesma para um único
gerador, supondo máquinas iguais:
n.E E
I cc = =
n.R R

Associação de Geradores de Tensão em Paralelo


Esta associação possibilita o aumento da capacidade de fornecer corrente.
A tensão será a mesma.
Nesta associação é importante que os geradores tenham a mesma “E”’
(fem), caso contrário o de menor “fem” atuará como um receptor, ou seja, irá
consumir corrente.
IT = I1 + I2 + I3 daí vem

E −U E −U E −U  1 1 1  E −U
IT = + + = E − U . + +  =
R1 R2 R3  R1 R2 R3  RT
Onde R T é a resistência equivalente da associação em paralelo

Leis de Kircchoff
Lei de kirchhoff das tensões: A soma algébrica das tensões em uma malha
é igual a zero.
Lei de kirchhoff das correntes: A soma algébrica das correntes que
chegam a um nó é igual a soma algébrica das correntes que saem deste mesmo
nó.

Divisor de Tensão
Para um circuito CC, se aplica a resistores em série, permitindo calcular a
tensão aplicada sobre qualquer resistor, sem que seja necessário saber o valor da
corrente, desde que sejam conhecidos os valores das resistências e o valor da
tensão total aplicada sobre o agrupamento em série.
10

IT

R1

VT R2

R3

sendo IT = I1 = I2 = I3 pois o circuito está em série

VT V2
e tendo I T = e ainda I2 =
R1 + R2 + R3 R2

VT V
podemos fazer então: I T = I 2 = = 2
R1 + R2 + R3 R2
e finalmente temos a equação geral do divisor de tensão usada em circuitos em série:
R2
V2 = VT
RT
Obs.: Note que o RT da fórmula é referente apenas ao trecho em série.
Para um circuito CA podemos escrever que o divisor de tensão se aplica a
impedâncias em série, permitindo calcular o módulo da tensão aplicada sobre
qualquer impedância, sem que seja necessário saber o valor da corrente, desde
que sejam conhecidos os valores das impedâncias e o valor do módulo da tensão
total aplicada sobre o agrupamento em série.

Z2
V2 = VT
ZT
Divisor de Corrente

Para um circuito CC se aplica a resistores em paralelo, permitindo calcular


a corrente circulante em qualquer resistor, sem que seja necessário saber o valor
da tensão, desde que sejam conhecidos os valores das resistências e o valor da
corrente total circulante no agrupamento em paralelo.
11

IT

R1 R2 R3
VT

Como em paralelo VT = V1 = V2 = V3 , podemos fazer:


VT V1 VT
IT = e I1 = = daí vem: I T .RT = I 1 .R1 = VT finalmente temos:
RT R1 R1

RT
I1 = IT
R1

Obs.: Note que o RT da fórmula é referente apenas ao trecho em paralelo.

Para um circuito CA podemos escrever que o divisor de tensão se aplica a


impedâncias em paralelo, permitindo calcular o módulo da corrente aplicada sobre
qualquer impedância, sem que seja necessário saber o valor da tensão, desde
que sejam conhecidos os valores das impedâncias e o valor do módulo da
corrente total circulante no agrupamento em paralelo.
Para facilitar, o cálculo é feito em função do parâmetro inverso da
impedância, que é a admitância:
1 Y2
Y= I2 = IS
Z Y1 + Y2 + Y3

Método de Maxwell
Este método é derivado das leis de Kirchhoff e consiste em orientar
arbitrariamente em cada malha uma corrente, e montar tantas equações quantas
forem as malhas internas.

Observe o circuito a seguir, com as correntes orientadas como é


mostrado:
12

No circuito arbitramos duas correntes embora saibamos que existem três


correntes, daí o método também ser conhecido como método das correntes
fictícias de Maxwell.
Tendo arbitrado as correntes vamos escrever as equações das malhas
usando a segunda lei de Kirchhoff..
Malha α:
25 + 15k.I2 = 10k.I1 + 15k.I1 25k.I1 – 15k.I2 = 25 (1)
Malha β:
15k.I1 = 15k.I2 + 4k.I2 + 20 19k.I2 – 15k.I1 = - 20 (2)
Temos agora um sistema de equações com duas incógnitas ( I1 e I2 )
25k.I1 – 15k.I2 = 25 ( x3 ) = 75k.I1 – 45k.I2 = 75
– 15k.I1 + 19k.I2 = - 20 ( x5 ) = – 75k.I1 + 95k.I2 = - 100
Somando termo a termo vem:
− 25
50k.I2 = - 25 tal que I2 = = −0,5mA
50k
E agora substituindo o valor de I2 em uma das equações (1 ou 2) teremos:
25k.I1 – 15k.(-0,5m) = 25
25.10+3I1 – 15.10+3.(-0,5.10-3) = 25
25 − 7,5 17,5
I1 = 3
= = 0,7 mA
25.10 25.103
O valor negativo de I2 significa que seu valor foi arbitrado de forma
contrária.
No resistor de 15k a corrente será:
I1 + I2 = 1,2 mA
13
Vamos observar este outro exemplo:

Malha α:
40 = 8k.I1 - 2k.I2 - 4k.I3 (1)
Malha β:
10 – 12 = - 2 = 4k.I2 - 2k.I1 - 2k.I3 (2)
Malha γ:
- 10 = 13k.I3 – 2k.I2 - 4k.I1 (3)

Vamos agora isolar I2 na equação (1):


2k.I2 = - 40 + 8k.I1 - 4k.I3
E agora substituir 2k.I2 nas equações (2) e (3):
- 2 = 2.(- 40 + 8k.I1 - 4k.I3) - 2k.I1 - 2k.I3
- 2 = - 80 + 16k.I1 - 8k.I3 - 2k.I1 - 2k.I3 = - 80 + 14k.I1 - 10k.I3
78 = 14k.I1 - 10k.I3 (4)
Malha γ:
- 10 = 13k.I3 – (- 40 + 8k.I1 - 4k.I3) - 4k.I1
- 10 = 13k.I3 + 40 - 8k.I1 + 4k.I3 - 4k.I1 = 17k.I3 + 40 - 12k.I1
- 50 = 17k.I3 - 12k.I1 (5)
Somando termo a termo, vêm:
14
78 = 14k.I1 - 10k.I3 (x12) 936 = 168k.I1 - 120k.I3
- 50 = 17k.I3 - 12k.I1 (x14) - 700 = -168k.I1 + 238k.I3
Finalmente temos:

236
236 = 118k.I3 tal que I3 = = 2 mA
118 k
Substituindo o valor de I3 na equação (4), por exemplo, vem:

78 + 10 k .2 m 78 + 20
78 = 14k.I1 - 10k.2m daí I1 = = = 7 mA
14 k 14 k
E finalmente substituindo o valor de I3 e de I1 na equação (1), teremos:
40 = 8k.7m - 2k.I2 - 4k.2m
40 − 8k .7 m + 4k .2m 40 − 56 + 8
I2 = = = 4mA
− 2k − 2k
Como todas as correntes chegaram a valores positivos, sabemos que os
sentidos arbitrados estavam corretos.

Resolução de circuitos por matrizes

Definição
Uma matriz é uma tabela com elementos dispostos em linhas (m) e
colunas (n).
A matriz é identificada por uma letra maiúscula, os seus elementos são
identificados pela mesma letra, porém minúsculas e seguida por um par ordenado
que identifica a linha e a coluna onde o elemento se localiza.

2 3 4 
A= 1 4 5 
 
3 6 4 
O número 2 será identificado como elemento a11, já o número 5 será
identificado como elemento a23.

Quando uma matriz tem uma única linha é chamada matriz linha, e
quando possui apenas uma coluna é chamada matriz coluna.
Quando a matriz possui o número de linhas igual ao número de colunas é
chamada de matriz quadrada.
A matriz “A” mostrada anteriormente é quadrada de ordem 3
15
A diagonal inclinada para a direita, formada pelos números 2, 4 e 4 é
chamada diagonal principal. A diagonal inclinada para a esquerda, formada pelos
números 4, 4 e 3 é chamada diagonal secundária.

Determinante
Observou-se que era possível associar a cada matriz quadrada um único
número real. A este número deu-se o nome de Determinante da matriz.
Para uma matriz quadrada de ORDEM 1, ou seja, formada por um único
elemento, o determinante é o próprio elemento.

B= [2 ] det B = 2

Para uma matriz quadrada de ORDEM 2, teremos o determinante sendo o


produto dos elementos da diagonal principal menos o produto dos elementos da
diagonal secundária.

2 5 
C = 1 8 
 
det C = (2 x 8) – (5 x 1) = 16 – 5 = 11
Para uma matriz quadrada de ORDEM 3, teremos o determinante sendo a
soma dos produtos entre os elementos das três diagonais principais, menos a
soma dos produtos entre os elementos das 3 diagonais secundárias.

