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Simulado CPM 20

O documento apresenta uma série de questões do simulado do ENEM, abordando temas como a relação entre imprensa e cidadania, a linguagem coloquial na música, a destinação correta de lixo, a sociedade da informação, a evolução da escrita mediada pela tecnologia, e a preservação de palavras em extinção. Cada questão é acompanhada de um texto base e alternativas de resposta, refletindo sobre aspectos sociais, linguísticos e culturais. O conteúdo é voltado para a avaliação do conhecimento em Língua Portuguesa.

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Simulado CPM 20

O documento apresenta uma série de questões do simulado do ENEM, abordando temas como a relação entre imprensa e cidadania, a linguagem coloquial na música, a destinação correta de lixo, a sociedade da informação, a evolução da escrita mediada pela tecnologia, e a preservação de palavras em extinção. Cada questão é acompanhada de um texto base e alternativas de resposta, refletindo sobre aspectos sociais, linguísticos e culturais. O conteúdo é voltado para a avaliação do conhecimento em Língua Portuguesa.

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SIMULADO ENEM CPM

LÍNGUA PORTUGUESA

1. (Enem)
Dia do Músico, do Professor, da Secretária, do Veterinário… Muitas são as
datas comemoradas ao longo do ano e elas, ao darem visibilidade a segmentos
específicos da sociedade oportunizam uma reflexão sobre a responsabilidade
social desses segmentos. Nesse contexto, está inserida a propaganda da
Associação Brasileira de Imprensa (ABI), em que se combinam elementos
verbais e não verbais para se abordar a estreita relação entre imprensa,
cidadania, informação e opinião.
Sobre essa relação, depreende-se do texto da ABI que,

A) para a imprensa exercer seu papel social, ela deve transformar opinião em
informação.
B) para a imprensa democratizar a opinião, ela deve selecionar a informação.
C) para o cidadão expressar sua opinião, ele deve democratizar a informação.
D) para a imprensa gerar informação, ela deve fundamentar-se em opinião.
E) para o cidadão formar sua opinião, ele deve ter acesso à informação.
E

2. (ENEM) Essa pequena

Meu tempo é curto, o tempo dela sobra


Meu cabelo é cinza, o dela é cor de abóbora
Temo que não dure muito a nossa novela, mas
Eu sou tão feliz com ela
Meu dia voa e ela não acorda
Vou até a esquina, ela quer ir para a Flórida
Acho que nem sei direito o que é que ela fala, mas
Não canso de contemplá-la
Feito avarento, conto os meus minutos
Cada segundo que se esvai
Cuidando dela, que anda noutro mundo
Ela que esbanja suas horas ao vento, ai
Às vezes ela pinta a boca e sai
Fique à vontade, eu digo, take your time
Sinto que ainda vou penar com essa pequena, mas
O blues já valeu a pena

CHICO BUARQUE. Disponível em: www.chicobuarque.com.br. Acesso em: 31


jun. 2012.

O texto Essa pequena registra a expressão subjetiva do enunciador, trabalhada


em uma linguagem informal, comum na música popular.
Observa-se, como marca da variedade coloquial da linguagem presente no
texto, o uso de

A) Palavras emprestadas de língua estrangeira, de uso inusitado no português.


B) Expressões populares, que reforçam a proximidade entre o autor e o leitor.
C) Palavras polissêmicas, que geram ambiguidade.
D) Formas pronominais em primeira pessoa.
E) Repetições sonoras no final dos versos.
B

3. (Enem)14 coisas que você não deve jogar na privada

Nem no ralo. Elas poluem rios, lagos e mares, o que contamina o ambiente e
os animais. Também deixa mais difícil obter a água que nós mesmos
usaremos. Alguns produtos podem causar entupimentos:

– cotonete
– medicamento e preservativo;
– óleo de cozinha;
– ponta de cigarro;
– poeira de varrição de casa;
– fio de cabelo e pelo de animais;
– tinta que não seja à base de água;
– querosene, gasolina, solvente, tíner.

