Linguagem Formais
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Conteúdo
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Revisão de conceitos matemáticos
3
Conceitos matemáticos
• Seção 2: Sequências
• Seção 3: Conjuntos
• Seção 4: Funções
• Seção 5: Métodos de demonstração
Materiais extras:
4
Sequências
5
Sequência
Sequência
Uma sequência de objetos é uma lista desses objetos uma
determinada ordem.
Exemplo
(7, 21, 57)
6
Tupla
Tupla
Uma sequência de k elementos é chamada de k-upla (ou
simplesmente tupla).
Exemplos
• (🚃, 🐐, 🤔, 🎸) 4-upla
• (A, B, C) 3-upla
• (1, ) 2-upla ou par
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Conjuntos
8
Conjuntos
Conjunto
Um conjunto é um grupo de objetos representados como uma
unidade.
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Definindo conjuntos: listagem
{1, 2, 3, 4}
{banana, uva, 😆}
{🍇, 🍉, 🍍, 🍒, 🍌}
{😃, 😁, 😆, 😅}
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Pertinência em conjuntos
• x é um elemento de A,
• x é um membro de A,
• x pertence a A, ou
• x está em A.
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Não pertinência em conjuntos
• x não é um elemento de A
• x não é um membro de A
• x não pertence a A
• x não está em A
Se x ∈
/ A, também dizemos que A não contém o elemento x
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Nomeando conjuntos
A = {1, 2, 3, 4}
B = {banana, maçã, pera}
C = {😃, 😁, 😆, 😅}
Exemplo de uso
Seja A = {1, 2, 3, 4} …. Como 2 ∈ A …
{1, 2, 3, . . . , 100}
{0, 2, 4, . . . , 100}
{x1 , x2 , . . . , x89 }
{y1 , y2 , . . . , yk }, onde k é um inteiro
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Usando elipses na definição de conjuntos (cont.)
{1, . . . , 100}
{a1 , . . . , a89 }
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Denotando conjuntos infinitos
{1, 2, 3, . . .}
{1, 3, 5, . . .}
{. . . , −2, −1}
{. . . , −2, −1, 0, 1, 2, . . .}
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Cardinalidade
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Conjunto vazio
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Conjuntos importantes
• ∅ = {} Conjunto vazio
• N = {1, 2, . . .} Conjunto dos números naturais
• Z = {. . . , −2, −1, 0, 1, 2, . . .} Conjunto dos números inteiros
• Q Conjunto dos números racionais
• R Conjunto dos números reais
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Definindo conjuntos textualmente
20
Definindo conjuntos com predicados
21
Definindo conjuntos com predicados (cont.)
Exemplos
• {x : x é par}
• {x ∈ N : x é par} = {0, 2, 4, 6, . . .}
• {x : x ∈ N e x é par} = {0, 2, 4, 6, . . .}
• {x : x = 0 (mod 2)}
• {x : x = 2k, para algum k ∈ Z}
• {x ∈ Z} = Z
• {x ∈ Z : 1 ≤ x ≤ 100} = {1, . . . , 100}
• {(x, y) : 1 ≤ x ≤ 100 e 1 ≤ y ≤ 10} = {(1, 1), (1, 2), . . . , (1, 10),
(2, 1), (2, 2), . . . , (2, 10), . . . , (100, 1), (100, 2), . . . , (100, 10)}
• {x ∈ Z : 1 ≤ x ≤ 100 e x é múltiplo de 3} = {3, 6, 9, . . . , 99}
• {x : x é um modelo de carro}
• {x : x atuou com Chuck Norris e nasceu antes de 1980}
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Desenhando conjuntos: diagrama de Venn
C casa
cebola
coelho
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Desenhando conjuntos: diagrama de Venn (cont.)
casa
C O osso
cachorro
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Desenhando conjuntos: diagrama de Venn (cont.)
casa
C O G
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Subconjunto
Subconjunto
Um conjunto A é um subconjunto de um conjunto B se para todo
x ∈ A, temos que x ∈ B.