2 0 2 
1 5 6 
D=  
- 1 3 4 
det D = [(2 x 5 x 4) + (1 x 3 x 2) + (0 x 6 x -1)] – [(2 x 5 x -1) + (0 x 1 x 4) +
6 x 3 x 2)] = 46 – (-26) = 20
A regra de Sarrus sistematiza esta técnica de cálculo.
Repete-se as duas primeiras colunas, tendo agora as três diagonais
principais e secundárias de forma mais clara.

2 0 2 2 0
1 5 6 1 5
 
- 1 3 4 - 1 3 
16
O COFATOR de um elemento de uma matriz de ordem n, sendo n >= 2, é
obtido da seguinte forma.

Cofator de aij

(-1)i+j x (det A), sedo o determinante de “A” calculado eliminando-se da


matriz “A” a linha “ i ” e a coluna “ j ”.
Para uma matriz quadrada de ORDEM n, sendo n > 1, teremos o
determinante calculado pelo Teorema de Laplace, que diz o seguinte:
“O determinante será o número real que se obtém somando-se os
produtos dos elementos de uma fila qualquer (linha ou coluna), pelos seus
respectivos cofatores”.
Exemplo 1

 2 5 4 3
- 2 2 0 2
 
E=  5 1 0 - 3
 
 4 0 -6 1

 -2 2 2  2 5 3
 5 1 - 3 - 2 2 2 
Det E = 4.(-1)1+3.   + (-6).(-1)4+3.  
 4 0 1   5 1 - 3

Det E = [4.1.(-2 – 24 – 8 - 10)] +[(-6).(-1).(-12 + 50 – 6 – 30 – 4 - 30)] =


Det E = 4.(-44) + 6.(-32) = - 176 – 192
Det E = - 368

Exemplo 2

0 0 0 0 3
2 0 1 0 4
 
F = 0 0 4 3 1

2 3 5 1 0
1 2 0 1 0 
17
Usando a primeira linha que tem 4 zeros:

2 0 1 0
0 0 4 3
 
Det F = 3.(-1)1+5.  2 3 5 1 = 3.(1).Det F’ = 3 . Det F’
 
1 2 0 1

Usando novamente a primeira linha que tem 2 zeros, vamos calcular Det F’:

 0 4 3  0 0 3
 3 5 1 2 3 1
Det F’ = 2.(-1) . 
1+1
 + 1.(-1)1+3.  
 2 0 1   1 2 1 
Det F’ = [2.1.(8 – 30 – 12)] +[+1.(1).(12 – 9)] = 2.(-34) + 1. (3) = -68 + 3 = - 65

E para concluir:

Det F = 3 . Det F’ = 3 . (-65) = - 195.

Obs.: pelo que foi mostrado anteriormente, concluímos que usaremos o Teorema de
Laplace tantas vezes quantas forem necessárias até reduzir a ordem da matriz para 3.
quando chegarmos a isto será o momento de usar a regra de Sarrus para calcular o
determinante.

Resolução de sistemas de equações do 1º grau com “ n “


equações e “ n “ incógnitas:

 x+ y+ z=9

Vamos analisar o exemplo: 2 x − y + z = 4
x + 2 y − z = 2

Vamos gerar quatro matrizes e calcular quatro determinantes, de forma a chegar aos
valores de x, y e z:

A matriz D é formada pelos elementos associados às incógnitas :


18

1 1 1
2 - 1 1 
D=   tal que Det D = [1 + 1 + 4] – [-1 + (-2) + 2] = 6 – (-1) = 7
1 2 - 1 
A matriz Dx é formada substituindo a coluna dos elementos associados a incógnita “x”
pela coluna dos elementos constantes.

9 1 1
4 - 1 1 
Dx =   tal que Det Dx = [9 + 8 + 2] – [(-2) + (-4) + 18] = 19 – 12 = 7
2 2 - 1 
1 + 4) – (-1 + (-2) + 2) = 6 – (-1) = 7
A matriz Dy é formada substituindo a coluna dos elementos associados a incógnita “y”
pela coluna dos elementos constantes.

1 9 1
2 4 1 
Dy =   tal que Det Dy= [(-4) + 9 + 4] – [ 4 + (-18) + 2] = 9 – (-12) = 21
1 2 - 1 
A matriz Dz é formada substituindo a coluna dos elementos associados a incógnita “z”
pela coluna dos elementos constantes.

1 1 9 
2 - 1 4 
Dz =   tal que Det Dz= [(-2) + 4 + 36)] – [(-9) + 4 + 8] = 38 – 3 = 35
1 2 2 

Temos agora:

Dx 7 Dy 21 Dz 35
x= = =1 y= = =3 z= = =5
D 7 D 7 D 7

Teoremas de Thévenin e de Norton


Para aplicar estes teoremas a rede será dividida em duas partes A e B
conectadas por dois terminais (a, b). Uma das partes deve ser linear e bilateral (A)
a outra não necessariamente (B).
19

Thévenin:
Este teorema diz que a parte bilateral da rede (A), pode ser substituída por
uma fonte de tensão em série com um resistor sem que isto implique em alteração
de tensão e corrente em B. Este novo circuito é conhecido como equivalente de
Thévenin, onde a tensão da fonte é a tensão de Thévenin (Vth) e o resistor tem a
resistência de Thévenin (Rth)

Para encontrarmos a tensão e a resistência de Thévenin para a definição


do circuito equivalente de Thévenin, devemos proceder da seguinte maneira:
Vth é a tensão vista dos terminais “a” e “b”, estando estes em aberto, ou
seja, a parte B estando desconectada.
Rth é o valor da resistência da parte A do circuito lida a partir dos terminais
“a” e “b”, estando as fontes de tensão e de corrente do lado A, em aberto e em
curto respectivamente.
Exemplo a seguir, retirado do livro “Análise de Circuitos em Corrente
Contínua” - Rômulo de Oliveira Albuquerque – página 159.

Determinar o equivalente de Thévenin entre A e B:


20
21

Norton:

A partir do equivalente de Thévenin podemos chegar ao equivalente de


Norton. Rth é igual a resistência de Norton - RN , e a corrente de Norton – IN :
Vth
IN =
Rth
Pode-se, pelo que foi dito, verificar que os dois equivalentes estão
relacionados, podendo-se transformar Thévenin em Norton e vice-versa.

Exemplo a seguir, retirado do livro “Análise de Circuitos em Corrente


Contínua” - Rômulo de Oliveira Albuquerque – página 171.

Determinar o equivalente de Norton entre A e B:


:
22
23
24

Teorema da Superposição
Em um circuito linear contendo várias fontes independentes, a corrente ou
tensão em um elemento do circuito é igual à soma algébrica das tensões ou
correntes produzidas por fontes independentes atuando sozinhas.
Isto significa dizer que a contribuição de tensão ou de corrente a partir de
cada fonte independente pode ser encontrada separadamente, e então todas as
contribuições podem ser somadas algebricamente para a obtenção da corrente ou
tensão total resultante das fontes independentes do circuito.
Este raciocínio não pode ser utilizado para cálculo de potência em
circuitos CC.
Por requerer uma análise mais complexa do circuito, esta técnica
raramente é usada.
Tendo circuitos bipolares lineares e mais de uma fonte de tensão e/ou de
corrente, a corrente em qualquer trecho do circuito é igual a soma algébrica das
correntes, devidas a cada gerador individualmente, quando os outros geradores
estiverem eliminados (gerador de tensão em curto e gerador de corrente em
aberto).
Exemplo retirado Pode-se, pelo que foi dito, verificar que os dois
equivalentes estão relacionados, podendo-se transformar Thévenin em Norton e
vice-versa.

Exemplo a seguir, retirado do livro “Análise de Circuitos em Corrente


Contínua” - Rômulo de Oliveira Albuquerque – página 186.
25

:
26
Teorema de Millman
Caso particular de aplicação do teorema de Thévenin.
Fontes de tensão em paralelo podem ser transformadas em fontes de
corrente através do teorema de Thévenin. Em seguida podemos somar as
correntes e as condutâncias das respectivas fontes de corrente, tendo ao final
uma única fonte de corrente que pode ser novamente transformada em fonte de
tensão.

Teorema da Máxima Transferência de Potência


Uma carga resistiva recebe máxima potência de um circuito CC linear e
bilateral se essa carga for igual à resistência Thévenin deste circuito.