Jogue esses produtos no lixo comum. Alguns deles, como óleo de cozinha,
medicamento e tinta, podem ser levados a pontos de coleta especiais, que
darão a destinação final adequada.
MORGADO, M.; EMASA. Manual de etiqueta. Planeta Sustentável, jul.-ago.
2013 (adaptado
O texto tem objetivo educativo. Nesse sentido, além do foco no interlocutor, que
caracteriza a função conativa da linguagem, predomina também nele a função
referencial, que busca

A) Despertar no leitor sentimentos de amor pela natureza, induzindo-o a ter


atitudes responsáveis que beneficiarão a sustentabilidade do planeta.
B) Informar o leitor sobre as consequências da destinação inadequada do lixo,
orientando-o sobre como fazer o correto descarte de alguns dejetos.
C) Transmitir uma mensagem de caráter subjetivo, mostrando exemplos de
atitudes sustentáveis do autor do texto em relação ao planeta.
D) Estabelecer uma comunicação com o leitor, procurando certificar-se de que
a mensagem sobre ações de sustentabilidade está sendo compreendida.
E) Explorar o uso da linguagem, conceituando detalhadamente os termos
utilizados de forma a proporcionar melhor compreensão do texto.
B

4. (ENEM) A emergência da sociedade da informação está associada a um


conjunto de profundas transformações ocorridas desde as últimas duas
décadas do século XX. Tais mudanças ocorrem em dimensões distintas da vida
humana em sociedade, as quais interagem de maneira sinérgica e confluem
para projetar a informação e o conhecimento como elementos estratégicos, dos
pontos de vista econômico-produtivo, político e sociocultural.

A sociedade da informação caracteriza-se pela crescente utilização de técnicas


de transmissão, armazenamento de dados e informações a baixo custo,
acompanhadas por inovações organizacionais, sociais e legais. Ainda que
tenha surgido motivada por um conjunto de transformações na base técnico-
científica, ela se investe de um significado bem mais abrangente.

LEGEY, L.-R.; ALBAGLI, S. Disponível em: www.dgz.org.br. Acesso em: 4 dez.


2012 (adaptado).

O mundo contemporâneo tem sido caracterizado pela crescente utilização das


novas tecnologias e pelo acesso à informação cada vez mais facilitado.
De acordo com o texto, a sociedade da informação corresponde a uma
mudança na organização social porque

A) Representa uma alternativa para a melhoria da qualidade de vida.


B) Associa informações obtidas instantaneamente por todos e em qualquer
parte do mundo.
C) Propõe uma comunicação mais rápida e barata, contribuindo para a
intensificação do comércio.
D) Propicia a interação entre as pessoas por meio de redes sociais.
E) Representa um modelo em que a informação é utilizada intensamente nos
vários setores da vida.
E

5. (ENEM) Embora particularidades na produção mediada pela tecnologia


aproximem a escrita da oralidade, isso não significa que as pessoas estejam
escrevendo errado. Muitos buscam, tão somente, adaptar o uso da linguagem
ao suporte utilizado: “O contexto é que define o registro de língua. Se existe um
limite de espaço, naturalmente, o sujeito irá usar mais abreviaturas, como faria
no papel”, afirma um professor do Departamento de Linguagem e Tecnologia
do Cefet-MG. Da mesma forma, é preciso considerar a capacidade do
destinatário de interpretar corretamente a mensagem emitida. No entendimento
do pesquisador, a escola, às vezes, insiste em ensinar um registro utilizado
apenas em contextos específicos, o que acaba por desestimular o aluno, que
não vê sentido em empregar tal modelo em outras situações.
Independentemente dos aparatos tecnológicos da atualidade, o emprego social
da língua revela-se muito mais significativo do que seu uso escolar, conforme
ressalta a diretora de Divulgação Científica da UFMG: “A dinâmica da língua
oral é sempre presente. Não falamos ou escrevemos da mesma forma que
nossas avós”. Some-se a isso o fato de os jovens se revelarem os principais
usuários das novas tecnologias, por meio das quais conseguem se comunicar
com facilidade. A professora ressalta, porém, que as pessoas precisam ter
discernimento quanto às distintas situações, a fim de dominar outros códigos.

SILVA JR., M. G.; FONSECA, V. Revista Minas Faz Ciência, n. 51, set.-nov.
2012 (adaptado).