Notação: A ⊆ B
Se A ⊆ B, então B é um superconjunto de A.
Notação: B ⊇ A
B
A
Atenção!
∅ ⊆ X para qualquer conjunto X.
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Subconjunto Próprio
Subconjunto próprio
Um subconjunto A de um conjunto B é próprio se A ̸= B.
Notação: A ⊊ B ou A ⊂ B.
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União
União
Dados dois conjuntos A e B quaisquer, sua união é o conjunto
A ∪ B tal que
A ∪ B = {x : x ∈ A ou x ∈ B}
A B
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Interseção
Interseção
Dados dois conjuntos A e B quaisquer, sua interseção é o conjunto
A ∪ B tal que
A ∩ B = {x : x ∈ A e x ∈ B}
A B
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Diferença
Diferença
Dados dois conjuntos A e B quaisquer, sua diferença é o conjunto
A \ B tal que
A \ B = {x : x ∈ A e x ∈
/ B}
A B
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Conjunto potência
Conjunto potência
O conjunto potência de um conjunto A é o conjunto de todos os
subconjuntos de A.
Notação: P(A).
Exemplo
Se A = {1, 2, 3}, então
n o
P(A) = ∅, {1}, {2}, {3}, {1, 2}, {1, 3}, {2, 3}, {1, 2, 3}
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Produto cartesiano de dois conjuntos
Produto cartesiano
O produto cartesiano de dois conjuntos A e B é o conjunto A × B
tal que
A × B = {(a, b) : a ∈ A e b ∈ B}
Exemplo
Sejam A = {1, 2} e B = {a, b, c}.
A × B = (1, a), (1, b), (1, c), (2, a), (2, b), (2, c)
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Produto cartesiano de k conjuntos
Produto cartesiano
O produto cartesiano dos conjuntos A1 , A2 , . . . , Ak é o conjunto
A1 × A2 × · · · × Ak tal que
A1 × A2 × · · · × Ak = (a1 , a2 , a3 , . . . , ak ) : ai ∈ Ai e 1 ≤ i ≤ k
Produto cartesiano
O produto cartesiano do conjunto A com ele mesmo k vezes é
denotado por Ak :
Ak = |A × A ×{z· · · × A}
k termos
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Funções
34
Funções
Função
Uma função é uma relação entre dois conjuntos que associa cada
elemento do primeiro a exatamente um elemento do segundo.
X Y
Z
Notação
Se f é uma função com domínio X e contradomínio Y, então
escrevemos:
f: X → Y
Assim,
f(x) = y ⇒ x∈Xey∈Y
X Y
Z
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Funções: representações
x f(x)
1 2
2 4
3 6
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Funções especiais
• Constantes: f(n) = a
• Lineares: f(n) = an + b
• Exponenciais: f(n) = an
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Funções k-árias
Função k-ária
Uma função é k-ária quando seu domínio é A1 × A2 × · · · × Ak , para
conjuntos A1 , . . . , Ak :
f : A1 × A2 × · · · × Ak → Y
Exemplo
Sejam A = {1, 2, 3}, B = {p, i} e X = {true, false}. Seja f : A × B → X
em que
true se x é par e ℓ = p
f(x, ℓ) = true se x é ímpar e ℓ = i
false caso contrário
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Métodos de demonstração
40
Método dedutivo
41
Método dedutivo
42
Método dedutivo
Porém, a única forma de ter certeza que sua questão está correta é
demonstrando-a para qualquer valor.
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Demonstração
Demonstração
Uma demonstração é uma argumentação precisa que procura
convencer o leitor de que uma certa proposição, previamente
enunciada, está correta.
É uma sequência de afirmações organizada de tal forma que:
• cada afirmação é consequência simples das afirmações
anteriores e das hipóteses da proposição em discussão;
• a última afirmação é a proposição que se deseja demonstrar;
• um símbolo determina seu término (□ ou C.Q.D).