Foi visto que a intersecção das duas retas é o ponto de operação do


circuito, sendo assim podemos dizer que a área hachurada acima corresponde
numericamente a potência elétrica transferida pelo gerador à carga.
Considerando o circuito onde temos uma fonte de tensão com uma
impedância interna Zg, alimentando uma carga resistiva RL, podemos deduzir por
derivada o ponto de funcionamento do circuito onde haverá a máxima
transferência de potência.
Vg
I=
( Rg + RL ) + jX g
Vg2 RL
P = I RL =
2

( Rg + RL )2 + X g2
Derivando a potência em relação a RL e igualando a ZERO, teremos a
máxima potência transferida à carga:

dP d  Vg2 RL 
=  
dRL dRL ( Rg + RL )2 + X g2 
27
Fazemos a derivada do numerador vezes o denominador menos a
derivada do denominador vezes o numerador, finalmente dividindo tudo pelo
denominador ao quadrado:
dP { Vg [( Rg + RL ) + X g ]} − { Vg RL .2( Rg + RL ).1 } 
2 2 2 2

= 
dRL  [( Rg + RL )2 + X g2 ] 2 
Obs.: A derivada do quadrado da soma que está no denominador será:
• Duas vezes a soma pela derivada da soma. Sendo a derivada da
constante igual a zero e a derivada de RL em relação a RL igual a 1.

dP Vg {[( Rg + RL ) + X g ] − [ 2 RL .( Rg + RL )]}
2 2 2

=
dRL [( Rg + RL )2 + X g2 ] 2

dP Vg {[( Rg + RL ) + X g ] − ( 2 RL + 2 Rg RL )}
2 2 2 2

= =0
dRL [( Rg + RL )2 + X g2 ] 2

Sendo assim:

( Rg + RL )2 + X g2 − 2 RL Rg − 2 RL2 = 0

Rg2 + 2 Rg RL + RL2 + X g2 − 2 RL2 − 2 Rg RL = 0


Rg2 + X g2 = RL2
RL = Rg2 + X g2 = Z g

Fica demonstrado que a máxima transferência de potência ocorrerá


quando a resistência (ou impedância) da carga for igual a impedância interna da
fonte de tensão.

Considerando Xg = 0 teremos resistência interna da fonte igual a


resistência da carga, daí vem:
E E I
I= mas já vimos que = I cc sendo assim I = cc
2R R 2

E E E E2
E ainda U = sendo assim PE = U .I = . = = PE max
2 2 2 .R 4 .R
28

Máxima Transferência de Tensão


Em algumas aplicações interessa que quase toda a fem (E) gerada seja
transferida para a carga. Para que isto ocorra deveremos ter R L >> R, onde R L é
a carga e R a resistência interna do gerador.
RL
U= .E ≈ E
RL .R
Exemplo a seguir, retirado do livro “Análise de Circuitos em Corrente
Contínua” - Rômulo de Oliveira Albuquerque – página 121.

10
IL = = 1A
4+6

U L = 6Ω.1A = 6V

10
IL = = 0,096 A
4 + 100

U L = 100Ω.0,096 A = 9,6V

Capacitores, Capacitância e Associação de Capacitores


29

Um CAPACITOR consiste em dois condutores separados por um


isolante ou dielétrico. A principal característica de um capacitor é a de armazenar
cargas nesses dois condutores. Acompanhando essa carga está a energia que o
capacitor pode fornecer.

Capacitância é a propriedade elétrica dos capacitores; é a medida da


capacidade do capacitor de armazenar cargas nos condutores. Especificamente,
se a diferença de potencial entre os dois condutores é V volts quando existe uma
carga positiva de Q coulombs em um condutor e uma carga igual negativa no
C
outro, o capacitor possui uma capacitância de Q = , onde C é o símbolo de
V
capacitância.
A unidade SI (Sistema Internacional de Unidades) de capacitância é o
farad, em homenagem a Michael Faraday, cujo símbolo é F. Mas o farad é uma
unidade muito grande para aplicações práticas, sendo o microfarad (µF – 10-6F) e
o picofarad (pF – 10-9F) mais comumente utilizados.

CONSTRUÇÃO DE UM CAPACITOR
Um tipo comum de capacitor é o de placas paralelas. Esse capacitar possui duas
placas condutoras espaçadas, que podem ser retangulares ou, o que é mais
comum, circulares. O isolante entre essas placas é chamado de dielétrico. O
dielétrico pode ser o ar ou uma fatia de um isolante sólido

Uma fonte de tensão conectada a um capacitor, faz com que o capacitor


fique carregado. Os elétrons da placa superior são atraídos pelo terminal positivo
da fonte, passam pela fonte para o terminal negativo e então são repelidos para a
placa inferior. Em virtude dessa perda de elétrons pela placa superior e ganho de
elétrons pela placa inferior, o valor da carga Q é o mesmo para as duas placas. A
tensão sobre o capacitor após essa carga é igual à tensão da fonte. O trabalho
realizado pela fonte no deslocamento dos elétrons foi transformado em energia
armazenada no capacitar em um campo elétrico.

Para um capacitor de placas paralelas, a capacitância em farad é determinada


quando “A“ é a área de cada uma das placas em “m2” , “d” é a distância em “m”
entre as placas, e “ε” (epsilon) é a permissividade do dielétrico em farads por
metro “F/m”. Aumentando a área das placas ou reduzindo a distância entre elas ou
aumentando a permissividade do dielétrico, teremos um aumento na capacitância.

A
C =ε
d
30
A permissividade ε é relativa ao comportamento atômico do dielétrico. A
carga do capacitor altera os átomos do dielétrico, fazendo com que eles formem
uma região de cargas negativas na superfície de cima do dielétrico e de cargas
negativas na superfície inferior. Essa carga do dielétrico neutraliza parcialmente os
efeitos das cargas armazenadas, de forma a permitir um aumento na carga para o
mesmo valor de tensão.

A permissividade do vácuo designada por ε0 é 8,85 pF/m. A permissividade


de outros dielétricos são referidas à do vácuo por um fator designado por
constante dielétrica ou permissividade relativa, representada por εr A relação é
ε = εr.ε0
Constantes dielétricas
ar = 1,0006
papel parafinado = 2,5
mica = 5
vidro = 7,5
cerâmica = 7500

CAPACITÂNCIA TOTAL

A capacitância total ou equivalente (CT ou Ceq) de capacitores em paralelo, pode


ser encontrada a partir da carga total armazenada e pela fórmula,

Q=CV

A carga total armazenada QT é igual à soma das cargas individuais.

QT = Q 1 + Q 2 + Q 3

Com a substituição de Q = CV para cada Q, a equação se transforma em

C T V = C1V + C2V + C3V.

Após uma divisão por V obtemos

CT = C1+ C2 + C3.

Esse resultado pode ser generalizado para qualquer número de capacitores.


Dessa forma, a capacitância equivalente de capacitores em paralelo é a soma das
capacitâncias individuais.

Para capacitores em série, a fórmula de capacitância total é obtida pela


substituição de Q/C para cada V na equação da malha. O Q em cada termo é o
mesmo, pois quando um capacitor se carrega cessa o fluxo de corrente, e estando
31
em série cessa o processo de carga dos outros capacitores assim que o primeiro
se carregar.
A equação da malha é:

Vs = V1+ V2 + V3

Com a substituição de Q/C, a equação fica:

Q Q Q Q
= + +
CT C1 C 2 C 3

dividindo por Q e colocando CT em evidência, temos:

1
CT =
1 1 1
+ + ... +
C1 C2 Cn

que especifica que a capacitância total de capacitores em série é igual ao inverso


da soma dos inversos das capacitâncias individuais. Observe que a capacitância
total de capacitores em série é obtida da mesma forma que a resistência total de
resistores em paralelo e para o caso especial de N capacitores em série com a
mesma capacitância
CN
CT =
N
e para dois capacitores em série podemos fazer:

C1 .C 2
CT =
C1 + C 2
ENERGIA ARMAZENADA

A energia armazenada em um capacitor, que pode ser comprovada por cálculos, é


dada por:
1
WC = .CV 2
2

Onde Wc é em joules, C em farads e V em volts. Observe que essa energia


armazenada não depende da corrente no capacitor.

CORRENTES E TENSÕES VARIÁVEIS NO TEMPO

Em circuitos CC resistivos, as correntes e tensões são constantes - nunca variam.


Quando algumas chaves são colocadas nesses circuitos, uma operação de
chaveamento pode fazer com que a tensão e a corrente mudem de um valor
constante para outro, em um intervalo de tempo igual a zero. Quando capacitores
32
são incluídos, entretanto, a tensão e a corrente nunca passam de um valor
constante para outro em tempo zero.
Quando chaves são abertas ou fechadas. Algumas tensões ou correntes podem
inicialmente mudar instantaneamente de valor, mas não para um valor final; elas
geralmente variam exponencialmente até atingirem o valor final. Essas tensões e
correntes variam no tempo.

Os símbolos para quantidades variáveis no tempo diferem das quantidades


constantes por serem representados por letras minúsculas. Por exemplo, v e i são
símbolos para correntes e tensões variáveis no tempo. Algumas vezes a letra
minúscula t, para tempo, é utilizada como argumento, como em v(t) e i(t). Os
valores numéricos de v e i são chamados valores instantâneos ou tensões e
correntes instantâneas, porque esses valores dependem do (ou variam com) exato
instante de tempo.