Na esteira do desenvolvimento das tecnologias de informação e de


comunicação, usos particulares da escrita foram surgindo.
Diante dessa nova realidade, segundo o texto, cabe à escola levar o aluno a

A) Interagir por meio da linguagem formal no contexto digital.


B) Buscar alternativas para estabelecer melhores contatos on-line.
C) Adotar o uso de uma mesma norma nos diferentes suportes tecnológicos.
D) Desenvolver habilidades para compreender os textos postados na web.
E) Perceber as especificidades das linguagens em diferentes ambientes
digitais.
E

6. ( ENEM) Assum preto


Tudo em vorta é só beleza
Sol de abril e a mata em frô
Mas assum preto, cego dos óio
Num vendo a luz, ai, canta de dor

Tarvez por ignorança


Ou mardade das pió
Furaro os óio do assum preto
Pra ele assim, ai, cantá mió

Assum preto veve sorto


Mas num pode avuá
Mil veiz a sina de uma gaiola
Desde que o céu, ai, pudesse oiá

GONZAGA, L.; TEIXEIRA, H. Disponível em: www.luizgonzaga.mus.br. Acesso


em: 30 jul. 2012 (fragmento).

As marcas da variedade regional registradas pelos compositores de Assum


preto resultam da aplicação de um conjunto de princípios ou regras gerais que
alteram a pronúncia, a morfologia, a sintaxe ou o léxico.

No texto, é resultado de uma mesma regra a

A) Pronúncia das palavras “vorta” e “veve”.


B) Pronúncia das palavras “tarvez” e “sorto”.
C) Flexão verbal encontrada em “furaro” e “cantá”.
D) Redundância nas expressões “cego dos óio” e “mata em frô”
E) Pronúncia das palavras “ignorança” e “avuá”.
B

7. (ENEM) Exmº Sr. Governador:


Trago a V. Exa. Um resumo dos trabalhos realizados pela Prefeitura de
Palmeira dos Índios em 1928.
[…]
ADMINISTRAÇÃO
Relativamente à quantia orçada, os telegramas custaram pouco. De ordinário
vai para eles dinheiro considerável. Não há vereda aberta pelos matutos que
prefeitura do interior não ponha no arame, proclamando que a coisa foi feita por
ela; comunicam-se as datas históricas ao Governo do Estado, que não precisa
disso; todos os acontecimentos políticos são badalados. Porque se derrubou a
Bastilha – um telegrama; porque se deitou pedra na rua – um telegrama;
porque o deputado F. esticou a canela – um telegrama.
Palmeira dos Índios, 10 de janeiro de 1929.
GRACILIANO RAMOS

RAMOS, G. Viventes das Alagoas. São Paulo: Martins Fontes, 1962.

O relatório traz a assinatura de Graciliano Ramos, na época, prefeito de


Palmeira dos Índios, e é destinado ao governo do estado de Alagoas.

De natureza oficial, o texto chama a atenção por contrariar a norma prevista


para esse gênero, pois o autor:

A) Emprega sinais de pontuação em excesso.


B) Recorre a termos e expressões em desuso no português.
C) Apresenta-se na primeira pessoa do singular, para conotar intimidade com o
destinatário.
D) Privilegia o uso de termos técnicos, para demonstrar conhecimento
especializado.
E) Expressa-se em linguagem mais subjetiva, com forte carga emocional.
E

8. (ENEM) Palavras jogadas fora

Quando criança, convivia no interior de São Paulo com o curioso verbo pinchar
e ainda o ouço por lá esporadicamente. O sentido da palavra é o de “jogar fora”
(pincha fora essa porcaria) ou “mandar embora” (pincha esse fulano daqui).
Teria sido uma das muitas palavras que ouvi menos na capital do estado e, por
conseguinte, deixei de usar. Quando indago às pessoas se conhecem esse
verbo, comumente escuto respostas como “minha avó fala isso”.
Aparentemente, para muitos falantes, esse verbo é algo do passado, que
deixará de existir tão logo essa geração antiga morrer. As palavras são, em sua
grande maioria, resultados de uma tradição: elas já estavam lá antes de
nascermos. “Tradição”, etimologicamente, é o ato de entregar, de passar
adiante, de transmitir (sobretudo valores culturais). O rompimento da tradição
de uma palavra equivale à sua extinção. A gramática normativa muitas vezes
colabora criando preconceitos, mas o fator mais forte que motiva os falantes a
extinguirem uma palavra é associar a palavra, influenciados direta ou
indiretamente pela visão normativa, a um grupo que julga não ser o seu. O
pinchar, associado ao ambiente rural, onde há pouca escolaridade e
refinamento citadito, está fadado à extinção?
É louvável que nos preocupemos com a extinção de ararinhas-azuis ou dos
micos-leão-dourados, mas a extinção de uma palavra não promove nenhuma
comoção, como não nos comovemos com a extinção de insetos, a não ser dos
extraordinariamente belos. Pelo contrário, muitas vezes a extinção das
palavras é incentivada.
VIARO, M. E. Língua Portuguesa, n. 77, mar. 2012 (adaptado).
A discussão empreendida sobre o (des)uso do verbo “pinchar” nos traz uma
reflexão sobre a linguagem e seus usos, a partir da qual compreende-se que:

