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Conceito de angústia em Heidegger d

O conceito de angústia em Heidegger é explorado em 'Ser e Tempo' e na preleção 'Que é Metafísica?', onde se relaciona com a noção de propriedade e a descoberta do ser. A angústia é vista como um encontro que aproxima o ser-aí de si mesmo e, na preleção, é apresentada como a disposição originária que revela o nada, permitindo a manifestação dos entes. A investigação busca entender a virada no pensamento heideggeriano, passando de uma perspectiva existencial para uma história do ser.

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Conceito de angústia em Heidegger d

O conceito de angústia em Heidegger é explorado em 'Ser e Tempo' e na preleção 'Que é Metafísica?', onde se relaciona com a noção de propriedade e a descoberta do ser. A angústia é vista como um encontro que aproxima o ser-aí de si mesmo e, na preleção, é apresentada como a disposição originária que revela o nada, permitindo a manifestação dos entes. A investigação busca entender a virada no pensamento heideggeriano, passando de uma perspectiva existencial para uma história do ser.

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Conceito de angústia em Heidegger de uma perspectiva existencial à uma história do

ser

Resumo

tratar este conceito a partir de ser e tempo e na preleção que é metafísica. Em ser
e tempo o conceito de angústia esta interligado com a noção de propriedade e
impropriedade(?). Sendo a ela o encontrar-se que singulariza o ser-ai(?). Além
disso, está relacionado também com a noção de descobrimento do ser. E também, na
pergunta metafísica pelo nada, é da angústia que se descobre a transcêdencia do
ser-ai. Estando em jogo a relação entre o ser o nada desvelado pelo encontrar-se da
angústia, realizada na preleção que é metafísica. Representando uma virada no
pensamento Heideggeriano. Portanto, cabe a investigação compreender qual o sentido
de virada nos referimos ao buscarmos entender o conceito de angustia nestas duas
obras citadas. Mas também investigar se a preleção de 29 pode ser lida como um
começo e antencipação que orienta a virada de seu pensamento. Passando de um
perspectiva transcedental(?) para outro, focando dessa vez na história do ser.

palavras chave: angústia, ser-ai, virada, nada

Introdução

1 Como forma de concertrar-se na questão do ser, Heidegger utiliza uma análise


existencial do Dasein (ser-ai) como via para atingir este objetivo. De ínicio
Heidegger apresenta a direção a ser seguida ao afirmar que na pergunta "o que é
ser?" já existe uma precompreenção do "é", uma noção do "ser" previamente incubida
em nosso discurso, mesmo que de forma vaga e mediana. "O perguntar necessita uma
direção prévia a apartir do que é buscado...Não sabemos o que "ser" significa. Mas
já quando perguntamos "o que é ser?" nos mantemos no entendimento do 'é', embora
não possamos fixar conceitualmente o que 'é' significa". (HEIDEGGER, 2012, p.41)

2 Portanto, esta noção vaga e mediana, desta pré compreeção do ser, é o ponto de
partida ao qual busca-se alcançar o modo adequado de colocar a pergunta pelo
sentido do ser.

3 Perguntar é, como toda pergunta, um procurar ou buscar (Suchen). E toda procura


há 3 elementos constitutivos, a saber: O grefagte, Befragte e o Erfragte. O
questionado, o perguntado e o interrogado. Na pergunta "o que é o ser?", o
questionado é o ser, o perguntado; o que se pergunta, é o sentido do ser. E o
interrgoado, aquele a quem se pergunta, é o ente(?), interroga-se o ente a respeito
de qual é, do ser, o seu sentido. Ou seja, o que é o ente, a partir do que
idealizamos o que seja o ser.

4 Mas qual seria o ente que é perguntado acerca do sentido de ser? Seria o ente da
própria pergunta, este "é", do ente que pergunta pelo ser. E na pergunta o
compreende de maneira vaga e mediana. Tal ente Heidegger nomeia de Dasein, o ser-
aí. O ser-aí é o ente, ao qual coloca em jogo o seu ser. Portanto, esta pre
compreenção mediana influencia diretamente na concepção de ser. Do modo pelo o qual
a gente entende o ente, e esta compreenção sobre ele é o que pergunta pelo ser.
Esta relação faz do ser-ai um ente privilegiado, assinalado, que sendo, molda o
modo pelo o qual o objeto ou o perguntado, no caso o ser, será compreendido e
conceitualizado.
" Mas, nesse caso, a questão do ser nada mais é do que a radicalizes de uma
tendencia de ser em essência pertencente ao Dasein ele mesmo, isto é, a
radicalização do pré ontológico entendimento do ser" (HEIDEGGER, 2012, p.41)

5 Esta noção pré ontológica; da noção que se refere anteriormente a constituição do


ser. É o que traz o ser-aí a transportar uma carga reminissiva a resposta do que
será o ser, tendo já uma noção previa sobre um entendimento-do-ser. O ente (ser-aí)
em alguma sintonia com o ser. Portanto, existe o ser do ente, e o ser.

6 Em ser e tempo, Heidegger faz uma analítica existencial do momentos ontológicos-


existenciais constitutivos do ser-aí. Portanto, sendo o ser-aí um ente que se
relaciona com o ser, é a partir da noção desse ente que se inicia o percurso do ser
e tempo, em via para se direcionar a questão do ser. "O ser só é o ser, porque o
ente, enquanto sendo, se relaciona com um entendimento sobre o ser, definindo o que
ser será".

7 Nesta analítica ontológica do ser-aí a conexão das estruturas que constituem a


existência Heidegger define como Existenzialiat. Analisar essas estruturas tem como
objetivo produzir um entendimento existenzialen (existencial) ou seja, ontológico e
não ôntico.De saber quais as estruturas que caracterizam esse ser do ente. Dentre
de uma dessas estruturas existenciárias está Befindlichkeit (disposição), a maneira
pelo o qual o ser-aí de dispõe, se abre, humoradamente, para o mundo. O que para
Heidegger denomina ontologicamente como encontrar-se. O encontro projetado por uma
busca previa. Onticamente, é o que geralmente se entende como estado de humor -
sentimentos e afetos. O termo Befindlichkeit significa a abertura humorada do ser-
aí ao mundo. "O estado de animo deixa manifesto 'como alguém está e como anda'.
Neste 'como está' o ser do estado de animo leva o ser a seu 'aí'(HEIDEGGER, 2012,
p.385)

8 Focaremos na Angústia como tarefa de investigação dessas disposições de humor. E


na preleção Que é metafísica a angústia toma uma forma diferente que representaria
sua virada do campo existenciário para a história do ser na medida em que pergunta
formulada " o que acontece com o nada?" leva ao argumento que a angústia seria a
disposição originária que possibilitaria a manifestação do nada. Enquanto
disposição originária a angústia revelaria ao ser-aí aquilo que possibilita a todos
os entes serem enquanto tais, ou seja, o nada

9 Em ser e tempo Heidegger afirma que a angústia é um encontrar-se que aproxima o


ser-ai de si mesmo, retirando-o da impessoalidade e remetendo-o a propriedade. Já
em Que é metafísica? ele pensa o conceito de angustia enfatizando a relação entre o
despertar da angútia e a revelação do ser. Da manifestação o nada no ser-ai. O nada
é entendido como o acontecimento que possibilita o desvelar dos entes em sua
totalidade. É pela manifestação do nada que os entes se tornam acessiveis. Ao
contrario em ser e tempo o conceito de angustia é o encontrar-se ou a disposição

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