Marinha Do Brasil Centro de Instrução Almirante Graça Aranha Escola de Formação de Oficiais Da Marinha Mercante
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RIO DE JANEIRO
2016
LUIS FILIPE CESARIO DE ABREU
RIO DE JANEIRO
2016
LUIS FILIPE CESARIO DE ABREU
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Assinatura do Orientador
NOTA FINAL:____________
Dedico este trabalho aos meus pais, Antônio e Giovannina, por todo
tempo empenhado na minha educação, pelas incontáveis horas de
trabalho para me proporcionar uma formação digna e os valores que
pude compartilhar e me tornar o homem que hoje sou.
The development of new technologies for the offshore vessels has been happening
constantly, considering that they are deeply connected to the necessities created on
the new frontier of oil prospecting. The evolution of the legislation related to labor
safety and the environment also influences the development of these technologies.
The increase of the vessel’s performance, more safety for the crews, the reduction
of environmental risks and the reduction of the emission of polluting gases are some
examples of the goals that these new technologies want to achieve. Due to the
increase of the demands to deal with these new technologies, the training and
investment given to the crews are a natural consequence of this evolution, as well
as a revision of the operations executed by the offshore vessels. The influence of
these technologies in the vessels design, in the propulsion (propellers) of the
vessels, and in the power generation plants will be seen in this work.
1 INTRODUÇÃO 10
2 A ORIGEM DAS EMBARCAÇÕES DE APOIO MARÍTIMO E SEUS TIPOS --------
----EM OPERAÇÃO 11
3 DESENHO (DESIGN) DAS EMBARCAÇÕES DE APOIO MARÍTIMO 12
3.1 Principais características no desenho das embarcações de apoio marítimo12
3.2 Novos desenhos das embarcações de apoio marítimo 14
3.2.1 Projeto X-BOW 16
4 SISTEMAS DE PROPULSÃO NAS EMBARCAÇÕES DE APOIO MARÍTIMO 20
4.1 Geração de energia 20
4.1.1 Propulsão diesel-elétrica com propulsores azimutais 21
4.2.1 Sistema de propulsão híbrido 22
4.2.1 Propulsão com LNG (Liquefied Natural Gas) 24
4.3 Propulsores 25
4.3.1 Propulsores azimutais 26
4.3.1 Propulsor azimutal contra-rotativo 27
4.3.2 Propulsor Azipod 28
4.3.3 Propulsor Voith Schneider 29
5 NOVOS EQUIPAMENTOS DAS EMBARCAÇÕES DE APOIO MARÍTIMO ---------
--PARA A EXECUÇÃO DAS OPERAÇÕES OFFSHORE 31
5.1 Equipamentos do passadiço 31
5.1.1 Posicionamento Dinâmico (DP) 33
6 CONCLUSÃO 35
REFERÊNCIAS 36
10
1 INTRODUÇÃO
O projeto X-BOW foi desenvolvido há alguns anos pela Ulstein Design and
Solutions, empresa norueguesa de projetos navais que pertence ao Ulstein Group.
Este projeto revolucionário é uma evolução do design das proas fechadas. Dentre
as suas principais características, temos a construção de uma forma original de
casco, com a redistribuição do volume da parte de vante da embarcação e uma
proa mais alta, que normalmente incorpora acomodações.
O X-BOW é uma proa invertida, inclinada, onde a parte maior fica abaixo da
linha d’água, começando na parte mais extrema de vante da embarcação. A proa é
contínua e afiada e divide suavemente as ondas e o mar calmo. O aumento de
volume acima e na frente permite que a embarcação responda com eficiência à
grandes ondas, diferentemente de uma proa convencional, que empurra as ondas
para baixo e para vante, retardando o avanço da embarcação.
A primeira embarcação a adotar este desenho foi o Bourbon Orca, da
Bourbon Offshore, lançado em 2006. Esta embarcação ganhou diversos prêmios
como o Norwegian Design Council’s design award, o Engineering Feat of the Year,
o
Offshore Support Journal’s e o prêmio de navio do ano pela Skipsrevyen’s.
Figura 11: PSV com planta de LNG. Notar o tanque de armazenamento de LNG
horizontal no centro da embarcação
4.3 Propulsores
Os tripulantes que operaram com este tipo de propulsor pela primeira vez
precisam de um período de adaptação, pois os comandos dos propulsores tipo
azimutais são completamente diferentes. Onde se utilizava o timão ou os
controladores de leme e telégrafos, se utiliza joysticks. A própria característica de
27
manobra propiciada pelo giro em 360° dos propulsores torna diferente o modo de
como os oficiais devem manobrar as embarcações com esse tipo de propulsor.
Figura 16: PSV Edda Fram no dique seco, permitindo a visualização de seus
dois VSPs
Figura 17: OSC North Sea Giant. Maior embarcação offshore a utilizar VSP
demonstrando sua capacidade de manobra
Figura 19: Ulstein Bridge Vision projeto da Ulstein para o futuro dos
passadiços das embarcações offshore
6 CONCLUSÃO
Neste trabalho foram descritas algumas das novas tecnologias que vêm
sendo empregadas hoje e que irão ser empregadas no futuro nas embarcações de
apoio marítimo. Estas novas tecnologias visam atender às demandas operacionais
com mais eficiência, o que culmina no menor consumo de combustível, menor
emissão de gases poluentes, maior operacionalidade em mares adversos, maior
segurança e conforto para os tripulantes.
Em razão da descoberta de novos campos de petróleo e gás nas camadas
de pré-sal, iremos observar no mundo, e principalmente no Brasil, nas próximas
duas ou três décadas, uma enorme demanda por embarcações de apoio à esta
atividade, embarcações estas que deverão ser cada vez mais capazes de
responder aos crescentes desafios operacionais impostos.
Portanto, se houver um equilíbrio entre os investimentos aplicados às novas
tecnologias das embarcações offshore e ao treinamento das tripulações marítimas,
não haverá limites para a execução de operações complexas em águas
ultraprofundas com segurança e eficiência, implementando-se projetos que há
apenas alguns anos julgávamos inimagináveis.
36
REFERÊNCIAS
http://catalogo.weg.com.br/files/wegnet/WEG-solucoes-para-industria-
naval50026247-catalogo-portugues-br.pdf. Acesso em 05/08/16.
http://voith.com/en/products-services/marine-technology-374.html. Acesso em
01/08/16.
http://voith.com/en/products-services/power-transmission/voith-schneider-
propeller10002.html. Acesso em 02/08/16.
http://www.rolls-royce.com/marine/products/ship_design/offshore_vessels/index.jsp.
Acesso em 14/07/16.
http://www.ulstein.com/kunder/ulstein/cms66.nsf/doc/3A6662B6DEF379B3C12576C
70031E17D. Acesso em 19/07/16.