A) As palavras esquecidas pelos falantes devem ser descartadas dos


dicionários, conforme sugere o título.
B) O cuidado com espécies animais em extinção é mais urgente do que a
preservação de palavras.
C) O abandono de determinados vocábulos está associado a preconceitos
socioculturais.
D) As gerações têm a tradição de perpetuar o inventário de uma língua.
E) O mundo contemporâneo exige a inovação do vocabulário das línguas.
C

9. (ENEM) O hoax, como é chamado qualquer boato ou farsa na internet,


pode espalhar vírus entre os seus contatos. Falsos sorteios de celulares ou
frases que Clarice Lispector nunca disse são exemplos de hoax. Trata-se de
boatos recebidos por e-mail ou compartilhados em redes sociais. Em geral, são
mensagens dramáticas ou alarmantes que acompanham imagens chocantes,
falam de crianças doentes ou avisam sobre falsos vírus. O objetivo de quem
cria esse tipo de mensagem pode ser apenas se divertir com a brincadeira (de
mau gosto), prejudicar a imagem de uma empresa ou espalhar uma ideologia
política.
Se o hoax for do tipo phishing (derivado de fishing, pescaria, em inglês) o
problema pode ser mais grave: o usuário que clicar pode ter seus dados
pessoais ou bancários roubados por golpistas. Por isso é tão importante ficar
atento.

VIMERCATE, N.Disponível em: www.techtudo.com.br. Acesso em 1 maio 2013


(adaptado).

Ao discorrer sobre os hoaxes, o texto sugere ao leitor, como estratégia para


evitar essa ameaça,

A) Recusar convites de jogos e brincadeiras feitos pela internet.


B) Analisar a linguagem utilizada nas mensagens recebidas.
C) Classificar os contatos presentes em suas redes sociais.
D) Utilizar programas que identifiquem falsos vírus.
E) Desprezar mensagens que causem comoção.
B

10. (ENEM) O senso comum é que só os seres humanos são capazes de rir.
Isso não é verdade?
Não. O riso básico – o da brincadeira, da diversão, da expressão física do riso,
do movimento da face e da vocalização — nós compartilhamos com diversos
animais. Em ratos, já foram observadas vocalizações ultrassônicas – que nós
não somos capazes de perceber – e que eles emitem quando estão brincando
de “rolar no chão”. Acontecendo de o cientista provocar um dano em um local
específico no cérebro, o rato deixa de fazer essa vocalização e a brincadeira
vira briga séria. Sem o riso, o outro pensa que está sendo atacado. O que nos
diferencia dos animais é que não temos apenas esse mecanismo básico.
Temos um outro mais evoluído. Os animais têm o senso de brincadeira, como
nós, mas não têm senso de humor. O córtex, a parte superficial do cérebro
deles, não é tão evoluído como o nosso. Temos mecanismos corticais que nos
permitem, por exemplo, interpretar uma piada.

