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CFD 1

1) O documento discute a disciplina de Análise, Simulação e Controle de Processos (ASCP) que introduz técnicas de dinâmica dos fluidos computacional (CFD); 2) O objetivo é revisar conceitos de dinâmica de fluidos e fenômenos de transporte e introduzir o método dos volumes finitos para simulação; 3) A aula introduz como a simulação computacional é uma ferramenta importante na engenharia moderna para projetos conceituais e inovação.

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1) O documento discute a disciplina de Análise, Simulação e Controle de Processos (ASCP) que introduz técnicas de dinâmica dos fluidos computacional (CFD); 2) O objetivo é revisar conceitos de dinâmica de fluidos e fenômenos de transporte e introduzir o método dos volumes finitos para simulação; 3) A aula introduz como a simulação computacional é uma ferramenta importante na engenharia moderna para projetos conceituais e inovação.

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Disciplina: Análise, Simulação e Controle de Processos (ASCP)

Curso: Engenharia Química (5ª Série)


Prof.: André Lourenço Nogueira
BIBLIOGRAFIA E SOFTWARE

https://www.ansys.com/academic/free-student-products
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
INTRODUÇÃO À SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL
USANDO TÉCNICAS DE DINÂMICA DOS FLUIDOS
(Computational Fluid Dynamics – CFD)

• REVISAR E APLICAR CONCEITOS ASSOCIADOS À DINÂMICA DOS FLUIDOS

• REVISAR E APLICAR CONCEITOS DE FENÔMENOS DE TRANSPORTE

• DISCUTIR SOBRE AS EQUÇÕES GOVERNANTES E SUAS CONDIÇÕES DE CONTROLE

• INTRODUZIR O MÉTODO NUMÉRICO DOS VOLUMES FINITOS

• TREINAMENTO BÁSICO PARA USO DO PACOTE COMERCIAL DE SIMULAÇÃO

FERRAMENTA DE SIMULAÇÃO APLICADA NA RESOLUÇÃO


DE PROBLEMAS NAS DIVERSAS ÁREAS DA ENGENHARIA
OBJETIVOS DA AULA 1

• A prática da Engenharia no desenvolvimento de produtos e processos

• Avanços da Engenharia (Indústria 4.0)

• Engenharia Moderna: Ferramentas Computacionais

• Simulação Numérica aplicada em Projetos Conceituais

• Representação da física do processo por meio de equações matemáticas


A ENGENHARIA NA PRÁTICA
DESAFIOS DA ENGENHARIA

Requisitos de mercado Funcionalidade e Beleza

PRODUTO
Baixo tempo e custo de COMPETITIVO Integrado a novas
desenvolvimento tecnologias

Facilidade de manutenção Requisitos Ambientais

TAREFA COMPLEXA (requer experiência e pessoal)


A ENGENHARIA NA PRÁTICA
MUNDO IDEAL:
• equipe multidisciplinar envolvida no
desenvolvimento de um produto/processo
• boa comunicação entre as áreas envolvidas,
inclusive com o cliente
• obtenção de um produto funcional e de qualidade,
que atende todos os requisitos

NA PRÁTICA:
• Nem sempre a comunicação da equipe é adequada
• Dificuldade para atender aos requisitos de cada área
• Identificação de melhorias após lançamento do produto

1. Diferentes alternativas
2. Seleção da melhor solução
Projeto Conceitual Manufatura
(sem conhecimento suficiente)
3. Otimização

(muito retrabalho / alto tempo e custo / melhoria durante o ciclo)


PROBLEMAS
Metodologia “Tentativa e Erro” deve ser EVITADA!!!
O AVANÇO DA ENGENHARIA COM A TECNOLOGIA

• Apesar das equações governantes usadas pela Mecânica do Contínuo terem sido
deduzidas ainda no século XVII, não era possível resolvê-las de maneira adequada

(Equação de Navier-Stokes, 1822)

• Significativo crescimento em velocidade e


memória dos computadores permitiu resolver
numericamente problemas de engenharia

• os Métodos Matemáticos Numéricos tiveram bons avanços ao longo dos tempo

• Significativos avanços na comunicação com os computadores mediante o crescimento


das linguagem de programação, visualização científica (interfaces gráficas)

• Desenvolvimento de softwares com interface simples capazes de resolverem


complexos problemas de engenharia (Matlab, OpenFoam, ANSYS, Star-CCM+,.........)
A ENGENHARIA NA ERA DA INDÚSTRIA 4.0