Uma corrente constante é a relação entre a carga Q que passa por um ponto em
Q
um condutor e pelo tempo T requerido para a passagem dessa carga: I = .A
t
especificação do tempo T não é importante, porque a carga em um circuito CC
resistivo flui a uma taxa constante. Isto significa que, dobrando o tempo, dobramos
a carga, triplicando o tempo, triplicamos a carga e assim por diante, mantendo I
constante.

Para uma corrente variável no tempo, o valor de i se modifica a cada


instante, Assim, para encontrar a corrente em um determinado instante, é
necessário trabalharmos com um intervalo de tempo muito pequeno, ∆t. Se ∆q é a
pequena carga que flui durante esse intervalo de tempo, então a corrente é
∆q
aproximadamente I = . Para um valor exato de corrente, esse quociente deve
∆t
ser encontrado nos limites onde ∆t se aproxima de zero.

∆q dq
i = lim =
∆t → o ∆t dt

dq
Esse limite, designado por , é chamado de derivada da carga em
dt
relação ao tempo

CORRENTE NO CAPACITOR

Uma equação da corrente em um capacitor pode ser encontrada pela


dq
substituição q = C V em i = , ficando
dt

dv
i=C , observar que C é constante ficando fora da derivada.
dt
33

Essa equação define que a corrente em um capacitor, em qualquer


instante do tempo, é igual ao produto da capacitância pela taxa de variação da
tensão nesse instante, mas a corrente não depende do valor da tensão nesse
instante.
Se a tensão no capacitor é constante, então a tensão não está variando e
dv
portanto = 0 , fazendo com que a corrente no capacitor seja zero. É claro que, a
dt
partir de considerações físicas, se a tensão em um capacitor é constante, não
existem cargas em movimento, o que significa que a corrente é zero. Com uma
tensão sobre ele e uma corrente zero, o capacitor é um circuito aberto para
circuitos CC. Lembre-se, entretanto, de que somente após a tensão em um
capacitor se tomar constante é que ele passa a se comportar como um circuito
aberto. Capacitores são sempre usados em circuitos para bloquear correntes e
tensões CC.
dv
Outro dado importante a partir da equação i = C é que a tensão em um
dt
capacitor não pode mudar de um valor a outro instantaneamente. Se, por
exemplo, a tensão em um capacitor passar de 3V para 5V em um tempo zero,
então ∆V = 2V e ∆t = 0, o que resultará em uma corrente infinita. Uma corrente
infinita é impossível, porque nenhuma fonte pode fornecer essa corrente. Além do
mais, uma corrente infinita produziria uma potência infinita em um resistor, e não
existem fontes de potência infinita nem resistores capazes de absorver tal
potência. A corrente em um capacitor não possui restrição similar - ela pode variar
instantaneamente em ambas as direções. Dizer que a tensão em um capacitor
não varia instantaneamente significa dizer que a tensão nesse capacitor antes de
uma operação de chaveamento é exatamente igual após o chaveamento. Este é
um fato importante na análise de circuitos RC (resistor e capacitor).

CAPACITOR ALIMENTADO POR TENSÃO CC

Quando ocorrem chaveamentos de uma tensão CC em um circuito RC


com um único capacitor, todas as tensões e correntes variam exponencialmente a
partir de um valor inicial para o final, como pode ser visto nas equações
diferenciais. Os termos exponenciais em expressões de tensão e corrente são
chamados de termos transientes, porque em circuitos práticos eles chegam a um
valor final zero.
A tensão e a corrente aproximam-se assintoticamente de seus valores
finais, graficamente falando, o que significa que nunca chegam realmente a esses
valores. Mas na prática, após cinco constantes de tempo (definida a seguir), elas
estão tão próximas desses valores finais que pode-se considerar que os tenham
atingido.
A constante de tempo com símbolo t é a medida de tempo necessária para
uma mudança específica na tensão e na corrente. Para um circuito RC simples, a
constante de tempo é o produto da capacitância pela resistência de Thévenin
"vista" pelo capacitor:
34

INDUTORES, INDUTÂNCIA E ASSOCIAÇÃO DE INDUTORES

O material sobre indutores e indutâncias é similar ao apresentado sobre


capacitores e capacitâncias. A razão para essa semelhança é que,
matematicamente falando, as fórmulas para capacitor e indutor são as mesmas;
apenas os símbolos são diferentes: onde em uma fórmula temos v, na outra
fórmula temos i e vice-versa; onde temos a capacitância de símbolo C, na outra
fórmula temos a indutância de símbolo L, e onde temos R, na outra fórmula temos
di
G (condutância). Assim, na fórmula para um circuito básico RL temos v = L no
dt
dv 1 1
lugar de i = C , a energia armazenada é L.i 2 no lugar de C .v 2 , a corrente
dt 2 2
em um indutor, ao contrário do capacitor, não pode variar instantaneamente, os
indutores são curto-circuitos para uma tensão CC e a constante de tempo é
L
LG = no lugar de RC. Embora seja possível analisar o comportamento do
R
indutor com base nessa dualidade, a maneira mais correta é utilizar o conceito de
fluxo magnético.

FLUXO MAGNÉTICO

Os fenômenos magnéticos são explicados a partir do fluxo magnético, ou


apenas fluxo, que se refere à linhas de força magnéticas em um ímã, que são
linhas contínuas que saem do pólo norte magnético e chegam ao pólo sul
magnético externamente ao ímã, e saem do sul e chegam ao norte no interior do
ímã. A unidade SI de fluxo é o weber, cujo símbolo é Wb. O símbolo para um fluxo
constante é Φ (fi) e para um fluxo variável no tempo é φ.
Uma corrente circulando em um condutor também produz um fluxo. A
relação entre a direção do fluxo e a direção da corrente pode ser memorizada pela
regra da mão esquerda (sentido eletrônico da corrente, de menos para mais). Se a
palma da mão direita for colocada sobre o condutor com o polegar indicando a
direção da corrente, os outros quatro dedos envolverão o condutor na direção do
fluxo ao redor do mesmo.
Fazendo-se uma bobina com esse condutor, o fluxo aumenta (fica mais
concentrado), e se essa bobina for envolvida, por dentro e por fora, por um
material chamado de ferromagnético, o fluxo aumentará ainda mais. Por exemplo,
uma corrente percorrendo um condutor bobinado ao redor de um cilindro de ferro
produz mais fluxo que a mesma corrente percorrendo idêntica bobina tendo como
núcleo um cilindro de plástico.
Permeabilidade, com símbolo µ (mi), é a medida dessa propriedade de
aumento do fluxo. A unidade SI é o henry por metro, cujo símbolo é H/m. (O henry,
cujo símbolo é H, é a unidade SI de indutância.) A permeabilidade do vácuo,
designada por µ0 , é 0,4 π µH/m. A permeabilidade dos outros materiais sempre
se refere à do vácuo por um fator chamado de permeabilidade relativa, cujo
símbolo é µr. A relação é µ = µr . µ0. A maioria dos materiais possui
35
permeabilidade relativa próxima de 1, mas o ferro puro possui um valor na faixa de
6000 a 8000, e o níquel na faixa de 400 a 1000. O permalloy, um alloy com 78,5%
de níquel e 21,5% de ferro, possui uma permeabilidade relativa superior a 80 000.
Se uma bobina de N voltas é envolvida por um fluxo φ, ela possui um
enlace total de fluxo dado por N.φ. Qualquer variação no enlace de fluxo induz
uma tensão na bobina dada por

∆N φ d dφ
v = lim = ( Nφ ) = − N
∆ t → 0 ∆t dt dt

Essa relação é conhecida como Lei de Faraday. A polaridade da tensão é


tal que qualquer corrente resultante dessa tensão (corrente induzida), produz um
fluxo que se opõe à variação inicial ocorrida no fluxo, e esta é a Lei de Lenz. A Lei
de Lenz explica o sinal negativo na última igualdade.
“toda corrente induzida, gera um campo magnético induzido que se opõe
ao campo magnético indutor.” Lei de Lenz.

INDUTÂNCIA E CONSTRUÇÃO DO INDUTOR

Para a maioria das bobinas, uma corrente “ i ” produz um enlace de fluxo


Nφ, que é proporcional a “ i “. A equação que relaciona Nφ e i possui uma
constante de proporcionalidade L, que é o símbolo da indutância da bobina.

Especificamente, L i = Nφ e L = . A unidade SI de indutância é o henry, cujo
i
símbolo é H. O componente utilizado como objetivo de se utilizar essa propriedade
é chamado de indutor. O termo "bobina" é também utilizado.
A indutância de uma bobina depende da forma da bobina, da
permeabilidade do material ao seu redor, do número de voltas, do espaçamento
entre as voltas e de outros fatores. Para a bobina de uma única camada, a
N 2 µ.A
indutância é aproximadamente L = , onde N é o número de voltas do
i
condutor, A é a área de seção reta do núcleo em m2, l é o comprimento da bobina
em metros e µ é a permeabilidade do núcleo. Quanto maior a relação entre o
comprimento e o diâmetro da bobina, mais precisa é a fórmula. Para um
comprimento igual a dez vezes o diâmetro, a indutância é 4% menor que a
calculada pela fórmula.