Disponível em http://globonews.globo.com. Acesso em 31 maio 2012


(adaptado)
A coesão textual é responsável por estabelecer relações entre as partes do
texto. Analisando o trecho “Acontecendo de o cientista provocar um dano em
um local específico no cérebro”, verifica-se que ele estabelece com a oração
seguinte uma relação de

A) Finalidade, porque os danos causados ao cérebro têm por finalidade


provocar a falta de vocalização dos ratos.
B) Oposição, visto que o dano causado em um local específico no cérebro é
contrário à vocalização dos ratos.
C) Condição, pois é preciso que se tenha lesão específica no cérebro para que
não haja vocalização dos ratos.
D) Consequência, uma vez que o motivo de não haver mais vocalização dos
ratos é o dano causado no cérebro.
E. Proporção, já que à medida que se lesiona o cérebro não é mais
possível que haja vocalização dos ratos.
C

11. ( ENEM)
TEXTO I
Nesta época do ano, em que comprar compulsivamente é a principal
preocupação de boa parte da população, é imprescindível refletirmos sobre a
importância da mídia na propagação de determinados comportamentos que
induzem ao consumismo exacerbado. No clássico livro O capital, Karl Marx
aponta que no capitalismo os bens materiais, ao serem fetichizados, passam a
assumir qualidades que vão além da mera materialidade. As coisas são
personificadas e as pessoas são coisificadas. Em outros termos, um automóvel
de luxo, uma mansão em um bairro nobre ou a ostentação de objetos de
determinadas marcas famosas são alguns dos fatores que conferem maior
valorização e visibilidade social a um indivíduo.
LADEIRA, F. F. Reflexões sobre o consumismo. Disponível em:
http://observatoriodaimprensa.com.br. Acesso em 18 Jan.2015.

TEXTO II
Todos os dias, em algum nível, o consumo atinge nossa vida, modifica nossas
relações, gera e rege sentimentos, engendra fantasias, aciona
comportamentos, faz sofrer, faz gozar. Às vezes constrangendo-nos em nossas
ações no mundo, humilhando e aprisionando, às vezes ampliando nossa
imaginação e nossa capacidade de desejar, consumimos e somos consumidos.
Numa época toda codificada como a nossa, o código da alma (o código do ser)
virou código do consumidor! Fascínio pelo consumo, fascínio do consumo.
Felicidade, luxo, bem-estar, boa forma, lazer, elevação espiritual, saúde,
turismo, sexo, família e corpo são hoje reféns da engrenagem do consumo.

BARCELLOS, G. A alma do consumo. Disponível em: www.diplomatique.org.br.


Acesso em 18 jan 2015
Esses textos propõem uma reflexão crítica sobre o consumismo. Ambos partem
do ponto de vista de que esse hábito
A) Desperta o desejo de ascensão social.
B) Provoca mudanças nos valores sociais.
C) Advém de necessidades suscitadas pela publicidade.
D) Deriva da inerente busca por felicidade pelo ser humano.
E) Resulta de um apelo do mercado em determinadas datas.
B

12. ( ENEM)Quem procura a essência de um conto no espaço que fica entre


a obra e seu autor comete um erro: é muito melhor procurar não no terreno que
fica entre o escritor e sua obra, mas justamente no terreno que fica entre o
texto e seu leitor.
OZ, A. De amor e trevas. São Paulo: Cia. Das Letras, 2005 (fragmento).

A progressão temática de um texto pode ser estruturada por meio de diferentes


recursos coesivos, entre os quais se destaca a pontuação. Nesse texto, o
emprego dos dois pontos caracteriza uma operação textual realizada com a
finalidade de

A) Comparar elementos opostos.


B) Relacionar informações gradativas.
C) Intensificar um problema conceitual.
D) Introduzir um argumento esclarecedor.
E) Assinalar uma consequência hipotética.
D

13. (ENEM) Até que ponto replicar conteúdo é crime? “A internet e a pirataria
são inseparáveis”, diz o diretor do instituto de pesquisas americano Social
Science Research Council. “Há uma infraestrutura pequena para controlar
quem é o dono dos arquivos que circulam na rede. Isso acabou com o controle
sobre a propriedade e tem sido descrito como pirataria, mas é inerente à
tecnologia”, afirma o diretor. O ato de distribuir cópias de um trabalho sem a
autorização dos seus produtores pode, sim, ser considerado crime, mas nem
sempre essa distribuição gratuita lesa os donos dos direitos autorais. Pelo
contrário. Veja o caso do livro O alquimista, do escritor Paulo Coelho. Após
publicar, para download gratuito, uma versão traduzida da obra em seu blog,
Coelho viu as vendas do livro em papel explodirem.