• Grandes empresas já utilizam FERRAMENTAS DE SIMULAÇÃO no desenvolvimentos


de seus projetos (produtos e processos)

• Aplica-se SIMULAÇÃO visando compreender o comportamento estrutural (mecânico),


eletromagnético, térmico, fluido ou aero dinâmico, ou até mesmo todos estes
integrados

• Como resultados, tem-se uma significativa evolução no projeto conceitual

• TESTES EXPERIMENTAIS nunca poderão ser deixados de serem aplicados. Os mesmos


são fundamentais para auxiliar nos pequenos ajustes de melhoria ainda necessários

• apesar dos avanços tecnológicos, os ENGENHEIROS sempre deverão ter em mente a


importância da interdisciplinaridade que deve ser inerente no desenvolvimento de
projetos conceituais
SIMULAÇÃO ALGÉBRICA
• Exemplo do esvaziamento de um tanque:

𝑄 =𝑉∙𝐴 = 2∙𝑔∙ℎ∙𝐴
h
Modelo Matemático
a partir da Eq. Bernoulli
Máquina necessária
Problema: calcular a vazão para resolução

✓ trata-se de um caso com poucos dados de entrada


✓ modelo matemático simples composto por uma equação algébrica
✓ requer pouquíssimo esforço computacional
✓ Sem campos para visualizar, já que o resultado é apenas um valor numérico

APESAR DA SIMPLICIDADE DO PROBLEMA, TRATA-SE DE UMA SIMULAÇÃO


(mas não se reconhece este procedimento matemático como uma simulação)
SIMULAÇÃO NUMÉRICA ou COMPUTACIONAL

Exemplos de casos complexos de engenharia estudados via SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL


SIMULAÇÃO NUMÉRICA ou COMPUTACIONAL
• modelo matemático complexo composto por um sistema de equações
diferenciais parciais (EDP’s)

• A solução do modelo matemático requer o emprego de métodos matemáticos


numéricos, o que implica na necessidade de enorme esforço computacional
• Muitos resultados para serem analisados e visualizados (campos de velocidade,
pressão, fração mássica ......). Isso requer o uso de softwares de processamento
de resultados
SIMULAÇÃO NUMÉRICA ou COMPUTACIONAL
• Os avanços nas ferramentas de engenharia tem permitido que problemas altamente
complexos possam ser resolvidos, aumentando significativamente a competitividade
O ENGENHEIRO DEVE SEMPRE SE ATUALIZAR!!!!

• INÚMERAS situações físicas do cotidiano podem ser representadas por equações


matemáticas, como por exemplo:
✓ Leis de Newton, Leis da Termodinâmica, Leis de Eletromagnetismo ............
✓ Conservação de massa, energia, quantidade de movimento, ....

Conjunto de EQUAÇÕES DIFERENCIAIS (ordinárias ou parciais)


(MODELO MATEMÁTICO com CONDIÇÕES DE CONTORNO)

Solução mediante a aplicação de


MÉTODOS MATEMÁTICOS
NUMÉRICOS ITERATIVOS
SIMULAÇÃO e INOVAÇÃO

• A SIMULAÇÃO está intimamente ligada à possibilidade de INOVAÇÃO

• Empregando ferramentas de simulação, o engenheiro é capaz de modificar projetos


existentes visando otimizá-los, ou até mesmo criar produtos inovadores
ENGENHARIA MODERNA

SIMULAÇÃO TESTES SELECIONADOS

• A simulação permite avanços na experimentação (como coletar dados experimentais


que validem os campos das diversas variáveis)

• A simulação estimula avanços nos métodos numéricos

• A simulação viabiliza a integração de diversas ferramentas de projeto (por exemplo:


interação fluido-estrutura)

• A simulação incentiva a interdisciplinaridade

• A simulação possibilita um significativo aprofundamento do conhecimento da física do


problema

MELHOR QUALIDADE DO PROJETO FINAL E REDUÇÃO DRÁSTICA NO CUSTO

consequências
A PARTE EXPERIMENTAL DA ENGENHARIA DEIXARÁ DE SER REPETITIVA E
TERÁ NOVOS DESAFIOS DE MEDIÇÃO
IMPACTOS DA SIMULAÇÃO NA ENGENHARIA

• Necessidade de conhecimentos mais aprofundados da física envolvida no problema


(mecânica dos fluidos, mecânica dos sólidos, transferência de calor .......)