RELAÇÃO ENTRE V E I EM UM INDUTOR

Na análise de circuitos contendo indutores, devemos usar o conceito de


indutâncias em vez de fluxo magnético. A equação que relaciona tensão, corrente
d ( Nφ )
e indutância pode ser obtida pela substituição de Nφ = Li em V = . O
dt
di
resultado é V = L . Observe que, em qualquer instante, a tensão depende da
dt
taxa de variação da corrente do indutor nesse instante, mas não do valor da
36
corrente.

di
Um fato importante a partir de V = L é que, se a corrente é constante
dt
di
em um indutor, então a tensão no indutor é zero, porque = 0 . Com uma
dt
corrente circulando por ele, mas com uma tensão zero, um indutor se comportará
como um circuito fechado: um indutor é um curto-circuito em CC. Lembre-se,
entretanto, de que apenas após a corrente no indutor se tomar constante é que ele
passa a se comportar como um curto-circuito.

di
A relação V = L , significa também que a corrente em um indutor não
dt
pode variar instantaneamente. Para que isso ocorresse, ∆i teria de ser diferente de
∆i
zero enquanto ∆t fosse zero, o que resultaria em um valor infinito para V = L ,
∆t
fazendo com que a tensão no indutor fosse infinita. Em outras palavras, uma
variação instantânea de corrente em um indutor requer uma tensão infinita, mas, é
claro, não existem fontes de tensão infinita. A tensão no indutor não possui tal
restrição, podendo sofrer variações instantâneas. Dizer que a corrente em um
indutor não varia instantaneamente significa dizer que a corrente imediatamente
após uma operação de chaveamento é exatamente a mesma de antes dessa
operação. Isto é um fato importante na análise de circuitos RL.

INDUTÂNCIA TOTAL

A indutância total ou equivalente (LT ou Leq) de indutores conectados em


série, pode ser encontrada pela lei de kirchoff VS = v1 + v2 + v3 . Substituindo
di di
V =L o resultado é que após uma divisão de todos os termos por fornece LT
dt dt
= LI + L2 + L3. Uma vez que o número de indutores em série não modifica esse
desenvolvimento, o resultado pode ser generalizado para qualquer número de
indutores em série, o que define que a indutância total ou equivalente de indutores
em série é igual à soma das indutâncias individuais.
A indutância total de indutores conectados em paralelo, pode ser
di
encontrada através da equação de tensão nos terminais da fonte: V = LT , com
dt
a substituição de is = il + i2 + i3

d di di di di v
v = LT (i1 + i2 + i3 ) = LT ( 1 + 2 + 3 ) sendo = podemos definir que a
dt dt dt dt dt L
indutância total de indutores em paralelo é igual ao inverso da soma dos inversos
das indutâncias individuais. Para o caso específico de N indutores em paralelo de
L
mesma indutância L, essa fórmula pode ser simplificada para LT = . E para dois
N
37
L1 xL2
indutores em paralelo LT = . Observe que essas fórmulas são iguais às
L1 + L2
utilizadas no cálculo da resistência total em paralelo.

ENERGIA ARMAZENADA
1 2
wL = L.i
2

A energia armazenada em um indutor é dada por com wL em joules, L em


henrys e i em ampéres. Esta energia, que pode ser demonstrada através de
cálculos, é a energia armazenada no campo magnético ao redor do indutor.

Transformação Estrela – Triângulo

Esta transformação é um recurso utilizado para simplificação de circuitos


CC ou CA.
Os circuitos ípsilon (Y) e delta () são equivalentes apenas para tensões
e correntes externas, internamente as tensões e correntes são diferentes.

As fórmulas mostradas na tabela anterior podem ser demonstradas, como se verá a seguir.
38
TRANSFORMAÇÃO DE TRIÂNGULO PARA ESTRELA

Em triângulo temos: Em estrela temos:

R3 .( R1 + R2 )
Rab = (1) Rab = Ra + Rb (2)
R1 + R2 + R3

Igualando temos:

R3 .R1 + R3 .R2
Ra + Rb = (3)
R1 + R2 + R3

Por analogia chegamos a:

R1.R2 + R1.R3
Rb + Rc = (4)
R1 + R2 + R3

R2 .R1 + R2 .R3
Ra + Rc = (5)
R1 + R2 + R3

Subtraindo (3) de (4) vem:

R2 .R3 − R1.R2
Ra − Rc = (6)
R1 + R2 + R3
Somando-se (5) e (6) vem:

2 R2 .R3 R2 .R3
2 Ra = ⇒ Ra = (7)
R1 + R2 + R3 R1 + R2 + R3
39
Por analogia chegamos a:
R1.R3
Rb =
R1 + R2 + R3 (8)

R2 .R1
Rc =
R1 + R2 + R3 (9)
SENDO OS TRÊS RESISTORES IGUAIS TEMOS

R∆
RY =
3

TRANSFORMAÇÃO DE ESTRELA PARA TRIÂNGULO

Dividindo (7) por (8) temos:

Ra R2 R .R
= ⇒ R2 = a 1 (10)
Rb R1 Rb
Dividindo (7) por (9) temos:

Ra R3 R .R
= ⇒ R3 = a 1 (11)
Rc R1 Rc

Substituindo (10) e (11) em (7) temos:


40
Ra .R1 Ra .R1 Ra2 .R12
. .
Rb Rc Rb Rc
Ra = =
R .R R .R R1 Rb Rc + R1 Ra Rc + R1 Rb Ra
R1 + a 1 + a 1
Rb Rc Rb Rc

Ra2 R1 R R + Ra Rc + Rb Ra
Ra = ⇒ R1 = b c
Rb Rc + Ra Rc + Rb Ra Ra

Por analogia chegamos a:


Rb Rc + Ra Rc + Rb Ra
R2 =
Rb

Rb Rc + Ra Rc + Rb Ra
R3 =
Rc
SENDO OS TRÊS RESISTORES IGUAIS TEMOS

R∆ = 3RY

Circuito em C.A.

Números Complexos
O conjunto dos números reais R é o mais amplo que se conhece, mesmo assim como
resolver dentro dele uma equação do tipo:

x2 + 1 = 0 onde o ∆ < 0.

A resposta para esta equação no conjunto dos números reais era impossível, até que
Raffaeli Bombeli em 1572 publicou seu tratado de álgebra, no qual falava de raízes
quadradas de números negativos.
Com isso surgiu um novo conjunto de números, o conjunto dos números complexos C,
que engloba o conjunto dos números reais e possibilitando responder a equação proposta
anteriormente.
Criou-se o símbolo “i” usado no lugar da − 1 , pois este número foi chamado
“número imaginário”.
41
Obs.: quando usamos os números complexos em eletricidade, substituímos o “i” pelo
“j” para que não haja confusão com o “i” de corrente elétrica.

Ex.:
Dada a equação x2 + 1 = 0, que tem como solução x = + − 1 ou x = - − 1 podemos
escrever então x = + i e x = - i.

Dada a equação x2 + 4 = 0, que tem como solução x = +/- ( − 4 ) = + / − ( − 1. 4 )


podemos escrever então x = +/- i . 2 ou +/- 2.i

Chamamos de número complexo todo número da forma Z = a + i.b onde a e b


pertencem ao conjunto dos números reais e i = − 1 , de forma que “a” é a parte real e “b”
é a parte imaginária do número complexo.

Z = a + i.b é um número complexo na forma chamada retangular.


Se “a” for zero teremos um número imaginário puro
Se “b” for zero teremos um número real.

Sabendo que “j” é um operador que rotaciona o vetor de um ângulo de 90º, temos:
Z j.b

A partir do triângulo retângulo mostrado podemos deduzir a forma trigonométrica.

Z.cosθ + j.Z.senθ = a + j.b

E deste mesmo triângulo podemos chegar a forma polar: Z θ , onde Z é o módulo do


vetor e θ é o ângulo.