BARRETO, J.; MORAES, M. A internet existe sem pirataria?


Veja, n. 2 308, 13 fev. 2013 (adaptado).
De acordo com o texto, o impacto causado pela internet propicia a

A) Banalização da pirataria na rede.


B) Adoção de medidas favoráveis aos editores.
C) Implementação de leis contra crimes eletrônicos.
D) Reavaliação do conceito de propriedade intelectual.
E) Ampliação do acesso a obras de autores reconhecidos.
D

14. (ENEM)

Disponível em: www.paradapelavida.com.br. Acesso em: 15 nov. 2014


Nesse texto, a combinação de elementos verbais e não verbais configura-se
como estratégia argumentativa para

A) Manifestar a preocupação do governo com a segurança dos pedestres.


B) Associar a utilização do celular às ocorrências de atropelamento de
crianças.
C) Orientar pedestres e motoristas quanto à utilização responsável do telefone
móvel.
D) Influenciar o comportamento de motoristas em relação ao uso de celular no
trânsito.
E) Alertar a população para os riscos da falta de atenção no trânsito das
grandes cidades.
D

15. ( ENEM) Querido diário

Hoje topei com alguns conhecidos meus


Me dão bom-dia, cheios de carinho
Dizem para eu ter muita luz, ficar com Deus
Eles têm pena de eu viver sozinho
[…]
Hoje o inimigo veio me espreitar
Armou tocaia lá na curva do rio
Trouxe um porrete a mó de me quebrar
Mas eu não quebro porque sou macio, viu

HOLANDA, C. B. Chico. Rio de Janeiro: Biscoito Fino, 2013 (fragmento


Uma característica do gênero diário que aparece na letra da canção de Chico
Buarque é o(a)

A) Diálogo com interlocutores próximos.


B) Recorrência de verbos no infinitivo.
C) Predominância de tom poético.
D) Uso de rimas na composição.
E) Narrativa autorreflexiva.
E

16. (ENEM) O nome do inseto pirilampo (vaga-lume) tem uma interessante


certidão de nascimento. De repente, no fim do século XVII, os poetas de Lisboa
repararam que não podiam cantar o inseto luminoso, apesar de ele ser um
manancial de metáforas, pois possuía um nome “indecoroso” que não podia ser
“usado em papéis sérios”: caga-lume. Foi então que o dicionarista Raphael
Bluteau inventou a nova palavra, pirilampo, a partir do grego pyr, significando
“fogo”, e lampas, “candeia”.

FERREIRA, M. B. Caminhos do português: exposição comemorativa do Ano


Europeu das Linguas. Portugal: Biblioteca Nacional, 2001 (adaptado)
O texto descreve a mudança ocorrida na nomeação do inseto, por questões de
tabu linguístico. Esse tabu diz respeito à

A) Recuperação histórica do significado.


B) Ampliação do sentido de uma palavra.
C) Produção imprópria de poetas portugueses.
D) Denominação científica com base em termos gregos.
E) Restrição ao uso de um vocábulo pouco aceito socialmente.
E

17. (ENEM) Você pode não acreditar

Você pode não acreditar: mas houve um tempo em que os leiteiros deixavam
as garrafinhas de leite do lado de fora das casas, seja ao pé da porta, seja na
janela.
A gente ia de uniforme azul e branco para o grupo, de manhãzinha, passava
pelas casas e não ocorria que alguém pudesse roubar aquilo.
Você pode não acreditar: mas houve um tempo em que os padeiros deixavam
o pão na soleira da porta ou na janela que dava para a rua. A gente passava e
via aquilo como uma coisa normal.
Você pode não acreditar: mas houve um tempo em que você saía à noite para
namorar e voltava andando pelas ruas da cidade, caminhando
displicentemente, sentindo cheiro de jasmim e de alecrim, sem olhar para trás,
sem temer as sombras.
Você pode não acreditar: houve um tempo em que as pessoas se visitavam
airosamente. Chegavam no meio da tarde ou à noite, Contavam casos,
tomavam café, falavam da saúde, tricotavam sobre a vida alheia e voltavam de
bonde às suas casas.
Você pode não acreditar: mas houve um tempo em que o namorado primeiro
ficava andando com a moça numa rua perto da casa dela, depois passava a
namorar no portão, depois tinha ingresso na sala da família. Era sinal de que já
estava praticamente noivo e seguro.
Houve um tempo em que havia tempo.
Houve um tempo.