• Habilidade de criar modelos matemáticos (fundamental na engenharia moderna)

• Capacidade de interpretar resultados cada vez mais complexos

• Conhecimentos mais aprofundados de MATEMÁTICA

• Conhecimentos de técnicas numéricas para encontrar as soluções desejadas de um


problema (nem sempre se terá acesso a softwares comerciais)

• Equilíbrio entre testes experimentais e simulações

ENGENHEIROS NÃO DEVEM TER PREFERÊNCIAS POR METODOLOGIAS. DEVEM


FOCAR NA OBTENÇÃO DOS MELHORES RESULTADOS DE SEUS PROJETOS
(MENOR CUSTO + MELHOR QUALIDADE + MENOR TEMPO DE EXECUÇÃO)

HOJE, a simulação está na Fronteira Científica, e cada vez mais faz parte do nosso dia a dia,
sempre buscando representar a Natureza por meio de equações matemáticas
IMPACTOS DA SIMULAÇÃO NA ENGENHARIA

SIMULAÇÃO = LABORATÓRIO VIRTUAL

• Ferramenta extremamente segura para se realizar testes

• Poderosíssima ferramenta de decisões de engenharia

• Extremamente segura no sentido de realizar testes

• Se você não se sente confortável com a física real, então você não deve se sentir
confortável tentando resolver esta situação num software comercial qualquer
• Você SEMPRE deve saber o que está esperando como resultado de sua simulação, e
deve saber interpretá-lo
FERRAMENTAS DISPONÍVEIS PARA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

VANTAGENS DESVANTAGENS

• solução em forma fechada • hipóteses muito restritivas


ANALÍTICAS • geometrias simples
• baixíssimo tempo de CPU

• poucas hipóteses • memória


• modelo mais realístico • tempo de CPU
• baixo custo ($$$) NUMÉRICAS → CFD • modelos físicos não conhecidos
• descrição completa dos • erros numéricos (difusão e
campos oscilação numérica

• custo elevadíssimo
• configuração real • problemas de escala
• permite observar EXPERIMENTAIS • muitas vezes impraticável
novos fenômenos • dificuldade na obtenção dos
campos das variáveis
ETAPAS GLOBAIS DE UMA SIMULAÇÃO NUMÉRICA

PROBLEMA DE
ENGENHARIA
RESULTADOS
NUMÉRICOS
EQUAÇÕES DE CONSERVAÇÃO
(hipóteses e condições

SIMULAÇÃO NUMÉRICA

de contorno)
RESULTADOS
EXPERIMENTAIS
MODELO
MATEMÁTICO

TÉCNICAS NUMÉRICAS VALIDAÇÃO DO MODELO


(softwares) (numérica e física)

RESULTADOS RESULTADOS
NUMÉRICOS EXPERIMENTAIS
ETAPAS ESPECÍFICAS DE UMA SIMULAÇÃO NUMÉRICA

DESENHO DO
DOMÍNIO (CAD)

GERAÇÃO DA
MALHA
SOFTWARES COMERCIAIS

domínio discretizado
(malha da simulação)
Tamb

INPUT DA FÍSICA Q→ Tamb


Tamb
(modelos e condições de contorno)

SOLUÇÃO
NUMÉRICA
(seleção do estratégia numérica)

PROCESSAMENTO
DOS RESULTADOS
(campo de temperaturas)
SIMULAÇÃO USANDO TÉCNICAS DE CFD

CFD → COMPUTATIONAL FLUID DYNAMICS

ORIGEM:

• Atualmente, diversas ciências/físicas foram acopladas nos cálculos de problemas que


empregas técnicas de resolução baseadas na DINÂMICA DOS FLUIDOS
COMPUTACIONAL

• TERMODINÂMICA • MULTIFÁSICO
• TURBULÊNCIA • REAÇÕES QUÍMICAS
• TRANSFERÊNCIA DE CALOR • COMBUSTÃO
• TRANSFERÊNCIA DE MASSA • RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS
EXEMPLO DE RESULTADO DE SIMULAÇÃO 2D TRANSIENTE
ESTUDO DA INFLUÊNCIA DE UM OBSTÁCULO CILÍNDRICO NO ESCOAMENTO DO AR
(escoamento turbulento e isotérmico)
EXEMPLO DE RESULTADO DE SIMULAÇÃO 2D TRANSIENTE
AVALIAÇÃO DO ESCOAMENTO MULTIFÁSICO ÁGUA-AR
(escoamento turbulento, isotérmico e multifásico água-ar)
EXEMPLO DE RESULTADO DE SIMULAÇÃO 3D TRANSIENTE
ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO TIPO DE IMPELIDOR E SENTIDO DE ROTAÇÃO
(escoamento turbulento rotacional, isotérmico e multifásico água-ar)
EXEMPLO DE RESULTADO DE SIMULAÇÃO 3D ESTACIONÁRIA
ESTUDO DO COMPORTAMENTO TÉRMICO DE UM TROCADOS DE CALOR DE TUBO CONCÊNTRICO
(escoamento turbulento e não-isotérmico)