Considere Z1 = a + j.b e Z2 = c + j.d

Adição e Subtração: (mais fácil usando a forma retangular)


Z1 + Z2 = (a+c) + j.(b+d)

Z1 – Z2 = (a-c) + j.(b-d)

Multiplicação e Divisão: (mais fácil usando a forma polar)


42
b
O módulo de Z1 é: Z1 = a 2 + b 2 e o argumento é: θ = arctg , e de forma análoga
a
temos Z2 na forma polar.
Daí podemos fazer os cálculos da seguinte forma:

Produto: Z1 xZ 2 = Z1 x Z 2 θ1 + θ 2

Z1 Z1
Divisão: = θ1 − θ 2
Z2 Z2

Tensão elétrica alternada e geração de uma senóide; Valor


máximo; Valor instantâneo; Valor médio; Valor eficaz RMS.
Onda alternada (CA), é um sinal de tensão ou corrente que varia no tempo
entre dois níveis, apesar disto é mais comum associar o termo CA as ondas
senóides e chamar as outras formas de onda pelos seus nomes (quadradas,
triangular, dente de serra, etc.
O sinal CA é periódico, ou seja, varia de forma regular com o tempo. O
sinal CA que vamos considerar é senoidal, e a cada senóide formada
chamaremos ciclo.
O ciclo se repete com uma certa freqüência (f); a freqüência é a
quantidade de ciclos realizados em um determinado tempo normalmente um
segundo. A freqüência (f) é medida em ciclos por segundo ou Hertz (Hz) (Heinrich
Rudolph Hertz – 1857-1894), físico alemão. Ocorrendo 60 ciclos em um segundo,
temos 60hz, que a freqüência em todo o Brasil. Por outro lado o tempo gasto para
realizar um ciclo chama-se período “T”, e é o inverso da freqüência, sendo medido
em segundos.
Todo o sistema gerador girante gera CA (geração hidráulica, eólica, a
vapor, diesel, etc.).
A lei de Faraday rege o processo gerador CA. Quando o processo é
girante temos dφ e como resultado “E” induzido alternado dφ
E = −N
dt dt

A onda alternada tem alguns pontos particulares:


Valor de pico: Valor máximo da onda (positivo ou negativo).
Valor de pico a pico: Diferença entre os valores máximos negativo e
positivo.
Valor médio e valor eficaz (rms) que serão detalhados em seguida

Embora seja comum usar graus para o eixo dos “x” em um gráfico de
tensão, também é muito usual o radiano (arco cujo comprimento é igual ao raio da
circunferência).

Sendo “x” o número de intervalos, ou arcos, de comprimento “r” que


cabem em uma circunferência, podemos fazer:
43

C = 2.π .r = x.r ∴ x = 2.π


o comprimento de minha circunferência tem:

360º = 2π radianos de onde chegamos a:

360 º
= 57,296 º = 1.radiano

O uso do radiano é interessante em eletricidade, pois em muitas fórmulas


o termo π aparece.

π é a razão entre o comprimento da circunferência e o seu diâmetro:

2.π .R
= π = 3,1415926535 8979323846 ......
2 .R

obs.:

π .x.ângulo.em.grau 180 º.x.ângulo.em.radiano


ângulo.em.radiano = ângulo.em.grau =
180º π

ângulo. percorrido.em.graus.ou.radianos ciclos 2.π


w= = 2π . = 2.π . f =
tempo.em.segundos segundo T

Onde w (ômega) é a velocidade angular

De forma geral a velocidade angular w pode ser calculada da seguinte


forma:

α (ângulo.qualquer )
w= de onde podemos fazer α = w.t ângulo percorrido
t (tempo.qualquer )
44

A expressão geral para tensões e correntes senoidais instantâneas é:

v = Vmax.sen(α) e i = Imax.sen(α)

onde Vmax. ou Imax. são os valores máximos da onda alternada considerada, α é o


ângulo onde o sinal está no momento considerado e v e i são os valores
instantâneos da tensão e da corrente, respectivamente.

Sendo α = wt teremos:

v = Vmax.sen(wt) ou i = Imax.sen(wt)

se uma senóide é deslocada para a direita ou para esquerda a equação geral


torna-se:

v = Vmax.sen(wt+/-θ) ou i = Imax.sen(wt+/-θ)

sendo θ o ângulo, em graus ou radianos, de deslocamento ou defasagem.

Quando a defasagem é zero dizemos que os sinais estão em fase. Claro que esta
consideração só tem sentido para sinais de mesma freqüência.

∑ a lg ébrica.da.área
Valor .médio =
comprimento.da.curva

As áreas acima do eixo são tomadas com sinal (+), e as áreas abaixo do eixo são
tomadas com sinal negativo (-).
O valor médio de qualquer corrente ou tensão é o indicado por um medidor de CC,
ou seja, ao longo de um ciclo completo, o valor médio de uma onda periódica é o
valor CC equivalente.

A área do semiciclo pode ser calculada integrando os valores instantâneos


formadores do intervalo em questão:

π
Amax . sen α .dα = Amax [− cos α ]0 = − Amax [cos π − cos 0º ] = − Amax (− 1 − (1) ) = 2. Amax
π
∫0
e sendo o valor médio do sinal periódico a área pelo período considerado, vem:

2. Amax
valor.médio = = 0,637. Amax
π
45

obs.: para uma senóide completa o valor médio será zero, pois se os semiciclos
são iguais e simétricos a soma das áreas será zero, que dividido por PI continua
sendo zero, isto significa dizer que o valor médio, ou seja, o equivalente CC de um
sinal CA puro é zero. Isto pode ser verificado aplicando um voltímetro na escala
CC em uma tomada residencial CA, o voltímetro zero volt, que é valor médio do
sinal CA, o mesmo de dizer que não há componente CC neste sinal CA.

Na figura ao lado se vê uma onda CC adicionada a uma onda CA pura.


Teremos aí uma composição que fará a onda CA se deslocar para cima. Neste
caso se a medição CC da onda resultante for feita com o multímetro na escala CC,
teremos a leitura do valor CC que foi adicionado. Este valo é chamado valor médio
do sinal CA ou sinal CC equivalente.
21

Vamos calcular o valor médio e


o valor eficaz da função
y (t ) = y m sen( wt ) , sendo o 20+ sin( ( 377t ) ) 20

período 2 π .

19
0 2 4 6 8
t

O valor eficaz é aquele valor do sinal CA que dissipará a mesma potência


em WATTS em um resistor, que o valor médio. Como já foi mostrado que
o valor médio é o equivalente CC do sinal CA em análise, podemos
afirmar que o valor eficaz de um sinal CA dissipa a mesma potência ativa,
ou seja, em WATTS que o seu equivalente CC.
Obs.: Estamos relacionando o valor eficaz de um sinal CA com o
equivalente CC (valor médio) deste mesmo sinal CA.

I ef2 .R = I cc2 R = I m2 R
Isto implica:

Daí vamos usar o cálculo integral para chegar ao valor eficaz:

1 2π 1 2π
.∫ (Ymax sen( wt ).d ( wt ) ) = ∫
2
I ef2 = I médio
2
= I cc2 = 2
Ymax sen 2 ( wt ).d ( wt )
T 0 2π 0
46
1 2π
I ef = ∫
2
Ymax sen 2 ( wt ).d ( wt )
2π 0

x sen 2 x
∫ sen x.dx = −
2

Obs.: 2 4


Ymax 2π Ymax  wt sen(2 wt ) 
∫ sen ( wt ).d ( wt ) =  2 −
2
. 
2π 0
2π 4 0


Ymax  wt sen(2 wt )  Y  2π sen 4π   0 sen 0º 
2π  2 − 4 
0
= max 
2π  2
− − −
4   2 4 
Ymax
[π − 0] − [0 − 0] = Ymax π = Ymax
2π 2π 2

Este é o valor eficaz de um sinal periódico de tensão ou de corrente.

O valor eficaz também é conhecido pela sigla RMS (root mean square – raiz
média quadrática). Como se vê abaixo temos na equação a raíz quadrada do valor médio ao
quadrado.
1 2π 2
I ef =
2π ∫0
Ymax sen 2 ( wt ).d ( wt )

OBS.:

PMPO é a sigla de Peak Music Power Output (Potência de Saída de Pico Musical).

Segundo alguns fabricantes de amplificadores e alto-falantes, é a potência suportada por um pico de tensão com
duração de milésimos de segundo.

RMS significa "Root Mean Square" (Raiz média quadrada).

É o valor confiável, a potência real dos amplificadores e falantes.

FATOR DE FORMA
É a relação entre o valor eficaz e o valor médio da onda. Para ondas simétricas, como as senóides, o
valor médio é zero. Para estes casos considera-se o valor médio de meio ciclo:
47

Vmax

fator .de. forma =


Vef
= 2 = π = 1,11
Vmed 2.Vmax 2. 2
π

Este é fator de forma de um sinal senóide.

Circuito Resistivo

π
x := 0 , .. 6π
32

v := 10⋅ sin ( wt)

R
5 i := 2⋅ sin ( wt)
+

2
p := 20⋅ ( sin ( wt) )
v = 10.sen(wt)

Circuito Indutivo
π
x := 0 , .. 6π
32

v := 24⋅ sin ( wt)

XL 
i := 8⋅ sin  wt −
π
3 
 2

 π
+

p := 192⋅ sin  wt − 
v = 24.sen(wt)  2
48
Circuito Capacitivo

π
wt := 0 , .. 6π
32

v := 15⋅ sin ( wt)

XC 15 
⋅ sin  wt +
π
2 i := 
+ 2  2

 π
+

225
p := ⋅ sin  wt + 
v = 15.sen(wt) 2  2

Circuitos RC série, RL série e RLC série.