SANT’ANNA, A. R. Estado de Minas. 5 maio 2013 (fragmento)


Nessa crônica, a repetição do trecho “Você pode não acreditar: mas houve um
tempo em que…” configura-se como uma estratégia argumentativa que visa

A) Surpreender o leitor com a descrição do que as pessoas faziam durante o


seu tempo livre antigamente.
B) Sensibilizar o leitor sobre o modo como as pessoas se relacionavam entre si
num tempo mais aprazível.
C) Advertir o leitor mais jovem sobre o mau uso que se faz do tempo nos dias
atuais.
D) Incentivar o leitora organizar melhor o seu tempo sem deixar de ser
nostálgico.
E) Convencer o leitor sobre a veracidade de fatos relativos à vida no passado.
B

18. (ENEM) O livro A fórmula Secreta conta a história de um episódio


fundamental para o nascimento da matemática moderna e retrata uma das
disputas mais virulentas da ciência renascentista. Fórmulas misteriosas, duelos
públicos, traições, genialidade, ambição – e matemática! Esse é o instigante
universo apresentado no livro, que resgata a história dos italianos Tartaglia e
Cardano e da fórmula revolucionária para resolução de equações de terceiro
grau. A obra reconstitui um episódio polêmico que marca, para muitos, o início
do período moderno da matemática.
Em última análise, A fórmula secreta apresenta-se como uma ótima opção para
conhecer um pouco mais sobre a história da matemática e acompanhar um dos
debates científicos mais inflamados do século XVI no campo. Mais do que isso,
é uma obra de fácil leitura e uma boa mostra de que é possível abordar temas
como álgebra de forma interessante, inteligente e acessível ao grande público.

GARCIA, M. Duelos, segredos e matemática. Disponível em:


http://cienciahoje.uol.com.br, Acesso em: 6 Out 2015 (adaptado)

Na construção textual, o autor realiza escolhas para cumprir determinados


objetivos. Nesse sentido, a função social desse texto é

A) Interpretar a obra a partir dos acontecimentos da narrativa.


B) Apresentar o resumo do conteúdo da obra de modo impessoal.
C) Fazer a apreciação de uma obra a partir de uma síntese crítica.
D) Informar o leitor sobre a veracidade dos fatos descritos na obra.
E) Classificar a obra como uma referência para estudiosos da matemática.
C

19. (ENEM BONS DIAS!


14 de junho de 1889
Ó doce, ó longa, ó inexprimível melancolia dos jornais velhos! Conhece-se um
homem diante de um deles. Pessoa que não sentir alguma coisa ao ler folhas
de meio século, bem pode crer que não terá nunca uma das mais profundas
sensações da vida, – igual ou quase igual à que dá a vista das ruínas de uma
civilização. Não é a saudade piegas, mas a recomposição do extinto, a
revivescência do passado.

ASSIS, M. Bons dias! (Crônicas 1888-1889). Campinas: Editora da Unicamp;


São Paulo: Hucitec, 1990

O jornal impresso é parte integrante do que hoje se compreende por


tecnologias de informação e comunicação. Nesse texto, o jornal é reconhecido
como

A) Objeto de devoção pessoal.


B) Elemento de afirmação da cultura.
C) Instrumento de reconstrução da memória.
D) Ferramenta de investigação do ser humano.
E) Veículo de produção de fatos da realidade.
C

20. (ENEM)
L.J.C.
– 5 tiros?
– É.
– Brincando de pegador?
– É. O PM pensou que…
– Hoje?
– Cedinho.

COELHO, M. In: FREIRE, M. (Org.). Os cem menores contos brasileiros do


século. São Paulo: Ateliê Editorial, 2004.
Os sinais de pontuação são elementos com importantes funções para a
progressão temática. Nesse miniconto, as reticências foram utilizadas para
indicar

A) Uma fala hesitante.


B) Uma informação implícita.
C) Uma situação incoerente.
D) A eliminação de uma ideia.
E) A interrupção de uma ação.
B

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