Dint = 2”
Dext = 3”
Ltotal = 7 m

inner_pipe_inlet inner_pipe_outlet outer_pipe_inlet outer_pipe_outlet heat_exchange_interface


U = 1,39 kg/s U = 1,39 kg/s
T = 140o C T = 20o C
água pressurizada água
EXEMPLO DE RESULTADO DE SIMULAÇÃO 3D ESTACIONÁRIA
ANÁLISE DO ESCOAMENTO EM UM TROCADOS DE CALOR DE TUBO CONCÊNTRICO

CAMPO DE VELOCIDADES

6,48 m 7,48 m

1,0 m 0,0 m

5,48 m 6,48 m

2,0 m 1,0 m

4,48 m 6,48 m

3,0 m 2,0 m

4,48 m

3,0 m
EXEMPLO DE RESULTADO DE SIMULAÇÃO 3D ESTACIONÁRIA
ANÁLISE DO ESCOAMENTO EM UM TROCADOS DE CALOR DE TUBO CONCÊNTRICO

CAMPOS DE PRESSÃO E TEMPERATURAS

6,48 m 7,48 m 6,48 m 7,48 m

0,0 m 1,0 m 0,0 m


1,0 m

5,48 m 5,48 m 6,48 m


6,48 m
2,0 m 1,0 m
2,0 m 1,0 m

4,48 m 6,48 m
4,48 m 6,48 m
3,0 m 2,0 m
3,0 m 2,0 m

4,48 m 4,48 m

3,0 m 3,0 m

PRESSÃO TOTAL (dinâmica + a estática) TEMPERATURA


EXEMPLO DE RESULTADO DE SIMULAÇÃO FLUIDO-ESTRUTURA

CONFIGURAÇÃO ORIGINAL CONFIGURAÇÃO ALTERADA


configuração original
configuração alterada
EXEMPLO DE RESULTADO DE SIMULAÇÃO FLUIDO-ESTRUTURA

CONFIGURAÇÃO ORIGINAL CONFIGURAÇÃO ALTERADA


EXEMPLO DE RESULTADO DE SIMULAÇÃO FLUIDO-ESTRUTURA

CONFIGURAÇÃO ORIGINAL CONFIGURAÇÃO ALTERADA


CONCEITOS FUNDAMENTAIS
HIPÓTESE DO MEIO CONTÍNUO

domínio discretizado
(malha da simulação)
RELAÇÕES DE MASSA
RELAÇÃO DE ESTADO PARA GASES

𝑚 𝑛 ∙ 𝑀𝑔á𝑠 Λ
𝑝 = 𝑅𝑇 = ∙ ∙𝑇
𝑉 𝑉 𝑀𝑔á𝑠
CALOR ESPECÍFICO
RELAÇÃO DE ESTADO PARA LÍQUIDOS

≈ CNTP
PROPRIEDADES DE TRANSPORTE
RELAÇÕES SECUNDÁRIAS E VISCOSIDADE
VISCOSIDADE
VISCOSIDADE
REOLOGIA DE MATERIAIS VISCOSOS
RELAÇÃO DA VISCOSIDADE COM A TEMPERATURA
ESCOAMENTO ENTRE PLACAS
ESCOAMENTO ENTRE PLACAS
ANÁLISE DE ESCOAMENTOS
TÉCNICAS PARA A ANÁLISE DE ESCOAMENTOS
FORMA GERAL DA EQUAÇÃO DA CONSERVAÇÃO
TIPO DE ESCOAMENTOS
ESCOAMENTOS LAMINARES E TURBULENTOS
ESCOAMENTOS COMPRESSÍVEIS E INCOMPRESSIVEIS
CAPÍTULO 1 DO LIVRO: MECÂNICA DOS FLUIDOS , 6ª Edição, Frank M. White

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