Circuito RL série

As tensões e correntes no circuito RL série serão representadas da seguinte forma


→ →

V L
= VL . 90º V V R
= VR . 0º V

I = I . 0º A

A lei de ohm é válida em CA, sendo assim para o indutor teremos:


→ VL 90º
VL
X L
= →
= = X L . 90º Ω
I I 0º
A reatância indutiva será representada como um número complexo puro XL = jϖL
49
De maneira análoga para o resistor

→ VR 0º
VR
R= →
=
I 0º
=R
I

Ou seja, o resistor é uma impedância com a parte imaginária nula.


A impedância de um circuito RL série na forma complexa.

ϖL
Z = R + jϖL ⇒ R 2 + ( wL )2 arc.tg
R

Exemplo:
Exemplo a seguir, retirado do livro “Análise de Circuitos em Corrente
Alternada” - Rômulo de Oliveira Albuquerque – página 94.

Dados:
Vg = 20. 2.sen (ϖt ).V

Vg = 20 0º V

Para os cálculos usamos o valor eficaz



Z = 4 + j 3 = 5 36 ,87º Ω


→ Vg 20 0º
I= →
= = 4 − 36 ,87º A
Z 5 36 ,87º

i = 4. 2 .sen( ϖt − 36 ,87º ).A


50

Circuito RC série

As tensões e correntes no circuito RC série serão representadas da seguinte forma


→ →

V C = VC . − 90º V V R
= VR . 0º V
51

I = I .0º A

E daí vem:


→ VC VC − 90º
XC = →
=
I 0º
= X C . − 90º Ω
I
1
A reatância capacitiva será representada como um número complexo puro X C =
ϖ.C

1 1
Na forma complexa teremos a reatância capacitiva: X C = − j. =
ϖ.C jϖC

O resistor já foi mostrado na forma complexa

A impedância de um circuito RC série na forma complexa.

1
2
 1 
 arc .tg ϖC
1
Z =R+ ⇒ R2 + 
jϖC  wC  R

Dados:
Vg = 10. 2.sen (ϖt ).V

Vg = 10 0º

Para os cálculos usamos o valor eficaz



Z = 4 − j 3 = 5 − 36 ,87º Ω
52

→ Vg 10 0º
I= →
= = 2 36 ,87º.A
Z 5 − 36 ,87º

i = 2. 2 .sen( ϖt + 36 ,87º ).A

Resposta em freqüência nos circuitos RC e RL série


Circuito Indutivo – RL série:
• para frequências altas, tendendo a infinito, temos XL= 2 π f L >> R, ou seja,
para freqüência infinita temos um circuito aberto.
• para frequências baixas, tendendo a zero, temos XL= 2 π f L << R, ou seja,
em zero hertz o indutor é um curto e o resistor atua sozinho.

Circuito Capacitivo – RC série:


1
• para frequências altas, tendendo a infinito, temos X c = << R , ou
2.π . f .C
seja, para freqüência infinita o capacitor atua como um curto e o resistor
atua sozinho.
1
• para frequências baixas, tendendo a zero, temos X c = >> R , ou
2.π . f .C
seja, em zero hertz temos um circuito aberto.
53
obs.: a frequência não interfere no valor da resistência.

Circuito RLC Série

VMAX = 2 .VEF

141,42
VG = 53,13º = 100 53,13º.V
2

Z T = R + jX L + jX C = 3,33 0º + 1,43 90º + 3,33 − 90º

Z T = 3,33 + j1,43 − j3,33Ω = 3,33 − j1,9Ω

Z T = 3 ,83 − 29 ,71º .Ω

VG 100 53,13º
I= = = 26,1182,84º. A
Z T 3,83 − 29,71º

Obs.: em série o maior elemento (indutor ou capacitor) predomina, porém em


paralelo o menor elemento terá efeito predominante no circuito, pois por ele
passará a maior corrente.

Sendo assim, o circuito analisado (série) é predominantemente capacitivo, como


se vê comparando o ângulo da corrente total e da tensão. Corrente a frente da
tensão.
54

V R = I .R = 26,11 82,84 º x3,33 0º. = 86,95 82,84ºV

V L = I . X L = 26,11 82,84ºx1,43 90º. = 37,34 172,84º.V

VC = I . X C = 26,11 82,84 º x3,33 − 90º. = 86,95 − 7,16º.V

Pela Lei de Kirchhoff para um circuito em série

VG = VR + VL + VC = 86,95 82,84º. + .37,34 172,84º + .86,95 − 7,16º = 100 53,13º.V

i = 26 ,11 2 sen( wt + 82 ,84º ).A

v R = 86,95 2 sen ( wt + 82,84º ).V


v L = 37,34 2 sen ( wt + 172,84 º ).V
vC = 86,95 2 sen( wt − 7,16º ).V

P = 100V x 26,11A = 2611 W

Conceitos de reatância, impedância, condutância, susceptância e


admitância.
55
Para facilitar o estudo dos circuitos em paralelo utilizaremos os
parâmetros inversos. Neste caso podemos analisá-lo como se
fosse um circuito série.
Condutância (G) que é o inverso da Resistência
Susceptância (B) que é o inverso da reatância, podendo ser Susceptância Indutiva (BL) ou
Capacitiva (BC)
Admitância (Y) que é o inverso da Impedância

Na forma polar temos:


1
G=
R
1 1
BL = = BL . − 90º = − jBL ou BC = = BC . + 90º = jBC
X L. 90º X C . − 90º
1
e Y= = Y. − θº
Z. θº
A unidade dos parâmetros inversos é o Ω-1 (mho) ou (siemens).
O uso dos parâmetros inversos permite resolver um circuito em paralelo como se fosse um
circuito em série.

Circuitos RC paralelo, RL paralelo e RLC paralelo

Circuito RL Paralelo
20 2
E= 53,13º = 20 53,13º V
2
+
R XL
3,33 2,5
1 1 1 -
YT = = + = G − jB L
ZT R X L
e = 28,284.sen(wt+53,13º) V

1 0º 1 − 90º
YT = + = 0,3 0º + 0,4 − 90º = 0,3 − j 0,4 = 0,5 − 53,13º.Ω −1
3,33 2,5

1 1
ZT = = = 2 53,13º.Ω
YT 0,5 − 53,13º

OBS.: É possível chegar ao mesmo valor sem usar os parâmetros inversos:


56
( R ).x.( jX L ) 3,33 0º.x.2,5 90 º 8,32 90 º
ZT = = = = 2 53,1º.Ω
R + jX 3,33 + j 2,5 4,16 36,9º

Continuando os cálculos

E 20 53,13º
I= = = 10 0º. A ou I = E.YT = 20 53,13º.x.0,5 − 53,13º = 10 0º. A
ZT 2 53,13º

E 20 53,13º
IR = = = 6 53,13º. A ou I R = E.G = 20 53,13º.x.0,3 0º = 6 53,13º. A
R 3,33 0º

E 20 53,13º
IL = = = 8 − 36,87 º. A ou I L = E.BL = 20 53,13º.x.0,4 − 90º = 8 − 36,87º. A
XL 2,5 90º
Observe que IL está atrasada 90º em
relação a tensão (53,13 + 36,87), isto é
o esperado em um circuito indutivo, e
pode ser verificado no gráfico abaixo.

Pela Lei de Kirchhoff

I = I L + I R = 8 − 36,87º. + .6 53,13º = 10 0º. A

i R = 6 2 sen( wt + 53,13º ). A
i L = 8 2 sen( wt − 36,87 º ). A

P = 20V . 6A = 120 W

V R2
P = I .R =
2
R = V R2 .G
R

Circuito RC Paralelo
+

R XC
14,14 1,25
I= 0º = 10 0º. A 1,67
2

i = 14,14sen(wt) A
57

1 1 1 1
YT = + = + = 0,6 0º + 0,8 − 90º = (0,6 − j 0,8)Ω −1
R X L 1,67 0º 1,25 90º

1 1
ZT = = = 1 − 53,13º.Ω
YT 0,6 − j 0,8

E = I .Z = 10 0º.x.1 − 53,13º = 10 − 53,13º.V

E 10 − 53,13º E 10 − 53,13º
IR = = = 6 − 53,13º. A IC = = = 8 36,87 º. A
R 1,67 0º XC 1,25 − 90º

Observe que IC está adiantada 90º em


relação a tensão (53,13 + 36,87), isto é
o esperado em um circuito capacitivo,
e pode ser verificado no gráfico
abaixo.

