Simulado CPM 20
Simulado CPM 20
LÍNGUA PORTUGUESA
1. (Enem)
Dia do Músico, do Professor, da Secretária, do Veterinário… Muitas são as
datas comemoradas ao longo do ano e elas, ao darem visibilidade a segmentos
específicos da sociedade oportunizam uma reflexão sobre a responsabilidade
social desses segmentos. Nesse contexto, está inserida a propaganda da
Associação Brasileira de Imprensa (ABI), em que se combinam elementos
verbais e não verbais para se abordar a estreita relação entre imprensa,
cidadania, informação e opinião.
Sobre essa relação, depreende-se do texto da ABI que,
A) para a imprensa exercer seu papel social, ela deve transformar opinião em
informação.
B) para a imprensa democratizar a opinião, ela deve selecionar a informação.
C) para o cidadão expressar sua opinião, ele deve democratizar a informação.
D) para a imprensa gerar informação, ela deve fundamentar-se em opinião.
E) para o cidadão formar sua opinião, ele deve ter acesso à informação.
E
Nem no ralo. Elas poluem rios, lagos e mares, o que contamina o ambiente e
os animais. Também deixa mais difícil obter a água que nós mesmos
usaremos. Alguns produtos podem causar entupimentos:
– cotonete
– medicamento e preservativo;
– óleo de cozinha;
– ponta de cigarro;
– poeira de varrição de casa;
– fio de cabelo e pelo de animais;
– tinta que não seja à base de água;
– querosene, gasolina, solvente, tíner.
Jogue esses produtos no lixo comum. Alguns deles, como óleo de cozinha,
medicamento e tinta, podem ser levados a pontos de coleta especiais, que
darão a destinação final adequada.
MORGADO, M.; EMASA. Manual de etiqueta. Planeta Sustentável, jul.-ago.
2013 (adaptado
O texto tem objetivo educativo. Nesse sentido, além do foco no interlocutor, que
caracteriza a função conativa da linguagem, predomina também nele a função
referencial, que busca
SILVA JR., M. G.; FONSECA, V. Revista Minas Faz Ciência, n. 51, set.-nov.
2012 (adaptado).
Quando criança, convivia no interior de São Paulo com o curioso verbo pinchar
e ainda o ouço por lá esporadicamente. O sentido da palavra é o de “jogar fora”
(pincha fora essa porcaria) ou “mandar embora” (pincha esse fulano daqui).
Teria sido uma das muitas palavras que ouvi menos na capital do estado e, por
conseguinte, deixei de usar. Quando indago às pessoas se conhecem esse
verbo, comumente escuto respostas como “minha avó fala isso”.
Aparentemente, para muitos falantes, esse verbo é algo do passado, que
deixará de existir tão logo essa geração antiga morrer. As palavras são, em sua
grande maioria, resultados de uma tradição: elas já estavam lá antes de
nascermos. “Tradição”, etimologicamente, é o ato de entregar, de passar
adiante, de transmitir (sobretudo valores culturais). O rompimento da tradição
de uma palavra equivale à sua extinção. A gramática normativa muitas vezes
colabora criando preconceitos, mas o fator mais forte que motiva os falantes a
extinguirem uma palavra é associar a palavra, influenciados direta ou
indiretamente pela visão normativa, a um grupo que julga não ser o seu. O
pinchar, associado ao ambiente rural, onde há pouca escolaridade e
refinamento citadito, está fadado à extinção?
É louvável que nos preocupemos com a extinção de ararinhas-azuis ou dos
micos-leão-dourados, mas a extinção de uma palavra não promove nenhuma
comoção, como não nos comovemos com a extinção de insetos, a não ser dos
extraordinariamente belos. Pelo contrário, muitas vezes a extinção das
palavras é incentivada.
VIARO, M. E. Língua Portuguesa, n. 77, mar. 2012 (adaptado).
A discussão empreendida sobre o (des)uso do verbo “pinchar” nos traz uma
reflexão sobre a linguagem e seus usos, a partir da qual compreende-se que:
10. (ENEM) O senso comum é que só os seres humanos são capazes de rir.
Isso não é verdade?
Não. O riso básico – o da brincadeira, da diversão, da expressão física do riso,
do movimento da face e da vocalização — nós compartilhamos com diversos
animais. Em ratos, já foram observadas vocalizações ultrassônicas – que nós
não somos capazes de perceber – e que eles emitem quando estão brincando
de “rolar no chão”. Acontecendo de o cientista provocar um dano em um local
específico no cérebro, o rato deixa de fazer essa vocalização e a brincadeira
vira briga séria. Sem o riso, o outro pensa que está sendo atacado. O que nos
diferencia dos animais é que não temos apenas esse mecanismo básico.