Demonstração.
Sejam m e n inteiros pares. Como m é par, existe inteiro r tal que
m = 2r. Similarmente, existe inteiro s tal que n = 2s. Portanto,
m + n = 2r + 2s = 2(r + s). Como r + s é inteiro, temos que
m + n é par. C.Q.D.
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Demonstração por contradição
Demonstração.
Sejam m e n inteiros pares. Como m é par, existe inteiro r tal que
m = 2r. Similarmente, existe inteiro s tal que n = 2s. Assuma,
para fins de contradição, que m + n é ímpar. Então existe inteiro t
tal que m + n = 2t + 1. Assim, 2r + 2s = 2t + 1, ou seja,
2(r + s − t) = 1, o que é uma contradição, pois r + s − t é um
inteiro e 1 é ímpar Então m + n deve ser par. C.Q.D.
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Demonstração por indução
• Se n ∈ N, então n2 + n + 41 é primo?
• Vale para n = 1, 2, . . . , 39 mas 402 + 40 + 41 = 412 , que não é
primo.
48
Indução
Mas isso vale para qualquer valor de n (que não seja o 0):
20 + 21 + · · · + 2n−1 + 2n = (20 + 21 + · · · + 2n−1 ) + 2n
Questão de gosto
Veja que usei os termos n − 1 e n, mas poderíamos usar n e n + 1.
Isso é apenas uma questão de nomenclatura e gosto pessoal.
52
Indução
Indução
Para provar que P(n) é verdadeira ∀n ∈ N, com n ≥ n0 para
algum n0 ∈ N:
• Mostre que P(n0 ) é verdade (e talvez
P(n0 + 1), . . . , P(n0 + k) também, para algum k ≥ 0).
• Considere um n > nk qualquer.
• Assuma que P(k) vale, para todo k tal que n0 ≤ k < n.
• Prove P(n). 54
Indução: exemplo
Teorema
A soma dos n primeiros números naturais ímpares é n2 .
Demonstração.
Por indução em n.
Quando n = 1, o primeiro natural ímpar é 1, que é igual a 12 .
Seja n > 1 um número natural qualquer. Suponha que a soma dos
k primeiros naturais ímpares é k2 , para qualquer 1 ≤ k < n.
Vamos verificar se a soma dos n primeiros naturais ímpares
(1 + 3 + 5 + · · · + (2n − 3) + (2n − 1)) é n2 .
Note que 1 + 3 + 5 + · · · + (2n − 3) = (n − 1)2 , por hipótese de
indução. Então
1 + 3 + 5 + · · · + (2n − 3) + (2n − 1) = (n − 1)2 + (2n − 1)
= n2 − 2n + 1 + 2n − 1 = n2 .
C.Q.D. 55
Indução: outro exemplo
Teorema
Seja n um inteiro positivo. Todo tabuleiro de damas de tamanho
2n × 2n com um quadrado removido pode ser ladrilhado por
triminós em forma de “L”.
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Indução: cuidados
Teorema
Seja n um inteiro positivo. Todo tabuleiro de damas de tamanho
2n × 2n com um quadrado removido pode ser ladrilhado por
triminós em forma de “L”.
58
Indução: cuidados
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Indução: voltando ao exemplo
Teorema
Seja n um inteiro positivo. Todo tabuleiro de damas de tamanho
2n × 2n com um quadrado removido pode ser ladrilhado por
triminós em forma de “L”.
Demonstração.
• Vamos provar por indução em n.
• Quando n = 1, um tabuleiro 2 × 2 certamente pode ser
coberto por um triminó, independente de onde está o
quadrado removido.
• Seja n > 1 um inteiro qualquer.
• Suponha que todo tabuleiro de tamanho 2k × 2k com um
quadrado removido pode ser ladrilhado por triminós, para
1 ≤ k < n.
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Indução: exemplo (cont.)
C.Q.D.
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Indução: ideia dos ladrilhos
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