Pela Lei de Kirchhoff

I = I C + I R = 8 + 36,87º. + .6. − 53,13º = 10 0º. A


i R = 6 2 sen( wt − 53,13º ). A
iC = 8 2 sen(wt + 36,87º ). A

e = 10 2 sen( wt − 53,13º ).V

P = 10V . 6A = 60 W

V R2
P = I R2 .R = = V R2 .G
R

Circuito RLC Paralelo

+
+

R XL XC
3,33 1,43 3,33
-

v = 141,42sen(wt+53,13º) V
58
141,42
E= 53,13º = 100 53,13º.V
2

1 1 1 1 1 1
YT = G + ( − jBL ) + jBC = + + = + +
R X L X C 3 ,33 0º 1,43 90º 3 ,33 − 90º

1 0º 1 − 90º 1 90º
YT = + + = 0 ,3 0º + 0 ,7 − 90º + 0 ,3 90º = 0 ,3 − j0 ,7 + j0 ,3 = 0 ,3 − j0 ,4 = 0 ,5 − 53,13º .Ω −1
3 ,33 1,43 3 ,33

1 1
ZT = = = 2 53,13º.Ω
YT 0,5 − 53,13º

100 2
53,13º
E 2
I= = = 50 0º. A
ZT 2 53,13º

Obs.: em série o maior elemento (indutor ou capacitor) predomina, porém em


paralelo o menor elemento terá efeito predominante no circuito, pois por ele
passará a maior corrente.
Circuito predominantemente indutivo, (paralelo) corrente total atrasada em relação
a tensão.

I R = E.G = 100 53,13º.0,3 0º = 30 53,13º. A

I L = E.B L = 100 53,13º.0,7 − 90 º = 70 − 36,87 º. A

I C = E .BC = 100 53 ,13º .0 ,3 90º = 30 143 ,13º .A

Pela Lei de Kirchhoff para um circuito em paralelo.

I = I R + I L + I C = 30 53,13º. + .70 − 36,87º + .30 143,13º = 50 0º. A


59

i R = 30 2 sen( wt + 53,13º ). A
i L = 70 2 sen( wt − 36,87 º ). A
iC = 30 2 sen(wt + 143,13º ). A

P = 100V . 30A = 3000 W

Resposta em freqüência nos circuitos RC e RL paralelo

Circuito Indutivo – RL paralelo:


• para frequências altas, tendendo a infinito, temos XL= 2 π f L >> R, ou seja,
para freqüência infinita temos o resistor atuando sozinho.
• para frequências baixas, tendendo a zero, temos XL= 2 π f L << R, ou seja,
em zero hertz o indutor é um curto e o resistor não existe para o circuito.
Circuito Capacitivo – RC paralelo:
1
• para frequências altas, tendendo a infinito, temos X c = << R , ou
2.π . f .C
seja, para freqüência infinita o capacitor atua como um curto e o resistor
não existe para o circuito.
1
• para frequências baixas, tendendo a zero, temos X c = >> R , ou
2.π . f .C
seja, em zero hertz temos o resistor atuando sozinho.

Circuito RLC misto

Circuito CA série-paralelo
+ Calcule:
R
1
XC
2
a) ZT
b) IT
XL
3 c) VR e VC
+ d) IC
120[0º
1 V e) P
-

− j 2.x. j 3 6
a) Z paralelo = = = 6 0º.x.1 − 90º = 6 − 90º = − j 6Ω
− j 2. + . j 3 j1
60
Z T = Z R + Z paralelo = 1 − j6 = 6 ,08 − 80 ,54Ω

E 120 0º
b) IT = = = 19,73 80,54. A “ circuito predominantemente capacitivo,
Z 6,08 − 80,54
corrente adiantada em relação a tensão “

Obs.: em série o maior elemento (indutor ou capacitor) predomina, porém em


paralelo o menor elemento terá efeito predominante no circuito, pois por ele
passará a maior corrente.

c) VR = I T .R = 19,73 80,54º.x.1 0º = 19,73 80,54.V

VC = I T .Z = 19,73 80,54º.x.6 − 90º = 118,38 − 9,46.V

VC 118,38 − 9,46º
d) I C = = = 59,19 80,54. A “ corrente adiantada no capacitor “
XC 2 − 90

e) P = I T2 .R = 19,73 2.x.1 = 389,27.W

Sistema Trifásico
Sistema Monofásico (fase - neutro ou fase – terra)
Utilizado em sistemas residenciais (domésticos), comerciais e rurais com tensões
padronizadas no Brasil de 115V, 127V e 220V, freqüência de 60 Hz.

Sistema Trifásico (fase – fase)


Utilizado em sistemas industriais, também com freqüência de 60 Hz. Valores
comuns em BT: 220V e 380V, embora existam outros.

Conceitos Básicos:

Corrente de linha (Il): a corrente em quaisquer um dos três fios L1, L2 e L3, que
corresponderia aos condutores da rede de alimentação.
Corrente de fase (If): ou de bobina: correntes de cada uma das cargas.
Tensão de linha (Vl): ou trifásica: tensão medida entre dois quaisquer dos
condutores fase da linha, L1, L2, L3.
Tensão de fase (Vf): ou monofásica: tensão medida entre fase e neutro ou fase e
terra.
61

• SISTEMA TRIFÁSICO

Definição: Sistema elétrico composto por três fases defasadas entre si de 120º
elétricos no espaço. As fases são chamadas de R (rede), S(sistema) e T(trifásico),
ou A, B e C.

Sistemas trifásicos equilibrados e desequilibrados. Neutro


aterrado
Sistema Trifásico Equilibrado: Sistema trifásico onde as correntes são iguais em
amplitude, ou seja, tem o mesmo valor máximo.
• A característica deste sistema é que o somatório das três correntes em
qualquer momento é sempre ZERO, sendo assim não há necessidade de um
condutor neutro.
• Cargas trifásicas, como motores trifásicos, são exemplo deste tipo de sistema
equilibrado.

Sistema Trifásico Desequilibrado: Sistema trifásico onde as correntes não são


iguais em amplitude, ou seja, não tem o mesmo valor máximo.
• A característica deste sistema é que o somatório das três correntes em
qualquer momento não será ZERO, sendo assim há necessidade de um
condutor neutro. Quanto maior este desequilíbrio maior será a corrente fluindo
pelo neutro.
• O desequilíbrio é característico de sistemas trifásicos que alimentam cargas
monofásicas. O sistema público da concessionária, por exemplo.

Obs.: seja o sistema equilibrado ou não, as tensões estarão sempre defasadas de


120º elétricos e serão sempre iguais em módulo.
62
O que poderá fazer as tensões variarem em módulo, será o fato do sistema estar
desequilibrado sem neutro aterrado, o que caracteriza defeito.

Ligação em Estrela e Ligação em Triângulo


Em um sistema trifásico, pode-se ligar os condutores de duas formas.

Ligação em triângulo:
Onde, pela própria disposição das bobinas temos as seguintes características:

Elinha = E fase I linha = 3 xI fase onde, 3 é chamado " fator do sistema trifásico "

Ligação em estrela:
Onde, pela própria disposição das bobinas temos as seguintes características:

Elinha = 3 xE fase I linha = I fase onde, 3 é chamado " fator do sistema trifásico"

Para os motores de corrente alternada as correntes podem ser determinadas pelas seguintes
expressões:

• Monofásico

• Trifásico

sendo a tensão nominal (de linha) e o fator de potência nominal.

Obs.: se usarmos tensão de bobina (vn) ao invés de tensão de linha (Vn), usaremos 3 e não
3.

VRN VSN
Considerando o sistema trifásico ao lado, com defasagem de 120º
30º VST elétricos entre fases, poderemos fazer:

N x VST = VSN + ( −VTN ) = VSN + V NT


sabendo que em módulo VSN = VTN = VB poderemos fazer:
VST = V L = 2V B a projeção “x” de VB sobre o eixo de VL resulta:

3
V L = 2.V B = 2.V B cos 30º = 2.V B = 3.V B
2
63
VTN

A corrente consumida por um motor varia bastante com as circunstâncias. Na maioria dos
motores, a corrente é muito alta na partida, caindo gradativamente (em alguns segundos)
com o aumento da velocidade. Atingidas as condições de regime, isto é, motor com
velocidade nominal, fornecendo a potência nominal a uma carga, ela atinge o seu valor
nominal - aumentando, porém, se ocorrer alguma sobrecarga.

SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

Padrão CELPE, 3 fases com neutro aterrado.


64
Potência trifásica
Potência em CC
Potência Contínua: P = V .I

Potência Alternada Trifásica


P = 3.V . I .η .cosϕ
Onde 3 é uma constante para o sistema trifásico, η (êta) é o rendimento da
máquina e cosϕ é o fator de potência.

Ativa
Potência Ativa (P): Medida em watts (W), esta potência mede a quantidade de
energia ativa que foi utilizada na realização do trabalho pela máquina.

Esta Potência multiplicada pelo tempo em horas representa a energia ativa


consumida pela carga, e que é faturada pela concessionária.
E = P . t(h)

Reativa
Potência Reativa (Q): Medida em volt ampére reativo (var), esta potência mede a
quantidade de energia reativa que foi armazenada em um campo magnético,
necessário para preparar a máquina para funcionar de forma efetiva.

Esta energia não pode ser faturada pela concessionária, mas seu consumo acima
de limites definidos pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) pode gerar
multa.
Obs.: Veja correção de fator de potência.

Aparente
Potência Aparente (S): Medida em volt ampére (VA), esta potência é o somatório
geométrico das duas anteriores.

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