Temos um outro mais evoluído. Os animais têm o senso de brincadeira, como
nós, mas não têm senso de humor. O córtex, a parte superficial do cérebro
deles, não é tão evoluído como o nosso. Temos mecanismos corticais que nos
permitem, por exemplo, interpretar uma piada.
11. ( ENEM)
TEXTO I
Nesta época do ano, em que comprar compulsivamente é a principal
preocupação de boa parte da população, é imprescindível refletirmos sobre a
importância da mídia na propagação de determinados comportamentos que
induzem ao consumismo exacerbado. No clássico livro O capital, Karl Marx
aponta que no capitalismo os bens materiais, ao serem fetichizados, passam a
assumir qualidades que vão além da mera materialidade. As coisas são
personificadas e as pessoas são coisificadas. Em outros termos, um automóvel
de luxo, uma mansão em um bairro nobre ou a ostentação de objetos de
determinadas marcas famosas são alguns dos fatores que conferem maior
valorização e visibilidade social a um indivíduo.
LADEIRA, F. F. Reflexões sobre o consumismo. Disponível em:
http://observatoriodaimprensa.com.br. Acesso em 18 Jan.2015.
TEXTO II
Todos os dias, em algum nível, o consumo atinge nossa vida, modifica nossas
relações, gera e rege sentimentos, engendra fantasias, aciona
comportamentos, faz sofrer, faz gozar. Às vezes constrangendo-nos em nossas
ações no mundo, humilhando e aprisionando, às vezes ampliando nossa
imaginação e nossa capacidade de desejar, consumimos e somos consumidos.
Numa época toda codificada como a nossa, o código da alma (o código do ser)
virou código do consumidor! Fascínio pelo consumo, fascínio do consumo.
Felicidade, luxo, bem-estar, boa forma, lazer, elevação espiritual, saúde,
turismo, sexo, família e corpo são hoje reféns da engrenagem do consumo.
13. (ENEM) Até que ponto replicar conteúdo é crime? “A internet e a pirataria
são inseparáveis”, diz o diretor do instituto de pesquisas americano Social
Science Research Council. “Há uma infraestrutura pequena para controlar
quem é o dono dos arquivos que circulam na rede. Isso acabou com o controle
sobre a propriedade e tem sido descrito como pirataria, mas é inerente à
tecnologia”, afirma o diretor. O ato de distribuir cópias de um trabalho sem a
autorização dos seus produtores pode, sim, ser considerado crime, mas nem
sempre essa distribuição gratuita lesa os donos dos direitos autorais. Pelo
contrário. Veja o caso do livro O alquimista, do escritor Paulo Coelho. Após
publicar, para download gratuito, uma versão traduzida da obra em seu blog,
Coelho viu as vendas do livro em papel explodirem.
14. (ENEM)
Você pode não acreditar: mas houve um tempo em que os leiteiros deixavam
as garrafinhas de leite do lado de fora das casas, seja ao pé da porta, seja na
janela.
A gente ia de uniforme azul e branco para o grupo, de manhãzinha, passava
pelas casas e não ocorria que alguém pudesse roubar aquilo.
Você pode não acreditar: mas houve um tempo em que os padeiros deixavam
o pão na soleira da porta ou na janela que dava para a rua. A gente passava e
via aquilo como uma coisa normal.
Você pode não acreditar: mas houve um tempo em que você saía à noite para
namorar e voltava andando pelas ruas da cidade, caminhando
displicentemente, sentindo cheiro de jasmim e de alecrim, sem olhar para trás,
sem temer as sombras.
Você pode não acreditar: houve um tempo em que as pessoas se visitavam
airosamente. Chegavam no meio da tarde ou à noite, Contavam casos,
tomavam café, falavam da saúde, tricotavam sobre a vida alheia e voltavam de
bonde às suas casas.
Você pode não acreditar: mas houve um tempo em que o namorado primeiro
ficava andando com a moça numa rua perto da casa dela, depois passava a
namorar no portão, depois tinha ingresso na sala da família. Era sinal de que já
estava praticamente noivo e seguro.
Houve um tempo em que havia tempo.
Houve um tempo.
20. (ENEM)
L.J.C.
– 5 tiros?
– É.
– Brincando de pegador?
– É. O PM pensou que…
– Hoje?
– Cedinho.